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OS NOVOS AVANÇOS DA

SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL
ANTI-ENVELHECIMENTO

E SE O ENVELHECIMENTO NÃO FOSSE INEVITÁVEL?

CHARLES FEELGOOD

LINUS FREEMAN

ANGÉLIQUE HOULBERT

REVISTO – AUMENTADO - ACTUALIZADO

OS NOVOS AVANÇOS DA SUPLEMENTAÇÃO

NUTRICIONAL ANTI-ENVELHECIMENTO

SÍNTESE

O MÉTODO DE “ENGINEERING” 7

Os sete danos mortais 9

Ganhar tempo 10

Uma esperança de vida de mil anos? 11

E agora, que fazer? 14

OS ACTIVADORES DA TELOMERASE 16

O que são os telómeros? 16


O que é a telomerase? 17

Reconstituir a actividade da telomerase 18

A telomerase é cancerígena? 19

Quais são as substâncias que activam a telomerase? 21

O astragalósido IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

O cicloastragenol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Os outros nutrientes que actuam na manutenção

dos telómeros 30

O ascorbil fosfato de magnésio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

A L-carnosina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

O extracto de Terminalia chebula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

O extracto de chá verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

O extracto de palma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O extracto de beldroega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Os omega-3 marinhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

A BIOGÉNESE MITOCONDRIAL 34

O que são as mitocôndrias? 34

Como optimizar o funcionamento das mitocôndrias? . . . . . . . . . . . 34


É possível aumentar a biogénese mitocondrial? . . . . . . . . . . . . . . . 35

Nome de código… PQQ 35

A PQQ activa determinados genes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Aplicações múltiplas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Protecção ideal das mitocôndrias contra o stress oxidativo . . . . . . . . 36

Neuroprotecção e melhoria da função cognitiva . . . . . . . . . . . . . . . 37

Cardio-protecção e melhoria dos níveis de energia . . . . . . . . . . . . . 38

A PQQ associada a outros nutrientes sinérgicos . . . . . . . . . . . . . . . 38

OS MIMÉTICOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA 43

Uma etapa-chave na procura da longevidade . . . . . . . . . . . . . . . . 44

A expressão dos genes da longevidade activada pela restrição calórica 45

Os efeitos benéficos da restrição calórica no homem . . . . . . . . . . . . 46

A procura de uma alternativa à restrição calórica . . . . . . . . . . . . . . 46

O resveratro 47

Na origem… um paradoxo! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Em todas as frentes para uma cardio-protecção ideal . . . . . . . . . . . . 50

Uma poderosa arma anti-cancro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Uma potente actividade anti-inflamatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Uma considerável neuroprotecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

E, por fim, sólidas propriedades anti-envelhecimento . . . . . . . . . . . 54


Como amplificar os efeitos do resveratrol? 56

O pterostilbeno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

A polidatina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

A quercetina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

A fisetina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Os polifenóis do extracto de casca de pinheiro-marítimo . . . . . . . . . 57

A niacinamida, uma ferramenta de primeira geração da terapia

genética anti-envelhecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

O oxaloacetato 59

O que é o ácido oxaloacético? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Em que é que a falta de oxaloacetato afecta o metabolismo? . . . . . . 59

Quais são as vantagens da toma de um suplemento em oxaloacetato? . 60

O oxaloacetato imita e reproduz os efeitos da restrição calórica . . . . . 61

Igualmente uma substância anti-diabetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Um protector global anti-cancro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Que reter? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Para ir mais longe: a importância do rácio NAD + / NADH . . . . . . . . . 65

A berberina 67
Um activador da AMPK que pode substituir a metformina . . . . . . . . 67

OS ACTIVADORES DAS CÉLULAS ESTAMINAIS 71

Os pioneiros das células estaminais recebem o prémio Nobel . . . . . . 73

O fucoidano 74

Astragalus 76

Polygonum multiflorum 76

O extracto de mirtilo selvagem 77

O beta 1,3/1,6 glucano 77

A L-carnosina 78

A vitamina C 79

A vitamina D3 79

O gene da imortalidade… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

AS OUTRAS SUBSTÂNCIAS PROMISSORAS 81

A saicosaponina A 81

A centrofenoxina 85

Os polifenóis de maçã 89

O epimedium 90

A L-teanina 91
O reishi 91

A selegilina 94

CONCLUSÃO 97

Bibliografia e recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

Links . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

OS NOVOS AVANÇOS DA SUPLEMENTAÇÃO

NUTRICIONAL ANTI-ENVELHECIMENTO

Desde a antiguidade que o homem procura prolongar a sua existência e


a energia da sua juventude As religiões e os alquimistas tomaram as
rédeas e prometeram a vida eterna Hoje em dia, a nutrição e a
medicina anti-envelhecimento fornecem as bases científicas que nos
permitem pensar que o nosso futuro tem futuro Ainda há pouco tempo
os médicos acreditavam que os principais factores do envelhecimento
eram a intoxicação intestinal cró-

nica e a degenerescência do sistema imunitário

Muito para além destas soluções clássicas e simplistas, a nutrição


preventiva e a medicina anti-envelhecimento entreabrem actualmente portas
que – num futuro bastante próximo – poderiam fazer-nos considerar uma
longevidade claramente superior à que consideramos actualmente como
possível . Tudo isso fica no condicional, claro; e há ainda muitos problemas
por resolver… Mas alguns trabalhos parecem muito promissores, como os
do biogerontólogo inglês Aubrey de Grey, cuja estratégia anti-
envelhecimento se destaca de forma notável das dos seus colegas…

Antes dele existiam apenas duas técnicas para intervir no envelhecimento .

1 • A primeira consiste em atrasar o processo pelo qual os danos associados


à degenerescência orgânica provocam as doenças . Desta forma atrasa-se o
momento em que estas doenças se tornam graves e por fim fatais . O
problema é que, por definição, esta estratégia possui uma acção a muito
curto prazo, pois os danos continuam a acumular-se e torna-se cada vez
mais difícil lutar contra essa acumulação . E o momento fatal da
acumulação dos danos geralmente não tarda a ser atingido .

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

2 • A segunda abordagem consiste em atrasar o processo pelo qual o


metabolismo provoca estes danos . Isso faz-se, essencialmente, “limpando”
este metabolismo . Assim, consegue-se atrasar um pouco a idade em que
aparecem as doenças . Mas o que se consegue é apenas adiar o
envelhecimento . Por conseguinte, todos os danos já acumulados no
momento em que o tratamento começou a ser aplicado vão continuar a
acumular-se e a desenvolver-se sem interrupção . Por outro lado, para ser
verdadeiramente eficaz, esta estratégia exigiria um conhecimento científico
do metabolismo infinitamente mais avançado do que aquele de que
dispomos actualmente, nomeadamente se pretender-mos evitar expor-nos a
efeitos secundários que fariam mais mal que bem .

Por essa razão Aubrey de Grey prefere optar por uma terceira
estratégia que denomina

“engineering”

Dr Aubrey de Grey

Biogerontólogo

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O MÉTODO DE “ENGINEERING”

A abordagem deste informático de formação é muito mais próxima da do


engenheiro do que da do médico . E mesmo se considera o envelhecimento
como uma doença, no caso mortal, o seu propósito tende mais a reparar que
a curar .

Na sua opinião, a razão pela qual é tão difícil curar medicamente o


envelhecimento reside no facto de o metabolismo ser excessivamente
complexo, e no estado actual do nosso conhecimento, não o
compreendermos suficientemente bem, inclusive ao nível celular . E, claro,
as doenças associadas ao envelhecimento não são ainda dominadas de
forma satisfatória .

As perspectivas clássicas das terapias anti-envelhecimento não seriam por


isso realmente promissoras no imediato . É por isso que a abordagem de
Aubrey de Grey para atrasar o envelhecimento não se interessa nem pelo
metabolismo nem pela patologia, mas pelo que se situa entre as duas, ou
seja, os danos .

O que é que ele entende por danos?

Os danos são os efeitos das reacções químicas resultantes do metabolismo .


Surgem e acumulam-se de forma contínua antes mesmo do nascimento, mas
apenas causam doenças no final da existência do ser vivo . Por exemplo, um
homem de quarenta anos ainda é capaz de correr e de pensar mais ou menos
como fazia quando tinha vinte anos; contudo, a sua esperança de vida é
consideravelmente mais curta porque os danos acumularam-se e dentro de
poucos anos começará a divisar as primeiras consequências . O método de
“engineering” foi concebido com base nesta constatação .

Quais são os princípios deste método?

Este método consiste em não intervir ao nível do metabolismo nem das


patologias, mas sim ao nível dos danos que ligam estes dois processos .
Atacando e reparando os danos que se acumulam durante a vida, pareceria
possível – segundo Aubrey de Grey – mantê-los abaixo do limiar em que se
tornam patogénicos . E isso seria fácil pois aparentemente não seria
indispensável repará-los completamente para obter o resultado desejado .

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


De facto, apenas seria necessário reparar estes danos o suficiente para
prolongar a vida do indivíduo… até ao momento em que a ciência permitirá
repará-los ainda melhor!

O método de “engineering” é, por isso, conceptualmente muito diferente


das duas outras abordagens . Contudo, o seu criador, que tem evidentemente
inúmeros detractores e críticos que o tomam por extravagante, afirma que a
sua abordagem é, de facto, mais viável que as restantes .

Porque é que este método seria eficaz?

1 • Porque intervém suficientemente cedo, antes que as degradações se


tornem incontroláveis

2 • Porque não intervém no metabolismo, ainda demasiado misterioso


para os nossos conhecimentos actuais

3 • Porque, não intervindo precisamente no metabolismo, minimiza


consideravelmente os eventuais efeitos secundários dos tratamentos

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Os sete danos mortais


O método de “engineering” oferece assim, em certa medida, à ciência do
anti-envelhecimento uma forma de contornar a sua ignorância actual . E a
sua ambição é só essa, dado que visa uni-camente permitir às pessoas a
quem interessa viver o tempo suficiente para usufruir, daqui a algumas
dezenas de anos, dos avanços que a ciência tiver feito .

Mas a maior vantagem do método de “engineering” é que, sem ser


verdadeiramente simples, é o menos complicado . Circunscreve a questão
das reparações dos danos a “sete elementos mortais” .

Trata-se dos sete tipos de danos que se acumulam ao longo da vida e


que, a prazo, contribuem para o envelhecimento e se tornam
patogénicos

Quais são estes sete danos?

1 • As mutações nucleares e epigenéticas cancerígenas: trata-se de


mutações cancerígenas do ADN ao nível do núcleo das células e das
proteínas de ligação do ADN .

2 • As mutações mitocondriais: trata-se das mutações do ADN das


mitocôndrias (as centrais energéticas das células) que perturbam o
funcionamento da célula .

3 • Os resíduos intracelulares: trata-se de resíduos de moléculas diversas,


e nomeadamente de proteínas, que não foram eliminados e que impedem o
bom funcionamento da célula . São responsáveis pela aterosclerose e por
doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer .

4 • Os resíduos extracelulares: são os resíduos mencionados


anteriormente, mas que se acumulam entre as células .

5 • A perda de células: atingido o fim da sua capacidade de replicação (o


“limite de Hayflick”), as células morrem sem serem substituídas, o que
torna os órgãos, e nomeadamente o coração, cada vez mais frágeis,
enfraquece o sistema imunitário e causa diversas doen-

ças, como a doença de Parkinson…


6 • A senescência celular: chegadas ao final do percurso, determinadas
células deixam de se replicar mas também não morrem . Tornam-se então
perigosamente disfuncionais, segregando substâncias tóxicas e provocando
por exemplo a diabetes .

7 • Os ligadores extracelulares: são as proteínas de ligação intercelular


que, ao tornarem-se demasiado numerosas e rígidas, originam diversos
problemas, nomeadamente ao nível da visão .

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Assim, ao agir especificamente sobre estes “danos mortais” com a ajuda de


terapias celulares, de estimulações imunitárias, de enzimas como a
telomerase, etc . Aubrey de Grey pensa poder prolongar significativamente
a existência humana; em todo o caso, mais facilmente do que agindo sobre
o metabolismo ou sobre as patologias . Até porque as funções metabólicas e
as patologias não são ainda todas conhecidas actualmente e a sua lista
poderia alongar-se… talvez até ao infinito!

Ganhar tempo

Aubrey de Grey não acredita numa imortalidade biológica, mas sim numa
imortalidade bio-tecnológica, ou seja, numa abordagem de engenheiro,
numa estratégia de reparação que consiste em evitar a acumulação dos
danos .

Esta inversão do envelhecimento seria viável na medida em que se revela


menos complicada do que procurar atrasar o aparecimento do
envelhecimento, abordagem esta que seria comparável a “manter um barco
à tona quando tem um rombo” .

Além disso, esta inversão poderia contentar-se em ser incompleta para dar
exactamente o mesmo resultado que se fosse completa… o que não seria o
caso para o recuo do envelhecimento .
Neste caso, a taxa de melhoria pode ser modesta… dado que se trata apenas
de prolongar a vida até ao dia em que será realmente possível eternizá-la . A
aposta no futuro pode parecer absurda a alguns, mas na medida em que o
envelhecimento põe em causa de forma inequívoca o futuro, porque não
tentar? O progresso científico e técnico é aliás uma constante na maioria
das tecnologias existentes .

Aubrey de Grey dá como exemplo o voo motorizado, que demorou séculos


a ser realizado, mas que – uma vez conseguido – foi rapidamente
melhorado durante o século passado . E observa-mos o mesmo tipo de
cronologia no campo da informática, da luta anti-infecciosa e em muitos
outros domínios . É por esta razão que não é insensato acreditar que, uma
vez criadas as terapias aplicáveis a uma população de cinquenta anos e
capazes de prolongar a sua esperança de vida em trinta ou cinquenta anos,
esta mesma população poderia beneficiar, daqui a trinta ou cinquenta anos,
de reparações mais avançadas susceptíveis de prolongar a vida por mais
cinquenta anos, etc . É esta a filosofia do método de “engineering” .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O ponto de vista de Aubrey de Grey

“Se já tem cem anos, não conseguiremos dar-lhe trinta ou cinquenta anos
de vida adicionais, pois já se tornou demasiado frágil para suportar uma
terapia experimental penosa. Se tem oitenta anos, também não
conseguiremos fazer muito por si. Mas se tem cinquenta anos, equivalerá a
saltar de uma falésia com um reactor de foguetão nas costas; um reactor
que irá ligar a meio do percurso. Este reactor, constituído por esta terapia,
irá permitir-lhe evitar a queda e, com alguma sorte, um fim difícil ao
esmagar-se no solo. Ao invés, antes de chegar ao solo irá começar a subir.
Por outras palavras, começará a ficar mais jovem biologicamente, menos
sujeito ao risco de doenças ligadas à idade. E se tiver trinta anos no início
da terapia, nem chegará a aproximar-se do solo…”

Uma esperança de vida de mil anos?


Mas tudo isso… é para quando? A esta pergunta Aubrey de Grey apenas
pode responder em termos de esperança, evidentemente . Por vezes diz que
é provável que o primeiro indivíduo que irá chegar aos cento e cinquenta
anos já tenha nascido e tenha hoje cerca de cinquenta anos . E que o
primeiro indivíduo a chegar aos mil anos terá provavelmente apenas menos
dez anos que o primeiro indivíduo a chegar aos cento e cinquenta anos .
Mas admite imediatamente depois que tudo isso é extremamente
especulativo . O primeiro indivíduo a chegar aos centro e cinquenta anos
poderá ainda não ter nascido… se a sorte ou o financiamento não estiverem
ao serviço da ciência .

Falando mais a sério, e fazendo contas, anuncia que, se beneficiar de um


investimento de cem milhões de dólares por ano – Aubrey de Grey já
conseguiu angariar financiamentos significativos – precisaria de uma
dezena de anos para conseguir o rejuvenescimento de ratinhos, ou seja um
retorno real ou aparente do estado jovem .

Este rejuvenescimento consiste em pegar numa linhagem de ratinhos


saudáveis, em deixá-los viver até aos três anos sem qualquer medicamento
nem dieta e depois aplicar-lhes o método para triplicar o ano que
geralmente lhes restaria de vida, conseguindo que vivam seis anos . No que
toca ao ser humano, haveria 50% de hipóteses de obter a mesma duplicação
da esperança de vida num indivíduo de cinquenta anos, cerca de quinze
anos depois de ter conseguido êxito no projecto de rejuvenescimento de
ratinhos .

Evidentemente, conclui, se não tivermos sorte… isso poderá demorar cem


anos . Mas temos 50% de hipóteses de que seja possível em quinze anos!

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Quem é Aubrey de Grey?

O Dr . Aubrey de Grey trabalha no departamento de genética da


universidade de Cambridge, na Grã-
Bretanha . O objectivo do seu trabalho de biogerontólogo, a especialidade
que se interessa pelo que se passa no organismo quando este envelhece, é
facilitar o desenvolvimento de um verdadeiro tratamento do homem em
processo de envelhecimento .

Desenvolveu um programa potencial para tais reparações, chamado


“Strategies for Engineered Negligible Senescence” (SENS), ou Estratégias
para orquestrar a senescência insignificante, que divide os problemas do
envelhecimento em sete classes principais de lesões e identifica as
abordagens detalhadas para tratar cada uma delas . Um dos aspectos chave
do SENS reside na sua capacidade de prolongar sem limite o tempo de vida
com boa saúde, mesmo continuando os processos de reparação imperfeitos .
A reparação apenas necessita de aproximar-se da perfeição de forma
suficientemente rápida para manter o nível das lesões abaixo dos níveis
patogénicos . O Dr . de Grey nomeou este ritmo necessário de melhoria das
terapias de reparação “longevity escape velocity”, ou seja: “velocidade de
evasão da longevidade” .

Em 2007, publicou o livro Ending Aging (Acabar com o envelhecimento),


que apresenta as suas ideias ao grande público .

Quais são os métodos já existentes?

Actualmente, os adeptos do anti-envelhecimento contentam-se em adoptar


um modo de vida próximo da ascese evitando envenenar-se por
comportamentos perigosos ou toxicomaníacos, fazendo o máximo de
exercício físico possível e vigiando cuidadosamente a sua alimentação . E

muitos juntam a estes comportamentos a toma de suplementos nutricionais


com base cientí-

fica, cujos benefícios estão amplamente demonstrados .

Com efeito, muitos dos mecanismos do envelhecimento podem de facto ser


atrasados significativamente com a toma de suplementos nutricionais
adequados:
A toma diária de um suplemento “multi” de qualidade* para fornecer
todos os dias, e mesmo várias vezes ao dia, todas as substâncias essenciais
ao bom funcionamento do organismo e para reduzir o risco de cancro . De
facto, um novo estudo 1 veio recentemente confirmar o interesse de um
complemento multivitamínico na redução do risco de cancro . O complexo
multivitamínico utilizado no estudo era composto pelo conjunto de
vitaminas hidro e lipossolúveis, pelos principais minerais e oligoelementos
(magnésio, zinco, selénio, iodo, manganésio, cró-

mio, molibdénio, boro) e também por dois carotenóides indispensáveis – a


luteína e o licopeno .

Todos estes nutrientes actuam de forma concertada e compensam todas as


falhas alimentares .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Os resultados deste estudo vêm assim confirmar os de outros estudos


precedentes relativamente ao facto de a toma de um complexo multi-
vitaminas e multi-minerais constituir a única forma de fornecer diariamente
ao organismo (e por vezes mais de uma vez por dia) todos os elementos
fundamentais para o seu bom funcionamento e, desse modo, complementar
de forma ideal a alimentação . A toma diária de um suplemento
multivitamínico constitui a protecção saúde incontornável para garantir a
toda a família um bem-estar ideal .

1 • A toma regular de substâncias antioxidantes para evitar que o


organismo “enfer-ruge”

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2 • O controlo da glicação, para evitar a “caramelização” dos tecidos


provocada pelos açúcares e pelos alimentos glucídicos com IG elevadas
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3 • O controlo da inflamação crónica, que afecta a maioria dos


organismos em processo de envelhecimento

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4 • E, por fim, a toma de suplementos hormonais para erradicar o


declínio glandular associado à idade

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Super-Nutrition.com

Referências

• J. Michael Gaziano, MD, MPH; howard d. SeSSo, ScD, MPH; williaM G.


chriSten, ScD; VadiM BuBeS, PhD; Joanne P. SMith, BA; Jean
MacFadyen, BA; MiriaM SchVartz, MD; Joann e. ManSon, MD, DrPH;
roBert J. Glynn, ScD; Julie e. BurinG, ScD . Multivitamins in the
Prevention of Cancer in Men - The Physicians’

Health Study II Randomized Controlled Trial . JAMA . 2012;():1-10 . doi:10


.1001/jama .2012 .14641 .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


E agora, que fazer?

Os suplementos nutricionais clássicos permi-

tem atrasar o envelhecimento, mas, infeliz-

mente, não “pará-lo” .

Os trabalhos de Aubrey de Grey represen-

tam, é claro, um avanço metodológico extre-

mamente importante . Mas nos últimos anos

assistiu-se a um verdadeiro tsunami cientí-

fico nos domínios da biologia, da farmácia e

da nutrição . Na linha dos trabalhos de Aubrey

de Grey, ou paralelamente, foram publicados

centenas de artigos que põem em causa o

dogma da longevidade relativamente limi-

tada da espécie humana . Um grande número

destes estudos diz respeito à investigação

aplicada . Há os “investigadores que procuram” e os “investigadores que


encontram” .

A verdadeira boa notícia é que, felizmente hoje em dia o arsenal anti-


envelhecimento está consideravelmente enriquecido e existem já muitos
produtos – quase todos disponíveis como suplementos nutricionais – que se
enquadram neste procedimento . Toda a gente pode por isso começar a
utilizá-los para combater os “sete danos mortais” evidenciados por Aubrey
de Grey e, finalmente, não só atrasar como inverter, o mecanismo infernal
que conduz à degenerescência e à morte .

Tais substâncias repartem-se por várias categorias:

1 • Os activadores da telomerase

A identificação destas substâncias representa um avanço considerável . A


telomerase permite a síntese e o crescimento do ADN telomérico . O
telómeros, situados na extremidade dos cromossomas, permitem a
replicação das células . Quando se tornam demasiado curtos, as células
morrem . Graças aos activadores da telomerase, pode esperar-se que as
células ultrapassem o

“limite de Hayflick” e continuem a replicar-se . Escaparíamos assim a um


dos mecanismos inevitáveis do envelhecimento .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

2 • A geração de novas mitocôndrias

As mitocôndrias são as centrais energéticas das células . Quando


envelhecemos, elas vão desaparecendo e as que restam são cada vez menos
eficazes e produzem cada vez mais resíduos .

Daí resulta uma enorme perda de energia, problemas físicos e cognitivos


incessantes e uma degradação celular acelerada .

Este grande défice energético está implicado na maioria das doenças


degenerativas associadas ao envelhecimento . Contudo, acaba de ser
descoberto um nutriente que permite não só melhorar o funcionamento das
mitocôndrias existentes, como também aumentar o número de
mitocôndrias, ou seja, facilitar a sua biogénese activando os genes que
controlam a sua reprodução .

E isto verifica-se mesmo no interior de células senescentes .

3 • Os miméticos da restrição calórica

Sabemos, desde a divulgação dos trabalhos de Dr . Roy Walford, que uma


restrição calórica severa, mas sem malnutrição, constitui o meio mais
seguro e mais bem validado para prolongar significativamente, em cerca de
20%, o tempo de vida na maioria dos mamíferos (consegue quase 100% em
determinadas espécies mais simples) . Os trabalhos de Walford foram
mesmo parcialmente validados no ser humano durante a experiência
Biosphère II, na qual participou pessoalmente . A restrição calórica permite
influenciar positivamente a maioria dos sete danos evidenciados por Aubrey
de Grey . Ao activar determinados genes, inibindo outros, a restrição
calórica atrasa o envelhecimento de forma significativa . Infelizmente, ela é
muito difícil de suportar e exige muita força de vontade . Os cientistas
investigaram, por isso, substâncias que imitam os efeitos da restrição
calórica e que interferem da mesma forma nos genes que controlam a
longevidade . Muitas destas substâncias, identificadas e testadas, serão
abordadas nesta obra .

4 • A activação das células estaminais

A investigação sobre as células estaminais traz grandes esperanças nos


domínios da medicina e da luta contra o envelhecimento e as doenças que o
acompanham .

Trabalhos recentes mostraram que determinados nutrientes e extractos de


plantas permitem estimular e aumentar a produção natural de células
estaminais pela medula óssea .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


OS ACTIVADORES DA TELOMERASE

É no interior das células, mais particularmente nas extremidades dos


cromossomas, ao nível dos telómeros, que se encontra uma das chaves
que permitiria atrasar o envelhecimento celular e, assim, aumentar a
esperança de vida… Viagem ao interior da célula e do património
genético…

O que são os telómeros?

Situa-se tudo ao nível do núcleo das células, nos dois filamentos de ADN .
Os telómeros são, de facto, as extremidades destes filamentos de ADN . A
sua missão consiste em proteger o genoma das perdas de informação que a
divisão celular acarreta ao encurtar os telómeros . Infelizmente, os
telómeros acabam inevitavelmente por encurtar – sobretudo quando existem
fortes tendências para a inflamação e o stress… De tal forma que aos
oitenta anos a pessoa verá os seus telómeros reduzidos a metade ou à terça
parte do seu tamanho inicial, aquando do nascimento .

Na verdade, os telómeros encurtam a cada divisão celular, dado que a sua


replicação é sempre incompleta . Quanto mais as sequências de divisão
celular se multiplicam ou o stress oxidativo está presente, mais os telómeros
encurtam . Ora, a partir de um determinado patamar, de um determinado
tamanho crítico do telómero, a célula torna-se senescente . Até à data, este
mecanismo de envelhecimento era “inevitável” .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Segundo inúmeras investigações, o encurtamento progressivo dos telómeros


estaria intima-mente ligado a inúmeras patologias associadas ao
envelhecimento (doenças cardiovasculares, doenças infecciosas, etc .) e
seria igualmente indicativo de uma mortalidade precoce nos idosos .

O telómero pode, assim, ser considerado como um dos mais importantes


relógios biológicos, anunciando a hora do envelhecimento orgânico .

Contudo, existe uma enzima – a telomerase – que inverte o processo de


degradação dos teló-

meros . Esta telomerase permite a síntese e o crescimento dos telómeros,


bem como a reparação do ADN .

O que é a telomerase?

A telomerase é uma enzima nucleoproteica que catalisa a síntese e o


crescimento do ADN telomérico e estimula a reparação dos danos causados
no ADN .

A história da telomerase começa logo no início do desenvolvimento do


embrião . É nessa altura, quando as divisões celulares se sucedem a um
ritmo extremamente elevado, que esta enzima é usada em pleno . Composta
por uma proteína e por um ARN, a telomerase repara ininterrup-tamente a
extremidade dos cromossomas durante todo o desenvolvimento fetal,
conservando assim a integridade dos telómeros .

Contudo, após o nascimento, as coisas tomam outro rumo dado que os


índices de telomerase começam a diminuir, não cessando de baixar até à
idade adulta . A partir desse momento, encontramos ainda telomerase nas
células sexuais e nas células estaminais, mas praticamente desapareceu ao
nível das células somáticas .

Apesar disto, quando se trata de regenerar tecidos, as células estaminais


activam a telomerase na medida necessária . Mas este vestígio de actividade
não é, evidentemente, suficiente para erradicar o declínio geral da
telomerase ao longo dos anos, sobretudo quando o organismo é submetido
com frequência ao stress . De facto, o stress implica uma necessidade
acrescida de renovação celular e, consequentemente, um maior número de
divisões celulares . Por conseguinte, os telómeros gastam-se de forma
nitidamente mais rápida… e o envelhecimento surge mais cedo . Este
encurtamento acelerado dos telómeros em caso de deficiência de telomerase
foi confirmado mais de uma vez por estudos que provaram – todos – que a
consequência imediata deste encurtamento correspondeu sempre a uma
limitação drástica do tempo de vida das células .

17

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Existe claramente uma relação directa entre níveis baixos de telomerase, a


perda de telómeros e a senescência celular que acarreta, no final, o
envelhecimento dos tecidos e as inúmeras disfunções orgânicas que se
seguem .

Mais precisamente ainda, estes estudos demonstraram que quanto mais os


telómeros encurtam, maiores são os riscos de aterosclerose, hipertensão
arterial, doenças cardiovasculares, Alzheimer, infecções, diabetes, fibroses,
síndromes metabólicas e de cancros . Isto para não falar na mortalidade
global!

Com efeito, num estudo realizado com cento e cinquenta indivíduos com
idade superior a ses-senta anos, os que apresentavam os telómeros mais
curtos demonstraram ter tido oito vezes mais de “hipóteses” de morrer de
doenças infecciosas e três vezes mais de “hipóteses” de morrer de uma crise
cardíaca dado que telómeros demasiado curtos não permitem que as células
imunitárias se dupliquem com rapidez suficiente para lutar contra eventuais
infecções .
Reconstituir a actividade da telomerase

Mesmo que as células somáticas adultas já não produzam telomerase,


continuam a conter os seus constituintes . Ora, basta forçar um desses
constituintes, a sub-unidade catalítica (hTRT), para reconstituir a actividade
da telomerase .

Ao introduzir este gene hTRT nas células primárias humanas, é possível


alongar os telómeros…

e modificar de forma espectacular o crescimento das células .

Um estudo realizado durante mais de um ano, com células vasculares da


retina e do prepúcio tratadas desta forma, demonstrou que as células que
produziam telomerase continuavam a dividir-se; ao passo que as que não a
produziam se tornavam senescentes .

Um outro estudo, realizado com ratinhos geneticamente modificados para


não terem qualquer telomerase, mostrou que estes animais envelheciam a
uma velocidade acelerada, tornando-se inférteis e sofrendo de diabetes, de
osteoporose e de patologias neurodegenerativas, morrendo muito jovens .

Por outro lado, ao reactivar a telomerase durante um mês num outro grupo
deste mesmo tipo da ratinho, verificaram-se resultados surpreendentes:

• uma normalização da fertilidade;

• uma recuperação do baço, do fígado e dos rins;

• uma inversão dos efeitos do envelhecimento no cérebro. Os próprios


cérebros cres-ceram e os neurónios voltaram a tornar-se activos

Todos estes estudos permitem, assim, a inúmeros cientistas avançar a ideia


de que qualquer substância que aumente a actividade da telomerase possa
tratar as patologias associadas ao envelhecimento .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


A telomerase é cancerígena?

Sabendo que a telomerase alonga os telómeros e torna a célula virtualmente


“imortal”, surgiu uma pergunta evidente: qual será o seu efeito nas células
cancerosas? Ou, pior ainda, não trans-formaria ela células sãs em células
cancerosas? Com efeito, sabe-se que o tumor é uma proliferação de células
que se tornaram imortais e se replicam de forma extremamente activa . Uma
célula cancerosa distingue-se de uma célula normal nomeadamente pela sua
imortalidade .

Face a esta terrível pergunta, que poderia fazer temer a impossibilidade de


utilizar a telomerase para combater o envelhecimento, realizaram-se então
novos estudos .

Publicados em 1999, tais estudos desmentem categoricamente os receios


que surgiram neste domínio . O Dr . Woodring Wright garante, numa
publicação 1, que “a junção da telomerase às células humanas em cultura
não faz com que estas evoluam para se tornarem células cancerosas” .
Mesmo quando as células humanas são multiplicadas um número de vezes
muito superior (mais de duzentas vezes) para além da sua esperança de
vida… isso não conduz ao aparecimento de qualquer célula cancerosa .

Dr Woodring Wright

19
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

As células tratadas com telomerase simplesmente conservam todas as


propriedades e saúde da sua juventude, e não são atingidas por qualquer
anomalia cromossomática .

Esta confirmação foi igualmente dada por outro estudo, que demonstrou
também a ausência de qualquer tumor maligno em ratinhos tratados .

Todos estes dados tendem a provar que as causas por detrás da


transformação das células em células cancerosas se devem a outras
mutações, totalmente alheias à telomerase . Esta permite apenas que as
células continuem a multiplicar-se com toda a vitalidade, como acontecia
no embrião . Melhor ainda, segundo o Dr . De Pinho 2, “em princípio, a
telomerase impediria as células normais de se tornarem cancerosas, na
medida em que previne os danos no ADN” .

Referências

1 • Inhibition of human telomerase in immortal human cells leads to


progressive telomere shorte-ning and cell death . herBert B., a.e. PittS, S. i.
Baker, S. e. haMilton, w. e. wriGht, J. w. Shay, d. r. corey, Proc. Natl. Acad.
Sci. USA, 1999; (96/25): 14276-14281 .

2 • dePinho r. a. et al . ,Telomerase activation reverses tissue degeneration


in aged telomere-deficient mice . Nature 469, 102-106, January 2010 .
Published online 28 November 2010 .
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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Quais são as substâncias

que activam a telomerase?

Várias moléculas estão a ser estudadas e são utilizadas no ser humano há


vários anos . As investigações realizadas com estas substâncias mostram
claramente que elas conseguem estimular a telomerase, aumentar o número
de telómeros, alongá-los consideravelmente e, por conseguinte, inverter
determinados mecanismos do envelhecimento, repelindo a morte das
células, antes julgada inevitável após um certo número de divisões .
Provavelmente, estas moléculas são apenas as primeiras de uma lista que
não parará de crescer ao longo dos próximos anos .

As duas substâncias mais interessantes derivam de uma planta utilizada na


farmacopeia tradicional chinesa há vários milénios: a raiz seca de astragalus
(Astragalus membranaceus) . Tradicionalmente, utiliza-se esta planta pelas
suas propriedades fortalecedoras e estimulantes do sistema imunitário:

• aumenta o número de células estaminais na medula óssea e no tecido


linfático e propicia o seu desenvolvimento em células imunitárias
activas;

• volta a activar as células imunitárias em repouso;

• produz imunoglobulinas;

• estimula os macrófagos;

• activa as células assassinas naturais (natural killer cells) e os linfócitos


T;

• induz a produção endógena de interferão e potencia as suas acções


nas infecções virais;
• aumenta a resistência aos efeitos imunossupressores dos
medicamentos utilizados na quimioterapia;

• e, finalmente, estimula a produção de interleucina-6 e de factor


necrosante dos tumores

Os inúmeros estudos realizados com esta planta permitiram evidenciar as


suas múltiplas propriedades excepcionais; sabemos agora que, além das
suas virtudes imuno-estimulantes, ela é: antioxidante, anti-inflamatória,
antifibrótica, neuroprotectora e cardio-protectora dado que inibe a formação
de lípidos oxidados no miocárdio, aumenta a vasodilatação, reduz a
coagula-

ção sanguínea e tem efeitos cardio-tónicos e benéficos na angina de peito .

Além disso, até ao momento, não foi relatado qualquer efeito secundário,
nem durante os vários estudos, nem nos vários anos de utilização no ser
humano .

21

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Mas sobretudo, segundo estudos recentes, este extracto consegue agir, em


cultura, na activa-
ção da telomerase nos queratinócitos, nos fibroblastos e nas células
imunitárias . Para sermos ainda mais precisos, devemos acrescentar que –
segundo os estudos – embora o comprimento médio dos telómeros não
tenha aumentado, em contrapartida a percentagem de telómeros curtos
diminuiu significativamente . Sabendo que é preciso antes de tudo impedir
que os teló-

meros encurtem para além do patamar crítico onde se produz a senescência


celular, trata-se de um início bastante promissor!

Para além das virtudes da planta inteira, os investigadores interessam-se


mais precisamente pelos princípios activos que possui e que explicam a
maioria das suas propriedades . Desta planta podemos isolar e concentrar
por um processo extremamente complexo e dispendioso, duas substâncias
activas de estrutura química semelhante, responsáveis por surpreendentes
propriedades anti-envelhecimento:

• O Astragalósido IV, um glicósido amplamente estudado nos centros de


investiga-

ção na China e na Europa e

• O Cicloastragenol, uma saponina composta por um conjunto de


glicósidos oleosos.

22

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O astragalósido IV

De entre os compostos activos da planta, encontramos os astragalósidos,


numerados de I a VIII, nomeadamente o astragalósido IV . Esta substância
natural está presente numa quantidade infinitesimal na raiz do astragalus e,
frequentemente, a sua presença nem sequer é detectável nas cápsulas da
planta inteira .
O astragalósido IV, reconhecido pelas suas propriedades imuno-
estimulantes, antibacterianas e antioxidantes é, sem dúvida, uma das
melhores substâncias nutricionais anti-envelhecimento actuais . Faz parte
dos raros suplementos capazes de activar a telomerase, de travar o
encurtamento dos telómeros e até de alongar os telómeros mais curtos .

Estimula a proliferação das células estaminais

As células estaminais mesenquimais (MSC) são células estaminais


pluripotentes com capacidade para se diferenciarem numa grande variedade
de tipos celulares 1, como:

• os osteoblastos (células ósseas);

• os condrócitos (células da cartilagem);

• os adipócitos (células adiposas).

O astragalósido IV consegue, in vitro, estimular a proliferação das MSC .


Tendo em conta as investigações em curso sobre a utilização das células
estaminais para tratar um grande leque de doen-

ças, tal deixa antever uma imensidão de possibilidades para inúmeras


aplicações terapêuticas .

É cardio-protector

Segundo estudos realizados com o astragalósido IV, esta substância


consegue:

• inverter a disfunção endotelial causada por uma hiperaminoacidémia


(presença excessiva de aminoácidos nas urinas), que contribuiu
enormemente para os problemas cardiovasculares;

• reduzir consideravelmente a gravidade do enfarte (em cães


submetidos à ligação das coronárias);

• melhorar a função cardíaca pós-isquémica e as arritmias de


repercussão nos cora-
ções de ratos in vitro

Além disso, esta protecção cardíaca é acompanhada de um aumento


significativo do débito coronário, tanto in vivo como in vitro 2 .

O astragalósido IV não só aumenta a actividade antioxidante endógena da


superóxido dismutase (SOD), como ficou demonstrado in vivo, como
atenua a disfunção endotelial induzida por uma hiperhomocisteinemia . Por
outro lado, um pré-tratamento com SOD teve um efeito semelhante ao do
astragalósido IV, a saber: uma atenuação da disfunção endotelial induzida
por homocisteína 4 .

23

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Observou-se também uma redução da hipertrofia do ventrículo esquerdo no


rato após a administração de astragalósido IV . Foram também reduzidos
outros factores associados mensuráveis .

Num outro estudo, a actividade excessiva do sistema renina-angiotensina


nos ratos com hipertensão e hipertrofia cardíaca induzidas é inibida por um
tratamento com astragalósido IV .

Previne o cancro da mama

Foram analisados os efeitos de diferentes concentrações de injecção de


astragalus, de astragalósido IV e de formononetina na proliferação das
células do cancro da mama e ficou demonstrado que esta substância inibe a
proliferação de determinadas células do cancro da mama . Os efeitos anti-
proliferação variam em função da concentração dos produtos activos 7 .

Poderá ser útil na doença de Parkinson

A regeneração das células pelo astragalósido IV pode igualmente ser útil no


tratamento da doença de Parkinson . Lembramos que esta doença é causada
por uma degenerescência pro-gressiva dos neurónios dopaminérgicos . O
stress oxidativo e a degenerescência destes neuró-
nios estão assim implicados na patogénese desta doença .

O astragalus é reconhecido tradicionalmente para o tratamento das doenças


neurodegenerativas e pela sua capacidade de proteger os neurónios
dopaminérgicos na doença de Parkinson .

Ao examinar o efeito in vitro do astragalósido IV na 6-hidroxidopamina (6-


OHDA), constatou-se que esta substância atenuava os efeitos destruidores
da 6-OHDA nos neurónios dopaminérgicos, de forma proporcional à dose
administrada .

A 6-OHDA é uma amina neurotóxica naturalmente presente na urina e que


tem a capacidade de destruir os neurónios dopaminérgicos e
noradrenérgicos . É frequentemente utilizada em laboratório para provocar
parkinsonismo em animais, a fim de testar medicamentos contra esta
doença .

O efeitos neuroprotectores do astragalósido IV, especificamente nos


neurónios dopaminérgicos, levam a pensar que nele dispomos de um
potencial terapêutico real para o tratamento da doença de Parkinson 8 .

24

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A reter: as propriedades do astragalósido IV

Imuno-estimulante

• Aumenta o número de células imunitárias activas, de imunoglobulinas


e de macrófagos

• Activa os linfócitos T e as células assassinas naturais.

• Aumenta a produção de linfócitos T e B, bem como a produção de


anti-corpos 3

• Aumenta o número de células estaminais na espinal medula e propicia


o seu desenvolvimento em células imunitárias activas
Anti-inflamatório

• Atenua o agravamento da inflamação das vias respiratórias na asma


crónica

Antibacteriano

• In vitro actua nos Shigella dysenteriae, Streptococcus haemolyticus,

Diplococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus

Antiviral

• Inibe a replicação de determinados vírus.

• Produz interferão e potencia a sua actividade nas infecções virais.

Antioxidante

• In vitro, inibe 40% da peroxidação lipídica

Cardio-protector

• Tem efeitos benéficos na insuficiência cardíaca congestiva e na angina


de peito

• Ajuda na recuperação de incidentes cardiovasculares.

Neuroprotector

• Melhora o tratamento das doenças neurodegenerativas.

• Protege os neurónios dopaminérgicos cuja degenerescência causa a


doença de Parkinson.

• Protege contra a toxicidade da quimioterapia.

Anti-glicação
• Previne as complicações neuropáticas dos diabéticos.

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Referências

1 • SeViMli-Gür c., onBaşilar i., atilla P., Genç r., cakar n., deliloğlu-
Gürhan i., Bedir e. In vitro growth stimulatory and in vivo wound healing
studies on cycloartanetype saponins of Astragalus genus .

J. Ethnopharmacol. 2011 Apr 12;134(3):844-50 .

2 • wei-donG zhanG, honG chen, chuan zhanG, run-hui liu, hui-lianG li,
honG-zhuan chen. Astragaloside IV from Astragalus membranaceus Shows
Cardioprotection during Myocardial Ischemia in vivo and in vitro . Planta
Med 2006; 72(1): 4-8 .
3 • wanG yP, li Xy, SonG cQ, hu zB. Effect of astragaloside IV on T, B
lymphocyte proliferation and peritoneal macrophage function in mice . Acta
Pharmacol. Sin. 2002 Mar;23(3):263-6 .

4 • Qiu lh, Xie XJ, zhanG BQ. Astragaloside IV improves homocysteine-


induced acute phase endothe-lial dysfunction via antioxidation . Biol.
Pharm. Bull. 2010; 33 (4) : 641-6 .

5 • tan y. F., yin X. c., XionG y. J., wanG y. (Stem cell factor secretion by
bone mesenchymal stem cells stimulated with astragaloside IV) . Zhongguo
Dang Dai Er Ke Za Zhi. 2010 Apr;12(4):290-2 .

6 • Shi h., Ma c., liu y., zhou J., hu z., wu d., (Inhibitory effect on activated
reninangiotensin system by astragaloside IV in rats with pressure-overload
induced cardiac hypertrophy) . Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2009 Dec;
34(24):3242-6 .

7 • denG y., chen h. F. (Effects of Astragalus injection and its ingredients on


proliferation and Akt phosphorylation of breast cancer cell lines) . Zhong Xi
Yi Jie He Xue Bao. 2009 Dec .; 7(12): 1174-80 .

8 • chan w. S., durairaJan S. S., lu J. h., wanG y., Xie l. X., kuM w. F., koo
i., yunG k. k., li M. Neuroprotective effects of Astragaloside IV in 6-
hydroxydopamine-treated primary nigral cell culture . Neurochem. Int. 2009
Nov . ; 55(6):414-22 . Epub 2009 May 4 .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O cicloastragenol

O astragalósido IV não é, contudo, o único princípio activo da planta


astragalus . Os cicloarta-nos, de tipo saponinas, são também importantes
constituintes da raiz de astragalus, dotados de propriedades cicatrizantes das
feridas e que justificam uma das suas utilizações comuns na medicina
tradicional .
As saponinas são glicósidos anfipáticos (ou seja simultaneamente hidrófilos
e lipófilos) e, de entre elas, o cicloastragenol – testado em animais e no ser
humano há vários anos – apresenta-se como a mais potente no quadro dos
tratamentos anti-envelhecimento .

Um excelente activador da telomerase

Como foi claramente descrito atrás, todas as células somáticas humanas se


dividem um número finito de vezes; e, quando o seu limite está próximo, as
células são qualificadas como senescentes . Quando atingem esse limite,
deixam de se dividir e morrem; trata-se do limite de Hayflick .

O encurtamento dos telómeros é assim considerado como um dos principais


mecanismos do envelhecimento celular .

Há, por isso, um grande interesse em encontrar indutores da telomerase que


possam ajudar a atrasar o aparecimento do envelhecimento celular .

No quadro desta investigação em nutracêuticos, foram por isso testados o


resveratrol e o cicloastragenol pela sua capacidade de melhorar, in vitro, as
funções das células T .

Neste estudo avaliou-se o efeito destas substâncias:

• na capacidade de proliferação celular;

• nos níveis de actividade da telomerase;

• nos níveis de marcadores de superfície;

• na secreção de citocinas pelos linfócitos T CD4 e CD8.

Os resultados mostram que o cicloastragenol aumenta moderadamente a


actividade da telomerase e a capacidade de proliferação dos linfócitos T
CD4 e CD8 . Estes resultados sugerem que estas substâncias conseguem
inibir o aparecimento das CD4 e CD8 e a senescência celular 2 .

Por outro lado, os investigadores constataram que a saponina não é


citotóxica para as células cancerosas, mas aumenta a proliferação dos
linfócitos 3 . À semelhança do que acontece com o astragalósido IV, deve
examinar-se o certificado de análise quando se procura adquirir este produto
.

27

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O cicloastragenol beneficia já de uma certa notoriedade além-atlântico pois


é o principal constituinte do TA-65® de Telomerase Activation Sciences
(“TA Sciences”), um produto comercializado desde 2005 e consumido por
milhares de pessoas . O TA-65® não é fácil de obter dado que é distribuído
exclusivamente por uma rede de médicos “franchisados” que cobram pelo
tratamento entre 2000 e 4000 dólares por um período de seis meses .
Embora a composição do TA-65® seja mantida “secreta” pela TA Sciences,
a concorrência mandou analisá-lo e demonstrou que os únicos constituintes
detectáveis são o astragalósido IV e o cicloastragenol . (Uma cápsula de
TA-65®

contém cerca de 5 mg de cicloastragenol e 20 mg de astragalósido IV) .

É por isso lícito pensar que o cicloastragenol “genérico”, muito menos


dispendioso, seja igualmente eficaz .

Estudos realizados com pessoas que tomam TA-65® demonstraram um


aumento do número de linfócitos T, uma melhoria da função imunitária,
uma maior densidade óssea, mas também – e sobretudo – um alongamento
dos telómeros mais curtos por acção da telomerase .

O cicloastragenol constitui uma potente arma anti-envelhecimento capaz de


reparar os danos causados ao ADN dado que actua:

• no nível de telomerase, estimulando-a;

• na diminuição do número de telómeros mais curtos;

• na activação dos linfócitos T.


A estrutura química do cicloastragenol é relativamente próxima da do
astragalósido IV . Contudo, graças ao seu fraco peso molecular, o
cicloastragenol transpõe facilmente a barreira intestinal . A sua assimilação
ideal permite uma eficácia acrescida, apesar da fraca dosagem .

A sua toma diária, isolado, associado ao astragalósido IV ou em alternância


com este, permite assim dominar o processo de envelhecimento e prolongar
de forma natural a esperança de vida dado que o espectro de actividade
destes dois complementos é evidentemente mais amplo quando são
combinados .

À semelhança do que acontece com o astragalósido IV, não basta esperar


fornecer a quantidade suficiente com a toma de cápsulas da planta
astragalus, que na realidade apenas contêm uma quantidade infinitesimal da
substância . Seria necessário consumir centenas de cápsulas de planta
inteira e dezenas de cápsulas de extracto 50:1, o mais forte disponível, para
obter a quantidade de cicloastragenol com eficácia amplamente
comprovada .

É, por isso, imperativo tomar um suplemento nutricional concentrado e


purificado .

28

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


A posologia deve também ser determinada em função da idade . Com
efeito, a eficácia do cicloastragenol parece estar directamente ligada à dose,
sendo que os indivíduos com os teló-

meros mais curtos – que são muitas vezes também os mais idosos – obtêm
melhores resultados (e mais rápidos) com doses mais elevadas, que podem
ir até 25 mg ou mesmo 50 mg por dia .

Assim, enquanto as pessoas na casa dos trinta podem contentar-se em tomar


10 mg, os sep-tuagenários devem basear-se num aporte diário de 25 a 50
mg .

Alguns cuidados a ter

A farmacologia e a farmacocinética do cicloastragenol estiveram


recentemente no centro das atenções da crónica científica em virtude da sua
capacidade de regular a telomerase nas células .

Mas o cicloastragenol tem também uma acção moduladora nos linfócitos na


medida em que modifica as propriedades da telomerase . É preciso saber
que 85 a 95% das células cancerosas têm uma actividade na qual a
telomerase desempenha um papel . Contudo, a telomerase não é a causa do
cancro . Tal já foi demonstrado pelo Dr . Woodring Wright .

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Referências

1 • andrewS, w. weSt, M. rePort: «Turning on Immortality: The Debate


Over Telomerase Activation .»

Life Extension Magazine. August 2009 .

2 • Valenzuela h. F., Fuller t., edwardS J., FinGer d., MolGora B.,
Cycloastragenol extends T cell proliferation by increasing telomerase
activity . J. of Immun. 2009, 182, 90 .30 .

3 • Verotta l., Guerrini M., el-SeBakhy n. a., aSSad a. M., toaiMa S. M.,
radwan M. M., luo y. d., Pezzuto J. M., Cycloartane and oleanane saponins
from egyptian astragalus spp . as modulators of lymphocyte proliferation .
Planta Med. 2002 Nov . ; 68 (11): 986-94 .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Os outros nutrientes que actuam

na manutenção dos telómeros

Novos estudos promissores continuam a validar a utilidade de determinados


nutrientes e fitonutrientes para a manutenção dos telómeros .

Lembramos que os telómeros são os delicados filamentos existentes na


extremidade dos nossos cromossomas, e que os protegem . Aquando da
divisão celular, o ADN destes cromossomas tem de se duplicar, mas de cada
vez, os telómeros encurtam e, consequentemente, diminui o tempo de vida
celular . Como foi dito anteriormente, o encurtamento dos telómeros está
estreitamente associado ao envelhecimento celular e ao aparecimento das
várias doenças ligadas ao envelhecimento .

A telomerase é uma enzima que permite alongar os telómeros mais curtos .


Os estudos recentes mostram que não é tanto o comprimento médio dos
telómeros que é afectado de forma significativa pela telomerase, mas sim o
dos telómeros mais curtos . Na realidade, é a percentagem de telómeros
curtos que constitui o melhor indicador da senescência, e mesmo da
prevalência da mortalidade .

O cicloastragenol e o astragalósido IV evidenciaram a sua capacidade de


estimular a telomerase e alongar os telómeros mais curtos, o que constitui
um avanço enorme, mas o seu impacto no comprimento médio dos
telómeros é pouco ou nulo . Por esta razão, é fortemente aconselhado
associar a estas substâncias outros nutrientes e fitonutrientes que
complementam e apro-fundam a sua acção .

Os investigadores seleccionaram um determinado número de substâncias


capazes de contribuir para compensar este encurtamento, por vezes de
forma significativa, e que têm uma actividade real, constante e comprovada
.

O ascorbil fosfato de magnésio (Asc2P)

• Trata-se de uma forma rara e estável de vitamina C que consegue penetrar


nas células .

Os estudos in vitro mostraram que a sua adjunção às células humanas


vasculares endoteliais permitia, através da supressão do stress oxidativo
intracelular, evitar o encurtamento dos telómeros até um valor de 62% ao
passo que a forma natural da vitamina C, o ácido ascórbico, não revela
qualquer efeito . Além disso, esta forma de vitamina C permite prevenir o
aumento do tamanho da célula, um precioso indicador da senescência
celular .

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Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A L-carnosina

• Também denominada beta-alanina-L-histidina, este dipéptido é uma


molécula natural encontrada no músculo esquelético e no cérebro . É
reconhecida pelas suas propriedades antiglicação e antioxidantes e
evidenciou igualmente, em meio de cultura, e em particular nos fibroblastos
dos pulmões, combater os danos e os encurtamentos dos telómeros em
cerca de 32% e permitir um alongamento substancial do tempo de vida .

O extracto de Terminalia chebula

• O extracto do fruto desta planta, normalizado a 30% de taninos,


evidenciou, num estudo realizado no colégio de farmácia da universidade
de Daejeon, na Coreia, efeitos citopro-tectores em relação ao stress
oxidativo (e em particular aos danos oxidativos associados aos UVB) bem
como efeitos inibitórios do envelhecimento celular . Estes resultados,
verificados relativamente a um grupo de controlo não tratado com
Terminalia chebula, evidenciaram um encurtamento mínimo de 45% dos
telómeros .

O extracto de chá verde

• O extracto de chá verde normalizado em polifenóis, e sobretudo em


EGCG (galato de epi-galocatequina), é reconhecido pela sua capacidade de
alongamento dos telómeros no ser humano . Um abrangente estudo chinês
realizado pela universidade de Hong Kong envolvendo mais de 2000
participantes com idade igual ou superior a 65 anos, mostrou que um
consumo de, pelo menos, 700 ml por dia de chá verde permitiria obter um
alongamento médio dos telómeros superior a 46%, o que equivaleria a um
prolongamento de cinco anos de tempo de vida, em especial nos homens .

O extracto de palma

• O Tocomax®, um extracto normalizado do fruto da palma, fornece D-


gama-tocotrienol .

Os tocotrienóis são isómeros da vitamina E e reforçam a acção dos


tocoferóis . Um estudo in vitro demonstrou a acção protectora do D-gama-
tocotrienol no stress oxidativo e a possibilidade que tem de induzir um
alongamento significativo do comprimento dos telómeros modulando a
acção da telomerase . Neste estudo, as células foram expostas durante vinte
e quatro horas a esta substância ou então durante duas horas ao peróxido de
hidrogénio . Nas doses utilizadas neste estudo, as células submetidas à
acção do D-gama-tocotrienol evidenciaram um alongamento dos seus
telómeros superior a 16%, relativamente ao grupo não tratado .

31

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O extracto de beldroega

• O extracto de beldroega ( Portulaca oleracea) foi objecto de um estudo no


qual ratinhos com três meses de idade receberam por via sub-cutânea
injecções deste extracto durante duas semanas, numa dose de 2,5
mg/kg/24h . Os resultados evidenciaram vários efeitos benéficos do
extracto de beldroega nos ratinhos: uma melhor aprendizagem e uma
memorização superior, efeitos neuroprotectores, uma subida dos níveis de
SOD e, sobretudo, um aumento da actividade da telomerase e dos telómeros
das células cerebrais superiores de mais de 27% relativamente aos ratinhos
do grupo de controlo . Neste estudo, a administração in vivo de beldroega
evidenciou um abrandamento de 24 a 57%

do encurtamento dos telómeros após apenas duas semanas de toma do


suplemento .

Clique aqui para encontrar uma fórmula que permite preservar o


comprimento médio dos

telómeros

Os omega-3 marinhos

• Segundo um estudo publicado na revista “Brain, behaviour and


immunity”, a toma de suplementos de omega-3 marinhos durante apenas
quatro meses está associada a um alongamento dos telómeros nas células
imunitárias .

• Diversos estudos, anteriores a este, indicaram que os telómeros são muito


sensíveis ao stress oxidativo e que o comprimento dos telómeros é um
marcador precioso do envelhecimento biológico .

• A equipa do professor Jan Kiecolt-Glaser da universidade de Ohio e de


Elizabeth Blackburn, pioneira na investigação sobre telómeros, recrutou
106 adultos com excesso de peso . Cada indivíduo foi incluído num dos três
grupos seguintes: o primeiro grupo tomava 2,5 g/dia de omega-3; o segundo
tomava 1,25 g/dia e o terceiro tomava, sem o saber, uma cápsula placebo .

• Os resultados mostraram que após quatro meses de toma do suplemento


com ácidos gordos omega-3, o nível de F-isoprostano – um marcador do
stress oxidativo – diminuiu significativamente nos dois grupos que tomaram
suplementos de omega-3 .
• Não se verificou qualquer diferença na telomerase; contudo, associou-se
uma melhor relação entre omega-6/omega-3 a telómeros mais compridos, o
que sugere que uma melhor relação entre estas duas famílias de ácidos
gordos pode ter um impacto directo no envelhecimento celular .

• Os marcadores inflamatórios também diminuíram entre 10 a 12% nos dois


grupos que tomaram o suplemento de omega-3, ao passo que aumentaram
36% no grupo 32

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

de controlo . Esta verificação sugere fortemente que a inflamação é um


parâmetro que influencia directamente o comprimento dos telómeros .

• A toma de um suplemento com omega-3 marinho, durante apenas quatro


meses, aumentou significativamente o comprimento médio dos telómeros e
permitiu, dessa forma, agir sobre um dos processos-chave do
envelhecimento celular . Os resultados deste estudo vêm confirmar os de
um estudo anterior, publicado em 2010, no qual se demonstrou que taxas
elevadas de omega-3 na circulação sanguínea poderiam atrasar o
envelhecimento celular em pacientes com doença coronária .

Clique aqui para encontrar uma fórmula de omega-3 marinho

Referências
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33

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A BIOGÉNESE MITOCONDRIAL

O que são as mitocôndrias?

As mitocôndrias são de certa forma as centrais energéticas das células, que


lhes permitem funcionar com o rendimento máximo . Presentes em grandes
quantidades nos organismos jovens (2000 a 2500 por célula), vão
desaparecendo pouco a pouco com o avançar da idade e as que restam são
menos eficazes e produzem mais resíduos . Desta disfunção resulta um
défice energético significativo, que está implicado na maioria das doenças
degenerativas associadas ao envelhecimento: problemas físicos

e cognitivos, degradação celular acelerada,

problemas cardiovasculares…

A disfunção mitocondrial foi associada a


praticamente todas as doenças mortais do

envelhecimento, desde a doença de Alzhei-

mer à diabetes tipo 2, passando pela insufi-

ciência cardíaca, etc .

Os investigadores registaram sinais de danos

mitocondriais nitidamente superiores nas

células do cérebro do ser humano com mais

de setenta anos, relativamente ao de quarenta anos .

A saúde e a função das mitocôndrias, os geradores de energia celular, são


agora consideradas tão importantes que inúmeros cientistas acreditam que:

longevidade mitocondrial = longevidade do organismo em processo de


envelhecimento Como optimizar o funcionamento das mitocôndrias?

Em 2002, o célebre estudo do Dr . Bruce Ames (professor de Bioquímica na


Universidade da Califórnia, Berkeley) demonstrou que a sinergia da acetil-
L-carnitina e do ácido R-lipóico permitia optimizar o funcionamento das
mitocôndrias e assim abrandar o processo de envelhecimento . Sabemos
agora também que determinados outros nutrientes, como o resveratrol e a
coenzima Q10, permitem igualmente melhorar o funcionamento das
mitocôndrias existentes e, assim agir plenamente na longevidade .

34

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

É possível aumentar a biogénese mitocondrial?

Melhorar o funcionamento das mitocôndrias existentes é uma coisa, mas


aumentar o seu número, mesmo nas células senescentes – ou seja facilitar a
biogénese activando os genes que governam a sua reprodução, protecção e
reparação seria um avanço excepcional!

E tudo isso é possível a partir de agora com a PQQ (pirroloquinolina


quinona) . De facto, além da prática intensa de exercício físico aeróbico ou
da restrição calórica muito severa, não existe actualmente qualquer outro
meio de aumentar o número de mitocôndrias . Ao reforçar e gerar novas
mitocôndrias, este suplemento nutricional anti-envelhecimento garante
assim a longevidade de todas as células .

Nome de código… PQQ

Um dos avanços mais significativos no domínio da bioenergética


mitocondrial A PQQ é omnipresente no mundo natural, em especial em
todas as espécies vegetais . A sua presença na poeira interestelar levou
determinados peritos a formular a hipótese de um papel central da PQQ na
evolução da vida na Terra 2 . Trata-se de um potente factor de crescimento
nas plantas, nas bactérias e nos organismos superiores 5, 6 . Ora, nem os
seres humanos, nem as bactérias que colonizam o tubo digestivo humano
têm capacidade de a sintetizar 3 .

Estudos realizados mostram em particular que, quando privados de PQQ na


sua alimentação, os animais apresentam atraso no crescimento, imunidade
deficitária, alteração da capacidade de reprodução, diminuição das
mitocôndrias nos seus tecidos, diminuição da taxa de concepção, do número
de descendentes e da taxa de sobrevivência nos animais jovens 7, 8, 9 . E,
naturalmente, a reintrodução da PQQ na alimentação inverte estes efeitos,
restaura a orgânica normal e aumenta simultaneamente o número de
mitocôndrias e a sua eficácia energética .

Isto levou os investigadores a classificar a PQQ como um nutriente


essencial 4 . Nova vitamina ou nova enzima? A sua denominação pouco
importa comparativamente à sua eficácia contra o envelhecimento .

Na verdade, a revelação mais espectacular data de 2010, altura em que os


investigadores de uma universidade californiana verificaram que a PQQ não
só protegia as mitocôndrias dos danos oxidativos, como também estimulava
de forma positiva o seu crescimento 1 . Ou seja, ela propicia a geração de
novas mitocôndrias nas células senescentes .

35

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A PQQ activa determinados genes

Os investigadores californianos revelaram também que a PQQ activava


determinados genes que regem a reprodução, a protecção e a reparação
mitocondrial e invertia assim o envelhecimento celular por meio de três
moléculas excepcionais:

A PCG-1a, ou “peroxisome proliferator activated receptor gamma


coactivator-1 alpha” é um regulador que estimula directamente os genes
melhorando a respiração, o crescimento e a reprodução mitocondrial e
celular . Esta capacidade de regular para melhor o metabolismo celular
influencia de forma favorável a tensão arterial, o colesterol e os triglicéridos
.

A CREB, ou “Cyclic adenosine monophosphate response element-binding”,


é uma proteína que desempenha um papel crucial no desenvolvimento
embrionário e no crescimento . Estimula o crescimento de novas
mitocôndrias, protege e repara o ADN celular .

A DJ-1, simplesmente designada gene DJ-1, é uma proteína implicada na


função e na sobrevivência celular . Revelou ser um anti-stress e um
antioxidante de extrema importância para a saúde do cérebro,
nomeadamente na prevenção da doença de Parkinson e de outros distúrbios
neurológicos .

Aplicações múltiplas

A PQQ combate radicalmente a disfunção e a degenerescência mitocondrial


e consegue gerar novas mitocôndrias nas células que estão a envelhecer .
Mas não é tudo, pois protege o cérebro, o coração e os músculos do
envelhecimento e da degenerescência .
Protecção ideal das mitocôndrias contra o stress oxidativo

As mitocôndrias, tal como os outros motores que produzem bioenergia, são


extremamente vulneráveis aos danos oxidativos . A primeira causa de
disfunção mitocondrial é o stress oxidativo e é ao nível mitocondrial que
reside o interesse essencial da PQQ na prevenção anti-envelhecimento .
Graças à sua elevada estabilidade 10, a PQQ revela-se uma potente arma
antioxidante – muito superior aos antioxidantes clássicos – para proteger o
ADN mitocondrial . Com efeito, parece ser 30 a 5000 mais potente que a
maioria dos antioxidantes normais, como a vitamina C .

Ao transferir uma grande quantidade de electrões, neutraliza os principais


radicais livres que impedem o bom funcionamento das mitocôndrias, sem
sofrer degradação molecular . Revelou-se, por outro lado, particularmente
eficaz na neutralização do radical omnipresente superóxido e do radical
hidroxilo 11 .

O PQQ tem prestações muito superiores à dos antioxidantes clássicos


geralmente consumidos diariamente ou em cura . Não é, por isso, de
espantar que a PQQ tenha uma eficácia ideal na luta 36

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

contra as doenças degenerativas associadas à idade e às reduções de energia


dos dois órgãos mais importantes do corpo: o cérebro e o coração .

Neuroprotecção e melhoria da função cognitiva

A PQQ demonstrou as suas capacidades para optimizar a saúde e todo o


sistema nervoso central . Protege de forma incrível as células do cérebro
contra os danos oxidativos na sequência de isquémias, de inflamações e de
lesões oxidativas que resultam do retorno brusco do sangue e dos nutrientes
que este transporta para os tecidos 13 . Neste caso, a PQQ reduz
significativamente a dimensão da zona cerebral danificada 14 .

A PQQ melhora os desempenhos nos testes de memória 12 e interage de


forma positiva com os sistemas de neurotransmissores do cérebro . Protege
em particular os neurónios modificando o lugar do receptor NMDA (N-
metil-D-aspartato) 15, 16 que é um potente mediador de excitotoxicidade,
ou seja, de sobre-estimulação dos neurónios associada a inúmeras doenças
neurodegenerativas 17, 18, 19 . Além disso, protege contra a
neurotoxicidade induzida por toxinas, incluindo o mercúrio 20 .

Segundo alguns estudos, a PQQ impede o desenvolvimento de uma proteína


(alfa-sinucleína) associada à doença de Parkinson 21 e protege igualmente
as células nervosas contra os danos oxidativos da proteína beta-amilóide
associada à doença de Alzheimer 22 . Um estudo realizado em 2010 revelou
que a PQQ poderia impedir a formação de estruturas moleculares beta-
amilóides 23 .

A PQQ demonstrou igualmente capacidades protectoras da memória e da


cognição em animais e nos seres humanos em processo de envelhecimento
24, 25 . Como estimula a produção e a libertação do factor de crescimento
nervoso nas células e nos neurónios 26, tal pode explicar em parte a razão
pela qual a toma de suplementos em PQQ por ratos em processo de
envelhecimento levou a uma melhoria marcada das suas funções de
memória 24 .

Um estudo recente, realizado em dupla ocultação e controlado por placebo,


demonstrou que uma dose diária de 10 a 20 mg de PQQ melhorava muito a
memória a curto prazo, bem como a capacidade de concentração em jovens
adultos, quando comparados com os do grupo de controlo, que apenas
tomaram a dose de placebo .

Em indivíduos de idade madura, num teste realizado no Japão em 2007, em


dupla ocultação, a toma de um suplemento com 20 mg diários de PQQ
conduziu a melhorias elevadas nos testes da função cognitiva 25 (mais do
dobro de bons resultados), sobretudo quando os sujeitos tomaram também
300 mg diários de CoQ10 . Os resultados do estudo sugerem assim uma
relação siné-

rgica entre a PQQ e a coenzima Q10, que amplificou os desempenhos nos


testes de memória .

Esta associação pode, portanto, ser utilizada para melhorar o estado mental,
a qualidade de vida e ajudar a abrandar ou a prevenir o declínio cognitivo .
37

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Cardio-protecção e melhoria dos níveis de energia

Investigações realizadas demonstraram que a PQQ ajudava as células do


músculo cardíaco a resistir a um stress oxidativo . Em caso de acidente
vascular cerebral ou de crise cardíaca no animal, a toma de um suplemento
com PQQ permite reduzir significativamente o tamanho das zonas
danificadas 27 . E isso verifica-se quer o suplemento seja administrado
antes ou depois do acontecimento .

Os investigadores do VA Medical Center na UC de São Francisco


realizaram testes comparativos entre a PQQ e o Metoprolol, um beta-
bloqueador, e concluíram que “a PQQ era superior ao Metoprolol na
protecção das mitocôndrias contra os danos oxidativos 28” . Investigações
posteriores feitas pela mesma equipa demonstraram que a PQQ ajudava as
células do músculo cardíaco a resistir a um stress oxidativo 29 . A PQQ
oferece assim uma indiscutível cardio-protecção .

Além disso, como as mitocôndrias são responsáveis pela produção de


energia, a toma de PQQ

torna também mais fácil e mais eficaz a prática de actividade física .

A PQQ associada a outros nutrientes sinérgicos…

Como vimos no preâmbulo, alguns nutrientes – como a acetil L-carnitina, o


ácido R-lipóico, a L-carnosina, o resveratrol e a coenzima Q10 – permitem
melhorar o funcionamento das mitocô-

ndrias existentes .

…com a acetil L-carnitina e o ácido R-lipóico

De entre eles, a acetil L-carnitina e o ácido R-lipóico são com certeza os


mais eficazes, como demonstrou o famoso estudo do Dr . Ames . Ao
facilitar o transporte dos ácidos gordos nas mitocôndrias das células, a
acetil L-carnitina permite que as gorduras alimentares sejam mais
facilmente convertidas em energia e em músculo . Como o cérebro
necessita de quantidades elevadas de energia, a acetil L-carnitina e a L-
carnitina desempenham nele um papel particularmente crucial . Parece que
os estéres como a acetil L-carnitina possuem propriedades únicas
neuroprotectoras, neuromoduladoras e neurotrópicas especialmente
importantes para contrariar os processos de várias doenças 30 .

No final dos anos oitenta, tornou-se evidente que os diferentes efeitos da


acetil L-carnitina na saúde dos neurotransmissores e das células do cérebro
tinham um ponto em comum: os seus efeitos benéficos na capacidade das
células manterem e restaurarem o funcionamento mitocondrial apesar do
passar dos anos . Investigações realizadas mostraram que a toma de um
suplemento com acetil L-carnitina rejuvenesce as mitocôndrias cujas
estruturas e funcionamento declinaram em virtude do processo de
envelhecimento .

Por seu lado, o ácido alfa-lipóico é produzido em quantidades ínfimas no


organismo . Encon-38

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

tramo-lo nos alimentos que contêm mitocôndrias, como a carne vermelha .


Chamamos-lhe

“antioxidante universal” dado que, ao invés dos outros antioxidantes,


atravessa as membranas celulares e exerce a sua função antioxidante tanto
nas partes lipídicas como nas partes hídricas do corpo, inclusive no cérebro
.

O ácido R-alfa-lipóico é a forma biologicamente activa do ácido alfa-


lipóico, naturalmente sin-tetizado pelo organismo . Trata-se do antioxidante
mitocondrial chave . Inúmeros estudos associaram-no à acetil L-carnitina
para determinar os efeitos sinérgicos destes dois constituintes no
funcionamento das mitocôndrias . Os efeitos benéficos observados nestes
estudos incluem melhorias da memória, alterações positivas na perda
auditiva associada ao envelhecimento e uma diminuição das lesões
oxidativas . Além disso, o ácido alfa-lipóico ajuda a proteger as
mitocôndrias contra as deteriorações estruturais associadas ao
envelhecimento, que são susceptíveis de interferir com o seu funcionamento
ideal 31, 32, 33 .

Na entrevista publicada na revista NutraNews de Maio de 2010, o Dr .


Ames indicava claramente:

«Quando administrámos ácido R-lipóico combinado com acetil L-carnitina,


todas as funções que observávamos, e que tinham declinado com a idade,
foram restauradas . A mitocôndria fabricava menos oxidantes e o potencial
da membrana era melhor .” O Dr . Ames demonstrou a implicação da
disfunção mitocondrial nas doenças degenerativas, incluindo no cancro e no
declínio neurológico . Provou igualmente que a administração conjunta de
acetil L-carnitina e de ácido R-lipóico permitia imitar os efeitos da restrição
calórica e restaurar um funcionamento mitocondrial ideal, tanto no coração
como no cérebro .

Recomenda-se, assim, completar a acção da PQQ – o único nutriente capaz


de gerar novas mitocôndrias – pela destes dois nutrientes, que são
comprovadamente os mais eficazes a optimizar o funcionamento das
mitocôndrias existentes .

Clique aqui para encontrar PQQ na fórmula Mitocondrial certificada

…com a CoQ10

Além disso, pensa-se actualmente que a utilização concomitante de


coenzima Q10 permite melhorar significativamente os benefícios derivados
da toma de PQQ . O que não é de espantar, dado o papel importante da
CoQ10 como carburante mitocondrial para propiciar a respiração celular e
aumentar a produção de adenosina trifosfato (ATP) .

Estudos recentes mostram em particular melhores desempenhos


cardiovasculares e cognitivos quando os dois nutrientes são associados do
que quando são tomados em separado . Não se trata de uma surpresa, dado
que o coração e o cérebro são de longe os dois órgãos que consomem a
maior quantidade de energia .
39

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Um estudo japonês realizado em 2007 mostrou que a PQQ, tomada em


doses de 20 mg por dia, melhorava a memória, a atenção e as funções
cognitivas . Os desempenhos do grupo que tomou suplemento em PQQ
eram duas vezes superiores aos dos do grupo que tomou o placebo . A toma
conjugada de 300 mg de CoQ10 amplificou ainda os desempenhos nos
testes de memória . Assim, as aptitudes mentais bem como a qualidade de
vida dos sujeitos idosos podem ser melhoradas e o tratamento constitui uma
ajuda na prevenção do abrandamento das funções cognitivas nos indivíduos
de idade avançada .

Por outro lado, um outro estudo mostrou que a PQQ era mais activa quando
combinada com antioxidantes e que, associada à CoQ10, os parâmetros
neurodegenerativos eram melhorados e a neurotrofina, factor de
crescimento nervoso, estimulada . O mesmo se passa quando a associação
PQQ-CoQ10 permite abrandar a degenerescência cerebral, reduzir a
formação da placa amilóide (uma das causas prováveis da doença de
Alzheimer e da demência) e talvez também a atrofia cerebral (a diminuição
do volume do cérebro com o avançar da idade) .

A PQQ e a CoQ10, tomadas simultaneamente, melhoram o estatuto


antioxidante e a saúde mitocondrial por mecanismos complementares .
Proporcionam também um apoio multiforme às funções cardiovasculares e
cerebrais . Melhoram o estado mental e a qualidade de vida dos idosos e
podem ser utilizadas para abrandar ou prevenir o declínio cognitivo dos
indivíduos de meia idade .

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Solúvel na água, a PQQ não se acumula e não provoca fenómenos de
intolerância, mesmo com doses elevadas . Esta substância pode, assim, ser
consumida por todos, na esperança de erradicar um dos principais
mecanismos do envelhecimento .

A PPQ vem, desta forma, enriquecer o arsenal de substâncias anti-


envelhecimento já reconhecidas e pode ser utilizada em simultâneo ou em
alternância com (como vimos) os activadores da telomerase
(cicloastragenol, astragalósido IV) e também com os miméticos da restrição
calórica (resveratrol, oxaloacetato) que são abordados no capítulo seguinte .

40

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

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30 • VirMani a. et al ., Role of carnitine esters in brain neuropathologies,


Mol . Aspects Med. , 2004 Oct ., 25(5-6):533-49 .

31 • Hagen T . M . et al ., Acetyl-L-carnitine fed to old rats partially


restores mitochondrial function and ambulatory activity, Proc. Natl. Acad.
Sci. USA, 1998 Aug . 4, 95(16):9562-6 .

32 • liu J. et al ., Memory loss in old rats is associated with brain


mitochondrial decay and RNA/DNA oxidation: partial reversal by feeding
acetyl-L-carnitine and/or R-alpha-lipoic acid, Proc. natl. acad.

Sci. USA, 2002 Mar . 19, 99(4):2356-61 .

33 • haGen t. M. et al ., Feeding acetyl-L-carnitine and lipoic acid to old


rats improves metabolic function while decreasing oxidative stress, Proc.
Natl. Acad. Sci. USA, 2002 Feb . 19, 99(4):1870-5 .

42

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


OS MIMÉTICOS DA RESTRIÇÃO

CALÓRICA

Sabemos, desde a divulgação dos trabalhos de Dr Roy Walford, que


uma restrição calórica severa, mas sem malnutrição, constitui o meio
mais seguro para prolongar significativamente, em cerca de 20 a 30%,
o tempo de vida na maioria dos mamíferos Consegue-se um aumento de
quase 100% em determinadas espécies mais simples Os trabalhos de
Walford foram mesmo parcialmente validados no ser humano durante
a experiência Biosphère II, na qual participou pessoalmente…

A restrição calórica é a via cientificamente mais comprovada para aumentar


a esperança de vida dos organismos monocelulares ou de um mamífero . Os
investigadores sabem há várias dezenas de anos que reduzir o consumo de
calorias até 40% abranda de forma muito significativa o processo de
envelhecimento e aumenta o tempo de vida de animais de laboratório, desde
o gafanhoto aos mamíferos . Assim, nos ratos, uma diminuição de 30% dos
aportes calóricos leva a um aumento de 30% da longevidade . Sabe-se
igualmente que a restrição calórica protege os animais do cancro e de outras
doenças associadas ao envelhecimento .

43

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


Foram precisos mais de setenta anos para que os investigadores
começassem a esclarecer os mistérios da restrição calórica . Esta dieta
hipocalórica rigorosa, que aumenta de forma significativa a esperança de
vida, foi descrita pela primeira vez em 1935 em ratos 1 . Mas só agora
come-

çamos a compreender os mecanismos postos em jogo . Repousam em


alterações benéficas da expressão de genes, uma das respostas de adaptação
do organismo à redução do consumo de calorias .

Este atraso do envelhecimento adia o desencadeamento das doenças


degenerativas, melhorando os biomarcadores do envelhecimento, desde o
ritmo metabólico à sensibilidade à insulina, passando pela saúde cardíaca e
a função cognitiva 2 . Ao invés, o consumo excessivo de calorias pode
igualmente ter consequências importantes . Comer mais do que aquilo de
que o organismo precisa pode carregar o sangue de triglicéridos, açúcar,
homocisteína e substâncias químicas pró-inflamatórias, o que resulta na
aceleração dos processos de envelhecimento e na deterioração de vários
biomarcadores de saúde .

Uma etapa-chave na procura da longevidade

Em 1989, investigadores que trabalhavam no anti-envelhecimento lançaram


um estudo muito importante sobre a restrição calórica em macacos rhesus .
A escolha destes animais baseou-se no facto de evidenciarem características
biológicas e de envelhecimento extremamente semelhantes à dos humanos .
Os macacos foram divididos em dois grupos . Metade podia alimentar-se
normalmente, sem limite . A outra metade foi submetida a uma alimentação
com 30% menos calorias do que a que seria normalmente consumida . Ao
fim de vinte anos, 30% dos sujeitos do grupo de controlo tinham morrido de
causas associadas ao envelhecimento, contra apenas 13% no grupo
submetido à restrição calórica . Por outras palavras, a restrição calórica
dividiu por três o risco de doenças degenerativas . Por outro lado, ao longo
dos vinte anos do estudo, todos os biomarcadores de saúde medidos eram
melhores no grupo submetido à restrição calórica (diminuição da tensão
arterial, do nível de triglicéridos, melhoria da glicemia, incidência reduzida
de cancros) . Os animais submetidos à restrição calórica perderam peso em
gordura, mas sem sofrer perda de massa muscular, observada no outro
grupo . A restrição calórica inibiu também a redução do volume cerebral,
mais particularmente nas zonas que governam as funções motoras e
cognitivas 3 .

44

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A expressão dos genes da longevidade activada pela restrição calórica


Os investigadores mostraram que é possível modificar as mensagens que os
genes transmitem ao organismo . É o processo de expressão dos genes que
se produz quando um estímulo proveniente do interior ou do exterior do
corpo activa ou inibe determinados genes (protectores ou nocivos) .

Alguns investigadores identificaram uma família de genes, chamados


sirtuinas, presentes nos tecidos de quase todas as formas de vida – desde os
organismos unicelulares às plantas e aos mamíferos . Dados cada vez mais
numerosos sugerem que as sirtuinas regulam o metabolismo energético, a
sinalização endócrina e determinadas respostas ao stress . As sirtuinas são
igualmente activadas por um grande leque de sinais, em resposta ao stress,
tais como períodos de fome ou de restrição calórica, o que sugere que
desempenham um papel alargado na fisiologia dos mamíferos .

As sirtuinas são conhecidas por agir como genes guardiões que protegem as
células e aumentam a sua sobrevivência . As sirtuinas formam uma classe
de enzimas – as deacetilases – que abrandam o envelhecimento agindo em
inúmeros mecanismos celulares tais como a reparação do ADN, a
resistência ao stress oxidativo ou a morte celular .

A acção das sirtuinas inicia-se quando sinais exteriores indicam uma


deterioração das condi-

ções ambientais . Os genes de longevidade despertam então para induzir


modificações defensi-vas ao nível celular, como as que consistem em
afrouxar o metabolismo e aumentar a respiração celular para ajudar o
organismo a adaptar-se a um programa de sobrevivência mais favorável .
Demonstrou-se que a sirtuina do homem, a SIRT1 por exemplo, asfixia o
sistema da P53, geralmente implicado na inibição do crescimento dos
tumores e que propicia a morte celular (a apoptose) . Ao asfixiar a
actividade da P53, a SIRT1 impede o ciclo de apoptose e de envelhecimento
prematuro geralmente desencadeado quando o ADN celular é danificado ou
submetido a stress, dando assim às células tempo suficiente para reparar
todas as lesões e impedir as mortes celulares inúteis .

Mostrou-se também que uma segunda sirtuina, a SIRT2, encontrada na


levedura, é activada quando é submetida a um stress . Aumenta a
estabilidade do ADN e acelera a reparação celular, aumentando o tempo de
vida global das células 4, 5 .

De uma forma mais geral, a activação das sirtuinas aumentaria a


sensibilidade à insulina e a lipólise, diminuiria a inflamação e
desempenharia um papel preventivo nas doenças neurodegenerativas e na
carcinogénese . Um estudo realizado mostrou que ratos transgénicos com
uma expressão de SIRT1 superior à normal apresentavam o mesmo fenotipo
que os ratos submetidos a uma restrição calórica .

45

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Os efeitos benéficos da restrição calórica no homem

Por razões éticas e práticas, a restrição calórica ainda não foi muito
estudada no ser humano .

Contudo, observações dispersas sugerem que pode ter efeitos benéficos .


Assim, por exemplo, os habitantes da ilha japonesa de Okinawa, que
praticam uma dieta especialmente pobre em calorias, têm uma duração de
vida excepcional 6 .

Alguns dados indicam que a restrição calórica atrasa o envelhecimento e


reduz o risco de doenças mortais no ser humano . Indivíduos que se
impuseram uma redução de 20% no seu consumo de calorias durante dois a
seis anos perderam massa gorda e viram melhorados os seus marcadores de
envelhecimento, incluindo a tensão arterial, os níveis de colesterol e o
controlo da glicose sanguínea 7 . Mesmo períodos breves de restrição
calórica podem melhorar temporariamente a temperatura corporal e a
sensibilidade à insulina que são, de facto, os marcadores da longevidade 8 .
Em ensaios clínicos, breves intervalos de restrição calórica reduzi-ram a
inflamação que constitui um factor subjacente ao desenvolvimento de
inúmeras doenças degenerativas . Foram também observados desempenhos
mais juvenis do músculo cardíaco, parecendo a restrição calórica aumentar
o número de mitocôndrias vitais para a produção de energia no coração e no
músculo esquelético, reduzindo as lesões oxidativas que o envelhecimento
acelera 9, 10 .

A procura de uma alternativa à restrição calórica

A restrição calórica permite influenciar positivamente a maioria dos sete


danos evidenciados por Aubrey de Grey . Ao activar determinados genes,
inibindo outros, atrasa o envelhecimento de forma significativa .

Infelizmente, ela é muito difícil de suportar e exige muita força de vontade .


Parece difícil ima-ginar seres humanos submeterem-se a uma dieta
hipocalórica draconiana durante toda a sua existência para aumentarem a
sua esperança de vida . Por outro lado, a compreensão dos mecanismos em
jogo permitiu isolar substâncias naturais ou sintéticas que reproduzem os
efeitos benéficos da restrição calórica . Dessa forma, intrigada pelos efeitos
benéficos da restrição calórica, uma equipa de Harvard começou a
investigar outros meios de modular a actividade das sirtuinas, sem recorrer
a uma redução do consumo alimentar . Após um processo inicial de
pesquisa, os cientistas verificaram que vários metabolitos extraídos de
plantas actuam como compostos activadores de sirtuinas .

Foram identificadas várias substâncias desse tipo . As duas principais são o


resveratrol e o oxaloacetato, que podem ser associados a outras substâncias
complementares como a quercetina e o pterostilbeno, que reforçam os
efeitos da restrição calórica inibindo a inflamação sistémica, reforçando a
saúde das mitocôndrias e protegendo os tecidos cerebrais e cardíacos das
deteriorações provocadas pelo envelhecimento .

46
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O resveratrol

O resveratrol é um potente antioxidante de origem vegetal e uma poderosa


substância anti-envelhecimento . Encontramo-lo especialmente na uva e,
por conseguinte, no vinho tinto . Sãolhes atribuídos os efeitos do famoso
“Paradoxo francês”, ou seja, a capacidade de manter, graças ao consumo de
vinho tinto, uma saúde cardiovascular relativa apesar de uma alimentação
assaz nociva neste plano devido aos alimentos de índice glicémico elevado
e/ou que fornecem ácidos gordos saturados ou trans .

O resveratrol é assim um fitonutriente – para não dizer O fitonutriente –


aconselhado para manter e proteger a sua saúde cardiovascular . Contudo,
as suas virtudes não cessam aí e as investigações realizadas sobre esta
substância chegam todas às mesmas conclusões:

• o resveratrol é um potente anticancerígeno validado que combate o


desenvolvimento das células cancerosas nos vários estadios;

• o resveratrol protege o cérebro do stress oxidativo e,


consequentemente, da maioria das doenças neurodegenerativas;

• e, por último, é claro que se trata de uma substância anti-


envelhecimento.

Na origem… um paradoxo!

O resveratrol é um estilbeno da família das fitoalexinas . Trata-se também


de um composto polifenólico da classe dos flavonóides, e por isso um
potente antioxidante . E é para responder às agressões patogénicas, à
exposição aos raios ultravioletas ou ao ozono que muitas plantas, e em
particular a vinha, produzem esta substância protectora . Contudo, na vinha,
é sobretudo nas folhas, na pele e nas grainhas das uvas que se concentra o
resveratrol . Além disso, encontramo-lo na fermentação dos vinhos tintos,
mas não na dos vinhos brancos .
Os cientistas japoneses foram os primeiros a interessar-se por esta
substância, nos anos oitenta do século XX . Um remédio tradicional, o
“Koko-Kon”, chamou-lhes a atenção . Este medicamento continha uma
planta, Polygonum cuspidatum, que era utilizada no tratamento de vários
tipos de doenças como alergias, inflamações cutâneas e hiperlipidemias .
Por conseguinte, isolaram o princípio activo desta planta – o resveratrol 1 .
Depois, a partir de 1985, as investigações multipli-caram-se e foram
descobertas as várias propriedades metabólicas desta substância .

Durante estudos de leucócitos de ratos os cientistas descobriram a


capacidade do resveratrol para inibir a produção de eicosanóides . Estes
possuem prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos, que participam nas
reacções inflamatórias e na aglutinação das plaquetas .

47

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Após esta descoberta, a investigação sobre o resveratrol – evidentemente –


avançou . E foi nesta altura que se começou a falar do “Paradoxo francês”,
ou seja, da estranha coabitação entre uma alimentação rica em gorduras
nocivas e uma percentagem fraca de doenças cardiovasculares nas
populações em causa .

A que se deveria este paradoxo? Ao consumo de vinho tinto! E, do vinho


tinto ao resveratrol, a ligação foi rapidamente descoberta . Contudo, a razão
exacta pela qual o resveratrol reduz os efeitos nefastos de uma alimentação
com demasiadas gorduras e em simultâneo diminui o risco de doença
cardiovascular continua a ser desconhecida . Sabemos apenas que as suas
propriedades antioxidantes e anticoagulantes estão implicadas no processo .

De facto, o resveratrol é um incrível antioxidante que combate os radicais


livres presentes nas células sanguíneas .

Foi realizado um estudo que consistia em incubar células sanguíneas


humanas com resveratrol e uma substância que produzia lesões oxidativas .
Resultado: o resveratrol protegeu as células contra todos os danos
oxidativos e impediu o desencadeamento da morte celular
proporcionalmente à dose administrada . Assim, as células mononucleares
do sangue periférico adquirem um poder antioxidante quando são tratadas
pelo resveratrol 2 .

Neste domínio o resveratrol funciona de três formas diferentes:

• Entra em competição com a CoQ10 e diminui a cadeia oxidativa


complexa III, local de produção das espécies reactivas de oxigénio

• Destrói os radicais superóxidos que se formam nas mitocôndrias.

• Inibe a peroxidação lipídica induzida pelos produtos da reacção de


Fenton durante a produção de energia

48

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


Resveratrol
Restrição calórica

SIRT 1

Efeitos celulares

Efeitos gerais

Morte celular

Reparação

Inflamação

celular

Lipólise

Sobrevida celular

Sensibilidade

Prevenção da

à insulina

carcinogénese

Resistência ao

stress oxidativo

Prevenção das afecções

neurodegenerativas

Radicais livres

Aumento
do tempo de vida

49

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Em todas as frentes para uma cardio-protecção ideal

Foi a sua primeira indicação: o resveratrol actua positivamente em


inúmeros mecanismos que estão na origem das doenças cardiovasculares .
Enquanto antioxidante, evita a degradação dos lípidos pela peroxidação e
impede, proporcionalmente à dose, a penetração dos LDL oxidados na
parede vascular .

In vitro, demonstrou-se que tratar com resveratrol células do parênquima


hepático levava a um abrandamento da secreção de colesterol esterificado e
de triglicéridos… sem alterar os níveis intracelulares de triglicéridos .

Consequentemente, acredita-se que o resveratrol diminuiria a secreção


hepática dos VLDL, que são depois transformados em LDL na circulação
sanguínea, bloqueando assim o metabolismo hepático das lipoproteínas .

Por outro lado, provou-se que uma suplementação com trans-resveratrol em


sujeitos saudáveis inibia a aglutinação das plaquetas proporcionalmente à
dose 3 .

Os investigadores verificaram também um outro efeito inibidor muito forte


na síntese do tromboxano pelas plaquetas . Dez micromoles de resveratrol
são suficientes para conseguir uma inibição de 60%, o que é muito
claramente superior ao que permitem todos os polifenóis do vinho e outros
antioxidantes . De notar que o tromboxano é essencial na evolução dos
problemas cardiovasculares pois está envolvido no processo de coagulação
patogénica, comprime as artérias, danifica a parede endotelial dos vasos
sanguíneos e propicia o desenvolvimento do ateroma .

Em contrapartida, o resveratrol e alguns outros antioxidantes conseguem


mesmo estimular a produção de prostaciclina, uma substância que evita a
formação de coágulos sanguíneos, mantém as artérias dilatadas e propicia a
saúde das paredes endoteliais . Esta prostaciclina é aliás sintetizada pelas
paredes endoteliais saudáveis, graças a uma enzima: a prostaciclina sintase .

Infelizmente, o trabalho desta enzima vê-se praticamente anulado por


determinados radicais livres e, especialmente, por lípidos peroxidados ou
hidroperóxidos . A produção de prostaciclina passa por isso
necessariamente pela redução dos hidroperóxidos e da peroxidação lipídica
. É aí que o resveratrol entra em jogo com alguns outros bioflavonóides, as
vitaminas C e E e o selé-

nio . Estes nutrientes vão assim agir em sinergia e diminuir a aglutinação


das plaquetas, maximi-zar a produção de prostaciclina e minimizar a de
tromboxano e de radicais livres .

Por último, resveratrol restabelece os níveis satisfatórios de óxido nítrico,


que tem uma importâ-

ncia capital no bom funcionamento do sistema cardio-vascular . É ele que


preside à distensão das artérias, permitindo assim a passagem do fluxo
sanguíneo . Ora, uma alimentação demasiado rica em gorduras nocivas
reduz em um terço as quantidades de óxido nítrico . Compreende-mos agora
até que ponto a toma de um suplemento com resveratrol é, também neste
aspecto, muito útil para inverter esta tendência .

50

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Uma poderosa arma anti-cancro

É talvez neste domínio que o resveratrol se revela mais promissor . Os


investigadores que multiplicam os estudos sobre este assunto conhecem
cada vez melhor esta incrível substância .

O resveratrol é a primeira substância natural capaz de interromper os


diferentes estadios de desenvolvimento do todos os tipos de cancro, ou seja,
o início, a promoção e a progressão . Na realidade, o resveratrol actua no
cancro tanto bloqueando os estrogéneos e os androgénios, como modulando
os genes . Combate, assim, um grande número de cancros, tanto de forma
preventiva como curativa . Um determinado número de estudos recentes
demonstram que o resveratrol mata as células cancerosas, quer tenham ou
não o gene supressor de tumor 4 .

Além disso, quer as células cancerosas tenham receptores positivos ou


negativos aos estrogé-

neos, o resveratrol dá sempre bons resultados .

Num outro estudo descobriu-se um dos mecanismos do resveratrol


revelando que o organismo transforma este polifenol num agente
anticancerígeno capaz de tomar como alvo e matar as células cancerosas .
Compreendeu-se nomeadamente que a enzima citocromo P-450, que se
encontra em diferentes tumores, metabolizava o resveratrol num
fitoestrogénio – o piceatanol

– dotado de propriedades anticancerígenas . E, naturalmente, a morte das


células cancerosas desencadeada por este piceatanol, e por conseguinte pelo
resveratrol, não danifica em nada as células normais 5 .

Além disso, o resveratrol parece também conseguir reforçar determinadas


quimioterapias .

Investigadores da universidade de Notre-Dame descobriram que o


resveratrol potenciava enormemente os efeitos da vitamina D . Ora, a
vitamina D3 tem esta particularidade de se transfor-mar num esteróide
inibitório do crescimento das células cancerosas da mama .

Outros cientistas, austríacos, no decurso de um estudo particularmente


elaborado, chegaram à conclusão que o resveratrol impede as células
cancerosas de se metastizar nos ossos .

Mas é com os cancros do pâncreas, da mama e dos rins que se registaram os


melhores resultados . No caso dos cancros do cólon e da próstata, os
resultados continuam a ser encorajadores, mas menos significativos .
Outra propriedade do resveratrol: reduz os efeitos nefastos do ácido
linoleico, um ácido gordo omega-6 presente em quantidade demasiado
elevada na alimentação ocidental e que propicia o crescimento das células
cancerosas . Na verdade, este ácido linoleico é transformado em ácido
araquidónico que depois se converte numa espécie de hormona (como a
prostaglandina E 2 ou o leucotrieno B4), estimulando processos
inflamatórios e, consequentemente, o crescimento das células cancerosas .
Aliás, este tipo de alimentação ocidental é suficiente, a nível experimental,
para causar o cancro do cólon em roedores de laboratório .

51

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Os investigadores japoneses confirmaram que, mesmo em doses


alimentares, o resveratrol bloqueia o efeito promotor do crescimento do
ácido linoleico e inibe o crescimento das células cancerosas da mama .

Num outro estudo, ao transplantar células de cancro avançado da próstata


humana para roedores, os investigadores mediram os efeitos de um extracto
de uva contendo resveratrol e quercetina . Sem mais testes, estas duas
substâncias foram depois propostas como tratamento do cancro da próstata
no homem .

Por outro lado, investigadores da universidade do Colorado estudaram os


efeitos de um extracto de grainhas de uva associado a citocinas naturais, nas
células do cancro avançado da próstata .

Concluíram que esta outra mistura poderia constituir uma alternativa mais
eficaz e menos tóxica que a quimioterapia no tratamento clínico do cancro
da próstata .

Por fim, um último estudo confirmou, em diferentes tipos de cancros


avançados da próstata, que o resveratrol era o mais potente dos polifenóis
testados contra estas células cancerosas .

Uma potente actividade anti-inflamatória


A inflamação é útil ao organismo . Responde a uma ferida ou a um stress e
ajuda o organismo a combater as bactérias . Mas pode também revelar-se
perigosa em determinadas patologias: doença auto-imune, distúrbios
cardiovasculares, doença de Alzheimer, Huntington ou cancro, que podem
ser agravadas, ou mesmo causadas por uma inflamação crónica .

A medicina anti-envelhecimento está, por isso, decididamente voltada para


todas as soluções que permitam intervir preventivamente e a longo prazo
contra a mais ligeira inflamação neurológica crónica .

Cientistas chineses 6 demonstraram especialmente a eficácia do resveratrol


no tratamento da inflamação provocada por uma lesão da espinal medula .
Injectando resveratrol imediatamente após a ocorrência do ferimento, a
inflamação é contida com a mesma eficácia do que com pred-nisona, um
medicamento anti-inflamatório . A vantagem do resveratrol é garantir além
disso uma protecção anti-radicalar .

Em Inglaterra 7, estudos in vitro permitiram comprovar a capacidade do


resveratrol de atrasar a inflamação na doença pulmonar crónica obstrutiva .
A inflamação, nesta patologia pulmonar evolutiva e irreversível que acaba
por impedir a respiração, inclui células macrófagos que produzem
interleucinas e outras substâncias imunitárias estimulantes . Por outro lado,
estes macró-

fagos fabricam igualmente substâncias que prolongam a vida das células .


Infelizmente, este processo é acompanhado por um aumento de inflamação
e de radicais livres . Os investigadores ingleses procederam então ao estudo
dos macrófagos em amostras de fluido pulmonar proveniente de quinze
fumadores e de quinze outros pacientes com doença pulmonar crónica 52

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

obstrutiva . A introdução do resveratrol nas amostras interrompeu a


produção de interleucinas em 94% nos macrófagos dos fumadores e em
88% nos dos pacientes com doença pulmonar crónica obstrutiva . O
resveratrol inibe assim a libertação das citocinas inflamatórias e constitui
por isso um tratamento eficaz nas síndromas respiratórias obstrutivas .
Uma considerável neuroprotecção

Como antioxidante de qualidade, o resveratrol proteja o cérebro dos ataques


radicalares . Mas tem igualmente todo o lugar no tratamento de patologias
bem específicas:

• A congestão cerebral, que ocorre quando o sangue deixa de poder chegar


ao cérebro, privando-o de oxigénio e de nutrientes . É nessa altura que são
libertados neurotransmissores que deixam penetrar cálcio nos neurónios,
inundando assim o cérebro de radicais livres susceptíveis de causar a morte
das células .

• A doença de Alzheimer, que é propiciada por lesões oxidativas nas células


do cérebro .

Ora, segundo os investigadores da universidade de Missouri, o resveratrol


protege o sistema nervoso central do stress oxidativo e impede a oxidação
das partículas de lipoproteínas . Ainda segundo estes cientistas, as
lipoproteínas oxidadas provocariam um stress oxidativo que inicializaria a
morte das células neuronais, o que, com o passar do tempo, conduziria a
uma inflamação neurológica e, talvez, à doença de Alzheimer .

Estes estudos revelaram um novo mecanismo utilizado pelo resveratrol para


neutralizar os radicais livres envolvidos no processo . E a sua conclusão foi
que seria possível inibir o processo inflamatório com a ajuda de uma
complementação à base de resveratrol e de vitaminas C e E .

Por outro lado, um péptido anormal, conhecido por beta-amilóide,


responsável por um grave stress oxidativo que provoca a morte de inúmeros
neurónios, foi descoberto no cérebro dos pacientes com doença de
Alzheimer – onde forma placas fáceis de reconhecer aquando da autópsia .
Uma vez mais, um estudo concluiu que o resveratrol tem um efeito
protector na toxicidade das placas beta-amilóides nas células endoteliais . O
extracto de casca de uva preta que serviu para este teste reduziu a produção
de radicais livres associada ao beta-amilóide e protegeu as membranas das
células epiteliais das lesões radicalares 8 .
Por fim, um último estudo confirmou a hipótese segundo a qual o
resveratrol protegeria contra a doença de Alzheimer graças à sua potente
actividade antioxidante . Neste caso, os investigadores testaram os efeitos
do resveratrol nas células humanas de neuroblastoma sensíveis ao stress
oxidativo gerado pelo beta-amilóide . Assim, o resveratrol permite elevar
amplamente os níveis de glutatião, um neutralizador intracelular de radicais
livres e eliminar a neurotoxicidade provocada pelo beta-amilóide 9 .

53

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A associação de resveratrol e vitaminas C e E confere uma melhor


protecção ao cérebro do que qualquer antioxidante tomado em separado 10 .

E, por fim, sólidas propriedades anti-envelhecimento

Os laboratórios de investigação Biomol e os investigadores da Harvard


Medical School 11

demonstraram recentemente que o resveratrol activa um “gene da


longevidade” na levedura, aumentando o tempo de vida desta em 80% . O
aumento da longevidade dever-se-ia à imitação dos efeitos da restrição
calórica .

Lembremos que, em algumas espécies, a restrição calórica consegue


aumentar o tempo de vida em quase 100%, e, pelo menos, em 20 a 30% nos
mamíferos . A restrição calórica exerce um efeito benéfico na expressão
genética . Na realidade, alguns genes têm o poder de interferir directamente
na esperança de vida exercendo uma acção reguladora nos factores do
envelhecimento, desde a inflamação e a função metabólica à resposta
imunitária . A restrição calórica propicia um funcionamento celular
saudável por meio de múltiplas vias fisiológicas, incluindo:

• bloqueio de factores inflamatórios;

• optimização do metabolismo das gorduras e dos glúcidos;


• diminuição da glicémia;

• suporte do funcionamento endotelial;

• inibição do desenvolvimento e da proliferação do cancro.

O resveratrol imita não só todos estes efeitos, como também:

• propicia a sensibilidade à insulina;

• estimula o funcionamento das mitocôndrias;

• protege contra os efeitos nocivos de uma alimentação com demasiadas


gorduras.

Assim, à semelhança da restrição calórica, o resveratrol activa os genes da


longevidade, ditos

“sirtuinas” . A equipa de investigadores escolheu evidentemente a célula de


levedura com mais semelhanças à do ser humano para testar o poder do
resveratrol de activar as sirtuinas . Formu-lou-se então a hipótese de que, se
o resveratrol se revelava capaz de modificar a produção dos genes-alvo
recentemente identificados, isso reflectiria o papel da proteína no animal e
confir-maria a sua ligação com o aumento do tempo de vida, pelo menos
para a levedura . A levedura viveu entre 60 a 80% mais tempo que o normal
graças ao resveratrol, mesmo com doses fracas .

54

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

De seguida, as experimentações complementares realizadas com células


humanas revelaram que o resveratrol activava um caminho semelhante
necessitando de uma sirtuina humana, a SIRT1 . Este garantiu a
sobrevivência de 30% das células humanas irradiadas com raios gama,
contra 10% para as células não tratadas com resveratrol .

Foram igualmente levadas a cabo outras experiências probatórias em


moscas e vermes; e estão em curso testes em ratinhos . Destes estudos,
sobressai o facto de não ser tanto o potencial antioxidante do resveratrol
que seria responsável pela activação do famoso gene da longevidade, mas
sim a sua estrutura química . Na realidade, o resveratrol agiria acelerando o
ritmo da reacção conhecida pelo nome de “desacetilação” . É desta reacção
que depende a activação de um determinado gene .

Nas células cancerosas, por exemplo, são activados genes que não deviam
ser activados, e vice-versa . O resveratrol agiria então controlando a
desacetilação que – ao activar o gene da longevidade – aumentaria o tempo
de vida da célula ou do organismo .

É devido ao facto de as células senescentes perderem a sua capacidade de


replicar perfeitamente o ADN em cada nova célula que o indivíduo
envelhece e morre . A partir deste momento, o ADN comete cada vez mais
erros . Pequenos pedaços de ADN tornam-se activos e reproduzem-se,
impedindo a célula de funcionar normalmente . O principal interesse anti-
envelhecimento do resveratrol é que, ao estimular o gene da longevidade,
ele reduz precisamente em 60% a frequência desta dispersão de ADN em
pequenos pedaços .

Estes resultados são, por isso, muito promissores . De tal modo que a União
Europeia concedeu uma subvenção aos cientistas em causa para
continuarem as suas investigações sobre o interesse do resveratrol no
quadro da saúde . Este projecto europeu, liderado por Marek Murias, vai
então avaliar os efeitos antioxidantes e anti-proliferantes dos metabolitos de
glucurónido e de sulfato de resveratrol que o fígado humano produz ao
metabolizar o resveratrol .

55

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Como amplificar os efeitos do resveratrol?

Como vimos, o resveratrol combina bem com outros nutrientes que


potenciam os seus efeitos .
Obtém-se uma sinergia particularmente interessante quando se associa o
resveratrol a algumas substâncias que modulam a expressão de genes, que
melhoram os biomarcadores do envelhecimento e reforçam os mecanismos
de luta contra as doenças .

As substâncias mais interessantes são o pterostilbeno e a polidatina, dois


derivados do resveratrol, e outros nutrientes como a quercetina, a fisetina e
o extracto de casca de pinheiro que reforçam esta sinergia .

O pterostilbeno

O pterostilbeno é utilizado há muitas centenas de anos pela medicina


ayurvédica . O pterostilbeno e o resveratrol são os dois estilbenos,
estreitamente aparentados no plano estrutural, o que lhes confere funções
semelhantes, mas não idênticas . Investigadores mostraram que actuam de
forma sinérgica para activar os genes da longevidade . O pterostilbeno imita
também inúmeros efeitos da restrição calórica .

Combina a isso um número de propriedades anti-inflamatórias, anti-


neoplásicas e antioxidantes e regula os genes envolvidos no
desenvolvimento do cancro, da aterosclerose, da diabetes e da inflamação
que estão na origem de inúmeras doenças .

As suas diferentes propriedades permitem-lhe assim lutar eficazmente,


como complemento do resveratrol, contra determinados efeitos do
envelhecimento .

A polidatina

A polidatina é um glicósido de resveratrol . Por outras palavras, é uma


molécula de resveratrol ligada a uma molécula de açúcar . Quando a
polidatina entra na circulação sanguínea, a molé-

cula de resveratrol separa-se da de açúcar . Assim, o glicósido de


resveratrol é absorvido a um ritmo diferente do trans-resveratrol clássico,
melhorando eficazmente a biodisponibilidade, a semi vida e o poder do
resveratrol . O seu efeito é prolongado e, por isso, aumentado .
Estas sinergias são também reforçadas pela associação do resveratrol, ou
dos seus derivados, com outros nutrientes:

56

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A quercetina

A quercetina é um potente antioxidante e um prodigioso anti-inflamatório


utilizado na preven-

ção das doenças cardiovasculares, da síndrome metabólica e do cancro .


Esta substância poderia ter um efeito na longevidade, simplesmente por
reduzir o impacto de um determinado número de doenças crónicas . Mas
parece que ela teria também uma acção independente pois vários dados
indicam que poderia ter um efeito directo na esperança de vida, pelo menos
nos organismos experimentais . Investigadores portugueses mostraram que,
ao aumentar a resistência ao stress oxidativo, a quercetina aumenta em 60%
a esperança de vida de células de levedura em cultura 12 .

Uma equipa de biólogos alemães demonstrou que alimentar o verme C.


elegans com uma alimentação rica em flavonóides melhorava a sua saúde e
a sua longevidade global 13 . Em seguida, identificaram um conjunto de
quatro genes específicos que pareciam ser activados pela quercetina 14 .

Outros investigadores observaram também provas indicativas de que a


quercetina poderia imitar determinados efeitos da restrição calórica na
esperança de vida .

A fisetina

A fisetina, um flavonóide extraído do Buxus sinica, possui uma acção


estabilizadora do resveratrol, evitando a sua destruição . E sobretudo, envia
um sinal de «activação» às células portadoras do gene anti-envelhecimento,
garantindo a protecção do ADN e dos neurónios, em particular aquando de
períodos de stress oxidativo .
Os polifenóis do extracto de casca de pinheiro-marítimo

O extracto de casca de pinheiro-marítimo contém antioxidantes potentes –


polifenóis chamados oligoproantocianidinas ou OPCs . Os OPCs, polímeros
de catequina e de epicatequina, conseguem neutralizar todas as espécies
reactivas de oxigénio, ou radicais livres . Possuem igualmente uma forte
actividade anti-inflamatória, utilizando múltiplas vias:

• bloqueiam a activação do NF-kB nos macrófagos limitando a


produção de moléculas de aderência;

• inibem, in vitro, a activação de citocinas pró-inflamatórias IL-1. Ex-


vivo, bloqueiam a actividade dos COX 1 e 2

Além disso, melhoram a função endotelial, reduzindo assim o risco de


doença cardiovascular e diminuem a insuficiência venosa . Por último,
ajudam a baixar o nível de glicose no sangue e inibem a absorção dos
glúcidos . Propiciam o baixar da pressão arterial sistólica, a melhoria do
perfil lipídico e a normalização da actividade plaquetária .

57

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A niacinamida, uma ferramenta de primeira geração da terapia


genética anti-envelhecimento

A niacinamida, ou nicotinamida, é uma das duas formas de vitamina B3; a


outra é a niacina . A niacinamida é necessária em centenas de reacções
enzimáticas . As investigações mostraram os seus efeitos benéficos num
vasto leque de problemas de saúde e, mais particularmente, da sua
capacidade de aumentar a actividade da proteína anti-envelhecimento
SIR2p .

Clique aqui para encontrar uma fórmula sinérgica com resveratrol

Referências
1 • h. arichi et al (1982) Effects of stilbene components of the roots of
Polygonum cuspidatum… on lipid metabolism . Chem. Pharm. Bull. 30,
1766-70 .

2 • loSa G.a. Resveratrol modulates apoptosis and oxidation in human


mononuclear cells . Eur. J. Clin.

Invest. 2003 Sept .; 33(9): 818-23 .

3 • Pace-aSciak c.r. The red wine phenolics trans-resveratrol and quercetin


block human platelet aggregation and eicosanoid synthesis: implications for
protection against coronary heart disease .

Clin. Chim. Acta, 1995; 235: 207-19 .

4 • Pozo-GuiSado e. et al . The antiproliferative activity of resveratrol


results in apoptosis in MCF-7 but not in MDA-MB-231 human breast
cancer cells . J. Steroids Biochem. Mol. Biol. 2003; 84: 149-57 .

5 • Potter G.a. et al . The cancer preventive agent resveratrol is converted to


the anticancer agent piceatannol by the cytochrome P450 enzyme CYP1B1
. Br. J. Cancer. 2002 Mar . 4; 86(5):774-8 .

6 • yanG y. B. et al . Effects of resveratrol on secondary damage after acute


spinal cord injury in rats .

Acta. Pharmacol. Sin. 2003; 24: 703-10 .

7 • culPitt S. V. et al . Inhibition by red wine extract, resveratrol, of cytokine


release by alveolar macrophages in COPD, Thorax, 2003 Nov . ; 58(11) :
592-6 .

8 • ruSSo a. et al . Red wine micronutrients as protective agents in


Alzheimer’s like induced insult .

Life Sci. 2003; 72: 2369-79 .

9 • SaVaSkan e. et al . Red wine ingredient resveratrol protects from beta-


amyloid neurotoxicité . Gerontology 2003; 49: 380-3 .
10 • chanVitayaPonGS S. et al . Amelioration of oxidative stress by
antioxidants and resveratrol in PC12

cells . Neuroreport 1997; 8: 1499-502 .

11 • howitz k. t. et al . Small molecule activators of sirtuins extend


Saccharomyces cerevisiae lifespan .

Nature . 2003 Sep . 11; 425 (6954): 191-6 .

12 • Belinha i. et al ., Quercetin increases oxidative stress resistance and


longevity in Saccharomyces cerevisiae . J. Agric. Food Chem. 2007 March
21; 55(6): 2446-51 .

13 • PietSch k. et al ., Quercetin-mediated lifesspan in Caenorhabditis


elegans is modulated by age-1, Sek-1, daf-2 and unc-43 . Biogerontology
2008 Nov . 29 .

14 • Saul n. et al ., Quercetin-mediated longevity in Caenorhabditis


elegans: is DAF-16 involved? Mech.

Ageing Dev. 2008 Oct .; 129(10): 611-3 .

58

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O oxaloacetato

Uma substância capaz de mimetizar a restrição calórica e, assim,


aumentar o tempo de vida e atrasar o aparecimento das doenças
associadas à idade O que é o ácido oxaloacético?
O ácido oxaloacético ou o oxaloacetato, que é a forma iónica, encontra-se
naturalmente nas laranjas e nas maçãs colhidas recentemente . No entanto,
esta molécula é extremamente instável, não se conservando mais de um dia
à temperatura ambiente .

No organismo, o oxaloacetato está presente em todas as células e os seus


metabolitos estão directamente envolvidos na produção da energia
mitocondrial, dado que surge como intermediário tanto no ciclo do ácido
cítrico como no ciclo de Krebs e na neoglucogénese . O ácido oxaloacético
é, por isso, um ácido dicarboxílico essencial ao metabolismo .

O organismo fabrica oxaloacetato mas, em determinados casos, mutações


genéticas afectam a produção de piruvato carboxilase – uma enzima
mitocondrial que converte o piruvato em oxaloacetato – tornando assim o
organismo incapaz de produzir oxaloacetato em quantidade suficiente .

Em que é que a falta de oxaloacetato afecta o metabolismo?

A falta de oxaloacetato no organismo afecta-o de três formas:

O processo do ciclo do ácido cítrico é impedido, o que limita a expressão da


energia destinada ao organismo .

Sendo o oxaloacetato necessário na primeira etapa da gluconeogénese, que


produz o carburante necessário ao organismo durante o período de jejum, a
sua carência afecta assim de forma mais ou menos acentuada determinados
tecidos como os do coração e do cérebro, que neces-sitam da glicose
produzida pela neoglucogénese .

Dado que um dos produtos de degradação do oxaloacetato é o ácido


aspártico – necessário ao ciclo da ureia – uma redução dos níveis deste
último conduz a um aumento dos níveis de amónia no soro sanguíneo .

59

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


Por estas razões, o prognóstico dos indivíduos com níveis reduzidos de
oxaloacetato é sombrio, sendo uma carência em oxaloacetato extremamente
nociva para o organismo 9 .

Quais são as vantagens da toma de um suplemento em oxaloacetato?

O ácido oxaloacético é uma pequena molécula que, tomada sob a forma de


suplemento solúvel por via oral, é distribuída por todo o corpo através da
circulação sanguínea 10 . É naturalmente muito instável e não se conserva
por mais de um dia à temperatura ambiente . Graças a um procedimento
complexo é agora possível estabilizar o oxaloacetato e torná-lo
perfeitamente biodisponível . Acaba, aliás, de ser atribuída a esta substância
uma das primeiras patentes no âmbito do prolongamento do tempo de vida,
imitando os efeitos da restrição calórica . Neste sentido, o oxaloacetato
assemelha-se às propriedades do resveratrol, mas actua por mecanismos
diferentes, como veremos adiante .

Segundo estudos muito recentes, a toma de suplementos em oxaloacetato


seria extremamente benéfica, não só nos ratinhos como também no ser
humano, dado que esta substância melhora inúmeros parâmetros
primordiais e fornece uma protecção abrangente:

• reforça significativamente o estatuto antioxidante. As capacidades


únicas do ácido oxaloacético resultam da sua capacidade de
transportar os antioxidantes até às mitocôndrias, dado que consegue
atravessar sem dificuldade a membrana mitocondrial 17;

• regula a glicémia e melhora a insulinoresistência;

• combate a desnaturação dos ácidos nucleicos nas mitocôndrias;

• protege, em doses elevadas, o ADN mitocondrial nas células do tecido


cerebral 19

Sendo capaz de atravessar a barreira hemato-encefálica, protege o


cérebro de determinados danos;
• reduz a toxicidade de certos metais pesados nas células dos ilhéus
pancreáticos e dos neurónios 31, 32;

• protege os neurónios contra o peróxido de hidrogénio 33 e os outros


radicais livres 20, 21, 34, 35;

• garante uma protecção das células do epitélio pigmentar da retina


contra o DMLA, associado ao zinco 28;

• tem uma acção positiva na artrite e na rigidez articular;

• bloqueia a produção de gorduras pelo organismo;

• repara o ADN nas células da pele ou de outros tecidos, danificadas


pelos raios UV;

• melhora os resultados em todos os testes de resistência nos ratinhos;


60

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

• atenua determinados sintomas originados pelo alcoolismo crónico


(perda de peso, náuseas, diarreias, tremores…) ou simplesmente os da
ressaca, na sequência de um consumo excessivo pontual de álcool;

• tem um efeito positivo no tracto digestivo e inibe eventuais ulcerações


no rato 36;

• reduz a apoptose (morte celular programada);

• atrasa o aparecimento da maioria das complicações associadas às


doenças ligadas ao envelhecimento;

• reduz a incidência ou o tratamento do cancro primário ou metastásico


e pode ser tomado antes, durante ou após a quimioterapia;

• E sobretudo, permite regular a expressão de certos genes benéficos


que são activados com a restrição calórica, permitindo assim prolongar
em 25% o tempo de vida de animais de laboratório, em especial o
ratinho 7, 8

O oxaloacetato imita e reproduz os efeitos da restrição calórica

O oxaloacetato é das substâncias mais eficazes para reproduzir os efeitos


benéficos da restrição calórica, mas sem a necessidade de reduzir o aporte
alimentar . A restrição calórica, por diminui-

ção da ração alimentar de 30 a 50%, é o único método reconhecido para


prolongar o tempo de vida dos mamíferos .

Conduz a alterações no metabolismo e na expressão dos genes que


aumentam o tempo de vida .

Tem uma influência benéfica na maioria dos parâmetros biológicos e


retarda o aparecimento das doenças degenerativas (demência, Alzheimer,
Parkinson) . No ser humano, reduz o risco de aterosclerose, o pico
glicémico em jejum, a tensão arterial sistólica e diastólica, os triglicéridos,
o colesterol LDL e o colesterol total e, por essa razão, contribui para a
redução da incidência das doenças cardíacas, das doenças renais, da
diabetes de tipo 2 e do cancro 1, 3 .

Fornecer, através de suplementos nutricionais, o equivalente à restrição


calórica constitui um avanço importante no combate ao envelhecimento e às
doenças degenerativas .

A restrição calórica revela-se muito difícil de aplicar no quotidiano . Por


conseguinte, qualquer substância capaz de “imitar” os seus efeitos tem lugar
garantido entre os grandes avanços da nutrição anti-envelhecimento .

O oxaloacetato é um dos raros produtos cuja capacidade para aumentar o


tempo de vida dos ratinhos machos – que à semelhança dos humanos, têm
uma esperança de vida mais curta que as fêmeas – está comprovada .
Quando se atingiu a taxa de mortalidade média de 50%, constatou-se que a
toma de suplemento em oxaloacetato provocava um aumento do tempo de
vida médio de cerca de 25% relativamente aos ratinhos do grupo de
controlo .
Além destes resultados espectaculares, constatou-se que os ratinhos apenas
submetidos ao 61

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

aporte de oxaloacetato apresentavam sintomas mínimos de inflamação, de


artrose e uma tendência mínima para o fenómeno de “curvatura óssea”
associado à idade . Além disso, a densidade do tecido ósseo era mais
elevada relativamente à dos animais do grupo de controlo, o que é
indicativo de eficácia contra a osteoporose .

Estudos posteriores mostraram que a actividade do oxaloacetato não se


limita apenas aos ratinhos . Na mosca Drosophila melanogaster verificou-se
também um aumento da duração de vida de 20% em média após a adição de
oxaloacetato à alimentação . Obtiveram-se também resultados semelhantes
em estudos realizados com o verme C. elegans nematode .

E apesar de existirem reacções diferentes entre as espécies e de não termos


certezas absolutas relativamente a todos os efeitos no ser humano, temos no
entanto o direito de lhe conferir muito fortes presunções de eficácia com
base nos inúmeros estudos em seres humanos actualmente em curso pelo
National Institute on Aging, nos EUA .

É ao permitir o restabelecimento do rácio NAD+/NADH que o oxaloacetato


imita as condições celulares obtidas com a restrição calórica . Com efeito,
ele penetra facilmente as membranas celulares, sendo por isso facilmente
reduzido em malato pela enzima malato desidrogenase no citosol . Esta
reacção converte igualmente o NADH em NAD+, aumentando o rácio
NAD+/NADH .

O aumento deste rácio está directamente relacionado com o efeito de


sinalização que permite a expressão de genes benéficos, imitando
eficazmente o efeito da restrição calórica .

Mesmo que não se compreendam na íntegra todas as razões que conduzem


a um aumento do tempo de vida graças à restrição calórica, algumas já
foram identificadas:
• a activação da proteína adenosina monofosfato (AMP) 4;

• o aumento do nicotinamida adenina dinucleótido (NAD +) pela sua


versão reduzida (NADH) nas mitocôndrias 5;

• aprotecção do ADN mitocondrial 6

A toma de suplementos com ácido oxaloacético afigura-se, assim,


actualmente como um dos métodos mais seguros para imitar a restrição
calórica .

Igualmente uma substância anti-diabetes

A suplementação em ácido oxaloacético foi testada tanto no ser humano


como em animais .

Yoshikawa 10 estudou primeiro o ácido oxaloacético no âmbito do


tratamento da diabetes, depois de o ter identificado como ingrediente activo
no extracto de sarça ( Euonymus alata), 62

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

uma planta tradicional utilizada há centenas de anos e ainda na actualidade


para tratar a diabetes nos países asiáticos 23 .

Yoshikawa demonstrou que a toma de oxaloacetato de sódio permitia à


substância entrar na circulação sanguínea uma hora após o seu consumo e
baixava a glicémia em jejum no sangue e na urina para níveis normais na
maioria dos pacientes diabéticos, e sem efeitos secundários . Nos estudos
realizados em animais, Yoshikawa demonstrou que o oxaloacetato de sódio
aumentava em 300% a absorção da glicose pelos tecidos nos animais
diabéticos e em 180% nos animais saudáveis .

As propriedades anti-diabéticas do ácido oxaloacético devem ser tidas em


conta na medida em que proporcionam um método mimético da restrição
calórica mais seguro do que outros métodos tradicionais . O tratamento
mais comum da diabetes utiliza a metformina que, embora eficaz, comporta
um fraco risco de acidose láctica – uma afecção potencialmente mortal .
Além disso, a utilização da metformina como mimético da restrição calórica
exigiria o consumo do medicamento ao longo de toda a vida, o que
aumentaria evidentemente o risco individual de acidose láctica em mais de
1 para 1 000 . Embora esta taxa seja aceitável no âmbito do tratamento da
diabetes com base num cenário de risco/benefício, não pode ser assumido
no quadro da utilização da metformina como mimético da restrição calórica
com o intuito de aumentar a longevidade .

É por esta razão que o ácido oxaloacético constitui um mimético da


restrição calórica mais seguro do que a utilização vitalícia de medicamentos
contra a diabetes .

Um protector global anti-cancro

Existe um consenso para admitir que a restrição calórica é muito eficaz na


redução da taxa de incidência do cancro 1 . Consequentemente, suspeita-se
que a restrição calórica mimética tenha 63

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

o mesmo efeito . A toma de um suplemento de ácido oxaloacético poderia


reduzir a capacidade de determinados tipos de células cancerosas de se
reproduzirem, sem afectar os tecidos normais?
Foi claramente demonstrado por vários investigadores que o oxaloacetato
posto em contacto, in vitro, com tecidos humanos do cancro do pulmão
impedia a reprodução das células cancerosas, mas não dos tecidos normais .
E isso ainda seis semanas depois de a solução de ácido oxaloacético ter sido
retirada dos tecidos 26 .

Um facto interessante: a planta sarça impede, também ela, a propagação de


certos tipos de cancro, conservando uma fraca citotoxicidade . O
mecanismo de acção parece ter efeitos inibitórios nas metaloproteinases
matriciais (MMP) envolvidas nas metástases dos tumores 27 . Apesar destes
resultados in vitro serem extramente encorajadores, resta verificá-los in vivo
.

Que reter?

A toma de suplementos com ácido oxaloacético imita com êxito


determinados efeitos observados nos animais sujeitos a restrições ao nível
calórico . Os estudos com animais mostram um aumento do tempo de vida e
outras vantagens substanciais para a saúde, incluindo a protecção do ADN
mitocondrial, da retina, dos tecidos neuronais e pancreáticos . Os estudos
realizados no ser humano indicam uma redução substancial da glicémia em
jejum e uma melhoria da insulinoresistência .

Por outro lado, os estudos de toxicidade crónica e aguda indicam uma


toxicidade muito fraca do ácido oxaloacético, semelhante à da vitamina C .

O oxaloacetato, enquanto mimético da restrição calórica, induz inúmeras


modificações de expressão genética benéficas que permitem prolongar
realmente a vida .

Após examinação, a Food and Drug Administration denominou o


oxaloacetato como um

“medicamento órfão” para o tratamento do glioma (incluindo o


glioblastoma). Esta designação é utilizada para incentivar o
desenvolvimento de substâncias naturais que aju-64

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


dam a combater as “doenças órfãs” e que não poderiam normalmente
ser desenvolvidas em virtude do número reduzido de pessoas que
sofrem de tais doenças

O oxaloacetato é actualmente também objecto de ensaios clínicos para


o tratamento da doença de Parkinson. Os resultados desses estudos
serão publicados em breve.

Para ir mais longe: a importância do rácio NAD + / NADH

Os produtos da degradação do oxaloacetato no organismo estão bem


documentados e incluem o piruvato, o ácido aspártico e o malato . Uma vez
no corpo, o oxaloacetato (ião solúvel na água) pode reagir de várias
maneiras .

Uma destas reacções é a conversão do oxaloacetato em L-malato, catalisada


pela enzima desidrogenase malato . Durante esta conversão, o NADH é
também convertido em NAD+, o que aumenta consideravelmente o rácio
NAD+/NADH .

Quando as calorias são reduzidas, o organismo produz a glicose necessária


a partir do piruvato, por um processo denominado neoglucogénese . Os
estudos realizados com animais cujo aporte em calorias foi limitado,
mostram uma alteração na actividade dos genes metabólicos que levam à
produção das enzimas responsáveis pela neoglucogénese 3 .

No quadro do processo da neoglucogénese, o NADH é convertido em


NAD+ quando o bifosfo-glicerato é convertido em 3-fosfogliceraldeído .
Daí resulta um aumento do rácio NAD+/NADH .

Nos estudos realizados com leveduras, o aumento deste rácio foi claramente
associado à restri-

ção calórica e conduziu a um tempo de vida acrescido 11, 12 .

Relativamente às células humanas, o prolongamento do seu tempo de vida


está associado a aumentos de nicotinamida fosforibosiltransferase, e de
precursores do NAD+ 14 .
Por outro lado, os níveis de energia e o tempo de vida parecem estar ligados
à actividade da AMPK, ou “proteína adenosina monofosfato-5-quinase”,
que é estimulada pelo aumento do rácio NAD+/ NADH 15 . A activação da
AMPK parece também constituir o mecanismo subjacente da metformina,
um medicamento anti-diabético que foi proposto como mimético da
restrição calórica e cuja capacidade para aumentar o tempo de vida dos
ratinhos está comprovada 16 .

Assim, para obter resultados no tocante à longevidade usando a restrição


calórica, é necessária uma activação da AMPK 4 . Durante os estudos, os
animais de controlo aos quais é administrado um suplemento em
oxaloacetato evidenciam um aumento significativo do tempo de vida…

excepto quando a AMPK está inactivada 7 . Por conseguinte, juntamente


com a toma de um 65

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

suplemento em oxaloacetato, a activação da AMPK por intermédio de um


aumento do rácio NAD+/NADH conduz a uma imitação da restrição
calórica .

Além disso, e sempre no quadro da toma de um suplemento em


oxaloacetato, ficou igualmente demonstrado o aumento do NAD+
mitocondrial no processo da restrição calórica, que permitiu à célula
optimizar as suas hipóteses de sobrevivência aquando de um stress
genotóxico 5 . Este efeito de penetração do ácido oxaloacético na
mitocôndria 17 é por outro lado aumentado pelo ácido ascórbico (vitamina
C) .

A passagem do ácido oxaloacético através da membrana mitocondrial foi


verificada por outros estudos mais recentes 18 . Neles ficou demonstrado
que, nos animais aos quais foi administrado um suplemento em
oxaloacetato, o prolongamento da sobrevida da célula deve-se de facto ao
aumento do nível de NAD+ mitocondrial e, igualmente, que o ADN
mitocondrial era protegido pela toma de um suplemento em oxaloacetato 19
. Contudo, não sabemos se esta última propriedade se deve ao aumento dos
níveis de NAD+ nas mitocôndrias ou ao facto de o ácido oxaloacético ser
um potente antioxidante 20, 21 .

Pode também dar-se o caso de a protecção das mitocôndrias ser igualmente


uma causa do tempo de vida acrescido nos animais que tomaram
suplementos com oxaloacetato .

De qualquer forma, ficou provado que a restrição calórica retarda a


acumulação das mutações de ADN mitocondrial 6 . Os animais cuja função
mitocondrial é anormal apresentam um envelhecimento prematuro 22 .

A conclusão parece, por isso, lógica: a conservação e a melhoria da


mitocôndria por meio da toma de suplementos em oxaloacetato é
susceptível de aumentar o tempo de vida .

Clique aqui para encontrar oxaloacetato certificado

66

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A berberina

Um activador da AMPK que pode substituir a metformina

Durante experiências com animais, os investigadores demonstraram


claramente que todas as substâncias que travam a acção da insulina
permitem aumentar a esperança de vida . Por outro lado, é igualmente a este
nível que actua a restrição calórica . Assim, todas as substâncias – sintéticas
ou naturais – capazes de reduzir a insulinemia e a glicemia limitam o
envelhecimento .

Na medicina alopática, o medicamento mais frequentemente receitado para


aumentar a sensibilidade dos receptores à insulina e limitar a produção de
glicose pelo fígado (neoglucogénese) é a metformina . Estudos recentes
realizados com esta substância demonstraram que a sua toma bloquearia a
actividade de determinados genes que contribuem para esta neoglucogénese
e activaria outros genes encarregados da metabolização da glicose, de forma
idêntica à da restri-

ção calórica .

As medicinas chinesa e ayurvédica utilizam inúmeras plantas ainda


desconhecidas pela medicina ocidental . Entre elas figura a Berberis
vulgaris, também denominada espinheiro-vinheto, que contém nas suas
bagas um alcalóide vegetal potente: a berberina . Esta substância,
tradicionalmente utilizada pelas suas propriedades imuno-estimulantes,
antifúngicas, antibacterianas e pela sua capacidade de regular os problemas
intestinais, revela-se um excelente mimético da metformina .

A berberina induz, tal como a restrição calórica, um stress mínimo


moderado ao nível celular que, a longo prazo, é favorável . De facto,
quando uma célula sofre um stress pontual, ela sintetiza uma enzima
metabólica, a AMPK (adenosina monofosfato quinase) que previne ou
repara os danos celulares prioritários, pondo de lado a síntese de proteínas,
lípidos ou glúcidos, que necessita de muita energia .

Assim, a energia disponível é atribuída prioritariamente aos processos de


prevenção e de reparação celular, em detrimento das outras funções
acessórias, que são abrandadas . Esta passagem ao “modo de
sobrevivência” obriga as células a retardar as suas funções não essenciais e
a orien-tar os recursos para a protecção e a reparação .

Ao activar a AMPK, a berberina vai actuar e vários níveis:

• Ao melhorar a sensibilidade à insulina, vai facilitar o transporte da glicose


intracelular, permitindo ao organismo utilizar melhor os açúcares e a
insulina e, assim, baixar o nível de glicose no sangue .

• Ao estimular o metabolismo dos ácidos gordos nas mitocôndrias, vai


reduzir os níveis de 67
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

lípidos que circulam no sangue: triglicéridos e colesterol LDL .

• Ao propiciar a extracção do fluxo sanguíneo dos transportadores de


glicose, permite uma redução notável da glicemia .

• E por último, ao aumentar a produção de GLUT 4, um transportador de


glicose que apenas se encontra nos músculos e nas células adiposas, vai
permitir uma melhoria notável da sensibilidade à insulina .

O conjunto destas propriedades permite, assim, aproximar a berberina da


molécula de metformina . Os estudos mais representativos focam, aliás, a
eficácia da berberina comparativamente à metformina, em pacientes com
diabetes de tipo II 38, associada ou não a uma dislipidemia 39 .

A berberina, cujas propriedades são classicamente reconhecidas ao nível


cardiovascular, imunitário e intestinal, revela-se igualmente um excelente
suplemento nutricional anti-envelhecimento .

Segundo as investigações realizadas sobre a berberina, a posologia média


recomendada varia entre 1,0 g e 1,5 g por dia, repartidos em duas ou três
tomas, antes das três refeições principais .

Para sentir plenamente os seus efeitos, é desejável efectuar um tratamento


com uma duração mínima de três meses, dado que a sua acção ideal se
observa após duas semanas de toma regular .

Exceptuando uma ligeira obstipação temporária sentida por alguns


utilizadores no início do tratamento, a berberina não tem quaisquer efeitos
secundários .

Resumindo, os trunfos principais da berberina são:


• uma redução notável da glicemia;

• uma redução dos níveis de hemoglobina glicosilada (HbA1c);

• um reequilíbrio dos níveis de insulina circulante;

• uma redução dos triglicéridos, do colesterol LDL e do colesterol total


no sangue;

• e, sobretudo, uma capacidade de imitar a restrição calórica e, por


conseguinte, um aumento da esperança de vida

Clique aqui para encontrar berberina certificada

68

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

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70

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


OS ACTIVADORES DAS CÉLULAS

ESTAMINAIS

A investigação sobre as células estaminais, adultas ou embrionárias,


traz grandes esperanças no domínio da medicina e da luta contra o
envelhecimento e as doenças que o acompanham A utilização das
células embrionárias é objecto de grandes debates éticos em todo o
mundo e não é autorizada em todos os países. Em França, por exemplo,
é proibida.

As células estaminais humanas foram isoladas, cultivadas e diferenciadas


pela primeira vez no embrião em 1998 . Conforme a sua origem,
diferenciam-se vários tipos:

• as células totipotentes, obtidas nos quatro primeiros dias de


crescimento do embrião – as únicas que permitem o desenvolvimento
de um ser humano;

• as células estaminais pluripotentes, obtidas a partir do blastocisto,


que têm por vocação formar todos os tecidos do organismo;

• as células estaminais multipotentes, presentes no organismo adulto,


que estão na origem de vários tipos de células diferenciadas;

• as células estaminais unipotentes, que apenas originam um único tipo


de células diferenciadas

As células estaminais estão naturalmente presentes nos órgãos e permitem a


regeneração das células .

Em determinados tecidos, as células são renovadas constantemente . As


suas células estaminais produzem células diferenciadas para substituir
aquelas cujo tempo de sobrevivência foi ultra-passado . Os glóbulos
vermelhos – que transportam o oxigénio no corpo – apenas vivem cento e
vinte dias . São constantemente substituídos por novas células formadas a
partir de células estaminais da espinal medula . No sistema digestivo as
células estaminais intestinais diferenciam-se constantemente em células que
revestem o intestino, substituindo as que se perderam . Células estaminais
cutâneas fabricam pele, outras – nos folículos – fabricam cabelos . Células
estaminais produzem um vasto leque de células imunitárias que se
diferenciam em células imunitárias adultas, em resposta a sinais específicos
emitidos por substâncias como hormonas cujos níveis aumentam durante
infecções e inflamações .

71

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O interesse das células estaminais hematopoiéticas no tratamento das


doenças hematológicas foi já provado . Neste caso, utilizam-se células
estaminais originárias da medula óssea, do sangue periférico ou placentário
.

As células estaminais na medula óssea permitem regenerar todas as


linhagens de células sanguíneas a partir da medula óssea . Este processo
está na base dos transplantes de medula óssea realizados após o tratamento
de cancros por quimioterapia que podem destruir todas as linhagens de
células sanguíneas . Neste caso, as células da medula óssea podem ser
provenientes de um dador compatível com o doente . São extraídas ao nível
dos ossos das cristas ilíacas e conser-vados aguardando o final da
quimioterapia . De seguida, uma vez reinjectadas no paciente por via
sanguínea, estas células conseguem recolonizar a medula óssea e dar
origem a todas as linhagens de células sanguíneas .

Actualmente, reconhece-se que as células estaminais adultas podem ser


obtidas de diferentes fontes, como o sistema nervoso central, as músculos
esqueléticos, o pâncreas ou até a gordura .

Além disso, os cientistas conseguiram isolar e cultivar células estaminais


adultas com muito mais facilidade do que se previa .

Trabalhos recentes mostraram que as células estaminais adultas conseguem,


em determinadas condições e uma vez reimplantadas num órgão diferente,
adquirir características desse novo ambiente .
Activar de forma natural as células estaminais representa assim um avanço
dos mais promissores para combater o envelhecimento e ganhar em tempo e
qualidade de vida .

A terapia com células estaminais representará por isso, no futuro, um


avanço considerável para combater as afecções degenerativas para as quais
a medicina clássica apenas obtém muitas vezes resultados efémeros ou
transitórios .

Embora actualmente já seja possível recorrer, em determinados países, a


injecções de células estaminais adultas da medula óssea, a aplicação do
método está ainda longe de ser uma prática corrente .

É todo o interesse dos estudos realizados nos últimos anos por determinados
investigadores que conseguiram – graças à utilização de nutrientes e de
extractos de plantas – estimular e aumentar a quantidade de células
estaminais adultas da medula óssea .

É, de facto, a medula óssea que os cientistas privilegiam para obter esta


actividade de regeneração dado que, todos os dias, estas células evoluem
produzindo novas linhagens de glóbulos vermelhos, de glóbulos brancos e
de plaquetas . As células maduras são então depositadas na corrente
sanguínea, onde exercem plenamente as suas funções vitais e regenerativas
.

72

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

De entre os nutrientes que os trabalhos revelaram como sendo os mais


activos figuram o ácido fólico, a vitamina B12, o ferro e outros
constituintes mais ou menos conhecidos como o fucoidano, o extracto de
Polygonum multiflorum ou de mirtilo selvagem ou ainda o beta 1,3/1,6
glucano .

Mas que efeitos podemos esperar obter ao utilizar substâncias


activadoras das células estaminais?
• Um aumento do tempo médio de vida.

• Uma redução do processo de défice das funções imunitárias que leva a


uma vulne-rabilidade acrescida às infecções, ao cancro e a outras
afecções crónicas inflamatórias…

• Uma melhoria das condições e das dores associadas às afecções


degenerativas (miofascite macrofágica, doença de Hunter, miopatias,
Alzheimer, Huntington, Parkinson, esclerose múltipla…)

Os pioneiros das células estaminais recebem o prémio Nobel

A 9 de Outubro de 2012, o Dr . John Gurdon B ., da Universidade de


Cambridge, Inglaterra, e o Dr . Shinya Yamanaka, da Universidade de
Kyoto, Japão, receberam o prémio Nobel da medicina pelos seus trabalhos
sobre células estaminais pluripotentes induzidas (iPS) . Estes dois cientistas
contribuíram para formar as bases da medicina regenerativa, com a ideia de
regenerar todos os tecidos do corpo humano por injecção de células
pluripotentes . Esta nova tecnologia permite assim atacar “a montante” os
mecanismos do envelhecimento

Assim, torna-se possível utilizar estes avanços científicos para voltar a dar a
uma célula somática, qualquer que ela seja, todo o poder de uma célula
estaminal pluripotente, a partir de fibras da pele, de células sanguíneas ou
ainda dos cabelos . As células rejuvenescidas assim obtidas são em todos os
aspectos idênticas às criadas decénios antes .

Aquilo que não passava de esperança ou visão de alguns tornar-se-á a


realidade de amanhã…

73

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O fucoidano

Reconhecido pelas suas propriedades imuno-estimulantes e


anticancerígenas no Japão, o fucoidano é extraído de uma variedade de
alga, a Laminaria japonica, pertencente à família das laminárias . Este
polissacárido sulfatado consegue reforçar o sistema imunitário, ajudá-lo a
defender-se mais eficazmente contra os vários vírus e aumentar a sua
capacidade de protecção, propiciando a apoptose das células cancerosas .
Por outro lado, parece que os indivíduos que consomem grandes
quantidades desta substância têm uma esperança de vida mais longa, como
o testemunha a longevidade dos habitantes de Okinawa, que incluem as
algas castanhas na sua alimentação diária .

As investigações científicas sobre o fucoidano tiveram início nos anos


setenta e, depois, foram objecto de perto de setecentas publicações . O
conjunto dos resultados destas investigações, associado aos dados
anedóticos fornecidos pelo longo passado de utilização das algas castanhas
ricas em fucoidano no Japão, Hawai e ilhas Tonga, indica que o fucoidano
parece capaz de aliviar um grande número de problemas de saúde e
aumentar a esperança de vida .

Activa o sistema imunitário

A primeira linha de defesa do nosso sistema imunitário é constituída pelas


células NK, ou células assassinas naturais (natural killer) . Investigações
realizadas indicam que quando pessoas doentes aumentam o consumo de
gluconutrientes, o número de células assassinas naturais aumenta de forma
significativa .

Inúmeros polissacáridos influenciam diferentes respostas imunitárias . Um


estudo examinou in vitro o efeito imuno-modulador do fucoidano .
Linfócitos do baço de ratinhos tornam-se citotóxicos para células tumorais
depois de terem sido colocados em cultura com fucoidano .

Macrófagos tratados com fucoidano demonstram uma actividade tumoricida


induzida, uma fagocitose acrescida, uma actividade da enzima lisossomial e
uma produção de nitrito, de H2O2, de factor necrosante de tumores (FNT)-
alfa e de interleucina 6 . O efeito tumoricida dos macrófagos induzido pelo
fucoidano parece ser em parte induzido pela produção de radicais livres e
de citocinas . Estes dados sugerem que o fucoidano é um activador dos
linfócitos e dos macrófagos e que esta propriedade poderia contribuir para a
sua eficácia na imuno-prevenção do cancro 1 .
Possui uma actividade anticancerígena

O fucoidano evidenciou um efeito anticancerígeno em modelos animais,


quer seja administrado por injecção directa no sangue, quer na cavidade
peritoneal, ou por via oral . Mais especificamente, observou-se uma
diminuição significativa do desenvolvimento do cancro em ratinhos 74

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

e ratos após terem-lhes sido implantadas células cancerosas . Este efeito foi
observado em vários modelos animais de cancros, incluindo a leucemia e o
cancro da mama .

O fucoidano parece agir por dois mecanismos anticangerígenos: a apoptose


– que provoca a destruição de determinados tipos de células cancerosas de
crescimento rápido – e destruindo directamente células cancerosas sem
afectar as células sãs .
Durante dez dias alimentaram-se ratinhos com alimentos contendo
fucoidano . De seguida, foram-lhes inoculadas células com leucemia .
Durante quarenta dias, os animais continuaram a ser alimentados com
alimentos contendo fucoidano . O fucoidano inibiu os tumores em 65% . A
sua acção destruidora dos tumores parece ter sido exercida através da
resposta dos linfócitos T

e das células NK 2 .

E sobretudo… propicia a regeneração celular

À semelhança de outras substâncias activas extraídas de algas, o fucoidano


– numa determinada concentração – evidenciou propriedades de
estimulação das células estaminais da medula óssea .

Um ensaio clínico no qual voluntários saudáveis ingeriram durante doze


dias 3 g de fucoidano diariamente demonstrou um aumento significativo da
proporção de células estaminais hematopoiéticas no sangue periférico . Não
foi observado qualquer efeito secundário .

De acordo com alguns estudos diferentes, o fucoidano originou um aumento


da actividade da fosfatase alcalina e, a nível molecular, melhorou a
expressão de genes específicos da osteogé-

nese e da diferenciação osteogénica, propiciando assim a regeneração óssea


.

Deste modo, o fucoidano, ao agir directamente na mobilização das células


estaminais, vai permitir uma melhor reparação dos tecidos lesionados, tanto
ao nível cardiovascular, na sequência de um enfarte, como ao nível das
articulações ou dos órgãos vitais .

75

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


O astragalósido IV

Como já vimos, o astragalósido IV é actualmente reconhecido pela sua


actividade no alongamento dos telómeros . A planta adaptogénica
Astragalus membranaceus, da qual é extraído o astragalósido IV, foi
utilizada durante séculos pela medicina tradicional chinesa, entre outras
coisas para aumentar a vitalidade e a força .

A investigação contemporânea mostrou que

esta planta estimula o sistema imunitário de

várias formas, nomeadamente aumentando o

número de células estaminais na medula óssea

e nos tecidos linfáticos e propiciando o seu

desenvolvimento em células imunitárias acti-

vas .

O astragalósido IV permite igualmente a proli-


feração das células estaminais mesenquimais e

das células estaminais multipotentes que dão

origem aos tecidos conjuntivos do esqueleto,

como os ossos ou as cartilagens .

O Polygonum multiflorum

O extracto desta planta também denominada FO-TI é conhecido da


medicina chinesa como tónico sanguíneo e, sobretudo, como elemento
principal da longevidade, em virtude da sua capacidade de aumentar os
níveis circulantes de superóxido dismutase (SOD) e de monoamino-oxidase
.

De acordo com estudos realizados com ratinhos, em Taiwan, a


administração diária de doses consideráveis de Polygonum multiflorum
(200-1000 mg/kg) permitiu evidenciar um aumento significativo dos
glóbulos vermelhos no sangue e, sobretudo, uma percentagem mais elevada
de hematócrito relativamente ao grupo de controlo . Além disso, estes
estudos mostram que tais doses estimulam a proliferação das células
estaminais do estroma e hematopoiéticas da medula óssea .

76

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

O extracto de mirtilo selvagem

Segundo alguns estudos, o extracto de Vaccinium uliginosum normalizado a


25% de antocianidinas pode prevenir e inverter determinadas funções
celulares que declinam com a idade . O

extracto de mirtilo selvagem aumenta em particular a neurogénese no


cérebro de ratos idosos .

Com efeito, alguns investigadores experimentaram um transplante de tecido


neural na sequência de danos celulares originados por uma doença
neurodegenerativa ou uma lesão cerebral .

Regra geral, os tecidos transplantados têm muito poucas hipóteses de


sobrevivência, em particular se os receptores são idosos . Mas, quando os
animais foram alimentados com uma dieta suplementada com extracto de
mirtilo, o crescimento do transplante e a organização celular foram
comparáveis aos observados nos receptores mais jovens . Os extractos de
mirtilo poderiam assim exercer os seus efeitos benéficos aumentando a
proliferação das células estaminais neurais .

O beta 1,3/1,6 glucano

A maioria das investigações sobre este polissacárido extraído da aveia


evidenciou os seus potentes efeitos imuno-moduladores .

Estudos mais recentes permitiram sugerir que o beta 1,3/1,6 glucano


propiciaria a hemato-poiese e reforçaria a proliferação das células
estaminais, melhorando assim a reparação dos glóbulos brancos na medula
óssea .

A acção protectora do beta-1,3-glucano nos efeitos nocivos das radiações


foi demonstrada em 1985 quando o Instituto de investigação radiológica das
forças armadas americanas anunciou os resultados de experimentações
recentes . Myra D . Patchen e a sua equipa haviam exposto ratinhos a doses
letais de radiações .

Quando se administrou aos animais uma dose oral de beta-1,3-glucano


extraído de levedura após tê-los exposto a radiações, 70% de entre eles
ficaram totalmente protegidos dos efeitos nocivos 3 . A Dra . Patchen
sugeriu igualmente que o beta-1,3-glucano deveria ser considerado como
um meio eficaz de reconstruir o sistema imunitário e prevenir a infecção na
sequência de quimioterapia ou de radioterapia no tratamento do cancro .
Sugeriu também que o beta-1,3-glucano parece agir como um antioxidante
e que poderia até proteger os macrófagos das lesões por radiações, toxinas,
metais pesados e radicais livres .

A injecção de beta-glucano no peritoneu de ratinhos cuja totalidade do


corpo havia sido 77
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

exposta a raios X retardou de forma significativa a sua mortalidade, bem


como o crescimento dos tumores nos animais com cancro . Quarenta dias
após a sua exposição às radiações, perto de 30% dos ratinhos tratados com
beta-glucano havia sobrevivido, contra apenas 3% dos ratinhos não tratados
. Os investigadores descobriram que o beta-glucano reforça a proliferação
das células estaminais, propiciando a reparação dos glóbulos brancos na
medula óssea danificada .

Uma única dose de beta-glucano aumentou de forma significativa o número


de leucócitos e de linfócitos dos animais . Além disso, a actividade das
células assassinas naturais e das células assassinas activadas pelas
linfoquinas aumentou de forma significativa com doses repetidas de beta-
glucano . Estes mecanismos parecem desempenhar um papel na prevenção
das infecções secundárias associadas às irradiações . Contribuem
provavelmente também para a atenuação do crescimento dos tumores nos
animais portadores de cancro, através da estimulação de uma imunidade
antitumoral . Estes resultados sugerem que o beta-glucano poderia ser um
promissor tratamento adjuvante do cancro 4 .

A L-carnosina

A L-carnosina, que actua na manutenção dos telómeros (ver capítulo


anterior), melhora a capacidade de replicação dos mioblastos, em cultura .
Alguns mioblastos, denominados células satélites, mantêm-se na periferia
das fibras musculares e intervêm na reparação dessas fibras quando estas
são danificadas . Contudo, com o avanço da idade, pode instalar-se uma
sarcope-nia e as células satélites deixam de conseguir reparar os danos .
De acordo com um estudo realizado nos mioblastos – as células estaminais
responsáveis pela formação dos músculos esqueléticos – o aporte de L-
carnosina permite aumentar a sua capacidade de replicação e, também,
reduzir a actividade da beta-galactosidase .

78

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A vitamina C

Descobriu-se recentemente a possibilidade de reprogramar células adultas


em células estaminais pluripotentes . Uma equipa de investigadores
chineses mostrou recentemente que durante esta reprogramação são
produzidas quantidades significativas de radicais livres, susceptíveis de
explicar a falta de eficácia deste processo de reprogramação . Mostraram
também que juntar vitamina C melhora a produção de células estaminais
completamente reprogramadas e constataram que outros antioxidantes não
tinham o mesmo efeito . A vitamina C parece portanto agir acelerando as
alterações da expressão de genes, propiciando assim uma transição mais
eficaz para um estado totalmente reprogramado 5 .

A vitamina D3

Em circunstâncias normais, a exposição à luz solar deveria ser suficiente


para cobrir mais de 90% das necessidades de vitamina D, mas verifica-se
que as populações dos países ocidentais, quer se trate de França, Bélgica,
Estados-Unidos, Suíça ou Canadá, possuem níveis muito insuficientes de
vitamina D – especialmente nos meses de Inverno .

Actualmente são já conhecidos os perigos associados a um défice de


vitamina D3 . Os cientistas demonstraram o papel fundamental que esta
vitamina desempenha na divisão e na diferencia-

ção celular, bem como a influência que tem no sistema imunitário .

Na verdade, um nível insuficiente de vitamina D está ligado a praticamente


todos os problemas relacionados com o envelhecimento, incluindo o cancro,
as doenças vasculares ou a inflamação crónica .

Segundo alguns estudos, uma dose diária de 5000 UI poderia ter múltiplos
efeitos benéficos . É

também esta a dose recomendada pelo Vitamin D Council .

Alguns estudos mostraram também que a vitamina D, associada a outras


substâncias naturais, pode ter efeitos nas células estaminais adultas e, por
essa razão, aumentar a neurogénese e melhorar as capacidades cognitivas .
Por conseguinte, alguns investigadores testaram uma sinergia de
constituintes associando extractos de mirtilo, de chá verde, de L-carnosina e
de vitamina D3 .

A administração a ratos desta mistura única de constituintes reduziu


nitidamente o stress oxidativo, e – acima de tudo – comprovou a sua
capacidade de propiciar a multiplicação e a migração das células estaminais
neurais para as células cerebrais danificadas (por exemplo, na sequência de
um acidente vascular cerebral isquémico) .

Clique aqui para encontrar uma fórmula que estimula de forma


natural a produção de células

estaminais

79

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


O gene da imortalidade…

Já há vários anos que investigadores alemães se debruçam sobre a hidra


(pólipo de água doce) que parece ser imortal… Na verdade, se cortarmos a
hidra, ele regenera-se rapidamente . As suas propriedades estariam ligadas
às suas células estaminais, que não envelhecem e conseguem proliferar até
ao infinito .

Após a análise de todos os genes, é evidente que é o gene “FoxO3”, há


muito conhecido e associado à longevidade dos homens centenários, que
encontramos igualmente na hidra . Por outro lado, quando os investigadores
inactivaram este gene FoxO3, observaram uma diminuição significativa do
número de células estaminais e um menor funcionamento do sistema
imunitário .

Estes resultados mostram que o gene FoxO3 desempenha um papel


importante contra o envelhecimento e abre uma esperança na imortalidade
graças à terapia genética .

Referências

• anna-Marei BoehM, konStantin khalturin, Friederike anton-erXleBen,


GeorG heMMrich, ulrich c. kloS-terMeier, JaVier a. loPez-Quintero, hanS-
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fucoidan in vitro . J. Med. Food, 2005 Winter, 8(4): 446-53 .

2 • The role of NK cells in antitumor activity of dietary fucoidan from


Undaria pinnatifida sporophylls (Mekabu), Planta Med. 2006 Oct . 20,
Department of Pathology, School of allied health sciences, Kitasato
University, Kitasato Kanagawa, Japan .
3 • Patchen M. l. et al ., Glucan: mecanisms involved in its « radioprotective
» effect, J. Leux Biol. , 1987, 42:95-105 .

4 • Enhancement of radioprotection and anti-tumor immunity by yeast-


derived beta-glucan in mice, J. Med. Food, 2005 Summer, 8(2):154-8 .

5 • Cell Stem Cell, published on-line on December 24th 2009 .

80

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

AS OUTRAS SUBSTÂNCIAS

PROMISSORAS

Este capítulo agrupa substâncias difíceis de classificar numa categoria


determinada, mas que já demonstraram todas a sua capacidade para
prolongar o tempo de vida animal

Tendo em conta a sua segurança de utilização e os seus benefícios para


a saúde, aconselhamos a sua inclusão numa dieta anti-envelhecimento

A saicosaponina A

Este novo desintoxicante celular de teor genético poderá prolongar o


tempo de vida activando o gene p16, supressor de tumores

O combate cerrado contra os danos associados ao envelhecimento e pelo


prolongamento do tempo da vida humana está em perpétua efervescência .
Os avanços mais recentes no domínio genético originar novas e imensas
esperanças 1 .

Os cientistas conseguiram um furo genético que, segundo eles, poderá


prolongar a vida humana e até proteger contra o cancro . Experiências
realizadas com ratinhos mostraram que o seu tempo de vida poderia ser
prolongado em proporções que podiam atingir os 45% e isso sem tumores
cancerosos . O que significa que um ser humano poderia viver, em
determinadas condições, até uma idade próxima dos 125 anos e sem cancro,
dado que os genes considerados como responsáveis estão naturalmente
presentes quer no ratinho como no ser humano, nos quais desempenham
papéis idênticos .

Geneticistas ou peritos em oncologia chegam às mesmas conclusões sobre a


identificação e a utilização destes genes:

• O gene da telomerase reforça o sistema imunitário e, sobretudo, permite o


alongamento dos telómeros – os filamentos situados na extremidade dos
cromossomas – mais curtos .

Responde ao astragalósido IV e ao cicloastragenol .

81

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

• O gene P53 (dito “supressor tumoral”) é activado mais especificamente


pelo resveratrol e seus derivados .

• E, por fim, o gene P16, também ele um Tumor Suppressor Gene (gene
supressor tumoral), completa esta panóplia controlando as mitoses celulares
anárquicas . O concentração do gene P16, que aumenta com o
envelhecimento dos tecidos humanos, permitiu considerar a sua utilização
recente como teste sanguíneo de referência como marcador do grau de
envelhecimento celular .

Durante uma conferência, Manuel Serrano, investigador espanhol do CNIO,


declarou: “Quando se activa o gene P53 e o gene P16 em ratinhos, a
incidência de cancro é reduzida para praticamente zero” . Os investigadores
espanhóis concluíram que a activação destes três genes: telomerase, gene
P53 e gene P16 (Tumor Suppressor Gene - gene supressor tumoral) –
constituía uma conquista muito importante no combate ao aparecimento e
para conseguir a regressão dos tumores por apoptose (morte celular
programada) . E acrescentaram: “Acreditamos que os ratinhos tenham
vivido mais tempo não por não terem cancro, mas sim porque estes genes
protegem do envelhecimento .”

Foi portanto a primeira vez que os cientistas conseguiram prolongar o


tempo de vida de ratinhos desta forma (por inserção de uma cópia
suplementar de três genes), protegendo-os também contra o cancro . Antes,
os ratinhos envelheciam sem cancro, mas o seu tempo de vida não era
alterado de forma significativa . E apenas a restrição calórica permitia
prolongar a sua esperança de vida . Estes ratinhos transgénicos, autorizados
a reproduzir-se, reforçaram o seu novo ADN modelo, criando assim um
grupo de “super ratinhos”, com tempos de vida mais longos, capazes de
viver quatro anos e meio, ao passo que geralmente apenas vivem em média
três anos, e sobretudo beneficiando de uma protecção ideal contra o cancro .

82

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Quando a investigação ocidental encontra a medicina tradicional


chinesa…

O Bupleurum falcatum pertence à família das Apiaceae e faz parte das


plantas utilizadas na medicina tradicional chinesa e japonesa . É
vulgarmente considerado um desintoxicante celular que ajuda a combater as
infecções crónicas e os estados inflamatórios (em particular as hepatites) .
Mais recentemente, o Bupleurum viu a sua popularidade aumentar com
base nos resultados obtidos no tratamento do cancro . Os seus princípios
activos são as saicosaponinas A, B, C e D .

De entre elas, é a raríssima forma A que se revela particularmente


interessante . Na realidade, este glicósido triterpenóide é uma forma muito
rara e dispendiosa de obter dado que seria necessário consumir 50 g de
Bupleurum para obter 4 mg de saicosaponina A . Foi portanto para activar o
gene P16, o gene supressor tumoral, que se seleccionou e isolou nova
substância de origem vegetal 2 .

Vários estudos demonstraram o efeito imunossupressor da saicosaponina A


. De facto, proporcionalmente à dose, ela inibe significativamente a
proliferação e a activação das células T e induz a apoptose das células
cancerosas por via mitocondrial, o que sugere um potencial tratamento das
doenças inflamatórias e auto-imunes 3, 4

Um dos estudos associou a saicosaponina A ao astragalósido IV . Verificou-


se que os ratinhos tratados viviam muito mais tempo que os do grupo de
controlo, independentemente do estado de desenvolvimento do tumor que
possuíam . Os investigadores chineses observaram também que os ratinhos
com diversos tipos de cancro (e em diversos estadios), cuja dieta era
enrique-cida com saicosaponina A, apresentavam uma maior longevidade
que os ratinhos saudáveis .

Esta investigação entusiasmante realizada em animais permitiu já o


desenvolvimento de tratamentos para o ser humano nos serviços de
oncologia de vários hospitais chineses .

83

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

As boas associações para amplificar os seus efeitos

A saicosaponina A vê os seus efeitos benéficos amplificados quando é


associada, mas não em simultâneo, a outras substâncias anti-
envelhecimento . Aconselha-se tomar a saicosaponina A de forma
descontínua ou alternada (semana sim, semana não) com astragalósido IV
ou cicloastragenol, que activam o gene da telomerase, e com o resveratrol e
seus derivados, que activam o gene P53 .

Apesar de esta substância não ser ainda usada há tempo suficiente para
poder estabelecer um protocolo de administração rigoroso, podemos basear-
nos no seguinte :

• Uma toma de saicosaponina A a 4 mg à noite e de astragalósido IV


e/ou de cicloastragenol de manhã

• Ou uma toma destas substâncias, dia sim, dia não.

E, até à data, não foi detectada qualquer reacção adversa .

Precauções de utilização: como a saicosaponina A é um vasodilatador,


comparado à niacina, os indivíduos que usem vasodilatadores coronários, as
mulheres grávidas e a amamentar deveriam abster-se de utilizar a
saicosaponina A .

Clique aqui para encontrar saicosaponina A certificada

Referências

1 • Maria a. BlaSco, Bruno M., BernardeS de JeSuS : CNIO scientists


successfully test the first gene the-rapy against ageing‐associated decline .
Fundación Centro Nacional de Investigaciones oncológicas Carlos III .

2 • wu w. S., hSu h. y. : Involvement of p-15(INK4b) and p-16(INK4a) gene


expression in saikosapo-nin A and TPA-induced growth inhibition of
HepG2 cells . Biochem Biophys. Res. Commun. 2001 Jul .; 13;285(2):183-7
.

3 • Sun y., cai t. t., zhou X. B., Xu Q. : Saikosaponin A inhibits the


proliferation and activation of T cells through cell cycle arrest and induction
of apoptosis . Int. Immunopharmacol. 2009 Jul .; 9(7-8):978-83 . doi: 10
.1016/j .intimp . 2009 .04 .006 . Epub 2009 Apr 16 .
4 • Yano H., MizogucHi a., Fukuda k., HaraMaki M., ogasawara s.,
MoMosaki s., kojiro M. The herbal medi-cine sho-saiko-to inhibits
proliferation of cancer cell lines by inducing apoptosis and arrest at the
G0/G1 phase . Cancer Res. 1994 Jan . 15;54(2): 448-54 .

84

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A centrofenoxina

Para combater o envelhecimento do cérebro

A centrofenoxina, também conhecida pelo nome de meclofenoxato, foi


desenvolvida em 1959

e é amplamente utilizada no ser humana há mais de trinta anos para


combater os distúrbios cerebrais associados ao envelhecimento e alteração
da memória .

A centrofenoxina é composta por duas substâncias:

• A DMAE (dimetiletanolamina) – um constituinte natural encontrado nos


alimentos como o peixe . É também um metabolito da colina, presente
naturalmente no corpo humano .

• O PCPA – um constituinte sintético semelhante a uma variedade de fito-


hormonas cha-madas “auxinas” . É também um análogo do ácido
piroglutâmico (PCA), naturalmente presente no cérebro .

Estas duas substâncias são, entre outras coisas, potentes antioxidantes


capazes de proteger o cérebro das lesões radicalares . Os efeitos
terapêuticos benéficos da centrofenoxina foram observados nomeadamente
em casos de atrofia cerebral, de lesões cerebrais devidas ao envelhecimento,
de congestão cerebral, de alcoolismo crónico ou de intoxicações por
barbitúricos .

Previne a deterioração mental


Ensaios clínicos realizados com pacientes de serviços de geriatria que
manifestavam sintomas tais como confusão, fraqueza extrema, perturbações
da memória ou da concentração intelectual, revelaram progressos marcantes
e uma melhoria dos sintomas após poucas semanas de tratamento .

A toma regular de centrofenoxina pode portanto prevenir a deterioração


mental e melhorar os desempenhos da memória nos indivíduos saudáveis
ou com demência 3 .

Num estudo realizado em dupla ocultação com cinquenta pacientes idosos


que sofriam de demência de nível médio, a centrofenoxina produziu uma
estimulação da memória significativamente maior que um placebo . Conduz
também a um melhor estado geral 9 .

Um estudo geriátrico realizado em dupla ocultação sugere que a


centrofenoxina aumenta a capacidade de transferência de novas
informações na memória secundária . Este melhor funcionamento da
memória é acompanhado por uma maior capacidade de executar as
actividades do quotidiano . Os pacientes exprimiram os efeitos benéficos do
tratamento em termos de melhoria da vigilância e por uma sensação de
bem-estar .

85

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Reforça a produção de energia do cérebro

A centrofenoxina tem um efeito estimulante no funcionamento do cérebro .


Aumenta o consumo neuronal de glicose e de oxigénio bem como a
produção de dióxido de carbono, elevando a síntese de energia por aumento
das taxas de ATP .

Investigadores observaram, em ratos, um aumento sustentado da actividade


cerebral metabólica, mesmo em condições de hipoxia, e um aumento da
actividade cortical eléctrica (o reflexo da actividade metabólica do cérebro)
próximo de 40% nos animais adultos ou idosos .
Um colinérgico superior

O DMAE, principal constituinte da centrofenoxina, é convertido em colina


pelo fígado por adição de um grupo metilo . Assim, a centrofenoxina
fornece ao cérebro DMAE e colina . Esta última, uma substância
semelhante às vitaminas do grupo B, tanto é fornecida pela alimentação
(fígado, carne, ovos) como produzida em pequena quantidade pelo
organismo . Contudo, os alimentos transformados e determinados modos
alimentares (vegetariano ou vegano) fornecem uma quantidade insuficiente
. Por outro lado, uma alimentação demasiado pobre em colina é
incompatível com um bom estado de saúde 4, 5 .

Na verdade, a colina é essencial ao funcionamento ideal do cérebro e é


utilizada para fabri-car outras substâncias como a acetilcolina – um
neurotransmissor indispensável à memória, à aprendizagem e à
concentração intelectual .

Permite igualmente produzir dois constituintes essenciais da membrana


celular, como a fos-fatidilcolina ou a esfingomielina . Um défice em colina
pode por vezes conduzir a uma auto-canibalização permanente, a uma
ruptura membranar e à morte das células . Por outro lado, um determinado
número de estudos associaram um excesso de auto-canibalização neuronal
de colina ao longo da vida à génese da doença de Alzheimer .

A centrofenoxina é assim provavelmente o meio mais eficaz de elevar os


níveis sanguíneos e cerebrais de colina e de acetilcolina .

Um potente antioxidante

Com a idade, as membranas neuronais tornam-se geralmente menos fluidas


e mais rígidas em virtude das lesões provocadas pelos radicais livres
hidroxilos e das ligações cruzadas das proteí-

nas . A diminuição da fluidez das membranas neuronais deteriora a sua


capacidade de conduzir os impulsos eléctricos . Esta fluidez diminui com a
peroxidação dos lípidos induzida pelo radical hidroxilo 6 .

86
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Manter um nível significativo permanente de fosfatidil DMAE nas


membranas das células neuronais por meio de uma toma regular de
centrofenoxina poderia assim constituir uma estraté-

gia eficaz para:

• combater o envelhecimento do cérebro;

• reparar ou regenerar as membranas celulares neuronais e sinápticas


danificadas pelo radical hidroxilo;

• aumentar de forma significativa a fluidez das membranas neuronais 7

Uma capacidade de aumentar a síntese de ARN

Normalmente, no cérebro, a produção de ARN total, de ARN mensageiro e


de proteínas cai consideravelmente com a idade .

Segundos estudos realizados em ratos idosos, a toma de centrofenoxina


aumenta significativamente a síntese de ARN, colocando-a praticamente ao
nível da do rato adulto . O ARN (derivado do ADN no núcleo celular)
permite às células receber as suas “instruções” dos genes nucleares e que
novas proteínas substituam as que estão usadas ou danificadas pelo radical
hidroxilo 2 .

Reduz eficazmente determinados resíduos celulares

Segundo dados provenientes de estudos realizados com animais, a


centrofenoxina reduz muito eficazmente os níveis de lipofuscina 1 . A
lipofuscina é um produto residual, constituído por frag-mentos de
membranas, de proteínas danificadas e de ácidos gordos . Acumula-se nas
células ao longo dos anos até aí ocupar por vezes 30% do seu volume nos
animais idosos . À medida que as células acumulam mais lipofuscina,
funcionam cada vez menos bem e podem morrer rapidamente quando é
atingido um volume crítico da substância . A lipofuscina é por vezes
denominada pigmento do envelhecimento . De facto, ela aparece sob a
forma de manchas castanhas em determinadas partes do corpo: nas mãos ou
no rosto, denominam-se lentigos e são conhecidas por “manchas de
velhice” .

Estudos realizados com animais e no homem mostraram que níveis fracos


de lipofuscina estão correlacionados com um funcionamento celular
saudável, ao passo que níveis elevados são sinónimos de uma má saúde
celular .

A administração prolongada de centrofenoxina a animais idosos saudáveis


levou a uma redu-

ção significativa da lipofuscina ao nível do cérebro 8 . A sua memória e


capacidade de aprendizagem são dessa forma repostas a níveis semelhantes
aos dos animais jovens . Além disso, a sua 87

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

esperança de vida era muito mais longa que a dos que não tomaram a
substância . Este estudo é assim o único que demonstra cientificamente que
a toma de centrofenoxina prolonga a esperança de vida dos animais .

Assim, a centrofenoxina faz indubitavelmente parte das poucas substâncias


que aumentam a longevidade dos animais de laboratório e a sua acção para
reduzir os níveis de lipofuscina, um resíduo metabólico intracelular, é única
e visa directamente um dos sete danos mortais mencionados por Aubrey de
Grey .

Resumindo, a centrofenoxina

• Melhora significativamente o processo de memorização, em especial


aumentando a velocidade à qual a informação memorizada pode ser
utilizada

• Melhora a utilização e o metabolismo da glicose no cérebro,


influenciando positivamente as capacidades de concentração e de
atenção e contribuindo para a sensação de bem-estar
• É o único agente conhecido que permite reduzir de forma
demonstrada a acumula-

ção de lipofuscina – uma toxina associada ao envelhecimento – nas


células do cérebro, do coração, dos pulmões e da pele As células
invadidas pela lipofuscina, uma espécie de «resíduo» metabólico,
deixam de conseguir comunicar e de funcionar correctamente Os
pacientes que sofrem de doença de Alzheimer possuem concentrações
anormalmente elevadas de lipofuscina no cérebro

Clique aqui para encontrar centrofenoxina certificada

88

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Referências

1 • Centrophenoxine: effects on aging mammalian brain, nandy k., 1978, J.


Am. Ger. Soc. 26, 74-81 . A survey of the available data on a new nootropic
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2 • Centrophenoxine increases the rate of total and mRNA synthesis in


brain cortex of old rats: an explanation of its action in terms of the
membrane hypothesis of aging . zS-naGy et al ., 1984, Exp.

Gerontol. Geriatr. 9, 17-30 .

3 • The differential effects of meclofenoxate on memory loss in the elderly,


Marcer d. et al, 1977, Age and ageing, 6, 123-31 .6 . Age-related change in
the multiple unit activity of the rat brain parietal cortex and the effect of
centrophenoxine, roy d. et al, 1988, Exp. Gerontol. 23, 161-74 .

4 • Choline: an important nutrient in brain development, liver function and


carcinogenesis, Zeisel S. , 1992, J. aM. coll. nut. 1, 478-81 .

5 • Choline, an essential nutrient for humans, Zeisel S. et al., FaSeB J. 5,


2093-98 .
6 • Alterations in the molecular weight distribution of proteins in rat brain
synaptosomes during aging and centrophenoxine treatment of old rats,
naGy k. et al ., 1984, Mech. Age dev. 28, 171-176 .

7 • Fluidising effects of centrophenoxine in vitro on brain and liver


membranes from different age groups of mice . wood et al . 1986, Life Sci.
39, 2089-95 .

8 • Effects of centrophenoxine on lipofuchsine pigment in the nervous


system of old rats, riGa S. et al ., 1974, Brain Res. 72, 265-275 .

9 • Effects of centrophenoxine on body composition and some biochemical


parameters of demented elderly people . FuloP t. Jr. et al, 1990, Arch.
Gerontol. Geriatr. 10, 239-51 .

Os polifenóis de maçã

Os polifenóis vegetais são uma das fontes mais promissoras para resolver os
problemas associadas ao envelhecimento . Os polifenóis contidos na maçã
permitiram, em três estudos recentes, prolongar o tempo de vida dos
modelos animais de laboratório (até 12% adicionais) .

Estes resultados parecem ser explicados pela activação de genes que


estimulam as defesas antioxidantes endógenas e pela inibição de outros
genes implicados nas mortes prematuras .

Estudos epidemiológicos confirmam que o consumo de flavonóides em


geral, e dos de maçã em particular, está correlacionado de forma positiva
com a longevidade humana .

De entre estes polifenóis que se concentram na casca da maçã, a floridzina é


um flavonóide do 89

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

grupo das chalconas, que reduz a resistência à insulina e combate


eficazmente a glicação por meio de vários mecanismos sinérgicos .
As maçãs são igualmente ricas em ácido clorogénico, em catequinas,
epicatequinas e taninos diversos .

Os polifenóis de maçã são também potentes antioxidantes com um valor


ORAC três vezes superior ao do extracto de chá verde . Estes polifenóis
combatem os radicais livres, em especial indu-zindo um aumento de mais
de 20% da actividade da paraoxanase, um antioxidante endógeno .

A utilização dos polifenóis de maçã, demonstrada por vários estudos, é


muito polivalente . No âmbito da prevenção anti-envelhecimento, os
polifenóis de maçã são utilizados sobretudo como agentes preventivos anti-
cancro dado que reduzem o risco de cancro do cólon em perto de 50% .

Clique aqui para encontrar polifenóis de maçã

O epimedium

O épimédium e as suas substâncias activas são actualmente usadas para


aumentar a libido e propiciar uma boa saúde sexual . Recentemente,
investigadores estudaram os flavonóides desta planta, mais especificamente
a icariina e a icarisida II, a sua forma bioactiva in vivo, no prolongamento
do tempo de vida do verme C . elegans .

Segundo este estudo, a icarisida II permite aumentar o tempo de vida do


verme C . elegans em mais de 20%, actuando nas moléculas de sinalização
intracelulares activadas pela insulina e pelo IGF-1 .

Os investigadores concluíram que “Tendo em conta os importantes efeitos


protectores e a segurança de utilização a longo prazo da icariina e da
icarisida II no ser humano, estas substâncias reve-lam-se promissoras no
quadro da medicina anti-envelhecimento” .

Clique aqui para encontrar epimedium

Referências
• cai w. J., huanG J. h., zhanG S. Q., wu B., kaPahi P., zhanG X. M., Shen z.
y. Icariin and its derivative ica-riside II extend healthspan via insulin/IGF-1
pathway in C. elegans. PLoS One. 2011; 6(12): e28835 .

doi: 10 .1371/journal .pone .0028835 . Epub 2011 Dec . 21 .

90

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A L-teanina

Utilizada tradicionalmente para reduzir os sentimentos de stress e de


angústia, a L-teanina revela ser também um aminoácido anti-
envelhecimento especifico do chá ( Camellia sinensis) .

Sabia-se que a toma de concentrações elevadas de L-teanina tinha um


impacto na redução da obesidade, da hipertensão arterial e dos riscos de
cancro .

Os estudos realizados com o verme C . elegans sugere, de facto, que esta


substância consegue prolongar o tempo de vida em cerca de 3,6 a 4,4% .
Segundo os investigadores “no seu todo, estes resultados indicam que a L-
teanina aumenta o tempo de vida do verme C. elegans”, suge-rindo o que
este composto poderia ser avaliado nos mamíferos e no ser humano no
domínio da prevenção do envelhecimento .

Clique aqui para encontrar L-teanina

Referências

• zarSe k., JaBin S., riStow M., L-Theanine extends lifespan of adult
Caenorhabditis elegans . Eur. J.

Nutr. 2012 Sep; 51(6):765-8 . doi: 10 .1007/s00394-012-0341-5 . Epub


2012 Mar . 16 .

O reishi
O reishi é utilizado com fins medicinais há mais de dois mil anos e foi
merecidamente baptizado pelos antigos “o cogumelo da imortalidade” .
Com efeito, ao longo das últimas décadas, os investigadores debruçaram-se
na análise dos diversos compostos presentes neste cogumelo . A ciência
validou assim as suas múltiplas propriedades que garantem ao organismo
uma protecção global contra as diversas patologias que diminuem a
longevidade .

De entre a centena de compostos activos presentes no reishi, os


investigadores identificaram três substâncias específicas com potentes
efeitos anti-envelhecimento:

• os polissacáridos, que têm efeitos anticancerígenos graças às suas


capacidades de prevenir a formação anormal de vasos sanguíneos e de
reforçar o sistema imunitário 1, 2

91

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

• os triterpenos, que protegem o fígado, baixam a tensão arterial,


reduzem os índices de colesterol, previnem a agregação das plaquetas –
e, por conseguinte, diminuem o risco de AVC e de crise cardíaca –
combatem as reacções alérgicas desencadeadas pela histamina e, por
último, possuem uma actividade anti-cancro 2

• o péptido Ganoderma lucidum com potentes propriedades


antioxidantes 3

O que torna este cogumelo único é a sua capacidade de agir em vários


locais em simultâneo, desencadeando alterações importantes que
contribuem para o aumento da longevidade:

• protege o ADN celular dos danos oxidativos que contribuem para o


envelhecimento e para o cancro 4;

• protege o ADN mitocondrial e as próprias mitocôndrias contra os


danos oxidantes que enfraquecem as suas capacidades de produzir
energia tornando-as ineficazes

– uma outra causa principal do envelhecimento 5, 7;

• aumenta os níveis e a actividade de múltiplas moléculas antioxidantes


intracelulares, o que reduz a oxidação das membranas celulares 8, 9;

• protege os rins dos danos oxidativos e, desse modo, limita os riscos de


insuficiência renal 10;

• aumenta a expressão de um gene da longevidade e aumenta a


esperança de vida de várias espécies, desde as leveduras e vermes
primitivos até a mamíferos como os ratinhos 11, 12, 13, 14

Os investigadores que utilizam o reishi em ratinhos de laboratório


demonstraram claramente que o consumo deste cogumelo estava ligado a
um aumento de 9 a 20% do tempo de vida dos animais, ou seja o
equivalente a sete a dezasseis anos de esperança de vida adicional no ser
humano 13 .

São portanto as suas propriedades de largo espectro que permitem prevenir


e tratar várias patologias associadas à idade e, assim, atacar o
envelhecimento na sua origem .

92

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Referências

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chain complexes in the aged rat . Biogerontology .

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antioxidant status in the mitochondria of post-mitotic tissues of aged mice .
Clin. Nutr. 2010 Jun . ; 29(3): 406-12 .

10 • lai k. n., chan l. y., tanG S. c., leunG J. c., Ganoderma lucidum extract
prevents albumin-induced oxidative damage and chemokines synthesis in
cultured human proximal tubular epithelial cells .

Nephrol. Dial Transplant. 2006 May; 21(5):1188-97 .

11 • wenG y., lu J., XianG l. et al ., Ganodermasides C and D, two new anti-


aging ergosterols from spores of the medicinal mushroom Ganoderma
lucidum . Biosci. Biotechnol. Biochem. , 2011;75(4):800-3 .

12 • chuanG M. h., chiou S. h., huanG c. h., yanG w. B., wonG c. h., The
lifespan-promoting effect of acetic acid and Reishi polysaccharide . Bioorg.
Med. Chem. , 2009 Nov . 15;17(22): 7831-40 .

13 • Wu Z., Zhang Y., Tan N., Zhao C., Yang J., Zhu J. S., ReishiMax
extends the life span of mice: a preli-minary report . The FASEB J. 2011
April; 25(601 .2) .

14 • wenG y., XianG l., MatSuura a., zhanG y., huanG Q., Qi J.,
Ganodermasides A and B, two novel antiaging ergosterols from spores of a
medicinal mushroom Ganoderma lucidum on yeast via UTH1

gene . Bioorg. Med. Chem. 2010 Feb . ; 18(3): 999-1002 .

93

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A selegilina

A selegilina é uma molécula da classe das anfetaminas, utilizada desde


1960 como medicamento antidepressivo . Actualmente ela é geralmente
prescrita para tratar a doença de Parkinson, como inibidor da monoamino-
oxidase B (IMAO B) .
Segundo alguns estudos realizados com animais, a selegilina seria um
tratamento eficaz contra o envelhecimento . Num estudo publicado numa
revista médica europeia em 1989, dividiram-se 132 ratos machos com a
mesma idade em dois grupos . Um grupo recebeu uma injecção de solução
salina três vezes por semana e o outro recebeu uma injecção contendo
selegilina, também três vezes por semana . Os tratamentos começaram
quando os ratos tinham 104 semanas .

Os ratos que não receberam selegilina morreram com uma idade média de
147 semanas . Após 164 semanas, todos os ratos não tratados tinham
morrido, ao passo que os ratos tratados continuavam todos vivos e de boa
saúde . Até o primeiro rato tratado morrer, decorreram sete semanas
adicionais . O último rato tratado a morrer viveu 226 semanas .

O tempo de vida médio dos ratos tratados com selegilina foi de 192
semanas . Os investigadores consideraram este facto particularmente
notável, dado que o tempo de vida máximo desta espécie de ratos de
laboratório é de 182 semanas .

Este aumento do tempo de vida ficaria a dever-se à manutenção de um nível


de dopamina superior a 30% graças à acção inibitória da selegilina sobre a
monoamino-oxidase . Segundo os investigadores, poderiam esperar-se
resultados semelhantes no prolongamento do tempo de vida nos humanos .
Se as experiências em animais se traduzem directamente no abrandamento
do processo de envelhecimento, nos humanos isso manifestar-se-ia num
aumento de 24% do tempo de vida máximo, com vinte e cinco a trinta anos
de vida adicionais em boa saúde .

Para os investigadores, “a saúde da população poderia ser mantida com 10


a15 mg por semana de déprényl® a partir dos 45 anos, para combater o
envelhecimento dos neurónios dopaminérgicos. O

déprényl, usado de forma profiláctica, parece oferecer perspectivas


razoáveis para melhorar a qualidade de vida nas últimas décadas da vida,
atrasando o momento da morte natural e diminuindo a probabilidade de
ver aparecer doenças neurológicas associadas ao envelhecimento” .

94
Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Contudo, os trabalhos do Dr . Knoll geram controvérsia e a sua opinião não


reflecte a opinião dominante actual . Além disso, desconhece-se qual a dose
ideal de selegilina para prolongar o tempo de vida . A extrapolação a partir
das experiências com animais parece indicar que se situaria entre cerca de 5
mg dia sim, dia não ou apenas semanalmente, sobretudo nas mulheres .

Referências

• knoll J. Deprenyl Medication: A Strategy to Modulate the Age-Related


Decline of the Striatal Dopaminergic System . Journal of the American
Geriatric Society. V .40 ., No .8, August, 1992, pp . 839-847 .

Sabemos também que outras substâncias muito promissoras, actualmente


em estudo em bactérias ou animais, virão enriquecer este arsenal de
substâncias que permitem um prolongamento do tempo de vida .

A glaucarubinona

A glaucarubinona é uma substância extraída da Simaruba glauca, uma


árvore de pequeno porte originária da América do Sul . Segundo as
experiências realizadas com o verme C . elegans, esta substância parece
prolongar a esperança de vida deste verme em cerca de 2,7 dias (sabendo
que os nemátodos vivem apenas algumas semanas) agindo directamente no
metabolismo mitocondrial . Estes resultados afiguram-se por isso muito
promissores e, segundo os investigadores, terá interesse avaliar esta
substância nos mamíferos e nos humanos para prevenir o envelhecimento e
as doenças associadas à idade 1 .

O alfa-caroteno

À semelhança do betacaroteno, este carotenóide está naturalmente presente


nas cenouras .

Reduz para metade os riscos de mortalidade nos indivíduos com um índice


de massa corporal elevado (igual ou superior a 30) . É de facto isso que
revela um estudo de grande enverga-dura que agrupou perto de 50 000
participantes nos Estados Unidos . Os efeitos positivos estão sobretudo
associados aos riscos de morte por doença cardiovascular, mas verificou-se
também que esta substância reduzia o risco de mortalidade
independentemente da causa 2 .

95

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

A L-carnosina

Como vimos nos capítulos anteriores, a L-carnosina, também conhecida por


beta-alanina-L-histidina, actua na manutenção dos telómeros .

De acordo com experiências realizadas com bactérias Escherichia coli


expostas a concentrações elevadas de glicose, a L-carnosina protege da
glicação e, por conseguinte, permite prolongar a esperança de vida 3 . Os
estudos realizados em moscas drosophila demonstraram também que esta
substância permite prolongar o tempo de vida das moscas macho em cerca
de 20% 4 .

Clique aqui para encontrar L-carnosina

Referências

1 • BoSSecker a., Müller-kuhrt l., SieMS k., hernandez M. a., BerendSohn


w. G., BirrinGer M., riStow M.

The phytochemical glaucarubinone promotes mitochondrial metabolism,


reduces body fat, and extends lifespan of Caenorhabditis elegans . Horm.
Metab. Res. 2011 Apr .; 43(4): 241-3 . doi: 10 .1055/
s-0030-1270524 . Epub 2011 Jan . 24 .

2 • li c., Ford e. S., zhao G., Balluz l. S., GileS w. h., liu S. Serum alpha-
carotene concentrations and risk of death among US Adults: the Third
National Health and Nutrition Examination Survey Follow-up Study . Arch.
Intern. Med. , 2011 Mar . 28; 171(6): 507-15 . doi: 10 .1001/archinternmed
.2010 .440 . Epub 2010 Nov . 22 .

3 • PePPer e. d., Farrell M. J., nord G., Finkel S. e. Antiglycation effects of


carnosine and other compounds on the long-term survival of Escherichia
coli . Appl. Environ. Microbiol. , 2010 Dec .; 76(24):7925-30 .

doi: 10 .1128/AEM .01369-10 . Epub 2010 Oct . 15 .

4 • StVolinSky S., antiPin M., MeGuro k., Sato t., aBe h., BoldyreV a.
Effect of carnosine and its Trolox-modified derivatives on life span of
Drosophila melanogaster . Research Center of Neurology, Russian
Academy of Medical Sciences, Moscow, Russia . Rejuvenation Res. , 2010
Aug .; 13(4): 453-7 . doi: 10 .1089/rej .2009 .1010 .

96

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

CONCLUSÃO…

Prolongar o tempo de vida em boa saúde, atingir a imortalidade…


quem não o desejou um dia? E se este sonho hipotético estivesse prestes
a tornar-se uma realidade? Se tivesse chegado a hora de inverter a
tendência, ou pelo menos de parar o processo inevitável de
envelhecimento e tocar a eterni-dade com a ponta dos dedos? O futuro
no-lo dirá, mas temos razões para estar confiantes

Desde sempre, e em todos os séculos, homens e mulheres contribuíram para


uma evolução considerável da nossa existência, como Pasteur ou Einstein
que, pelas suas descobertas e teo-rias, abalaram a ordem bem estabelecida
das coisas . Actualmente, o render da guarda é asse-gurado por uma
vanguarda de cientistas, entre eles Aubrey de Grey, responsável pelo
projecto SENS (Strategies for Engineered Negligible Senescence) que tem
por objectivo a extensão radical do tempo de vida humana contrariando as
sete principais causas do processo de envelhecimento (mutações celulares
(a nível do núcleo e mitocondrial), resíduos intra e extra celulares, perda de
células, senescência celular e hiper-abundância de conectores celulares) .

Também em curso, o projecto de Dmitry Itskov “Avatar 2045” que


beneficia do apoio do Dalai Lama e do futurólogo Ray Kurzweil, e visa
telecarregar o cérebro de um ser humano num ava-tar, ou seja, num corpo
de humanóide . Itskov pretende assim “libertar o Homem da doença, da
velhice e da morte” .

Longe de serem fantasiosos, estes dois projectos são bem financiados e


reúnem equipas hiper-competentes . Permitem finalmente entrever um
aumento significativo do tempo de vida e considerar o envelhecimento não
como uma fatalidade mas como uma doença que poderemos combater e,
sobretudo, curar . E, deste modo, entrar numa nova era, a da medicina
regenerativa…

O combate cerrado contra os danos associados ao envelhecimento e pelo


prolongamento do tempo da vida humana está em perpétua efervescência .
Os avanços mais recentes no domínio da genética criam imensas esperanças
nos cientistas que investigam neste sentido há muitos anos . Por outro lado,
se o conhecimento continuar a aumentar de forma exponencial e as restri-

ções crescerem de forma linear, há boas hipóteses de a imortalidade humana


ser atingida daqui a quinze ou vinte anos . O importante é manter-se em
forma até lá…

Os complementos cientificamente validados e de grande qualidade irão


ajudá-lo diariamente nesta missão e tem agora à sua disposição todo um
arsenal de nutracêuticos anti-envelhecimento, que actuam em todo o
processo do envelhecimento: génese de novas mitocôndrias, 97

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


que garante a longevidade de todas as células; mimetismo da restrição
calórica, que aumenta o tempo de vida e retarda o aparecimento das
doenças associadas à idade; alongamento dos telómeros; atraso do
envelhecimento do cérebro ou ainda activação de genes supressores de
tumores…

Bom envelhecimento…

“Não quero conseguir a imortalidade graças à minha obra

Quero atingir a imortalidade não morrendo ”

Woody Allen

Bibliografia e recursos

• Leituras recomendadas

The Longevity Factor, Joseph Maroon (Atria Books).

How resveratrol and red wine activate genes for a longer and healthier
life.

The immortality edge, Michael Fossel et Greta Blackburn (Wiley).

Realize the secrets of your telomeres for longer, healthier life.

Transcend, Ray Kurzweil et Terry Grossman (Rodale).

Nine steps to living well forever.


Abundance, Peter Diamandis et Steven Kotler. (Free Press - Simon &
Schuster)

The future is better than you think.

Ending Aging, Aubrey de Grey et Michael Rae (St Martin’s Griffin).

The Rejuvenation Breakthroughs that Could Reverse Human Aging in


our Lifetime.

98

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento

Links

• Generalidades

Travar o avanço do envelhecimento com nutrientes naturais

E se o envelhecimento não fosse inevitável?

Perguntar a Aubrey de Grey

Entrevista com Aubrey de Grey

• Sobre a telomerase, o astragalósido IV e o cicloastragenol

O astragalósido IV, um activador da telomerase

Encontrar uma fórmula que preserva o comprimento médio dos


telómeros

Uma forma de astragalósido IV certificada

Uma forma de cicloastragenol certificada

• Sobre as mitocôndrias
Melhorar o funcionamento das mitocôndrias (Bruno Lacroix)

Entrevista com o Dr. Bruce Ames (citado no artigo sobre a PQQ)

Uma fórmula mitocondrial certificada com PQQ

A PPQ… o nutriente do ano

Encontrar PQQ + Q10

• Sobre os miméticos da restrição calórica

Nutrientes imitam os efeitos da restrição calórica na longevidade

Resveratrol e adipócitos humanos (sobre a activação do gene Sirt-1)

O resveratrol abranda o envelhecimento

O resveratrol activa um gene da longevidade

Uma forma de resveratrol certificada

Uma forma de oxaloacetato certificada

O oxaloacetato prolonga o tempo de vida

99

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


• Outras substâncias promissoras

Clique aqui para encontrar saicosaponina A

A centrofenoxina estimula o cérebro e combate o envelhecimento

Clique aqui para encontrar centrofenoxina

Clique aqui para encontrar polifenóis de maçã

Clique aqui para encontrar epimedium

Clique aqui para encontrar L-teanina

Clique aqui para encontrar L-carnosina

Encontra todos os suplementos nutricionais mencionados neste livro

na rubrica Anti-idade

Engenharia: actividade científica e rigorosa de conceptualização e


realização de obras e
que se executa segundo as normas do rigor científico. Os princípios sobre
os quais repousa a

engenharia e a sua metodologia são eminentemente lógicos.

100

Os novos avanços da suplementação nutricional anti-envelhecimento


Charles Feelgood é o pseudónimo de um autor francês conhecido,

especializado nas questões relativas à saúde natural e toma

de suplementos nutricionais
Linus Freeman é, desde a sua criação (1997) Director de Publicação da
newsletter NutraNews, publicada pela Fondation pour le Libre Choix:

www nutranews org

Angélique Houlbert é Dietista-Nutricionista, especialista no domínio da


suplementação nutricional há mais de dez anos

É também autora de várias obras de referência sobre nutrição e saúde


Este livro digital é editado pela Fondation pour le libre choix

© 2006-2013 Fondation pour le Libre Choix – Reservados todos os direitos


de reprodução .
Document Outline
P. 1
SÍNTESE
O MÉTODO DE “ENGINEERING”
Os sete danos mortais
Ganhar tempo
Uma esperança de vida de mil anos?
E agora, que fazer?
OS ACTIVADORES DA TELOMERASE
O que são os telómeros?
O que é a telomerase?
Reconstituir a actividade da telomerase
A telomerase é cancerígena?
Quais são as substâncias que activam a telomerase?
O astragalósido IV
O cicloastragenol
Os outros nutrientes que actuam na manutenção dos telómeros
O ascorbil fosfato de magnésio
A L-carn
O extracto de Terminalia chebula
O extracto de chá verde
O extracto de palma
O extracto de beldroega
Os omega 3 marinhos
A BIOGÉNESE MITOCONDRIAL
O que são as mitocôndrias?
Como optimizar o funcionamento das mitocôndrias?
É possível aumentar a biogénese mitocondrial?
Nome de código… PQQ
A PQQ activa determinados genes
Aplicações múltiplas
Protecção ideal das mitocôndrias contra o stress oxidativo
Neuroprotecção e melhoria da função cognitiva
Cardio-protecção e melhoria dos níveis de energia
A PQQ associada a outros nutrientes sinérgicos
OS MIMÉTICOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA
Os miméticos da restrição calórica
Uma etapa-chave na procura da longevidade
A expressão dos genes da longevidade activada pela
restrição calórica
Os efeitos benéficos da restrição calórica no homem
A procura de uma alternativa à restrição calórica
O resveratrol
Na origem… um paradoxo!
Em todas as frentes para uma cardio-protecção ideal
Uma poderosa arma anti-cancro
Uma potente actividade anti-inflamatória
Uma considerável neuroprotecção
E, por fim, sólidas propriedades anti-envelhecimento
Como amplificar os efeitos do resveratrol?
O pterostilbeno
A polidatina
A quercetina
A fisetina
Os polifenóis do extracto de casca de pinheiro-marítimo
A niacinamida, uma ferramenta de primeira geração da
terapia genética anti-envelhecimento
O oxaloacetato
O que é o ácido oxaloacético?
Em que é que a falta de oxaloacetato afecta o metabolismo?
Quais são as vantagens da toma de um suplemento em
oxaloacetato?
O oxaloacetato imita e reproduz os efeitos da restrição
calórica
Igualmente uma substância anti-diabetes
Um protector global anti-cancro
Que reter?
Para ir mais longe: a importância do rácio NAD + / NADH
A berberina
Um activador da AMPK que pode substituir a metformina
OS ACTIVADORES DAS CÉLULAS ESTAMINAIS
Os pioneiros das células estaminais recebem o prémio Nobel
O fucoidano
O astragalus
O Polygonum multiflorum
O extracto de mirtilo selvagem
O beta 1,3/1,6 glucano
A L-carnosina
A vitamina C
A vitamina D3
AS OUTRAS SUBSTÂNCIAS PROMISSORAS
A saicosaponina A
A centrofenoxina
Os polifenóis de maçã
O epimedium
A L-teanina
O reishi
A selegilina
CONCLUSÃO
Bibliografia e recursos
Links
Table of Contents
P. 1
SÍNTESE
O MÉTODO DE “ENGINEERING”
Os sete danos mortais
Ganhar tempo
Uma esperança de vida de mil anos?
E agora, que fazer?
OS ACTIVADORES DA TELOMERASE
O que são os telómeros?
O que é a telomerase?
Reconstituir a actividade da telomerase
A telomerase é cancerígena?
Quais são as substâncias que activam a telomerase?
O astragalósido IV
O cicloastragenol
Os outros nutrientes que actuam na manutenção dos telómeros
O ascorbil fosfato de magnésio
A L-carn
O extracto de Terminalia chebula
O extracto de chá verde
O extracto de palma
O extracto de beldroega
Os omega 3 marinhos
A BIOGÉNESE MITOCONDRIAL
O que são as mitocôndrias?
Como optimizar o funcionamento das
mitocôndrias?
É possível aumentar a biogénese
mitocondrial?
Nome de código… PQQ
A PQQ activa determinados genes
Aplicações múltiplas
Protecção ideal das mitocôndrias contra o
stress oxidativo
Neuroprotecção e melhoria da função
cognitiva
Cardio-protecção e melhoria dos níveis de
energia
A PQQ associada a outros nutrientes
sinérgicos
OS MIMÉTICOS DA RESTRIÇÃO CALÓRICA
Os miméticos da restrição calórica
Uma etapa-chave na procura da longevidade
A expressão dos genes da longevidade
activada pela restrição calórica
Os efeitos benéficos da restrição calórica no
homem
A procura de uma alternativa à restrição
calórica
O resveratrol
Na origem… um paradoxo!
Em todas as frentes para uma cardio-
protecção ideal
Uma poderosa arma anti-cancro
Uma potente actividade anti-inflamatória
Uma considerável neuroprotecção
E, por fim, sólidas propriedades anti-
envelhecimento
Como amplificar os efeitos do resveratrol?
O pterostilbeno
A polidatina
A quercetina
A fisetina
Os polifenóis do extracto de casca de
pinheiro-marítimo
A niacinamida, uma ferramenta de primeira
geração da terapia genética anti-
envelhecimento
O oxaloacetato
O que é o ácido oxaloacético?
Em que é que a falta de oxaloacetato afecta o
metabolismo?
Quais são as vantagens da toma de um
suplemento em oxaloacetato?
O oxaloacetato imita e reproduz os efeitos da
restrição calórica
Igualmente uma substância anti-diabetes
Um protector global anti-cancro
Que reter?
Para ir mais longe: a importância do rácio
NAD + / NADH
A berberina
Um activador da AMPK que pode substituir a
metformina
OS ACTIVADORES DAS CÉLULAS ESTAMINAIS
Os pioneiros das células estaminais recebem o prémio Nobel
O fucoidano
O astragalus
O Polygonum multiflorum
O extracto de mirtilo selvagem
O beta 1,3/1,6 glucano
A L-carnosina
A vitamina C
A vitamina D3
AS OUTRAS SUBSTÂNCIAS PROMISSORAS
A saicosaponina A
A centrofenoxina
Os polifenóis de maçã
O epimedium
A L-teanina
O reishi
A selegilina
CONCLUSÃO
Bibliografia e recursos
Links

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