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Direcção Cientifica e Pedagógica

Faculdade de Ciências Agrárias


Delegação de Nampula

Avaliação do desempenho das duas variedades de feijão nhemba na aplicação dos métodos
de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação nitrogenada nas condições agro-
climáticas de Muriaze – Nampula.

Autor: Geraldo Samuel Catamassa

O supervisor
Engo. (Msc.): Ernesto Paulo Samuel Muguta

Nampula, Dezembro de 2019


Geraldo Samuel Catamassa

Avaliação do desempenho das duas variedades de feijão nhemba na aplicação dos métodos
de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação nitrogenada nas condições agro-
climáticas de Muriaze – Nampula.

A Monografia apresentada na Faculdade


de Ciências Agrárias da Universidade
Mussa Bin Bique, como parte dos
requisitos para obtenção do grau de
Licenciatura em Ciências Agrárias

O supervisor
Engo. (Msc.): Ernesto Paulo Samuel Muguta

Nampula, Dezembro de 2019


Índice Páginas

Declaração de honra ....................................................................................................................... iv

Dedicatória ...................................................................................................................................... v

Agradecimentos ............................................................................................................................. vi

Lista de abreviaturas ..................................................................................................................... vii

Lista de figura e gráfico ............................................................................................................... viii

Lista de tabelas ............................................................................................................................... ix

Lista de apêndices ........................................................................................................................... x

Lista de anexos ............................................................................................................................... xi

Resumo ......................................................................................................................................... xii

Abstract ........................................................................................................................................ xiii

CAPITULO I. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1

1.1. Generalidades ....................................................................................................................... 1

1.2. Problema do estudo .............................................................................................................. 3

1.3. Justificativa do estudo .......................................................................................................... 3

1.4. Objectivos: ........................................................................................................................... 4

1.4.1.Geral:...................................................................................................................................... 4

1.4.2. Específicos ............................................................................................................................ 4

1.5. Hipóteses: ............................................................................................................................. 4

CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 5

2.1. Cultura de feijão nhemba ..................................................................................................... 5

2.2. Classificação taxonómica..................................................................................................... 6

2.3. Características morfológicas da cultura ............................................................................... 7

2.4. Ciclo fenológico da cultura .................................................................................................. 8

2.5. Morfologia vegetativa .......................................................................................................... 8


2.6. Morfologia Reprodutiva..................................................................................................... 10

2.7. Características fisiológicas da cultura ................................................................................ 10

2.8. Inoculante ........................................................................................................................... 10

2.9. Inoculação .......................................................................................................................... 11

2.9.1. Formas de inoculação ..................................................................................................... 11

2.10. Bradyrhizobium .............................................................................................................. 11

2.11. Adubação nitrogenada .................................................................................................... 12

2.12. Controlo de infestantes, pragas e doenças ...................................................................... 12

2.12.1. Infestantes....................................................................................................................... 12

2.12.2. Pragas ............................................................................................................................. 12

2.12.3. Doenças .......................................................................................................................... 13

2.13. Importância da cultura .................................................................................................... 14

CAPÍTULO III. MATERAIS E MÉTODOS................................................................................ 16

3.1. Caracterização do local do experimento ............................................................................ 16

3.1. Solo, clima e hidrografia. ................................................................................................... 17

3.2. Delineamento experimental ............................................................................................... 18

3.3. Análise química e física do solo de Muriaze em 2018 ...................................................... 19

3.4. Descrição dos tratamentos ................................................................................................. 19

3.4.1. Primeiro tratamento: Inoculação nas sementes .............................................................. 20

3.4.2. Segundo tratamento: Inoculação nos sulcos................................................................... 20

3.4.3. Terceiro tratamento: Sem inoculação e sem adubação nitrogenada (testemunha)......... 20

3.4.4. Quarto tratamento: Controle não inoculado com adubação nitrogenada (úrea)............. 20

3.5. Condução do experimento ................................................................................................. 21

3.5.1. Lavoura........................................................................................................................... 21

3.5.2. Gradagem e nivelamento ................................................................................................ 21


3.5.3. Montagem do experimento............................................................................................. 21

3.5.4. Sementeira ...................................................................................................................... 21

3.5.5. Sacha .............................................................................................................................. 22

3.5.6. Colheita .......................................................................................................................... 22

3.5.7. Controlo de pragas e doenças ......................................................................................... 22

3.6. Características das variedades usadas no experimento ...................................................... 23

3.7. Variáveis analisadas. .......................................................................................................... 23

3.7.1. Número de Nódulos (NN) .............................................................................................. 23

3.7.2. Peso Seco de Nódulos (PSN em mg) ............................................................................. 23

3.7.3. Altura das Plantas (cm) .................................................................................................. 24

3.7.4. Número de vagens por planta (NVP) ............................................................................. 24

3.7.5. Peso Seco de vagem por planta (PSV em g) .................................................................. 24

3.7.6. Rendimento total de grãos (RTG, kg/ha) ....................................................................... 25

3.7.7. Peso de 100 grãos (P100G, em g) .................................................................................. 25

3.7.8. Peso seco da planta após a colheita (em kg/ha) ............................................................. 25

3.8. Análise estatística dos dados .............................................................................................. 26

CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES. .................................................................... 27

3.9. Número dos nódulos .......................................................................................................... 27

3.10. Peso Seco dos nódulos em mg ....................................................................................... 29

3.11. Altura das plantas em cm ............................................................................................... 31

3.12. Número de vagens .......................................................................................................... 33

3.13. Peso Seco de vagem em g .............................................................................................. 34

3.14. Rendimento dos grãos em kg/ha .................................................................................... 35

3.15. Peso de 100 grãos em g .................................................................................................. 37

3.16. Peso seco da planta após a colheita em kg/ha ................................................................ 39


3.17. Análise de correlação entre as variáveis ........................................................................ 40

CAPÍTULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ........................................................... 42

5.1. Recomendações.................................................................................................................. 43

CAPITULO VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 44

Apêndices ...................................................................................................................................... 51

Anexos .......................................................................................................................................... 55
iv

Declaração de honra

Eu, Geraldo Samuel Catamassa, estudante esta Instuição, declaro por minha honra, que o
presente trabalho de pesquisa, para efeito de obtenção do grau Académico de Licenciatura em
Ciências Agrárias, que tem com o tema Avaliação o desempenho das duas variedades de
feijão nhemba na aplicação dos métodos de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação
nitrogenada nas condições agro - climáticas de Muriaze – Nampula é da minha autoria, foi
feito com base nos artigos mencionados nas citações e na referencia bibliográfica, observações e
instruções transmitidas pelo supervisor e pelos técnicos do campo.

Nampula, ao 13 de Novembro de 2019

___________________________________________
(Geraldo Samuel Catamassa)
v

Dedicatória

Eu dedico este presente trabalho de pesquisa aos meus pais, Samuel Henriques Catamassa e
Alegria da Élina Alexandre Zoane, em especial ao meu ilustre tio Mateus Carlos Alexandre
Zoane de tudo fez para tornar o meu sonho possível e aos meus irmãos Cândido, Cecília e
Nelinha à toda família, em especial aos meus avos, Alexandre Zoane, Aleluia Catutula e
Henriques Catamassa e do meu parceiro tio Baron Catutula, que carinhosamente se fizeram
presente directa ou indirectamente em todos momentos da minha formação académica e deram -
me muito apoio moral, ético e financeiro sempre que precisei foi atribuído. Em maus e bons
momentos que passei, mesmo a distância eles conseguiam de algum jeito me ajudar, para tornar
possível o meu desejo de terminar nesta fase.

Dedico também aos meus primos, Ivanov Zoane, Emelina Zoane, Yuri Zoane, Stanila Zoane, e
sem me esquecer da minha querida incondicional Valdete da Suzana Álvaro, também dedico a
minha província de Niassa em especial a minha terra natal de Messumba, que o presente trabalho
lhe sirva de exemplo para lograr sucessos na futura vida académica que calmamente lhes espera.
vi

Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus, por me ter protegido ao longo dos meus estudos, aos meus
pais e em especial meu tio Mateus Carlos Alexandre Zoane que lhes devo muita gratidão, aos
meus irmãos Cândido, Lídia e Nelinha, aos meus avos, Alexandre Zoane, Aleluia Catutula
Franco Catutula, Ângela Catutula, Isabel Catutula, Clara Catamassa, Basílio Zoane, Cristóvão
Chililo agradeço a todos a minha bisavó Florência Sabite, pela força e coragem para nunca
desistir de um dos meus sonhos.

Aos meus tios, Hortencio, Evelyn, Florencio, Nelimha, Fausia, Ana, Bia, Odete, Fátima Amado,
David, Cristóvão, Nema Zoane, constância, Nivaldo, Dércio, beto, Franco Júnior , Avis, Ezelyn,
Catalea, Jorge, Júlio, Vailet, custodio Chimbe. Aos meus primos, Inocente, Evidy, Chaito,
Lanito, Blessing, Abgael, Kelvin, Ailton, Joice, Janet, Maxwell, Felisberto, Hortencio Xavier.

Aos meus amigos, Dalton Chamba, Ainur Amade Victor, Jaime Joao Amade, Assad Mutirua,
Edite José Pedro, Fernando Chaur Junior, Venâncio, Justo, Lavo, Paulo, Miqueias, Farias,
Estefânio, Teófilo, Henriques Ajuda e Couto também o meu agradecimento estende – se todos
os meus colegas.

Ao meu supervisor Engo. Mestre: Paulo Samuel Muguta por ter me ajudado no trabalho. A todo
corpo docente da Faculdade de Ciências Agrarias em especial ao Engo. Tomocene Antonio
Tomocene, Engo. Mestre José Tiago Manhengue, Engo. Monteiro Arlindo Impia, Engo Victor
Rodrigues e Leandro Essimela Momade, pelos conhecimentos transmitidos durante a formação
académica.

Ao IITA, por ter concedido o espaço para a realização do estágio e do trabalho, ao Engo. Mestre
Nelito Rosário, Prof. Doutor Amaral Chibeba, Steve Boahn, Canon Engoke, Engª. Libânia,
Evelina, Osvaldo e General, dro. Narciso Cau, Rogério, Emane, Mario, Julião, tio Majaja,
Arlindo, tio Abílio, pela paciência, disponibilização dos materiais e pelo encorajamento, que
contribuíram para a realização deste trabalho. AGRADEÇO!
vii

Lista de abreviaturas

PV Peso de vagem
PN Peso de nódulos
AP Altura das plantas
NV Numero de vagem
P100G Peso de cem grãos
ANOVA Análise de Variação
NN Número de nódulos
DAE Dias após emergência
RG Rendimento dos grãos
CV Coeficiente de Variação
MSPA Matéria Seca da parte aérea
DMS Diferença mínima significativa
PSPAC Peso seco da planta após a colheita
FAO Food and Agriculture Organization
MAE Ministério de Administração Estatal
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária
IITA Instituto Internacional de Agricultura Tropical
IIAM Instituto de Investigação Agrária de Moçambique
DBCC Delineamento de Blocos Completos Casualizados
AIPV Altura de nó cotiledonar ate a inserção da primeira vagem
viii

Lista de figura e gráfico Páginas

Figura 1: Mapa do local de estudo ............................................................................................... 16

Grafico 1: Valores de precipitacao de Dezembro a Abril 2018-2019 ......................................... 18


ix

Lista de tabelas Páginas

Tabela 1: Pragas de feijão nhemba ............................................................................................... 13


Tabela 2: Doenças de feijão nhemba ............................................................................................ 13
Tabela 3: Análise química e física do solo de Muriaze ................................................................ 19
Tabela 4: Número dos nódulos ..................................................................................................... 28
Tabela 5: Peso dos nódulos ........................................................................................................... 30
Tabela 6: Altura das plantas .......................................................................................................... 32
Tabela 7: Número de vagens......................................................................................................... 33
Tabela 8: Peso de vagem............................................................................................................... 35
Tabela 9: Rendimento do grão (kg/ha) ......................................................................................... 36
Tabela 10: Peso de 100 grãos........................................................................................................ 38
Tabela 11: Peso seco da planta após a colheita (kg/ha) ................................................................ 39
Tabela 12: Coefiente de correlação entre as variáveis .................................................................. 41
x

Lista de apêndices Páginas

Apêndices 1: Tabela de teste de normalidade ............................................................................... 51


Apêndices 2: Tabela de análise de variância de número de nódulos ............................................ 51
Apêndices 3: Tabela de análise de variância de peso dos nódulos ............................................... 52
Apêndices 4: Tabela de análise de variáncia de altura das plantas ............................................... 52
Apêndices 5: Tabela de análise de variância de número de vagem .............................................. 53
Apêndices 6: Tabela de análise de variância de peso de vagem ................................................... 53
Apêndices 7: Tabela de análise de variância de rendimento de grãos em kg/ha .......................... 54
Apêndices 8: Tabela de análise de variância de peso de 100 grãos .............................................. 54
Apêndices 9: Tabela de análise de variâncias do peso seco de plantas apos a colheita em kg/ha 55
xi

Lista de anexos Páginas

Anexo 1: Dados brutos do ensaio ................................................................................................. 56


Anexo 2: Esquema Experimental do ensaio (Layout) .................................................................. 57
Anexo 3: Imagem do campo na fase da colheita .......................................................................... 58
xii

Resumo

O feijão nhemba é uma cultura que tem muitos usos, incluindo alimento humano, ração animal e no melhoramento
da fertilidade do solo, além de importância alimentar, o feijão nhemba tem alto potencial no uso de inoculante e
adubação nitrogenada, por apresentar algumas das características como: rápido crescimento inicial, produção de
biomassa, acúmulo de nitrogênio na parte aérea, fácil adaptação, possibilidade de uso para alimentação além do
elevado potencial de fixação biologia de nitrogênio. Assim este trabalho tem como objectivo avaliar o desempenho
das duas variedades de feijão nhemba na aplicação dos métodos de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação
nitrogenada nas condições agro-climáticas de Muriaze – Nampula. O estudo foi conduzido em uma área
experimental, os ensaios dispostos em delineamento de blocos completos casualizados dispostos em esquema
factorial 2 × 4 (duas variedades e quatro tratamentos). Os tratamentos consistiram na inoculação nas sementes, nos
sulcos, na adubação nitrogenada (urea) e testemunha ou sem aplicação. No tratamento com inoculação foi utilizado
um inoculante a base de turfa contendo Bradyrhizobium e no tratamento nitrogenado foi utilizado a urea. Para a
análise de resultados, foi utilizado o pacote estatístico SISVAR e STATA, com base no teste de Tukey com nível de
significância de 5% de probabilidade. Os resultados obtidos, o maior rendimento é de 1 174.19kg/ha foi obtido na
interacção da variedade IT-16 com o tratamento inoculação no sulco e menor é de 579.25 kg/ha na variedade IT-18
testemunha. Conclui que, este rendimento não difere significativamente com aplicação dos outros tratamentos nas
condições agro – climática de Muriaze Nampula.

Palavras-chave: Inoculação, bradyrhizobium, adubação nitrogenada e feijão nhemba


xiii

Abstract

Cowpea is a crop that has many uses, including human food, animal feed and soil fertility improvement, besides
food importance, cowpea has high potential in the use of inoculant and nitrogen fertilization, as it has some
characteristics such as: rapid initial growth, biomass production, nitrogen accumulation in the shoot, easy
adaptation, possibility of use for food in addition to the high nitrogen biology fixation potential. Thus, this work
aims to evaluate the performance of the two cowpea varieties in the application of Bradyrhizobium inoculation
methods and nitrogen fertilization in the agro-climatic conditions of Muriaze - Nampula. The study was conducted
in an experimental area, using randomized complete block design arranged in a 2 × 4 factorial scheme (two varieties
and four treatments). The treatments consisted of seed inoculation, furrows, nitrogen fertilization (urea) and control
or no application. In the inoculation treatment a peat-based inoculant containing Bradyrhizobium was used and in
the nitrogen treatment the urea was used. For the analysis of results, the SISVAR and STATA statistical package
was used based on the Tukey test with a significance level of 5% of probability. The results obtained, the highest
yield is (1 174.19kg/ha was obtained in the interaction of the IT-16 variety with the groove inoculation treatment
and the lowest is 579.25 kg/ha in the control IT-18 variety. does not differ significantly with the application of other
treatments in the agro - climatic conditions of Muriaze Nampula.

Keywords: Inoculation, bradyrhizobium, nitrogen fertilization and cowpea.


1

CAPITULO I. INTRODUÇÃO
1.1.Generalidades
O feijão nhemba [Vigna unguiculata (Linneaus) Walp.], primeiramente domesticado na África,
(D'Andrea et al. 2007; Xiong et al. 2016), é tradicionalmente cultivado na África Subsaariana
como uma fonte barata de proteína e minerais, e renda, especialmente para os agricultores com
recursos limitados, com poucas opções de alimentos e culturas de rendimento (Muranaka et al.
2016). Com alta semente, (Hall et al. 2003; Santos e Boiteux 2013; Ddamulira et al. 2015) e
proteína da folha (Ahenkora et al. 1998; Okonya e Maass 2014), o feijão nhemba tem muitos
usos, incluindo alimento humano, (Phillips et al. 2003; Singh et al. 2003; Campbell 2014), ração
animal (Singh et al. 2003; Ibrahim et al. 2010; Agza et al. 2012) e no melhoramento da
fertilidade do solo, (Bado et al. 2006; Omae et al. 2014).

Esta cultura tem potencial para reduzir significativamente a insegurança alimentar resultante do
crescimento populacional mundial dos actuais 7 para mais de 11 bilhões até 2100, (Gerland et al.
2014; Nações Unidas 2015), com grande parte do aumento esperado na África (Gupta 2013;
United Nations 2015; Organization for Food and Agriculture 2017b). A produção nacional de
feijão nhemba aumentou substancialmente em Moçambique, passando de menos de 30.000
toneladas métricas em 2010 para 103.837 toneladas métricas em 2014, mas o rendimento médio
ainda é inferior a 300 kg ha-1 (Food and Agriculture Organization, 2017a).

O feijão nhemba é uma cultura bem adaptada às condições das zonas tropicais e subtropicais do
mundo. Por ser considerada tolerante a seca, é uma das culturas preferidas para cultivo em
diversas regiões secas do mundo (Dadson et al. 2005). O feijão nhemba (Vigna unguiculata) é
uma leguminosa da família das Fabáceas utilizado na alimentação humana e animal e
demonstrou ser particularmente lucrativo para os pequenos agricultores de países africanos em
via de desenvolvimento. Semelhante a outras leguminosas, o feijão nhemba exige grande
quantidade de nitrogénio (N) para o aumento do rendimento de grãos, (Abayomi et al. 2008;
Peoples et al. 2009).
2

Este requisito é difícil de satisfazer para a maioria dos agricultores africanos com recursos
limitados, que normalmente não usam nenhum insumo agrícola importante em seus campos,
como fertilizantes, calagem ou até mesmo inoculante. Nessas condições, o feijão-nemba depende
de rizóbios indígenas para atender às suas exigências de nitrogénio através o processo da fixação
biológica de nitrogénio. No entanto, evidências consideráveis da África sugerem que as
populações indígenas de rizóbios não são eficazes, ou não ocorrem em número suficiente para
atender às demandas de leguminosas por nitrogénio, mesmo quando variedades promíscuas de
soja são cultivadas (Sanginga et al. 2000; Okogun e Sanginga 2003; Abaidoo et al. 2007; Klogo
et al. 2015). É muito mais seguro inocular a cultura com estirpes de rizóbios efectivos do que
depender de rizóbios indígenas de potencial desconhecido, (Giller 2001; Osunde et al. 2003).

O sucesso da inoculação com rizóbios é limitado por vários factores, incluindo disponibilidade
de nitrogénio (N) (Thies et al. 1991; Singleton et al. 1992), temperatura do solo (Hungria e
Vargas 2000; Al-Falih 2002; Niste et al. 2013), pH, (Giller 2001; Al-Falih 2002), salinidade, (Tu
1981; Zahran 1999; Zahran 2010; Niste et al. 2013) e, mais importante, população indígena de
rizóbios (Thies et al. 1992; Osunde et al. 2003; Bogino et al. 2008). Os rizóbios inoculante
frequentemente não consegue superar a barreira de competição imposta pelos rizóbios indígenas,
muitas vezes ineficazes, mas altamente competitivos e adaptados ao meio ambiente (Streeter
1994; Al-Falih 2002; Grönemeyer et al. 2014). Evidências consideráveis sugerem que a
inoculação no sulco confere vantagem competitiva aos rizóbios inoculados sobre os indígenas,
(Lanier et al. 2005; Bogino et al. 2008; Bogino et al. 2011).

Desenvolveu-se um ensaio experimental, cujo objectivo principal de avaliar o desempenho das


duas variedades de feijão nhemba [Vigna unguiculata (L.) Walp.] na aplicação de métodos de
inoculação em sementes e no sulco com Bradyrhizobium, medida em nodulação, crescimento de
plantas e produtividade de grãos nas condições agro - climáticas de Muriaze – Nampula.
3

1.2.Problema do estudo

Feijão nhemba é uma leguminosa que constitui a base da alimentação em muitos países
subdesenvolvidos como Moçambique, particularmente no distrito de Nampula na localidade de
Muriaze. O distrito possui condições agro-climáticas propícias para a produção desta cultura,
mas mesmo assim tem apresentado baixa produção e produtividade o que tem sido uma grande
preocupação para pequenos e grandes produtores. Contudo, esta baixa produção e produtividade
é devido ao fraco acesso e disponibilidade de variedades melhoradas, à fraca difusão de novas
técnicas agrícolas adequadas como o uso de inoculante e também é influenciada pela fraca
associação de rizóbios indígenas no solo com o sistema radicular desta cultura. Estabeleceu-se
este ensaio para avaliar o desempenho das duas variedades de feijão nhemba na aplicação dos
métodos de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação nitrogenada. Com este propósito
surge a seguinte questão: qual será o desempenho no rendimento das duas variedades de feijão
nhemba na aplicação dos métodos de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação
nitrogenada nas condições agro-climáticas de Muriaze – Nampula?

1.3.Justificativa do estudo

De acordo com o potencial que a cultura de feijão nhemba tem apresentado na fixação
atmosférico a partir da fixação biológica de nitrogénio, inclusive no seu valor nutricional, esta
cultura é de extrema importância na dieta alimentar humana e animal, e no aumento da renda na
parte do produtor. Porém, este estudo vai contribuir no aumento da produção e produtividade
desta cultura ao nível do sector familiar, assim como as grandes empresas que fazem a prática
desta cultura leguminosa, usando a técnica de inoculação possibilita o aumento significativo na
sua produção e sendo um adubo orgânico não contamina o solo e nem água, através da expansão
dos meios de produção e das variedades que tiveram melhores rendimentos nas condições agro -
climática da região. Ao nível dos pesquisadores servirá como fonte de aquisição de informações
acerca desta cultura, quanto ao desempenho da inoculação e adubação nitrogenada aplicadas em
duas variedades.
4

1.4.Objectivos:
1.4.1.Geral:

 Avaliar o desempenho das duas variedades de feijão nhemba na aplicação dos métodos
de inoculação com Bradyrhizobium e da adubação nitrogenada nas condições agro-
climáticas de Muriaze – Nampula.

1.4.2. Específicos

 Identificar a variedade com maior número e peso seco de nódulos em diferentes


tratamentos;
 Determinar altura média da planta, número de vagens, peso seco das vagens em
diferentes tratamentos;
 Determinar o peso total dos grãos, peso de 100 grãos e peso seco da planta apos a
colheita da área central ou útil em diferentes tratamentos;
 Identificar a variedade que teve maior rendimento em diferentes tratamentos.

1.5.Hipóteses:

 H0: Pelo menos nas parcelas onde não foram aplicados os diferentes métodos de
inoculação com Bradyrhizobium e adubação nitrogenada não terá efeitos significativos no
rendimento das duas variedades de feijão nhemba.

 H1: pelo menos com aplicação dos métodos de inoculação com Bradyrhizobium e da
adubação nitrogenada, espera – se que haja um efeito significativo no rendimento de uma
das duas variedades de feijão nhemba.
5

CAPITULO II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA


2.1.Cultura de feijão nhemba

O feijão nhemba [Vigna unguiculata (Linneaus) Walp.], primeiramente domesticado na África,


(D'Andrea et al. 2007; Xiong et al. 2016), é tradicionalmente cultivado na África Subsaariana
como uma fonte barata de proteína e minerais, e renda, especialmente para os agricultores com
recursos limitados, com poucas opções de alimentos e culturas de rendimento, (Muranaka et al.
2016). Com alta semente [23-34% (Hall et al. 2003; Santos e Boiteux, 2013; Ddamulira et al.
2015)] e proteína da folha [28-33% (Ahenkora et al. 1998; Okonya e Maass 2014)], o feijão
nhemba tem muitos usos, incluindo alimento humano (Phillips et al. 2003; Singh et al. 2003;
Campbell 2014), ração animal, (Singh et al. 2003; Ibrahim et al. 2010; Agza et al. 2012) e
melhorando a fertilidade do solo (Bado et al. 2006; Omae et al. 2014).

Esta cultura tem potencial para reduzir significativamente a insegurança alimentar resultante do
crescimento populacional mundial dos atuais 7 para mais de 11 bilhões até 2100, (Gerland et al.
2014; Nações Unidas 2015) com grande parte do aumento esperado na África, (Gupta 2013;
Nações Unidas 2015; Organização para a Alimentação e Agricultura, 2017b). A produção
nacional de feijão nhemba aumentou fortemente em Moçambique, passando de menos de 30.000
toneladas métricas em 2010 para 103.837 toneladas métricas em 2014, mas o rendimento médio
ainda é inferior a 300 kg ha-1 (Food and Agriculture Organization, 2017a).

O feijão nhemba é uma cultura bem adaptada às condições das zonas tropicais e subtropicais do
mundo. Por ser considerada tolerante a seca, é uma das culturas preferidas para cultivo em
diversas regiões secas do mundo (Dadson et al. 2005). O feijão nhemba [Vigna unguiculata (L.)
Walp], é cultivado tanto em pequena, como, em grande escala, para a obtenção de sementes e
vagens destinadas ao consumo humano (Cooperative league of the united states of American,
2005), é também uma cultura eficiente na fixação biológica de nitrogénio, o que permite ser
introduzida em solos com baixos teores de matéria orgânica e dispensar o uso de fertilizantes
nitrogenados visto que, a fixação biológica de nitrogénio é uma das formas de aumentar a
produtividade da cultura, (Cassini & Franco 2006).
6

Este requisito é difícil de satisfazer para a maioria dos agricultores africanos com recursos
limitados, que normalmente não usam nenhum insumo agrícola importante em seus campos,
como fertilizantes, calagem ou até mesmo inoculante. Nessas condições, o feijão-nemba depende
de rizóbios indígenas para atender às suas exigências de nitrogénio através o processo da fixação
biológica de nitrogénio. No entanto, evidências consideráveis da África sugerem que as
populações indígenas de rizóbios não são eficazes, ou não ocorrem em número suficiente para
atender às demandas de leguminosas por nitrogénio, mesmo quando variedades promíscuas de
soja são cultivadas (Sanginga et al. 2000; Okogun e Sanginga 2003; Abaidoo et al. 2007; Klogo
et al. 2015). É muito mais seguro inocular a cultura com estirpes de rizóbios efectivos do que
depender de rizóbios indígenas de potencial desconhecido, (Giller 2001; Osunde et al. 2003).

O sucesso da inoculação com rizóbios é limitado por vários factores, incluindo disponibilidade
de nitrogénio (N), (Thies et al. 1991; Singleton et al. 1992), temperatura do solo, (Hungria e
Vargas 2000; Al-Falih 2002; Niste et al. 2013), pH, (Giller 2001; Al-Falih 2002), salinidade, (Tu
e 1981; Zahran 1999; Zahran 2010; Niste et al. 2013) e, mais importante, população indígena de
rizóbios, (Thies et al. 1992; Osunde et al. 2003; Bogino et al., 2008). Os rizóbios inoculante
frequentemente não consegue superar a barreira de competição imposta pelos rizóbios indígenas,
muitas vezes ineficazes, mas altamente competitivos e adaptados ao meio ambiente, (Streeter
1994; Al-Falih 2002; Grönemeyer et al. 2014). Evidências consideráveis sugerem que a
inoculação no sulco confere vantagem competitiva aos rizóbios inoculados sobre os indígenas,
(Lanier et al. 2005; Bogino et al. 2008; Bogino et al. 2011).

2.2.Classificação taxonómica

Na literatura, encontram-se vários nomes científicos, como Vigna sinensis EndL, Vigna sinensis
L, Vigna sinensis (L.) Savi e Yigna unguiculata (L.) WaIp., caracterizando a espécie do género
Vigiar, amplamente cultivada na África, Ásia e América. Vigna é um género que agrupa
aproximadamente 170 espécies, o que torna o termo feijão-vigna bastante vago quando se
pretende caracterizar apenas a espécie cultivada (Filho et al. 1983).
7

Os mesmos autores salientam que o género Vigna pertence à ordem Rosales, família
Leguminosae, subfamília Papilionoideag Inicialmente, algumas espécies desse género foram
classificadas no gênero Dolichos, como Dolichos sinenris L. e Dolichos sesquipedalis L., entre
outras, posteriormente sendo reclassificadas no género Vtgnz. Na perspectiva de Onofre (2008)
classificam que feijão Nhemba é uma planta Dicotiledóneas pertencente à ordem Fabales, família
Fabaceae, subfamília Faboideae, tribo Phaseoleae, subtribo Phaseolinea, género Vigna, espécie
Vigna unguiculata (L.) Walp.

2.3.Características morfológicas da cultura

Feijão nhemba é uma leguminosa anual e herbácea, produz frutos do tipo vagem e, dependendo
da variedade, pode apresentar porte mais alto. O sistema radicular é pivotante, formado por uma
forte raiz principal com muitas ramificações laterais, (Rocha 2001). As flores são hermafroditas
e autógamas. A planta se desenvolve bem em condições de alta temperatura, solos arenosos ou
de textura média, com boa drenagem. A propagação é feita exclusivamente por sementes e a
sementeira é directa no campo, (Araújo et al. 1984).

As primeiras folhas surgem em par, simples ou unifoliadas e opostas; as seguintes são


trifolioladas, longo-pecioladas, alternadas e compostas. Apresenta hábitos de crescimento
determinado e indeterminado, onde no primeiro tipo, o caule produz um número limitado de nós
e para de crescer quando emite uma inflorescência, (Araújo et al. 1981). Já nas plantas de
crescimento indeterminado, o caule continua crescendo e emitindo novos ramos secundários e
gemas florais. Quanto ao porte, distinguem-se: erecto, semi-recto, prostrado e semi – prostrado,
(Freire et al. 2005).

Os frutos são legumes cilíndricos, retos ou curvados, deixando visível a posição interna das
sementes. As sementes são muito variáveis na forma, tamanho e coloração (dependendo de cada
variedade). A forma da semente pode ser alongada, alongada-reniforme, ovóide ou globosa-
angular, levemente comprimida ou, às vezes, cilíndrica e elíptica. O tegumento é coriáceo, com
coloração que varia do branco-creme, castanho-amarelado-claro, vermelho-escuro, castanho-
purpúreo, preto ou bicolor e, variavelmente, marmoreada, com superfície glabra, levemente
brilhante, lisa ou, às vezes, com fina rugosidade transversal, (Lorenzi 2000).
8

2.4.Ciclo fenológico da cultura

Segundo Freire et al. (2000), o feijão nhemba, quanto ao ciclo fenológico pode ser classificado
como:

a) Ciclo superprecoce – a maturação é atingido até 60 dias após a sementeira;


b) Ciclo precoce – a maturidade é atingido entre 61 e 70 dias após a sementeira;
c) Ciclo médio – a maturidade é atingido entre 71 e 80 dias após a sementeira;
d) Ciclo médio – tardio - a maturidade é alcançada entre 81 e 90 dias após a sementeira e
e) Ciclo tardio – a maturidade é atingido a partir de 91 dias após a sementeira.

Na perspectiva de Campos et al. (2000), em relação ao ciclo fenológico, o feijão nhemba pode
ser recomendado para a produção em pequenas áreas, onde o produtor tem condições de fazer
duas ou mais colheitas anuais, as variedades mais indicadas são aquelas de ciclo médio. Para a
produção em grandes áreas, é importante que sejam utilizadas duas ou mais variedades de ciclos
diferentes. Isso reduz o risco de perda por factores adversos e faz com que a maturidade seja
alcançada de forma escalonada, facilitando a colheita. No cultivo irrigado com alta tecnologia,
exceção feita quando o objectivo é a produção de sementes para a produção de sequeiro, devem
ser usadas variedades de ciclos superprecoce, precoce e médio – precoce, (Rocha; Silva; Filho;
Júnior 2017).

2.5.Morfologia vegetativa

O feijão nhemba é uma planta herbácea anual que apresenta variações na sua estatura, com raízes
amplamente distribuídas no solo, (Summerfield et al., 1974). Para Vale, B. e Borém (2017,
267p.) a germinação ocorre de 2 a 3 dias após a sementeira, em condições de 28°C e
profundidade de 2 a 3 cm. Cinco dias após a germinação, ocorre a abscisão dos cotilédones,
cujas reservas são translocadas para os órgãos em formação, (Vale; Bertini; Borem, 2017). O
sistema radicular é composto por quatro classes de raízes: principal; origina-se da radícula já
presente no embrião; basais, emergem quatro ou cinco dias após a embebição da semente;
laterais e adventícias, (Khan; Stoffella,1987).
9

As raízes basais emergem na zona axial da parte inferior do hipocótilo, acima da interface raiz-
parte aérea, (Vale; Bertini; Borem, 2017). A partir delas surgem as raízes laterais, mais eficientes
na absorção de água e nutrientes. Já as raízes adventícias surgem após 15 dias, com funções de
sustentação e nutrição, principalmente na fixação biológica de nitrogénio, apresentando 20% dos
nódulos, (Kahn; Stoffella, 1991).

O caule pode chegar a quatro metros de comprimento, com formatos angular ou cilíndrico, pode
ser ainda estriado, liso, possuir pelos e pigmentos de cor roxa, (Vale; Bertini; Borem, 2017). O
feijão nhemba possui folhas compostas com três folíolos presos a uma haste (pecíolo). A folha é
constituída por dois folíolos laterais assimétricos (opostos) e um folíolo terminal simétrico que
apresenta pecíolo mais longo, (Vale; Bertini; Borem, 2017).

A forma da folha é usada para fazer a classificação taxonómica e para diferenciar genótipos de
feijão nhemba, variando quanto à forma (linear, lanceolada a ovalada). O Instituto Internacional
para a Agricultura Tropical (IITA) classifica as formas da folha do feijão nhemba em quatro
categorias: subglobosa, sublanceolada, globosa e lanceolada, (Pottorff et al., 2012).

De acordo com Freire et al. (2005), existem quatro principais portes: erecto, onde o ramo
principal e os secundários são curtos, porém, o ramo principal é erecto, e o secundário forma um
ângulo que pode variar de, recto a agudo. A partir do terço médio os ramos secundários tornam-
se paralelos ao ramo principal; semi - erecto, ramos principais e secundário curtos a médio, o
ramo principal é erecto com os ramos secundários formando um ângulo recto com principal, sem
tocar o solo; semiprostrado, os ramos principais e secundários são médios, o principal é erecto,
ramos secundários inferiores tocam o solo; prostrado, os ramos principais e secundários são
longos, o ramo principal apresenta-se curvado, ramos secundários inferiores tocando o solo em
toda extensão.
10

2.6.Morfologia Reprodutiva

De acordo com Bertini e Borem, (2017) afirmam que o feijão nhemba multiplicasse,
predominantemente, por autofecundação. A espécie apresenta baixa taxa de cruzamento natural,
pode variar com o ambiente e genótipo. Os órgãos de reprodução são protegidos pelas pétalas e
ocorre protoginia (maturação do gineceu antes do androceu) e cleistogamia (polinização antes da
abertura da flor), favorecendo a autogamia.

2.7.Características fisiológicas da cultura

Uma das características importantes que as leguminosas, tais como o feijão nhemba, possuem é a
troca simbiótica com bactérias do género rhizobium em realizar a fixação biológica do nitrogénio
como uma das formas de aumentar a produtividade de leguminosas e substituir os adubos
nitrogenados minerais, (Rumjanek; Martins; Xavier e Neves, 2005).

A característica de fixação biológica de nitrogénio é processo bioquímico natural desenvolvido


por bactérias rizóbios, organismos encontrados em vários ambientes vivendo livremente ou
associados a outros seres vivos, como por exemplo em simbiose com leguminosas, estabelecendo
uma relação mutualística entre o micros simbionte e a planta, ocorrendo uma parceria de troca
mútua entre a bactéria e a planta, em que o micro organismo fornece o nitrogénio à planta e esta,
em troca a supre com carbohidratos, (Cassini & Franco, 2005).

Segundo Rumjanek (2005) referiu que o processo de simbiose em leguminosas ocorre no interior
de estruturas específicas, denominadas nódulos, que se formam no sistema radicular. A fixação
biológica do nitrogénio é reconhecida eficiente em feijão nhemba que, quando bem nodulado,
pode atingir altos níveis de produção.

2.8.Inoculante

É um biofertilizante natural, que contém grande quantidade de microrganismos seleccionados do


solo e que misturado às sementes de feijão nhemba garante acção benéfica para o crescimento e
desenvolvimento das plantas. A sua utilização é uma forma ambientalmente correcta de
fornecimento de nitrogénio para leguminosas e outras culturas que se associam com
microrganismos diastróficos formadores de nódulos nas raízes da planta, (EMBRAPA, 2006).
11

2.9.Inoculação

A inoculação é um processo por meio do qual bactérias fixadoras de nitrogénio, seleccionada


pela pesquisa, são adicionadas pelas sementes das plantas antes da sementeira. A inoculação é
feita pelo um produto chamado inoculante, (EMBRAPA, 2006).

2.9.1. Formas de inoculação

De acordo com EMBRAPA (2005), pode-se efectuar:

a) Inoculação nas sementes

Na utilização do inoculante em pó (turfoso), deve humedecer as sementes com solução açucarada


ou outra substância adesiva, misturando bem. Adicionar o inoculante, homogeneizar e deixar
secar à sombra. Pode ser feita em máquinas ou manual. Inoculante líquido aplica-se nas
sementes, homogeneizar e deixar secar à sombra.

b) Inoculação nos sulcos de sementeira

A técnica de inoculação pode ser substituída pela aplicação do inoculante por aspersão no sulco,
por ocasião da sementeira, em solos com ou sem população estabelecida. Esse procedimento,
pode ser adoptado desde que a dose de inoculante seja, no mínimo, seis vezes superior à dose
indicada para as sementes o volume de líquido (inoculante mais água).

2.10. Bradyrhizobium

Bradyrhizobium é um género de bactérias gram-negativas do solo, muitas das quais fixam


nitrogênio. As plantas não podem usar nitrogênio atmosférico (N2), eles devem usar compostos
de nitrogênio, como nitratos. A inoculação com bactérias de género Bradyrhizobium pode
melhorar a nodulação, fixação de N2 e rendimento de grãos, isso está bem estabelecida em todo o
mundo (Oliveira et al. 2004).
12

2.11. Adubação nitrogenada

Adubação nitrogenada mineral influencia no processo de FBN em leguminosas, uma vez que as
plantas podem absorver directamente o N presente no solo (Oliveira et al. 2004). Por outro lado,
o processo pode ocorrer com eficiência em condições de baixa disponibilidade de N no solo
(Franco & Neves 1992).

2.12. Controlo de infestantes, pragas e doenças


2.12.1. Infestantes

Em Moçambique na cultura do feijão nhemba as infestantes mais importantes são, tiririca roxa e
amarela (Cyperus spp) e (Aletra vogelli), o controlo de infestantes é essencial durante os
primeiros 20 a 30 dias, quando área foliar cobre completamente o solo, 2 a 3 sachas são
suficientes para o seu controlo, as infestantes podem ser removidas manualmente com auxílio de
uma enxada ou mecanicamente, (Segeren, Oever & Compton, 1994).

2.12.2. Pragas

As Pragas, de uma maneira geral, ocorrem em uma determinada época na planta, cujo estágio
fenológico está produzindo o alimento ideal do insecto. Assim, as pragas do feijão nhemba
ocorrem de acordo com a fenologia da planta. O conhecimento dessa relação insecto/planta é
importante tendo em vista que o produtor ou técnico tem que ir ao campo para uma vistoria ou
acompanhamento do nível populacional de uma praga para fins de maneio, (Silva & Carneiro
2017).
13

Tabela 1: Pragas de feijão nhemba

Principais Pragas
Nome vulgar Nome científico Ordem Ataca
Afídeos Aphis craccivora Hemiptera Vagem
Besouro-das-flores, Meloidae Coleoptera Flores
Gorgulhos-do-caule; Mecysolobus Coleoptera Caule
Lagarta-das-folhagens; Helicoverpa Lepidoptera Folhas
Nematóide -de-galha, Meloidogyne spp Nematodo Raiz
Tripés-da-folha; Sericothrips occipitalis Thysanoptera Folhas
Tripés- do-botão Megalurothrips spp Thysanoptera Flores
Percevejos. Clavigralla spp Hemiptera Vagem
Adaptado: Autor (2019)

2.12.3. Doenças

As condições edafoclimátícas, aliadas à pouca utilização de sementes certificada ou melhorada,


proporcionam situações que favorecem o aparecimento de doenças, principalmente daquelas
provocadas por fungos. Considerando-se que o conhecimento das doenças que incidem na
cultura do nhemba é um dos factores básicos para o melhoramento da produção, (Poltronieri;
Trindade & Silva, 1994).

Tabela 2: Doenças de feijão nhemba

Principais doenças
Doenças Agentes Causador
Mosaico amarelo Cowpea yellow mosaic virus
Mosaico-dos-Afídeos Cowpea yellow mosaic virus
Murchidão Fusarium oxysporum
Podridão- do-caule Rhizoctonia solani e Sclerotium
Podridão-do-pé Pythium aphanidermatum
Pústula-bacteriana Xanthomonas campestris
Adaptado: Autor (2019)
14

2.13. Importância da cultura

O feijão nhemba tem uma grande importância, tanto como alimento quanto como gerador de
emprego e renda. É rico em proteína, minerais e fibras, (Frota et al. 2008; Singh, 2007) e
constitui um componente alimentar básico das populações rurais e urbanas das diferentes regiões
do mundo.
Segundo Archana et al. (2007), referiram que feijão nhemba é de grande valor nutritivo. Quase
25% é proteína e 64% são carbohidratos (para energia), e só 1% consiste em gordura, importante
também é a fibra de 6,3%. Este feijão também é uma boa fonte das vitaminas tiamina,
riboflavina e niacina. Os ácidos aminos não são completos, então é importante suplementar o
feijão nhemba na dieta com cereais como milho e mapira.

Mesmo os restolhos (ou restos) das plantas destes, depois da colheita de vagens, contêm muita
proteína e servem bem para alimentar animais. O feijão nhemba faz parte das principais fontes de
proteína das populações, as folhas novas e tenras, as vagens e os grãos verdes, os grãos secos e
os brotos são formas de consumo pelo homem, variando de região para região. Na África,
concretamente em Moçambique o consumo de grãos secos é maior que o das outras formas, além
de reduzir custo de produção, (Junior; Rohr; Olivera; Xavier & Rumjanek, 2009).

O feijão nhemba é produzido mundialmente, principalmente para o consumo dos grãos secos
(Melo, 2010). É cultivado especialmente nas regiões tropicais, em razão destas regiões
apresentarem condições climáticas semelhantes ao local de origem da espécie, (Brito et al.,
2009). Na perspectiva de Frota et al. (2008), mencionam que o cultivo é predominante nessas
regiões devido ao seu baixo custo de produção.

De acordo com os dados da FAO, (2016 b), sobre a produção mundial de feijão nhemba, no ano
de 2014, indicam que a cultura atingiu quase seis milhões de toneladas, destacando-se entre os
maiores produtores mundiais: Nigéria (com mais de 2,1 milhões toneladas), seguido pelo Níger
(com quase 1,6 milhão de toneladas) e em terceiro lugar o Burkina Faso (com quase 600 mil
toneladas), totalizando 4,3 milhões toneladas.
15

Contudo, pode-se enfatizar que esses dados estão incompletos, pois faltam informações
referentes a produção de outros países, como por exemplo, o Brasil que ficou de fora dessa
pesquisa. A produção nacional de feijão nhemba aumentou fortemente em Moçambique,
passando de menos de 30.000 toneladas métricas em 2010 para 103.837 toneladas métricas em
2014, mas o rendimento médio ainda é inferior a 300 kg ha-1, (Food and Agriculture
Organization, 2017a).
16

CAPÍTULO III. MATERAIS E MÉTODOS

3.1.Caracterização do local do experimento

O experimento foi estabelecido no campo agronómico do Instituto Internacional de Agricultura


Tropical (IITA) estação de Nampula, localizado na localidade de Muriaze, posto administrativo
de Anchilo no distrito de Nampula que dista aproximadamente a 20km da cidade de Nampula,
entre as coordenadas geográficas de 15o16’ Latitude sul e 39o18 Latitude este, as altitudes de
Muriaze rondam entre os 375 metros e 764 a 803 metros acima do nível do mar. O distrito de
Nampula está localizado a Oeste da Cidade Capital Provincial, confinando a Norte com os
distritos de Mecuburi e Muecate, a Sul com o distrito de Mogovolas, a Este com o distrito de
Meconta e a Oeste com o Distrito de Murrupula, MAE, (2014).

Figura 1: Mapa do local de estudo

Fonte: Autor (2014).


17

3.1.Solo, clima e hidrografia.

De acordo com a classificação do solo da FAO, os solos de Muriaze são luvisós férricos e
ferralsóis humidos, respectivamente. A maioria dos luvisóis férricos ocorre sub um clima tropical
quente, com uma estação seca acentuada ou sob um clima tropical semiárido enquanto os
ferralsois humicos ocorrem em regiões tropicais de altitude. No entanto, ambos os tipos de solos
são utilizados para agricultura de subsistência, com tubérculos, cereais, leguminosas. O distrito
de Nampula é caracterizado pela ocorrência de solos profundos a muito profundos arenosos com
subsolo profundo de textura franco- arenosa a argilosa, de cor predominantemente castanha a
vermelho, (MAE, 2014).

O clima predominante, em Nampula é o tropical húmido com duas estações: uma chuvosa e
quente que normalmente começa em Novembro e termina em Abril, caracterizado por
aguaceiros e trovoadas frequentes. A outra, seca e menos quente que se estende de Maio até
Outubro. O valor máximo absoluto da temperatura do ar, situa-se nos 33,9 oC e o mínimo nos 19
o
C. Regra geral, as regiões de maior elevação no distrito, apresentam-se com temperaturas mais
suaves em relação às outras zonas, (MAE, 2014).

Quanto à precipitação, a média anual é de 1.045 mm. Os valores de precipitação anual indicam
que as chuvas iniciam nos meses de Outubro a Abril com pico nos meses de Janeiro e Março. As
chuvas registadas no Distrito de Nampula favorecem a prática da Agricultura, o
desenvolvimento de barragens de retenção de água, por isso o distrito possui boas
condições para prática da agricultura de regadio, facto que ajudaria a resolver os problemas de
segurança alimentar, (MAE 2014).
18

Grafico 1: Valores de precipitacao de Dezembro a Abril 2018-2019

Precipitação (mm)
500
a
450
400
ab
350 ab
300 ac
Valores

250
200
b
150
100
50
0
349 Dezembro 440,7 Janeiro 322,1 Fevereiro 158,6 Março 271,6 Abril

Fonte: Estacão Agrometeorológica do posto agronómico de Nampula, 2019.

3.2.Delineamento experimental

O ensaio foi disposto em delineamento de blocos completos causalizados (DBCC), talhões


subdivididos, dispostos em esquema factorial 2 × 4 (duas variedades e quatro tratamentos), a
combinação dos dois factores originou 8 parcelas repetidos em 4 blocos, totalizando 32 parcelas.
A separação entre as parcelas foi de 1.50 m e entre blocos 2 m. A área total de cada bloco é de
287.55 m2 (13.50m x 21.30m), e a área total de cada parcela é de 25,20m2 (6.00m x 4.20m) e a
área útil de cada parcela é de 19.44m2 (5.4m x 3.6m). A área total do ensaio foi de 1 293.4 m2
(29.00m x 44.60m). O espaçamento ou compasso entre linhas e entre plantas foi de 0.6m × 0.20
m respectivamente, resultando em uma densidade de plantas de 83 333.33 plantas ha-1, resultado
de 210 plantas por parcela, em cada tratamento foi 162 plantas da área útil ou seja da área
central. Os blocos e as parcelas foram separados por terraços para evitar a contaminação cruzada
(transferência de nutrientes de uma parcela para outras). A remoção de ervas daninhas foi feita
uma colecta manual, começando as parcelas não inoculadas para evitar a contaminação cruzada.
19

3.3.Análise química e física do solo de Muriaze em 2018

De acordo com a classificação do solo da FAO, os solos de Muriaze são luvisós férricos e
ferralsóis humidos, respectivamente, no dia 15 de Janeiro de 2019, onde foi realizado no
laboratório a análise química do solo com objectivo de conhecer a dinâmica de nutrientes do
mesmo e analise física que consistiu em determinar a percentagem de areia, silte e argila. A
preparação do solo foi mecanizada que envolve na abertura do campo, lavoura, dragagem.
Enquanto a demarcação dos blocos, parcelas ate a sementeira foi manualmente.

Tabela 3: Análise química e física do solo de Muriaze

Prof. pH CE Dr Ds Hr Ha Granulometria (%)


(1:2,5) (1:2,5)
(m) H2O Kcl µs/cm g/cm3 g/cm3 % AG AF Si Ar
4.56 4.3 20 2.49 0.31 4.5 68 19 5 8
Macronutriente K Ca Mg Na Al3+ H+Al S.B T V Na M.O P
Acidez Cmolc/kg % Ppm

0.10 1.00 1.25 0.00 0.74 2.35 3.09 76 1.34 8


Obs.: Método Mehlich-1 (P,K e Na); Kcl 1mol/L (Ca, Mg) AcpH7 (H+Al); Dr: densidade real; Ds: densidade do
solo; Hr: humidade residual; AG: area grossa; AF: area fina; Si: silte ou limo; Ar argila; M.O: matéria orgânica; P:
fosforo assimilável.

Fonte: IIAM-2018.

3.4.Descrição dos tratamentos

Os tratamentos foram dispostos da seguinte maneira:

 T1: Inoculação nas sementes


 T2: Inoculação nos sulcos,
 T3: Sem inoculação e sem adubação nitrogenada (Testemunha);
 T4: controle não inoculado com adubação nitrogenada (Urea).

Biofix é uma linha de inoculante líquido e turfosos com alta concentração de bactérias fixadoras
de nitrogénio destinadas à inoculação de leguminosas.
20

3.4.1. Primeiro tratamento: Inoculação nas sementes

A inoculação nas sementes foi com Biofix (espécies rizóbios, linhagem e população por semente
a ser verificada com o fabricante) aplicado 75g de inoculante em pó (turfoso), misturado com um
aderente açucarado (sacarose) de 750ml em mistura com 0.5kg de sementes para cada parcela
com uma área de 25.2m2, correspondente a 29.76kg/ha. Este tratamento foi repetido em oito (8)
parcelas respectivamente. O processo de inoculação nas semente foi feita no mesmo dia da
sementeira, usando inoculante na base de turfa, antes da inoculação foi feita uma mistura
açucarado para ser adicionado ao inoculante, de seguida misturou - se junto ao inoculante ate
formar – se uma mistura homogénea.

3.4.2. Segundo tratamento: Inoculação nos sulcos

A inoculação com Biofix no sulco (espécies rizóbios, linhagem e população por semente a ser
verificada com o fabricante); foi aplicado 200g de inoculante em pó (turfoso) no sulco, onde foi
utilizado 0.5kg de sementes para cada parcela com uma área de 25.2m2, correspondente a
79.36kg/ha. Este tratamento foi repetido em oito 8 parcelas respectivamente.

3.4.3. Terceiro tratamento: Sem inoculação e sem adubação nitrogenada (testemunha)

O controlo não inoculado e sem adubação nitrogenada foi semeado primeiro antes de outros
tratamentos para evitar a contaminação cruzada. Imediatamente antes da sementeira, 100.8g de P
como superfosfato triplo (46% P2O5), correspondente a 40kgP/ha, que foram transmitido
manualmente, visto que o fosforo é um nutriente que aumenta a formação de nódulos pelo
rizóbio na cultura de feijão nhemba, isto é, possibilita uma maior absorção de nitrogénio
atmosférico.

3.4.4. Quarto tratamento: Controle não inoculado com adubação nitrogenada (úrea)

Foi aplicado 1.096kg ureia (CH4N2O, 46,6% N) em cada parcela que será aplicado 50%
(0.548kg) na sementeira e outro 50% (0.548kg) no início da fase reprodutiva de modo a suprir as
necessidades de nitrogénio requerida pela planta e para cada covacho foi aplicado 2.283g,
correspondente a 217.46kg/ha.
21

3.5.Condução do experimento
3.5.1. Lavoura

Lavoura foi mecanizada que foi feita no mês Dezembro de 2018, tendo encontra que será sido
usado charruas de discos lisos, numa profundidade média ou ordinárias de 30 cm uma vez que os
campos têm vindo a ser cultivados desde as campanhas agrícolas anteriores.

3.5.2. Gradagem e nivelamento

A gradagem e o nivelamento foram feitos na terceira semana de Janeiro de 2019 e durante o


preparo do solo não foi incorporado nenhum tipo de fertilizante.

3.5.3. Montagem do experimento

O experimento foi montado na terceira semana de Fevereiro de 2019 nas condições de sequeiro,
não houve atraso na sementeira.

3.5.4. Sementeira

De acordo com Cavalcante, E.S. e Pinheiro, I.N. em 1999 a sementeira em época adequada é um
factor muito importante para se obter bons resultados com o cultivo de feijão nhemba. Desta
forma, toma-se necessário para a sementeira, escolher os períodos do ano que melhor atendam as
exigências climáticas da cultura, os quais devem se caracterizar por boa disponibilidade de água
no solo durante a fase vegetativa e por ausência de chuvas no decorrer da colheita. A época mais
apropriada para a sementeira de feijão nhemba está no intervalo compreendido entre a última
semana do mês de Abril e durante o mês de maio.

A sementeira foi efectuado manualmente no dia 18 de Fevereiro de 2019, com três sementes para
cada covacho e foi utilizado 16kg de sementes, dividido em 8kg de IT – 16 e 8kg de IT - 18 com
um compasso pré determinado de (60cm x 20cm), aos 6 dias após a emergência, foi feito o
desbaste que consistiu na remoção de plântulas em cada covacho.
22

3.5.5. Sacha

O controlo de infestantes ou ervas daninhas de forma a reduzir a competição por nutrientes com
as plantas no campo no seu desenvolvimento foram realizados duas sachas manualmente com
recurso a enxadas ao longo do crescimento e desenvolvimento da cultura no campo.

3.5.6. Colheita

Na perspectiva de Cavalcante, E.S. e Pinheiro, I.N. em 1999 a cultura de feijão nhemba pode ser
colhida manual ou mecanicamente. A quase na totalidade dos agricultores utiliza a prática da
colheita manual. Apesar de ser o método mais demorado e trabalhoso, é o que apresenta menor
grau de perdas no campo, permitindo a selecção manual das vagens, principalmente nas fases de
maturação desuniforme. A colheita mecanizada, é pouco frequente no feijão nhemba, sendo
recomendada para regiões onde não há disponibilidade de mão-de-obra e são cultivadas extensas
áreas.

Os mesmos autores afirmam que preferencialmente, a colheita deve ser realizada nas primeiras
horas da manhã ou no final do período da tarde, evitando-se as horas mais quentes do dia,
ocasião em que as vagens, de algumas variedades, se abrem com certa facilidade, provocando
perdas de grãos no campo. Neste ensaio a colheita foi feita duas vezes no mês de Abril através da
maturação desuniforme da cultura, a colheita será manual de forma a diminuir a perda dos grãos
no campo.

3.5.7. Controlo de pragas e doenças

Em geral não houve registo de ataques severos de pragas e doenças, tendo sido verificados após
a sementeira, corte das plantas a partir do nó cotiledonar protagonizados por térmites e para o seu
controlo será usado o BANDIT 35% SC. De salientar que no campo fez-se controlo preventivo
com pulverizações realizadas com insecticidas como ZAKANAKA K 6% EC e AGRICYPER
(Cipermetrina) 200 EC.
23

3.6.Características das variedades usadas no experimento

Duas variedades de feijão nhemba respectivamente o IT-16 e IT- 18, foram empregadas no
experimento:

a) A variedade IT – 16, é uma variedade de hábito de crescimento determinada, o formato


das flores são irregulares de cor violeta, o ciclo de maturação é curto que compreende
entre 60 a 70 dias para a colheita, após a sementeira. É uma variedade que chega a atingir
um rendimento de 1800 Kg/ha.
b) A variedade IT – 18 é uma variedade que apresenta um hábito de crescimento
indeterminado, as folhas apresentam um formato oval, as flores são irregulares e de cor
violeta, o ciclo de maturação é caracterizado pela precoce médio em que varia de 70 a 75
dias depois da sementeira, o rendimento desta variedade é de 1500kg/ha.

As duas variedades mostram uma forte tolerância a doenças de Ferrugem, moderado a


ascochitado e uma certa tolerância a seca, também apresenta um duplo propósito, em que serve
de alimento para humanos e para pequenos ruminantes (suínos, cabritos, ovinos etc.), a sua
produção é para todo pais, (IITA - 2018).

3.7.Variáveis analisadas.
3.7.1. Número de Nódulos (NN)

Aos 38 dias após a emergência na fase de floração seis plantas em cada parcela foram escavadas
com uma enxada dentro dos 50cm (evitando a área central com seis fileiras e 3 m de
comprimento estabelecida para estimativa de rendimento de grãos), começando das parcelas não
inoculadas para evitar a contaminação cruzada, os nódulos foram descolados das raízes e
contados para determinar o número do nódulo (NN), primeiro foram os nódulos da raiz principal
e de seguida das raízes laterais.

3.7.2. Peso Seco de Nódulos (PSN em mg)

O peso dos nódulos das plantas foram utilizados da mesma amostragem de seis plantas em cada
parcela, depois da contagem dos nódulos de seguida foram deixados a secar antes de pesar para
24

poder determinar o peso seco dos nódulos (PSN), para isso foi utilizado uma balança de alta
precisão.

3.7.3. Altura das Plantas (cm)

Foi determinada a altura das plantas a partir do nó cotiledonar até a inserção da primeira vagem
no caule principal na fase vegetativa das plantas, foi feita a medição de cada planta em diferentes
tratamentos com auxílio de uma fita métrica de 5 metros, usando seis plantas da área central em
cada tratamento. Fez – se esta determinação devido as duas variedades empregadas no ensaio
apresentarem diferentes hábitos de crescimento vegetativo. De acordo com Yokomizo (1999), a
maior distância da AIPV é particularmente desejada em lavouras tecnificadas, sendo este um
importante componente a ser considerado no desenvolvimento de genótipos para colheita
mecânica do feijão – nhemba.

3.7.4. Número de vagens por planta (NVP)

O número de vagens por planta foi obtido a partir de seis plantas seleccionadas nas seis linhas
centrais. Nessas plantas foram contadas todas as vagens e o número total de vagens foi dividido
pelo número total de plantas da amostra em cada parcela.

NVP =

Adaptado: Autor (2019)

3.7.5. Peso Seco de vagem por planta (PSV em g)

Para determinar o peso seco das vagens obtidas em seis plantas amostrais na área útil ou central
de cada tratamento foi utilizado uma balança de alta precisão.
25

PSV =

Adptado: Autor (2019)

3.7.6. Rendimento total de grãos (RTG, kg/ha)

Na maturidade fisiológica todas as plantas da área central em seis fileiras de 3 metros de


comprimento foram colhidas, as sementes foram secas e pesadas para determinação do
rendimento de grãos (RG), o peso total de cada parcela foi posteriormente convertido para kg/ha-
1
. Com os resultados que foram obtidos em cada tratamento, foi determinado o rendimento total
em kg/ha para cada variedade. Para o efeito foi usada a fórmula segundo Mohler (2010)
apresentada a seguir:

Rendimiento (kg/ha) = x

Adaptado: Autor (2019)

Nb: O número 87 corresponde a diferença entre a humidade máxima e a humidade ideal do armazenamento do
grão: (100 - 12) % = 88%.

3.7.7. Peso de 100 grãos (P100G, em g)

O Peso de 100 grãos, foi obtida após a debulha em cada tratamento, os grãos foram colocados
num saco devidamente etiquetado com referência de cada variedade em estudo. Em cada saco,
foram colhidas aleatoriamente amostras de cem grãos, sem reposição, e estas foram pesadas para
determinar o seu peso.

3.7.8. Peso seco da planta após a colheita (em kg/ha)

O peso seco da planta após a colheita (biomassa) é a parte aérea da planta e serviu para
determinar o rendimento biológico das plantas e foi obtido através do corte do nó cotiledonar de
todas as plantas da área útil que foi feito depois da colheita de todas as vagens da parcela, para
obter o peso foi utilizado uma balança.
26

PB (kg/ha) =

Adptado: Autor (2019)

3.8.Análise estatística dos dados

Antes de qualquer análise estatística, a conformidade dos dados com os pressupostos da


ANOVA, nomeadamente homogeneidade das variâncias e normalidade dos erros, foi verificada.
A correlação de postos de Spearmen foi utilizada para avaliar as relações entre as variáveis
componentes da nodulação de feijão nhemba, crescimento da planta, rendimento e produção. O
teste de Tukey (p <0,05) foi utilizado para separar as médias dos tratamentos sempre que forem
detectadas diferenças entre os tratamentos (ANOVA, p <0,05). Todas as análises estatísticas
foram realizadas com os Software STATA e SISVAR.
27

CAPÍTULO IV. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Neste capítulo são apresentados os resultados das análises obtidos no ensaio, estes são ilustrados
nas tabelas abaixo. As variáveis analisadas ao longo do ensaio foram submetidas à análise de
variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 0.05%
de significância.

O capítulo encontra-se subdividido em três fases, na primeira fase são apresentados aspectos de
resultados e discussões referentes as variáveis de número e peso dos nódulos, a segunda fase é de
resultado e discussão da variável altura das plantas e na terceira fase são apresentados resultados
de análise e discussões das variáveis de rendimento como número e peso das vagens, rendimento
dos grãos, peso de 100 grãos e Peso seco da planta apos a colheita (biomassa), este ensaio foi
submetido a duas variedades e quatro tratamentos com objectivo de avaliar a melhor interacção
entre os tratamentos e as variedades.

3.9.Número dos nódulos

Os resultados da tabela a baixo ilustram em relação ao número médio de nódulos por planta,
estatisticamente não existem diferenças significativas, quer entre as variedades, tanto entre os
tratamentos a nível de 5% de probabilidade. Mas quando submetidas ao teste de comparação das
médias (teste de Tukey), observou-se porém, que a variedade IT – 18 teve melhores resultados
relativamente a variedade IT-16 em função da aplicação dos diferentes tratamentos, também
pode-se notar que o tratamento de adubação nitrogenada teve um bom resultado em relação a
outros tratamentos onde houve aplicação de inoculante.

Portanto, o maior número médio de nódulos foi influenciado pela aplicação dos diferentes
tratamentos, facto que nos remete a perspectivar que o melhor resultado foi obtido na interacção
entre a variedade IT-18 e o tratamento de adubação nitrogenada com uma média de 35.54
nódulos por planta, e o menor número de nódulos foi obtido na interacção da mesma variedade e
do tratamento por inoculação nos sulcos com uma média de 13.88 nódulos por planta.
28

Tabela 4: Número dos nódulos

Variedades
Tratamentos IT - 16 IT - 18
Inoculação na semente 33.98 a 32.21 a
Inoculação no sulco 26.63 ab 13.88 ac
Testemunha 15.92 ac 22.54 ab
Adubação nitrogenada 18.55 ac 35.54 a
Média geral 24.904
CV (%) 41.01
DMS 15.018
Pr 0.0509*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas
mesmas letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

Deste modo, o resultado positivo obtido pode ser justificado pelo simples facto de a adubação
nitrogenada até certo ponto estimulou a maior formação dos nódulos no sistema radicular, por
outro lado, a baixa formação dos nódulos deveu-se pelo facto da provável presença dos rizóbios
nativos no solo, que apresentam um baixo potencial, podendo ter contribuído na fraca simbiose
com o sistema radicular das plantas.

Os resultados semelhantes foram obtidos pelo Ferreira et al. (2011) estudando a nodulação e
produção de grãos em feijão nhemba (Vigna unguiculata l. Walp.) inoculadas com diferentes
isolados de Bradyrhizobium, em diferentes épocas de colecta, onde o número médio dos nódulos
por planta obtido foi semelhante. Os mesmos autores no mesmo ano, estudando diferentes dias
de colecta de nódulos tiveram um resultado similar aos 30 dias antes da sementeira de nódulos
por plantas.

Costa et al. (2006), relataram um aumento do número de nódulos em plantas de feijão-caupi dos
sete DAE até a fase em que as plantas entraram em processo de formação de vagens, quando os
nódulos mais velhos começaram a entrar em senescência e em seguida decomposição, resultando
na diminuição do número de nódulos a partir dos 56 dias. Também Xavier et al. (2007a),
relataram um aumento significativo no número de nódulos até os 50 DAE, sofrendo uma redução
no número a partir dos 60 DAE.
29

Os resultados semelhantes foram encontrados por Souza et. al. (2013), Todas as plantas
utilizadas de Feijão-caupi apresentaram nodulação, constatando-se associação com bactérias
fixadoras de nitrogénio (BFN), sendo obtidos 45 nódulos, das sete amostra de solo colectadas
onde foram encontrados, em média, 13,57 nódulos por amostra de solo, e uma média de 14,42
nódulos por planta cultivada.

De acordo com Silva et al. (2010), falando da fixação biológica do N2 em feijão-caupi sob
diferentes doses e fontes de fósforo solúvel, Em relação ao número de nódulos, a função ajustada
teve valores máximos de 46 e 51 nódulos, estimados com SFS e SFT nas doses de 32,5 e 45,5 kg
ha-1 de P2O5, respectivamente.

3.10. Peso Seco dos nódulos em mg

Os resultados da tabela a baixo demostram a descrição em relação ao peso médio de nódulos por
planta, estatisticamente não existem diferenças significativas, quer entre as variedades, tanto
entre os tratamentos a nível de 5% de probabilidade. Mas quando submetidas ao teste de
comparação das médias (teste de Tukey), observou-se, que a variedade IT – 18 teve melhores
resultados referente ao peso dos nódulos em relação a variedade IT-16 em função da aplicação
dos diferentes tratamentos, portanto, também pode-se notar que o tratamento por inoculação na
semente teve um bom resultado em relação a outros tratamentos.

Contudo, o maior peso médio de nódulos foi obtido na interacção entre a variedade IT-18 e o
tratamento por inoculação nas sementes com uma média de 96.09mg peso de nódulos por planta,
e o menor peso de nódulos foi obtido na interacção entre a variedade IT – 16 e o tratamento por
adubação nitrogenada com uma média de 14.59mg peso de nódulos por planta.
30

Tabela 5: Peso dos nódulos

Variedades
Tratamentos IT - 16 IT - 18
Inoculação na semente 66.59 a 96.09 a
Inoculação no sulco 59.46 a 49.29 bc
Testemunha 35.84 ab 47.81 bc
Adubação nitrogenada 14.59 b 38.09 bc
Média geral 50.967
CV (%) 58.70
DMS 43.995
Pr 0.5718
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas
mesmas letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

O peso dos nódulos acima pode ser explicado pelo simples facto de que as sementes foram bem
inoculadas, por isso, proporcionaram maior acúmulo de nitrogénio dentro dos nódulos, o que
possibilitou maior peso seco dos mesmos e o baixo peso dos nódulos pode ter sido influenciado
pelas elevadas temperaturas e excesso de humidade no solo, estes factores prejudicam ate certo
ponto, devido a baixa tolerância das bactérias fixadoras de nitrogénio no processo de simbiose,
aliado a presença de bactérias nativas que não favorecem a este processo nas plantas.

Resultados semelhantes foram observados por Gualter et al. (2008) avaliando a inoculação e
adubação mineral em feijão nhemba: efeitos na nodulação, crescimento e produtividade,
Inoculado com Bradyrhizobium elkanni estirpe BR-3262 na inoculação nas sementes onde teve
um peso médio de 106.00mg nódulos por plantas. Estes resultados concordam com os obtidos
por Xavier, et al. (2008), o peso dos nódulos apresentaram, no tratamento com inoculação nas
sementes, onde obteve um peso de 118,6 mg mostrando que, em feijão nhemba favorece na
nodulação.

Os resultados similares foram obtidos por Silva et al. (2010), falando da fixação biológica do N2
em feijão-caupi sob diferentes doses e fontes de fósforo solúvel, Para a massa seca de nódulos,
os valores máximos estimados foram de 100 e 121 mg planta, nas doses de 53 Estes resultados
concordam com os obtidos por Xavier et al. (2008), o peso dos nódulos apresentaram, no
tratamento com inoculação, valores médios calculados, por meio das equações de regressão, de
31

118,6 mg mostrando que, em feijão nhemba favorece na nodulação e 96 kg ha-1 de P2O5 das
fontes SFS e SFT, respectivamente.

Os resultados semelhantes foram obtidos pelo Ferreira et al. (2011) estudando a nodulação e
produção de grãos em feijão nhemba (Vigna unguiculata l. Walp.) inoculadas com diferentes
isolados de Bradyrhizobium, em diferentes épocas de colecta, onde o peso ou a massa seca
obtido foi de 339mg de nódulos por planta. Os mesmos autores no mesmo ano, estudando
diferentes dias de colecta de nódulos tiveram um resultado similar aos 45 dias antes da
sementeira um valor de 363mg nódulos por plantas.

Xavier et al. 2007a, relataram um aumento significativo na massa seca dos nódulos e massa
específica de nódulos aumentara significativamente até os 70 DAE. Já em feijão-fava (Phaseolus
lunatus L.), avaliado em dois tipos de solo, o aumento do número de nódulos, massa seca de
nódulos e massa específica ocorrem até os 60 DAE, seguida de uma redução significativa para
estes parâmetros aos 75 DAE, (Santos et al.,2009).

3.11. Altura das plantas em cm

Os resultados de análise de variância da tabela abaixo mostram as diferenças não significativas


na variável de altura das plantas ao nível de 5% de probabilidade, tanto entre as variedades,
como entre os tratamentos, e quando submetidas ao teste de comparação das médias pelo teste de
Tukey, observou-se que as variedades IT - 16 e IT – 18 também não apresentam diferenças
significativas, facto este, que aconteceu quando foi efectuada a comparação das médias nos
tratamentos, onde pôde-se notar algumas diferenças nos tratamentos IT – 16 inoculação nas
sementes e nos sulcos, IT-18 inoculação nas sementes e nos sulcos respectivamente, em relação
ao tratamento testemunha.

Estatisticamente a maior altura foi obtida na interacção da variedade IT-18 inoculação nos sulcos
com uma média de 15.33 cm e a menor altura foi de 11.35 cm obtida na interacção da variedade
IT-16 testemunha.
32

Tabela 6: Altura das plantas

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT - 18
Inoculação nas sementes 14.33 ab 14.49 ab
Inoculação nos sulcos 15.09 a 15.33 a
Testemunha 11.35 ac 12.24 ab
Adubação nitrogenada 13.46 ab 13.47 ab
Média geral 13.725
CV (%) 5.15
DMS 1.039
Pr 0.6254*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas mesmas
letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

O tal resultado pode ser justificado pelo simples facto das variedades apresentarem dois tipos de
crescimentos diferentes, determinado e indeterminado, e com as diferentes reacções de
nitrogenases (nitrogénio atmosférico em compostos nitrogenados) quando submetida à
inoculação e adubação nitrogenada nas mesmas condições agro - climáticas, visto que, a
variedade IT-18 é de crescimento indeterminado e por conscidência é a que obteve maior altura.

Estes resultados conferem com os encontrados por Santos (2014) estudando o desempenho
agronómico de feijão caupi em função do espaçamento e densidade de plantas cultivado nos
sistemas de várzea irrigada e cerrado, onde obteve um valor médio de 10.02 cm de altura ate a
inserção da primeira vagem.

Os valores semelhantes foram obtidos por Matoso (2014), estudando altura das plantas em
diferentes épocas de sementeira de feijão nhemba, onde por outro lado, as cultivares semeadas na
primeira época apresentaram os menores valores (variando entre 9,1 a 14,7 cm) de altura. O
mesmo autor afirma que de maneira geral, a cultivar BRS Novaera apresentou as menores Altura
ate a Inserção da Primeira Vagem.

De acordo com Yokomizo (1999), Para o sistema produtivo moderno, valores de inserção da
primeira vagem inferiores a 12 cm pode resultar em perdas na colheita e, em consequência,
reduzir os ganhos dos produtores. Assim a maior distância da AIPV é particularmente desejada
33

em lavouras tecnificadas, sendo este um importante componente a ser considerado no


desenvolvimento de genótipos para colheita mecânica do feijão – nhemba.

3.12. Número de vagens

Os resultados da análise de variância da tabela a baixo mostraram não haver diferenças


significativas entre as variedades e os diferentes tratamentos. Portanto, quando os mesmos foram
submetidos a comparação das suas médias pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade, estas
diferenças podem ser observadas quando efectuada a comparação entre as variedades, em que
estas apresentaram-se diferentes em todos os tratamentos.

Em termos dos resultados, constatou-se que a variedade IT-18 foi a que teve maior número
médio de vagens por planta em relação a variedade IT-16 em todos os tratamentos, onde a
interacção da variedade IT-18 com o tratamento por inoculação nas sementes obteve uma média
maior, com cerca de 64.5 vagens por plantas, a menor média verificou-se na mesma variedade
por adubação nitrogenada com cerca de 44.5 vagens por planta.

Tabela 7: Número de vagens

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT - 18
Inoculação nas sementes 63.75 a 64.5 a
Inoculação nos sulcos 63.75 a 64.25 a
Testemunha 45.25 ac 44.5 ac
Adubação nitrogenada 51.75 ab 57.0 ab
Média geral 56.843
CV (%) 9.26
DMS 7.7424
Pr 0.6882*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas
mesmas letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

Contudo, uma provável justificação para este resultado pode estar relacionado pelo facto, de que
a variedade apresenta um crescimento indeterminado e ser de ciclo médio, estas características
contribuíram sobre maneira na formação de mais vagens, de igual modo a outra variedade teve
34

resultados não satisfatórios por ser de crescimento determinado e de ciclo curto, aliado ao ataque
de termites, provavelmente influenciou na redução do número de vagens por planta.

Os valores semelhantes foram obtidos por Matoso (2014), estudando número de vagens
diferentes épocas de sementeira de feijão nhemba, onde por outro lado, as cultivares semeadas na
primeira época apresentaram os valores médios de 54.6 vagens. O mesmo autor afirma que de
maneira geral, a cultivar BRS Novaera apresentou as menores Altura ate a Inserção da Primeira
Vagem.

Na perspectiva de Oliveira et al. (2011) e Lopes et al. (2011), relatam que o componente NGV
apresenta pouca importância na selecção da cultivar para o aumento da produtividade, sendo esta
uma variável ligada a herdabilidade genética ao passo que é pouca influenciada pelo ambiente.

3.13. Peso Seco de vagem em g

O resultado de análise de variância na variável peso de vagens por plantas indicou que existem
diferenças não significativas a 5% de probabilidade, mas quando submetidas ao teste de
comparação das médias (teste de Tukey), observou-se que não existe diferenças significativas
entre as variedades e os tratamentos, onde estatisticamente foi observado na análise de variância
que a variedade IT-16 teve melhores resultados em função da aplicação dos diferentes
tratamentos, no entanto, pode-se notar que também há uma pequena variação dos pesos ao nível
dos tratamentos.

Contudo, em termos de interacção entre as variedades com os tratamentos, pode se verificar que,
a melhor interacção observou-se na variedade IT-16 por inoculação nas sementes com cerca de
104g e a abaixa interacção observou-se na variedade IT – 18 na adubação nitrogenada com cerca
de 86.75g, em relação aos restantes tratamentos.
35

Tabela 8: Peso de vagem

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT - 18
Inoculação nas sementes 104.25 a 101.75 a
Inoculação nos sulcos 101.75 a 98.0 a
Testemunha 93.75 ab 86.75 ab
Adubação nitrogenada 95.75 ab 92.5 ab
Média geral 96.8125
CV (%) 6.54
DMS 9.3065
Pr 0.8976*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas mesmas
letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

No entanto, a explicação para este resultado pode estar relacionado ao facto de que a variedade
apresentou um ciclo curto, crescimento determinado e que pode ter contribuído na distribuição
equitativa de nutrientes o que possibilitou um aumento no enchimento dos grãos, portanto, a
variedade que teve menor peso é de crescimento indeterminado e por ser de ciclo médio, esta
característica pode ter influenciado na distribuição desuniforme de nutrientes na planta e como
consequência reduziu o processo de enchimento dos grãos nas vagens.

Os resultados obtidos entram em conformidade com os encontrados por Simplício et al. (2016)
quando fez menção sobre as características de crescimento e produção do feijão nhemba (Vigna
unguiculata L. Walp.) sob aplicação de herbicidas e obteve um peso médio de 110.8g de vagem.

3.14. Rendimento dos grãos em kg/ha

Os resultados da variável rendimento dos grãos em relação a análise de variância demostrou que
não houve diferenças significativas entre as variedades e os tratamentos a nível de 5% de
probabilidade. Portanto, estes resultados quando foram submetidos a teste de comparação das
médias, teste de tukey, constatou-se a existência de diferenças entre as variedades e as variações
das médias nos tratamentos.
36

No entanto, a variedade IT-16, os seus tratamentos não diferem, em contrapartida esta foi a
melhor variedade que se destacou em termos de maiores rendimentos em função da aplicação
dos diferentes tratamentos.

Quanto aos valores absolutos, pode-se notar na tabela acima, que a interacção entre a variedade
IT – 16 com a inoculação no sulco obteve o maior valor médio de rendimento, quando
comparados com os demais tratamentos, com cerca de 1,174.19 kg/ha e o menor valor médio de
rendimento foi obtido na interacção entre a variedade IT – 18 com testemunha com cerca de
579.25 kg/ha.

Tabela 9: Rendimento do grão (kg/ha)

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT - 18
Inoculação nas sementes 1,163.63 a 1,035.20 a
Inoculação nos sulcos 1,174.19 a 1,022.37 a
Testemunha 715.58 ac 579.25 ac
Adubação nitrogenada 960.76 ab 793.66 ab
Média geral 930.578
CV (%) 13.21
DMS 180.7295
Pr 0.9897*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas mesmas
letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

Este resultado pode ser explicado pelo facto de estar associado a uma variedade de hábito de
crescimento determinado, o que pode ter contribuído na distribuição uniforme de nutrientes na
planta, e também influenciou no enchimento dos grãos nas vagens, observou-se também um
ataque de termites que originou na queda de algumas plantas, este factor contribuiu na redução
de número de vagens e como consequência afectou no rendimento dos grãos, mas a pesar destes
factos, as variedades tiveram rendimentos aceitáveis.

Estes resultados entram em concordância com os obtidos por Xavier, et. al. (2008) entretanto,
com a inoculação, a produtividade máxima calculada foi de 1.474kg ha-1, esta produtividade
supera à obtida nas doses 0kg ha-1 de N em apenas 76kg ha-1 de grãos. Os mesmos autores
37

afirmam que a produtividade de grãos do feijão nhemba aumenta com o uso da inoculação e o
efeito dessa prática é favorecida quando o feijão-caupi é adubado com nitrogénio.

Outros resultados similares foram obtidos com Silva et al. (2011), quando inoculou o feijão
nhemba com Bradyrhizobium elkanni (estirpe BR- 3262) a produtividade do grão foi de 1101.1
kg/ha. Resultados semelhantes foram observados por Gualter (2008) avaliando a inoculação e
adubação mineral em feijão nhemba: efeitos na nodulação, crescimento e produtividade,
Inoculado com Bradyrhizobium elkanni estirpe BR-3262 onde a produtividade do grão do feijão
nhemba foi de 1113,50 kg/ha.

3.15. Peso de 100 grãos em g

Os resultados da tabela abaixo mostram em relação ao peso de 100 grãos, estatisticamente não
existem diferenças significativas entre os tratamentos e as variedades pela análise de variância
(P> 0.05). Porém, quando os mesmos resultados foram submetidos a teste de comparação das
médias teste de tukey foram observadas diferenças entre as variedades e os tratamentos.

Quanto aos valores médios, pode se notar claramente que a interacção da variedade IT-16
adubação nitrogenada obteve a melhor média de 11.78 g, e a menor média foi obtida na
testemunha com a interacção da variedade IT-18 com cerca de 7.77 g. Onde verifica-se que, o
peso médio de 100 grãos não foi afectado pelos diferentes tratamentos, pelo que pode-se notar
que as médias obtidas pela interacção dos tratamentos e a variedade IT-16 foram superiores
quando comparadas com algumas médias na interacção dos tratamentos e a variedade IT - 18.
38

Tabela 10: Peso de 100 grãos

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT – 18
Inoculação nas sementes 11.16 a 8.84 a
Inoculação nos sulcos 11.40 a 8.72 a
Testemunha 11.30 a 7.77 a
Adubação nitrogenada 11.78 a 8.67 a
Média geral 9.954
CV (%) 8.96
DMS 1.311
Pr 0.5766*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas
mesmas letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

Esta variável teve como objectivo comparar o peso dos grãos das variedades em diferentes
tratamentos, a variedade IT – 16 obteve maior peso em todos os tratamentos.

Valores semelhantes foram encontrados por Filho et. al. (2009), quando estudou Potencial
produtivo de progénies de feijão nhemba com arquitectura erecta de planta, onde obteve um peso
médio de 9,80 a 10,96g de grãos. Para Barriga e Oliveira (1982), trabalhando com feijão-caupi,
encontraram para esse carácter, em cultivares prostradas e não-prostradas, valores médios de
18,83 e 14,62g, respectivamente.

Com base no valor do coeficiente de variação de 8.96% para o Peso de 100 grãos, que de acordo
com Gomes (1985), considera-se alto confere ao ensaio uma alta precisão nos métodos utilizados
para obtenção dos resultados e os valores das médias obtidas são representativas do
comportamento típico da variável em análise, isto representa maior fiabilidade o que permite a
validação dos resultados.
39

3.16. Peso seco da planta após a colheita em kg/ha

Os resultados da variável peso-seco das plantas após a colheita em relação a análise de variância
demostraram que não houve diferenças significativas entre as variedades com tratamentos a nível
de 5% de probabilidade. Portanto, estes resultados quando foram submetidos a teste de
comparação das médias, teste de tukey, foi observada a existência de diferenças entre as
variedades e variações das médias nos tratamentos.

No entanto, comparando as interacções das variedades com os tratamentos, pode-se observar que
na análise de variância não houve diferença significativa entre os dois factores. Na variedade IT-
18, onde seus tratamentos não diferem, em contrapartida, esta foi a melhor variedade que se
destacou em termos de maiores rendimentos em função da aplicação dos diferentes tratamentos.

Tabela 11: Peso seco da planta após a colheita (kg/ha)

Variedades
Tratamentos IT – 16 IT – 18
Inoculação nas sementes 3,595.33 a 3,235.48 bc
Inoculação nos sulcos 3,169.59 ab 3,850.38 ab
Testemunha 1,765.70 ac 2,438.45 ac
Adubação nitrogenada 3,735.01 a 5,619.08 a
Média geral 3,425.81
CV (%) 48.06
DMS 2421.33
Pr 0.6093*
*Diferença significativa para P <0,05 e não significativas P> 0, 05. As médias seguidas pelas mesmas
letras na coluna, estatisticamente não têm diferenças significativas entre si pelo Teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade.
Fonte: Autor (2019)

Este resultado pode ser explicado devido a maior eficiência na adubação nitrogenada o que pode
ter estimulado positivamente na fase vegetativa da cultura e proporcionou maior produção de
matéria seca da parte aérea das plantas.

Estes resultados concordam com os encontrados no estudo de Bárbaro et al. 2009, a massa seca
da parte aérea não deferiu entre os tratamentos com adubação nitrogenada, inoculação,
coinoculação e o controle (sem inoculação e adubação nitrogenada). Outro estudo realizado por
40

Molla et al. (2001), mostrou que massa seca da parte aérea das plantas de soja não diferenciou-se
entre os diferentes tratamentos de inoculação e coinoculação.

Quanto aos valores absolutos, pode-se notar na tabela acima, na interacção entre a variedade IT –
18 na adubação nitrogenada obteve o maior valor médio de rendimento, quando comparados com
os demais tratamentos, com cerca de 5,619 kg/ha e o menor valor médio de rendimento foi
obtido na interacção entre a variedade IT – 16 com testemunha com cerca de 1,765.25 kg/ha.

No trabalho realizado por Galal et al. (1997), as médias do tratamento de inoculação com
Bradyrhizobium diazoefficiens e N mineral e do tratamento de coinoculação com
Bradyrhizobium diazoefficiens, Azospirillum brasilense e N mineral não foram estatisticamente
diferentes.

Os resultados semelhantes ao que foram encontrados por Milani et. al (2008), quando
referenciou sobre a nodulação e desenvolvimento de plantas oriundas de sementes de soja com
altos teores de molibdénio, Conforme os resultados da análise de variância referentes ao ensaio
não houve diferenças significativas para as variáveis matéria seca de parte aérea (MSPA).

3.17. Análise de correlação entre as variáveis

A correlação estatística, serve para indicar o grau de relação linear ou influência existente nas
variáveis quando submetidas a diferentes estudos, a existência de uma correlação entre duas
variáveis quando uma delas está de alguma forma relacionada com outra. Neste trabalho, a
análise de correlação das variáveis baseou-se no princípio de Triola, que descreveu o seguinte:

 Se 0 <| r | <0,3, é correlação positiva muito fraca, e praticamente nada pode concluir
sobre as variáveis em análise.
 Se 0,3 ≤ | r | <0,6, há uma correlação positiva relativamente fraca entre as variáveis;
 Se 0,6 ≤ | r | <1, há uma correlação positiva altamente significativa.
 Se r = 1, há uma correlação positiva perfeita e positiva entre as variáveis.
41

Tabela 12: Coefiente de correlação entre as variáveis

(obs=32)

NNRP PNRP NNRL PNRL AP NV PV P100G RG PB

NNRP 1.0000
PNRP 0.7824 1.0000
NNRL 0.2469 0.2415 1.0000
PNRL 0.4474 0.6544 0.6500 1.0000
AP 0.4921 0.4905 0.1550 0.3660 1.0000
NV 0.3743 0.5359 0.1506 0.2700 0.4981 1.0000
PV 0.5226 0.5669 0.2035 0.3508 0.8211 0.6905 1.0000
P100G 0.5226 0.5669 0.2035 0.3508 0.8211 0.6905 1.0000 1.0000
RG 0.4536 0.4389 0.2039 0.2017 0.7145 0.3806 0.7583 0.7583 1.0000
PB 0.1630 0.0823 0.1371 0.1952 0.3212 -0.0852 0.1633 0.1633 0.0024 1.0000

Nb: Quando as duas ou mais variáveis forem igual a – 1 significa que as variáveis não são
correlacionados e igual a 1 significa que as variáveis estão exactamente correlacionados.

Os resultados da tabela acima demostram – nos sobre a coeficiência de correlação de todas as


variáveis apresentam uma correlação positiva perfeita e positiva entre as variáveis (r = 1.000),
portanto esta correlação mostra que todas as variáveis estão exactamente correlacionados, isto é,
houve uma relação ou dependência entre as variáveis na cultura.

Contudo, a variável rendimento dos grãos correlacionou-se de uma forma positiva relativamente
baixa com número de nódulos, peso dos nódulos e número de vagem e também correlacionou –
se de uma forma positiva altamente significativa com altura das plantas, peso de vagem e peso de
cem grãos.

Esta dependência ou relação entre as variáveis pode ser justificada pelo facto de que a cultura
teve resultados aceitáveis no rendimento dos grãos. Estes resultados entram em concordância
com os obtidos por Triola (1999), Se r = 1, há uma correlação positiva perfeita e positiva entre as
variáveis.
42

CAPÍTULO V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Com base nos resultados obtidos no experimento, permitem concluir-se que:

 O tratamento inoculação nas sementes respondeu melhor nas duas variedades (IT-16 e
IT-18), com variáveis peso dos nódulos, número e peso das vagens comparando com o
tratamento testemunha.

 A variedade IT – 16 proporcionou melhores resultados nos tratamentos inoculação nas


sementes e nos sulcos em comparação com o tratamento testemunha.

 A interacção da variedade IT – 16 e o tratamento inoculação no sulco teve um efeito


positivo no rendimento médio dos grãos por hectare de 1,174.19 kg/ha. Todas as
variáveis apresentaram uma correlação positiva relativamente baixa e altamente
significativa.
43

5.1.Recomendações

A pós os resultados obtidos no trabalho:

Para pequenos, grandes produtores do distrito de Nampula e de todo país.

 Recomenda-se que utilizem o tratamento inoculação nos sulcos por ter proporcionado um
rendimento dos grãos aceitável.

 Recomenda-se a variedade IT - 16, pois esta expressou melhores resultados, no que diz
respeito no peso das vagens e no rendimento dos grãos.

Ao IITA (Instituto Internacional de Agricultura Tropical) e às outras instituições de


pesquisa:

 Que repita mais estudos de género em campanhas e locais com condições agro -
climáticas diferentes para mais confirmação e validação dos resultados obtidos neste
trabalho;
 Que se faça análise laboratorial do solo, com vista a certificar as quantidades dos
nutrientes existentes no solo, antes de aplicar qualquer tipo de adubo orgânico e
inorgânico.
44

CAPITULO VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Fontes de fósforo solúvel, Biosci. J., Uberlândia, v. 26, n. 3, p. 394-402, May/June 2010
59. Silva, et al., inoculação e adubação mineral na cultura do feijão - caupi em latossolos da
amazônia oriental, revista caatinga, mossoró, v. 24, n. 4, p. 152-156, out.-dez., 2011.
60. Silva, P.H.S., Carneiro, J.S. Pragas no cultivo de Feijão-Caupi, Embrapa Agro biologia,
sistema de produção da Embrapa Meio - Norte, Brasil, 2ª edição, Mar/2017.
50

61. Simplício et al., Características de crescimento e produção do feijão-caupi (Vigna


unguiculata L. Walp.) sob aplicação de herbicidas, Revista AGROTEC – v. 37, n. 1, p.
55-62, 2016.
62. SINGH, B. B. Recent progress in cowpea genetics and breeding. Acta Horticulturae, The
Hague, n. 752, p. 69-76, 2007. Edition of the Proceedings of the International Conference
on Indigenous Vegetables and Legumes, Hyderabad, India, Sep. 2007. Disponível em:
http://www.actahort.org/books/752/752_7.htm.
63. Souza, J.O. et. al. quantificação de nódulos de rizóbios nativos isolados em feijão-caupi
[vigna unguiculata (l) walp.] Xiii jornada de ensino, pesquisa e extensão – jepex 2013 –
UFRPE: Recife, 09 a 13 de Dezembro.
64. Teófilo, E. M.; Paiva, J. B.; Medeiros F., S. Polinização artificial em Feijão-caupi.
(Vigna unguiculata (L.) Walp.). Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.25 n.1, p.220223,
2001.
65. Triola, M. F. (1999). Introdução à Estatística. 7a. Ed. Rio de Janeiro: Brasil.
66. Xavier et al., Influência da inoculação e da adubação nitrogenada sobre a nodulação e a
produtividade de grãos de feijão-caupi. Ciência Rural, Santa Maria, v.38, n.7, p.2037-
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67. XAVIER, T. F. et al. Ontogenia da nodulação de duas cultivares de feijão-caupi. Ciência
Rural, Santa Maria, v. 37, n. 2, p. 561-564, 2007a.
68. Xiong, H., Shi, A., Mou, B., Qin, J., Motes, D., Lu, W., Ma, J., Weng, Y., Yang, W., Wu,
D. 2016. Genetic diversity and population structure of cowpea (Vigna unguiculata L.
Walp). PLoS One 11. ISSN: 1932-6203. DOI:10.1371/journal.pone.0160941.
69. YOKOMIZO, G. K. Interação genótipos x ambientes em topo cruzamentos de soja tipo
alimento com tipo grão. 1999. 170 f. Tese (Doutorado) -Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz, Piracicaba, 1999.
51

Apêndices

Apêndices 1: Tabela de teste de normalidade

Shapiro-Wilk W teste de normalidade

Variável | Obs W V z Prob>z


-------------+------------------------------------------------------
NNRP | 32 0.89584 3.475 2.586 0.44486*
PNRP | 32 0.82076 5.979 3.712 0.10110*
NNRL | 32 0.96765 1.079 0.158 0.43729*
PNRL | 32 0.94309 1.898 1.331 0.09164*
AP | 32 0.93255 2.250 1.683 0.05015*
NV | 32 0.89688 3.440 2.565 0.05516*
PV | 32 0.85907 4.701 3.213 0.66666*
P100G | 32 0.85907 4.701 3.213 0.66666*
RG | 32 0.94969 1.678 1.075 0.14121*
PB | 32 0.94967 1.679 1.075 0.14108*

*P>0.05 as variâncias seguem uma normalidade, Obs é o numero de observações


ou parcelas.

Apêndices 2: Tabela de análise de variância de número de nódulos

Variável analisada: Número de Nódulos

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 41.427753 41.427753 0.397 0.5353
Tratamentos 3 1003.736584 334.578861 3.208 0.0440
Variedades*Tratament 3 955.496509 318.498836 3.054 0.0509
blocos 3 78.052409 26.017470 0.249 0.8609
erro 21 2190.290716 104.299558
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 4269.003972
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 41.01
Média geral: 24.9040625 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------
52

Apêndices 3: Tabela de análise de variância de peso dos nódulos

Variável analisada: Peso de Nódulos

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 1502.068050 1502.068050 1.678 0.2092
Tratamentos 3 12993.497537 4331.165846 4.839 0.0103
Variedades*Tratament 3 1836.387650 612.129217 0.684 0.5718
blocos 3 1465.433362 488.477787 0.546 0.6564
erro 21 18797.446687 895.116509
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 36594.833287
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 58.70
Média geral: 50.9668750 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------

Apêndices 4: Tabela de análise de variáncia de altura das plantas

Variável analisada: Altura das plantas

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 0.854778 0.854778 1.710 0.2052
Tratamentos 3 51.737059 17.245686 34.492 0.0000
Variedades*Tratament 3 0.892159 0.297386 0.595 0.6254
Blocos 3 1.248034 0.416011 0.832 0.4912
erro 21 10.499741 0.499988
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 65.231772
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 5.15
Média geral: 13.7259375 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------
53

Apêndices 5: Tabela de análise de variância de número de vagem

Variável analisada: Número de Vagem

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 16.531250 16.531250 0.596 0.4486
Tratamentos 3 2028.593750 676.197917 24.392 0.0000
Variedades*Tratament 3 41.343750 13.781250 0.497 0.6882
Blocos 3 13.593750 4.531250 0.163 0.9199
erro 21 582.156250 27.721726
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 2682.218750
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 9.26
Média geral: 56.8437500 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------

Apêndices 6: Tabela de análise de variância de peso de vagem

Variável analisada: Peso de vagens

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 136.125000 136.125000 3.399 0.0794
Tratamentos 3 783.625000 261.208333 6.521 0.0027
Variedades*Tratament 3 23.625000 7.875000 0.197 0.8976
Blocos 3 364.375000 121.458333 3.032 0.0519
erro 21 841.125000 40.053571
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 2148.875000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 6.54
Média geral: 96.8125000 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------
54

Apêndices 7: Tabela de análise de variância de rendimento de grãos em kg/ha

Variável analisada: Rendimento do Grãos

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 170336.793628 170336.793628 11.277 0.0030
Tratamentos 3 1117302.561259 372434.187086 24.656 0.0000
Variedades*Tratament 3 1761.979659 587.326553 0.039 0.9897
Blocos 3 205090.120959 68363.373653 4.526 0.0134
erro 21 317206.293316 15105.061586
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 1811697.748822
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 13.21
Média geral: 930.5784375 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------

Apêndices 8: Tabela de análise de variância de peso de 100 grãos

Variável analisada: Peso de 100 grãos

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 67.832128 67.832128 85.292 0.0000
Tratamentos 3 2.105184 0.701728 0.882 0.4662
Variedades*Tratament 3 1.612159 0.537386 0.676 0.5766
Blocos 3 1.792334 0.597445 0.751 0.5339
erro 21 16.701191 0.795295
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 90.042997
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 8.96
Média geral: 9.9546875 Número de observações: 32
--------------------------------------------------------------------------------
55

Apêndices 9: Tabela de análise de variâncias do peso seco de plantas apos a colheita em kg/ha

Variável analisada: Peso de Biomassa

TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA

--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
Variedades 1 4147963.235113 4147963.235113 1.530 0.2298
Tratamentos 3 26598732.610438 8866244.203479 3.270 0.0414
Variedades*Tratament 3 5049455.487137 1683151.829046 0.621 0.6093
Blocos 3 8850843.204213 2950281.068071 1.088 0.3758
erro 21 56936840.736287 2711278.130299
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 31 101583835.273188
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 48.06
Média geral: 3425.8143750 Número de observações: 32

Anexos
56

Anexo 1: Dados brutos do ensaio

BLOCOS TRAT VAR. NRP NRS AP NV PV P100 G RG(kg/ha) PB(kg/ha)


(g)
Número Peso Número Peso
(mg) (mg)
A Inoc - s IT - 16 55 61 163 135 14,33 32 100 113,64 1210,83 1186,87
A Inoc - IT - 16 31 3 90 78 14,29 30 97 110,23 1082,26 1832,39
sulco
A Test. IT - 16 10 31 121 158 11,01 15 54 61,36 1007,17 844,38
A Adub N IT - 16 4 1 108 20 13,66 23 60 68,18 1025,00 1265,78
A Inoc - s IT - 18 35 174 203 433 14,83 33 102 115,91 1100,63 4922,66
A Inoc - IT - 18 71 167 17 274 16,5 31 99 112,50 1070,45 6647,73
sulco
A Test. IT - 18 10 42 210 433 13,52 17 56 63,64 683,63 3710,54
A Adub N IT - 18 19 34 173 189 13,52 25 63 71,59 888,01 4179,29
B Inoc - s IT - 16 31 160 176 320 14,22 38 168 190,91 1126,42 1562,50
B Inoc - IT - 16 37 137 99 205 15,16 34 114 129,55 1502,85 1797,66
sulco
B Test. IT - 16 13 67 140 348 11,13 36 56 63,64 691,06 967,49
B Adub N IT - 16 7 6 117 24 13,66 23 62 70,45 997,58 4187,18
B Inoc - s IT - 18 55 285 177 487 14,5 31 98 111,36 1101,00 2438,45
B Inoc - IT - 18 22 140 81 241 15,66 36 108 122,73 1090,06 2645,20
sulco
B Test. IT - 18 5 35 160 413 12,92 16 52 59,09 689,67 2438,45
B Adub N IT - 18 8 8 57 23 13,51 23 62 70,45 791,95 6180,56
C Inoc - s IT - 16 20 63 163 234 14,33 32 101 114,77 1158,33 6365,21
C Inoc - IT - 16 28 67 120 413 14,28 34 113 128,41 1136,12 3781,57
sulco
C Test. IT - 16 10 29 30 71 12,08 15 42 47,73 756,20 3680,56
C Adub N IT - 16 3 3 97 82 13,52 29 57 64,77 918,05 4827,97
C Inoc - s IT - 18 60 311 139 361 14,32 37 108 122,73 967,44 2511,05
C Inoc - IT - 18 5 8 60 82 14,31 34 103 117,05 949,28 2637,63
sulco
C Test. IT - 18 8 12 77 17 11,09 36 47 53,41 659,19 1657,20
C Adub N IT - 18 30 8 276 298 13,55 31 59 67,05 683,91 7324,81
D Inoc - s IT - 16 32 271 176 354 14,44 35 104 118,18 1158,95 5266,73
D Inoc - IT - 16 29 45 205 479 16,66 33 106 120,45 975,53 5266,73
sulco
D Test. IT - 16 8 20 50 136 11,21 25 54 61,36 407,87 1570,39
D Adub N IT - 16 57 82 52 132 13,02 21 60 68,18 902,38 4659,09
D Inoc - s IT - 18 33 150 71 105 14,34 36 104 118,18 971,73 3069,76
D Inoc - IT - 18 10 51 67 220 14,88 34 99 112,50 979,70 3470,96
sulco
D Test. IT - 18 11 45 60 151 11,45 23 52 59,09 284,89 1947,60
D Adub N IT - 18 46 96 244 258 13,33 31 61 69,32 810,76 4791,67
57

Anexo 2: Esquema Experimental do ensaio (Layout)

4.20 m 21.30 m 44.60 m 1.50 m

6.00 m 8 7 6 2 7 3 5 2

13.50 m
1 3 7 4 4 8 6 1

2.00 m BLOCK A BLOCK B 29.00 m

3 6 5 1 6 1 4 3

1.50 m

4 2 8 5 8 2 7 5

BLOCK C 2.00m BLOCK D

Plot size: 4.20 m x 6.00 m; Number of row per plot: 8; Spacing: 0.60 m x 0.20 m
Distance between plots = 1.50 m; Distance between blocks = 2.00 m; Border of the experiment field = 2.00 m
Total experimental area: 44.60 m x 29.00 m
58

Anexo 3: Imagem do campo na fase da colheita

G.S.C. – IITA 2019

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