Você está na página 1de 62

Educação Alimentar e Nutricional:

Oficinas Pedagógicas para


a Educação Básica

Flávio Rêgo dos Santos


Maria Cristina Ferreira dos Santos

Rio de Janeiro
2023
Educação Alimentar e Nutricional:
Oficinas Pedagógicas para
a Educação Básica
UERJ – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Centro de Educação e Humanidades (CEH)
Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-UERJ)
Programa de Pós-graduação de Ensino em Educação Básica (PPGEB)

Reitor: Mario Sergio Alves: Carneiro

Diretor do CAp-UERJ: Thiago Corrêa Almeida


Vice-diretora: Mônica Andrea Oliveira Almeida
Coordenadora do PPGEB: Maria Cristina Ferreira dos Santos
Vice-coordenadora do PPGEB: Jonê Carla Baião

Coordenadora do Núcleo de Extensão, Pesquisa e Editoração (NEPE)


Elizandra Martins Silva

Coordenador de Editoração
Alexandre Xavier Lima

CONSELHO EDITORIAL
Alexandre Xavier Lima
Andrea da Paixão Fernandes
Cláudia Hernandez Barreiros Sonco
Elizandra Martins Silva

CONSELHO CIENTÍFICO
Afranio Gonçalves Barbosa (UFRJ)
Aline Viégas Vianna (CPII)
Angélica Maria Reis Monteiro (U.PORTO)
Daniel Suarez (UBA)
Edmea Santos (UFRRJ)
José Humberto Silva (UNEB)
Marcelo Moreira Antunes (UFF)
Marcus Vinicius de Azevedo Basso (UFRGS)
Rogerio Mendes de Lima (CP II)
Silvia Rodrigues Vieira (UFRJ)
Waldmir Araujo Neto (UFRJ)
Walter Silva Junior (EAUFPA)
Educação Alimentar e Nutricional:
Oficinas Pedagógicas para
a Educação Básica

Flávio Rêgo dos Santos


Maria Cristina Ferreira dos Santos

Rio de Janeiro
2023
O Livro “Educação Alimentar e Nutricional: Oficinas Pedagógicas para a Educação
Básica” de Flávio Rêgo dos Santos e Maria Cristina Ferreira dos Santos está licen-
ciado com Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDeriva-
ções 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).

Esta obra é um produto educacional desenvolvido no âmbito do Programa de


Pós-Graduação em Ensino em Educação Básica do Instituto de Aplicação Fer-
nando Rodrigues da Silveira da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CAP/A

S237 Santos, Flávio Rêgo dos

Educação alimentar e nutricional: oficinas pedagógicas para a educação bá-


sica / Flávio Rêgo dos Santos, Maria Cristina Ferreira dos Santos. - 2023.
60 p. : il.

Produto educacional elaborado no Mestrado Profissional do


PPGEB/CAp/UERJ.

Inclui bibliografia.

ISBN: 978-65-88405-97-0
e-ISBN: 978-65-88405-96-3

1. Ensino. 2. Educação - Nutrição. 3. Alimentos - Aspectos educacionais.


I. Santos, Maria Cristina Ferreira dos. II.Título.

CDU 37:612.39

Editora CAp-UERJ
Rua Barão de Itapagipe, 96 - Rio Comprido,
Rio de Janeiro, RJ. CEP 20.261-005.
Educação Alimentar e Nutricional:
Oficinas Pedagógicas para
a Educação Básica

FICHA TÉCNICA
Áreas
Ensino e Educação
Nível de Ensino
Ensino fundamental e médio
Modalidades
Ensino Regular, Ensino Normal e Educação de Jovens e Adultos
Público-Alvo
Professores(as), estudantes de cursos de formação de professo-
res e estudantes da educação básica
Autores
Flávio Rêgo dos Santos
Maria Cristina Ferreira dos Santos
Projeto Gráfico
Flávio Rêgo dos Santos
Editoração
Flávio Rêgo dos Santos
Maria Cristina Ferreira dos Santos
Ilustrações
Imagens de domínio público do FREEPIK
Acervo pessoal de Flávio Rêgo dos Santos
Apoio: FAPERJ
Divulgação: Meio digital e impresso
Idioma: Português
Cidade: Rio de Janeiro
País: Brasil

Ano: 2023
Sumário

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................7

UNIDADE 1................................................................................................................9

1.1 REFLEXÕES SOBRE EAN NA ESCOLA................................................................. 9

1.2 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL..........................................................18

1.3 ATIVIDADES LÚDICAS.........................................................................................20

1.4 por quE UTILIZAR Oficinas Pedagógicas?.................................................22

REFERÊNCIAS............................................................................................................25

UNIDADE 2 ............................................................................................................. 28

Oficina I – PRODUÇÃO DE Cartazes ..................................................................28

Oficina II – Tintas Ecológicas............................................................................31

Oficina III –Rótulos de alimentos.....................................................................35

Oficina IV – Apresentação de vídeos...............................................................38

Oficina V – Aproveitamento Integral dos Alimentos................................41

OFICINA VI - De norte a sul: comidas típicas do brasil................................47

OFICINA VII – leites vegeTais...............................................................................50

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................58

SOBRE OS AUTORES ................................................................................................. 60


APRESENTAÇÃO

Caro professor, Cara professora,

O produto educacional “Educação Ali-


mentar e Nutricional: Oficinas Pedagógicas
para a Educação Básica” foi elaborado no
Mestrado Profissional do Programa de Pós-
Graduação em Ensino em Educação Básica
(PPGEB) da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (UERJ), com o intuito de proporcionar
um material didático alternativo para professores e professoras que lecionam na
educação básica, podendo ser adaptado para diferentes modalidades de ensino.
Este material foi pensado com base em reflexões acerca da Educação Ali-
mentar Nutricional (EAN) como tema contemporâneo transversal, relacionado à
alimentação saudável, alimentação escolar e segurança alimentar, para uso por
docentes em suas práticas cotidianas na escola. As oficinas foram elaboradas com
base na pesquisa realizada e a partir de vivências dos autores no cotidiano escolar,
considerando relações entre professores e estudantes.
Cabe ressaltar que questões relacionadas à alimentação equilibrada e/ou
saudável são recorrentes nas mídias digitais e redes sociais. Entretanto, muitas
vezes as informações que circulam nas mídias não foram comprovadas cientifica-
mente. De forma distinta, como produto de pesquisa educacional, esse material
foi elaborado com base em referenciais teóricos sobre educação alimentar e nutri-
cional e ensino de Ciências durante pesquisa realizada no Curso de Mestrado Pro-
fissional do PPGEB/UERJ e no Grupo de Pesquisa Ensino, Formação, Currículos
e Culturas, certificado pela UERJ-CNPq e do qual os autores são integrantes.

7
O livro está organizado em duas unidades. Na primeira unidade foram reu-
nidos aportes teóricos para uma leitura formativa e reflexiva sobre EAN na edu-
cação básica. Na segunda unidade foram reunidas sete oficinas didático-pedagó-
gicas, com sugestões de atividades a serem realizadas com estudantes na educação
básica. As oficinas podem ser realizadas conjunta ou separadamente, em aborda-
gens disciplinares, multi ou interdisciplinares. Também foram incluídas a biblio-
grafia referente às oficinas e informações sobre os autores.

Convidamos você à leitura desse livro e à aplicação das oficinas na escola.

Flávio e Maria Cristina

8
UNIDADE 1

1.1 REFLEXÕES SOBRE A EAN NA ESCOLA

A Educação Alimentar e Nutricional (EAN)1 contribui para a promoção da


saúde na escola, uma vez que ela tem papel importante em hábitos alimentares
saudáveis e adequados desde a infância. Conforme os Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL, 1998), são seis os temas transversais: ética, pluralidade cul-
tural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e consumo; e a EAN está
no tema transversal saúde. Na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)2, as te-
máticas voltadas à alimentação podem ser abordadas desde a educação infantil,
sendo parte dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento (BRASIL, 2018).

A EAN é um Tema Contemporâneo Transversal na Base Nacional Comum


Curricular (BRASIL, 2018) e tem como marcos legais: Lei Nº 11.947/2009; Por-
taria Interministerial Nº 1.010 de 2006 entre o Ministério da Saúde e Ministério
da Educação; Lei Nº 12.982/2014; Parecer CNE/CEB Nº 11/2010 e Resolução
CNE/CEB Nº 07/2010 (Art. 16 - Ensino Fundamental); Parecer CNE/CEB Nº
05/2011, Resolução CNE/CEB Nº 02/2012 (Art. 10 e 16 - Ensino Médio), Reso-
lução CNE/CP Nº 02/2017 (Art. 8, § 1º) e Resolução CNE/CEB Nº 03/2018 (Art.
11, § 6º - Ensino Médio).

Para Freire (1987), a interdisciplinaridade é um processo de construção do


conhecimento pelo sujeito em sua relação com o contexto, com a realidade e com
sua cultura. Desta forma, a perspectiva interdisciplinar na escola possibilita a

1
No texto foi utilizada a sigla EAN para Educação Alimentar e Nutricional.
2
No texto foi utilizada a sigla BNCC para Base Nacional Comum Curricular.

9
aproximação entre diferentes áreas do conhecimento, contribuindo para uma for-
mação crítica dos estudantes. A EAN pode ser ensinada de maneira investigativa
em perspectiva inter e transdisciplinar. Na BNCC (2018), temas referentes à ali-
mentação se iniciam na educação infantil, com o ensino de hábitos alimentares
saudáveis.

Nesta perspectiva, Assis e Nahas (1999) indicam que experiências precoces


com os alimentos na infância podem de-
terminar hábitos e preferências no adulto.
Assim, incluir hábitos saudáveis alimenta-
res na infância se faz necessário, pois leva
à promoção da saúde nutricional. O pa-
drão alimentar de uma criança em sua in-
fância se reflete nos processos saudáveis e
de crescimento de seu organismo e em
uma maior expectativa de vida do adulto.
As pessoas buscam atualmente uma vida
mais saudável, aumentando o interesse e a busca por alimentos mais saudáveis e
ricos nutritivamente, evitando problemas de saúde (OLIVEIRA, 2008).

Na transição entre a educação infantil e o ensino fundamental na educação


básica, é relevante manter um fluxo continuo de aprendizagens. Na BNCC, em
relação ao processo de transição escolar, indica-se que:

A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita


atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas, ga-
rantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das
crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que
elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das
mediações de cada etapa. Torna-se necessário estabelecer estratégias de
acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes,
de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe
e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso
educativo. (BRASIL, 2018, p.53).

10
O ensino fundamental deve ser uma etapa de descobertas, questionamentos
e ensinamentos, com “[...] aprendizagens esperadas em cada campo de experiên-
cias” (BRASIL, 2018, p. 53), considerando os direitos e objetivos de aprendiza-
gens e desenvolvimento. A alimentação é citada como um importante ato e está
presente na “Síntese das Aprendizagens” do Ensino Fundamental – anos iniciais:

Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação, vestir-se e


no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo (BRASIL,
2018, p. 54).

Segundo Lobo e Martins (2013), a escola é um local adequado para se pen-


sar formas de abordar temáticas ligadas à EAN, com conhecimentos sobre formas
de alimentação, nutrição e buscas por hábitos de vida mais saudáveis. O ambiente
escolar é considerado um local importante de aprendizados sobre EAN, em rela-
ção a outros ambientes também frequentados por crianças e adolescentes. A dis-
ciplina Ciências se destaca por ser a disciplina escolar em que mais se abordam
temas voltados à EAN. Segundo Scheunemann e Lopes (2017), o ensino de Ciên-
cias possibilita um ambiente de ensino e aprendizagens sobre a EAN.
Analisando o tema alimentação no ensino fundamental na Base Nacional
Comum Curricular, considera-se importante:

Debater e tomar posição sobre alimentos, medicamentos, combustíveis,


transportes, comunicações, contracepção, saneamento e manutenção da
vida na Terra, entre muitos outros temas, são imprescindíveis tanto co-
nhecimentos éticos, políticos e culturais quanto científico” (BRASIL,
2018, p. 321).

Temas sobre alimentação estão em algumas Unidades Temáticas e Objetos


do Conhecimento e Habilidades nas séries iniciais do Ensino Fundamental; no 4º
ano e no 5º ano, a alimentação se encontra na Unidade Temática “Vida e Evolu-
ção”.

11
No 4º ano, a temática alimentar envolve cadeias alimentares e microrganis-
mos; no 5º ano a temática alimentar é apresentada em habilidades e conhecimen-
tos ligados à nutrição do organismo; hábitos alimentares e nas integrações entre o
sistema digestório, respiratório e circulatório.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é destacada a questão ser humano
como um ser vivo dependente do ambiente e seus recursos naturais. Assim, ensi-
nar temas ambientais nas disciplinas escolares da educação básica pode estimular,
por meio da Educação Ambiental (EA), a integração das diversas áreas do conhe-
cimento. De acordo com Loureiro e Layrargues (2009, p. 64), sobre a EA:

Sua origem remete a meados da década de 1980 e início dos anos 1990,
com o processo de redemocratização da sociedade brasileira, o que fa-
voreceu a retomada de movimentos sociais de cunho emancipatório e o
fortalecimento de perspectivas críticas na educação e da educação po-
pular. [...] A educação ambiental passou a ser vista como um processo
contínuo de aprendizagem em que indivíduos e grupos tomam consci-
ência do ambiente por meio da produção e transmissão de conhecimen-
tos, valores, habilidades e atitudes (LOUREIRO; LAYRARGUES,
2013, p. 64).

O professor pode desenvolver


atividades de EAN ligadas a temáti-
cas ambientais nas aulas, relacio-
nando-as a problemas ambientais lo-
cais com os estudantes. A realidade
do aluno abordada nas habilidades e
conhecimentos facilita o entendi-
mento de problemas ambientais, soci-
ais, políticos e econômicos (ABREU;
RODRIGUES, 2013).

12
Guimarães et al. (2009) apontam a necessidade de se estabelecer a EA nos
currículos escolares, uma vez que se vive uma crise ambiental, em que “a presença
da EA está se inserindo no cotidiano das escolas, por um movimento espontâneo
de educadores que, preocupados com a situação, procuram inserir essa discussão
em suas práticas pedagógicas” (GUIMARÃES et al., 2009). A Lei nº 9.795 de 27
de abril de 1999 instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), de
forma obrigatória em todos os ní-
veis de ensino, nos espaços formais
e não-formais. De acordo com esta
lei um dos principais objetivos da
EA é: “A cooperação entre todos os
estados nacionais para construção
de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios
da liberdade, igualdade, solidarie-
dade, democracia, justiça social,
responsabilidade e sustentabili-
dade” (BRASIL, 1999, p1).
Nesta perspectiva, entende-se que a presença da EAN na escola é impor-
tante no processo educativo de crianças e jovens, pois leva a novas concepções e
possibilidades destes agentes. Assim, “a escola pode transformar-se no espaço em
que o aluno terá condições de analisar a natureza em um contexto entrelaçado de
práticas sociais, parte componente de uma realidade mais complexa e multiface-
tada” (JACOBI, 2003, p. 198).
Destaca-se a importância da conexão entre a Educação Ambiental, Educa-
ção Alimentar e Nutricional e problemas ambientais (Figura I) na educação bá-
sica, uma vez que o professor pode trabalhar estas vertentes juntamente com temas

13
ligados a geração de resíduos sólidos, aproveitamento integral dos alimentos, re-
aproveitamento alimentar, cultura alimentar, soberania alimentar, alimentação
saudável e sustentabilidade, integrando disciplinas que podem levar à sensibiliza-
ção dos estudantes e a reflexões para mudanças de sua realidade social.

Figura 1 – EAN, EA e Sensibilização

EAN

EA

Sensibilização

Sendo a escola um espaço sociocultural de trocas de vivências e experiên-


cias, faz-se necessária a sensibilização dos educandos trabalhando-se a EA de
forma multi e interdisciplinar. Neste sentido, o professor, sendo o mediador do
processo de ensino e aprendizagem, pode promover articulações com os contextos
locais a partir das vivências dos seus alunos (MEDEIROS et al., 2011), visando a
intervenções. Segundo Reigota:

A educação ambiental como educação política está comprometida com


a ampliação da cidadania, da liberdade, da autonomia e da intervenção
direta dos cidadãos e das cidadãs na busca de soluções e alternativas
que permitam a convivência digna e voltada para o bem comum (REI-
GOTA, 2017, p. 13).

A prática da EA e da EAN na escola podem ser desenvolvidas de forma


crítica, favorecendo um processo socioeducativo com o envolvimento de docentes
e discentes, com reflexões sobre os conflitos sociais, políticos e ambientais.

14
É relevante ensinar na educação básica temas voltados a alimentação sau-
dável e nutrição, uma vez que escolhas impulsivas e inadequadas de alimentos
podem ocasionar distúrbios alimentares e problemas à saúde (CANO et al., 2005).
No Guia Alimentar para a População Brasileira aponta-se que:

A alimentação adequada e saudável é compreen-


dida como ‘a realização de um direito humano bá-
sico, com a garantia do acesso permanente e regu-
lar, de forma socialmente justa, a uma prática ali-
mentar adequada aos aspectos biológicos e sociais
dos indivíduos, de acordo com o curso da vida e as
necessidades alimentares especiais, pautada no re-
ferencial tradicional local (BRASIL, 2007, p. 8).

Segundo Silva e Garcia (2021), a inserção


do ensino de Alimentação e Nutrição a par-
tir da EAN se torna essencial para a promo-
ção da saúde no espaço escolar. Sendo, assim, as aulas de Ciências são fundamen-
tais para a construção do desenvolvimento crítico das crianças e jovens estudan-
tes, formando-os para se tornarem cidadãos críticos e com bons hábitos alimenta-
res.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, é referenciada a parti-
cipação do homem nas cadeias alimentares e a relação entre ambiente e consu-
mismo humano, assim como desperdício alimentar:

Nos anos finais, a partir do reconhecimento das relações que ocorrem


na natureza, evidencia-se a participação do ser humano nas cadeias ali-
mentares e como elemento modificador do ambiente, seja evidenciando
maneiras mais eficientes de usar os recursos naturais sem desperdícios
(BRASIL. 2018, p. 326).

Impacto ambiental e promoção da saúde estão em Objetos do Conheci-


mento e Habilidade da BNCC no 7º ano do Ensino Fundamental. Acredita-se que
esses dois tópicos são interessantes para o ensino da EAN nas aulas, uma vez que:

15
O Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) possui duas di-
mensões indivisíveis: (1) o direito a estar livre da fome e da má-nutrição
e (2) o direito a uma alimentação adequada. Para que estas duas dimen-
sões possam ser plenamente realizadas o DHAA requer a garantia de
todos os demais direitos humanos. Um deles é o direito humano à saúde.
[...] todas as áreas de governo devem atuar na promoção da alimentação
saudável e adequada (LEÃO, 2013, p.29).

Enquanto agentes críticos, os estudantes devem ter conhecimento dos direi-


tos e deveres como cidadãos. Na escola podem ser realizadas abordagens sobre
princípios éticos e diretos humanos à alimentação adequada, além de noções de
sustentabilidade. Conforme a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional,
no Art. 2º:

A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente


à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos
consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar
as políticas e ações se que façam necessárias para promover e garantir
a segurança alimentar e nutricional da população (BRASIL, 2006, p.1).

A promoção da saúde e de hábitos alimentares saudáveis e sustentabilidade


se fazem necessários no ambiente escolar, com o estímulo a uma alimentação res-
ponsável que utilize integralmente os alimentos, sem desperdícios e com menor
geração de resíduos orgânicos.

16
Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2020,
a partir de outubro de 2022 alimentos com quantidades
excessivas de açúcar, sódio e gorduras saturadas terão uma lupa de
advertência na embalagem.3

Escreva sobre como essa medida pode influenciar a venda desses


alimentos e a alimentação e saúde dos consumidores.

3
IDEC. Nova rotulagem é o primeiro passo para a garantia do direito à informação. 27/10/2021. Disponível em:
https://idec.org.br/noticia/nova-rotulagem-e-o-primeiro-passo-no-caminho-para-garantia-do-direito-informacao

17
1.2 EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Estudos acerca da Educação Alimentar e Nutricional em espaços escolares


têm sido realizados por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. A
EAN é importante tema na Promoção da Saúde, Alimentação Saudável, Direito
Humano à Alimentação Adequada e Segurança Alimentar e Nutricional
(GREENWOOD; FONSECA, 2016).
Nasser (2006) aponta que muitas famílias brasileiras se alimentam de forma
errada, pois possuem um padrão alimentar rico em alimentos fontes de gorduras
e açúcares, com alta ingestão de doces, alimentos industrializados, bebidas açu-
caradas e baixa ingestão de cereais integrais, frutas, hortaliças e legumes, contri-
buindo para uma má alimentação da população. Segundo Martins et al. (2010),
estes maus hábitos alimentares contribuem para o aparecimento de doenças em
crianças e adolescentes, como obesidade, doenças crônicas como a diabetes e hi-
pertensão, além de carências nutricionais importantes.
A alimentação é uma necessidade básica e essencial para todo ser vivo e
está extremamente ligada ao estilo de vida do ser humano. Além de marcar traços
importantes culturais de um povo de uma determinada região, a alimentação apre-
senta-se como um ato de convívio social (PHILIPPI, 2003). A família é respon-
sável pela cultura alimentar da criança (RAMOS; STEIN, 2000). Segundo Boog
(1999), a promoção de hábitos alimentares saudáveis deve ser apresentada desde
a infância. Temas ligados à EAN devem estar presentes nos currículos escolares.
A escola é um espaço educativo multicultural (CANDAU; LETIE, 2007) e
ambiente favorável para se trabalhar temas ligados à cultura alimentar de uma
determinada região. Sobre cultura alimentar, Braga (2004, p.39) afirma que:

18
Nossos hábitos alimentares fazem parte de um sistema cultural repleto
de símbolos, significados e classificações, de modo que nenhum ali-
mento está livre das associações culturais que a sociedade lhes atribui.
Nesse caminho, vale dizer que essas associações determinam aquilo que
comemos e bebemos, o que é comestível e o que não o é.

Assim, a cultura alimentar de um povo reúne seus costumes e tradições cu-


linárias. Segundo Jomori et al. (2008), é na infância que a criança começa a ter
suas primeiras preferências alimentares, uma vez que observa, aprende e imita os
adultos ao se alimentarem. As experiências alimentares, gustativas e culinárias
que as crianças e jovens possuem são reflexos da convivência familiar e dos de-
mais espaços sociais, sendo a escola um deles. Conforme indicado na BNCC:

As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural,


suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua interação com as
mais diversas tecnologias de informação e comunicação são fontes que
estimulam sua curiosidade e a formulação de perguntas (BRASIL,
2018, p. 58).

Segundo Cardoso (2016), alimentar-se vai além de suprir as necessidades


biológicas, pois é também uma forma de prazer, resgatar memórias gustativas e a
expressar a cultura. A alimentação é um ato sociocultural. Fatores sociais e cultu-
rais ligados à alimentação iniciam-se na infância e continuam na adolescência e
na fase adulta. Hábitos alimentares saudáveis devem ser construídos desde a in-
fância a partir da introdução da EAN no currículo escolar (SABINO; AMARAL,
2019).

Você sabia que o Brasil é o líder mundial


na produção de laranjas? E que metade do
suco de laranja consumido no mundo é
brasileiro? O país tem cerca de 80% do
mercado de suco concentrado.
Legal, né?

19
1.3 ATIVIDADES LÚDICAS

Estudos ligados à ludicidade nas diferentes áreas do conhecimento têm tido


destaque. Segundo Almeida (2013), usar o lúdico na sala de aula pode ser uma
maneira assertiva para aplicar diferentes conteúdos disciplinares, estimulando ha-
bilidades metacognitivas, raciocínio lógico e compreensão do educando. Assim,
a realização de atividades lúdicas pode contribuir para um melhor processo de
ensino e aprendizagem.
O lúdico estimula o estudante a ter maior proximidade com temáticas espe-
cíficas, uma vez que muitos temas se tornam mais significativos e prazerosos.
Nesse sentido, trabalhar o lúdico em sala de aula pode ser um facilitador do pro-
cesso de socialização dos alunos, além de ferramenta para a compreensão de te-
mas a serem abordados pelo professor em suas aulas (VENTURINI, 2016). Se-
gundo Pinto e Tavares (2010, p. 231), “as atividades lúdicas possibilitam a incor-
poração de valores, o desenvolvimento cultural, assimilação de novos conheci-
mentos, o desenvolvimento da sociabilidade e da criatividade”. Ensinar temas so-
bre EAN de forma lúdica torna a sala de aula um ambiente rico em trocas de
valores e aprendizados.
Na BNCC consta que no Ensino Fundamental deve-se “valorizar as situa-
ções lúdicas de aprendizagem” (BRASIL, 2018, p. 57), articulando-as com as ex-
periências e entendimentos da etapa anterior de ensino, a Educação Infantil. Se-
gundo Cabrera (2007), a introdução do lúdico nas atividades escolares pode ser
norteador de relações harmônicas entres os envolvidos, auxiliando o aprendizado.
As atividades lúdicas podem ser realizadas em qualquer ciclo da educação básica.
Castilho e Tonus (2008, p. 4) afirmam que:

20
As atividades lúdicas, podem ser trabalhadas de diversas formas e em
qualquer idade. É preciso que o professor seja criativo e estimule o pen-
samento dos educandos com jogos, recreações e atividades prazerosas
que envolvam conteúdo, disciplina e aprendizagem.

O professor torna-se o mediador da aprendizagem das atividades lúdicas. O


aluno poderá associar conhecimentos prévios aos novos conhecimentos elabora-
dos na aula. Com estratégias lúdicas, a aula torna-se descontraída e prazerosa
(CABRERA, 2007). O docente, ao elaborar o planejamento para uma atividade
em sala de aula, pode torná-la mais atrativa e interessante para os alunos.

Você sabia que os pontinhos do morango são frutos?! Eles são chamados
aquênios e dentro deles se forma a semente. O que comemos no morango é
uma outra parte da flor, que cresceu e ficou macia e adocicada.

21
1.4 Por que Oficinas Pedagógicas?

As oficinas pedagógicas, segundo Candau (1999, p. 23), “são espaços de


construção coletiva de um saber, de análise da realidade, de confrontação e inter-
câmbio de experiências”. A autora define oficinas pedagógicas como atividades
realizadas por grupos de pessoas, em que há interações, reflexões, diálogos e
aprendizagens. Nesta perspectiva, o aluno tem a oportunidade de vivenciar, apren-
der, descobrir, debater e construir conhecimentos sobre a temática proposta pelo
professor. As oficinas potencializam o desenvolvimento do senso crítico, além
do envolvimento e a sensibilidade dos sujeitos participantes. O aprendizado é di-
alético, e tanto professor como aluno produzem conhecimento (FREIRE, 2009).
Segundo Scheid et al. (2005), os cursos de formação de professores têm
como objetivo preparar o futuro professor para que possa exercer seu magistério
com competência. Entretanto, são várias as dificuldades que o professor vivencia
em sua formação inicial e continuada, enquanto profissional da educação. A for-
mação docente envolve questões práticas, teóricas, curriculares, operacionais e
políticos, na educação superior e na educação básica.
Nesta perspectiva, um dos propósitos das oficinas pedagógicas de EAN é o
desenvolvimento da capacidade crítica, de reflexão e ação do aluno para a promo-
ção da saúde, de forma que ele compreenda a sua realidade e as alternativas para
transformá-la. É importante ressaltar que as oficinas pedagógicas também são im-
portantes na formação docente, pois oficinas pedagógicas são situações didáticas
que apresentam características próprias e estruturação, onde há dinamicidade en-
tre saberes populares e saberes científicos (PAVIANI; FONTANA, 2009). Sobre
essa relação mútua entre professor e aluno, Freire afirma que:

22
[...] o diálogo é uma exigência existencial. E, se ele é o encontro em
que se solidarizam o refletir e o agir de seus sujeitos endereçados ao
mundo a ser transformado e humanizado, não pode reduzir-se a um ato
de depositar ideias de um sujeito no outro, nem tampouco tornar-se sim-
ples troca de ideias a serem consumidas (FREIRE, 2009, p. 91).

As oficinas pedagógicas representam alternativas de ensino e aprendiza-


gem, pois há grande envolvimento e interação entre os sujeitos participantes, com
produção de conhecimentos e reflexões. As oficinas são organizadas de modo a
produzir experiências, permitindo a integração entre a teoria e a prática, e propi-
ciando o desenvolvimento da autonomia docente (FREIRE, 2009). Desta forma,
nas oficinas pedagógicas propostas voltadas às temáticas da Educação Alimentar
e Nutricional na educação básica, “a construção se materializa no processo de
ensino e aprendizagem, a partir da troca constante, entre professor e alunos, de
saberes e informações que abrem caminho para novas construções” (SILVA et al.,
2015, p. 96). Deve-se pensar nas oficinas pedagógicas como meio de construções
coletivas e desenvolvimento do senso crítico de todos os envolvidos.
Para Mello (2000), a importância da prática decorre do significado que se
atribui à competência do docente às temáticas envolvendo processos de ensino e
aprendizagem. Essas competências são formadas, também, pela experiência do-
cente (TARDIF, 2002). O autor ressalta que uma ação não exclui outra, ou seja, o
professor atua com diferentes concepções e ações educativas, conforme a neces-
sidade e o contexto escolar a que está submetido em um determinado momento.
Pimenta (1999) aponta que as experiências provindas do ambiente escolar são
fundamentais para o docente, uma vez que produzem saberes importantes que
construirão a identidade docente desse profissional.
Sobre os limites do livro “Educação Alimentar e Nutricional: Oficinas
Pedagógicas para a Educação Básica”, ele foi elaborado para uso por professo-
ras(es) e outras(os) educadoras(es) nos anos finais do Ensino Fundamental e En-
sino Médio, podendo ser adaptado para outros níveis de ensino. Entende-se que

23
as oficinas deste material didático têm leitura de fácil compreensão pelo público
a que se destina, podendo ser utilizadas em diferentes espaços educativos.
Cabe ressaltar que o livro destinado aos docentes oferece caminhos alter-
nativos e pode atender a diferentes contextualizações e propostas didático-peda-
gógicas. Os educadores devem atentar para que as oficinas que sugerem o preparo
e a ingestão de alimentos sejam planejadas e desenvolvidas com a leitura atenta
às receitas e listas de ingredientes, para que possíveis alergias e/ou intolerâncias
com a ingestão de certos alimentos sejam evitada

REGISTRE AQUI AS PRINCIPAIS IDEIAS SOBRE OFICINAS PEDAGÓGICAS:


_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

24
Referências

ABREU, G. G.; RODRIGUES, M. A. O tratamento de educação ambiental nas escolas públi-


cas e privadas: Um estudo de caso nas escolas do ensino fundamental da cidade de Uruçuí-PI.
Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.16, p. 2371-2384, 2013.

ALMEIDA, M, P, P. O lúdico como base pra o ensino-aprendizagem. Revista Rios Eletrô-


nica, nº 7, p. 28 - 38, 2013.

ASSIS, M. A. A.; NAHAS. M. V. Aspectos motivacionais em programas de mudança de


comportamento alimentar. Revista de Nutrição; Campinas, 12 (1), p. 33 – 41, 1999..

BOOG, M. C. F. Nutritional education in public health services. Cad. Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 14, p. 139 – 147, 2008,

BOTELHO, A. Geografia dos sabores: ensaio sobre a dinâmica da cozinha brasileira. São
Paulo, Revista Textos do Brasil, nº 13, p. 61 – 69, 2010

BRAGA, V. Cultura alimentar: contribuições da antropologia da alimentação. Saúde Rev.,


Piracicaba, v.6 n.13, p. 37-44, 2004.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental.


Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.

BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde. Secretaria de


Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica, Brasília, 2014.

BRASIL. Lei nº. 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Ministério da Educação e
do Desporto, Brasília, DF, 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/leis/l9795.htm.

BRASIL. Lei nº 11.346 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Ali-
mentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação ade-
quada e dá outras providências. Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11346.htm.

BURITY, V. FRANCESCHINI, T.; RECINE. E.; LEÃO, M.; CARVALHO. M. F. Direito


Humano à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar e Nutricional
ABRANDH: Brasília, 2010.

CABRERA. W. B. C. A ludicidade para o ensino médio na disciplina de biologia: Contri-


buições ao processo de aprendizagem em conformidade com os pressupostos teóricos da
Aprendizagem Significativa. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Mate-
mática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2006.

CANDAU, V. M. Oficinas Aprendendo e Ensinando Direitos Humanos. Educação em Di-


reitos Humanos: uma proposta de trabalho. Novameria/PUC-Rio. 1999. Disponível em:
http://dhnet.org.br/direitos/militantes/veracandau/candau_edh_proposta_trabalho.pdf
25
CANDAU, V, M. LEITE, M, S. A didática na perspectiva multi/intercultural em ação: cons-
truindo uma proposta. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, p. 731-758, set./dez. 2007.

CANO, M. A. T.; PEREIRA, C. H. C.; SILVA, C. C. C.; PIMENTA, J. N.; MARANHA, P.


S. Estudo do estado Nutricional de crianças na idade escolar na cidade de Franca: uma intro-
dução ao problema. Revista Eletrônica de Enfermagem, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 179 – 184,
2005.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Ja-


neiro: Paz e Terra, 2009.

GREENWOOD, S. A. Educação Alimentar e Nutricional e o livro didático: caminhos per-


corridos e objetivos perseguidos. 2014. 177 f. Dissertação de Mestrado. Universidade Fede-
ral do Rio de Janeiro, UFRJ/NUTES, Rio de Janeiro, 2014.

JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cad. Pesqui. [online]. n.118,


p. 189-206, 2003,

JOMORI, M. M.; PROENÇA, R. P.; CALVO, M. C. M. Determinantes de escolha alimentar.


Revista Nutrição, Campinas, v. 21, n. 1, p. 63-73, jan./fev. 2008.

LEÃO, M. (Org). O direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de se-


gurança alimentar e nutricional. Brasília: ABRANDH, 2013. 263 p.

LOBO, M.; MARTINS. I.; Representações sobre alimentação e ciência em um texto de divul-
gação científica: implicações para a educação em ciências. Alexandria: Revista de Educa-
ção em Ciência e Tecnologia, v.6, n.3, p.3-26, 2013.

LOUREIRO, C. F. B.; Layrargues, P. P. Ecologia política, justiça e educação ambiental crí-


tica: perspectivas de aliança contra hegemônica. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v.11
n.1,p.53-71,jan./abr.2013

MARTINS, D.; WALDER, B. S. M.; BUBIATTI, A. M. M. Educação nutricional: atuando na


formação de hábitos alimentares saudáveis de crianças em idade escolar. Rev. Simbio-Lo-
gias, v.3, n.4, p. 86 – 102, 2010.

MEDEIROS, A. B. et al. A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais.


Revista Faculdade Montes Belos, v. 4, n. 1, p. 1 – 17, set. 2011.

NASSER, L. A. Importância da nutrição, da infância à adolescência. In: FAGIOLLI, D.;


NASSER, L.A. Educação nutricional: planejamento, intervenção, avaliação e dinâmicas.
São Paulo: RCN Editora, 2006, p. 31-41.

OLIVEIRA, C. C. A. et al. Aproveitamento integral dos alimentos: contribuições para melho-


ria da qualidade de vida e meio ambiente de um grupo de mulheres da cidade de Recife- PE.
In: Congresso Brasileiro de Economia Doméstica, UFC, Fortaleza, 2009, p. 1 – 9.

PAVIANI, N. M. S.; FONTANA, N. M. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência. In:


Conjectura, Caxias do Sul, v.14, n.2, p.77-88, 2009.

26
PHILIPPI, S. T.; CRUZI, A. T. R.; COLUCCI, A. C. A. Pirâmide alimentar para crianças de
2 a 3 anos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 16, n. 1, p. 5 – 19, jan./mar. 2003.

PIMENTA, S. G. Saberes Pedagógicos e Atividade Docente. São Paulo: Cortez, 1999.

RAMOS, F. P.; SANTOS, L. A. S.; REIS, A. B. Educação alimentar e nutricional em escola-


res: uma revisão de literatura. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 29 (11): 2147 - 2161,
2013.

RAMOS, MAUREM; STEIN, LILIAN M. Desenvolvimento do comportamento alimentar in-


fantil. Jornal de Pediatria, v. 76, Supl.3, S229- S237, 2000.

REIGOTA, Marcos. O que é educação ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2007.

SABINO, J. D.; AMARAL, M. R. A.; Concepções estudantis sobre alimentação: análise dos
critérios utilizados para escolha de alimentos. In: XII Encontro Nacional de Pesquisa em
Educação em Ciências – XII ENPEC, Natal, RN, p. 1 – 7, 2019.

SCHEUNEMANN, C. M. B.; LOPES, P. T. C.; Alimentação humana e sua relação com os


impactos ambientais: concepções de alunos de ensino fundamental. In: XI Encontro Nacio-
nal de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPEC, Florianópolis, SC, p. 1 – 17,
2017.

SILVA, D. F. S.; GARCIA, R. N. Avaliação da abordagem dos conteúdos de alimentação e


nutrição no livro didático de ciências da 8ª utilizado no município de Petrolina-PE. Rev. Con-
texto & Educação. N. 113, p. 301 – 314, 2021.

SILVA, W. C.; MARTINS, P. C. S.; BARBOSA, I. S. Temas transversais, oficinas pedagógi-


cas e aprendizagens significativa: uma discussão acerca do ensino de ciências na Amazônia.
Revista Areté | Revista Amazônica de Ensino de Ciências, [S.l.], v. 8, n. 15, p. 89-99, maio
2017. Disponível em: <http://periodicos.uea.edu.br/index.php/arete/article/vice/149>.

SCHEID, N. M. J.; SOARES, B. M.; FLORES, M. L. T. Universidade e Escola Básica: uma


importante parceria para o aprimoramento da educação científica. R. B. E. C. T., v. 2, n. 2,
mai./ago. 2009, p. 65 – 74. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/arti-
cle/view/458.

TARDIF, M. Saberes Docentes e Formação Profissional. Petrópolis, RJ: Editora Vozes,


2002.

VENTURINI, D. M. A Importância da Ludicidade na Escola na Perspectiva de Professo-


res Atuantes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Monografia (graduação), Bauru,
2016. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/han-
dle/11449/139273/000863473.pdf?sequence=1

27
UNIDADE 2
OFICINAS PEDAGÓGICAS

Oficina I – Produção de Cartazes

Introdução,
Segundo a Organização Mundial das Nações Unidas
(ONU), saúde é definida como sendo “o estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.” Entre-
tanto, essa definição pode parecer desatualizada, já que se faz neces-
sária uma definição mais dinâmica de saúde.
Cabe ressaltar que não se pode pensar em saúde sem relacionar
à alimentação saudável, pois a alimentação saudável e nutritiva está
interligada aos fatores de prevenção de doenças.

Mediador da oficina: Professor atuante no Ensino Fundamental.


Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental.
Carga-horária: 2 aulas (de em média 50 minutos cada).

28
Objetivos
1. Construir coletivamente o conceito de saúde.
2. Refletir sobre as dimensões de envolvimento entre a alimenta-
ção e a saúde.
3. Construir coletivamente estratégias para a promoção da saúde
e a alimentação saudável dos alunos na escola.

Aplicação: Será entregue aos alunos folhas A4 e outros materiais


como: lápis, borracha, régua, lápis de cor e canetas coloridas. Os
alunos serão solicitados a escrever frases (ou palavras) que represen-
tem o que entendem por Saúde. Depois o professor separará a turma
em grupos para que escrevam em uma cartolina, relacionando as
ideias apresentadas no início da oficina. O professor também poderá
pedir para que cada grupo faça desenhos juntamente com as frases
nos cartazes, ou use outras linguagens. Ao final os alunos explicarão
os cartazes, que podem ficar expostos na sala de aula ou outro espaço
da escola.

Avaliação: A avaliação será de forma coletiva, e o professor pedirá


para que cada grupo leia e explique para toda a turma suas produ-
ções. O mediador poderá problematizar o tema saúde e alimentação
saudável a partir dos conhecimentos na apresentação e nos cartazes
elaborados pelos discentes.

29
Bibliografia
TEO, C. P. A. et al. Direito humano à alimentação adequada: percepções e práticas de nutricionistas a
partir do ambiente escolar. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 15 n. 1, p. 245-267, jan./abr. 2017.
Disponível em: < https://www.scielo.br/j/tes/a/zQG7Pw7FfdhC8cLKnXpxRKq/?for-
mat=pdf&lang=pt>

Leitura Complementar
YOUKOTA, R. T. de C.; VASCONCELOS, T. F.; PINHEIRO, A. R. de Oliveira.; SHMITZ, B. A. S.;
RODRIGUES, M. L. C. Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de
duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil. Rev. Nutr., Campinas, v.23, n.1,
p.37-47, 2010.

Vídeos

1) Como fazer um bom CARTAZ.


Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=2ffIT4H6ZsI>.
2) Como fazer um cartaz.
Disponível em < https://www.youtube.com/watch?v=0ZVccPcTV0A>.
3) Alimentação Comum x Alimentação Saudável.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=9KTg4q9e91E&t=111s>
4) Passos para uma alimentação saudável e equilibrada.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=lKc03EIqEqw&t=296s>

30
Oficina II – Tintas Ecológicas
Introdução
As tintas ecológicas, diferentemente das tintas comumente en-
contradas à venda, não possuem materiais tóxicos e/ou sintéticos.
Elas são preparadas a partir de matérias-primas naturais.
Além de não poluírem o ambiente, essas tintas não causam
males à saúde das crianças que as manuseiam, podendo ser uma
alternativa para os professores trabalharem os condimentos, temperos
e especiarias que dão pigmento às comidas, já que muitos também
fazem parte da composição das tintas ecológicas.
Assim, o docente poderá abordar temáticas ligadas à Educação
Alimentar e Nutricional e à Educação Ambiental.

Objetivos
1. Mostrar aos alunos diferentes pigmentos presentes nos ali-
mentos, como: carotenoides (conferem cor vermelho alaran-
jada), licopeno (confere cor avermelhada), betacaroteno (confere
o tom amarelado ou alaranjado), antocianinas (variação do
vermelho ao roxo), clorofila (responsável pela cor verde), beta-
nina (que dá a cor roxa à beterraba).
2. Debater sobre a escolha de pigmentos de origem natural no
ligar de industrializados.
3. Explicar a origem dos condimentos e temperos.
31
Mediador da oficina: Professor atuante no Ensino Fundamental.
Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental.
Carga-horária: 2 aulas (de em média 50 minutos cada).

Materiais:
CAFÉ para produzir a cor MARROM.

URUCUM para produzir a cor LARANJA.

AÇAFRÃO para produzir a cor AMARELA.

COLORAL para produzir a cor VERMELHA.

BETERRABA para produzir a cor ROSA.

FOLHAS (de planta) para produzir a cor VERDE.

- Frasco com tampa para misturar e guardar as tintas


- Copo medidor
- Água morna para acelerar a dissolução e mistura dos materiais
- Cola branca para misturar com os pigmentos extraídos dos ali-
mentos
- Folha de papel A4 para colorir.

Avaliação: Após todas as tintas estarem prontas, o professor de-


verá distribuir folhas A4 para os alunos desenharem e pintarem
utilizando as tintas. É importante que neste processo o professor
32
problematize com a turma os corantes dos alimentos que consomem
e a importância de uma alimentação colorida e com diversidade de
alimentos das diferentes cores, como frutas, legumes e verduras.

33
Bibliografia
STEFANUTO, V. A (coord.) Oficina 01: brincando com as cores: como fabricar tintas atóxicas a par-
tir da matéria orgânica presente em nosso dia a dia? Projeto de Extensão. p 1 – 24, Klabin, Instituto
Federal do Paraná, 2020. Disponível em: https://educapes.capes.gov.br/bitstream/ca-
pes/573385/2/OFINA%2001%20BRINCANDO%20COM%20AS%20CORES.pdf.

Leitura Complementar
MEDEIROS, K. J. P.; RODRIGUES, H. C.; FERREIRA, M. M. G.; SILVA, J. P. As cores da Mãe
Terra: Produções de tintas ecológicas feitas a base de solo para o desenvolvimento de ambientes sus-
tentáveis. In: VI Encontro Internacional de Jovens Investigadores, p. 1 – 12, 2019.
Disponível em: <https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/join/2019/TRABA-
LHO_EV124_MD1_SA60_ID417_15072019094135.pdf>

Vídeos

1) Tintas Naturais! Aprenda como fazer tinta caseira.


Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=OOigg2jQjZ4 >

2) Tintas Naturais.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=R9tqG3kO6yo>.

34
Oficina III – Rótulos de alimentos

Introdução
Segundo a ANVISA, a rotulagem nutricional é o principal meio de
comunicação direta entre o produto a ser adquirido e o consumidor
final, sendo o seu objetivo principal a informação. Nos rótulos dos
alimentos devem ser informadas as características e composições nu-
tricionais.
Nas embalagens dos produtos que serão levados para as casas dos
consumidores é importante a presença do rótulo nutricional, que de-
verá conter: os cálculos dos valores nutricionais e percentuais diá-
rios feitos por profissionais específicos (como nutricionistas, nutrólo-
gos e cientistas), lista de ingredientes que compõem o alimento,
data de lote e validade.

Objetivos:
1. Estimular o interesse pela origem dos alimentos.
2. Valorizar alimentos naturais e hábitos alimentares regionais.
3. Promover a reflexão sobre o cuidado com o ambiente e produ-
ção de alimentos.
4. Entender a tabela nutricional dos alimentos.

Mediador da oficina: Professor atuante no Ensino Fundamental.


Público-alvo: Alunos do Ensino Fundamental – anos iniciais.
35
Carga-horária: 2 aulas (de em média 50 minutos cada).
Aplicação
O professor deverá pedir aos alunos para levarem embalagens de
alimentos (caixa de leite e sucos, embalagens de biscoito, latas de
achocolatado, etc.) para a oficina. O professor deverá conversar
com os alunos, orientando-os sobre a tabela nutricional nas embala-
gens, a origem dos alimentos, e a importância das datas de lote e
validade do produto, e também como analisar se o produto contém
alimento geneticamente modificado (transgênico), se é rico em açúca-
res, gorduras saturadas, insaturadas e/ou “trans” e valorizar há-
bitos de alimentação saudável. Peça para os alunos escreverem in-
formações de rótulos de três ou mais alimentos que consomem.

36
Bibliografia
CAVADA, G. S.; PAIVA, F. F.; HELBIG, E.; BORGES, L. R. Rotulagem nutricional: você
sabe o que está comendo? Rev. Food Technol, p. 84 – 88, 2012.

Leitura Complementar
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª edição. Bra-
sília - DF, 2012. 158 p. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publica-
coes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>

Vídeos
1) Como ler um rótulo para comer melhor.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=8bf7B2n1i6g>.

2) Não seja enganado no mercado! 4 coisas importantes nos rótulos dos alimentos.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=et7PEAkd7HE>.

37
Oficina IV – Apresentação de vídeos

Introdução
Para Cinelli (2003), o uso da tecnologia na sala de aula pos-
sibilita inovação na prática de ensino-aprendizagem de forma atra-
tiva e motivadora para os alunos e o uso do vídeo como recurso di-
dático possibilita ao professor trazer para a aula realidades distin-
tas. O uso de vídeos, curtas-metragens e documentários pode ser re-
cursos de ensino de temáticas de alimentação e nutrição, com discus-
sões e aprendizados.

Objetivos
1. Relacionar os vídeos à temática da EAN.
2. Estimular reflexões sobre alimentação equilibrada.
3. Instigar os alunos a refletir sobre o consumo e desperdício
dos alimentos e as consequências socioambientais.
4. Promover nos alunos uma visão crítica sobre o ambiente, con-
sumo e sociedade.

Aplicação
O professor poderá exibir para a turma vídeos ou documentários
que envolvam a temática da alimentação consciente e saudável.
Como indicações sugerem-se 3 vídeos disponibilizados no You-

38
Tube: “Alimentação saudável para crianças”4, “5 dicas de alimen-
tação saudável para crianças”5 e “Ilha das Flores”6. Após a exi-
bição dos vídeos o professor poderá fazer uma roda de conversa
para conversar com os alunos os entendimentos e mensagens com-
preendidas cada um dos vídeos assistidos. O professor também po-
derá pedir para que os alunos elaborem produções textuais, de
forma a avaliar as reflexões de cada estudante sobre a atividade.

- Sinopses dos vídeos -

O vídeo “Alimentação saudável para as crianças” aborda de


forma clara o que é uma alimentação dita saudável. O vídeo tem
pouco mais de 5 minutos de duração e informa que para a alimen-
tação ser saudável ela precisa ser completa e equilibrada, ou seja,
com as quantidades necessárias de todos os nutrientes. Também
mostra o que são proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas, sais
minerais e água.
O vídeo “5 dicas de alimentação saudável para crianças” des-
taca que os popularmente denominados “alimentos de crianças” -
como balas, doces, biscoites e refrigerantes, não devem ser consumi-
dos com frequência pelas crianças. Esses alimentos que “são desti-
nados às crianças” são ricos em açúcares e gorduras. No vídeo
4
https://www.youtube.com/watch?v=90zaBTVd7_c
5
https://www.youtube.com/watch?v=iQPNWBwP2nQ
6
https://www.youtube.com/watch?v=Hh6ra-18mY8

39
nutricionistas explicam as razões pelas quais devem ser evitados es-
ses alimentos.
O documentário “Ilha das Flores” apresenta a situação de
vulnerabilidade social e extrema pobreza, com cenas reais e drama-
tizações que o tornam dinâmico e interessante. Apesar de ser um
documentário, Ilha das Flores aborda problematizações sociais im-
portantes como a insegurança alimentar, a alimentação adequada e
a vulnerabilidade social, que ainda são problemas reais nas socieda-
des contemporâneas.

Bibliografia

FARIA, R; SOUSA, B. A educação alimentar em meio escolar e a figura do nutricionista esco-


lar. ACTA Portuguesa de Nutrição, v. 20, p. 20 – 26, 2020.

CAMOZZI, A. B. Q. et al. Promoção da Alimentação Saudável na Escola: Realidade ou Uto-


pia? Cad. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 32-47, 2015.

40
Oficina V –Aproveitamento Integral de Alimentos

Introdução
No Brasil existe grande desperdício de alimentos. Incentivar
o aproveitamento integral dos alimentos é uma medida relevante para
educar a população, uma vez que partes comumente desprezadas pos-
suem valor nutricional e podem ser utilizadas sem prejuízos na qua-
lidade, sabor e segurança na alimentação.
A partir do aproveitamento integral dos alimentos pode-se pro-
mover uma melhor nutrição e motivar os alunos a diminuir o desper-
dício de alimentos, relacionando o ensino de ciências à alimentação
saudável.

Objetivos
1. Desenvolver atividades de preparo de comidas com o aprovei-
tamento integral dos alimentos.
2. Discutir a problemática da quantidade de resíduos sólidos or-
gânicos derivados do consumo.
3. Mostrar e/ou preparar receitas nutritivos e saborosos
usando partes que normalmente são desprezadas dos alimentos
(cascas, talos, sementes).

41
Aplicação
O professor pode preparar receitas em casa ou na escola para de-
gustação, com o aproveitamento integral dos alimentos, estimulando
a reflexão e o consumo integral do alimento.

“Aproveitamento Integral dos Alimentos – Receitas”

Estas receitas têm como objetivo principal mostrar aos alunos


que é possível utilizar diversos alimentos em sua totalidade. As re-
ceitas serão explicadas ou elaboradas com as crianças, de forma pe-
dagógica, explicando que uma alimentação saudável e rica em nutri-
entes é muito importante para uma melhor qualidade de vida. Na
oficina também será discutido a problemática da quantidade de lixo
orgânico derivados do consumo e desperdícios alimentares. As receitas
aqui reunidas possuem: alto valor nutricional, baixo custo, paladar
agradável e preparo rápido e fácil!

BOLO INTEGRAL DE BANANA

Ingredientes
- 4 bananas bem maduras (quanto mais maduras, melhor)
- 1/2 xícara de óleo ou azeite (pode usar óleo de coco)
- 4 ovos pequenos
42
- 2 xícaras de aveia (em flocos finos ou grossos)
- 1 xícara de passas
- 2 colheres de sopa de fermento
- canela a gosto.

Modo de preparo
- Bata as bananas, os ovos e o óleo no liquidificador até ficar com
uma textura homogênea. Jogue as passas e bata só mais um
pouco (se você não gostar de passas, pode bater completamente e o
bolo não vai ficar com gosto de passas, mas vai ficar mais pesado).
Misture bem a massa com a aveia e com a canela e, por fim, adi-
cione o fermento. Despeje na forma untada com manteiga e farinha
de aveia e leve para assar a 180º por aproximadamente 35 minu-
tos. Antes de tirar confira se o bolo está assado, porque pode de-
morar mais tempo.

PUDIM DE PÃO “DORMIDO”


Ingredientes
- 4 ovos
- 1 lata de leite condensado
- 2 medidas (da lata) de leite desnatado
- 3 pães franceses amanhecidos picados
- coco ralado a gosto.
43
Modo de Preparo
Basta bater todos os ingredientes no liquidificador. Despeje tudo
sobre um tabuleiro (untado com margarina, para não grudar após
o preparo). Leve ao forno a 180 e deixe aproximadamente 25 mi-
nutos. Depois aguarde esfriar um pouco e leve à geladeira.

SUCO DA CASCA DO ABACAXI


Ingredientes
- Cascas de 1 abacaxi
- Adoçante
- Água bem gelada

Modo de Preparo
Primeiramente, é muito importante higienizar bem a casca do aba-
caxi, colocando de molho em água clorada (o ideal é usar hipoclo-
rito hortifruti ou água sanitária, com cerca de 10 gotas para 1 li-
tro de água). Deixe mergulhado por aproximadamente 15 a 30 mi-
nutos e depois enxágue bem. Após a higienização, bata no liquidi-
ficador as cascas da fruta (deixe um pouco de polpa da fruta na
casca) com meio litro de água. Após o liquidificador, coe e bata no-
vamente com a água restante, adoce como preferir e beba em se-
guida.

44
TORRADINHAS de PÃO “DORMIDO”
Modo de preparo
Cortar os pães (na forma que quiser) e botar para assar por apro-
ximadamente 10 minutos no forno. Fica uma delícia!

PASTINHA DE FRANGO E LEGUMES

Ingredientes
- 320 gramas de peito de frango sem pele e sem osso;
- 220 gramas de queijo cottage, requeijão l ou creme de leite light;
- 1 cenoura média ralada no ralo grosso;
- 2 colheres de sopa de salsa picada;
- sal a gosto;
- pimenta do reino a gosto;
- 1 lata de milho verde em conserva

Modo de Preparo
- Leve o frango com água em uma panela e deixe cozinhar em fogo
médio até o frango ficar bem cozido. Logo após, veja se o frango
está macio. Despreze a água (CUIDADO!), pois a água estará
bem quente!). Desfie o frango e reserve. Em um recipiente adicione
todos os ingredientes: o frango desfiado, a ricota, cebola, o milho e
os temperos a gosto. Misture até obter uma pasta homogênea.
Leve para gelar por meia hora e sirva acompanhado de torradas.
45
Bibliografia
BOOG, M. C. F. Nutritional education in public health services. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro,
2008. v. 15, p. 139 – 147.
Disponível em: < https://www.scielo.br/j/csp/a/Mh7fbdDm7SBbtjmFMb7wqxQ/?for-
mat=pdf&lang=pt>
SANTOS, M. H. O. Desperdício de alimentos e sua interferência no meio ambiente. Instituto Cons-
truir e Conhecer. Goiânia, n.5, p. 1 – 2, 2008.
Disponível em: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2008A/desperdicio1.pdf>

Leitura Complementar
SESC. Banco de Alimentos e Colheita Urbana: Aproveitamento Integral dos Alimentos. Rio de Ja-
neiro: SESC/DN, 2003. 45 p. Disponível em:
< https://portaldev.sesc.com.br/mesabrasil/cartilhas/cartilha7.pdf>.

RAIMUNDO, M. G. M. (coord.) Diga não ao desperdício & Pancs. Coordenadoria de Desenvolvi-


mento dos Agronegócios, 2016. Disponível em: < http://www.codeagro.agricultura.sp.gov.br/arqui-
vos/cesans/Diga_nao_ao_desperdicio_Pancs.pdf>.

RIZZO, H. COELHO, B. PERNAMBUCO, C. ARCHANGELO, M. CHERMOULA, A, MARTHA,


S. QUARANTA, V. Receitas da Mata Atlântica. SOS Mata Atlântica, p. 1 – 17, 2023. E-book.
Disponível em: https://cms.sosma.org.br/wp-content/uploads/2022/12/ebook-receitas-
SOSMA_300dpi-2.pdf

Vídeos
1) Curso de Aproveitamento Integral dos Alimentos. Disponível em: < https://www.you-
tube.com/watch?v=EiMaduJBkn0>.

2) Vídeo Aproveitamento Integral dos Alimentos SESC. Disponível em: < https://www.you-
tube.com/watch?v=DTnPRgtbFGY>.

46
Oficina VI – De norte a sul: comidas típicas do Brasil

Introdução
O Brasil possui grande diversidade de biomas e climas, com
influências das culturas indígena, africana e europeia. Essa grande
biodiversidade brasileira e sua riqueza cultural refletem-se nas vari-
edades gastronômicas no país (ONOFRE, 2015). Segundo Bote-
lho (2008), a diversidade da culinária brasileira pode ser mostrada
pelo que se conhece por comidas típicas regionais, em que cada re-
gião brasileira tem pratos e preparos particulares de determinados
alimentos, tornando-os únicos e apreciados em deliciosos preparos.
Objetivos
1. Valorizar as comidas típicas de cada região do Brasil.
2. Identificar a importância das representações culinárias no
país.
3. Identificar tradições culinárias indígenas e africanas.
Aplicação

47
Após a leitura de “Alimentos regionais brasileiros” (2002) 7 cada
aluno escolherá dois alimentos de duas regiões do Brasil (um ali-
mento para cada região), explicando-os em relação a suas origens,
nome científico e caraterísticas em relação a forma, cor e sabor do
alimento. O aluno deverá também explicar pelo menos uma receita
com o uso do alimento escolhido.

7
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf
48
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentos regionais brasileiros. 2002. Disponível em: <
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf>

Livro de Receitas “Amazônia à mesa8”. Disponível em: < http://189.28.128.100/nutri-


cao/docs/geral/alimentos_regionais_brasileiros.pdf>

Livro de Receitas “Guia Alimentação Indígena”9. Disponível em:

< https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-area-gestores/pnae-manuais-carti-
lhas/item/13819-guia-alimenta%C3%A7%C3%A3o-ind%C3%ADgena>.

Vídeos
1) O Prato Típico de Cada Estado Brasileiro. Disponível em: < https://www.you-
tube.com/watch?v=mz1sEhTX2SE>.
2) 12 comidas que o Brasil faz melhor. Disponível em: < https://www.you-
tube.com/watch?v=grElZx9awJE>

8
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-area-gestores/pnae-manuais-cartilhas/item/13262-
amaz%C3%B4nia-%C3%A0-mesa
9
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-area-gestores/pnae-manuais-cartilhas/item/13819-
guia-alimenta%C3%A7%C3%A3o-ind%C3%ADgena
49
Oficina VII - Leites Vegetais
Introdução
As bebidas (ou leites) vegetais são ótimas opções para os veganos,
intolerantes e/ou alérgicos aos leites animais. Podem apresentar
várias vantagens e propriedades diferentes em relação aos leites ani-
mais:
1) podem ser consumidos por qualquer pessoa, desde que a mesma
não tenha alergia ao vegetal utilizado para fazer a bebida /leite;
2) são opções muitas vezes baratas e práticas, podendo ser consumi-
das a qualquer momento do dia;
3) em dietas com restrição de leite animal podem funcionar como
substitutos em receitas como bolos, pães, cremes, tortas, entre ou-
tras;
4) são livres de gorduras saturadas, assim não aumentam o coleste-
rol ruim;
5) por serem de matéria-prima
vegetal são ricos em vitaminas,
sais minerais e fibras.

50
Receitas de Leites Vegetais
Agora que já conhecemos as vantagens de consumo de leites vege-
tais, vamos ao preparo de deliciosas bebidas?

Leite de Amendoim
Ingredientes
- 1 xícara de amendoim cru, descascado, com ou sem pele;
- 3 xícaras de água morna.
Preparo: Antes de fazer o preparo do leite, é necessário deixar o
amendoim por pelo menos 8 horas de molho na água. Após, escor-
rer a água do molho, colocando os amendoins no liquidificador, jun-
tamente com água morna. Batemos bem, coamos o leite com um
pano de prato bem limpinho ou um coador de voal (tipo de coador
ideal para extrair o líquido dos vegetais ou cereais após bater todos
os ingredientes no liquidificador, por exemplo). Depois disso, fazer
uma leve fervura nesse leite extraído do amendoim, deixá-lo esfriar e
o leite já está pronto para beber.
Importante! O resíduo que sobrar no coador voal (ou no pano de
prato) que foi utilizado para a extração do leite pode ser usado
para a elaboração de novas receitas! Pode fazer uma pastinha,

51
basta colocar um pouco de temperos (alho, cebolinha, orégano) e
um pouco de suco de limão e ter uma ótima opção para passarmos
em torradinhas caseiras! Lembre-se, nada de desperdício!!!

Leite de Semente de Girassol


Ingredientes
- 1 xícara de semente de girassol;
- 2,5 xícaras de água.
Preparo: Deixe de molho as sementes por cerca de 8 horas. Após,
escorra a água do molho e coloque as sementes no liquidificador.
Adicione as 2,5 xícaras de água e bata tudo no liquidificador. Coe
a bebida no coador voal (ou num pano de prato) e pronto! O leite
de semente de girassol já pode ser consumido, fica uma delícia!!!

Leite de Aveia
Ingredientes
- 1 xícara de aveia
- 3 xícaras de água
Preparo: Deixe a aveia de molho, por volta de 12 horas. Após,
escorra a água do molho e coloque-as no liquidificador juntamente
com as 3 xícaras de água. Coe a bebida no coador voal e já está
52
pronto!
Importante! As sobras da aveia que ficaram no coador podem ser
reaproveitadas! Basta colocar essas sobras no forno, desidratá-las
e utilizá-las no preparo de mingaus, bolos, etc.
Aplicação: O professor poderá levar os leites vegetais já prepara-
dos para a aula, pois para fazer as bebidas serão necessárias res-
peitar algumas etapas importantes e demoradas. O professor po-
derá aproveitar a temática dos leites vegetais e abordar assuntos li-
gados ao veganismo e explicar as diferenças entre a alergia à pro-
teína do leite de vaca e intolerância à lactose. As pessoas que são
alérgicas e/ou intolerantes não podem consumir o leite de vaca, e
os leites vegetais são ótimas opções para o preparo de bolos, tortas
e vitaminas.

53
Bibliografia
Revista Viva. Leites Vegetais. Disponível em <https://www.unimedriopreto.com.br/pdf/re-
vista/ed69/files/ed%2069.pdf >

Leitura Complementar
1) O que é o veganismo. Disponível em: < https://www.ejeq.com.br/vega-
nismo/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=blog%20alimen-
tos&utm_content=veganismo3&gclid=Cj0KCQjw-fmZBhDtARI-
sAH6H8qg_m0vnTH5pWDsby-augSZPNVluZlYUnhH8rxOhszFU9V1CBGivUU-
MaAi5_EALw_wcB>.

2) Veganismo, estilo de vida. Disponível em: < https://veganismo.org.br/veganismo/>.

3) Alergia à proteína do leite ou intolerância à lactose? Disponível em < https://www.ama-


issaude.com.br/sp/boletim-medico/alergia-a-proteina-do-leite-ou-intolerancia-a-lactose/>.

4) Alergia à proteína do leite de vaca – APLV. Disponível em: < https://clinpro-


saude.com.br/aplv/>.
5) Caseína faz mal para alérgicos e intolerantes à lactose? Disponível em:
<https://www.espartanos.com.br/caseina-faz-mal-para-alergicos-e-intolerantes-a-lactose>.
6) Leite vegetal: conheça 10 opções nutritivas. S. Legnaioli. Disponível em:
https://www.ecycle.com.br/leite-vegetal/

54
Vídeos

1) 3 leites vegetais fáceis mais baratos que leite de vaca. Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=mz85U-lxFhg.

2) 3 tipos de leite vegetal: soja, amêndoas e coco / Receitas Vegetarianas. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=Uv5mF-svGhU>.

3) Veganismo e Vegetarianismo. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=kIa-


GAv9R-14>.

4) Paola Carosella expõe sua opinião sobre os temas veganismo e vegetarianismo! Disponível
em <https://www.youtube.com/watch?v=opzgPsn9ObE>.

IMPORTANTE!
Para saber se você é alérgico ou intolerante ao leite de vaca
procure o auxílio de nutricionista ou médico.

55
Fruta ou Fruto?
Fruta é uma palavra usada no senso comum que designa partes com sabor adoci-
cado originadas de flores. Fruto é um termo científico botânico que se refere à es-
trutura desenvolvida a partir do ovário fecundado de uma ou mais flores.

Todo fruto é uma fruta?


Não, existem frutos que não são adocicados, como o tomate e o jiló.

Toda fruta é um fruto?


Também não, pois o que chamamos de fruta pode conter partes carnosas que
não são derivadas do ovário, como é o caso do caju e da maçã.

56
--------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------

57
Bibliografia - Oficinas

BOOG, M. C. F. Educação nutricional em serviços públicos de saúde. Cad. Sa-


úde Pública, 15(2), p.139-147, 1999.
BRASIL. Lei nº 14.016, de 23 de junho de 2020. Dispõe sobre o combate ao
desperdício de alimentos e a doação de excedentes de alimentos para o consumo
humano. Disponível em: < https://www.in.gov.br/web/dou/-/lei-n-14.016-de-23-
de-junho-de-2020-263187111>.

BRASIL. Ministério da saúde. Alimentos regionais brasileiros. 2002. Disponí-


vel em: <http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/alimentos_regionais_brasi-
leiros.pdf>
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira.
2ª edição. Brasília - DF, 2014. 156 p. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasi-
leira_2ed.pdf>

CAVADA, G. S.; PAIVA, F. F.; HELBIG, E.; BORGES, L. R. Rotulagem nu-


tricional: você sabe o que está comendo? Rev. Food Technol, p. 84 – 88, 2012.

CAMOZZI, A. B. Q. et al. Promoção da Alimentação Saudável na Escola: Reali-


dade ou Utopia? Cad. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 1, p. 32-47, 2015.
FARIA, R; SOUSA, B. A educação alimentar em meio escolar e a figura do nu-
tricionista escolar. ACTA Portuguesa de Nutrição, v. 20, p. 20 – 26, 2020.

MEDEIROS, K. J. P.; RODRIGUES, H. C.; FERREIRA, M. M. G.; SILVA, J.


P. As cores da Mãe Terra: Produções de tintas ecológicas feitas a base de solo
para o desenvolvimento de ambientes sustentáveis. In: VI Encontro Internaci-
onal de Jovens Investigadores, 2019.

OLIVEIRA, R. S.; ALVES, M. C.; KIOURANIS, N, M. SILVEIRA, M. P. Ali-


mentos: uma proposta de oficina temática para o ensino de Química. In: XII
Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XII ENPEC. Na-
tal, RN – 25 a 28 de junho de 2019.
ONOFRE, T. O. B. Gastronomia Regional: um estudo de caso em hotéis 5 es-
trelas de Copacabana/RJ – Brasil. Monografia de Conclusão de Curso. UFRRJ -
RJ. 2015.

58
RIZZO, H. COELHO, B. PERNAMBUCO, C. ARCHANGELO, M. CHER-
MOULA, A, MARTHA, S. QUARANTA, V. Receitas da Mata Atlântica.
SOS Mata Atlântica, 2023, p. 1 – 17. E-book.

SANTOS, M. H. O. Desperdício de alimentos e sua interferência no meio ambi-


ente. Instituto Construir e Conhecer, Goiânia, n.5, p. 1 – 2, 2008.

SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública, 31(5),


p. 538-42, 1997.

SESC. Banco de Alimentos e Colheita Urbana: Aproveitamento Integral dos


Alimentos. Rio de Janeiro: SESC/DN, 2003. 45 p.

STEFANUTO, V. A (Coord.) Oficina 01: brincando com as cores: como fa-


bricar tintas atóxicas a partir da matéria orgânica presente em nosso dia a dia?
Projeto de Extensão. Klabin, Instituto Federal do Paraná, 2020, p 1 – 24.
TEO, C. P. A. et al. Direito humano à alimentação adequada: percepções e práti-
cas de nutricionistas a partir do ambiente escolar. Trab. Educ. Saúde, Rio de
Janeiro, v. 15 n. 1, p. 245-267, jan./abr. 2017.
YOUKOTA, R. T. de C.; VASCONCELOS, T. F.; PINHEIRO, A. R. de Oli-
veira.; SHMITZ, B. A. S.; RODRIGUES, M. L. C. Projeto “a escola promo-
vendo hábitos alimentares saudáveis”: comparação de duas estratégias de educa-
ção nutricional no Distrito Federal, Brasil. Rev. Nutr., Campinas, 23(1), p.37-
47, jan./fev., 2010.

59
Sobre os autores

Flávio é mestrando do Pro-


grama de Pós-Graduação em
Ensino em Educação Básica do
Instituto de Aplicação Fernando
Rodrigues da Silveira (CAp) da
Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ), Especialista
em Gestão Escolar e Licenciado
em Ciências Biológicas pela
UERJ, desenvolve pesquisas so-
bre Ensino de Ciências e Educa-
ção Alimentar.

Maria Cristina é Professora As-


sociada do Instituto de Aplica-
ção da UERJ. Doutora em Educa-
ção, tem experiência como do-
cente na educação básica, gra-
duação e pós-graduação, Do-
cente dos Programas de Pós-
graduação em Ensino em Edu-
cação Básica e em Ensino de Ci-
ências, Ambiente e Sociedade
da UERJ, desenvolve pesquisas
sobre ensino de Ciências e Bio-
logia, currículo, formação de
professores e práticas interdis-
ciplinares.

Editora CAp-UERJ
Rio de Janeiro
Brasil

60

Você também pode gostar