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A sociedade açucareira

• No decorrer dos séculos XVI e XVII, a cana-de-


açúcar ultrapassou o pau-brasil em
importância e se tornou o carro-chefe da
economia portuguesa na América.
• Por que produzir cana-de-açúcar?

 Condições climáticas favoráveis (quente


e úmido).
 Domínio português das técnicas de
cultivo.
 Participação dos holandeses na
distribuição do açúcar(transporte,
refino e venda no mercado europeu).
• Na produção de cana-de-açúcar vigorava o
plantation, sistema produtivo caracterizado
pelo latifúndio, monocultura, mão de obra
escrava e voltado para a exportação.
• A propriedade rural que produzia a cana-de-
açúcar era conhecida como engenho.
• Os proprietários ficaram conhecidos como
senhores de engenho.
• As duas principais construções do engenho
era a casa-grande (casa do senhor de
engenho) e a senzala (onde viviam os
escravos).
Para além da cana-de-açúcar...
• Apesar da importância, o latifúndio
exportador da cana-de-açúcar não era a única
atividade econômica do Brasil Colonial.
• Havia um considerável número de pequenos
proprietários rurais que produziam gêneros
alimentícios para o mercado interno.
• A pecuária também tornou-se uma atividade
importante, fornecendo além do alimento,
couro e meio de transporte.
Escravidão
• A mão de obra de escravizados de origem africana foi a
base das atividades econômicas desenvolvidas no
Brasil Colonial.
• Na Europa, os portugueses foram os primeiros a
realizar o comércio de escravos africanos através do
Atlântico.
• Estima-se que, entre os séculos XVI e XIX,
entre 10 e 20 milhões e escravos foram
trazidos para o continente americano.
• Impactos do comércio de escravos:
desagregação de sociedades africanas, fim de
linhagens e famílias.
• No Brasil, as primeiras capitanias a receberem
escravos africanos foram a Bahia e Recife.
• Estima-se que 4 milhões de africanos
desembarcaram no Brasil entre 1531 e 1855.
• Depois de presos em seu continente, os africanos eram
acorrentados e marcados com ferro em brasa para
identificação.
• Eram mandados para a América nos navios negreiros.
• Em média, 600 escravos ficavam amontoados em
espaço insuficiente e com pouca alimentação.
• Devido as altas taxas de mortalidade de escravizados
durante a viagem, os navios negreiros eram chamados de
tumbeiros.
• Além de fome e epidemias, muitos africanos eram
acometidos com depressão.
Trechos do poema “O Navio Negreiro”
de Castro Alves (1868)
Era um sonho dantesco... o Se é loucura... se é verdade
tombadilho Tanto horror perante os céus?!
Que das luzernas avermelha o Ó mar, por que não apagas
brilho. Co'a esponja de tuas vagas
Em sangue a se banhar. De teu manto este borrão?
Tinir de ferros... estalar de açoite... [...]
Legiões de homens negros como a Ontem simples, fortes, bravos.
noite,
Horrendos a dançar... Hoje míseros escravos,
Negras mulheres, suspendendo às Sem luz, sem ar, sem razão. . .
tetas [...]
Magras crianças, cujas bocas pretas Ontem plena liberdade,
Rega o Sangue das mães A vontade por poder...
[...] Hoje... cúm'lo de maldade,
Senhor Deus dos desgraçados! Nem são livres p'ra morrer. .
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Distinção entre africanos escravizados
• Escravos de ganho: viviam nas cidades e
realizavam trabalhos temporários em troca de
pagamento, revertido totalmente ou
parcialmente para seus donos.
• Escravos do eito: escravos que trabalhavam nas
lavouras e, posteriormente na mineração.
• Viviam sob a fiscalização do feitor e trabalhavam até 15
horas por dia.
• Escravos domésticos: eram escolhidos entre aqueles
que os senhores consideravam mais bonitos, dóceis e
confiáveis.
• Quando desobedeciam ordens, os escravos
sofriam várias punições físicas.
Resistência
• Fugas individuais e coletivas.
• Formação de quilombos.
• Confrontação, boicote e sabotagem.
• Negociações.

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