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ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL

Essa é a administração por qualquer via que não seja enteral ou tópica, caracterizada por
seu rápido início de ação e menor duração. Podendo ser dividida em:

 Via Intradérmica (ID)


 Via Subcutânea (SC)
 Via Intramuscular (IM)
 Via Intravenosa (IV)

VIA INTRADÉRMICA:

Essa via requer administração de pequenos volumes, no máximo de 0,1ml, possui


absorção lenta e tem como exemplo os testes de alergias ou teste tuberculínico (PPD),
injeções de dessensibilização, anestésicos locais e vacinas como a BCG. Seus sítios de
aplicação são:

 Parte superior do tórax


 Região escapular
 Face interna do antebraço

Para administração nesta via, a angulação da agulha deve ser de 15° e bisel voltado para
cima.
VIA SUBCUTÂNEA:

Essa via requer administração na hipoderme, com volume máximo de 1,5ml e possui
absorção lenta, tem como exemplo as medicações Heparina, Enoxaparina e Insulina.
Seus sítios de aplicação são:

 Braços
 Face anterior da coxa
 Abdome

Para administração nesta via, deve-se usar agulha 13×4,5 em ângulo de 90° ou agulha
25×6 ou 25×7 em ângulo de 45°.

VIA INTRAMUSCULAR:

Essa via é caracterizada por sua absorção rápida, devendo ser administrada a medicação
diretamente na fibra muscular, seu volume máximo depende do sítio de aplicação,
porém em todas as aplicações o ângulo deverá ser de 90° e o bisel lateralizado.

SÍTIOS DE APLICAÇÃO DA VIA INTRAMUSCULAR


 Fácil acesso para administrar
 Volume máximo de 2ml a 3ml em adultos
DELTOIDE
 Usado para vacinas

 Localizado no terço médio, 1 palmo do


trocânter maior e um palmo acima do
VASTO LATERAL DA joelho.
COXA  Utilizado em lactentes
 Volume máximo de 3 a 4ml

 Medialmente ao vasto lateral da coxa


 Localizado no terço médio
RETO FEMORAL
 Volume máximo de 5ml

 Glúteo médio, afastado de nervos e vasos importantes


 Localizado com a palma da mão na lateral do trocânter
maior, dedo indicador na espinha ilíaca e dedo médio
VENTROGLÚTEO na crista ilíaca.
 Volume máximo de 4ml
 Possui o menor risco de complicações

DORSOGLÚTEO  Quadrante superior exterior da linha imaginária entre a


espinha ilíaca posterior superior e trocânter maior do
fêmur.
 Não pode ser utilizada em crianças menores de 3 anos.
 Volume máximo de 5ml
 Cuidado principal com o nervo ciático
VIA INTRAVENOSA:

Essa via é indicada para infusão de medicações diretamente na corrente sanguínea, por
isso é uma via de ação rápida. Essa via é utilizada através de uma agulha de modo
intermitente no vaso sanguíneo, um acesso periférico ou um acesso central para infusões
contínuas. A escolha da via periférica ou central é feita de acordo à osmolaridade de
cada medicação e o seu volume. Os principais cuidados relacionados à essa via são:

 Trocar a cada 72h para acessos com materiais de Teflon e 96h para acessos com
materiais de poliuretanos;
 A permeabilidade do acesso deverá ser mantida com Cloreto de Sódio a 9%
antes e após o uso do acesso;
 Fazer uso de cobertura estéril semioclusiva ou Membrana Transparente
Semipermeável (MTS);
 Identificar o acesso com data e horário da instalação;
 Observar por sinais flogísticos, como eritema, edema, turgor calor e dor.

COMPLICAÇÕES DA VIA INTRAVENOSA:

Infecções Primárias de Corrente Sanguínea – IPCS:

São infecções relacionadas à assistência de saúde e causadas em 60% por bactérias


nosocomiais, ou seja, aquelas que são frequentemente encontradas nos hospitais e nos
procedimentos invasivos, sua maior incidência está em cateteres centrais e curta
permanência.

Os principais materiais utilizados nos procedimentos intravenosos e passíveis de IPCS


são:

 Politetrafluoroetileno – PTFE
 Silicone
 Poliamida
 Poliéster
 Aço inoxidável em cânulas metálicas
 Poliuretano

Flebite:

Inflamação de uma veia, caracterizada por eritema, calor, dor e edema. É considerada a
mais recorrente complicação da administração intravenosa e pode, inclusive, evoluir
para uma tromboflebite, quando a inflamação causa um trombo e este pode viajar pela
corrente sanguínea e causar maiores complicações. Os principais fatores causadores da
flebite, são:

 Irritação por cateter: Diâmetro maior que o calibre do vaso, inserção incorreta ou
fixação incorreta;
 Irritação química: rápida infusão, alto volume de medicação, soluções irritantes
à parede do vaso;
 Infecção: Técnica asséptica inadequada, troca de curativos inadequada, longa
permanência do cateter.
OS NOVE CERTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAÇÕES
1º MEDICAMENTO Verificar nome da medicação
CERTO

2º HORÁRIO CERTO Verificar aprazamento

3º DOSE CERTA Verificar dose a ser administrada

4º PACIENTE CERTO Confirmar nome do paciente

5º VIA CERTA Confirmar a via a ser utilizada

6º DOCUMENTAÇÃO Verificar a prescrição médica


CERTA

7º ORIENTAÇÃO Confirmar as orientações dadas ao


CERTA paciente referente a medicação

8º FORMA CERTA Verificar se o formato da medicação


está de acordo e a sua validade

9º RESPOSTA CERTA Avaliar efeitos terapêuticos ou


adversos da medicação administrada

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