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Edson João Jaime Pequenino

Avaliação do Grau de Contaminação de Etanol Caseiro (Nipa), pelos Contami-


nantes Orgânicos: Caso do Município de Montepuez 2020 – 2021.

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
ii

Edson João Jaime Pequenino

Avaliação do Grau de Contaminação de Etanol Caseiro (Nipa), pelos Contami-


nantes Orgânicos: Caso do Município de Montepuez 2020 – 2021.
Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios

Monografia Cientifica a ser


apresentada no Departamento de
Ciências Tecnologia, Engenharia
e Matemática, curso de Química,
como requisito para obtenção do
grau de Licenciatura em Ensino
de Química com Habilitações
em Gestão de Laboratórios.

Supervisor: dr. Pedro António Francisco

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
ii

Índice
Lista de figuras .................................................................................................................... vii
Lista de Gráficos ................................................................................................................. viii
Lista de tabelas ..................................................................................................................... ix
Lista de siglas e símbolos ...................................................................................................... x
Declaração ............................................................................................................................ xi
Dedicatória........................................................................................................................... xii
Agradecimentos .................................................................................................................. xiii
Resumo ................................................................................................................................ xv
Abstract ............................................................................................................................... xvi
Introdução ............................................................................................................................ 17
Tema .................................................................................................................................... 18
Delimitação do tema ............................................................................................................ 18
Enquadramento da pesquisa ................................................................................................ 18
Problematização................................................................................................................... 18
Justificativa .......................................................................................................................... 19
Objectivos da pesquisa ........................................................................................................ 20
Objectivo geral .................................................................................................................... 20
Objectivos específicos ......................................................................................................... 20
Questões de pesquisa ........................................................................................................... 20
Hipóteses ............................................................................................................................. 20
CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 21
1. Álcoois ............................................................................................................................. 21
1.1. Preparação de álcoois ................................................................................................... 21
1.2. Propriedades dos álcoois .............................................................................................. 21
1.3. Bebidas ......................................................................................................................... 21
1.3.1. Bebidas naturais ......................................................................................................... 21
1.3.2. Bebidas refrescantes .................................................................................................. 21
1.3.3. Bebidas alcoólicas ..................................................................................................... 22
1.3.4. Classificação das bebidas alcoólicas ......................................................................... 22
1.3.4.1. Não – fermentadas .................................................................................................. 22
1.3.4.2. Fermentadas ............................................................................................................ 22
1.3.4.2.1. Não-destiladas ..................................................................................................... 22
iii

1.3.4.2.2. Destiladas ............................................................................................................ 22


1.4. Etanol caseiro conceito ................................................................................................. 22
1.4.1. Etapas do processo de produção ................................................................................ 23
1.4.1.1. Matéria-prima para a produção do etanol caseiro .................................................. 23
1.4.1.2. Cana-de-açúcar ....................................................................................................... 23
1.4.1.3. Preparação do caldo ................................................................................................ 23
1.4.1.4. Fermentação............................................................................................................ 24
1.4.1.5. Destilação ............................................................................................................... 24
1.5. Contaminantes orgânicos.............................................................................................. 25
1.5.1. Metanol ...................................................................................................................... 25
1.5.2. 1-Butanol ou n-butanol .............................................................................................. 25
1.5.3. 2-Butanol ou sec-butanol ........................................................................................... 25
1.6. Reacções de Oxidação e Redução no etanol caseiro .................................................... 25
1.7. Carvão Activado ........................................................................................................... 26
1.7.1.Características do carvão activado ............................................................................. 26
1.8. Adsorção ....................................................................................................................... 26
1.8.1. Área Superficial ......................................................................................................... 26
1.8.2.Propriedades do Adsorvente ....................................................................................... 27
1.8.3. Tratamento de Efluentes ............................................................................................ 27
1.9. Filtração ........................................................................................................................ 27
1.10. Definição e importância da cor ................................................................................... 27
1.10.1. Colorimetria ............................................................................................................. 27
1.10.2. Colorimetria Visual ................................................................................................. 28
1.10.3. A luz e a cor ............................................................................................................. 29
1.10.4. Métodos de avaliação por colorimetria ................................................................... 29
1.10.5. Métodos Visuais ...................................................................................................... 29
1.10.6. Determinação de cor por meio do colorímetro lovibond ......................................... 29
CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................... 30
2.1. Método bibliográfico .................................................................................................... 31
2.2. Trabalho do campo ....................................................................................................... 31
2.2.1. Inquérito Pré – Conceptivo sobre a produção do etanol ............................................ 31
2.2.2. Colecta e identificação da amostra ............................................................................ 31
2.3. Método experimental .................................................................................................... 31
iv

2.3.1. Embalagem e Registo da Amostra ............................................................................ 31


2.3.2. Tratamento da amostra .............................................................................................. 31
2.3.4. Filtração ..................................................................................................................... 31
2.3.5. Análise química de solução da amostra de etanol caseiro ......................................... 32
2.3.5.1. Preparação das soluções ......................................................................................... 32
2.3.5.3. Determinação do teor de Álcool metílico ............................................................... 33
2.3.5.3.1. Identificação antes da filtração com carvão activado .......................................... 33
2.3.5.3.3. Determinação do teor de Álcool n – butílico....................................................... 34
2.3.5.3.3.1. Identificação antes da filtração com carvão activado ....................................... 34
2.3.5.3.4. Determinação do teor de Álcool sec – butílico ................................................... 34
2.3.5.3.4.1. Identificação antes da filtração com carvão activado ....................................... 34
2.3.5.2.Tratamento de Álcool Caseiro com carvão activado ............................................... 35
2.3.5.2.1. Produção do carvão activado ............................................................................... 35
2.3.5.3.2. Identificação do Metanol no Álcool Caseiro após a filtração com carvão activado..36
2.3.5.4.2. Identificação do Álcool n – butílico no Álcool Caseiro após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 37
2.3.5.4.2. Identificação do Álcool sec – butílico no Álcool Caseiro após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 38
2.4. Universo ....................................................................................................................... 38
2.4.1. Amostra ..................................................................................................................... 38
2.5. Técnicas e instrumentos de colecta de amostra ............................................................ 39
2.5.1. No laboratório ............................................................................................................ 39
CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS . 40
3.1. Apresentação e interpretação dos resultados de questionário e entrevista ................... 40
3.1.1. Apresentação dos resultados da entrevista. ............................................................... 40
3.1.1.1. Interpretação dos resultados da entrevista .............................................................. 40
3.1.2. Apresentação dos resultados do Questionário ........................................................... 41
3.1.2.1. Interpretação dos resultados do Questionário ......................................................... 41
3.2. Apresentação e discussão de resultados ....................................................................... 41
3.2.1. Apresentação de resultados do álcool metílico.......................................................... 41
3.2.1.1. Apresentação dos resultados do álcool metílico (Metanol), antes da filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 41
v

3.2.1.1.1. Interpretação dos resultados do álcool metílico (Metanol), antes da filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 42
3.2.1.2. Apresentação dos resultados do álcool metílico (Metanol), após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 43
3.2.1.2.1. Interpretação dos resultados do álcool metílico (Metanol), após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 43
3.2.2. Apresentação dos resultados do álcool n-butílico ..................................................... 43
3.2.2.1. Apresentação dos resultados do álcool n-butílico, antes da filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 43
3.2.2.1.1. Interpretação dos resultados do álcool n – butílico, antes da filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 44
3.2.2.2. Apresentação dos resultados do álcool n – butílico, após a filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 44
3.2.2.2.1. Interpretação dos resultados do álcool n – butílico, após a filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 44
3.2.3. Apresentação dos resultados do Álcool sec – butílico .............................................. 44
3.2.3.1. Apresentação dos resultados do Álcool sec – butílico antes da filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 44
3.2.3.1.1. Interpretação dos resultados do Álcool sec – butílico antes da filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 44
3.2.3.2. Apresentação dos resultados do Álcool sec-butílico após a filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 45
3.2.3.2.1. Interpretação dos resultados do Álcool sec – butílico após a filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 45
3.3.1. Interpretação dos coeficientes de correlação e de determinação ............................... 47
3.3.1.1. Coeficiente de correlação r ..................................................................................... 47
3.3.1.2. Coeficiente de determinação .................................................................................. 47
3.4. Discussão dos resultados .............................................................................................. 47
3.4.1. Discussão dos resultados do álcool metílico (metanol) antes da filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 47
3.4.2. Discussão dos resultados do álcool metílico (metanol) após a filtração com carvão
activado ................................................................................................................................ 48
vi

3.4.3. Discussão dos resultados da identificação do álcool n-butílico antes da filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 48
3.4.4. Discussão dos resultados da identificação do álcool n-butílico após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 48
3.4.5. Discussão dos resultados do álcool sec-butílico antes da filtração ........................... 49
3.4.6. Discussão dos resultados do álcool álcool sec-butílico após a filtração.................... 50
Confrontação das hipóteses com os resultados do estudo ................................................... 50
Hipótese 1: ........................................................................................................................... 50
Hipótese 2: ........................................................................................................................... 50
Hipótese 3 ............................................................................................................................ 50
Hipótese 4 ............................................................................................................................ 51
Conclusões ........................................................................................................................... 52
Limitações ........................................................................................................................... 53
Sugestões ............................................................................................................................. 53
Referências Bibliográficas ................................................................................................... 54
Apêndices ....................................................................................................................... LVIII
Apêndice I. Roteiro de entrevista dirigida aos produtores locais do etanol caseiro. ......... LIX
Apêndice II. Roteiro de Questionário dirigido aos consumidores da bebida alcoólica
caseiramente obtida. .......................................................................................................... LXI
Apêndice III. Cálculos e diluições ................................................................................... LXII
Apêndice IV. Cálculo do Grau de Adsorção do carvão activado ................................... LXIV
Anexos ............................................................................................................................ LXVI
Anexo I. Credencial ...................................................................................................... LXVII
vii

Lista de figuras
Figura 1: Fluxograma de Recolha, identificação e processamento da amostra de etanol
caseiro……………………………………………………………………………………...30
Figura 2: Imagem (A) Momento de diluição das soluções. Imagem (B) Soluções já prepa-
radas………………………………………………………………………………………..33
Figura 3: A - Teste de metanol numa amostra do etanol caseiro. B - Teste já efectuado…34
Figura 4:Imagem ilustrativa ao momento de produção do carvão activado.………………35
Figura 5: Ilustração do processo de filtração do etanol caseiro com carvão activado…….36
Figura 6: identificação do álcool metílico no álcool caseiro após a filtração com carvão
activado……………………………………………………………………………………37
Figura 7: Identificação do álcool n – butilico no Álcool Caseiro após a filtração com
carvão activado……………………………………………………………………………37
Figura 8: Identificação do álcool sec – butilico no Álcool Caseiro após a filtração com
carvão activado……………………………………………………………………………38
Figura 9: (A) -Recolha das amostras de etanol caseiro. (B) -Tratamento e conservação das
amostras …………………………………………………………………………………...39
Figura 10: Imagem ilustrativa ao processo de recepção das amostras no laboratório….39
viii

Lista de Gráficos
Gráfico 1: Interpretação de resultados referentes ao álcool metílico antes da filtração com
carvão activado…………………………………………………………………………….42
Gráfico 2: Interpretação de resultados do álcool metílico após a filtração com carvão acti-
vado………………………………………………………………………………………..43
Gráfico 3: Relação entre absorbância e concentração na faixa linear para o álcool sec-
butilico após a filtração com carvão activado………………………….……………….…46
ix

Lista de tabelas
Tabela 1: Valores teóricos da literatura, Escala de cores do colorímetro Lovibond…........29
Tabela 2: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do ácido sulfúrico
(H2SO4) ................................................................................................................................ 32
Tabela 3: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do Permanganato de
Potássio (KMnO4) ............................................................................................................... 32
Tabela 4: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do NaOH ..................... 32
Tabela 5: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Metanol ............................... 33
Tabela 6: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool n – butilico............... 34
Tabela 7: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool sec – butilico ........... 34
Tabela 8: Materiais e Reagentes Usados no tratamento de Álcool Caseiro com carvão
activado ................................................................................................................................ 35
Tabela 9: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Metanol após a filtração com
carvão activado .................................................................................................................... 36
Tabela 10: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool n – butilico após a
filtração com carvão activado .............................................................................................. 37
Tabela 11: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool sec – butilico após a
filtração com carvão activado .............................................................................................. 38
Tabela 12: Cores do espectro da luz visível e seus respectivos comprimentos de onda.….41
Tabela 13. Valores teóricos da literatura na escala de cores do colorímetro Lovibond….45
Tabela 14. Valores instrumentais do teste do álcool sec – butilico após a filtração com car-
vão activado………………………………………………………………………………..45
Tabela 15. Valores das estimativas das concentrações e Absorbância para o álcool sec-
butilico após a filtração com carvão activado……………………………………………..46
x

Lista de siglas e símbolos


- Limite de confiança
- Média

A1 – Amostra 1
CA – Carvão activado
CIE – Comissão internacional de iluminação
CO2 – Dióxido de carbono
Cu, Pb, Hg, Zn (cobre, chumbo, mercúrio, zinco)
H1 – Hipótese 1
H2 - Hipótese 2
H2O – Água
H2SO4 - Ácido sulfúrico
H3 - Hipótese 3
H4 - Hipótese 4
IUPAC - União Internacional da Química Pura e Aplicada
KMnO4 Permanganato de potássio
ml – Mililitros
NaOH – Hidróxido de sódio
Nm – Nanómetros
Oxi – Oxidação
PET - Polietileno tereftalato
pH – Potencial de Hidrogénio
s – Desvio padrão 9
UR – Universidade Rovuma
xi

Declaração

Declaro que está Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações
do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devida-
mente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro, ainda, que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Montepuez, aos 18 de Maio de 2021.


_________________________________
(Edson João Jaime Pequenino)
xii

Dedicatória

A minha mãe: Belinha Francisco Nipaia


Aos meus avós: Francisco Nipaia e Marta Gavilela
Aos meus irmãos: Francisco Nunes, Herança de Or-
tano Victor Caetano Manecas.
xiii

Agradecimentos
Á Deus, todo-poderoso pela oportunidade de realização de mais esse sonho e por ser a mi-
nha constante força, motivação e animo, nos momentos difíceis;
Á Maria, mãe de Senhor Jesus Cristo, por me envolver com seu manto sagrado nos meus
momentos de dores, tristeza e choros, e apaziguar minha alma com a sua ternura de mãe;

A minha mãe: Belinha Francisco Nipaia pelo dom da vida e educação;

Aos meus Avôs: Francisco Nipaia e Marta Gavilela por terem feito parte daquilo que eu
me tornei hoje.

Meus amados Irmãos: Francisco Nunes e Herança de Ortano pelo conselho e pelas orações
constantes;

Aos meus Tios/as: Nelson Francisco Nipaia, Ricardo Francisco Nipaia, Lina Francisco
Nipaia, Arcanjo Victor Caetano Manecas, Polcarpo Ventura pelo apoio, amizade e alegria
proporcionada durante a realização estudantil;

Ao Supervisor dr. Pedro António Francisco pela orientação, auxílio, paciência ao longo de
todo trabalho, por ter acreditado em minha capacidade e por alguns belos momentos de
reflexão sobre este trabalho;

Aos docentes desta instituição em especial aos do meu curso (Química) que contribuíram
com os seus ensinamentos para a minha formação académica;

Aos meus colegas Natalino Manuel Rapieque, Edgar Asnar Cussape, Sufo Bacar, Salmo
Noémio Albino, Bene Francisco, Luís Avistrong Silvestre e outros que me presentearam
pela amizade sincera e, em especial aos colegas da turma de 2017 de Química pelas horas
disponibilizadas de estudo, e amizade compartilhada;

Ao director do Curso de Química, que facultou a disponibilização do Laboratório de Quími-


ca da Universidade Rovuma Extensão de Cabo Delgado para a realização das Análises
Químicas;
Á todos, que de certa forma, directa ou indirectamente colaboraram para realização deste
trabalho.
Obrigado!
xiv

"Tudo o que souberes e puderes passar, faça


da maneira mais assertiva possível!"
Edgar Lopes
xv

Resumo
A presente Monografia intitulada “Avaliação do grau de contaminação de etanol caseiro
(Nipa), pelos contaminantes orgânicos: Caso do Município de Montepuez 2020 – 2021”
objectivou Avaliar o grau de contaminação de etanol caseiro pelos contaminantes orgâni-
cos, para, posteriormente, fazer o uso de carvão activado para a remoção dos mesmos. O
estudo localiza-se na linha de pesquisa de Produtos Naturais e Sintéticos e suas Aplicações,
tendo sido necessária a ajuda dos procedimentos experimentais e a aplicação da Colorime-
tria Visual. Foi colectada, em um universo de 20 baldes, uma amostra de 8 baldes corres-
pondentes a 40% do universo onde por cada 2 baldes foram colectados 500 mL de amos-
tras e colocadas em 2 garrafas plásticas do tipo PET de 500 mL correspondente a 8 frascos.
Os parâmetros desejados foram analisados no Laboratório de Química da UR, Extensão de
Cabo Delgado onde foram obtidos os seguintes resultados: Coloração amarela 592 a 578
nm para o álcool metílico antes da filtração com carvão activado, contra variação da cor
castanha intensa a incolor 578 a 500nm após a filtração; Amarela para o álcool n – butílico
antes da filtração, contra variação da cor castanha intensa a incolor 578 a 500 após a filtra-
ção; Amarela escurecida 592 a 578 nm para o álcool sec – butílico antes da filtração contra
formação da cor verde escurecida após a filtração. A pesquisa mostrou que o etanol caseiro
possui índices de contaminação acima dos 95%, podendo ser usado o carvão activado para
a remoção, pela abundância e pelo baixo custo de aquisição.

Palavras-chave: etanol caseiro; contaminantes orgânicos; carvão activado


xvi

Abstract
This Monograph entitled “Evaluation of the degree of contamination of homemade ethanol
(Nipa) by organic contaminants: Case of the Municipality of Montepuez 2020 – 2021”
aimed to Assess the degree of contamination of homemade ethanol by organic contami-
nants, to later use activated carbon to remove them. The study is located in the line of re-
search on Natural and Synthetic Products and their Applications, requiring the help of ex-
perimental procedures and the application of Visual Colorimeter. A sample of 8 buckets
corresponding to 40% of the universe was collected in a universe of 20 buckets, where 500
ml of samples were collected for each 2 buckets and placed in 2 500 ml PET type plastic
bottles corresponding to 8 bottles. The desired parameters were analyzed at the UR Chem-
istry Laboratory, extension of Cabo Delgado, where the following results were obtained:
Yellow color 592 at 578 nm for methyl alcohol before filtration with activated charcoal,
against variation of the intense brown color to colorless 578 a 500nm after filtration; Yel-
low for n - butyl alcohol before filtration, against intense brown to colorless variation 578
to 500 after filtration; Darkened yellow 592 at 578 nm for sec - butyl alcohol before filtra-
tion against formation of darkened green color after filtration. Research has shown that
homemade ethanol has contamination rates above 95%, and activated charcoal can be used
for removal, due to its abundance and low acquisition cost.

Keywords: homemade ethanol; organic contaminants; activated Charcoal


17

Introdução
A produção do etanol caseiro em Moçambique e no Município de Montepuez em particu-
lar, tem sido uma pratica bastante concorrida quer na camada Juvenil, quer na camada mais
velha, isto porque o consumo da mesma tem sido de grande afluência, tanto pelos jovens,
quanto para os mais velhos devendo-se ao facto de ser uma bebida de fácil acesso e de bai-
xo custo de aquisição. No seu processo de produção tem se a cana-de-açúcar como maté-
ria-prima básica para a sua obtenção, o processo produtivo do etanol caseiro pode ser re-
sumido nas seguintes etapas: preparação da matéria-prima, extracção do caldo, fermenta-
ção e destilação.
Durante a fermentação alcoólica, ocorre o desdobramento dos açucares de caldo de cana
com a formação de dois produtos principais álcool etílico e dióxido de carbono. Além des-
ses, há normalmente a formação de pequenas quantidades de outros produtos secundários
da formação alcoólica e entre eles estão ácidos carboxílicos, ésteres, aldeídos e álcoois
superiores, alem desses produtos secundários, também se registam no etanol caseiro outros
componentes caracterizados como, contaminantes orgânicos, onde os principais são os
álcoois metílico, n – butílico, e sec – butílico. Após a ingestão desta bebida de carácter
local em alguns casos problemas associados a ela, tais como, dor de cabeça, perda de força
física, dores abdominais, sonolência entre outros são notáveis, facto este que pode estar
associado aos contaminantes orgânicos que emergem nesta bebida durante o seu processo
produtivo.
Segundo Badorato e Duran (2000) citado Por Santiago (2013), O metanol é um ál-
cool indesejado na bebida devido a sua alta toxicidade. Sua ingestão, mesmo em
quantidades reduzidas, por longos períodos de consumo, pode ocasionar cegueira
ou mesmo até a morte. (p.45).

Em vista dos argumentos acima apresentados e com enfoque a minimizar está problemáti-
ca, o presente estudo, tem como finalidade avaliar o grau de contaminação de etanol casei-
ro (Nipa), pelos contaminantes orgânicos.
O trabalho apresenta três capítulos sem a menção dos elementos pré-textuais e pós-
textuais. Assim o trabalho está ordenado do seguinte modo: introdução, delimitação do
tema, enquadramento do tema, problematização, justificativa, objectivos da pesquisa, ques-
tões de pesquisa, hipóteses da pesquisa.
Capitulo I: Fundamentação teórica. Neste capítulo descreve-se os conceitos principais que
possibilitam compreender o tema em estudo.
18

Capítulo II: Metodologia. Neste capítulo descreveu-se as técnicas, instrumentos e cami-


nhos que foram usados para alcançar os objectivos prescritos na pesquisa.
Capitulo III: Apresentação, análise e discussão dos resultados. Neste capítulo são apresen-
tados, analisados e discutidos os resultados obtidos na pesquisa e comprovadas ou refuta-
das as hipóteses, respectivas conclusões e sugestões.
Tema
Avaliação do grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa), pelos contaminantes orgâni-
cos: Caso do Município de Montepuez 2020 – 2021.
Delimitação do tema
Avaliação do grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa), pelos contaminantes orgâni-
cos é uma pesquisa que foi realizada no Município de Montepuez, no período compreendi-
do entre 2020 a 2021.
Enquadramento da pesquisa
A pesquisa enquadra-se na linha de pesquisa, Produtos Naturais e Sintéticos e suas Aplica-
ções, linha que estuda o reconhecimento de substâncias naturais e sua valorização e aplica-
ção tecnológica e as questões ambientais inerentes, estudar os saberes sobre síntese ou aná-
lise dos produtos orgânicos e sua optimização para o uso na vida prática.
Problematização
A produção do etanol caseiro em Moçambique e no Município de Montepuez em particu-
lar, tem sido uma prática bastante concorrida quer na camada Juvenil, quer na Camada
mais velha, fazendo com que o consumo da mesma seja de grande afluência pelo facto de
ela ser uma bebida de fácil acesso e de baixo custo de aquisição.
Durante a produção desta bebida alcoólica caseira, existem alguns contaminantes orgâni-
cos que emergem na mesma, que podem traduzir-se em efeitos nefastos para o organismo
humano tanto a longo prazo, quanto a curto prazo. Um dos contaminantes orgânicos paten-
tes no etanol caseiro é o metanol, que é um agente tóxico e que o seu indevido consumo
pode causar dor de cabeça, vertigens, perda de força física, sonolência, dores abdominais, e
em casos mais graves pode levar a cegueira e a morte.
A procura de métodos de adsorção eficazes e baratos capazes de os poder remover tem
sido um tema bastante icónico, pelo que, não tem sido de fácil manuseio, pois, alguns des-
tes métodos exigem técnicas de manipulação muito complexas de lidar, gerando deste mo-
do problemáticas associadas a produção caseira, faltando a demonstração de uma técnica
19

de custo benéfico e barato tendo em conta que estamos diante de contaminantes bastante
nocivos ao organismo humano.
Mediante este conjunto de situações, leva-nos a colocar a seguinte questão de partida:
Qual é o grau de contaminação do etanol caseiro (Nipa) pelos contaminantes orgânicos?
Justificativa
A escolha do tema deveu-se ao facto de haver problemas no seio da comunidade do pes-
quisador, nos Bairros de Nacate e Matutu 3, ambos pertencentes ao Município de Monte-
puez, visto que após a ingestão desta bebida de carácter local em alguns casos problemas
associados a ela, tais como, dor de cabeça, perda de força física, dores abdominais, sono-
lência entre outros são notáveis. Por ela ter maior afluência, isto por ser tipicamente da
comunidade local, e por possuir custos baixos para a sua aquisição, e ser adquirida muito
pelos Munícipes desta urbe, incumbiu ao pesquisador a necessidade de levar a cabo esta
pesquisa com o intuito de avaliar o grau de contaminação pelos contaminantes orgânicos
desta bebida de carácter caseiro e trazer uma proposta de solução do problema pelo uso do
adsorvente carvão activado para posterior remoção dos mesmos e dar desta forma um con-
sumo saudável da bebida por parte dos consumidores e para a comunidade local.
A motivação pela pesquisa é de querer minimizar o problema no Município trazendo uma
proposta de um ensaio de uma prática laboratorial para redução/remoção de contaminantes
orgânicos pelo uso do adsorvente carvão activado, para mudanças de cor, odor, cheiro,
sabor entre as outras características. Havendo necessidade de encontrar estratégias básicas
para garantir o bem-estar dos consumidores da mesma, surge a necessidade de se pesquisar
para dentro das possibilidades do proponente deste trabalho dar o seu contributo para a
melhoria da saúde da população consumidora.
No contexto social esta pesquisa trará para a comunidade novas medidas para o melhora-
mento do bem-estar na saúde da população produtora e consumidora de bebidas que não
tem um tratamento adequado, acima de tudo criar as condições de implementação nos bair-
ros de Nacate e Matutu 3 para que essa população consumidora viva de uma maneira sau-
dável.
Didacticamente está pesquisa trará contribuições significativas para o enquadramento na
10a classe, 1a Unidade: Carbono e os elementos do IV A grupo, concretamente na aula so-
bre Tipos de carvão, Obtenção de carvão de madeira, e como aula pratica Experiência
química sobre o poder adsorvente do carvão vegetal.
20

Objectivos da pesquisa
Objectivo geral
 Avaliar o grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa), pelos contaminantes or-
gânicos.
Objectivos específicos
 Determinar o grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa) pelos contaminantes
orgânicos;
 Identificar os contaminantes orgânicos no etanol caseiro (Nipa), produzido no Mu-
nicípio de Montepuez;
 Comparar os resultados das amostras antes e depois de adsorção com carvão acti-
vado;
 Fazer o uso de carvão activado como adsorvente para a remoção de contaminantes
orgânicos no etanol caseiro.
Questões de pesquisa
 Qual é o grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa) pelos contaminantes orgâ-
nicos?
 Quais são os contaminantes orgânicos no etanol caseiro (Nipa) produzido no Muni-
cípio de Montepuez?
 Haverá diferença significativa entre os resultados das amostras?
 Qual é o carvão activado usado como adsorvente para a remoção de contaminantes
orgânicos no etanol caseiro?
Hipóteses
 O grau de contaminação do etanol caseiro pelos contaminantes orgânicos é aquele
cujo a qual esta em 95% de contaminação orgânica.
 Os contaminantes orgânicos no etanol caseiro (Nipa) são os seguintes: metanol, ál-
cool n – butílico e álcool sec – butílico.
 Os resultados das amostras antes e depois de adsorção com Carvão Activado dife-
rem significativamente num nível de confiança de 95%.
 O Carvão Activado usado como Adsorvente para a remoção de contaminantes or-
gânicos no etanol caseiro è aquele que reduz o índice de contaminação orgânico em
95 %.
21

CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


1. Álcoois
Os álcoois são compostos que apresentam grupos hidroxila ligados a átomos de carbono
saturados com hibridização sp3. São compostos derivados da água da qual um dos átomos
de hidrogénio é substituído por um grupo orgânico: H-O-H versus R-O-H.
Na visão de Souza e Alcarde (2013),
Os álcoois estão entre os compostos orgânicos mais versáteis, sendo abundantes na
natureza. Além disso, os álcoois são muito importantes industrialmente e apresen-
tam uma química muito rica. O metanol e o etanol, por exemplo são alguns dos
produtos químicos mais importantes.

1.1. Preparação de álcoois


Para Ribeiro (2002),
Os álcoois ocupam uma posição central na química orgânica. Podem ser prepara-
dos a partir de vários tipos de compostos (alcenos, haletos de alquila, cetonas, éste-
res, aldeídos, entre outros). Os álcoois também podem ser igualmente transforma-
dos em uma variedade de compostos diferentes. (p.7).

1.2. Propriedades dos álcoois


Além de a química dos álcoois ser mais rica, as propriedades físicas também são
diferentes. Observando os pontos de fusão e ebulição de álcoois, alcanos e haletos
de alquila com o mesmo número de carbonos, verificamos que os álcoois têm tem-
peraturas de fusão e ebulição mais elevadas. (Caruso & Nagato, 2008).
1.3. Bebidas
O consumo de água e diversos líquidos tem a finalidade de suprir nossas necessidades fisi-
ológicas já que o corpo humano tem 70% de água. Entretanto, a água é a única bebida in-
dispensável para a saúde.
De acordo com Martins (2015),
Para que essa necessidade fosse atendida com prazer, foram introduzidas na água
materiais sápidas e estimulantes do paladar, gerando a diversidade de aromas e sa-
bores que conhecemos, refrigerantes, sucos, chás, cafés, néctares, cervejas e vi-
nhos. (p.23).
Segundo Zacaroni, e Cardoso (2011),
Diante da diversidade de bebidas, obtidas por misturas, fermentações e destilação,
identificadas e espalhadas pelo mundo, foi elaborada uma classificação que permite
dividi – lás em cinco grandes grupos, são eles:
1.3.1. Bebidas naturais
Agua, leite, e suco de frutas.
1.3.2. Bebidas refrescantes
Coqueteis, sucos, xaropes de refrigerantes.
22

1.3.3. Bebidas alcoólicas


Bebida cujo principal ingrediente é o etanol, denominado comercialmente álcool etílico.
Produzido através da fermentação alcoólica
1.3.4. Classificação das bebidas alcoólicas
1.3.4.1. Não – fermentadas
Que são os licores: misturas de agua e álcool, que contem açúcar, corantes e essenciais.
1.3.4.2. Fermentadas
1.3.4.2.1. Não-destiladas
Vinho: obtido pela fermentação do suco de uva em tonéis; Champanhe: obtido pela fer-
mentação do suco de uva na própria garrafa; Cerveja: obtida pela fermentação do malte,
lúpulo etc.
1.3.4.2.2. Destiladas
Aguardente (etanol caseiro): obtida pela fermentação do caldo de cana.
Uísque: obtido pela fermentação de cereais.
Conhaque: obtido pela fermentação do vinho.
1.4. Etanol caseiro conceito
O etanol foi um dos primeiros compostos orgânicos a ser preparado e purificado. A
produção de etanol por meio da fermentação de grãos e açúcar é conhecida desde a
antiguidade e a purificação pela destilação teve seu início no século XII. O etanol
(com excepção do etanol para uso em bebidas alcoólicas) é obtido pela hidratação
do etileno catalisada por ácido. (Alcarde & Monteiro, 2012)
Possui grande utilização como solvente ou como reagente intermediário em outras reac-
ções industriais.
H2C=CH2 + H2O → CH3CH2OH

Na luz de Pinheiro e Leal (2003),


As bebidas alcoólicas fermento-destiladas distinguem-se uma das outras pela pre-
sença de componentes secundários que irão formar um "buquê" característico de
cada bebida. Esses componentes secundários se formam juntamente com o álcool
etílico durante o processo de fermentação do mosto, mudam de carácter e propor-
ção durante a destilação, havendo uma posterior maturação do produto.
No entanto, alguns compostos são indesejáveis à bebida devido, principalmente, as suas
propriedades tóxicas, cancerígenas e características que depreciam a qualidade do produto
final.
De acordo com Cardoso (2006),
O etanol pode ser preparado através da fermentação de açúcares e é o álcool de to-
das as bebidas alcoólicas. A síntese do etanol na forma de vinho através da fermen-
tação dos açúcares de sucos de frutas foi, provavelmente, a nossa primeira realiza-
ção no campo da síntese orgânica.
23

Sob o meu ponto de vista, o álcool caseiro produzido na base de cana-de-açúcar, obtém se
através de uma serie de reacções chamadas de fermentação, que por processos químicos, e
durante algum intervalo de tempo ele fermenta e depois é submetido a altas temperaturas
para que possa se obter o álcool destilado denominado Nipa.
Para Hoffmann (2001),
Etanol e álcool etílico são sinónimos, O etanol (CH3CH2OH), também chamado ál-
cool etílico na linguagem popular, simplesmente álcool é uma substância orgânica
obtida da fermentação de açúcares, hidratação do etileno ou redução a acetaldeído,
encontrado em bebidas como cerveja, vinho e aguardente, bem como na indústria
de perfumaria.
1.4.1. Etapas do processo de produção
Há dois tipos de produção da bebida: a industrial, que é destilada em colunas de aço inox,
características de empresas de médio e grande porte, com produção em larga escala, e a de
alambique (artesanal), destilada em alambique de cobre, e produzida em pequena escala.
Segundo Aquarone (2005); Cardoso (2013), citado por Santiago (2013),
Dentro de cada tipo, é construído um conceito de qualidade próprio, atrelado a sua
estrutura produtiva e organizacional. A grande vantagem do etanol artesanal sobre
a industrial é o aroma e o flavour característicos, enquanto a vantagem da industrial
sobre a artesanal é a padronização do produto. (p.28).
O processo de produção do etanol caseiro pode ser dividido em três etapas fundamentais:
obtenção do mosto, fermentação e destilação.
1.4.1.1. Matéria-prima para a produção do etanol caseiro
1.4.1.2. Cana-de-açúcar
De acordo com Nóbrega (2003),
A Sacchanarum officinarum (cana de açúcar), é uma planta da família poaceae, re-
presentada pelo milho, sorgo, arroz e muitas outras gramíneas. As principais carac-
terísticas dessa família são a forma da inflorescência (espiga), o crescimento do
caule em colmos, e as folhas com lâminas de sílica em suas bordas e bainha aberta.
(p.21)
Sob o meu ponto de vista, a cana-de-açúcar, matéria-prima para a produção do etanol ca-
seiro produzido no Município de Montepuez, é uma planta que faz parte das famílias do
milho, arroz entre outros.
A cana-de-açúcar desenvolve-se sob a forma de touceiras, cuja parte aérea é for-
mada por colmos, folhas, inflorescências e sementes, enquanto a parte subterrânea
é composta por raízes e rizomas. De uma maneira geral, as diferentes variedades
diferenciam-se pelo comprimento do intermédio, pelo diâmetro do colmo, pela ri-
gidez e pela coloração. (Andrade, 2013).
1.4.1.3. Preparação do caldo
De acordo com Mota e Luís (2010),
Após a obtenção da matéria-prima (cana de açúcar), ela é levada para a moagem,
etapa na qual se faz a extracção do caldo, com o auxílio das moendas. A extracção
24

é feita com o esmagamento directo das moendas. O caldo obtido é constituído de


água (65 – 75%), açucares (11 – 18%), pequenas quantidades de substâncias nitro-
genadas, ceras, lipídios, pectinas, materiais corantes e sais minerais. (p.34).
1.4.1.4. Fermentação
De acordo com Sobrinho e Franco (2002),
Na escala de produção, a fermentação é o segundo processo, apresentando um pa-
pel fundamental na produção do etanol artesanal, é um processo relativamente rá-
pido se comparado com outras bebidas, como o vinho e a cerveja.
A fermentação alcoólica consiste na transformação de açúcares do mosto em etanol e gás
carbónico (CO2)
Leveduras
C12H22O11 + H2O 4C2H5OH + 4CO2 + Compostos Secundários
Sacarose etanol
A fermentação alcoólica é a principal etapa da produção de cachaça, responsável pela
transformação dos açúcares e outros componentes do mosto em etanol, gás carbónico e
uma série de compostos secundários.
1.4.1.5. Destilação
Segundo Cardoso (2006), citado por Santiago (2013),
O processo de destilação consiste na etapa final da produção de cachaça, cuja fina-
lidade é a separação de compostos voláteis presentes por meio do aquecimento do
vinho em alambique e posterior condensação dos vapores gerados. Na destilação
ocorrem algumas reacções químicas, tais como a hidrólise, a ésterificação e aceti-
lação, induzidas pelo calor. Portanto a qualidade da bebida dependera também da
forma pela qual é conduzida a destilação. (p.36).
Os vinhos são constituídos de etanol, agua e congéneres, como ácidos, álcoois, esteres,
compostos carbonilados, acetais, fenóis, hidrocarbonetos, compostos nitrogenados, com-
postos sulfurados e açúcar.
Para AMPAQ (1995), “O álcool etílico (etanol) é o principal composto formado durante a
fermentação. Pode-se ter também a formação do álcool metílico (metanol), que, no entanto,
é um álcool particularmente indesejado no álcool caseiro”.
“Sua ingestão, mesmo em quantidades reduzidas, mas por longos períodos de consumo,
pode ocasionar cegueira ou mesmo a morte”. (Nascimento, 2000)
O metanol é indesejável no álcool caseiro, devido às suas características de toxici-
dade, mesmo em baixas concentrações. A origem desse composto está associada à
presença de bagacilhos no processo fermentativo, uma vez que ocorrerá a degrada-
ção da pectina presente na cana-de-açúcar (Lima & Cardoso, 2006).
Para Cardoso (2013),
A oxidação do metanol origina o ácido fórmico, o dióxido de carbono e a água.
Tanto o ácido fórmico quanto o dióxido de carbono apresentam características áci-
25

das e, assim, promovem a acidose no sangue e, como consequência, distúrbios no


sistema respiratório, levando até ao coma.
1.5. Contaminantes orgânicos
1.5.1. Metanol
Estudos feitos por Alcarde (2014), citado por Corrêa (2020),
O metanol é um álcool considerado contaminante na aguardente de cana. Sua for-
mação ocorre pela degradação da pectina, presente nas fibras de cana-de-açúcar,
quando bagacinhos estão presentes no mosto em fermentação sob condições ácidas.
(p.39)

Crispim (2000), citado por Corrêa (2020) Essa substância é danosa à saúde, pois,
no organismo o metanol é oxidado a ácido fórmico e depois a CO2 causando uma
acidose grave (diminuição do pH sanguíneo), afectando o sistema respiratório, po-
dendo levar a morte. (p.39)
De acordo com Cardoso (2013), citado por Corrêa (2020), “A intoxicação por metanol tem
como principais sintomas, distúrbios visuais, cefaleias, vómitos e dores abdominais”.
(p.39)
Segundo Maia (2015) “O metanol é o mais tóxico dos álcoois. Ingerido, mesmo em peque-
nas doses, causa cegueira e até morte”.
O metanol é um álcool indesejável na bebida, devido a sua alta toxicidade. Ele origina-se
da degradação da pectina, um polissacarídeo presente na cana-de-açúcar, durante o proces-
so de fermentação.
1.5.2. 1-Butanol ou n-butanol
Na luz de Miranda e Alcarde (2008), O álcool n-butílico (1-butanol) é um contami-
nante orgânico cujo os seus elevados índices de contaminação no etanol artesanal
trazem justificados efeitos a saúde humana, bactérias anaeróbicas ao fermentar de-
terminados carbohidratos podem produzir o 1-butanol. (p.56).
1.5.3. 2-Butanol ou sec-butanol
De acordo com Boscolo (2001), “O sec-butanol é um álcool superior classificado como
contaminante, pois sua toxicidade é relativamente alta quando comparada ao etanol”.
(p.87).
Na visão de Aquarone, Lima, e Borzani (2001), “2-Butanol, ou sec-butanol, é um compos-
to orgânico cuja fórmula é CH3CH(OH)CH2CH3”.
1.6. Reacções de Oxidação e Redução no etanol caseiro
De acordo com Santiago (2013),
Após a adição de KMnO4no etanol, e posterior resfriamento, a determinação do
metanol baseia – se na sua oxidação a formaldeído o qual reage com o acido cro-
motrópico na presença do H2SO4 formando um composto com coloração amarela –
clara.
Estudos realizados por Tomé (2018),
26

Em sua dissertação intitulada Ensaios colorimétricos para detecção de etanol em


amostras de uísque utilizando dispositivos poliméricos, revelaram que o KMnO4 é
um oxidante bastante empregado em determinação de etanol embebidas alcoólicas.
O KMnO4 em concentrações maiores que 1% mantêm uma solução transparente de
coloração amarelo intenso, que permite a passagem de luz sendo adequado para
testes de metanol em bebidas alcoólicas.
1.7. Carvão Activado
O carvão activado (CA) é um material de carbono com uma porosidade bastante desenvol-
vida, com capacidade de colectar selectivamente gases, líquidos ou impurezas no interior
dos seus poros, apresentando portanto um excelente poder de clarificação, desodorização e
purificação de líquidos ou gases.
Qualquer material com alto teor de carbono, denominado de agente precursor pode
ser transformado em carvão activado, por exemplo, cascas de coco, carvões mine-
rais (antracite, betuminosos, lenhite), turfas, madeiras, resíduos de petróleos.
(Claudino, 2003).
1.7.1.Características do carvão activado
Na concepção de Alves (2012),
O carvão activado tem a capacidade de colectar selectivamente gases, líquidos e
impurezas no interior dos seus poros, sendo por isso vastamente utilizado em sis-
temas de filtragem. Porém, é importante ressaltar que o potencial do carvão é limi-
tado. (p.23)
O carvão activado é utilizado como adsorvente, catalisador ou suporte de catalisa-
dor. Na área de tratamento de efluentes é usado na adsorção em fase líquida, por
exemplo, na adsorção de moléculas orgânicas que causam sabor, odor e toxicidade
(Chaves, 1993).
1.8. Adsorção
De acordo com Skoog (2006), “A adsorção é um processo no qual uma substância (gás,
líquido ou sólido) fica presa à superfície de um sólido. Em contraste, a adsorção envolve a
retenção de uma substância dentro dos poros de um sólido”. (p.302).
A adsorção é um fenómeno físico-químico onde o componente em uma fase gasosa
ou líquida é transferido para a superfície de uma fase sólida. Os componentes que
se unem à superfície são chamados adsorvatos, enquanto que a fase sólida que re-
tém o adsorvato é chamada adsorvente. A remoção das moléculas a partir da super-
fície é chamada dessorção (Letterman, 1999).
De acordo com Borba (2006), “Como o adsorvato concentra-se na superfície do adsorven-
te, quanto maior for esta superfície, maior será a eficiência da adsorção. Por isso geralmen-
te os adsorventes são sólidos com partículas porosas”. (p.17)
1.8.1. Área Superficial
A intensidade da adsorção é proporcional à área superficial específica, visto que a
adsorção é um fenómeno de superfície. Para partí1culas maiores, a resistência à di-
fusão é menor e grande parte da superfície interna da partícula não é disponibiliza-
da para adsorção. (Rodriguez & Molina, 1998).
27

1.8.2.Propriedades do Adsorvente
A natureza físico-química do adsorvente é factor determinante, pois a capacidade e
a taxa de adsorção dependem da área superficial específica, porosidade, volume
específico de poros, distribuição do tamanho de poros, dos grupos funcionais pre-
sentes na superfície do adsorvente e da natureza do material precursor (Domingues,
2005).
1.8.3. Tratamento de Efluentes
O carvão activado é muito utilizado em tratamento de água, tendo um papel fun-
damental na purificação, para fins de potáveis ou industriais. Ele elimina cor, odor,
mau gosto e substâncias orgânicas dissolvidas através do mecanismo de adsorção.
(Stella, 2010).
Segundo Jorge (2004), “O carvão activado pode actuar como barreira de bactérias e vírus,
sendo muito utilizado como pré-tratamento da água utilizada em indústrias”. (p.8).
1.9. Filtração
“A filtração é uma das aplicações mais comuns do escoamento de fluidos através de leitos
compactos. A operação industrial é análoga às filtrações realizadas em um laboratório que
utilizam papel de filtro e funil.” (Andrade, 2003).
Na luz de Lima e Franco (2002),
“O termo filtração pode ser utilizado para processos de separação dos sólidos de suspen-
sões líquidas e, também para separação de partículas sólidas de gases, como por exemplo,
a separação das poeiras arrastadas pelos gases utilizando tecidos”.
De acordo com Feltre (2004),
O objectivo da operação é separar mecanicamente as partículas sólidas de uma sus-
pensão líquida com o auxílio de um leito poroso. Quando se força a suspensão
através do leito, o sólido da suspensão fica retido sobre o meio filtrante, formando
um depósito que se denomina torta e cuja espessura vai aumentando no decorrer da
operação. O líquido que passa através do leito é chamado de filtrado.
1.10. Definição e importância da cor
A percepção humana sobre as cores as tornam de carácter altamente subjectivo e
pessoal, fazendo com que a sensação da cor seja única após complexas operações
de recebimento registado pela retina e processamento de estímulos recebidos pelo
cérebro (Camargos & Gonçalez, 2001).
1.10.1. Colorimetria
Em prática analítica, é necessário frequentemente determinar quantidades muito pequenas
(traços) de substâncias presentes como impurezas em diversos materiais, Quantidades pe-
quenas são quase impossíveis de serem determinadas pelos métodos gravimétricos e/ou
titulométricos convencionais, assim, são empregados outros especiais como é o caso da
colorimetria.
De acordo com Petter e Gliese (2000),
28

Na colorimetria, a quantidade do elemento presente é determinada pela intensidade


da cor da solução comparada com a cor de uma solução padrão. Quanto maior a in-
tensidade da cor da solução, maior é a concentração do elemento. Se duas soluções,
sob as mesmas condições, contendo a mesma cor e na mesma intensidade, forem
comparadas conclui-se que as concentrações do elemento químico são iguais.
A colorimetria é a ciência e o conjunto de técnicas que busca descrever, quanti-
ficar e simular com o auxílio de modelos matemáticos a percepção da cor pelos se-
res humanos. Trata-se da tentativa de representar a interacção da luz com os mate-
riais percebida pelo olho e interpretada pelo cérebro. (Andrade, Anjos & Figueire-
do 2002)
E de acordo com Braga, França e Sampaio, (2007),
A medida da cor é determinada pela composição de valores lidos nas escalas de ca-
da cor no equipamento Lovibond, no ponto de melhor concordância entre a cor da
amostra e a cor formada pelo ajuste dos filtros do colorímetro. Dessa forma, nota-
se que uma determinada amostra poderá ter a sua cor expressa pelo seguinte resul-
tado: vermelho = 43,2; amarelo = 38,0 e azul = 7,4. (p.543)
Segundo Santiago (2013),
Na análise do n – butanol no álcool caseiro a cor vermelho, indica – nos simples-
mente traços do álcool n – butílico, ou seja a presença do álcool n – butílico esta
em quantidades bastante reduzidas, não sendo necessário o processo de remoção ou
filtração com carvão activado”.
Estudos feitos por Lima et al. (2009), citado por Carreiro (2015),
Em seu trabalho intitulado avaliação do efeito da filtração em carvão activado so-
bre a composição química da cachaça avaliaram o álcool n – butílico apresentando
a cor vermelha no etanol caseiro como estando em quantidades desejáveis para a
aceitação e consumo do mesmo. (p.32)
As mensurações da coloração de materiais como metais, polímeros, cerâmicas, compósitos
e materiais biológicos devem ocorrer preferencialmente por meio de medidas objectivas.
(Francis, 1995).
“Espectrofotómetros e colorímetros são dois tipos comuns de equipamentos apropriados
para descrever numericamente elementos da composição de uma cor em superfícies.”
(Gonçalez & Macedo 2001)
1.10.2. Colorimetria Visual
“A cor é um aspecto físico e sua percepção resulta da interpretação pelo olho-cérebro de
uma sensação dos raios luminosos, em um intervalo que se localiza entre 400 nm e 700 nm
no espectro electromagnético.” (Machado, 2002, p.31).
Para entender as técnicas de processamento de imagens em imagens coloridas, é
importante compreender como a informação de cor é integrada em imagens digi-
tais, colorimetria é parte da ciência das cores com o propósito de especificar nume-
ricamente a cor de um determinado estímulo visual, a colorimetria também se pre-
ocupa em especificar pequenas diferenças de cor que um observador pode perce-
ber. (Morri & Lima, 2004).
29

Nas determinações colorimétricas, as cores das soluções padrão e problema são compara-
das tanto visualmente como por instrumentos, portanto, dependendo do tipo de observação,
tem-se a colorimetria visual e a fotocolorimetria.
1.10.3. A luz e a cor
Segundo Gonçalez e Macedo (2003),
Cor é a propriedade que têm os corpos, naturais ou artificiais, de absorver ou re-
flectir a luz em maior ou menor grau. É a característica de uma radiação electro-
magnética visível, de comprimento de onda situado num pequeno intervalo de es-
pectro electromagnético (380 a 750 nm).
“A palavra cor designa tanto a percepção do fenómeno (sensação) como também as radia-
ções luminosas, directas ou reflectidas pelos corpos (matiz ou coloração) que o provocam.”
(Pedrosa, 1989).
1.10.4. Métodos de avaliação por colorimetria
1.10.5. Métodos Visuais
De acordo com (Gonçalez et al., 2001),
É indiscutível a eficiência e qualidade das medições instrumentais de cor, sejam
elas executadas em colorímetros, ou melhor, em espectrofotômetros. No entanto o
observador humano não pode ser totalmente substituído no controle de reprodução
de cores e na avaliação final de imagens complexas, ou nos limites de aceitabilida-
de ou quando se comparam cores em amostras de materiais com texturas diferen-
tes.
1.10.6. Determinação de cor por meio do colorímetro lovibond
De acordo com Sampaio, França e Braga, (2007), os valores de cor de uma ampla
variedade de líquidos e sólidos podem ser determinados com exactidão. Esse méto-
do pode ser aplicado não apenas na indústria de bebidas, mas também em indús-
trias de tecidos, siderurgia, fabricação de azeites, moinhos de farinha, torradores de
malte, além de ser aplicado na medicina para análise de amostras de sangue e água.

A medida das cores é feita por meio de comparações entre a cor da amostra analisada e a
escala de cores Lovibond, que contempla medidas de cor para vermelho, amarelo, azul e
neutro, com valores que variam conforme ilustrado na tabela abaixo:
Tabela 1. Valores teóricos da literatura na escala de cores do colorímetro Lovibond
Cores/Escalas
Vermelho Amarelo Azul Verde
0,1 – 0,9 0,1 – 0,9 0,1 – 0,9 0,1 – 0,9
1,0 – 9,0 1,0 – 9,0 1,0 – 9,0 1,0; 2,0;3,0
10,0 – 70,0 10,0 – 70,0 10,0 – 40,0 10,0 – 70,0
Fonte. Braga, França e Sampaio (2007, p.545).
30

CAPÍTULO II: METODOLOGIA DA PESQUISA


A metodologia usada foi quali-quantitativa na base da realização experimental, assumiu a
parte quantitativa pois, os dados colectados nos experimentos realizados no laboratório
concretamente dos contaminantes orgânicos foram objecto de quantificação numérica,
aplicando a ferramenta estatística Microsoft Excel para obter tabelas e gráficos para leitura
de absorbâncias para dados dos contaminantes usando a lei de Lambert Beer para estabele-
cer os cálculos de concentração do álcool metílico, álcool n – butílico e álcool sec – butíli-
co, para a devida classificação, análise e interpretação de dados. E, qualitativa, porque ana-
lisou-se detalhadamente as características dos dados colhidos. A pesquisa também envol-
veu: o método bibliográfico, trabalho de campo e experimental, questionário e entrevista
como instrumentos de recolha de dados (Ver Apêndices I e II), e a observação como técni-
ca de pesquisa.
Para o desenvolvimento do trabalho seguiu a sequência do fluxograma abaixo:
Figura 1. Fluxograma de Recolha, identificação e processamento da amostra de etanol caseiro.

Inquérito Pré – Conceptivo sobre a produção do etanol

Colecta da amostra

Identificação da amostra

Embalagem

Registo da Amostra

Tratamento da amostra

Filtração

Reacções de identificação de álcoois no etanol caseiro (Nipa)

Resultado do teor de Álcool metílico, Álcool n – butílico, Álcool sec – butílico no etanol caseiro

Fonte. Autor 2020


31

2.1. Método bibliográfico


O Método bibliográfico envolveu o levantamento bibliográfico de livros, artigos científi-
cos, dissertações, que abordam sobre álcoois, contaminantes orgânicos no etanol caseiro,
carvão activado, sua aplicação em processos de adsorção, filtração em química, colorime-
tria, reacções de oxidação e redução nos álcoois.
2.2. Trabalho do campo
2.2.1. Inquérito Pré – Conceptivo sobre a produção do etanol
Decorreu mediante entrevistas num universo de 4 centros de produção e de venda da bebi-
da alcoólica caseiramente obtida no Município de Montepuez, foi seleccionado aleatoria-
mente e reportado para a melhor compreensão de como a bebida é produzida, quais as vias
de obtenção da mesma, usando um inquérito por entrevista.
2.2.2. Colecta e identificação da amostra
A colecta das amostras para o estudo, foi realizada no mês de Novembro de 2020, no Mu-
nicípio de Montepuez, nos bairros de Nacate, Matuto 3, Ncoripo e Mirige. Com a permis-
são dos produtores e vendedores foram introduzidas nas garrafas tipo PET de 500ml e co-
locadas numa caixa e levadas ao Laboratório de Química da Universidade Rovuma, Exten-
são de Cabo Delgado para posterior análise.
2.3. Método experimental
2.3.1. Embalagem e Registo da Amostra
A embalagem da amostra foi feita em garrafas plásticas de 500ml, o registo das amostras
foi efectuado mediante a rotulagem das mesmas identificando cada amostra por meio de
recorte de papel A4, anotando – se com um marcador para a melhor identificação, como
amostra 1, amostra 2…e amostra 8 respectivamente.
2.3.2. Tratamento da amostra
Após a recepção das amostras, ainda etiquetadas e rotuladas, foi feita a junção com carvão
activado mediante padrões aceitáveis e em seguida uma homogeneização completa do aná-
lito em análise com o carvão activado por meio de um copo de becker.
2.3.4. Filtração
A filtração foi realizada utilizando 2,0 g de carvão activado para 15 mL de cada amostra,
acomodado em funil de vidro juntamente com um algodão e um erlenmayer. Cada amostra
foi filtrada em triplicata e Cada massa de carvão foi utilizada para apenas um processo de
filtração, sendo depositada em beckers ao fim de cada processo. As amostras filtradas fo-
32

ram nomeadas como Ax-y, onde x representa a identificação da amostra e y representa a


repetição.
2.3.5. Análise química de solução da amostra de etanol caseiro
2.3.5.1. Preparação das soluções
Tabela 2: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do ácido sulfúrico (H2SO4)

Material Reagentes
Erlenmeyer de250 ml Ácido sulfúrico a 95% (H2SO4)
Seringa Agua destilada
Copo de Becker
Fonte: Autor, 2020

Procedimentos
Introduziu-se em um erlenmeyer 5 mL de H2SO4 a 95%, adicionou-se água destilada até a
marca de 100mL; agitou-se a solução e deixou-se em repouso por 30 minutos.
Tabela 3: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do Permanganato de Potássio
(KMnO4)
Material Reagentes
Copo de Becker Permanganato de Potássio (KMnO4)
Balança analítica Agua destilada
Espátula
Placas de petri
Fonte: Autor, 2020

Procedimentos
Pesou-se 10g de KMnO4 e transferiu-se para o Becker; adicionou-se 100mL de água desti-
lada, agitou-se a solução até a dissolução completa do KMnO4 e deixou-se em repouso por
30 minutos.
Tabela 4: Materiais e Reagentes Usados na preparação e diluição do NaOH

Material Reagentes
Erlenmeyer de 250Ml Hidróxido de sódio granulado (NaOH)
Copo de Becker Agua destilada
Balança analítica
Espátula
Placas de petri
Fonte: Autor, 2020.
33

Procedimentos
Pesou-se 10g de NaOH em triplicata e transferiu-se para o erlenmayer, de seguida adicio-
nou-se 100mL de água destilada, agitou-se a solução até a dissolução completa do NaOH e
deixou-se em repouso por 30 minutos.
Figura 2: Imagem (A) Momento de diluição das soluções. Imagem (B) Soluções já preparadas.

A B

Fonte: autor/2020

2.3.5.3. Determinação do teor de Álcool metílico


2.3.5.3.1. Identificação antes da filtração com carvão activado
Tabela 5: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Metanol

Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringa Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Ácido sulfúrico diluído (H2SO4)
Conta gota Agua destilada
Fonte: Autor, 2020
Procedimentos (antes da filtração do Álcool Caseiro com carvão activado)
Introduziu-se em cada tubo de ensaio 1ml da bebida alcoólica (Álcool Caseiro); juntou-se
uma gota de (KMnO4) diluído e deixou-se em repouso a temperatura ambiente durante 5
minutos e com os tubos introduzidos num banho de gelo adicionou-se 5ml de H2SO4 dei-
tou-se pela parede, e anotaram-se as observações.
34

Figura 3: A - Teste de metanol numa amostra do etanol caseiro. B - Teste já efectuado.

A B

Fonte: autor/2020
2.3.5.3.3. Determinação do teor de Álcool n – butílico
2.3.5.3.3.1. Identificação antes da filtração com carvão activado
Tabela 6: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool n – butílico

Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringa Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Ácido sulfúrico diluído (H2SO4)
Fogão Agua destilada
Fonte: Autor, 2020

Procedimentos (antes da filtração do Álcool Caseiro com carvão activado)


Introduziu-se em cada tubo de ensaio 2ml da bebida alcoólica; juntou-se, a cada tubo 2 ml
de solução de KMnO4 diluído e 1 ml de ácido sulfúrico diluído; Aqueceu-se em banho-
maria durante 2-3 minutos e anotaram-se as observações, perfazendo-se a identificação do
álcool n-butílico.
2.3.5.3.4. Determinação do teor de Álcool sec – butílico
2.3.5.3.4.1. Identificação antes da filtração com carvão activado
Tabela 7: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool sec – butílico
Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringas Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Hidróxido de sódio diluído (NaOH)
Fogão Agua destilada
Fonte: Autor, 2020
35

Procedimentos (antes da filtração do Álcool Caseiro com carvão activado)


Introduziu-se em cada tubo 2ml da bebida alcoólica em seguida juntou-se, a cada tubo 2 ml
de solução diluída de KMnO4 e 1 ml de NaOH diluído. Aqueceu-se em banho-maria du-
rante 2-3 minutos e anotaram-se as observações.
2.3.5.2.Tratamento de Álcool Caseiro com carvão activado
2.3.5.2.1. Produção do carvão activado
O carvão activado foi obtido a partir da trituração do carvão vegetal/de cozinha, da qual
consistiu na sua total trituração até atingir a forma de pó com a ajuda de um cadinho casei-
ro e um almofariz.
Figura 4: Imagem ilustrativa ao momento de produção do carvão activado.

Fonte autor 2020.


Tabela 8: Materiais e Reagentes Usados no tratamento de Álcool Caseiro com carvão activado

Material Reagentes
Algodão Álcool Caseiro
Copo de Becker Carvão activado
Funil de vidro
Erlenmayer
Seringa
Balança analítica
Espátula
Placas de petri
Fonte: Autor, 2020
Procedimentos
1. Cada solução de etanol caseiro e carvão activado foi preparada em um Becker utilizando
2g de carvão activado e 15mL de etanol caseiro para cada amostra.
36

2-Adaptou-se o funil de vidro e o seu fundo foi preenchido com o respectivo algodão e por
baixo adaptou-se o erlenmayer para a recolha da respectiva solução filtrada;
3- No funil de vidro com o respectivo algodão, introduziu-se a solução preparada de etanol
caseiro e carvão activado e deixou-se repousar até que a uma total filtração;
Figura 5: Ilustração do processo de filtração do etanol caseiro com carvão activado

Fonte autor 2020

2.3.5.3.2. Identificação do Metanol no Álcool Caseiro após a filtração com carvão ac-
tivado
Tabela 9: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Metanol após a filtração com carvão activado

Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringa Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Ácido sulfúrico diluído (H2SO4)
Conta gota Agua destilada
Fonte: Autor, 2020

Procedimentos
Introduziu – se em três tubos de ensaio 1ml do Álcool Caseiro filtrado com carvão activa-
do em seguida Juntou – se uma gota de KMnO4 diluído e deixou – se em repouso a tempe-
ratura ambiente durante 5 minutos e depois os tubos de ensaio foram introduzidos num
banho de gelo e adicionou – se 5ml de H2SO4 deitou – se pela parede; anotaram – se as
observações e depois compararam – se os resultados obtidos antes e depois da filtração.
37

Figura 6: Identificação do álcool metílico no álcool caseiro após a filtração com carvão activado.

A B

Fonte: autor 2020.

2.3.5.4.2. Identificação do Álcool n – butílico no Álcool Caseiro após a filtração com


carvão activado
Tabela 10: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool n – butílico após a filtração com carvão
activado

Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringa Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Ácido sulfúrico diluído (H2SO4)
Conta gota Agua destilada
Fonte: autor 2020

Procedimentos
Introduziu – se em três tubos de ensaio 2ml da bebida alcoólica filtrada com carvão activa-
do em seguida juntou – se a cada tubo 2 ml de solução concentrada de KMnO4 e 1 ml de
H2SO4 diluído e Aqueceu-se em banho-maria durante 2-3 minutos em seguida anotaram-se
as observações e depois compararam-se os resultados obtidos antes e depois da filtração
com carvão activado.
Figura 7: identificação do álcool n – butilico no Álcool Caseiro após a filtração com carvão activado.

Fonte: autor 2020


38

2.3.5.4.2. Identificação do Álcool sec – butílico no Álcool Caseiro após a filtração com
carvão activado
Tabela 11: Materiais e Reagentes Usados na identificação do Álcool sec – butílico após a filtração com car-
vão activado

Material Reagentes
Tubos de ensaio Álcool Caseiro
Seringas Permanganato de Potássio diluído (KMnO4)
Copo de Becker Hidróxido de sódio diluído (NaOH)
Fogão Agua destilada
Fonte: autor 2020
Procedimentos
Introduziu – se em cada tubo de ensaio 2ml da bebida alcoólica filtrada com carvão acti-
vado em seguida juntou – se, a cada tubo 2 ml de solução diluída de KMnO4 e 1 ml de Na-
OH diluído Aqueceu – se em banho-maria durante 2-3 minutos anotaram-se as observações
e depois comparam-se os resultados obtidos antes e depois da filtração com carvão activa-
do.
Figura 8: identificação do álcool sec – butílico no Álcool Caseiro após a filtração com carvão activado.

Fonte: autor 2020

Para a determinação do Grau de Adsorção usou – se, a seguinte equação:

2.4. Universo
O universo para o presente estudo foi de 20 baldes de Álcool Caseiro (5 de centro de venda
de Nacate, 5 de centro de venda de Matuto 3, 5 de centro de venda de Ncoripo e 5 de cen-
tro de venda de Mirige).
2.4.1. Amostra
Foram seleccionados aleatoriamente 8 baldes (2 do centro de venda de Nacate, 2 do centro
de venda de Matuto 3, 2 do centro de venda de Ncoripo e 2 do centro de venda de Mirige)
correspondentes a 40% do universo. Por cada 2 baldes foram colectados 500mL de amos-
39

tras e foram repartidos em 250mL e colocadas em 2 garrafas plásticas do tipo PET, corres-
pondente a 8 frascos respectivamente.
2.5. Técnicas e instrumentos de colecta de amostra
O autor foi ao campo identificado para realizar as actividades de colecta de amostra, co-
lheu as suas amostras em quantidades pretendidas.
Para tal, dispôs – se de 8 garrafas plásticas tipo PET de 500 mL, e uma caixa para posterior
conservação das amostras.
Figura 9: (A) -Recolha das amostras de etanol caseiro. (B) -Tratamento e conservação das amostras

A B
Fonte: autor 2020.
2.5.1. No laboratório
Depois das amostras serem etiquetadas, foram encaminhadas ao laboratório de Química da
Universidade Rovuma Extensão de Cabo Delgado, para posterior análises dos contaminan-
tes orgânicos no etanol caseiro, nomeadamente: Álcool Metílico, álcool n – butílico, e ál-
cool sec – butílico. Neste procedimento experimental vários foram os instrumentos de me-
dição usados. Ver o roteiro dos procedimentos de análise no apêndice I.
Figura 10: Imagem ilustrativa ao processo de recepção das amostras no laboratório

Fonte, autor 2020


40

CAPÍTULO III: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTA-


DOS
Esta etapa constitui a decisiva para a confrontação ou refutação das hipóteses. Com este
capítulo pretende-se apresentar, interpretar, analisar e validar os resultados recolhidos atra-
vés dos instrumentos aplicados, para responder a questão de partida.
3.1. Apresentação e interpretação dos resultados de questionário e entrevista
3.1.1.Apresentação dos resultados da entrevista.
Entrevista dirigida aos produtores locais do etanol caseiro.
4. A quanto tempo produz o etanol caseiro?
( X ) entre 6 a 10 anos
5. Quais são os ingredientes necessários para a obtenção do etanol caseiro?
R: os ingredientes necessários para a obtenção do etanol caseiro são os seguintes:
 Cana – de – açúcar e Água
6. Quais são os procedimentos/passos e as técnicas de preparação e obtenção do etanol
caseiro?
R: os procedimentos/passos para a obtenção do etanol caseiro (Nipa) na base de cana – de
– açúcar são os seguintes: Apôs a retirada da cana do campo de produção, sucede – se a
etapa de secagem da mesma, onde se seca por 3 dias, que é para a posterior retirada da
humidade da água da cana-de-açúcar, o passo subsequente é o recorte da cana em pedaços
bem pequenos, apôs isso, o passo subsequente é colocar os pedaços obtidos no pilão, pro-
cede – se então com a moagem dos pedaços de cana até a sua total trituração, em seguida
leva – se o caldo obtido e conserva – se ou em uma panela de barro ou em um tambor, adi-
ciona – se agua tampa – se para que não haja entrada de ar e perca de vapores, e deixa – se
fermentar por 7 dias, no oitavo dia coloca – se o caldo já fermentado em uma pane-
la/tambor sob aquecimento ao fogo (a altas temperaturas), e a partir do alambique obtêm –
se o etanol caseiro (Nipa).
7. Quantos dias o etanol caseiro é armazenado antes do seu consumo?
R: o consumo do etanol caseiro começa a parir do dia em que se obtêm o destilado.
3.1.1.1. Interpretação dos resultados da entrevista
Entrevista dirigida aos produtores locais do etanol caseiro.
De acordo com o que foi detalhado no item acima, na apresentação dos resultados da en-
trevista dirigida aos produtores locais do etanol caseiro obtiveram – se resultados seme-
lhantes aos que as literaturas dizem, pôs, o processo produtivo do etanol caseiro consumido
41

no Município de Montepuez, não foge muito do processo produtivo de outras regiões, en-
volve a mesma matéria – prima e os mesmos ingredientes, divergindo apenas nas formas e
os meios de armazenamento, os produtores afirmam que o etanol caseiro pode se armaze-
nar tanto em tambores, quanto em panelas de barro.
3.1.2.Apresentação dos resultados do Questionário
Questionário dirigido aos consumidores da bebida alcoólica caseiramente obtida.
4. A quanto tempo consome o etanol caseiro?
( X ) entre 6 a 10 anos
5. Quais são as dores que sentes Após consumir o etanol caseiro (Nipa)?
As dores são variadas, desde dores de cabeça, dores abdominais, perda de força física, so-
nolência, vómitos, diarreias, náuseas entre outras.
3.1.2.1. Interpretação dos resultados do Questionário
Questionário dirigido aos consumidores da bebida alcoólica caseiramente obtida.
De acordo com o que foi descrito na apresentação dos resultados do questionário dirigido
aos consumidores do etanol caseiro, encontraram – se semelhança no que tange as manifes-
tações das dores logo apôs a ingestão do etanol caseiro, estando esses resultados de acordo
com o que está descrito na literatura.
3.2. Apresentação e discussão de resultados
3.2.1. Apresentação de resultados do álcool metílico
3.2.1.1. Apresentação dos resultados do álcool metílico (Metanol), antes da filtração
com carvão activado
Para a concretização do teste de metanol antes da filtração com carvão activado, foi possí-
vel com reacções de Oxi – Redução, e com a ajuda da colorimetria onde a partir dela foi
possível obter comprimentos de onda que serviram de base para a quantificação das cores.
De acordo com Braga, França e Sampaio (2007), “A faixa de comprimento de onda na qual
a substância reflecte pode facilmente ser relacionada às cores do espectro da luz visível
(400 a 700 nm)”(p.543), como ilustra na tabela a seguir:
Tabela 12: Cores do espectro da luz visível e seus respectivos comprimentos de onda.

Cor Comp. Onda (nm) Cor Comp. Onda (nm)


Vermelho 620 a 700 Verde 500 a 578
Laranja 592 a 620 Azul 450 a 500
Amarelo 578 a 592 Violeta 400 a 450
Fonte. Braga, França e Sampaio (2007, p.543)
42

De acordo com a citada fonte, a medida da cor é determinada pela composição de


valores lidos nas escalas de cada cor no equipamento Lovibond, no ponto de me-
lhor concordância entre a cor da amostra e a cor formada pelo ajuste dos filtros do
colorímetro. Dessa forma, nota-se que uma determinada amostra poderá ter a sua
cor expressa pelo seguinte resultado: vermelho = 43,2; amarelo = 38,0 e azul = 7,4.
Frisar que para as variedades da cor amarela pode assumir valores dependentemente do
tipo de coloração que ele pode apresentar, se temos o amarelo com o resultado = 38,0, o
amarelo claro pode ter um valor abaixo do 38 e o amarelo escuro um valor acima de 38
assim sucessivamente.
Importa salientar que no teste de metanol antes da filtração com carvão activado todas as
amostras tenderam para a formação da cor amarela, entretanto importa frisar que a cor
amarela clara, indica a existência do metanol no etanol caseiro, portanto importa também
frisar que a aparição da cor castanha intensa a incolor, indica a inexistência do metanol no
etanol caseiro.
3.2.1.1.1. Interpretação dos resultados do álcool metílico (Metanol), antes da filtração
com carvão activado
Com a ajuda da ferramenta Microsoft Excel, esboçou-se o gráfico dos resultados obtidos
referentes a identificação do álcool metílico das 8 amostras submetidas a análise, que cul-
minou com a verificação da cor amarela clara para ambas as amostras, e tendo-se um resul-
tado de 578 a 592nm, no espectro visível, correspondente a um valor estimado em 38,0
representando todas as amostras, tendo se representado graficamente.
Gráfico 1: Interpretação de resultados referentes ao álcool metílico antes da filtração com carvão acti-
vado

Fonte: autor, 2020


O gráfico acima indica o grau de contaminação do etanol caseiro pelo contaminante orgâ-
nico metanol acima dos 95%, pois todas as amostras indicaram uma contaminação por par-
te do mesmo, facto que necessitou da filtração do etanol caseiro com o carvão activado
para uma posterior remoção do contaminante orgânico metanol.
43

3.2.1.2.Apresentação dos resultados do álcool metílico (Metanol), após a filtração com


carvão activado
Importa salientar que no teste do metanol após a filtração com carvão activado todas as
amostras tenderam para a formação da cor castanha, portanto cinzelar que a variação da
cor castanha intensa a incolor indica a inexistência do metanol no etanol caseiro. No espec-
tro visível o comprimento de onda para a cor castanha corresponde de 500 – 578nm.
3.2.1.2.1. Interpretação dos resultados do álcool metílico (Metanol), após a filtração
com carvão activado
Com a ajuda da ferramenta Microsoft Excel, esboçou-se o gráfico dos resultados obtidos
referentes ao álcool metílico das 8 amostras submetidas a análise pós filtração com carvão
activado, tendo se representado graficamente.
Gráfico 2: Interpretação de resultados do álcool metílico após a filtração com carvão activado.

Valores de comprimento de onda em nm para os alcool metilioco

Fonte: autor, 2020

Os valores do comprimento de onda (nm) no Espectro visível, para a cor castanha variam
de 500 a 578 nm, determinou-se a média dos valores de comprimento de onda das amostras
em nm da qual obteve – se o valor de 500 a 578 nm.
3.2.2. Apresentação dos resultados do álcool n-butílico
3.2.2.1.Apresentação dos resultados do álcool n-butílico, antes da filtração com car-
vão activado
No teste do álcool n – butílico antes da filtração com carvão activado houve aparição da
cor amarela para ambas as amostras, entretanto a formação da cor amarela clara indica a
existência do álcool n – butílico no etanol caseiro, e a variação da cor castanha intensa a
incolor indica a inexistência do álcool n – butílico. No espectro visível o comprimento de
onda para a cor amarela corresponde de 578 – 592 nm.
44

3.2.2.1.1. Interpretação dos resultados do álcool n – butílico, antes da filtração com


carvão activado
O teste do álcool n – butílico, antes da filtração com carvão activado, culminou com a veri-
ficação também da cor amarela clara em ambas as amostras, tendo um resultado de 578 a
592nm, no espectro visível, correspondente a um valor de 38,0 representando todas as
amostras.
3.2.2.2.Apresentação dos resultados do álcool n – butílico, após a filtração com carvão
activado
No teste do álcool n-butílico após a filtração com carvão activado houve aparição da cor
castanha para todas as amostras, cinzelar que a variação da cor castanha intensa a incolor
indica a inexistência do álcool n-butílico no etanol caseiro. No espectro visível o compri-
mento de onda para a cor castanha corresponde de 500 – 578nm.
3.2.2.2.1.Interpretação dos resultados do álcool n – butílico, após a filtração com car-
vão activado
Após a filtração com carvão activado, houve verificação da cor castanha intensa a incolor
para ambas as amostras e tendo um resultado de 578 – 500nm no espectro visível, repre-
sentando todas as amostras e que facultou o cálculo e determinação da média dos valores
obtidos através da colorimetria consistido na análise da cor para o resultado do espectro
expressos em nm.
3.2.3. Apresentação dos resultados do Álcool sec – butílico
3.2.3.1. Apresentação dos resultados do Álcool sec – butílico antes da filtração com
carvão activado
No teste de álcool sec-butilico antes da filtração com carvão activado, houve a formação da
cor amarela para ambas as amostras indicando a existência do álcool sec-butilico no etanol
caseiro sendo que a cor verde indica a inexistência do álcool sec-butilico.
3.2.3.1.1. Interpretação dos resultados do Álcool sec – butílico antes da filtração com
carvão activado
No teste do álcool sec-butilico antes da filtração com carvão activado, todas as amostras
reflectiram a mesma cor, tendendo para a cor amarelo-escuro na qual, a partir da colorime-
tria foi possível ter os comprimentos de onda variados entre os 578 a 592nm, no espectro
visível, correspondente a um valor de 38,0 representando todas as amostras, assemelhando
– se aos resultados obtidos no teste do metanol.
45

3.2.3.2.Apresentação dos resultados do Álcool sec-butílico após a filtração com carvão


activado
No teste do álcool sec-butilico após a filtração com carvão activado, ambas as amostras
tenderam para a aparição da cor verde escurecida, a cor verde indica a inexistência do ál-
cool sec – butílico no etanol caseiro.
3.2.3.2.1. Interpretação dos resultados do Álcool sec – butílico após a filtração com
carvão activado
Na interpretação dos resultados do álcool sec – butílico, aplicaram – se valores obtidos a
parir de estimativas retirados a partir dos valores da literatura e valores padronizados pelos
métodos instrumentais, a baixo estão ilustradas as tabelas com os valores teóricos da litera-
tura na escala de cores do colorímetro Lovibond, valores instrumentais e por fim os valores
das estimativas das concentrações e Absorbância para o álcool sec – butílico após a filtra-
ção com carvão activado.
Tabela 13. Valores teóricos da literatura na escala de cores do colorímetro Lovibond
Cores/Escalas

Vermelho Amarelo Azul Verde


0,1 – 0,9 0,1 – 0,9 0,1 – 0,9 0,1 – 0,9
1,0 – 9,0 1,0 – 9,0 1,0 – 9,0 1,0; 2,0;3,0
10,0 – 70,0 10,0 – 70,0 10,0 – 40,0 10,0 – 70,0
Fonte. Braga, França e Sampaio (2007, p.545).

Tabela 14. Valores instrumentais do teste do álcool sec – butílico após a filtração com carvão activado
Padrões Concentração (mg.L-1) Absorbância
1 1,000 0,199
2 2,000 0,303
3 3,000 0,567
4 4,000 0,665
4 5,000 0,58
Fonte: Trindade (2017, p.44).

Tabela 15. Valores das estimativas das concentrações e Absorbância para o álcool sec-butilico após a filtra-
ção com carvão activado
46

Repetições Concentração (mg.L-1) Absorbância


Branco 0,000 0,000
1 0,2 0,129
2 0,4 0,231
3 0,6 0,372
Fonte. Autor 2021
Com a aplicação da colorimetria foi possível estimar os valores a diferentes comprimentos
de onda e estimou-se o valor de 0,2 como sendo o valor da concentração 1, isto é, a primei-
ra repetição, tendo como a sua absorbância estimada no valor de 0,129. Estimou-se o valor
de 0,4 como concentração 2, inerente a segunda repetição, tendo como absorbância esti-
mada no valor de 0,231, estimou – se o valor 0,6 como sendo a concentração 3 inerente a
terceira repetição, tendo a sua absorbância estimada ao valor de 0,372. Calcularam-se as
concentrações e as absorbâncias das 3 repetições do teste do álcool sec-butilico após a fil-
tração com carvão activado, tendo em conta que quanto maior for a concentração, maior
será a intensidade da cor, onde foi possível aplicar o método de mínimos quadrados para
obtenção da curva de calibração e traçar-se uma recta que faz regressão linear na curva de
calibração com o uso do Microsoft Excel.
Gráfico 3: Relação entre absorbância e concentração na faixa linear para o álcool sec-butilico após a
filtração com carvão activado.

Fonte: autor 2021.

Em relação a resposta das concentrações das amostras na determinação do álcool sec-


butilico após a filtração com carvão activado, podemos afirmar que afigura acima, repre-
senta uma boa curva de calibração obtida usando a lei de Lambert-Beer a partir da estima-
ção dos valores teóricos a partir dos resultados experimentais com os valores obtidos, mos-
47

trando uma boa regressão linear ou seja a figura representa uma regressão linear muito
forte, com o índice de correlação próximo de 1,0 (R2 = 0,996).
3.3.1. Interpretação dos coeficientes de correlação e de determinação
3.3.1.1. Coeficiente de correlação r
A partir dos valores obtidos da estimação dos valores teóricos a partir dos valores instru-
mentais efectuou-se o cálculo do coeficiente de correlação e ditou o valor de r = 0,998.
3.3.1.2. Coeficiente de determinação
O valor do coeficiente de determinação a partir dos valores obtidos da estimação dos valo-
res teóricos a partir dos valores instrumentais ditou para R2 = 0,996, considerando que o

coeficiente de determinação (R2), assume os valores entre , significa que 99,6%


da dispersão das cores das amostras depende da dispersão das concentrações das amostras
e 0,4% depende da influência de outros factores.
3.4. Discussão dos resultados
3.4.1. Discussão dos resultados do álcool metílico (metanol) antes da filtração com
carvão activado
Os resultados da pesquisa, ditaram que para o teste de metanol há evidência da aparição da
cor amarela para ambas as amostras, com variação de comprimento de onda de 578 a
592nm, assimilando-se com os resultados dos estudos feitos por Santiago (2013), em que
cinzela que “após a adição de KMnO4no etanol, e posterior resfriamento, a determinação
do metanol baseia-se na sua oxidação a formaldeído o qual reage com o acido cromotrópi-
co na presença do H2SO4 formando um composto com coloração amarela’’.
Estudos realizados por Tomé (2018), em sua dissertação intitulada Ensaios colori-
métricos para detecção de etanol em amostras de uísque utilizando dispositivos po-
liméricos, revelaram que o KMnO4 é um oxidante bastante empregado em determi-
nação de etanol embebidas alcoólicas. O KMnO4 em concentrações maiores que
1% mantêm uma solução transparente de coloração amarelo intenso, que permite a
passagem de luz sendo adequado para testes de metanol em bebidas alcoólicas.
E de acordo com Braga, França e Sampaio, (2007),
A medida da cor é determinada pela composição de valores lidos nas escalas de ca-
da cor no equipamento Lovibond, no ponto de melhor concordância entre a cor da
amostra e a cor formada pelo ajuste dos filtros do colorímetro. Dessa forma, nota-
se que uma determinada amostra poderá ter a sua cor expressa pelo seguinte resul-
tado: vermelho = 43,2; amarelo = 38,0 e verde = 7,4. (p.543)
Baseando-se nessas referências e incorporando os resultados obtidos nesse estudo, a partir
dos valores obtidos da estimação dos valores teóricos a partir dos valores instrumentais no
que concerne ao metanol, concluímos que o etanol caseiro (Nipa), produzido no Município
de Montepuez contêm o metanol, pois, apôs a análise antes da filtração com carvão activa-
48

do houve a aparição da cor amarela, o que comprova a sua existência, estando em concor-
dância com o que os autores afirmam.
3.4.2. Discussão dos resultados do álcool metílico (metanol) após a filtração com car-
vão activado
De acordo com Juang e Da Silva Guilarduci (2006) citado por Balarini (2015),
O carvão activado é o material mais utilizado nos processos de adsorção, pois suas
propriedades como área de superfície, distribuição dos tamanhos de poros e capa-
cidade de adsorção faz desse material um adsorvente único que pode ser usado no
tratamento de efluentes tanto em líquidos como em gases. (p.13).

Estudos feitos por Lima et al (2006), citado por Balarini (2015), Estudos com car-
vão activado vêm sendo realizados para a redução de contaminantes na cachaça,
tanto de compostos inorgânicos como o cobre, como compostos orgânicos prejudi-
ciais à saúde e a qualidade sensorial. (p.13).
Trabalhos como os de Zacaroni et al. (2011) e Kunigk et al. (2011), citados por Carreiro
(2015), “abordam a contaminação por metanol no etanol caseiro como prejudiciais à saú-
de”. (p.32).
Tendo como enfoque as referencias acima mencionadas, Importa salientar que os resulta-
dos da pesquisa em posse, ditaram que para o teste de metanol após a filtração com carvão
activado foi notório a variação de cor castanha intensa a incolor para ambas as amostras,
diferindo-se dos resultados obtidos antes da filtração, comprovando-se, entretanto, a ine-
xistência do metanol no etanol caseiro, e concluímos que o carvão activado pode ser usado
como adsorvente para a remoção do contaminante orgânico metanol, pois demonstrou efi-
ciência no concernente a filtração e remoção do metanol no etanol caseiro.
3.4.3. Discussão dos resultados da identificação do álcool n-butílico antes da filtração
com carvão activado
Na determinação do álcool n-butílico, obtendo-se a cor amarela.
Estudos realizados por Tomé (2018), O KMnO4 é um oxidante bastante empregado
em determinação de etanol em bebidas alcoólicas. O KMnO4 em concentrações
maiores que 1% mantêm uma solução transparente de coloração amarelo intenso,
que permite a passagem de luz sendo adequado para testes de metanol em bebidas
alcoólicas.
Baseando-se nessas referências, e incorporando os resultados obtidos nesse estudo, no que
concerne ao álcool n-butílico, concluímos que o etanol caseiro contêm o álcool n-butílico,
pois, apôs a análise antes da filtração houve a aparição da cor amarela, o que comprova a
sua existência, em concordância com o que os autores afirmam.
3.4.4. Discussão dos resultados da identificação do álcool n-butílico após a filtração
com carvão activado
49

Para a determinação do álcool n-butílico, foi possível com reacções de Oxi-redução, ob-
tendo uma coloração castanha intensa para ambas as amostras, em concordância com o que
os autores abaixo afirmam:
Santiago (2013), na análise do n – butanol no álcool caseiro a cor amarela, indica –
nos simplesmente traços do álcool n – butílico, ou seja a presença do álcool n – bu-
tílico mesmo que em traços é um grande risco a saúde humana, pelo que, sendo ne-
cessário com isso aplicar o processo de remoção ou filtração com carvão activado.

Estudos feitos por Lima et al. (2009), citado por Carreiro (2015), em seu trabalho
intitulado avaliação do efeito da filtração em carvão activado sobre a composição
química da cachaça avaliaram o álcool n – butílico apresentando a cor amareala no
etanol caseiro como estando em quantidades não desejáveis para a aceitação e con-
sumo do mesmo. (p.32)
Importa ainda salientar que o teste do álcool n-butílico tendeu para a aparição da cor ama-
rela antes da filtração com carvão activado, o que tornou necessário a filtração, pois os
simples traços fazem com que seja necessário o teste após filtração.
Os resultados da pesquisa em posse, ditaram que para o teste de álcool n-butílico após a
filtração foi notório a variação de cor castanha intensa a incolor para ambas as amostras,
diferindo-se dos resultados obtidos antes da filtração, comprovando-se a inexistência do
álcool n-butílico no etanol caseiro, e concluímos que o carvão activado pode ser usado
como adsorvente para a remoção do contaminante orgânico álcool n-butílico, pois demons-
trou a sua eficiência no concernente a filtração e sua remoção no etanol caseiro.
3.4.5. Discussão dos resultados do álcool sec-butílico antes da filtração
Com uso de reacções de Oxi-redução, foi possível obter os resultados concernentes ao ál-
cool sec-butílico antes da filtração, a qual observou-se a aparição da cor amarela escureci-
da, tendendo para a presença do álcool sec-butilico no etanol caseiro, tal como afirmam os
autores abaixo:
Santiago (2013), Diferentemente do teste do metanol, no teste do álcool sec – butí-
lico, após a adição de KMnO4 no etanol, e na presença do NaOHe posterior aque-
cimento, a determinação do álcool sec – butílico baseia – se na sua oxidação for-
mando um composto com coloração amarela.

E de acordo com E de acordo com Braga, França e Sampaio, (2007), A medida da


cor é determinada pela composição de valores lidos nas escalas de cada cor no
equipamento Lovibond, no ponto de melhor concordância entre a cor da amostra e
a cor formada pelo ajuste dos filtros do colorímetro. Dessa forma, nota-se que uma
determinada amostra poderá ter a sua cor expressa pelo seguinte resultado: verme-
lho = 43,2; amarelo = 38,0 e azul = 7,4. (p.543).
Tomando como base o que os autores supracitados cinzelam e de acordo com os resultados
obtidos na análise antes da filtração, podemos concluir que o álcool sec-butílico está pre-
sente no etanol caseiro, dai que a sua filtração é necessária.
50

3.4.6. Discussão dos resultados do álcool álcool sec-butílico após a filtração


É de extrema importância frisar que para o teste do álcool sec-butílico após a filtração com
carvão activado obtivemos o resultado o aparecimento da cor verde escurecida para ambas as
amostras, estando em conformidade com o que afirmam os autores abaixo descritos:
Santiago (2013), “afirma que a aparição da cor verde indica a inexistência do álcool sec-
butilico no metanol caseiro pós filtração com carvão activado.
Estudos feitos por Lima et al (2006), citado por Balarini (2015), Estudos com car-
vão activado vêm sendo realizados para a redução de contaminantes na cachaça,
tanto de compostos inorgânicos como o cobre, como compostos orgânicos prejudi-
ciais à saúde e a qualidade sensorial. (p.13).
A partir dos valores obtidos da estimação dos valores teóricos a partir dos valores instru-
mentais e em conformidade com que esta pautado pelos autores e de acordo com os resul-
tados obtidos, conclui-se que o carvão activado pode ser usado para a remoção do conta-
minante orgânico álcool sec-butílico no etanol caseiro.
Confrontação das hipóteses com os resultados do estudo
Depois de todos procedimentos experimentais realizados nesta pesquisa e a posterior análi-
se e discussão dos resultados, foi importante validar ou refutar as hipóteses que anterior-
mente estavam previstas, portanto tivemos:
Hipótese 1:
O grau de contaminação do etanol caseiro pelos contaminantes orgânicos é aquele cuja
contaminação orgânica está em 95%.
O grau de contaminação do etanol caseiro pelos contaminantes orgânicos, ditou para uma
contaminação acima dos 95% para ambas as amostras e para todos os contaminantes orgâ-
nicos, tendo no entanto sido validada esta hipótese, visto que o grau de contaminação cor-
responde com o que estava previsto no trabalho.
Hipótese 2:
Os contaminantes orgânicos no etanol caseiro são: metanol, álcool n-butílico e álcool sec-
butílico.
Os contaminantes orgânicos encontrados na literatura correspondem com os previstos tendo
sido testados no laboratório. Portanto, salienta-se que esta hipótese foi validada, visto que os
resultados fazem uma correspondência.

Hipótese 3
Os resultados das amostras antes e depois de adsorção diferem significativamente num
nível de confiança de 95%.
51

Logo após as análises, seguiram-se os parâmetros estatísticos, onde a partir do teste t e a


fórmula do grau de eficiência compararam- se os resultados das amostras antes e depois da
adsorção com carvão activado, e eles diferiram significativamente num nível de confiança
de 95%, tendo sido validada esta hipótese, visto que correspondeu com as expectativas
previstas no trabalho.
Hipótese 4
O Carvão Activado usado como Adsorvente para a remoção de contaminantes orgânicos
no etanol caseiro è aquele que reduz o índice de contaminação orgânico em 95 %.
No concernente a esta hipótese é importante salientar que foi validada, visto que o carvão
activado usado para a adsorção reduziu significativamente o nível de contaminação orgâni-
co em 95%.
52

Conclusões
A partir da pesquisa feita da Avaliação do grau de contaminação de etanol caseiro (Nipa),
pelos contaminantes orgânicos, seguindo-se metodologias adequadas, iniciando com a co-
lecta de amostra e terminando com a realização das experiências laboratoriais no laborató-
rio de Química da Universidade Rovuma, extensão de Cabo Delgado, usando materiais e
procedimentos laboratoriais para determinar os parâmetros de caracterização do grau de
contaminação de etanol caseiro (Nipa), pelos contaminantes orgânicos, e tendo como base
para a quantificação numérica os valores obtidos da estimação dos valores teóricos a partir
dos valores instrumentais pode-se concluir que:
 O etanol caseiro (Nipa), produzido no Município de Montepuez, apresenta um grau
de contaminação pelos contaminantes orgânicos acima dos 95%;
 As respostas do teste de regressão e correlação linear a partir dos valores obtidos da
estimação dos valores teóricos a partir dos valores instrumentais levam nos a crer que
o carvão activado remove com grande confiabilidade os contaminantes orgânicos e
leva nos a admitir que este pode ser usado como adsorvente para a remoção dos mes-
mos, contribuindo portanto para um consumo seguro da bebida alcoólica tradicional-
mente obtida, evitando, os riscos de contaminação pelo metanol, álcool sec – butílico
e álcool n – butílico;
 O carvão activado mostrou – se eficiente no concernente a sua aplicação em proces-
sos de adsorção, na remoção de produtos indesejáveis na bebida alcoólica tradicio-
nalmente obtida, sendo este benéfico pois é de grande abundância e possui custo be-
néfico.
 O trabalho de pesquisa traz uma contribuição valiosa no que concerne a sua utilidade
na comunidade científica, pôs este usou – se de métodos certificados e criativos para
poder interpretar os seus resultados, servindo este de base para o estímulo de mais pes-
quisas do género.
 Foi possível comprovar e validar todas as hipóteses, visto que, existem evidências ex-
perimentais que mostram não haver muita disparidade dos resultados experimentais
com as informações dos diversos autores que defendem sobre grau de contaminação do
etanol caseiro.
 Com esta pesquisa torna – se socialmente útil para a sociedade produtora e consumido-
ra do etanol caseiro, visto que o carvão activado pode ser utilizado para remover os
contaminantes emergentes nesta bebida.
53

Limitações
A maior limitação em que o autor se deparou na elaboração do trabalho foi o uso de méto-
dos clássicos de análise, pôs, estes influenciaram imprecisamente na decisão dos resultados
obtidos.
Sugestões
Das constatações verificadas no que tange a Avaliação do grau de contaminação de etanol
caseiro (Nipa), pelos contaminantes orgânicos: Caso do Município de Montepuez, sugere –
se que:
 Para a comunidade produtora desta bebida de carácter local adira ao uso do carvão ac-
tivado para a remoção dos contaminantes orgânicos emergentes nesta bebida de carác-
ter caseiro, pós, este é um método barato e encontra-se em grande abundância e baixo
custo de aquisição, proporcionando um consumo seguro da bebida alcoólica tradicio-
nalmente obtida;
 Melhorem – se as formas de produção desta bebida, pôs, os métodos de produção e
conservação inadequados podem induzir para a contaminação por contaminantes or-
gânicos;
 Que se realizem estudos de género, com o uso de métodos instrumentais de analise;
 Em próximas pesquisas sejam feitas análises de contaminantes inorgânicos tais como:
Cu, Pb, Zn, visto que nalgumas vezes o etanol caseiro é armazenado em tambores ob-
tidos na base desses metais, e alguns estudos apontam para a contaminação com esses
metais que são um atentado a saúde do consumidor.
54

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LVIII

Apêndices
LIX

Apêndice I. Roteiro de entrevista dirigida aos produtores locais do etanol caseiro.

Caro Produtor!

Este é um instrumento de recolha de dados relativo as formas de produção e obtenção do


etanol caseiro (Nipa), que servira para culminação do curso de Licenciatura em Ensino
de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios pela universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado, e será composto por 7 perguntas abertas e fechadas que po-
derá responder livremente, agradecia a colaboração!

1. Nome do produtor/a
R: Filomena Ali
2. Sexo
( ) Masculino ( X ) Feminino

3. Faixa etária
( ) 18 anos ( ) 18 anos

( ) entre 19 a 39 anos ( x ) entre 19 a 39 anos

( ) entre 40 a 50 anos ( ) entre 40 a 50 anos

( ) acima de 50 anos ( ) acima de 50 anos

4. A quanto tempo produz o etanol caseiro?


( ) menos de 1 ano ( ) menos de 1 ano

( ) entre 2 a 5 anos ( ) entre 2 a 5 anos

( ) entre 6 a 10 anos ( x ) entre 6 a 10 anos

( ) entre 11 a 15 anos ( ) entre 11 a 15 anos

( ) entre 16 a 20 anos ( ) entre 16 a 20 anos

( ) acima de 21 anos ( ) acima de 21 anos

5. Quais são os ingredientes necessários para a obtenção do etanol caseiro?


R: os ingredientes necessários para a obtenção do etanol caseiro são os seguintes:
 Cana – de – açúcar e Água
6. Quais são os procedimentos/passos e as técnicas de preparação e obtenção do etanol
caseiro?
LX

R: os procedimentos/passos para a obtenção do etanol caseiro (Nipa) na base de cana – de


– açúcar são os seguintes: Apôs a retirada da cana do campo de produção, sucede – se a
etapa de secagem da mesma, onde se seca por 3 dias, que é para a posterior retirada da
humidade da água da cana-de-açúcar, o passo subsequente é o recorte da cana em pedaços
bem pequenos, apôs isso, o passo subsequente é colocar os pedaços obtidos no pilão, pro-
cede – se então com a moagem dos pedaços de cana até a sua total trituração, em seguida
leva – se o caldo obtido e conserva – se ou em uma panela de barro ou em um tambor, adi-
ciona – se agua tampa – se para que não haja entrada de ar e perca de vapores, e deixa – se
fermentar por 7 dias, no oitavo dia coloca – se o caldo já fermentado em uma pane-
la/tambor sob aquecimento ao fogo (a altas temperaturas), e a partir do alambique obtêm –
se o etanol caseiro (Nipa).
7. Quantos dias o etanol caseiro é armazenado antes do seu consumo?
R: o consumo do etanol caseiro começa a parir do dia em que se obtêm o destilado.
LXI

Apêndice II. Roteiro de Questionário dirigido aos consumidores da bebida alcoólica


caseiramente obtida.

Caro Consumidor!

Este é um instrumento de recolha de dados relativo as dores que sentes Após consumir o
etanol caseiro (Nipa), que servira para culminação do curso de Licenciatura em Ensino
de Química com Habilitações em Gestão de Laboratórios pela universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado, e será composto por 5 perguntas abertas e fechadas que po-
derá responder livremente, agradecia a colaboração!

1. Nome do consumidor/a

R: Cássimo André

2. Sexo
( x ) Masculino ( ) Feminino

3. Faixa etária

( ) 18 anos ( ) 18 anos

( x ) entre 19 a 39 anos ( ) entre 19 a 39 anos

( ) entre 40 a 50 anos ( ) entre 40 a 50 anos

( ) acima de 50 anos ( ) acima de 50 anos

4. A quanto tempo consome o etanol caseiro?

( ) menos de 1 ano ( ) menos de 1 ano

( ) entre 2 a 5 anos ( ) entre 2 a 5 anos

( x ) entre 6 a 10 anos ( ) entre 6 a 10 anos

( ) entre 11 a 15 anos ( ) entre 11 a 15 anos

( ) entre 16 a 20 anos ( ) entre 16 a 20 anos

( ) acima de 21 anos ( ) acima de 21 anos

5. Quais são as dores que sentes Após consumir o etanol caseiro (Nipa)?
R: As dores são variadas, desde dores de cabeça, dores abdominais, perda de força física,
sonolência, vómitos, diarreias, náuseas entre outras.
LXII

Apêndice III. Cálculos e diluições


Preparação do ácido sulfúrico (H2SO4)
Dados 1kg---------1000g
C = 95% 1L----------1000mL
MM= 98,08g/mol 1kg/1L------1000g
d= 1,84g/mL 1kg/L-------1g/mL

Massa da solução = d V

Massa da solução = 1,84g/mL 100mL

Massa da solução = 1840g


1840g --------- 100%
x ------------- 95%
x= = 1748g
m H2SO4puro = 1748g
C= ;

C=

C= = 17,68mol/L
Diluições
Lei da volumetria
n1= n2
V2 = Vbalão= Solução final = 100mL
Vsolução final = Vpipetar + V(H2O) destilada

C1 V1 = C2 V2
V1 =
V1 =
V1 = 0,005L
Preparação do KMnO4

C=

C=

m = C MM V
C=

C=
LXIII

C = 0,63 mol/L
m = C MM V
m = 0,63mol/L 158,04g/mol 0,1L
m = 9,95g 10g
Diluições
n1= n2
V2 = Vbalão= Solução final = 100mL
Vsolução final = Vpipetar + V(H2O) destilada
C1 V1 = C2 V2
V1 =
V1 =
V1 = 0,15L
Cálculos para o NaOH
C=

C=
m = C MM V
C=
C=
C = 2,5 mol/L
Diluições
n1= n2
V2 = Vbalão= Solução final = 100mL
Vsolução final = Vpipetar + V(H2O) destilada
C1 V1 = C2 V2
V1 =

V1 =

V1 = 0,04L
LXIV

Apêndice IV. Cálculo do Grau de Adsorção do carvão activado


Após todos os procedimentos experimentais realizados nesta pesquisa e posterior analise e
discussão dos resultados a etapa subsequente foi de aplicação da fórmula para O cálculo do
Grau de Adsorção da qual abaixo se apresenta:

Cálculo de Grau de Adsorção para o metanol

3,688%
Cálculo de Grau de Adsorção para o álcool n – butílico

3,688%
Cálculo de Grau de Adsorção para o álcool sec – butílico

3,780%

Uso do teste t para a verificação do grau de adsorção do carvão activado para um


nível de confiança de 95%
Dados
3,688; 3,688; 3,780

Cálculo da média

= 3,72

Cálculo de desvio padrão


LXV

Xm

3,72

3,72

3,72

3,72 0,12

3,72+0,12=3,84

3,72-0,12=3,6

Determinou – se então que a media das determinações deve estar entre os valores 3,84 e
3,6 com 95% de confiança
LXVI

Anexos
LXVII

Anexo I. Credencial

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