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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

Faculdade de Ciência Agrarias


Curso: Engenharia Agropecuária
Disciplina: Culturas Arvenses
Tema: Cultura de Soja

Discentes: Docente:
Jaqueline Dos Santos. Engº. Quisito Raiva
213052071003
CULTURA DE SOJA (Glycne max
L.)
INTRODUÇÃO
A soja Glycine max (L.) é uma das principais culturas
prduzidas no mundo sendo matéria prima
empregada na elaboração de diversos produtos,
desde óleo até papel. Essa leguminosa, em função
de seu valor econômico e de sua potencialidade de
cultivo em diversas condições de ambiente, tem
apresentado constante desenvolvimento
tecnológico, o que permitiu, entre outras coisas,
aumento significativo de sua produtividade e
expansão de fronteiras agrícolas (OLIVEIRA et al.,
2005).
Generalidade da cultura de Soja
A soja (Glycine max), é uma planta pertence à família
Fabaceae, família esta que compreende também plantas
como o feijão, a lentilha e a ervilha. É empregada na
alimentação humana (sob a forma de óleo de soja, tofu,
molho de soja, leite de soja, proteína de soja, soja em grão
etc.) e animal (no preparo de rações). A palavra "soja" vem
do japonês shoyu. A planta é originária da China e do Japão.
É um grão rico em proteínas. Dentre os sais minerais, os mais
presentes são: potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e
zinco. É fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a
riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido
ascórbico). Porém é pobre em vitamina A e não contém
vitamina D e B12.
Origem
• Centro de origem
no continente
asiático (China e
sul do Japão)
• Exploração
comercial no
ocidente - EUA
(séc. XX).
Aspectos Botânicos
• Reino: Plantae
• Divisão: Magnoliophyta
• Classe: Magnoliopsida
• Ordem: Fabales
• Família: Fabaceae (Leguminoseae)
• Subfamília: Faboideae (Papilionoideae)
• Gênero: Glycine
• Espécie: Glycine max
Valor nutricional
A soja é considerada uma fonte de proteína completa, isto é,
contém quantidades significativas da maioria dos
aminoácidos essenciais que devem ser providos ao corpo
humano através de fontes externas, por causa de sua
inabilidade para sintetizá-los.
Além destes nutrientes, a soja contém a isoflavona,também
chamada de fitoestrógeno, que atua na prevenção de
doenças crônico-degenerativas como o câncer de mama, de
cólon de útero e de próstata. Sua estrutura química é
semelhante ao estrógeno (hormônio feminino) e, por isso, é
uma substância capaz de aliviar os efeitos da menopausa e
da tensão pré-menstrual
Cont.
Produção Mundial
Produção de soja no mundo
em 2016: o principal centro
está em verde, sendo seguido
pelos centros em amarelo e
em vermelho.
Os maiores produtores de soja
do mundo, segundo dados de
2016, eram os Estados Unidos
(35%), seguido do Brasil (27%),
Argentina (19%), República
Popular da China (6%) e Índia
(4%). A produção mundial de
soja em 2010 foi de 258,4
milhões de toneladas.
Cont.
Produção de soja em Moçambique

O primeiro relato de soja em Moçambique é considerado de


1915 e o seu mercado é relativamente novo (emergente,
onde por sua vez, favorece a produção de frango nacional),
tendo um crescimento rápido, com a produção dominada por
pequenos agricultores e com uma margem de lucro
considerável para crescimento da produção. Porém, sao as
regiões norte e centro do País que mais se identificam como
principais produtores desta cultura, onde se destacam com
solo e climas favoráveis e disponibilidade de terra, deste
modo tendo um aumento significativo da Produção. O atual
nível de produção da soja, representa um aumento
substancial no País de pelo menos 32 mil toneladas de grãos,
cultivadas em cerca de 30 mil ha por cerca de 27 mil
agricultores na safra 2011/2012, face à safra 2010/2011 (que
foi de 13 mil toneladas grãos, em 14.000 ha cultivados).
Cont.

Diante deste contexto, com uma superfície de 3.277 km2, o


distrito da Angónia situado no extremo norte-nordeste da
Província de Tete é reconhecido como sendo uma região de
alto potencial agrário, considerando seu clima, cujas
características apresentam uma grande variação na
precipitação, de 725 mm a 1.149 mm, sendo que 90%
acontece entre o final de Novembro ao princípio de Abril. As
temperaturas são caracterizadas pela altitude a qual varia
de 700 m até 1.655 m, sendo em media de 20,9ºC (MAE,
2005).
Em geral, a agricultura é a base para o desenvolvimento em
Angónia. Deste modo, foi criado o Plano Estratégico de
Desenvolvimento do Setor agrário que traçou como um dos
objetivos, juntar sinergias para transformar o sector agrário
de uma agricultura predominantemente de subsistência
para uma
Biologia
Raiz:
- principal axial (pivotante)
- grande número de raízes secundárias (difuso)
- comprimento até 1,8 m (geralmente à 0,15m)
- há presença de nódulos

Caule (haste principal):


- herbáceo, ereto, pubescente e ramificado (0,8 à 1,5m)
- presença de nós
- cada nó, há uma folha e nas axilas destas, uma gema lateral
*formação de ramificações ou inflorescências
- Desenvolvimento terminal depende do tipo de crescimento
Cont.

Folhas:
- cotiledonares ou embrionárias
- simples ou unifolioladas
- compostas ou trifolioladas
- variação da cor verde
- variação nos formatos

Flores:
- completas (cálice, corola, androceu e
gineceu)
- surgem em racemos terminais ou axilares
- coloração branca ou roxa
- florescimento induzido pelo fotoperiodismo
- cada inflorescência (8 à 40 flores)
Cont.

Fruto (legume ou vagem):


- achatado, reto e pouco curvado,
- pubescente (peludos) e deiscente (abre na
maturação)
- 2 à 7 cm em média
- 2 à 20 vagens por inflorescência (até 400 planta)
- 1 à 4 sementes por vagem
- coloração amarelada, cinza ou preta

Semente:
- arredondada ou achatada
- cor do tegumento é variada (amarelada, verde,
preta, etc.)
- cor do hilo é variada (preto, marrom, cinza, etc.)
- massa de 100 sementes (2 à 30 g)
Tipos de crescimento

Determinado: Indeterminado:
- haste principal termina com - não apresenta racemo terminal
racemo terminal - florescimento a partir do 4º ou 5º

- florescimento a partir do 4º ou 5º
(progride para ápice e também para
nó (progride ao ápice)
base)
- floração (87-90% da altura e - floração (50-60% da altura)
massa seca) - pouca** exigente á fertilidade
- exigência de fertilidade - tolera semeadura em época não
- semeadura em época ideal recomendada
Fenologia
Cont.
Condições edafoclimaticas

• Temperatura do ar
• Também influencia duração de estádios e ciclo total;
• Tº ótima: 20-30ºC – cada vez tem sua Tº ótima
• Abaixo de 10 e acima de 40º ocorrem distúrbios
• Não é indicada semeadura com Tº do solo menor que
20ºC
• O fotoperíodo crítico varia de acordo com a
temperatura,
• tornando-se maior com o aumento dela (anos
diferentes?)
• Cultivares precoces tem maior influencia da
temperatura
Água

- 90% da massa da planta


- regulação térmica e solvente
- excesso/déficit são prejudiciais
- 450 á 800 mm ciclo-1
- maior causa de variabilidade
- perdas de até 78% no

Períodos críticos durante o ciclo


Germinação/emergência
 Absorção de 50% sobre a massa da semente
 Solo deve estar de 50 à 85% da capacidade de campo
Floração/enchimento de grãos
 Máxima necessidade de água (superior a 8 mm dia-1)

Resposta da planta ao déficit hídrico


- fechamento estomático
- enrolamento de folhas
- queda prematura de folhas e flores
- abortamento de vagens
Preparação do solo

Sistema convencional
 Subsolador, aração, gradagem, calagem
• Perda de matéria orgânica – redução de
CTC
• Erosão laminar / perda da camada fértil
• Formação de duas camadas.

Sistema de semeadura direta


 Subsolador, aração, gradagem, calagem
(somente no 1º ano)
 Formação da palhada (cultura de inverno)
 Dessecação pré-semeadura
Cont.

Deve ser feita uma lavoura mecanizada


usando tractor com uma profundidade de 0 a
30 cm que facilita a incorporação dos
restolhos da campanha anterior. A sementeira
é feita no inicio da época chuvosa, geralmente
no princípios de Novembro a Dezembro.
Adubação

Fósforo (P) e Potássio (K):


- elevação do teor disponível do nutriente
no solo ao nível crítico, mediante
adubação corretiva total ou gradual (mais
comum)
- suprimento da quantidade de nutrientes
exportada pelos grãos acrescida de
perdas diversas (adubação de manutenção)
- fontes e matérias-prima (atentar para a
salinidade do fertilizante
Cont.
Enxofre (S):
- teor de enxofre no solo seja maior que 10 mg-1 dm3
- do contrário, aplicar 20 kg de S ha-1
Nitrogênio (N):
- não é necessária a aplicação (mesmo p/ “arranque”)
- demanda suprida pela FBN
- inoculação de sementes é recomendada
(Bradyrhizobium spp.)
- utilização de até 20 kg de N ha-1 no sulco (facilidade
adubo formulado)
Cont.

Cobalto (Co):
- participa na síntese de cobamida e da leghemoglobina nos nódulos
- via semente ou foliar: 2 à 3 g 100 kg-1 ou ha-1

Molibdênio (Mo):
- atua como transportador de elétrons nas reações bioquímicas
- cofator enzimático => nitrogenase
- incremento de produtividade em pH <5,5
- aumento de % proteína nos grãos
- semente: 12 á 25 g 100 kg-1 e via foliar: 25 á 50 g ha-1
- em áreas de ILP não aplicar todo ano (nocivo aos ruminantes)
- salinidade nociva às bactérias contidas no inoculante
Inoculação

Microorganismos (Instr. Normativa nº 13, 24/03/2011)


Bradyrhizobium elkanii: Semia 587 e Semia 5019 (29w)
B. japonicum: Semia 5079 (CPAC-15)
B. diazoefficiens: Semia 5080 (CPAC-7)
 Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6)*

Simbiose
- FBN
- Sustentabilidade
- 94% do N total requerido
-Reinoculação anual (8%)

Rizob. Promotora Crescimento Plantas (RPCP)


- FBN
- Síntese de fitormônios
- Solubilização de minerais
- Antagonismo à pragas
Obrigada pela atenção
dispensada

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