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Atália da Costa Patissone


Edmerson Agostinho do Amaral
Fáusia Paulo Chirindza
Lizete Anita L. Macomane
Rabeca Alfredo Manhiça
Samuel António Vilanculos

Obtenção do Dióxido de Carbono e verificação das suas propriedades: Solubilidade em água,


teste de carácter ácido e identificação do Dióxido de Carbono

Obtenção do Dióxido de Nitrogénio e verificação das suas propriedades: Solubilidade em


água e teste de carácter ácido

Obtenção do Monóxido de Nitrogénio e verificação das suas propriedades: Solubilidade em


água e teste de carácter ácido-base

Licenciatura em Ensino de Química


2o ano

Laboratório II
Universidade Pedagógica
Maputo
2019
2

Índice

1.Introdução.....................................................................................................................................1

2.Objectivos.....................................................................................................................................2

2.1.Geral..........................................................................................................................................2

2.2.Específicos.................................................................................................................................2

3.Fundamentação teórica.................................................................................................................3

3.1.O Carbono..................................................................................................................................3

3.2.Propriedades físicas do Carbono...............................................................................................3

3.3.Variedades ou modificações alotrópicas da carbono: Diamante e Grafite................................4

3.4.Aplicações do Carbono..............................................................................................................4

3.5.Compostos do carbono..............................................................................................................5

3.6.Obtenção industrial....................................................................................................................5

3.7.Obtenção laboratorial.................................................................................................................5

3.8.Dióxido de carbono....................................................................................................................6

3.9.Obtenção Na industria o monóxido de carbono é obtido pela ustulação do calcário...............6

4.Parte experimental........................................................................................................................7

4.1.Experiência I: Obtenção do Dióxido de Carbono......................................................................7

4.2.Materiais e reagentes.................................................................................................................7

4.2.1.Material...................................................................................................................................7

4.2.2.Reagentes................................................................................................................................7

4.3.Procedimentos............................................................................................................................7

4.4.Observação................................................................................................................................8

4.5.Discussão de resultados.............................................................................................................8

4.6.Experiência II: prova de solubilidade e de carácter ácido do dióxido de carbono....................9


3

4.6.1.Procedimentos.........................................................................................................................9

4.6.2.Observações............................................................................................................................9

4.6.3.Discussão de resultados..........................................................................................................9

4.7.Experiência III: Identificação do dióxido de carbono.............................................................10

4.7.1.Procedimentos.......................................................................................................................10

4.7.2.Observações..........................................................................................................................10

4.7.3.Discussão de resultados........................................................................................................10

4.7.4.Conclusão.............................................................................................................................10

5.Introdução...................................................................................................................................11

6.Objectivos...................................................................................................................................12

6.1.Geral........................................................................................................................................12

6.2.Específicos...............................................................................................................................12

7.Fundamentação teórica...............................................................................................................13

7.1.História da descoberta do Nitrogénio......................................................................................13

7.2.Ocorrência do Nitrogénio na natureza.....................................................................................13

7.3.Propriedades Físicas do Nitrogénio.........................................................................................13

7.4.Reactividade do Nitrogénio.....................................................................................................13

7.5.Reacções mais importantes do Nitrogénio..............................................................................14

7.6.Métodos de Obtenção do Nitrogénio.......................................................................................15

7.6.1.Na técnica.............................................................................................................................15

7.6.2.No laboratório.......................................................................................................................15

7.7.Aplicação do Nitrogénio..........................................................................................................15

8.Parte experimental......................................................................................................................17

8.1.Experiência IV: Obtenção do dióxido de nitrogénio...............................................................17

8.1.1.Materiais e reagentes............................................................................................................17
4

8.1.1.1.Materiais............................................................................................................................17

8.1.1.2.Reagentes...........................................................................................................................17

8.3.Procedimentos..........................................................................................................................17

8.4.Observação..............................................................................................................................19

8.5.Discussào dos resultados.........................................................................................................19

8.6.Experiência V: solubilidade teste de carácter ácido................................................................20

8.7.Procedimentos..........................................................................................................................20

8.8.Observações.............................................................................................................................20

8.9.Discussão dos resultados.........................................................................................................20

8.10.Conclusão..............................................................................................................................21

9.Introdução...................................................................................................................................22

10.Objectivos.................................................................................................................................23

10.1.Geral......................................................................................................................................23

10.2.Específicos.............................................................................................................................23

11.Fundamentação teórica.............................................................................................................24

11.1.Monóxido de nitrogénio........................................................................................................24

11.2.Obtenção industrial................................................................................................................24

11.3.Obtenção laboratorial.............................................................................................................24

12.Parte experimental....................................................................................................................25

12.1.Experiência VI: Obtenção do monóxido de nitrogénio.........................................................25

12.2.Materiais e reagentes.............................................................................................................25

12.2.1.Materiais.............................................................................................................................25

12.2.2.Reagentes............................................................................................................................25

12.3.Procedimentos........................................................................................................................25

12.4.Observações...........................................................................................................................26
5

12.5.Discussão de resultados.........................................................................................................26

12.6.Experiência VII: Solubilidade e teste de cáracter ácido –base do ácido nítrico...................26

12.7.Procedimentos........................................................................................................................26

12.8.Observações...........................................................................................................................26

12.9.Discussão dos resultados.......................................................................................................26

12.10.Conclusão............................................................................................................................28

13.Conclusão.................................................................................................................................29

14.Referências bibliográficas........................................................................................................30

1. Introdução
6

A Química como ciência do grupo das ciências naturais é uma ciência experimental, pois, os
seus conteúdos desenvolvidos teoricamente, são interpretados na prática através da realização
das experiêcias no laboratório, neste caso, de Química. Sendo assim, pretende-se apresentar o
seguinte relatório no qual concerne a produção laboratorial do dióxido de carbono, verificação
das suas propriedades e identificação do dióxido de carbono.

2. Objectivos
2.1. Geral
7

 Obter o dióxido de carbono no laboratório.


2.2. Específicos
 Verificar as propriedades do dióxido de carbono: solubilidade em água e carácter ácido;
 Identificar o dióxido de carbono

3. Fundamentação teórica
3.1. O Carbono
8

O carbono encontra-se na natureza tanto no estado livre como na forma de numerosos


compostos. O Carbono livre existe na forma de diamante, grafite e carvão. Na forma combinada
ocorre na forma de Dióxido de carbono da atmosfera, Dióxido de carbono dissolvido nas águas
dos rios, mares e oceano, hulha fósssil, petróleo, gás natural, sais de carbono como a calcita
(CaCO3), Magnesita (MgCO3) e Dolomita (MgCO3.CaCO3).

O Carbono é um constituinte essencial de toda a matéria viva, como proteínas, carbohidratos e


gorduras. O elemento Carbono entra em todos os processos dinâmicos da biosfera.

3.2. Propriedades físicas do Carbono

O Carbono é um não-metal, caracteriza-se por apresentar diferentes estados alotrópicos


(diamante e Grafite) e participar em todos os compostos orgânicos. A variedade dos compostos
do carbono explica-se pela capacidade de seus átomos se ligar entre si com formação das cadeias
ou aneis compridos. Por isso as duas características químicas fundamentais do elemento são a
tetravalência, em virtude da qual cada um de seus átomos pode unir-se com outros quatro e sua
capacidade de estabelecer ligações covalentes, de electrões partilhados, entre os próprios átomos
de carbono. Em conseqüência dessas propriedades, o número de compostos do carbono é vinte
vezes superior ao das combinações que não contêm esse elemento.

Além das formas cristalinas, diamante e grafite, os carbonos fósseis de vegetais constituem outra
forma de carbono elementar que aparece na natureza, misturados com outros elementos. Nesses
casos, a proporção de carbono pode chegar à cerca de noventa por cento, como no antracite, o
carvão fóssil de origem mais antiga. Os compostos minerais de carbono, como o calcário
(carbonato de cálcio) e a magnesita (carbonato de magnésio), constituem cerca de 0,2% da crosta
terrestre.

3.3. Variedades ou modificações alotrópicas da carbono: Diamante e Grafite


9

O Diamante é uma substância sólida, incolor, transparente e altamente refringente, cristaliza


numa rede cúbica de faces centradas. Os átomos de carbono estão dispostos tetraedricamente e
são equidistantes, estão dispostos covalentemente por pares electrónicas que ocupam orbitais
moleculares formadas por sobreposição de orbitais híbridas SP 3 e formam uma rede tetraédrica
tridimensional na qual eles são ligados entre si pelas ligações covalentes. De todas as substâncias
simples, o diamante é o mais densamente compactado. Este facto aliado as ligações covalentes
estáveis confere ao diamante a sua alta dureza. O Diamante é usado para diversos fins industriais
e tecnológicos. Aplicam-se para trabalhar diferentes materiais resistentes, bem como para
perfurar rochas. O pó obtido durante a sua trituração aplica-se para o polimento das pedras
preciosas e dos próprios diamantes.

Hoje é possível obter-se Diamante a partir da Grafite pelo emprego simultâneo de pressões e
temperaturas elevadas. A calcinação do Diamante no Oxigénio produz Dióxido de carbono.
O aquecimento prolongado do diamante em ausência de ar conduz à formação da grafite.

A grafite: Representa os cristais cinzentos escuros com fraco brilho metálico.

3.4. Aplicações do Carbono

Na forma de negro de fumo o Carbono é usado na indústria de borracha, na fabricação de pneus,


em tintas de impressão. Na forma de Coque é utilizado na metalurgia do ferro e de muitos outros
metais. Na forma de Grafite é utilizada na fabricação de eletródos, na indústria do aço, na
fundição de metais, na obtenção de cadinhos, como lubrificantes e ainda em lápis, lonas de freio
e escovas para motores elétricos. Na forma de Carvão ativado é usado para absorver gases
venenosos em máscaras contra gases, como filtros no tratamento de águas
residuais, e como catalisador em algumas reações. Na forma de Diamante é utilizado em jóias e
para fabricação industrial de brocas ou abrasivos para cortar e polir metais.

3.5. Compostos do carbono


10

Monóxido de carbono (CO): é um gás incolor, insípido, muito pouco solúvel em água e não
reage com ela. É venenoso, ou seja, bloqueia a fixação do oxigénio pela hemoglobina, pode
ainda causar envenenamento e até a morte. É um dos principais poluentes do ar atmosférico e é
produzido por motores de automóvel. Se condensa no liquido a 192oC e se solidifica a 205ºC.

3.6. Obtenção industrial

O Monóxido de carbono (CO) é produzido em grandes quantidades pela reacção entre o carvão e
o Dióxido de carbono (CO2) a temperaturas elevadas:

C(s) + CO2(g) ∆

2CO(g)

O Monóxido de carbono (CO) é também um produto de “gás de água”

H2O(l) + C(s) → CO(g) + H2(g)

Em grande escala o monóxido de carbono é obtido, juntamente com o Hidrogénio pela redução
do vapor de água com coque:

H2O(g) + C(s) → CO(g) + H2(g)

Pode também ser obtido a partir de substâncias simples:

C(s) + ½ O2(g) → CO(g) ∆H = -137Kj/mol

o
C(s) + CO2(g) 400−500

❑C 2CO(g) ∆H = +120Kj/mol

3.7. Obtenção laboratorial

O Monóxido de carbono pode ser obtido no laboratório por desidratação do Ácido fórmico
(HCOOH):

HCOOH(aq) → H2O(g) + CO(g)

3.8. Dióxido de carbono


11

O Dióxido de carbono é o Óxido de carbono mais estável a temperatura ambiente e solúvel em


água O Dióxido de carbono em condições normais é um gás incolor, ao contrário do Monóxido
de carbono não é tóxico, mesmo não sendo tóxico, altas concentrações podem causar
sufocamento é aproximadamente 1,5 vezes mais denso do que o ar e que por isso pode ser
transvazado como um líquido de um recipiente para o outro. O gás pode ser liquefeito por
resfriamento, usando também grandes pressões. Pode solidificar-se constituindo o chamado gelo
seco. É pouco solúvel em água e aplica-se no processo Solvay na produção da soda e na
obtenção de bebidas gaseificadas. Aplica-se ainda nas indústrias em refrigerantes, em extintores
de incêndio, na preparação de carbonato de sódio, aplica-se para a síntese da uréia.
O dióxido de carbono forma-se na natureza durante a oxidação de substâncias orgânicas
(putrefação dos resíduos vegetais e animais, respiração, combustão). Desprende-se em grandes
quantidades das fendas vulcânicas e das águas minerais. É também libertado em grandes
quantidades por um variado número de indústrias principalmente a de produção de energia na
base de combustíveis fósseis.

3.9. Obtenção
Na industria o dióxido de carbono é obtido pela ustulação do calcário.

CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g)↑

No laboratório é obtido pela acção do Ácido clorídrico sobre carbonatos:

CaCO3(s) + 2HCl(aq) → CaCl2(s) + H2O(l) + CO2(g)↑

A solução do dióxido de carbono em água forma uma reacção ácida fraca, condicionada pela
presença na solução de quantidades pequenas do ácido carbónico que se forma na reacção

CO2(g) + H2O(l) → H2CO3(aq)

Obtém-se pela decomposição de alguns carbonatos pela acção de ácidos

CaCO3(s) + 2HCl(aq) → CaCl2(s) + H2O(l) + CO2(g)

NaHCO3(s) + HCl(aq) → NaCl(s) + H2O(l) + CO2(g)

4. Parte experimental
12

4.1. Experiência I: Obtenção do Dióxido de Carbono


4.2. Materiais e reagentes
4.2.1. Material
 Pipeta Eppendorf de 12,5 ml;
 Tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Funil de separação;
 Adaptadores 20/20 e 13/13;
 Suporte para tubo de ensaio;
 Tubo de ensaio;
 Mangueira de borracha;
 Espátula.
4.2.2. Reagentes
 Royal cujo um dos seus componetes é o Bicarbonato de Sódio (NaHCO3);
 Solução aquosa de Ácido clorídrico [HCl(aq)];
 Água destilada;
 Indicador Fenolftaleína.
4.3. Procedimentos

Com o quite de material disponibilizado prosseguiu-se com a montagem do aparelho para a


obtenção do dióxido de carbono da seguinte maneira:

 Tomou-se um tubo de ensaio com abertura lateral 45º onde acoplou-se uma mangueira de
borracha com recurso a um adaptador 13/13;
 Acoplou-se na parte superior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º um funil de
separação com recurso a um adaptador 20/13;
 Tomou-se um tubo de ensaio contendo água destilada no qual foi submergido a
mangueira de boracha que estava acoplada ao tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Introduziu-se duas espátulas de Royal no interior do tubo de ensaio com abertura lateral
45º tendo sido recorrido a um funil de plástico para evitar derramamento do Royal ao
chão;
 Introduziu-se no funil de separação 3 ml de ácido clorídrico;
13

 Gotejou-se lentamente o ácido clorídrico contido no funil de separação sobre o Royal


contido no interior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Anotou-se as observações.
4.4. Observação

À medida em que o ácido clorídrico gotejava sobre o Royal observou-se uma efervescência e em
seguida houve aparecimento de uma espuma branca no tubo de ensaio com abertura lateral 45º.
Com o aparecimento da espuma branca verifiou-se um borbulhhamento no tubo de ensaio que
continha água destilada.

4.5. Discussão de resultados

A ocorrência de uma reacção pode ser evidenciada pela libertação de gases (efervescência),
mudança de cor, formação de precipitado (FELTRE, 2004:62).

Segundo (CAMUENDO E SAMBO, 2013: 215) o dióxido de carbono obtém-se pela


decomposição do bicarbonato de sódio pela acção do ácido clorídrico segundo a equação abaixo:

NaHCO3(s) + HCl(aq) → NaCl(s) + H2O(l) + CO2(g)↑

Deste modo a efervescência observada deve-se a interação entre o ácido clorídrico e o


bicarbonato de sódio contido na composição química do Royal formando-se cloreto de sódio,
água e libertando-se o gás dióxido de carbono.

O borbulhamento observado no tibo de ensaio contendo água destilada evidenciou a presença do


gás liberto (dióxido de carbono) na reacção acima.
14

4.6. Experiência II: prova de solubilidade e de carácter ácido do dióxido de carbono


4.6.1. Procedimentos

Após a execução da experiência da obtenção de dióxido de carbono, tomou-se uma pipeta


Eppendorf, introduziu-se na pipeta uma pequena quantidade do indicador alaranjado de metilo, e
em seguida gotejou-se lentamente sobre a solução obtida no tubo de ensaio que continha água
destilada.

4.6.2. Observações

Ao gotejar-se o indicador alaranjado de metilo sobre a solução obtida no tubo de ensaio que
contunha água destilada observou-se o aparecimento de uma coloração vermelha.

4.6.3. Discussão de resultados

Segundo (CAMUENDO & SAMBO) a solução do dióxido de carbono em água forma uma
reacção ácida fraca, condicionada pela presença na solução de quantidades pequenas do ácido
carbónico que se forma na reacção, deste modo o dióxido de carbono é o anidrido do ácido
carbónico de acordo com a equação:

CO2(g) + H2O(l) → H2CO3(aq)

O alaranjado de metilo quando adicionado a uma substância sendo ela básica adquire a coloração
amarelada, quando adicionado a uma substância sendo ela ácida adquire coloração avermelhada
(FELTRE vol.2, 2004:46).

Durante realização da prova do carácter ácido, ao introduzir-se o alaranjado de metilo na solução


obtida verificou-se o surgimento de uma cor avermelhada, o que comprovou que a solução
obtida entre a reacção com o bicarbonato de sódio e ácido clorídrico era ácida, estando de acordo
com o que diz a literatura.

Segundo (CAMUENDO & SAMBO, 2013:213) o dioxido de carbono é pouco solúvel em água.

Com a realização da experiência verificou-se que o gás dioxide de carbono dissolveu-se em água
formando o ácido carbónico indo de acordo com a literatura.
15

4.7. Experiência III: Identificação do dióxido de carbono


4.7.1. Procedimentos

Para a realização desta experiência Identificação do dióxido de carbono tomou-se um tubo de


ensaio contendo contendo 3ml de hidróxido de bário, e submergiu-se a mangueira de borracha
que foi submergida no tubo de ensaio contendo água destilada na experiência de obtenção do
dióxido de carbono.

4.7.2. Observações

No tubo de ensaio contendo hidróxido de bário observou-se a formação de um precipitado


branco.

4.7.3. Discussão de resultados

Segundo (CAMUENDO & SAMBO, 2013:214) o dióxido de carbono é identificado pela sua
reacção com Hidróxido de Bário, Ba(OH)2, que forma um precipitado branco de carbonato de
bário (BaCO3) segundo a equação:

Ba(OH)2(aq) + CO2(g) → BaCO3(s) + H2O(l)

Segundo (CAMUENDO & SAMBO, 2013:214) o carbonato de bário (BaCO3) é insolúvel em


água e ao passar uma certa quantidade de gás dióxido de carbono a solução será turva.

O precipitado branco que formou-se no tubo de ensaio que continha o hidróxido de bário foi o
resultado da reacção entre o dióxido de carbono e o Hidróxido de Bário indo de acordo com a
literatura.

4.7.4. Conclusão

Com a realização desta experiência concluiu-se que é possível obter o dióxido de carbono pela
decomposição do bicarbonato de sódio pela acção do ácido clorídrico formando cloreto de sódio,
água e libertação do gás dióxido de carbono. Ao reagir com água o dióxido de carbono origina o
ácido carbônico.
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5. Introdução

O grupo em colaboração pretende apresentar o relatório acerca da experiência realizada sobre a


obtenção do dióxido de nitrogénio e verificação das suas propriedades: solubilidade em água e
teste de carácter ácido.

6. Objectivos
17

6.1. Geral
 Obter o dióxido de nitrogénio no laboratório.
6.2. Específicos
 Verificar a solubidade do dióxido de nitrogénio em água;
 Realizar o teste de carácter ácido do nitrogénio.

7. Fundamentação teórica
7.1. História da descoberta do Nitrogénio
18

O elemento Nitrogénio foi descoberto pelo químico e físico escocês Daniel Rutherford em 1772.
Lavoisier, foi o primeiro a reconhecer que se tratava de um elemento químico e deu o nome de
Nitrogénio do grego “sem vida”.

7.2. Ocorrência do Nitrogénio na natureza

A maior parte do Nitrogénio encontra-se na Natureza no estado livre, fazendo parte integrante do
ar atmosférico cerca de 78.2%. Encontra-se ainda no estado livre em muitos meteóritos, nos
gases de vulcões, nas minas e em algumas fontes minerais, no Sol e nas
estrelas. No estado combinado encontra-se nas proteínas e aminoácidos que são parte
fundamental da composição dos organismos vivos, encontra-se no solo na forma de sais do ácido
nítrico e em diversos compostos como o Salitre do Chile (NaNO 3), que forma as camadas
potentes no litoral do Oceano Pacífico, sob a forma de amónia e sais de amónio; e na água do
mar, como iões de amónio (NH4+), nitrito (NO2-) e nitrato (NO3-).

7.3. Propriedades Físicas do Nitrogénio

O Nitrogénio é um gás incolor, sem cheiro, pouco solúvel em água e menos denso que o ar. É
inerte em condições ambientais, o que garante que o Oxigénio (O2) disperso na atmosfera não
incendeie a vegetação do planeta. É constituído por uma molécula diatómica com ligaçao tripla
entre os átomos. Os animais, colocados na atmosfera do Nitrogénio, morrem rapidamente,
não devido a venenosidade do azoto, mas sim por causa da ausência do oxigénio.

7.4. Reactividade do Nitrogénio

O Nitrogénio forma uma molecula diatómica que é quimicamente pouco activo. A actividade
reduzida do Nitrogénio explica-se pela grande estabilidade de suas moléculas. Na molécula de
Nitrogénio, os átomos são ligados pela ligação tripla e a energia de dissociação dessa molécula é
muito alta cerca de 946 Kj/mol, verificando-se a dissociação após o aquecimento muito forte.
Derivando da estrutura electrónica pode-se prever as seguintes formas de reacção para o
Nitrogénio:

 Ganhar no máximo 3 electrões para atingir a estabilidade;


 Ceder no máximo 5 electrões para atingir a estabilidade;
7.5. Reacções mais importantes do Nitrogénio
19

As reacções mais importantes do Nitrogénio são:

 Síntese do amoníaco
 Oxidação catalítica
 Formação do cianeto

Na2CO3(aq) + 4C(s) + N2(g) T /Catalizador



2NaCN(aq) + 2CO(g)

 Á temperature ambiente o Nitrogénio reage apenas com Lítio

6Li + N2(g) → 2Li3N

 Ao ser aquecido reage com Magnésio, Cálcio e Titâneo

3Mg(s) + N2(g) → Mg3N2(aq)

 O Azoto reage com o Hidrogénio a temperaturas e pressões altas na


presença de catalisador. A altas pressões e baixas temperaturas forma-se o amoníaco num
processo reversível.

N2(g) + H2(g) → NH3(aq)

 O Azoto reage com o Oxigénio às temperaturas de 3000 à 4000ºC. Da reacção directa


com o Oxigénio sob acção de descargas eléctricas formam-se Óxidos do nitrogénio,
alguns dos quais derivam em ácidos do nitrogénio.
 Também forma a hidrazina (N2H4) pela acção do NaClO sobre o amoníaco; e o azoteto de
hidrogénio (HN3) ou ácido hidrazóico pela acção do ácido nitroso sobre a solução aquosa
de hidrazina.

7.6. Métodos de Obtenção do Nitrogénio


7.6.1. Na técnica:
20

 Por destilação fraccionada do ar atmosférico na qual se elimina o oxigénio da mistura.


 Por extracção química do oxigénio do ar.
7.6.2. No laboratório

Pela reacção entre soluções saturadas de compostos do Nitrogénio com elementos nos estados de
oxidação extremos:

NH4Cl(aq) + NaNO2(aq) → N2(g) + 2H2O(l) + NaCl(s)

Decomposição térmica de alguns compostos de Nitrogénio

NH4NO2(aq) → N2(g) + H2O(l)

7.7. Aplicação do Nitrogénio

O Nitrogénio é aplicado na síntese do amoníaco, substância a partir da qual se podem obter


muitos compostos derivados do nitrogénio, inorgânicos e orgânicos. São exemplos desses
compostos os adubos azotados e os sais aplicados em produtos de limpeza, entre outros.
Aplica-se também o Nitrogénio no preenchimento das lâmpadas eléctricas, na bombagem dos
líquidos combústiveis e algumas reacções químicas para criação do meio inerte. Na indústria
alimentícia, é utilizado no estado gasoso para prevenir a oxidação e o aparecimento de bolores
nos alimentos. Na forma líquida é usado nos sistemas de refrigeração e de congelanto por
este processo manter a textura e o sabor natural dos alimentos.

As indústrias metalúrgicas e elétricas recorrem ao nitrogénio para prevenir a oxidação de certos


disperdícios. O carácter estável e a baixa reatividade do nitrogénio gasoso recomendam o seu
emprego no fabrico de espumas de borracha e plásticos, na obtenção de
aerossóis. Na medicina, a substância também é largamente aproveitada, por seu rápido
congelamento, como conservante de sangue, sêmen, tecidos, órgão, medula óssea, bactérias.

7.8. Dióxido de nitrogénio

É um gás de cor castanho, com cheiro forte e venenoso. A sua respiração provoca uma irritação
forte das vias respiratórias e pode levar ao envenenamento sério. Ele condensa facilmente num
líquido avermelhado, o qual ao ser resfriado gradualmente se torna mais claro e congela-se,
formando uma massa cristalina. Ao aquecer NO2 gasoso, a sua cor intensifica-se até tornar-se
21

quase negra. Essa alteração da cor com aumento da temperatura é acompanhada pela variação da
sua massa. O NO2 é considerado o anidrido do ácido nítrico. O Dióxido de Nitrogénio é um
oxidante muito enérgico. É o principal responsável pela formação de chuvas ácidas a base do
azoto e contribui para a degradação da camada do Ozono.

7.9. Propriedades químicas do dióxido de nitrogénio

Ao dissolver-se na água reage formando ácido nítrico e ácido nitroso.

2NO2(g) + H2O(l) ↔ HNO3(aq) + HNO2(aq)

O HNO2 é muito instavél e decompõe-se rapidamente:

HNO2(aq) ↔ HNO3(aq) + 2NO(g) + H2O(l)

Por isso a reacção entre o dióxido de nitrogénio com água, especialmente a quente, praticamente
decorre conforme a equação da reacção:

6NO2(g) + 2H2O(l) → 4HNO3(aq) + 2NO(g)

7.10. Obtenção laboratorial do dióxido de nitrogénio


 No laboratório obtém-se apartir da reacção do ácido nítrico concentrado [HNO 3(conc)] com
metais pesados como cobre e prata:

Cu(s) + HNO3(conc) → Cu(NO3)2 + 2NO2(g) + 2H2O(l)

Ag(s) + HNO3(conc) → Ag(NO3)2 + 2NO2(g) + 2H2O(l)

 Obtém-se pela decomposição térmica do nitrato de Chumbo

2Pb(NO3)2(s) → 2PbO(s) + 4NO2(g) + O2(g)

7.11. Obtenção industrial do dióxido de nitrogénio

Obtém-se atravês da oxidação do monóxido de carbono

2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)

7.12. Ácido nítrico (HNO3)


22

É um líquido incolor que congela numa massa cristalina transparente. Ao ser exposto ao ar,
“fuma”, visto que os seus vapores formam com a água (humidade do ar) as gotinhas de nevoeiro.
O Ácido nítrico não é muito estavél, sob influência da luz decompõe-se gradualmente por isso
deve ser guardo em frascos escuros.

8. Parte experimental
8.1. Experiência IV: Obtenção do dióxido de nitrogénio
8.1.1. Materiais e reagentes
8.1.1.1. Materiais
 Tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Dois tubos de rosca;
 Funil de separação
 Pipeta Eppendorf de 12,5ml
 Filtro e suporte para filtro
 Adaptadores 20/20 3 13/13
 Nicho.
8.1.1.2. Reagentes
 Ácido nítrico concentrado [HNO3(conc)]
 Pregos de Cobre [Cu(s)]
 Água destilada
 Carvão activado
8.3. Procedimentos
 Tomou-se um tubo de ensaio com abertura lateral 45º e acoplou-se um funil de
separação;
 Introduziu-se no interior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º três pregos de cobre;
 Na parte superior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º acoplou-se um tubo de rosca
contendo água destilada com a ajuda de adaptadores 20/20, 13/13, filtro e suporte para
filtro;
 Na parte superior do tubo de rosca que contunha água destilada acoplou-se um tubo de
rosca que contunha carvão activado com a ajuda de adaptadores 20/20, 13/13, filtro e
suporte para filtro.
 Introduziu-se no funil de separação 3ml de ácido nítrico concentrado [HNO3(conc)];
23

 Colocou-se o aparelho no nicho;


 Gotejou-se lentamente o ácido nítrico concentrado [HNO 3(conc)] sobre os três pregos de
cobre que estão no interior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Registou-se as observações.

8.4. Observação

Ao gotejar-se o ácido nítrico concentrado sobre os pregos de cobre observou-se uma


efervescência no tubo de ensaio com abertura lateral 45º e houve aparecimento de uma coloração
azul. Nas extremidades das paredes do tubo de ensaio com abertura lateral 45º observou-se o
24

aparecimento de uma coloração amarelo castanha, e no tubo de rosca que continha água destilada
houve ocorrência de um borbulhamento.

8.5. Discussào dos resultados

Segundo (CAMUENDO & SAMBO 2013:161) o dióxido de nitrogénio obtém-se pela reacção
entre o ácido nítrico concentrado e cobre, segundo a equação da reacção:

Cu(s) + 4HNO3(conc) → Cu(NO3)2(aq) + 2NO2(g) + 2H2O(l)

Segundo FELTRE (2004:62) a ocorrência de uma reacção pode ser evidenciada pela libertação
de gases (efervescência), mudança de cor, formação de precipitado.

Segundo (RUSSE vol.2 pág. 424, 571) o dióxido de nitrogénio é um gás castanho. O ião Cu 2+ ou
ião cúprico compostos com coloração azul.

Durante a reacção no tubo de ensaio observou-se uma coloração azul que é evidenciada pela
presença do ião Cu2+ na solução de Cu(NO3)2(aq) segundo a equação:

Cu(NO3)2(aq) → Cu2+(aq) + NO3-(aq)

A coloração amarelo acastanhada observada nas extremidades das paredes do tubo de ensaio
com abertura lateral 45º dióxido de nitrogénio que estava sendo libertada durante a reacção.

Segundo CAMUENDO & SAMBO (2013:161) o dióxido de nitrogénio dissolve-se em água


formando ácido nítrico diluído de acordo com a equação:

6NO2(g) + 2H2O(l) → 4HNO3(aq) + 2NO(g)

O borbulhamento observado no tubo de rosca que continha água destilada ocorreu devido à
dissolução do gás dióxido de nitrogénio em água formando ácido nítrico diluído.

8.6. Experiência V: solubilidade teste de carácter ácido


8.7. Procedimentos
25

Com a ajuda de uma pipeta retirou-se um pouco da solução obtida no tubo de ensaio contendo
água destilada e introduziu-se a solução num tubo de ensaio. Introduziu-se numa pipeta um
pouco do indicador alaranjado de metilo e gotejou-se lentamente sobre a solução obtida e
registou-se as observações.

8.8. Observações

Ao gotejar o indicador alaranjado de metilo sobre a solução obtida que foi introduzida num tubo
de ensaio observou-se que houve aparecimento de uma coloração vermelha.

8.9. Discussão dos resultados

Existem substâncias que têm propriedades de adquirir uma determinada cor em soluções ácidas e
uma cor diferente em soluções alcalinas, tais substâncias podem indicar o carácter ácido ou
alcalino das soluções aquosas e chamam-se de indicadores.

Segundo FELTRE (vol.2 2004:46) o alaranjado de metilo quando adicionado a uma substância
sendo ela básica adquire a coloração amarelada, quando adicionado a uma substância sendo ela
ácida adquire coloração avermelhada.

A mudança de coloração no tubo de ensaio que continha a solução obtida evidenciou que a
solução obtida na experiência da obtenção do dióxido de nitrogénio era ácida.

A solução ácida obtida demonstrou que o dióxido de nitrogénio é solúvel em água devido a
formação do ácido nítrico diluído.

8.10. Conclusão
26

Com a realização desta experiência concluiu-se que é possível obter o dióxido de nitrogénio
obtido atravês da reacção entre o ácido nítrico concentrado e ácido clorídrico. Com teste de
caractér ácido constatou-se que o dióxido de nitrogénio é solúvel em água formando o ácido
nítrico diluído devido á mudança de coloração no momento em que introduziu-se algumas gotas
de alaranjado de metilo no tubo de ensaio que continha a solução obtida, pois a coloração
vermelha evidenciou que a solução obtida era ácida.

9. Introdução
27

O grupo em colaboração pretende apresentar o relatório acerca da experiência realizada sobre a


obtenção do monóxido de nitrogénio e verificação das suas propriedades: solubilidade em água e
teste de carácter ácido-base.

10. Objectivos
10.1. Geral
28

 Obter o monóxido de nitrogénio no laboratório


10.2. Específicos
 Verificar a solubilidade em água do monóxido de nitrogénio;
 Realizar o teste de carácter ácido-base do monóxido de nitrogénio.

11. Fundamentação teórica


11.1. Monóxido de nitrogénio
29

É um gás incolor, dificilmente liquidificável, ferve a (-151,7ºC) e solidifica-se a (-163,7ºC),


pouco solúvel em água e termodinamicamente instável, porém não se decompõe a
temperatura ambiente visto que as suas moléculas são relativamente estáveis. Apenas a
temperatura acima de 1000ºC, decompõe-se em Azoto e Oxigénio. Este composto, pertence aos
óxidos indiferentes visto que ele não forma nenhum ácido. Na atmosfera forma-se devido as
descargas eléctricas durante temporais e reage com o ozono e radicais oxigenados formando
NO2, que por sua vez com a água forma o ácido nítrico. Por isso é um dos gases causadores das
chuvas ácidas.

11.2. Obtenção industrial


 O monóxido de nitrogénio obtém-se apartir da oxidação catalítica do nitrogénio com o
oxigénio a altas temperaturas.

N2(g) + O2(g) → 2NO(g)

 O monóxido de carbono obtém-se atravês da oxidação catalítica do amoníaco a altas


temperaturas.

4NH3(aq) + 5O2(g) → 4NO(g) + 6H2O(l) + 907Kj

11.3. Obtenção laboratorial

No laboratório obtém-se apartir da reacção entre o ácido nítrico diluído e ácido clorídrico.

3Cu(s) + 8HNO3(dil) → 3Cu(NO3)2 + 2NO(g)↑ + 4H2O(l)

12. Parte experimental


12.1. Experiência VI: Obtenção do monóxido de nitrogénio
30

12.2. Materiais e reagentes


12.2.1. Materiais
 Tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Dois tubos de rosca;
 Funil de separação
 Pipeta Eppendorf de 12,5ml
 Filtro e suporte para filtro
 Adaptadores 20/20 3 13/13
 Nicho.
12.2.2. Reagentes
 Ácido nítrico diluído [HNO3(dil)]
 Pregos de Cobre [Cu(s)]
 Água destilada
 Carvão activado
12.3. Procedimentos
 Tomou-se um tubo de ensaio com abertura lateral 45º e acoplou-se um funil de
separação;
 Introduziu-se no interior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º três pregos de cobre;
 Na parte superior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º acoplou-se um tubo de rosca
contendo água destilada com a ajuda de adaptadores 20/20, 13/13, filtro e suporte para
filtro;
 Na parte superior do tubo de rosca que contunha água destilada acoplou-se um tubo de
rosca que contunha carvão activado com a ajuda de adaptadores 20/20, 13/13, filtro e
suporte para filtro.
 Introduziu-se no funil de separação 3ml de ácido nítrico diluído [HNO3(dil)];
 Colocou-se o aparelho no nicho;
 Gotejou-se lentamente o ácido nítrico diluído [HNO 3(dil)] sobre os três pregos de cobre
que estão no interior do tubo de ensaio com abertura lateral 45º;
 Registou-se as observações.
12.4. Observações
31

Ao gotejar-se lentamente o ácido nítrico diluído sobre os pregos de cobre ocorreu uma reacção
que não foi possível observar a olho nu.

12.5. Discussão de resultados

Segundo CAMUENDO & SAMBO (2013:163) o monóxido de carbono é obtido atravês da


reacção entre o ácido nítrico diluído e ácido clorídrico segundo a reacção

3Cu(s) + 8HNO3(dil) → 3Cu(NO3)2(aq) + 2NO(g)↑ + 4H2O(l)

Ao gotejar-se o acido nítrico diluído sobre o cobre ocorreu uma reacção que não foi visível a
olho nú porque o ácido estava menos concentrado provocando redução da reactividade do ácido
niítrico reduzido sobre o cobre.

12.6. Experiência VII: Solubilidade e teste de cáracter ácido –base do ácido nítrico
12.7. Procedimentos

Com a ajuda de uma pipeta retirou-se uma pequena quantidade de água destilada contida no tubo
de rosca e introduziu-se num tubo de ensaio. Em seguida introduziu-se uma lentamente algumas
gotas de alaranjado de metilo e registou-se as observações.

12.8. Observações

Ao gotejar-se o alaranjado de metilo sobre a água destilada contida no tubo de ensaio observou-
se o aparecimento de uma coloração amarela.

12.9. Discussão dos resultados

Segundo FELTRE (2004:223) o monóxido de nitrogénio é neutro, não apresenta carácter ácido
nem carácter básico, isto é, não reagem com água, nem com ácidos e nem com bases.

Segundo (RUSSEL vol. 2, pág. 283) o alaranjado de metilo em meio ácido adquire coloração
vermelha e em meio neutro adquire coloração amarela.

Ao gotejar-se o alaranjado de metilo sobre a água destilada contida no tubo de ensaio observou-
se o aparecimento de uma coloração amarela o que evidenciou que o monóxido de nitrogénio
não é solúvel em água, isto pelo facto de não ter se dissolvido na água.
32

Segundo (RUSSEL vol. 2, pág. 283) numa solução neutra a concentração dos iões OH - é igual a
concentração dos iões H+ segundo a reacção:

H2O(l) ↔ H+(aq) + OH-(aq)

A coloração amarela observada demonstra que a solução era neutra, pois na água destilada a
concentração dos iões OH- é igual a concentração dos iões H+.

12.10. Conclusão

Com a realização desta experiência concluiu-se que é possível obter o monóxido de nitrogénio
obtido atravês da reacção entre o ácido nítrico diluído e ácido clorídrico. Verificou-se que o
33

monóxido de nitrogénio é inerte pelo facto de não ter ocorrido a alteração da água destilada
contida no tubo de rosca.

13. Conclusão

Após a realização das experiências concluiu-se que é possível obter o dióxido de carbono,
dióxido de nitrogénio e monóxido de nitrogénio no laboratório das quais verificou-se as suas
34

propriedades de solubilidade em água e carácter ácido, com destaque ao monóxido de carbono


no qual foi verificado o seu carácter ácido-base visto que era neutro e com o dióxido de carbono
o qual realizou-se a experiência para a sua identificação.

Pelo facto do dióxido de nitrogénio e o monóxido de nitrogénio serem gases tóxicos, conforme
afirmam as literaturas consultadas realizou-se as experiências tomando em consideração as
regras de higiene e segurança no laboratório.

14. Referências bibliográficas


 CAMUENDO, A. & COCHO, E. Saber Química. 1ª edição. LogmanMoçambique, Lda.
35

 CAMUENDO, A. & SAMBO, E. Manual de Inorgânica I. EdiçãoValdinâncioFlorêncio


Paulo, UP, 2013.
 CARVALHO, G.C. Química moderna 2º volume, distribuição da Livraria Nobel, São
Paulo, 1979.
 CHANG, R. Química 5ª edição. Editora McGraw-Hll, Lisboa, São Paulo, 1994.
 FELTRE, R. Química Geral. Volume 1. 6ª edição, São Paulo. 2006.
 GLINKA, N. Problemas e exercícios de Química geral. Editora Mir Moscovo, 1987.
 GLINKA, N. Química Geral. Volume 2. Editora Mir Moscovo, 1988.
 RUSSEL, J. Química Geral. São Paulo. McGraw-Hill. 1998.

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