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Alberto Raimundo
Universidade Pedagógica
Nampula
2015
1
Universidade Pedagógica
Nampula
2019
Dinis Justino
Universidade pedagógica
Nampula
2019
Índic
e
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO......................................................................................11
Delimitação do tema........................................................................................................13
Justificativa......................................................................................................................13
1.2. Problematização.......................................................................................................14
Objectivos........................................................................................................................15
1.3.1. Objectivo geral......................................................................................................15
1.3.2. Objectivos específicos...........................................................................................15
1.4. Hipóteses..................................................................................................................15
1.5. Enquadramento da pesquisa.....................................................................................16
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................16
2.1. Mosto........................................................................................................................16
2.1.1. Preparação dos mostos de material amiláceo........................................................16
2.2.1. Matérias-primas para produção de álcool via fermentação...................................16
2.2.1.1. Matéria-prima amilácea......................................................................................17
2.2.2. Etanol de milho......................................................................................................18
2.2.3. Tipos de etanol......................................................................................................19
2.3. Etapas de produção do álcool de milho....................................................................19
2.3.1. Fermentação..........................................................................................................20
2.3.1.1. Factores que afectam a fermentação...................................................................20
2.3.2. Destilação..............................................................................................................21
2.4. Viabilidades do etanol feito do milho......................................................................22
2.4.1. As vantagens e desvantagens do etanol.................................................................22
3
APÊNDICE:....................................................................................................................44
ANEXO:..........................................................................................................................48
Lista de Figuras
.
6
Lista de Gráfico
Lista de abreviaturas
Declaração
_______________________________
(Dinis Justino)
9
10
Dedicatória
Este presente trabalho é dedicado exclusivamente aos meus pais (Justino Joaquim
Varine e Fátima Estaia Abudo) pela fé, paciência e coragem que estes tiveram e, mesmo
com obstáculos, fizeram de tudo para que a minha formação académica fosse concreta e
me tornasse aquilo que eu sou hoje.
Dedico a todos meus irmãos, em particular ao Momade Justino, Arnaldo Justino e Elva
Justino pelo esforço material e moral que eles sempre concederam durante o período
dos meus estudos.
Dedico também aos meus tios Basílio Isidro Chuaniha e Fátima Fiquir Trinta que
velaram pela minha estadia na cidade de Nampula durante os meus estudos.
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Agradecimentos
Em primeiro lugar quero agradecer à Deus, o único criador de todas as coisas que
existem, visíveis e invisíveis, pela protecção que tem proporcionado para mim, dia após
dia para que este trabalho fosse realmente concretizado.
Aos meus amigos e colegas do curso, em particular (Eusébio Manuel Muhulua, Hilário
Lucas Bungala, Eulália Dias Murima e Felicite Luvuezo) pelo encorajamento e
colaboração durante a realização deste trabalho e todos aqueles que não pude citar mas
de forma directa ou indirectamente contribuíram, na concretização deste trabalho,
interesso o meu reconhecimento.
12
Resumo
O álcool etílico ou simplesmente etanol cuja estrutura é composta por dois átomos de
carbono, cinco de hidrogénio e um grupo hidroxilo; apresenta-se como líquido, incolor,
de cheiro característico e agradável; volátil, inflamável, solúvel em água, possui ponto
de ebulição e fusão baixo comparando com água que é considerada solvente universal.
Em Moçambique, a produção do etanol é feita de duas vias distintas, industrial e
artesanal. O presente trabalho tem como obejectivo principal avaliar a viabilidade da
produção do etanol a partir do reaproveitamento do mosto fermentado do milho – vulgo
“cabanga” sendo concretizado com apoio do método bibliográfico e experimental como
métodos principais de pesquisa e a base da observação e entrevista não estruturada
foram colhidos os dados, posteriormente apresentados e discutidos sob forma teórica e
gráfica conduzindo assim, as seguintes conclusões da pesquisa: é possível produzir o
álcool à base do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga” a um teor de 58%,
permitindo deste modo em produzi-lo sem muitos custos, pois a produção do álcool em
escala industrial acarreta somas avultados de dinheiro.
Palavra-Chave: Mosto fermentado, milho, cabanga
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
O álcool etílico, etanol, metilcarbinol, álcool vínico, espirito de vinho, álcool de cereais
ou simplesmente álcool cuja estrutura é composta por dois átomos de carbono, cinco de
hidrogénio e um grupo hidroxilo; apresenta-se como líquido, incolor, de cheiro
característico e agradável; volátil, inflamável, solúvel em água, possui ponto de ebulição
e fusão baixo comparando com água que é considerada solvente universal.
A partir da ideia supracitada, pode-se perceber que o etanol é uma substância de multi-
aplicação na vida humana. No contexto moçambicano, particularmente na província de
Nampula, o etanol é indispensável pois a procura deste nos laboratórios, seja de saúde
tanto de ensino, está cada vez mais a crescer, razão pela qual haver necessidade de
incutir formas de colmatar essa situação.
O etanol ocupa cada vez mais uma posição de destaque no contexto mundial, pois é um
recurso estratégico que envolve aspectos económicos, energéticos, de impacto
ambiental até de segurança alimentar (WOSCH, 2010).
Para fins práticos, existem somente duas técnicas para se produzir etanol
industrialmente, são elas: pela síntese química do etanol a partir de outras substâncias
químicas ou pela via fermentativa seguida da separação do etanol por destilação.
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Delimitação do tema
Reaproveitamento do mosto fermentado de milho vulgo “cabanga” para produção
laboratorial do etanol na UP-Nampula 2018/2019
Justificativa
No dia-a-dia, quando as Mídias falam em álcool, está se referindo ao álcool comum,
conhecido como álcool etílico e de nome oficial etanol; porém, álcool etílico possui
numerosas aplicações na sociedade tais quais destacam-se: é usado na indústria de
cervejaria para o fabrico de bebidas alcoólicas; na saúde é usado como desinfectante; na
indústria cosmética é usado como solvente de tintas, lacas, vernizes e perfumes; na
indústria farmacêutica é usado para preparar os produtos farmacêuticos; na medicina é
usado para síntese de drogas e; nos laboratórios é usado para efectuar-se muitas
experiências. Também o etanol é usado como produto de partida para várias sínteses
orgânicas: por oxidação origina acetaldeído e depois ácido acético pode ser desidratado
para formar éter e pode ser usado na síntese do butadieno (borracha sintética) entre
outras aplicações.
Em relação a educação, importa dizer que a qualidade de ensino figura nas prioridades
de qualquer Estado, razão pela qual quase que todos governos se preocupam em
promover serviços de educação de qualidade para proporcionar um bom processo de
ensino e aprendizagem ao seu povo. Proporcionar o tal processo aos que precisam não
se limita apenas na transmissão de conteúdos de forma teórica, o uso de práticas
relacionadas aos conteúdos aprendidos é o factor relevante para que os esforços
empreendidos para o bom funcionamento do processo de ensino e aprendizagem (PEA)
tenham resultados eficazes. Porém nota-se que, nos estabelecimentos de ensino
secundário tanto como superior em todo país de modo particular na província de
Nampula durante as aulas, há falta de realização das experiências relacionadas aos
conteúdos que precisa o uso dessa substância (etanol), um dos factores dessa situação,
pode ser a carência desta substância nos laboratórios, onde o governo é obrigado cada
vez mais a gastar somas avultados de dinheiro para importa-la contribuindo deste modo
a queda significativa da economia, motivo pelo qual pretende-se colmatar essa ruptura
de estoque deste álcool (etanol) a partir de materiais locais.
16
1.2. Problematização
A evolução da humanidade depende do desenvolvimento da ciência, técnica e da
tecnologia proporcionando assim um crescimento económico acelerado em quase todas
as nações do Planeta, incluindo Moçambique.
No entanto, o etanol é uma substância que pode ser obtido a partir dos materiais locais,
como o milho, que é a matéria-prima principal usada para o fabrico de uma bebida
alcoólica, vulgarmente conhecida por cabanga.
17
Um dos factores que torna a produção de etanol por fermentação a forma mais
económica de sua obtenção, é o grande número de matérias-primas naturais existentes.
Aliado à este facto o reaproveitamento do mosto fermentado do milho para produção
laboratorial do etanol pode ser sustentável dado que a maior parte das famílias
nampulenses subsistem graças a venda de cabanga a preços acessíveis, contudo, parte
considerável deste mosto não é consumido e como consequência é descartada ao
ambiente sem nenhum controlo, pondo em risco não só a estética ambiental como
também servindo de foco de vectores de doenças.
Objectivos
A presente pesquisa teve como:
1.4. Hipóteses
A produção de etanol a partir do mosto fermentado do milho acarreta menores
custos;
O álcool produzido possui parâmetros de qualidade universalmente aceites e;
O álcool produzido à base do mosto fermentado do milho – “vulgo cabanga”
fornece melhor capacidade de combustão.
18
2.1. Mosto
Denomina-se mosto todo líquido açucarado apto a fermentar. O seu preparo e
correcções compreendem diversas operações que visam transformar e corrigir a matéria-
prima, tornando-a um líquido açucarado susceptível de sofrer fermentação (QUEIROZ,
1994).
Milho
obstáculos para que sua viabilidade comercial ocorra e que seja rentável
ambientalmente (SIFAEG, 2016).
LOPES et all (2011), o álcool de milho pode ser produzido por dois processos: O
primeiro, por via húmida, predominante até 1990, e o segundo, pela via seca, o mais
utilizado actualmente.
2.3.1. Fermentação
Macedo (1993), diz que,
Assim, na produção do álcool por via fermentativa, distinguem-se três fases: o preparo
do substrato (mosto), a fermentação e a destilação. O preparo do substrato e o
tratamento da matéria-prima para dela se extraírem os açúcares fermentescíveis difere
para as distintas matérias-primas.
2.3.2. Destilação
CABRAL; KREMER; TROSSINI (2006) descreve que,
Desvantagens
No mercado, a alta e a baixa do preço da matéria actua como um ponto negativo, isso
pode causar uma supervalorização em certas épocas, redirecionando o mercado para
algo que seja mais rentável. Por isso, é necessário ter depósitos grandes se ocorrer
aumento no preço para realizar estocagem (ALMEIDA, 2014).
25
Explicativo
Experimental;
Durante a realização deste trabalho, foi necessário o uso das experiências para produzir-
se o etanol a partir do mosto fermentado de milho – “vulgo cabanga”e;
Bibliográfica.
27
Qualitativo.
Métodos de pesquisa
A pesquisa em causa baseou-se em três métodos, a saber:
Método Indutivo
Método Quantitativo
Método Experimental
Parte experimental
A parte experimental obedeceu as seguintes fases:
a) Materiais
Algodão e uma caixa de fósforo;
2 Béqueres de 1000 mL;
Enxada;
Colmem; cronómetro (relógio ou telefone celular);
Um funil; Dois balões volumétricos de base chata de 50 mL e um de 100 mL;
Uma pinça metálica;
Um suporte universal;
Recipiente de polietileno de 5 litros.
b) Substâncias usadas
Água destilada e corrente da torneira;
Amostra: mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”
c) Equipamentos
Destilador de 1L;
Fonte de aquecimento à 55.0oC.
Destilação da amostra
Fonte: Autor.
30
Após, lavou-se o béquer por três (3) vezes para remover todas partículas do
mosto e adicionou-se à câmara de aquecimento do destilador;
Em seguida, acoplou-se na câmara de aquecimento do destilador um plástico
com ajuda de uma borracha e colocou-se a tampa para evitar-se a fuga dos
vapores; e acoplou-se também na ponta exterior do alambique um plástico limpo
e furado para permitir a saída das gotas do destilado, como mostra a figura 3;
Fonte: Autor.
Aos dezasseis (16) minutos, colocou-se o segundo balão para colher o coração
do destilado durante 4 minutos;
Depois de passar vinte (20) minutos, colocou-se o terceiro balão volumétrico de
base chata para colher a cauda do destilado, que durou 10 minutos;
Durante 15 descartou-se a parte remanescente do mosto e repetiu-se os mesmos
passos acima citados até terminar a destilação de toda amostra;
Depois de terminar-se com a destilação, redestilou-se cada parte do destilado
(cabeça, coração e cauda) para obter-se o maior grau alcoólico;
Já com álcool produzido, fez-se uma experiência de contextualização das
reacções de combustão, processo do experimento: com ajuda de pinça metálica
pegou-se o algodão, de seguida introduziu-o no álcool e com fósforo acendeu-se
o sistema, conforme a figura 4;
Fonte: Autor.
A parte remanescente, isto é, o escoto foi enterrada com ajuda de uma enxada,
como se mostra na figura 5;
Fonte: Autor.
Análises físico-químicas
Observação
Experiência
3.4.1. Universo
Consiste como universo desta pesquisa, toda quantidade que sobra da venda de mosto
fermentado do milho- "vulgo cabanga", na cidade de Nampula, Bairro de Muhala-
Belenenses; estimada em média 7 litros de mosto.
3.4.2. Amostra
A amostra consiste em apenas 5 litros do mosto fermentado que são utilizados para a
produção do etanol no laboratório da Universidade Pedagógica – Nampula.
5
2
1
8
3
4
6
7
Fonte: Autor
Legenda :
1. Alambique;
2. Condensador;
3. Torneira do condensador;
4. Camara de aquecimento;
5. A ponta exterior do alambique;
6. Suporte universal;
7. Mangueira de latex;
8. Plástico de acoplamento da câmara de aquecimento;
9. Fonte de aquecimento à 55.0ºC.
4.2. Destilação
Fonte: Autor
Nesse processo utilizou-se o método de destilação fracionada, no qual houve a
separação de misturas homogéneas, do tipo líquido-líquido. Os líquidos foram
separados através de seus pontos de ebulição. Durante o aquecimento das misturas,
conforme citado anteriormente, foi separado, primeiro o líquido de menor ponto de
ebulição, depois o líquido de ponto de ebulição intermediário e sucessivamente até o
líquido de ponto de ebulição maior, produziu-se deste modo uma quantidade em média
211.66 mL de álcool, como mostra os dados do gráfico 1 da quantidade de cada amostra
e o valor médio.
36
220
215
210
205
200
195
190
185
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média
Gráfico 1: Avaliação da quantidade do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.
Como se vê, as informações acima citadas foram apenas para destilar-se um (1) litro do
mosto fermentado do milho que durou 33 minutos para além dos 11 minutos que
passam antes de começar a gotejar que somou 44 minutos. Portanto, dos cinco litros do
mosto durou 220 minutos.
VALORES
MÉDIOS DO
148,33 144.5 250
PREÇO E DO
VOLUME DE
ETANOL
Fonte: autor
4.4.1. Aspecto
A análise do aspecto físico das três amostras do álcool produzido à base do mosto
fermentado do milho “vulgo cabanga”, de acordo com os dados apresentados em
apêndice, foram os seguintes: a primeira amostra analisada no dia 18/03/2019 foi
levemente turvo, a segunda e a terceira amostra analisadas no dia 24/04/2019, foram
levemente turvo e límpido respectivamente.
4.4.3. Cor
O produzido a base do mosto fermentado do milho, possui as seguintes coloração: a
primeira e terceira amostra foram ligeiramente leitosa e a segunda foi incolor, conforme
os dados resultantes das análises feitas no LHAA, em apêndice.
Gráfico 1: A avaliação de acidez total do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.
No gráfico 2, mostra-se o valor médio do grau alcoólico (%) resultante dos valores de
cada amostra usada para produção do etanol, conforme os dados do laboratório de
Higiene de água e Alimentos mostrados no apêndice.
59
58.5
58
57.5
57
56.5
56
55.5
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média
Gráfico 2: Avaliação do grau alcoólico do etanol produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.
De acordo com os dados da tabela acima, mostram que produziu-se o álcool a um grau
alcoólico em média de 58%.
40
5.55
5.5
5.45
5.4
5.35
5.3
5.25
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média
Por último, a terceira hipótese proposta pelo autor “o álcool produzido à base do mosto
fermentado do milho – vulgo “cabanga” fornece melhor capacidade de combustão” esta
hipótese foi válida também, visto que durante o experimento realizado de combustão
onde o álcool produzido à base do reaproveitamento do mosto fermentado do milho
“vulgo cabanga” foi usado como o combustível, produziu altas chamas e desta feita
mostrou de forma clara o poder de combustão que o álcool produzido tem.
42
5.1. Conclusão
5.2. Sugestões
5.3. Limitações
Qualquer trabalho científico tem suas limitações e este não foge das mesmas. Deste
modo as principais foram:
Referência bibliográfica
ALMEIDA, L. Manoel. Planta de cana e milho – Estudo de caso Usimat, 2014.
Disponivel em: < http://piracicabaengenharia.com.br/2017/planta-de-cana-x-planta-de-
milho-estudo-de-casousimat> . Acesso em: 18 ago. 2017.
APÊNDICE:
47
48
49
50
ANEXO:
Figura 8: Recolha e conservação da amostra.
Fonte: autor
A B
Fonte: Autor
Figura 10: Álcool produzido.
51
Fonte: Autor.