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Alberto Raimundo

Uso da compostagem no tratamento do lixo orgânica doméstico:


Um estudo realizado no bairro de Namutequeliua, Unidade comunal Marien Ngouabi,
ano 2014-2015

Universidade Pedagógica
Nampula
2015
1

Universidade Pedagógica

Nampula

2019

Dinis Justino

Reaproveitamento do mosto fermentado do milho vulgo “cabanga” para produção


laboratorial do etanol

Monografia de pesquisa a ser apresentada no


Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, Delegação de Nampula, para
obtenção do grau académico de Licenciatura
em ensino de Química com Habilitações em
gestão de Laboratórios – Química.
Supervisor: Eng. Alberto Manuel Nipuca
2

Universidade pedagógica

Nampula

2019

Índic

e
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO......................................................................................11
Delimitação do tema........................................................................................................13
Justificativa......................................................................................................................13
1.2. Problematização.......................................................................................................14
Objectivos........................................................................................................................15
1.3.1. Objectivo geral......................................................................................................15
1.3.2. Objectivos específicos...........................................................................................15
1.4. Hipóteses..................................................................................................................15
1.5. Enquadramento da pesquisa.....................................................................................16
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................16
2.1. Mosto........................................................................................................................16
2.1.1. Preparação dos mostos de material amiláceo........................................................16
2.2.1. Matérias-primas para produção de álcool via fermentação...................................16
2.2.1.1. Matéria-prima amilácea......................................................................................17
2.2.2. Etanol de milho......................................................................................................18
2.2.3. Tipos de etanol......................................................................................................19
2.3. Etapas de produção do álcool de milho....................................................................19
2.3.1. Fermentação..........................................................................................................20
2.3.1.1. Factores que afectam a fermentação...................................................................20
2.3.2. Destilação..............................................................................................................21
2.4. Viabilidades do etanol feito do milho......................................................................22
2.4.1. As vantagens e desvantagens do etanol.................................................................22
3

2.5. Parâmetros físico-químicos do etanol......................................................................23


CAPÍTLO III: METODOLOGIA DE PESQUISA.........................................................24
3.1. Tipo de pesquisa.......................................................................................................24
3.1.1. Quanto aos objectivos............................................................................................24
3.1.2. Quanto aos procedimentos técnicos......................................................................24
3.1.3. Quanto a abordagem..............................................................................................25
Métodos de pesquisa........................................................................................................25
Parte experimental...........................................................................................................25
Materiais, substâncias usadas e equipamentos................................................................26
2.3. Técnicas de recolha de dados...................................................................................30
3.4. População e amostra.................................................................................................31
3.4.1. Universo................................................................................................................31
3.4.2. Amostra.................................................................................................................31
CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS...............................................................................................................31
4.2. Destilação.................................................................................................................32
4.3. Tempo gasto durante a produção do álcool..............................................................34
4.4. O custo da produção do etanol do mosto fermentado do milho...............................34
4.5. Análises físico-químicas do álcool produzido..........................................................35
4.4.1. Aspecto..................................................................................................................36
4.4.2. Cheiro e sabor........................................................................................................36
4.4.3. Cor.........................................................................................................................36
4.4.4. Acidez total............................................................................................................36
4.4.5. Grau alcoólico.......................................................................................................37
4.4.6. pH do álcool produzido.........................................................................................38
4.5. Apresentação e verificação das hipóteses.................................................................38
4.5.1. Verificação da primeira hipótese...........................................................................38
4.5.2. Verificação da segunda hipótese...........................................................................39
4.5.3. Verificação da terceira...........................................................................................39
CAPÍTULO V: CONCLUSÃO, SUGESTÕES E LIMITAÇÕES..................................40
5.1. Conclusão.................................................................................................................40
5.2. Sugestões..................................................................................................................40
5.3. Limitações................................................................................................................41
Referência bibliográfica..................................................................................................42
4

APÊNDICE:....................................................................................................................44
ANEXO:..........................................................................................................................48

Lista das tabelas

Tabelas 1: Especificações do etanol anidro combustível e do etanol hidratado


combustível……………………………………………………………………………….

Tabelas 2: Os preços do álcool das farmácias consultadas na cidade de Nampula……


5

Lista de Figuras

Figura 1: Estrutura típica do milho

Figura 2: Medição do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”

Figura 3: Acoplamento da ponta do alambique e da câmara de aquecimento

Figura 4: Experimento de contextualização das reacções de combustão

Figura 5: Esquema de montagem do sistema de destilação

Figura 6: Processo de destilação feito durante o experimento

Figura 7 – A e B: Recolha e conservação da amostra.

Figura 8: Transferência do béquer a câmara de aquecimento do mosto fermentado do


milho e processo de destilação

Figura 9 - A e B: Transferência do béquer a câmara de aquecimento do mosto


fermentado do milho e processo de destilação

Figura 10: Álcool produzido.

.
6

Lista de Gráfico

Gráfico 1: Avaliação da quantidade do álcool produzido à base do mosto fermentado do


milho "vulgo cabanga"

Gráfico 1: A avaliação de acidez total do álcool produzido à base do mosto fermentado


do milho "vulgo cabanga"

Gráfico 1: A avaliação de pH do etanol produzido à base do mosto fermentado do milho


"vulgo cabanga"

Gráfico 2: Avaliação do grau alcoólico do etanol produzido à base do mosto fermentado


do milho "vulgo cabanga"
7

Lista de abreviaturas

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


a.C. – antes de Cristo
ANP – Agência Nacional de Petróleo
ASTM –
A.T – Acidez Total
DDGS –
EAC - Etanol Anidro Combustível
Etc. – Etecetera
EHC - Etanol Hidratado Combustível
INPM - Instituto Nacional de Pesos e Medidas
G.A – Grau Alcoólico
LHAA – Laboratório de Higiene de Águas e Alimentos
LII – Límpido e isento de impurezas
NPL – Nampula
pH – Potencial hidrogeniónico
PEA – Processo de Ensino e Aprendizagem
SSF - Sacarificação e fermentação simultânea
UP – Universidade Pedagógico
o
– Grau
°C – Grau Célsio
% - Percentagem
8

Declaração

Declaro que esta monografia é o resultado da minha investigação pessoal e das


orientações do meu supervisor. O seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas
estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Igualmente
declaro que esta Monografia nunca foi apresentada em nenhuma outra instituição para a
obtenção de qualquer grau académico.

Nampula, aos ___ de ____________ de 2019

_______________________________

(Dinis Justino)
9
10

Dedicatória

Este presente trabalho é dedicado exclusivamente aos meus pais (Justino Joaquim
Varine e Fátima Estaia Abudo) pela fé, paciência e coragem que estes tiveram e, mesmo
com obstáculos, fizeram de tudo para que a minha formação académica fosse concreta e
me tornasse aquilo que eu sou hoje.

Dedico a todos meus irmãos, em particular ao Momade Justino, Arnaldo Justino e Elva
Justino pelo esforço material e moral que eles sempre concederam durante o período
dos meus estudos.

Dedico também aos meus tios Basílio Isidro Chuaniha e Fátima Fiquir Trinta que
velaram pela minha estadia na cidade de Nampula durante os meus estudos.
11

Agradecimentos

Em primeiro lugar quero agradecer à Deus, o único criador de todas as coisas que
existem, visíveis e invisíveis, pela protecção que tem proporcionado para mim, dia após
dia para que este trabalho fosse realmente concretizado.

Também quero interessar o meu agradecimento ao meu supervisor, Eng o Alberto


Manuel Nipuca, por aceitar a missão que ele teve para comigo que contribuiu
positivamente de modo que este trabalho fosse uma verdadeira realidade, sem me
esquecer de todos docentes do curso de Química que de forma sábia deram os seus
contributos com intuído de ver este trabalho a chegar num ponto em que hoje se
encontra.

Aos meus amigos e colegas do curso, em particular (Eusébio Manuel Muhulua, Hilário
Lucas Bungala, Eulália Dias Murima e Felicite Luvuezo) pelo encorajamento e
colaboração durante a realização deste trabalho e todos aqueles que não pude citar mas
de forma directa ou indirectamente contribuíram, na concretização deste trabalho,
interesso o meu reconhecimento.
12

Resumo

O álcool etílico ou simplesmente etanol cuja estrutura é composta por dois átomos de
carbono, cinco de hidrogénio e um grupo hidroxilo; apresenta-se como líquido, incolor,
de cheiro característico e agradável; volátil, inflamável, solúvel em água, possui ponto
de ebulição e fusão baixo comparando com água que é considerada solvente universal.
Em Moçambique, a produção do etanol é feita de duas vias distintas, industrial e
artesanal. O presente trabalho tem como obejectivo principal avaliar a viabilidade da
produção do etanol a partir do reaproveitamento do mosto fermentado do milho – vulgo
“cabanga” sendo concretizado com apoio do método bibliográfico e experimental como
métodos principais de pesquisa e a base da observação e entrevista não estruturada
foram colhidos os dados, posteriormente apresentados e discutidos sob forma teórica e
gráfica conduzindo assim, as seguintes conclusões da pesquisa: é possível produzir o
álcool à base do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga” a um teor de 58%,
permitindo deste modo em produzi-lo sem muitos custos, pois a produção do álcool em
escala industrial acarreta somas avultados de dinheiro.
Palavra-Chave: Mosto fermentado, milho, cabanga
13

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

O álcool etílico, etanol, metilcarbinol, álcool vínico, espirito de vinho, álcool de cereais
ou simplesmente álcool cuja estrutura é composta por dois átomos de carbono, cinco de
hidrogénio e um grupo hidroxilo; apresenta-se como líquido, incolor, de cheiro
característico e agradável; volátil, inflamável, solúvel em água, possui ponto de ebulição
e fusão baixo comparando com água que é considerada solvente universal.

Os dados históricos sobre a produção e consumo das primeiras bebidas alcoólicas


fermentadas datam do Antigo Egipto. Os árabes foram os primeiros a inventarem o
processo de destilação, sendo este muito semelhante ao existente actualmente.
Entretanto, a preparação na forma pura foi feita por Tobias Lowitz, químico russo, em
1795 (AMPAQ, 2010).

Embora o etanol esteja, nos últimos anos, muito associado a um


carácter combustível, sempre teve, desde a Revolução Industrial,
várias aplicações, das quais podemos citar: alimentício e
farmacêutico, como matéria-prima para a confecção de bebidas e
vinagre. Tem ampla aplicação na extracção de essências vegetais
usadas na confecção de perfumes e medicamentos devido à sua
propriedade de actuar como solvente de aromas. Também é utilizado
na fabricação de vacinas e antibióticos e possui um amplo uso como
produto de limpeza e anti-séptico; Cosméticos: é utilizado na
confecção de perfumes, desodorantes, cremes e produtos de toalete
em geral; Industrial: participa como componente de detergentes,
produtos de limpeza, tinturas, têxteis, solventes, etc. e; Combustível:
o álcool pode ser utilizado como combustível de veículos ou em
misturas carburantes (LOPES et all, 2011).

A partir da ideia supracitada, pode-se perceber que o etanol é uma substância de multi-
aplicação na vida humana. No contexto moçambicano, particularmente na província de
Nampula, o etanol é indispensável pois a procura deste nos laboratórios, seja de saúde
tanto de ensino, está cada vez mais a crescer, razão pela qual haver necessidade de
incutir formas de colmatar essa situação.

O etanol ocupa cada vez mais uma posição de destaque no contexto mundial, pois é um
recurso estratégico que envolve aspectos económicos, energéticos, de impacto
ambiental até de segurança alimentar (WOSCH, 2010).

Para fins práticos, existem somente duas técnicas para se produzir etanol
industrialmente, são elas: pela síntese química do etanol a partir de outras substâncias
químicas ou pela via fermentativa seguida da separação do etanol por destilação.
14

A via de produção fermentativa, compreende três fases: o preparo do substrato (mosto),


a fermentação e a destilação. (LOPES et all, 2011).

Em Moçambique, a produção do etanol é feita de duas vias distintas, industrial e


artesanal. No segmento industrial, é feita por meio das cervejarias, onde há maior
controlo técnico de variáveis que intervêm no processo.

No entanto, de modo especial na província de Nampula, a maior parte da produção do


etanol faz-se por via artesanal onde não há controlo rigoroso de variáveis que afectam
no processo de produção, destacando-se a forma de cachaça ou mesmo vinho de baixo
teor etílico cujo consumo tem causado muitos transtornos aos utentes não só em termos
económicos como também de saúde.
15

Delimitação do tema
Reaproveitamento do mosto fermentado de milho vulgo “cabanga” para produção
laboratorial do etanol na UP-Nampula 2018/2019

Justificativa
No dia-a-dia, quando as Mídias falam em álcool, está se referindo ao álcool comum,
conhecido como álcool etílico e de nome oficial etanol; porém, álcool etílico possui
numerosas aplicações na sociedade tais quais destacam-se: é usado na indústria de
cervejaria para o fabrico de bebidas alcoólicas; na saúde é usado como desinfectante; na
indústria cosmética é usado como solvente de tintas, lacas, vernizes e perfumes; na
indústria farmacêutica é usado para preparar os produtos farmacêuticos; na medicina é
usado para síntese de drogas e; nos laboratórios é usado para efectuar-se muitas
experiências. Também o etanol é usado como produto de partida para várias sínteses
orgânicas: por oxidação origina acetaldeído e depois ácido acético pode ser desidratado
para formar éter e pode ser usado na síntese do butadieno (borracha sintética) entre
outras aplicações.

Em relação a educação, importa dizer que a qualidade de ensino figura nas prioridades
de qualquer Estado, razão pela qual quase que todos governos se preocupam em
promover serviços de educação de qualidade para proporcionar um bom processo de
ensino e aprendizagem ao seu povo. Proporcionar o tal processo aos que precisam não
se limita apenas na transmissão de conteúdos de forma teórica, o uso de práticas
relacionadas aos conteúdos aprendidos é o factor relevante para que os esforços
empreendidos para o bom funcionamento do processo de ensino e aprendizagem (PEA)
tenham resultados eficazes. Porém nota-se que, nos estabelecimentos de ensino
secundário tanto como superior em todo país de modo particular na província de
Nampula durante as aulas, há falta de realização das experiências relacionadas aos
conteúdos que precisa o uso dessa substância (etanol), um dos factores dessa situação,
pode ser a carência desta substância nos laboratórios, onde o governo é obrigado cada
vez mais a gastar somas avultados de dinheiro para importa-la contribuindo deste modo
a queda significativa da economia, motivo pelo qual pretende-se colmatar essa ruptura
de estoque deste álcool (etanol) a partir de materiais locais.
16

A pesquisa uma vez concretizada trará conhecimentos sólidos capazes de minimizar o


pensamento de muitas pessoas, incluindo alguns professores que acham somente as
substâncias usadas no laboratório são produzidas de forma convencional.

Deste modo, a produção do etanol a partir do mosto fermentado de milho – vulgo


“cabanga” que é feita com material local, poderá servir como exemplo de meio
didáctico nas aulas laboratoriais a nível do ensino secundário geral assim como
superior, desta feita, conseguir-se-á ter oportunidade de implementação do currículo
local nas escolas sobretudo nas aulas de Química.

Em termos económico, pode-se reaproveitar o mosto fermentado do milho – vulgo


“cabanga” para produzir o etanol, por motivo dele ser uma bebida alcoólica preparada
sem muitos custos, facilitando deste modo ao gestor do laboratório ou qualquer pessoa
responsável pelo laboratório, a ter o etanol em quantidade suficiente sem precisar
requisitar aos fabricantes modernos e consequentemente poupará o dinheiro da
instituição do laboratório.

1.2. Problematização
A evolução da humanidade depende do desenvolvimento da ciência, técnica e da
tecnologia proporcionando assim um crescimento económico acelerado em quase todas
as nações do Planeta, incluindo Moçambique.

Actualmente constata-se que em muitos laboratórios das instituições públicas de ensino


do nosso país, de modo particular na província de Nampula, quer do nível secundário
como superior, enfrentam grandes dificuldades em adquirir as substâncias
convencionais (os reagentes) para realizar as experiências relacionadas às aulas dadas
de forma teórica, como o caso de álcool (etanol).

Verifica-se que a leccionação das aulas de Química ocorre de forma meramente


expositiva o que atenta contra o método científico proposto para aquisição do saber
nesta área das ciências naturais, causando nos alunos a falta de interesse pelos
conteúdos e consequente desmotivação quanto a disciplina de Química.

No entanto, o etanol é uma substância que pode ser obtido a partir dos materiais locais,
como o milho, que é a matéria-prima principal usada para o fabrico de uma bebida
alcoólica, vulgarmente conhecida por cabanga.
17

Um dos factores que torna a produção de etanol por fermentação a forma mais
económica de sua obtenção, é o grande número de matérias-primas naturais existentes.
Aliado à este facto o reaproveitamento do mosto fermentado do milho para produção
laboratorial do etanol pode ser sustentável dado que a maior parte das famílias
nampulenses subsistem graças a venda de cabanga a preços acessíveis, contudo, parte
considerável deste mosto não é consumido e como consequência é descartada ao
ambiente sem nenhum controlo, pondo em risco não só a estética ambiental como
também servindo de foco de vectores de doenças.

Face às constatações acima mencionada é levantada a seguinte questão de pesquisa:

É viável a produção de etanol a partir do reaproveitamento do mosto fermentado de


milho – “vulgo cabanga”?

Objectivos
A presente pesquisa teve como:

1.3.1. Objectivo geral


Avaliar a viabilidade da produção do etanol a partir do reaproveitamento do mosto
fermentado do milho – “vulgo cabanga”.

1.3.2. Objectivos específicos


 Produzir o etanol a base do mosto fermentado do milho – “vulgo cabanga”;
 Realizar testes físicos – químico ao álcool produzido com vista a confronta-los
com os parâmetros de qualidade universalmente aceites e;
 Realizar experiência de demonstração usando o álcool produzido para
contextualizar as reacções de combustão.

1.4. Hipóteses
 A produção de etanol a partir do mosto fermentado do milho acarreta menores
custos;
 O álcool produzido possui parâmetros de qualidade universalmente aceites e;
 O álcool produzido à base do mosto fermentado do milho – “vulgo cabanga”
fornece melhor capacidade de combustão.
18

1.5. Enquadramento da pesquisa


A presente pesquisa enquadra-se na linha de pesquisa de Interacção Ciência, Tecnologia
e Sociedade, pois, a preocupação foi de produzir o etanol a partir do reaproveitamento
do mosto fermentado do milho “vulgo cabamba” de modo a trazer conhecimentos
sólidos capazes de minimizar o pensamento de muitas pessoas, incluindo alguns
professores que acham somente as substâncias químicas usadas no laboratório são
produzidas de forma convencional, para além de servir como exemplo de meio
didáctico nas aulas laboratoriais a nível do ensino secundário geral assim como
superior, trazendo desta feita oportunidade de implementação do currículo local nas
escolas sobretudo nas aulas de Química aos estudantes do nosso país, de modo
particular na província de Nampula, no laboratório de Química/Biologia da UP.

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Mosto
Denomina-se mosto todo líquido açucarado apto a fermentar. O seu preparo e
correcções compreendem diversas operações que visam transformar e corrigir a matéria-
prima, tornando-a um líquido açucarado susceptível de sofrer fermentação (QUEIROZ,
1994).

2.1.1. Preparação dos mostos de material amiláceo


Para o preparo do mosto, é necessário sacarificar os amiláceos (grãos) e feculentos
(raízes e tubérculos), porque os agentes de fermentação alcoólica não possuem enzimas
amilolíticas. A sacarificação é o processo de transformação do amido em açúcares
fermentescíveis (LIMA, 2001).

2.2.1. Matérias-primas para produção de álcool via fermentação


De acordo com LOPES et all (2011), a fermentação alcoólica pode ocorrer em qualquer
material que contenha açúcares como a glicose ou a frutose, ou que contenha algum
composto que possa resultar nesses monossacarídeos por meio da hidrólise.
19

2.2.1.1. Matéria-prima amilácea


O amido é um polissacarídeo presente nas plantas e formado pela fotossíntese. Por
hidrólise, o amido decompõe-se em seu monômero, a glicose. É encontrado na forma de
grãos nas […] várias plantas como trigo, mandioca, arroz, milho, feijão, batata, entre
outras (LOPES et all 2011).

De acordo com JUNIOR et all (2008), "interessa comentar o contexto norte-americano,


no qual o milho é a matéria-prima responsável por 98% da produção desse
biocombustível".

Milho

De acordo com JUNIOR et all (2008), o milho (Zeamaysspp.) é uma planta C4 da


família das gramíneas, com ciclo produtivo anual. Originário do México, o milho é
cultivado actualmente em todos os continentes e ocupa, aproximadamente, 147 milhões
de hectares, nos quais foram produzidos cerca de 725 milhões de toneladas em 2004.

De acordo com VARGAS (2006),

Os primeiros registros do cultivo do milho datam de 7.300 anos a C.


e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do
México, no golfo do México. Seu nome, de origem indígena
caribenha, significa “sustento da vida”. Alimentação básica de várias
civilizações importantes ao longo dos séculos, os Olmecas, Maias,
Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião. Grandes
partes de suas actividades diárias eram ligadas ao cultivo do milho

LOPES et all (2011) sustenta que,

O milho é um cereal cultivado em grande parte do mundo e utilizado


tanto como alimento humano como ração para animais, pois a sua
composição lhe confere inegáveis qualidades nutricionais, estando
presente nele a maioria dos aminoácidos conhecidos: Amido:70% a
75%;Proteína:10%;Gérmen:4% a 5%; Fibra:3% a 4% e; Cinzas: 2%
como mostra a figura 1.
20

Figura 2: Estrutura típica do milho.

Fonte: (Seabra, 2008 apud LOPES, 2011).

O propósito desta secção é rever a real conveniência de uma selecção de possíveis


matérias-primas para a produção do etanol em Moçambique. As culturas seleccionadas
para consideração inicial são: milho, mandioca e cana-de-açúcar e mapira doce para a
produção de etanol (MUENDANE, 2008),.

Segundo MUENDANE (2008), a pesquisa intensiva e o desenvolvimento actual em


curso estão criando uma oportunidade para emergir produtores como Moçambique para
adotá-los, com um enorme crescimento em biocombustíveis que acontece na África.

2.2.2. Etanol de milho


Considerando a produção do etanol, o milho constitui a matéria-prima quase para todo
país moçambicano de modo particular na província de Nampula, onde o milho é usado
para produção de uma bebida alcoólica vulgarmente conhecida por cabanga.

A utilização do biocombustível produzido a partir do milho se iniciou nos anos 80 com


o intuito de revitalizar o mercado agrícola e a crescente necessidade, promovendo o
desenvolvimento de combustíveis alternativos, visando também o relevante aumento no
transporte. Desde então vem sendo utilizada e ganha espaço nas pesquisas, pois enfrenta
21

obstáculos para que sua viabilidade comercial ocorra e que seja rentável
ambientalmente (SIFAEG, 2016).

LOPES et all (2011), o álcool de milho pode ser produzido por dois processos: O
primeiro, por via húmida, predominante até 1990, e o segundo, pela via seca, o mais
utilizado actualmente.

LOPES ET ALL (2011) explica que,

O processo via seca resulta num co-produto conhecido como DDGS


(destillersdriedgrainswithsolubles), muito utilizado como ração
animal. No processo húmido, as diferentes fracções do grão do milho
são separadas, possibilitando a recuperação de diversos produtos,
como proteínas, nutrientes, gás carbónico (CO2, utilizado em fábricas
de refrigerantes), amido e óleo de milho.

2.2.3. Tipos de etanol


Na produção do etanol, no entanto, é necessário diferenciar o etanol anidro (álcool
etílico anidro) do etanol hidratado (álcool etílico hidratado).

 Anidro – o álcool anidro é caracterizado pelo teor alcoólico mínimo de 99,3º


(INPM) Instituto Nacional de Pesos e Medidas, composto apenas de etanol ou
álcool etílico. É utilizado como combustível para veículos (gasolina C) e como
matéria-prima na indústria de tintas, solventes e vernizes.
 Hidratado – é uma mistura hidroalcoólica com teor alcoólico mínimo de 92,6º
(INPM) composto por álcool etílico ou etanol. O álcool hidratado é usado na
indústria farmacêutica, alcoolquímica e de bebidas, no combustível para
veículos e em produtos para limpeza. O etanol é também usado como matéria-
prima para a produção de vinagre e ácido acético e para a síntese de cloral e
iodofórmio. (NOVA CANA, 2017).

2.3. Etapas de produção do álcool de milho

A produção do álcool de milho envolve um processo desenvolvido principalmente


segundo as seguintes etapas: Recepção e estocagem de grãos; “Mashing”, esterilização,
liquefacção e sacarificação; Sacarificação e fermentação simultânea (SSF);
Fermentação; Destilação; Produção de álcool anidro carburante; Álcool qualidade
industrial; Álcool anidro - destilação azeotrópica ou por peneira molecular; e Separação
da vinhaça, evaporação e secagem do subproduto (PAIVA, 2004).
22

2.3.1. Fermentação
Macedo (1993), diz que,

No século XVII, afirmou-se que somente os líquidos açucarados são


capazes de entrar em fermentação alcoólica, o álcool se formava
durante o processo de fermentação, julgando-se erradamente, no
entanto, a necessidade de ar para causar o fenómeno que se
considerava semelhante à combustão. Os estudos iniciais sobre
fermentação alcoólica relacionavam-se apenas a formação dos
produtos inicial e final. Black, no século XVIII, postulou que o álcool
e o dióxido de carbono eram os únicos produtos formados durante a
fermentação, no entanto Lavoisier, em 1789, encontrou além destes
produtos, um outro que ele chamou de ácido acético. Em 1815 Gay-
Lussac determinou a formulação da estequiometria da fermentação e
Pauster (1863) demonstrou a fermentação alcoólica como um
processo anaeróbico. A partir daí as reacções enzimáticas
responsáveis pela transformação química do açúcar em etanol no
interior das leveduras começaram a ser elucidadas. No processo os
açúcares são transformados em álcool, segundo a reacção
simplificada de Gay Lussac:

C12H22O11 + H2O → C6H12O6 + C6H12O6

C6H12O6 → 2CH3CH2OH + 2CO2 + 23,5 kcal

O mosto fermentado (vinho), em sua composição, apresenta de 7 a 10 % em volume de


álcool, além de outros componentes de natureza líquida, sólida e gasosa. Dentro dos
líquidos, além do álcool, encontram-se a água com teores de 89 a 93 %, glicerina,
álcoois homólogos superiores, furfural, aldeído acético, ácidos sucínicos e acético, etc,
(LEAL, 2006).

Assim, na produção do álcool por via fermentativa, distinguem-se três fases: o preparo
do substrato (mosto), a fermentação e a destilação. O preparo do substrato e o
tratamento da matéria-prima para dela se extraírem os açúcares fermentescíveis difere
para as distintas matérias-primas.

A fermentação é um processo comum a todos os substratos açucarados, cujo princípio é


a transformação dos açúcares em etanol e dióxido de carbono. Na destilação, separa-se
o etanol geralmente em duas operações. A primeira, para separá-lo do mosto
fermentado, sob a forma de mistura Hidra alcoólica impurificada com aldeídos, ésteres,
álcoois superiores e ácidos orgânicos. Outra, para separar as impurezas do etanol.

2.3.1.1. Factores que afectam a fermentação


Os factores ambientais que afectam a fermentação do amido destacam-se os seguintes:
23

 Temperatura: variável de acordo com o tipo e finalidade do processo; assim, o


ótimo para a produção de álcool, aguardente, vinho e outros produtos se situa
entre 26 e 32ºC, e para a cerveja, está entre 6 a 20°C;
 pH do mosto: também variável entre 4,0 e 4,5 para a produção de álcool, entre
4,0 e 6,0 para a cerveja. O pH baixo inibe o desenvolvimento de bactérias
contaminantes, sem prejudicar o desenvolvimento da levedura.
 Concentração de matéria-prima: as leveduras suportam concentrações de
açúcar em torno de 22 a 24%, nos processos industriais ela é variável de acordo
com a finalidade do processo: situa-se entre 12 a 14% no melaço, para a
produção de álcool, entre 69% para a produção de cerveja, entre 22 a 24% no
suco de uva para obtenção de vinho;
 Teor alcoólico do produto: o aumento do teor alcoólico do mosto em
fermentação inibe o desenvolvimento da própria levedura, no geral, este cessa
em concentrações de 11 a 12% do álcool. Deve-se ter conta que o teor alcoólico
depende do teor inicial em açúcares, o qual, por sua vez, é variável com o fim
que se tem em mente. Na produção do álcool industrial, por exemplo, parte-se de
uma concentração baixa de açúcares (12 a 14%) para se obter seu
desdobramento total em 24 a 48 horas, sem que a levedura seja inibida pelo teor
alcoólico final.
 Oxigênio em anaerobiose: o rendimento em álcool é maior, uma vez que, em
aerobiose, há oxidação total da glicose.
 Elementos minerais: certos tipos de matérias-primas requerem a adição de
substâncias minerais para suprir as necessidades da levedura em certos
elementos principalmente P e K (geralmente adicionados sob a forma de
K2HPO4) (PAIVA, 2004 apud MARQUES, 2008).

2.3.2. Destilação
CABRAL; KREMER; TROSSINI (2006) descreve que,

O princípio da destilação se baseia na diferença entre o ponto de


fervura (ebulição) da água (100°C) e do álcool etílico (78,4°C), o que
permite separar o álcool, e serve para todos os tipos de destilados. O
termo destilação corresponde à separação das substâncias voláteis
presentes no líquido, inicialmente transformadas em vapor, e depois
condensadas. A operação é conseguida através do calor, necessário
para evaporar, e do frio, no caso conseguido com a água, para
condensar os vapores. Do destilado de aguardente, devem ser
separados, obrigatoriamente, um volume inicial (cabeça) e um final
24

(cauda). Portanto, para uma aguardente de qualidade superior, é


fundamental que os elementos contidos nestas duas partes não passem
ao produto final. Estas partes retornam para um depósito, e podem ser
novamente destilados na próxima alambicada. Os restantes 75% a
80% constituem o chamado corpo (ou coração) e é a aguardente, que
após estocagem em recipientes adequados e ajuste do grau alcoólico,
vai ser comercializada.

Os processos de destilação alcoólica são classificados em contínuos e descontínuos.


Estes últimos, também conhecidos como intermitentes ou em batelada, são
conduzidos em equipamentos denominados alambiques e são usados principalmente na
produção de bebidas artesanais (LEAL, 2006).

2.4. Viabilidades do etanol feito do milho


Do milho se origina o etanol e outros produtos, na moagem a seco, geram-se cereais
matinais, farinha de milho, fubá, farelos e óleo refinado, já na moagem húmida, obtém-
se amido modificado, dextrinas, xarope de glucose, óleo refinado, fibra e glúten.
Portanto, o carburante feito a partir do milho agregaria valor ao cereal, favorecendo
também outras cadeias alimentares (CASTELLUCCI et all., 2015).

2.4.1. As vantagens e desvantagens do etanol


Vantagens

A produção de etanol apresenta inúmeras vantagens: ganhos ambientais, redução de


custos, preservação do meio ambiente, sustentabilidade, substituição de combustíveis
fósseis, grandes impactantes do meio em que vivemos por biocombustíveis que utilizam
fontes limpas (renováveis) para obtenção de energia (BERMANN, 2008).

Desvantagens

No mercado, a alta e a baixa do preço da matéria actua como um ponto negativo, isso
pode causar uma supervalorização em certas épocas, redirecionando o mercado para
algo que seja mais rentável. Por isso, é necessário ter depósitos grandes se ocorrer
aumento no preço para realizar estocagem (ALMEIDA, 2014).
25

2.5. Parâmetros físico-químicos do etanol


A determinação das características do etanol combustível deverá ser feita mediante o
emprego de Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) e/ou normas da ASTM Internacional, como mostra a tabela 1 as especificações
do EAC e o EHC.

Tabela 1: especificações do etanol anidro combustível e do etanol hidratado combustível.

Característica Unidade Limite Método


EAC EHC NBR ASTM
Aspecto - Límpido e Isento
de Impurezas (LII) Visual
Cor - (2) (3) Visual
Acidez total, máx. (em
miligramas de ácido acético) mg/L 30 9866 -
Teor alcoólico (4) (5) (6) % Volume 99,6 95,1 a
mín 96,0 5992 e
% Massa 99,3 92,5 a 15639 -
mín 93,8
Potencial hidrogeniónico (pH) - - 6,0 a 10891 -
8,0
Teor de etanol, mín. % Volume 98,0 94,5 - D5501
Teor de água, máx. % Volume 0,4 4,9 15531
15888 E203
Teor de metanol, máx. (11) % Volume 1 Cromatografia

Fonte: Regulamento técnico ANP Nº 2/2015

(1) A ANP poderá acrescentar características adicionais, métodos complementares


e/ou impor novos limites às especificações dispostas na Tabela 1 para o caso de
etanol combustível produzido a partir de métodos ou processos distintos ao da
rota fermentativa;
(2) Laranja após adição do corante especificado;
(3) Não pode conter qualquer corante e, em caso de dúvidas, uma amostra do
produto deve ser analisada em laboratório quanto à presença de corante;
(4) Será, aceite a comercialização de etanol hidratado combustível com limites de
teor alcoólico de 95,5 a 96,5% massa (97,1 a 97,8% volume), o qual deverá
26

atender aos demais requisitos da qualidade exigidos para o etanol hidratado


combustível, sendo permitida, nesse caso, a utilização da nomenclatura etanol
hidratado combustível premium;
(5) No caso de etanol hidratado combustível premium, ou seja, o que atender aos
limites indicados na nota 4 desta especificação, será aceite a comercialização
com limites de teor alcoólico de 95,5 a 97,7% massa (97,1 a 98,6% volume) na
importação, distribuição ou revenda
(6) A análise do teor de metanol para etanol combustível somente é obrigatória na
certificação de produto pelo importador e em caso de dúvida quando da
possibilidade de contaminação por metanol, o que não isenta de
responsabilidade cada agente econômico que comercializa o combustível em
atender o limite previsto na especificação ao longo de toda a cadeia
(REGULAMENTO TÉCNICO ANP Nº 2/2015).

CAPÍTLO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

3.1. Tipo de pesquisa

3.1.1. Quanto aos objectivos

 Explicativo

Pretende-se com esta pesquisa explicar os procedimentos e as técnicas utilizadas para


avaliar a viabilidade do etanol produzido laboratorialmente a partir do mosto
fermentado de milho – “vulgo cabanga”.

3.1.2. Quanto aos procedimentos técnicos


Nesta pesquisa foram usados dois procedimentos técnicos, tais como:

 Experimental;

Durante a realização deste trabalho, foi necessário o uso das experiências para produzir-
se o etanol a partir do mosto fermentado de milho – “vulgo cabanga”e;

 Bibliográfica.
27

Para materializar-se essa pesquisa baseou-se na consulta de alguns materiais já


publicados, constituído principalmente de livros, artigos periódicos e actualmente com
material disponibilizado na Internet.

3.1.3. Quanto a abordagem

 Qualitativo.

Consiste em interpretação qualitativa de fenómenos e atribuição de significados


inerentes a produção do álcool a partir do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”.

Métodos de pesquisa
A pesquisa em causa baseou-se em três métodos, a saber:

 Método Indutivo

Os resultados obtidos na amostra em estudo foram generalizados por todo universo do


mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”.

 Método Quantitativo

Os dados quantificáveis obtidos, refente ao mosto, foram resumidos e interpretados por


meios de ferramentas estatísticas.

 Método Experimental

Para alcançar-se os objectivos traçados precisou de apoio de algumas actividades


experimentais relacionadas com a produção do álcool a partir do reaproveitamento do
mosto fermentado do milho.

Parte experimental
A parte experimental obedeceu as seguintes fases:

 Recolha e conservação da amostra;


 Lavagem dos materiais e equipamentos;
 Destilação da amostra no laboratório de Biologia/Química, da UP-Nampula.
Campus de Napipine;
28

 Análises físico-químicas do álcool produzido.

Materiais, substâncias usadas e equipamentos.

a) Materiais
 Algodão e uma caixa de fósforo;
 2 Béqueres de 1000 mL;
 Enxada;
 Colmem; cronómetro (relógio ou telefone celular);
 Um funil; Dois balões volumétricos de base chata de 50 mL e um de 100 mL;
 Uma pinça metálica;
 Um suporte universal;
 Recipiente de polietileno de 5 litros.
b) Substâncias usadas
 Água destilada e corrente da torneira;
 Amostra: mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”
c) Equipamentos
 Destilador de 1L;
 Fonte de aquecimento à 55.0oC.

Recolha e conservação da amostra

A recolha da amostra foi feita no bairro de Muhala-Belenenses em estudo pelo autor


obedecendo todas regras de amostragem. Depois de colectada a amostra foi guardada
em um recipiente de polietileno de 5 litros e transportado em condições favoráveis em
um colmem para o laboratório da UP, como mostra a figura 1 do anexo.

Lavagem dos materiais e equipamentos

Os materiais utilizados neste trabalho foram submetidos ao seguinte processo de


lavagem:

 Lavagem de béqueres, balões volumétricos de base chata e equipamento


(destilador) com água corrente da torneira por 15 vezes e depois com água
destilada por 3 vezes;
29

 Após a lavagem deixou-se os materiais e equipamento (destilador) secar pelo


ambiente durante 24 horas, um dia da destilação da amostra.

Destilação da amostra

O processo de destilação foi feito com os seguintes procedimentos:

 Organizou-se todos materiais e equipamentos necessários durante a destilação


previamente lavados;
 Com apoio de um béquer de 1000 mL, mediu-se o mosto fermentado do milho
até completar-se o menisco e transferiu-se para câmara de aquecimento do
destilador, figura 2;

Figura 2: medição do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”

Fonte: Autor.
30

 Após, lavou-se o béquer por três (3) vezes para remover todas partículas do
mosto e adicionou-se à câmara de aquecimento do destilador;
 Em seguida, acoplou-se na câmara de aquecimento do destilador um plástico
com ajuda de uma borracha e colocou-se a tampa para evitar-se a fuga dos
vapores; e acoplou-se também na ponta exterior do alambique um plástico limpo
e furado para permitir a saída das gotas do destilado, como mostra a figura 3;

Figura 3: Acoplamento da ponta do alambique e da câmara de aquecimento.

Fonte: Autor.

 Depois de todos os procedimentos acima citados, colocou-se o destilador junto


com a amostra (mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”) no aquecedor
previamente ligado à uma temperatura de 55o C e logo colocou-se a água morna
no condensador de modo que o alambique ficasse submerso, veja figura 7- A e
B;
 Em seguida, colocou-se o balão volumétrico de base chata de 50 mL para colher
o destilado;
 Durante todo processo de destilação, testou-se pelo tacto o grau de aquecimento
da água do condensador para permitir a decisão de esvazia-la em um béquer de
1L em caso dela estar quente, deste modo abriu-se a mangueira acoplada na
torneira do condensador e/ou mante-la no condensador para o caso contrário;
 Adicionou-se a água no condensador de forma constante de modo a manter a
temperatura ambiente do alambique no condensador;
 Esperou-se entrar em ebulição o sistema durante onze (11) minutos para colher a
cabeça do destilado e aos doze (12) minutos começou a gotejar;
31

 Aos dezasseis (16) minutos, colocou-se o segundo balão para colher o coração
do destilado durante 4 minutos;
 Depois de passar vinte (20) minutos, colocou-se o terceiro balão volumétrico de
base chata para colher a cauda do destilado, que durou 10 minutos;
 Durante 15 descartou-se a parte remanescente do mosto e repetiu-se os mesmos
passos acima citados até terminar a destilação de toda amostra;
 Depois de terminar-se com a destilação, redestilou-se cada parte do destilado
(cabeça, coração e cauda) para obter-se o maior grau alcoólico;
 Já com álcool produzido, fez-se uma experiência de contextualização das
reacções de combustão, processo do experimento: com ajuda de pinça metálica
pegou-se o algodão, de seguida introduziu-o no álcool e com fósforo acendeu-se
o sistema, conforme a figura 4;

Figura 4: experimento de contextualização das reacções de combustão.

Fonte: Autor.

 A parte remanescente, isto é, o escoto foi enterrada com ajuda de uma enxada,
como se mostra na figura 5;

Figura 5: Enterro da parte remanescente do mosto


32

Fonte: Autor.

 Limpou-se a bancada e todos materiais e equipamento utilizados; desligou-se o


aquecedor e arrumou-se nos seus respectivos lugares.

Análises físico-químicas

O álcool produzido foi conduzido ao Laboratório de Higiene de água e alimentos, para


posteriores análises físico-químicos.

2.3. Técnicas de recolha de dados

Para materializar-se esta pesquisa usou-se as seguintes técnicas:

 Entrevista não estruturada

O entrevistador tem liberdade para dirigir a entrevista de maneira informal podendo


fazer alterações no decorrer da conversação para melhor alcançar os objetivos proposto
na pesquisa;

 Observação

Utilizam-se os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não


consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se
deseja estudar;

 Experiência

Consiste especialmente, em submeter os objectos de estudo à influência de certas


variáveis, em condições controladas conhecidas pelo investigador, para observar os
33

resultados que a variável produz no objecto (mosto fermentado do milho “vulgo


cabanga”).

3.4. População e amostra

3.4.1. Universo

Consiste como universo desta pesquisa, toda quantidade que sobra da venda de mosto
fermentado do milho- "vulgo cabanga", na cidade de Nampula, Bairro de Muhala-
Belenenses; estimada em média 7 litros de mosto.

3.4.2. Amostra

A amostra consiste em apenas 5 litros do mosto fermentado que são utilizados para a
produção do etanol no laboratório da Universidade Pedagógica – Nampula.

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO


DOS RESULTADOS
A apresentação e discussão dos resultados desta pesquisa, foi feita tendo em
consideração com os objectivos traçados e hipóteses levantadas, baseando-se nas
técnicas (observação e entrevista não estruturada) usadas no período de colheita dos
dados, dai surgiu a necessidade de discuti-los e apresenta-los de forma gráfica e
descritiva, cuja interpretação é qualitativa e quantitativa com bases em compilações
estatísticas.

4.1. Montagem do sistema de destilador


A seguir, mostra-se a montagem do sistema de destilação para a realização dos
experimentos como pode ser visto na figura 6.

Figura 6: esquema de montagem do sistema de destilação


34

5
2
1
8
3
4

6
7

Fonte: Autor
Legenda :
1. Alambique;
2. Condensador;
3. Torneira do condensador;
4. Camara de aquecimento;
5. A ponta exterior do alambique;
6. Suporte universal;
7. Mangueira de latex;
8. Plástico de acoplamento da câmara de aquecimento;
9. Fonte de aquecimento à 55.0ºC.

Montou-se o equipamento com as vidrarias já citadas, onde foi feita um processo de


destilação fracionada.

4.2. Destilação

A destilação é o processo de separação baseado no fenômeno de equilíbrio- vapor de


misturas, a figura 7 - A e B mostra basicamente parte do processo de destilação feito no
experimento, o processo de destilação ocorreu na adição da solução na câmara de
aquecimento do destilador, ligou-se o aquecedor e regulou-se sua temperatura. De
acordo com o aquecimento, o líquido evaporou-se. Na evaporação, seguida da
condensação (transformação em líquido), o álcool separou-se da solução, resultando
apenas no álcool hidratado.

Figura 7 - A e B: Processo de destilação feito durante o experimento


35

Fonte: Autor
Nesse processo utilizou-se o método de destilação fracionada, no qual houve a
separação de misturas homogéneas, do tipo líquido-líquido. Os líquidos foram
separados através de seus pontos de ebulição. Durante o aquecimento das misturas,
conforme citado anteriormente, foi separado, primeiro o líquido de menor ponto de
ebulição, depois o líquido de ponto de ebulição intermediário e sucessivamente até o
líquido de ponto de ebulição maior, produziu-se deste modo uma quantidade em média
211.66 mL de álcool, como mostra os dados do gráfico 1 da quantidade de cada amostra
e o valor médio.
36

Quantidade do álcool produzido à base do mosto fermentado


"vulgo cabanga"de cada amostra
230
225
volume em mL

220
215
210
205
200
195
190
185
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média

Gráfico 1: Avaliação da quantidade do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.

4.3. Tempo gasto durante a produção do álcool


O processo de produção do álcool foi rigoroso, numa amostra de cinco litros do mosto
fermentado do milho, chegou de se gastar aproximadamente quatro (4) horas do tempo
dividido em quatro partes, nomeadamente:

 Parte de produção da cabeça do destilado, isto é, a parte do destilado com maior


grau alcoólico, essa parte durou 4 minutos;
 Parte da produção do coração do destilado, isto é, a parte intermediaria entre a
cabeça e a cauda do destilado onde durou também 4 minutos;
 Parte de produção da cauda do destilado, o de menor grau alcoólico, onde durou
10 minutos;
 Parte de lavagem do destilador, onde durou 15 minutos.

Como se vê, as informações acima citadas foram apenas para destilar-se um (1) litro do
mosto fermentado do milho que durou 33 minutos para além dos 11 minutos que
passam antes de começar a gotejar que somou 44 minutos. Portanto, dos cinco litros do
mosto durou 220 minutos.

4.4. O custo da produção do etanol do mosto fermentado do milho

Para avaliar-se o custo da produção do etanol a partir do reaproveitamento do mosto


fermentado do milho “vulgo cabanga”, baseou-se na comparação dos preços em vigor
37

do álcool nas farmácias da cidade de Nampula com o custo do álcool produzido no


laboratório da UP. A tabela 2, mostra os preços do álcool vendido nas três farmácias
selecionadas, pelo autor, da cidade de Nampula.

Tabela 2: Os preços do álcool das farmácias consultadas na cidade de Nampula.

FARMÁCIA PREÇO EM MTS PREÇO EM MTS


VOLUME
DO ÁLCOOL A DO ÁLCOOL A
(mL)
70% 96%

CALÊNDULA DE 140 128.5 250


NAMPULA

CRYSTAL 130 130 250

EKUMI 175 175 250

VALORES
MÉDIOS DO
148,33 144.5 250
PREÇO E DO
VOLUME DE
ETANOL

Fonte: autor

De acordo com a informação, disposta na tabela 2, os preços médios do álcool vendido


a nível da cidade de Nampula a um teor entre 70 e 96% numa quantidade de 250 mL, é
de 148.33 e 144.5 meticais respectivamente. Em relação ao valor gasto para produzir-se
o álcool no laboratório da UP, foi de 500.00MTs distribuído da seguinte maneira:
400.00MTs para aquisição do destilador que o mesmo ficou arquivado no laboratório
para uso posterior aos futuros estudantes da UP e 100.00MTs para compra de cinco
litros do mosto reaproveitado.

4.5. Análises físico-químicas do álcool produzido


Para a análise das três amostras do álcool produzido com o mosto fermentado do milho
“vulgo cabanga” fez-se as análises do aspecto, cheiro, sabor, cor, acidez total, grau
alcoólico, teste qualitativo de metanol e o pH, veja o apêndice.
38

4.4.1. Aspecto
A análise do aspecto físico das três amostras do álcool produzido à base do mosto
fermentado do milho “vulgo cabanga”, de acordo com os dados apresentados em
apêndice, foram os seguintes: a primeira amostra analisada no dia 18/03/2019 foi
levemente turvo, a segunda e a terceira amostra analisadas no dia 24/04/2019, foram
levemente turvo e límpido respectivamente.

4.4.2. Cheiro e sabor


O cheiro das três amostras, foram analisadas no mesmo período que anteriormente foi
referenciado, onde constatou-se que o cheiro e o sabor das amostras eram característicos
do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”, de acordo
com os dados apresentados em apêndice.

4.4.3. Cor
O produzido a base do mosto fermentado do milho, possui as seguintes coloração: a
primeira e terceira amostra foram ligeiramente leitosa e a segunda foi incolor, conforme
os dados resultantes das análises feitas no LHAA, em apêndice.

4.4.4. Acidez total


A acidez total do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho “vulgo
cabanga” de acordo com os resultados, em apêndice, das análises feitas pelo Laboratório
de Higiene de Águas e Alimentos (LHAA), mostra que das três amostras de álcool,
possui acidez total em média de 40,96 mg/100 mL de ácido tartárico resultante dos
dados estatísticos mostrados no gráfico 1 de acidez total de cada amostra.
39

Acidez total do álcool produzido à base do mosto fermen-


tado do milho "vulgo cabanga"
70

A.T (mg/100 mL de ác.-


60
tartárico) 50
40
30
20
10
0
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Media

Gráfico 1: A avaliação de acidez total do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.

4.4.5. Grau alcoólico

No gráfico 2, mostra-se o valor médio do grau alcoólico (%) resultante dos valores de
cada amostra usada para produção do etanol, conforme os dados do laboratório de
Higiene de água e Alimentos mostrados no apêndice.

Grau alcoólico do etanol produzido à base do mosto


fermentado do milho "vulgo cabanga"
60.5
60
59.5
G.A (%)

59
58.5
58
57.5
57
56.5
56
55.5
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média

Gráfico 2: Avaliação do grau alcoólico do etanol produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo
cabanga", Fonte: Autor.

De acordo com os dados da tabela acima, mostram que produziu-se o álcool a um grau
alcoólico em média de 58%.
40

4.4.6. pH do álcool produzido


O gráfico 3 ilustra informações referentes aos valores do pH das três amostras de álcool
produzido à base do mosto fermentado do milho “vulgo cabanga”, que resultou como o
valor médio do pH igual a 5.56 conforme como mostram os dados das análises feitas no
LHAA em apêndice.

pH do álcool produzido à base do mosto fermentado do milho


"vulgo cabanga"
5.75
5.7
5.65
5.6
pH do álcool

5.55
5.5
5.45
5.4
5.35
5.3
5.25
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média

Gráfico 3: A avaliação de pH do etanol produzido à base do mosto fermentado do milho "vulgo


cabanga", Fonte: Autor.

4.5. Apresentação e verificação das hipóteses


A presentação e verificação das hipóteses da pesquisa, o autor teve como base a análise
dos resultados dos testes realizados no LHAA e de produção do etanol no laboratório da
UP de Biologia/Química, que foram usados como um instrumento de recolha de dados
para obtenção dos resultados da mesma pesquisa:

4.5.1. Verificação da primeira hipótese

Referente a hipótese “a produção de etanol a partir do mosto fermentado do milho


acarreta menores custos” pelos gastos feitos pelo autor, que anteriormente referenciou,
ficou bem claro que para produzir o etanol por meio do reaproveitamento do mosto, é
uma via sustentável, pois a maior número da população da cidade de Nampula
subsistem a venda de cabanga, razão pela qual sua aquisição é muito acessível, por
outro lado o tempo gasto para produção do etanol por via de reaproveitamento do mosto
do milho não foi longo para além de minimizar a compra desta substância nas farmácias
41

criando-se possibilidade de produzir 211.66 mL numa amostra de 5 cinco litros do


mosto fermentado do milho a uma percentagem média de 58%.

4.5.2. Verificação da segunda hipótese

Quanto à segunda hipótese “o álcool produzido possui parâmetros de qualidade


universalmente aceites” esta hipótese não foi válida, pois os resultados fornecidos das
análises feitas pelo LHAA em comparação com as especificações do regulamento
técnico no 2/2015 dos parâmetros físico-químicos do álcool hidratado e combustível
aceites universalmente, indicam que poucos parâmetros do álcool produzido estão
dentro das tais especificações. Com isso, esta hipótese foi refutada.

4.5.3. Verificação da terceira

Por último, a terceira hipótese proposta pelo autor “o álcool produzido à base do mosto
fermentado do milho – vulgo “cabanga” fornece melhor capacidade de combustão” esta
hipótese foi válida também, visto que durante o experimento realizado de combustão
onde o álcool produzido à base do reaproveitamento do mosto fermentado do milho
“vulgo cabanga” foi usado como o combustível, produziu altas chamas e desta feita
mostrou de forma clara o poder de combustão que o álcool produzido tem.
42

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO, SUGESTÕES E LIMITAÇÕES

5.1. Conclusão

Com o estudo feito, chegou-se a realizar as seguintes conclusões:

 É possível produzir o álcool à base do mosto fermentado do milho “vulgo


cabanga” a um teor de 58%, permitindo deste modo em produzi-lo sem muitos
custos, pois a produção do álcool em escala industrial acarreta somas avultados
de dinheiro;
 Através dos testes físico-químicos realizados no LHAA, percebeu-se que para
produzir um álcool com parâmetros universalmente aceites requer uma
tecnologia sofisticada que possa controlar todos factores que intervém na
produção do álcool;
 Comparando a produção do álcool a partir do mosto fermentado do milho com o
álcool produzido industrialmente, pelo sistema montado neste experimento,
pode-se verificar que em volume e teor alcoólico, o produzido no laboratório a
partir do mosto é baixo;
 O experimento de demonstração realizado a partir do álcool produzido,
comprovou a contextualização das reacções de combustão, concluindo desta
feita que o álcool produzido é combustível.

5.2. Sugestões

As sugestões são seguintes:

 Quem pretende continuar em estudar sobre o tema em destaque, melhorar o


sistema usado neste experimento para que possa produzir o álcool com
parâmetros universalmente aceites;
 Aos professores, apostar-se em uso de materiais alternativos na aquisição das
substâncias usadas no laboratório para que o ensino, a nível secundário tanto
superior e porque não em geral, tenha o significado aos estudantes que são parte
integrante da sociedade.
43

5.3. Limitações

Qualquer trabalho científico tem suas limitações e este não foge das mesmas. Deste
modo as principais foram:

 Falta de corrente eléctrica no laboratório de Biologia/Química da UP, nos dias


programados para realização do experimento de produção do álcool;
 Na medida que não se conseguiu controlar os factores que contribuíram com que
o álcool produzido não tenhasse os parâmetros universalmente aceites por falta
de aparelhos apropriados para o efeito;
 Dificuldade de analisar todos parâmetros físico-químicos, prescritos no
regulamento técnico ANP nº 3/2015, do álcool produzido.
44

Referência bibliográfica
ALMEIDA, L. Manoel. Planta de cana e milho – Estudo de caso Usimat, 2014.
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milho-estudo-de-casousimat> . Acesso em: 18 ago. 2017.

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46

APÊNDICE:
47
48
49
50

ANEXO:
Figura 8: Recolha e conservação da amostra.

Fonte: autor

Figura 9- A e B: Transferência do béquer a câmara de aquecimento do mosto fermentado


do milho e processo de destilação.

A B

Fonte: Autor
Figura 10: Álcool produzido.
51

Fonte: Autor.

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