Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
Tecla Geraldo Linda
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
Índice
DECLARAÇÃO...............................................................................................................................I
DEDICATÓRIA..............................................................................................................................II
AGRADECIMENTOS...................................................................................................................III
Lista de figuras...............................................................................................................................IV
Listas de abreviaturas......................................................................................................................V
Índices de gráficos..........................................................................................................................VI
Listas de Tabelas...........................................................................................................................VII
RESUMO.....................................................................................................................................VIII
ABSTRACT...................................................................................................................................IX
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.....................................................................................................10
1.1. Generalidades.......................................................................................................................10
1.2. Problema..............................................................................................................................12
1.3. Justificativa..........................................................................................................................12
1.4. Objectivos............................................................................................................................13
1.4.1. Geral..............................................................................................................................13
1.4.2. Específicos....................................................................................................................13
1.5. Hipóteses..............................................................................................................................13
2.2. Adaptabilidade.....................................................................................................................14
2.3. Clone....................................................................................................................................15
2.4.1. Tubérculo-semente........................................................................................................15
3.2.1. Hidrologia.....................................................................................................................20
3.2.2. Solo...............................................................................................................................20
3.3. Materiais..............................................................................................................................21
3.4. Métodos...............................................................................................................................21
3.4.2. Tratamentos...................................................................................................................22
3.5.1. Adubação.......................................................................................................................22
3.5.2. Sementeira.....................................................................................................................22
3.5.4. Rega...............................................................................................................................23
3.5.5. Pulverização..................................................................................................................23
3.5.6. Colheita.........................................................................................................................23
4.1.3.Número de caule............................................................................................................28
4.2.5. Rendimento...................................................................................................................35
5.1. Conclusão.............................................................................................................................38
5.2. Recomendações...................................................................................................................38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................39
Anexos............................................................................................................................................43
I
DECLARAÇÃO
Declaro pela minha honra que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor, e que o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas na
realização da mesma, estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
Lichinga, aos_____de__________________2021
____________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, Geraldo Linda e Elsa Manuel, pelo incentivo, lições de vida e
exemplos práticos de boa convivência porque o verdadeiro valor do Homem, não está na
capacidade de gerar filhos mas sim na coragem de criá-los, formá-los e moldá-los para o mundo,
dedico aos meus irmãos, Dimbwalemwe, Gertrudes, Justina, Vintan, Denicia e Maninho, pela
compreensão em tempos ausentes na qualidade de família.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por estar sempre presente na minha vida e pala força e coragem necessária para que este
sonho se tornasse realidade.
Aos meus supervisores Engº Lourenço João Caunganhae MScLuís Matavela Muloi, pelas
orientações e ensinamentos.
Ao IIAM pela disponibilidade da, área experimental para a realização deste trabalho.
Estende-se também aos meus amigos Amiloca, Arsenio e aos meus colegas da turma que juntos
encaramos os desafios no meio das dificuldades para tornar um “sonho real” e a todos aqueles
que directa ou indirectamente ajudaram-me durante a minha formação, meu muito obrigado!
IV
Lista de figuras
Listas de abreviaturas
(*) Significativo
(NS) Não significativo
AL Altura da planta
CIP Centro Internacional da Batata
CV Coeficiente de variação.
FAO Food and Agriculture Orgazation
FV Fonte de variação
GL Grau de liberdade
IIAM Instituto de Investigação Agrária de
Moçambique
INE Instituto Nacional de Estatística
Índices de gráficos
Listas de Tabelas
RESUMO
A Batata reno (Solanum tuberosum L) é originária na América do Sul, Peru (Cordilheiras dos
Andes), sendo o 4° alimento mais consumido no Mundo, depois de Arroz, Trigo e Milho,
(BLACK, 2008). Esta cultura é produzida em nove províncias de Moçambique, com os distritos
de Angónia e Tsangano, na província de Tete, a contribuírem com cerca de 90% da produção
nacional. Com a libertação de novas variedades de batata reno em Moçambique, os produtores
utilizam várias variedades que são resistentes a diversas condições ambientais para a produção.
Entender a adaptabilidade dos clones de batata reno é crucial para maximizar a produtividade e a
qualidade dos cultivos de batata reno.
ABSTRACT
The Reno potato (Solanum tuberosum L) originates in South America, Peru (Andes Mountains),
being the 4th most consumed food in the world, after Rice, Wheat and Corn, (Black, 2008). This
crop is produced in nine provinces of Mozambique, with the districts of Angónia and Tsangano,
in the province of Tete, contributing around 90% of national production. With the release of new
varieties of reno potatoes in Mozambique, producers use several varieties that are resistant to
different environmental conditions for production.
Understanding the adaptability of reno potato clones is crucial to maximizing the productivity
and quality of reno potato crops.
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
A presente monografia tem como objectivo Avaliar a adaptabilidade de 8 clones de batata reno
nas condições agro-ecólogicas do planalto de Lichinga, no entanto, sua adaptabilidade a
diferentes condições ambientais é fundamental para garantir o sucesso do cultivo.
A Batata reno (Solanum tuberosum L) é originária na América do Sul, Peru (Cordilheiras dos
Andes), sendo o 4° alimento mais consumido no Mundo, depois de Arroz, Trigo e Milho
(BLACK, 2008).
Segundo FAO (2008), a batata reno foi introduzida na região do Vale do Zambeze, a partir do
Malawi, por volta de século 19 por missionários e colonialistas Europeus, de onde se espalhou
para todo o país através dos produtores locais.
A avaliação da adaptabilidade é crucial para selecionar variedades de batata reno que possam
prosperar em diferentes condições ambientais e contextos agrícolas, com ênfase em sua
capacidade de produção e resistência a estresses ambientais.
1.2. Problema
Em Moçambique, existem várias variedades de batata Reno utilizadas pelos produtores, com
mais destaque a Rosita, Rosetta, Hollanda, Ammesthyst, Diamante e Semoc, das quais
apresentam diversos nomes locais. No entanto, estas variedades se encontram degeneradas.
Actualmente, novas variedades (Calinga, Lulimile, Angónia, Kholophete e Chitukuko) foram
aprovadas e propagadas pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) que
apresentam boa adaptabilidade nas zonas frescas do planalto de Lichinga e o rendimento médio
varia de 20 a 30 Ton/ha, para além de tolerância ao míldio, uma das doenças que tem limitado a
produção de batata na época chuvosa. A variedade Calinga é mais produzida no Planalto
Lichinga e é também conhecida como uma variedade de alta produção e produtividade em
comparação com as outras variedades produzidas na região. Mesmo assim, apresenta baixo
rendimento em comparação com outras variedades produzidas no mundo, como as variedades
importadas da África Do Sul, a BP1 e Mondial que os seus rendimentos variam de 30 a 40 ton/ha,
(CAROLINO et al.,2017). Esforços estão sendo criados pelo CIP e IIAM na busca da melhor
variedade de batata que tenham boa adaptabilidade e aceitabilidade por parte das comunidades
locais, no entanto, surge a necessidade de testar oito clones (Clone 1 - 398098.70, Clone 2 -
304350.100, Clone 3 - 398208.570,Clone 4 - 398190.59,Clone 5 - 3992797.23,Clone 6 -
398098.99,Clone 7 - 396033.102 e Clone 8 - 398190.605) provenientes de Peru, de modo
avergoar o melhor clone para a produção massiva da mesma. Diante do cenário surge a seguinte
questão:
Qual dos 8 clones de batata reno se adapta melhor nas condições agro-ecólogicas do planalto
de Lichinga?
1.3. Justificativa
Entender a adaptabilidade dos clones de batata reno é crucial para maximizar a produtividade e a
qualidade dos cultivos de batata. A capacidade de adaptar e seleccionar variedades adequadas
para este tipo de ambiente é essencial para os produtores, contribuindo para a segurança alimentar
e a criação de oportunidades económicas sustentáveis. Isso fornecerá informações valiosas para
produtores, agrónomos e pesquisadores, permitindo a tomada de decisões mais embaçadas no que
diz respeito à selecção de clones viáveis para o cultivo.
13
1.4. Objectivos
1.4.1. Geral
1.4.2. Específicos
Hipótese nula H0: os diferentes clones testados não se adaptam, as condições agro-
ecólogicas de Lichinga.
Hipótese alternativa H1: pelo menos um clone responderá melhor a adaptabilidade as
condições agro-ecólogicas de Lichinga
14
Nesse capítulo são abordadas as bases teóricas, e a origem de ideias e teorias nas quais a pesquisa
se baseia para dar suporte a mesma.
A origem da batata reno (Solanum tuberosum L.), é nativa da América do Sul, Peru e foi
consumida por populações nativas em tempos remotos há mais de 8000 anos.
Segundo Pavek, et al. (2019), A batata Reno desempenha um papel crucial na segurança
alimentar global, proporcionando uma fonte rica em nutrientes e calorias para milhões de pessoas
em todo o mundo. Sua adaptabilidade a uma variedade de condições climáticas e sua capacidade
de cultivo em diversos tipos de solo a tornam uma cultura agrícola valiosa e amplamente
cultivada em várias regiões.
A batata Reno é uma importante fonte de nutrientes na dieta humana, oferecendo uma variedade
de benefícios nutricionais. Rica em carboidratos complexos, vitaminas (como vitamina C e
vitamina B6) e minerais (incluindo potássio e manganês), a batata reno fornece energia
sustentável, fortalece o sistema imunológico e ajuda na regulação da pressão arterial. Além disso,
sua fibra dietética contribui para a saúde digestiva e a regulação dos níveis de açúcar no sangue
(Smith & Johnson, 2020).
2.2. Adaptabilidade
2.3. Clone
De acordo com WEBBER (1903) um clone é definido como uma população de moléculas,
células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original
e entre elas.
Os clones correspondem ao conjunto dos descendentes gerados a partir de uma única planta, por
meio de métodos de reprodução assexuada. Quando a semente germina e se estabelece, poderá
tornar-se uma futura variedade devido à alta heterozigose dessa espécie. Essa nova variedade
poderá ser superior ou inferior em relação aos seus genitores. As características superiores em
relação aos pais, em geral, estão relacionadas à resistência às doenças, aumento da produtividade,
da capacidade de armazenamento e melhoria da qualidade de fritura (ICB, 2018)
Segundo PERREIRA et al. (2003), a batata é uma planta dicotiledónea, pertencente a família
Solanaceae, género Solanum, na qual contém mais de 2000 espécies, das quais mais de 150
produtoras de tubérculos. Cerca de 200 espécies silvestres de batata e 20 cultivadas são
conhecidas, embora se acredite que existem muitas silvestres que, mesmo sendo espécies
tuberíferas, nem sempre formam tubérculos.
2.4.1. Tubérculo-semente
O tubérculo-semente é o principal insumo e, talvez, aquele de maior custo relativo, mas também
fundamental para o bom rendimento e retorno financeiro da cultura. O plantio do tubérculo
semente de qualidade inferior pode vir a comprometer uma safra, mesmo que todas as outras
condições sejam altamente favoráveis ao cultivo, portanto a utilização do tubérculo-semente com
boa sanidade, estado fisiológico e brotação adequada, são fundamentais para o sucesso da cultura
(FUROMOTO, 2010)
De acordo com LOVATO (2012), a raiz da batata reno se origina a partir de gemas subterrâneas e
surge entre o tubérculo-semente na superfície de solo. Apresenta um rápido crescimento nos
primeiros estágios de desenvolvimento da planta até o momento que começa a formação de
16
Para LETZENBERGUER (2005), o caule da batata reno tem duas partes (uma aérea e a outra
subterrânea). A parte aérea é herbácea, com altura que varia de 30 a 90 cm e, a altura da batata
reno depende das condições ambientais (precipitação, humidade relativa, fertilidade de solos e
variedade) podendo variar de 40 a 70cm.
O maior número de hastes ou maior número de folhas da batata reno proporciona maior número
de foto assimilados que são translocados para o crescimento da cultura subsequente maior será
altura. A planta da batata reno é constituída por folhas compostas, formadas por folíolos
irregulares, alguns profundamente recortados, em número e tamanho variáveis, de acordo com a
variedade e até mesmo com as condições de crescimento (PEREIRA, 2003).
A cultura apresenta registo de número considerável de doenças, das quais algumas são de
purificação e propagação rápidas pois reduzem de forma drástica o rendimento da cultura.
As pragas mais importantes registadas nessa cultura são: besouro de colorado da batata, os
afídeos e as cigarras. As principais doenças são míldio tardio, a podridão anelar bacteriana, a
murcha do fusarium, também os que podem causar danos na produção de batata são os rematados
e os vírus (TANZO, 2005)
Zambézia com 628 ha, Maputo Província 528 ha, Gaza com 318 ha, Nampula com 251 ha e
Manica com 140 ha respectivamente (MADER, 2020).
A batata reno é considerada a terceira espécie mais importante entre as batatas em Moçambique.
O País produz, por ano, mais de cem mil toneladas (FAO, 2013).
De acordo com MARTINHO et al, (2011), foram libertadas 7 novas variedades de batata reno,
pelo o IIAM-Centro Zonal Noroeste, com as seguintes características:
a) Angónia
Esta variedade apresentam um ciclo de vida que varia entre 3 a 4 meses, de cor branca e creme,
de tamanho grande, com o formato redondo, boa para a mesa e para fabrico de chips, que é
produzido ambientes frescos com um rendimento médio de mais de 29 toneladas/há
b) Calinga
Esta variedade apresentam um ciclo de vida que varia entre 3 a 4 meses, de cor branca, de tama-
18
nho grande,com o formato redondo, boa para a mesa, resistente ao míldio e tem um bom
armazenamento, podendo ser cultivado em ambientes frescos com um rendimento médio de
mais de 19 toneladas/há.
c) Chitukuku
Esta variedade apresentam um ciclo de vida que varia entre 3 a 4 meses, de cor vermelha de
polpa creme de tamanho grande, com o formato oval, boa para mesa e chips resistente ao míldio e
tem um bom armazenamento, podendo ser cultivado em ambientes frescos com um rendimento
médio de mais de 14 toneladas/há.
d) Kholophethe
Esta variedade apresenta um ciclo de vida até 4 meses, de cor branca de polpa amarela de
tamanho grande, com o formato oval, boa para mesa e chips resistente ao míldio e tem um bom
armazenamento, podendo ser cultivado em ambientes frescos com um rendimento médio de mais
de 17 toneladas/há.
e) Laldas
Esta variedade apresentam um ciclo de vida que varia entre 3 a 4 meses, de cor branca de polpa
branca de tamanho muito grande, com o formato oblongo, boa para mesa e chips, podendo ser
cultivado em ambientes frescos com um rendimento médio de mais de 17 toneladas/há.
f) WaKaya
Esta variedade apresenta um ciclo de vida que varia entre 3 a 4 meses, de cor branca de polpa
branca de tamanho muito grande, com o formato oval, boa para mesa e chips, podendo ser
cultivado em ambientes frescos com um rendimento médio de mais de 18 toneladas/há
g) Lulimile
Esta variedade apresenta um ciclo de vida de 3 a 4 meses, de cor branca de polpa creme de
tamanho grande, com o formato oval, boa para mesa e chips, podendo ser cultivado em ambientes
frescos com um rendimento médio de mais de 17 toneladas/há.
19
Nesse capítulo são abordadas as classificações que caracterizam esta pesquisa, bem como os
procedimentos metodológicos utilizados para a execução da mesma
O ensaio foi realizado na cidade Lichinga no bairro de Massenger, nos campos de produção do
Senhor Tivane, que se localiza no extremo norte do Município de Lichinga na berma da estrada
nacional nº 361. Na província do Niassa ela encontra se no planalto, entre 13º 1425.8"S latitude
norte e 35º 13´14.7"E - longitude este.
A temperatura varia pouco nesta área, sendo mais quente em Setembro /Outubro, com uma média
diária de 21,5°C e mais frio em Julho com uma média diária de 15,7°C. A humidade relativa é
alta nos meses de Janeiro e Fevereiro atingindo 85% e a baixa em Agosto/Outubro (MAE, 2017).
80 18
70 16
60 14
12
50
10
40
8
30
6
20 4
10 2
0 0
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
3.2.1. Hidrologia
3.2.2. Solo
O solo da área em que o experimento foi conduzido, é solo argiloso vermelho. estes que são solos
profundos, de boa drenagem e de matéria orgânica entre baixa a moderada. As suas limitações
agro-ecólogicas são a fixação de fósforos e a baixa fertilidade. Nas formações geológicas com
predomínio de superfícies montanhosas, ondulações superiores a 30% e zonas erosionadas
21
ocorrem solos líticos (leptossolos, solos franco-arenosos, castanhos e pouco profundos (0-30 cm),
possuem uma drenagem excessiva e matéria orgânica entre baixa a moderada. As suas principais
limitações são a pouca profundidade e o risco maior de erosão (CAOMBA, 2018).
3.3. Materiais
Para a montagem e a implementação do ensaio foi extremamente necessário o uso dos seguintes
materiais:
3.4. Métodos
Para o ensaio, usou-se o delineamento de Blocos Completos Casualizados (DBCC). A área total
do ensaio foi de 426.69 m2, com (3) blocos, 9 tratamentos e 3 repetições. Cada tratamento teve 4
linhas das quais 2 uteis e 2 bordaduras. cada linha com 10 covachos, que corresponde na
totalidade 40 plantas por tratamento, perfazendo assim 120 plantas por tratamento e 20 uteis por
cada bloco. Todo o experimento foram semeados 1320 tubérculos. Para o presente estudo foi
aplicado em campo o compasso de 90 cm × 30 cm.
22
3.4.2. Tratamentos
Os tratamentos usados no ensaio consistiram em 8 clones de batata reno e uma variedade local
que serviu de tratamento controlo no ensaio de adaptabilidade, para determinação dos clones
como tratamento submeteu-se a uma atribuição aleatória aos clones, (Anexo 1).
O ensaio foi instalado numa área de 12.96 metros de largura e 33 metros de comprimento
totalizando 426.69 m2.
Para a preparação do terreno, usou-se tractor para fazer duas lavouras mecânicas e duas
gradagem. A pois a gradagem ser feita, foi feita também a arrumação dos camalhões e abertura
de sulcos (com 15 cm de profundidade).
3.5.1. Adubação
No ensaio foram efectuadas duas adubações sendo a 1ª de fundo, que consistiu em colocar o
adubo NPK, nos seus respectivos talhões e envolve-lo com o solo antes da sementeira.
A 2ª adubação que foi de cobertura, que consistiu em colocar o adubo por cima dos camalhões,
isto depois da sementeira. A adubação foi feita com Ureia.
3.5.2. Sementeira
A sementeira foi feita com base em cordas para uniformizar as linhas e estacas graduadas para
uniformizar o compasso entre as plantas e linhas, para cada covacho foi lançado um (1)
tubérculo-semente.
23
Amontoa consistiu em formar uma espécie de camalhões por volta das plantas de modo a criar
condições do bom desenvolvimento dos tubérculos e evitar que eles fiquem expostos a radiação
solar.
3.5.4. Rega
Consistiu em fornecer agua para as plantas de forma regular para suprir as suas necessidades
hídricas, a irrigação foi feita 3 vezes por semana ou quando necessário até a saturação dos solos.
3.5.5. Pulverização
O controle fitossanitário foi feito por meio de aplicação do fungicida denominado Rodimil e para
o maneio de insetos praga foi feita aplicação do insecticida Lambda.
3.5.6. Colheita
A colheita foi feita meses após a sementeira, com ajuda de uma enxada. Foram colectados para
avaliação apenas os tubérculos oriundos dos 8 clones e 1 testemunho da linha destinada à
avaliação de produtividade. Tomaram-se, então, a quantidade de tubérculos total, comercias e não
comercias, e peso de tubérculos comercias e não comercias.
Os dados do presente estudo serão organizados no Microsoft Excel 2010, em seguida, importados
para o pacote estatístico Rstudio versão 4.0.5 para análise de variância (ANOVA) e o teste de
Tukey para a comparação das médias a 5% de significância, e para a normalidade dos resíduos
recorrendo ao teste de Shapiro-Wilk. Como forma de analisar a relação dependente entre as
variáveis submeter-se-á ao teste de correlação de Pearson.
24
Segundo a tabela de análise de variância, os resultados mostram que, para as variáveis número de
hastes e número de caules, o P-valor é maior que o nível de significância de 5%. Isso significa
que as diferentes variedades ou clones de batata Reno não são diferentes entre si em termos de
crescimento, ou seja, o factor clones de batata Reno não tem um efeito significativo sobre o
número de caules e hastes na região do planalto de Lichinga.
25
Por outro lado, a altura da planta apresentou um P-valor menor que o nível de significância de
5%. Isso indica que as variedades ou clones de batata Reno diferem em termos de altura das
plantas, de acordo com o teste F.
Quanto ao factor bloco, o P-valor também é maior que o nível de significância de 5%, sugerindo
que os blocos não têm um efeito significativo sobre as variedades de crescimento.
Segundo BEKELE (2018), no seu estudo que tem como tema Estudo de adaptabilidade de
variedades melhoradas de batata (Solanum tuberosum L.), a altura máxima das plantas foi
registrada com a media de 83,6 cm, Por outro lado, a menor altura de planta foi registrada com a
media de 52,8 cm. Este resultado está de acordo com os achados de SEIFU e BITEWULIGN
(2017) e AREGA et al (2017) onde foi observada maior altura de planta para as variedades,
respectivamente.
Referente aos resultados a cima citados não vão de acordo com os resultados obtidos no presente
estudo, em que para o parâmetro que expressa a altura das plantas, o clones (398190.605), teve a
maior média de 38,9 cm e o clone (398208.570), com a menor média de 12,5cm.
Onde: As médias seguidas pelas letras mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo teste
de Tukey a 5% de significância.
Segundo BEKELE (2018), no seu estudo com o tema Estudo de adaptabilidade de variedades
melhoradas de batata (Solanum tuberosum L.), onde o estududo compreendeu 9 variedades de
27
batata reno, o menor número de haste com a media 3,4, e o maior numero médio de haste foi de
6,53.
Segundo ALFREDO (2021), constatou que houve diferenças significativas a uma probabilidade
de 5% pelo teste de Scottknot (1974), onde verifica-se que o número de hastes varia em função
da variedade Lulimile as maiores médias foram observadas na mesma variedade.
Segundo ALVES et all (2010), dizem que a o número médio de hastes tem variações notórias,
dependendo do tipo de material que se usa em tubérculo esta ronda em 5 hastes, onde nos
mesmos tubérculos há grande variação dependendo do tamanho do mesmo.
De acordo com os resultados do presente estudo, não se assemelham aos resultados a cima
citados, para o parâmetro que expressa o número de hastes o clone (398098.99), teve a maior
média, sendo que o Tratamento (304350.100) teve o menor número médio de haste, para o
tratamento, como ilustra o gráfico 5 estatisticamente não se diferem dos outros clones. Estes
resultados obtidos no presente estudo, o menor número de hastes nos clones testados poderia ser
influênciado deve-se a morte de algumas plantas, fraca absorção de nutrientes, fraca adubação,
tipo de solo, genetica da cultura, fertilidade do solo, disponibilidade de água e maneio do solo.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
28
4.1.3.Número de caule
Segundo BEKELE (2018), no seu estudo com o tema Estudo de adaptabilidade de variedades
melhoradas de batata (Solanum tuberosum L.), a variedade Jalanie possui maior número de caule
com a média de 6,53 e este valor foi estatisticamente semelhante aos números de caule obtidos de
Gudanie 5,8.
Estes resultados comparativamente aos do presente estudo não vão de acordo com forme ilustra a
o gráfico 6. A produção de maior número de caules por cova provavelmente se deve ao maior
número de brotos observados no plantio, o que pode ter resultado de seu potêncial genético para
capacidade de brotação. Por outro lado a produção de menor número de caule pode ocorrer por
meio de diversos factores o tipo de variedade usada para a clonagem (variedade mae), a genetica,
o tempo de formacao, e a intensidade de maturacao.
Segundo ALFREDO (2021), encontrou resultados diferentes e afirmou que no geral a interacção
entre as concentrações e as variedades apresentaram diferenças significativas a uma
probabilidade de 5% pelo teste de Scott-knot (1974), onde observou-se que a variedade
Kholophethe em todas as concentração apresentou maiores medias excepto na concentração mais
elevada que é de 40g/l e a variedade Laldas todas as concentrações apresentaram medias elevadas
excepto na concentração mais baixa que é de 25g/l, mas não menos importante destacar que a
variedade Lulimile apresentou médias elevada na concentração 30g/l isso quanto ao comprimento
do caule. Estes resultados diferem do presente estudo.
Segundo FLORES et all (2014), revelou que para o melhor desempenho do diâmetro do Caule é
necessário ter um bom material de propagação deve ser melhor e que sejam favoráveis a cultura
em produção.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
Onde: FV – Fonte de variação, GL – grau de liberdade, (*) significativo e (NS) Não significativo a
5% de probabilidade pelo teste F; CV – Coeficiente de variação.
De acordo com a tabela acima da analise de variância, os resultados indicam que em relação as
variáveis número de tubérculos comerciais (NTC), número de tubérculos não comerciais
(NTNC), Peso de tubérculos comerciais (PTC), Peso de tubérculos não comerciais (PTNC) e
Rendimento (RDH), o P-valor é maior que o nível de significância de 5%, e pode se afirmar que
as variedades ou clones de batata reno não diferem entre se em relação as variáveis de
rendimento ou seja, o factor clones de batata reno (tratamentos) tem um efeito não significativo
sobre o NTC, NTNC, PTC, PTNC e RDH em relação a sua adaptabilidade no planalto de
Lichinga.
Em relação ao coeficiente de variação (CV), os resultados indicam que o CV das variáveis NTC,
NTNC, PTC, PTNC e RDH foi de 59.66 %, 44.01 %, 48 %, 48.38% e 21.92 % respectivamente,
é classificado como muito alto, e isso significa que a precisão do experimento é muito baixa para
as variáveis em questão.
Segundo SIMÕES (2015), no seu estudo, para o parametro número de tubérculos comerciais
mostraram uma grande diferença significativa entre os tratamentos. De acordo com o somatório
de tubérculos comercializáveis colhidos em todos os talhões de cada tratamento pode se observar
que o tratamento T4, foi o que teve o maior número de tubérculos comerciais. Comparativamente
aos resultados obtidos no presente estudo, estes resultados diferem do presente estudo. A aparente
variação pode ser devida à diferença no potencial genético entre as variedades de batata. Este
facto explica-se pelo facto que durante a pequisa houve algumas pragas biológicas fisiológicos,
físicos e químicos, os quais são determinados pelas condições ambientais (clima, solo e água) e
por factores genéticos da semente que contribuíram para a redução da produtividade.
Os resultados a cima citados diferem dos obtidos no presente estudo, onde a maior media e de
2,66 e a menor media e de 0,6 com forme mostra o gráfico 7.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
O rendimento da batata reno depende de muitos factores, incluindo a condição da semente, época
de plantio, período entre a plantação e emergência, percentagem de emergência, número de
caules por planta, desenvolvimento foliar, estádio de crescimento dos tubérculos e sua maturação,
reacção vegetativa com as extremas condições da temperatura, doenças e ataques de pragas
(BAEUKEMA E VAN DER ZAAG, 1990).
Segundo PLACIDE et al (2022). Na pesquisa que tem como tema Desempenho produtivo,
adaptabilidade e qualidades de processamento de clones de batata pré-liberados sob diferentes
32
Estes resultados não vão de acordo com os do presente estudo, com forme mostra o gráfico 8.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
33
Resultados diferentes foram encontrados por SIMÕES (2015), afirma que o peso de tubérculos
comercializáveis mostraram uma grande diferença significativa entre os tratamentos. De acordo
com o somatório de tubérculos comercializáveis colhidos em todos os talhões de cada tratamento
pode se observar que o tratamento T4, foi o que teve o maior número de tubérculos
comercializáveis. tubérculos seguido do tratamento.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
De acordo com SIMÕES (2015), Referente ao peso de tubérculos não comerciais, verificou-se
que o tratamento T4 foi o que obteve maior peso de tubérculos na sua media e o tratamento T7
foi o que obteve o menor peso de tubérculos não comerciais.
Comparactivamente aos resultados obtidos no presente estudos, estes não vão de acordo com os
resultados achadod no presente estudo.
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
4.2.5. Rendimento
Segundo KARA et al (2018), no seu estudo com o tema: Interação genótipo × ambiente e
análises de estabilidade para características de rendimento e qualidade de batata promissora
(Solanum tuberosum), Paralelamente a este estudo, onde a variavel rendimento dos 13 clones de
batata apresentaram níveis de rendimento maior. Esses clones foram significativamente
superiores à cultivar controle, cujo rendimento foi menor e outros clones de batata. Estes
resultados não vao de acordo com os resultados encontrados neste estudo.
foi de 0,597 Para o clone (304350.100), e 0,729 Para o clone (398098.99), e para a variedade
(Calinga) o rendimento foi de 0,598. Em comparação com os outros clones.
Segundo HEGNEY, et al, (1990), afirmam que a qualidade da semente, origem e fisiologia tem
uma influência no rendimento e na qualidade do tubérculo. Generalizando, sementes saudáveis
dão altos rendimentos e tubérculos com altas gravidades específicas.
Com base nos resultados obtidos, destaca-se que os tratamentos ou clones T2(304350.100),
T6(398098.99) e T9(Calinga) demonstraram maior rendimento na produção e adaptabilidade em
comparação aos demais clones ou tratamentos T1(398098.70), T3(398208.570), T4(398190.59),
T5(3992797.23) e T8(398190.605), que apresentaram rendimentos inferiores dos clones de batata
reno. Essa observação foi realizada sob as condições agroecológicas específicas do planalto de
Lichinga, gráfico 11. É relevante notar que, de acordo com os resultados do teste de Tukey, que
não evidenciou diferenças significativas entre as médias dos diferentes níveis T1(398098.70) a
T9(Calinga) a um nível de significância de 5%, as médias podem ser consideradas
estatisticamente equivalentes entre si. Portanto, estatisticamente, não há distinções discerníveis
nas médias dos clones considerados.
37
Onde: As médias seguidas pela mesma letra mínuscula estatisticamente não diferem entre si pelo
teste de Tukey a 5% de significância.
38
5.1. Conclusão
Com base nos resultados obtidos e nas análises feitas pode-se concluir o seguinte:
Em relação a hipótese de estudo pode se afirmar que os diferentes clones testados não se
adaptam as condições agro-ecológicas no planalto de Lichinga.
5.2. Recomendações
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, D. (2006). Manual de Hortícolas. Lisboa. Editorial Presença. 1a edição. Pág.: 10-
39AMARAL, L. D. (1999). A Conservação da Batata, Livraria Sã da Costa, Lisboa.
ALVES F. M., FERREIRA M. G.& NICK C. (2010). A Cultura de batata reno no Brasil. Brazil.
CRUZ, C.D. & REGAZZI, A.J. (1997). Modelos biométricos aplicados ao melhoramento
genético. 2a .ed. Viçosa: UFV. 390p.
EMBRAPA (2015). Sistemas de produção da cultura de batata.2ª edição.
FAO. (2012). Alimentação e Agricultura Mundial— Livro Estatístico; FAO: Roma, Itália, 2018.
FAO: FAOSTAT. (2009) Crops productions: Potatoes. 2009 Disponível em: . Acesso em: 25
Set. 2014.
FAO:FAOSTAT.Cropsproductions:Potatoes.2009disponívelem:<http://faostat.fao.org/site/
567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor>.
IIAM. (2013). Características Das 7 Novas Variedades De Batata Libertadas Pelo IIAM-Centro
Zonal Noroeste
KARAN, YB., & YILMAZ,G (2018). Interação genótipo × ambiente e análises de estabilidade
para características de rendimento e qualidade de batata promissora (Solanum tuberosum)
genótipos. Departamento de Ciência de Cultivos, Faculdade de Agricultura, Universidade Tokat
Gaziosmanpasa, 60250 Tokat, Turquia.
LITZENBERGER, S.C. (2005). Guide for field crops in the tropics and the subtropics.
LOVATO, C. (2012). Sistema de raízes (em espanhol).
MADER. (2020). Inquérito Agrário Integrado, Moçambique- Resultados definitivos. Ministério
da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
MARTINHO, C.A., ECOLE C.C., & DEMO, P. et al. (2006). Recomendações para o cultivo de
batata no sector familiar no planalto de lichinga. lichinga. Moçambique: Instituto de
investigação agrária de Moçambique
42
PEREIRA, J., & FORTES, L. (2004) Produção de mudas pré-básicas de batata por estaquia a
partir de plantas micro propagadas. horticultura brasileira. Brasília.
PEREIRA.J.E.S. (2003). O cultivo da batata na região sul do Brasil. Brasília
PIRES. J.F, JUNQUEIRA, A.M.R. (2001). Impacto da Adubação Orgânica na produção e
qualidade das hortaliças.Horticultura Brasileira, Brasília, V.19, N.2
SANTI (2020) article: Efeito de diferentes fontes de adubação nitrogenada na cultura de batata
reno (Solanum tuberosun L.).
SIMÕES, E. A, (2015). Avaliação da adaptabilidade de (7) sete clones de batata reno (solanum
tuberosum), e de três (3) variedades (lulimile, bp1 e rosita) locais nas condições agro-ecológicas
do planalto de Lichinga. Faculdade de Ciências Agrárias- Universidade Lúrio. Niassa-Sanga.
SMITH, J. A., & JOHNSON, B. C. (2020). Nutritional Benefits of the Reno Potato: A
Comprehensive Review. Journal of Nutrition and Dietetics, 8(2), 45-56.
TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal. 6.
ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017.
TAVARES, SÍLVIO; CASTRO, PAULO R.C; DE MELO, PAULO C.T. (2002). Cultura da
batata. Piracicaba. 2a edição.
USAID. (2018). Climate Change and Health in Mozambique: Impacts on Diarrheal Disease and
Malaria. 16.WHO. 2015
VASCONCELOS, P. G.; ECOLE, C. C (2008). Maneio da cultura de da batata. Lichinga
Mocambique: Instituto de investigação agrária.
43
Anexos
44