Você está na página 1de 9

Polo UAB Araxá - Atividade Virtual Prática.

Andressa Duarte Leite Santana


Erika Vieira Borges Ferreira
Lauriceia Faria de Paulo
Lorena Beatriz de Paulo Mateus
Priscilla Ferreira Kind de Paula

Trabalho de Estudos Gramaticais.


O Valor da Gramática

ARAXÁ-MG
2021.
Andressa Duarte Leite Santana
Erika Vieira Borges Ferreira
Lauriceia Faria de Paulo
Lorena Beatriz de Paulo Mateus
Priscilla Ferreira Kind de Paula

Trabalho de Estudos Gramaticais.


O Valor da Gramática

Trabalho apresentado ao curso de


Licenciatura em Letras, disciplina
Gramática, como requisito
para obtenção de nota.
Professora: Telma Aparecida da Silva Santos.

ARAXÁ-MG
2021.
Introdução

O presente trabalho registra pesquisa realizada com pessoas que apresentam


diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade, onde registraram
informações pessoais quanto a gênero, idade, escolaridade, e como
consideram o uso e estudo da gramática no contexto social em que vivem.
O objetivo desse trabalho é apresentar por meio de gráficos, como as pessoas
tem pouco acesso ou interesse no estudo da gramática, muitas vezes por
questões sociais ou por falta de oportunidades.
O trabalho está organizado capa, folha de rosto, introdução, desenvolvimento
com gráficos descrições dos mesmos, conclusão e bibliografia.
A metodologia usada foi uma pesquisa bibliográfica, acrescida de pesquisa
realizada através da ferramenta Google Forms.
Foi realizada uma entrevista com 10 pessoas de todos os gêneros, a partir de 13 anos
de idade, sobre o que é gramática, sob o ponto de vista de cada um. As respostas
foram diversificadas, como se segue.
A primeira pergunta trata sobre o gênero dos entrevistados anos de idade, sobre o que
é gramática, sob o ponto de vista de cada um. As respostas foram diversificadas,
como se segue.
A primeira pergunta trata sobre o gênero dos entrevistados.

Como pode-se constatar, 80% dos respondentes são do sexo Feminino, enquanto
20% são do sexo Masculino.
A segunda questão buscava saber a idade de cada um dos participantes.

Conforme o gráfico acima indica, 30% dos entrevistados têm entre 13 e 18 anos.
Outros 30% têm idade entre 26 e 35 anos, e 40% têm mais de 36 anos.

A terceira pergunta aborda a escolaridade dos respondentes.


Conforme constatado, 20% dos entrevistados possuem Ensino Fundamental II
concluído. Em seguida, temos 30% das pessoas com Ensino Médio completo,
seguidos por 10% que possuem Graduação completa, e fechando a lista temos 40%
dos participantes com Pós-Graduação completa.
A quarta questão buscava saber o que cada um dos entrevistados entende por
Gramática.
A esmagadora maioria dos respondentes, 80%, acredita que a Gramática se define
como o conjunto de regras e normas que regem uma determinada língua. Ademais,
uma pessoa entende que gramática é o uso correto da língua escrita e falada. Em
adição, uma pessoa preferiu não responder e absteve-se da quarta pergunta.
Tomando como base o texto lido “A questão do erro e suas implicações sociais”,
podemos sugerir que a dificuldade das pessoas em ver a gramática além das regras e
normas, ou até mesmo de abster-se da resposta pode vir do mito de que não se pode
“errar” ou até mesmo do complexo de inferioridade que algumas pessoas possuem,
por não dominarem a língua padrão.

Como podemos observar, a relação das pessoas com a gramática não são das mais
favoráveis. Pois de acordo com nossos entrevistados 90 por cento das pessoas
disseram que não gostam de gramática. É um assunto bastante complexo e há muito
que se rever, relacionando o gostar de gramática baseada na própria gramática ou
não gostar de gramática relacionada com a forma que é ensinada.
O motivo pelo qual estudamos a gramática refere-se ao estudo de regras que de
acordo com conceitos pré-estabelecidos que vivenciamos por toda a vida acadêmica,
nos ensinando que aprender a tão temida gramática seja muito complicado, difícil e
até mesmo vista como uma parte da nossa língua considerada chata. Acredita-se pela
maioria das pessoas pelo que podemos observar, consideram o estudo da língua
complicada, podendo ser esse o real motivo do resultado observado em nossa
pesquisa.

Nota-se que a gramática é vista como algo a nos orientarmos na hora da fala e da
escrita, sendo a responsável pela beleza e uma melhor compreensão na hora de se
comunicar, tanto de forma verbal quanto no registro. Somente 11 por cento de nossos
entrevistados consideram o estudo da gramática interessante, ou seja, a grande
maioria estuda porque é tida no currículo da escola e de forma automática.

De acordo com os resultados representados nos gráficos acima, podemos observar


que a maioria das pessoas indiscutivelmente não gostam de estudar a gramática, que
até compreendem o motivo de ser apresentada nas escolas, mas o prazer, entusiasmo
por essa parte de nossa língua, não é considerada muito interessante de se estudar. O
motivo pelo qual não gostam de estudar a gramática foi unânime, relatando que há
muitas regras, ou seja, dificultando assim um melhor entendimento para ser utilizada
corretamente.

Considerando os gráficos anteriores, principalmente a representação da resposta do 5.b,


chegamos a essa porcentagem acima, em que 30 % considera a gramática inútil e
desagradável, pois representa um estudo baseado em regras, algumas de fácil entendimento,
outras mais complexas, enquanto 70% discorda dessa afirmação.
Apesar de a gramática ser considerada um estudo complicado e chato, percebe-se que grande
parte reconhece a importância de se estudar gramática, é por meio dela que a nossa escrita, e
fala se torna consideravelmente compreensiva, e facilita os diálogos, construção de textos,
proporcionando compreensão dentro de um contexto ou não.

De acordo com que foi pesquisado 10% dos entrevistados ficam irritados com os erros
na fala utilizados nas expressões citadas acima, consideram erros inaceitáveis nos
dias atuais onde se pode ter fácil acesso à informação.
40% das pessoas aceitam os termos citados acima, mas se dividem entre:
20% aceitam tranquilamente esse tipo de fala por estarem acostumados a ouvir lá
diariamente no lugar onde vivem e 20% entende que faz parte da cultura deixando
assim de ser errado utilização desses termos.
50% tem vontade de corrigir por acreditarem que as pessoas precisam serem
corrigidas para que não continuem errando.
Com tudo podemos entender que por mais que esses termos estejam culturalmente
alojados em nossa língua e sejam utilizados diariamente a grande maioria das
pessoas sempre sentirá necessidade em corrigir quem utiliza dessas expressões.

De acordo com que foi pesquisado 60% dos entrevistados acreditam que quer falar
certo é pronunciar as palavras de forma correta, e 40% acreditam que falar certo é
falar de uma maneira que as pessoas consigam compreender.
Como vimos a gramática descritiva não existe erro, o que pode haver é uma
inadequação no sentido de utilizar construções linguísticas de uma variedade não
padrão em situações que requerem o uso da norma culta.
A fala é avaliada e muitas das vezes julgada em função do status social das pessoas.
A linguagem é altamente reveladora.

De acordo com os resultados representados nos gráficos acima, podemos observar


que a 70% dos entrevistados concordam que a linguagem é um índice de poder, 20%
concordam plenamente e 10% não têm opinião sobre o assunto.
A linguagem altamente reveladora, ela não transmite só informações neutras, revela
nossa classe social, a região de onde viemos, nossa escolaridade.
E baseado nesse sentido, a linguagem pode indicar um índice de poder.

Conclusão:
É notório que ao nos depararmos com o resultado de nossa pesquisa, podemos
visualizar uma enorme rejeição da maioria das pessoas no que se refere ao estudo da
gramática. Sua importância pode até fazer parte do pensamento de muitos, mas na
prática essa história é outra, pois o que mais vimos por aí são erros grotescos da
nossa língua que é bastante complexa, temos que admitir, mas é muito rica e bela
quando escrita e falada corretamente. Na busca por um maior conhecimento
linguístico em nosso país, devido as diferenças de classes sociais, podemos observar
que um indivíduo que possui menor poder aquisitivo escreve e fala de forma errônea,
baseada na forma considerada culta de se comunicar. Mas será que o resultado dessa
pesquisa tem haver também com a forma de se ensinar a gramática, ou será que o
que tem que ser levado em consideração não está sendo levado em consideração. Na
hora de se avaliar, o que é escrever e falar corretamente está sendo baseado em
regras complexas, que por muitas das vezes não conseguimos compreender ou ter
acesso à uma boa instrução. A verdade que vemos é que mesmo a grande maioria
das pessoas não possuindo conhecimento necessário para que nossa língua seja
falada e escrita de forma correta conseguem se fazer entender.

Bibliografia: GÖRSKI, Edair; MOURA, Heronides. Estudos Gramaticais. Florianópolis:


UFSC, 2011.

Você também pode gostar