açúcar ultrapassou o pau-brasil em importância e se tornou o carro-chefe da economia portuguesa na América. • Por que produzir cana-de-açúcar?
Condições climáticas favoráveis (quente
e úmido). Domínio português das técnicas de cultivo. Participação dos holandeses na distribuição do açúcar(transporte, refino e venda no mercado europeu). • Na produção de cana-de-açúcar vigorava o plantation, sistema produtivo caracterizado pelo latifúndio, monocultura, mão de obra escrava e voltado para a exportação. • A propriedade rural que produzia a cana-de- açúcar era conhecida como engenho. • Os proprietários ficaram conhecidos como senhores de engenho. • As duas principais construções do engenho era a casa-grande (casa do senhor de engenho) e a senzala (onde viviam os escravos). Para além da cana-de-açúcar... • Apesar da importância, o latifúndio exportador da cana-de-açúcar não era a única atividade econômica do Brasil Colonial. • Havia um considerável número de pequenos proprietários rurais que produziam gêneros alimentícios para o mercado interno. • A pecuária também tornou-se uma atividade importante, fornecendo além do alimento, couro e meio de transporte. Escravidão • A mão de obra de escravizados de origem africana foi a base das atividades econômicas desenvolvidas no Brasil Colonial. • Na Europa, os portugueses foram os primeiros a realizar o comércio de escravos africanos através do Atlântico. • Estima-se que, entre os séculos XVI e XIX, entre 10 e 20 milhões e escravos foram trazidos para o continente americano. • Impactos do comércio de escravos: desagregação de sociedades africanas, fim de linhagens e famílias. • No Brasil, as primeiras capitanias a receberem escravos africanos foram a Bahia e Recife. • Estima-se que 4 milhões de africanos desembarcaram no Brasil entre 1531 e 1855. • Depois de presos em seu continente, os africanos eram acorrentados e marcados com ferro em brasa para identificação. • Eram mandados para a América nos navios negreiros. • Em média, 600 escravos ficavam amontoados em espaço insuficiente e com pouca alimentação. • Devido as altas taxas de mortalidade de escravizados durante a viagem, os navios negreiros eram chamados de tumbeiros. • Além de fome e epidemias, muitos africanos eram acometidos com depressão. Trechos do poema “O Navio Negreiro” de Castro Alves (1868) Era um sonho dantesco... o Se é loucura... se é verdade tombadilho Tanto horror perante os céus?! Que das luzernas avermelha o Ó mar, por que não apagas brilho. Co'a esponja de tuas vagas Em sangue a se banhar. De teu manto este borrão? Tinir de ferros... estalar de açoite... [...] Legiões de homens negros como a Ontem simples, fortes, bravos. noite, Horrendos a dançar... Hoje míseros escravos, Negras mulheres, suspendendo às Sem luz, sem ar, sem razão. . . tetas [...] Magras crianças, cujas bocas pretas Ontem plena liberdade, Rega o Sangue das mães A vontade por poder... [...] Hoje... cúm'lo de maldade, Senhor Deus dos desgraçados! Nem são livres p'ra morrer. . Dizei-me vós, Senhor Deus! Distinção entre africanos escravizados • Escravos de ganho: viviam nas cidades e realizavam trabalhos temporários em troca de pagamento, revertido totalmente ou parcialmente para seus donos. • Escravos do eito: escravos que trabalhavam nas lavouras e, posteriormente na mineração. • Viviam sob a fiscalização do feitor e trabalhavam até 15 horas por dia. • Escravos domésticos: eram escolhidos entre aqueles que os senhores consideravam mais bonitos, dóceis e confiáveis. • Quando desobedeciam ordens, os escravos sofriam várias punições físicas. Resistência • Fugas individuais e coletivas. • Formação de quilombos. • Confrontação, boicote e sabotagem. • Negociações.