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FICHAMENTO DE RESUMO

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu na rua do Bângala, centro de Salvador, Bahia, em 21 de
julho de 1830, filho de uma negra livre, Luíza Mahin, e um fidalgo de origem portuguesa,
segundo ele mesmo conta. A mãe, uma quitandeira, era uma mulher batalhadora, idealista.
Mas depois da Revolta dos Malês, a maior rebelião de escravos da Bahia, em 1835, e da
Sabinada, que proclamou a República Bahiense, em 1837, teve que fugir, foi para o Rio de
Janeiro, deixando o filho com o pai dele. Segundo Luís Gama ele era bem tratado pelo pai,
mas em 1840 o fidalgo vendeu o filho como escravo por conta de dividas de jogo, o que era
ilegal pois Luís Gama era filho de pais livres e pela lei não podia ser escravizado no Brasil.
O menino de dez anos não foi comprado por nenhum fazendeiro, por ser baiano, então
Antônio Pereira levou- o para morar em sua casa. Em São Paulo ele aprendeu a trabalhar
como sapateiro, copeiro entre outras coisas. Com 17 anos ele aprendeu a ler através de um
amigo, e passou a ensinar os filhos do seu senhor, Luís Gama pediu a ele uma carta de alforria
em troca de ensinar seus filhos, o que não aconteceu. Então o mesmo resolveu fugir, e
conseguiu provar que não era escravo na Bahia que era um menino livre.
Luís Gama casou-se com Claudiana Fortunata Sampaio, nessa época ele trabalhava na polícia,
mas aquela não era sua vocação. Passou a ser copista e se destacou no jornalismo expondo
sua1 opinião nos jornais, também um advogado sem formação acadêmica. Ele comprava
liberdade de escravos pedindo esmolas nas ruas. Mais tarde outras pessoas apareceram para se
engajar nessa luta como por exemplo o poeta Castro Alves. Gama com todo seu conhecimento
adquirido através de muito esforço foi um dos maiores abolicionistas da escravidão no Brasil.
Ele ainda queria lutar, mas seu corpo estava sofrendo por causa da diabete, ele perdeu a fala e
muitos amigos médicos tentaram salva-lo, mas Gama faleceu naquele mesmo dia em 24 de
agosto de 1882. A morte sensibilizou inúmeras pessoas, que foram ao seu funeral prestar uma
última homenagem. Havia um carro fúnebre, puxado por cavalos, que deveria levar o corpo,
mas o povo não deixou. Todos queriam segurar por um momento a alça do caixão,
despedindo-se dele. Hoje ele é reconhecido como um dos grandes defensores do
abolicionismo no Brasil durante o século XIX. Ele usou os espaços a que tinha acesso para
lutar contra a escravidão e defender a liberdade de todos os negros no Brasil.

Palavras-chaves: escravidão; abolicionista; Luís Gama.

MOUZAR, Benedito Luís Gama: o libertador de escravos e sua mãe libertária, Luiza Mahin/
Mouzar Benedito- 2 ed.- São Paulo: Expressão popular, 2011.

1
Aluna Rebeca Souza, 1º ano E, Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, apresenta
fichamento como forma de avaliação, para a disciplina de Iniciação Científica, solicitado pela
professora Sandra Fernandes.

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