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Bons estudos!
São contradições existentes em nosso modo de vida: do sistema social, econômico, político e
ideológico em que vivemos: o Capitalismo.
Na Antiguidade, o Império Romano também viveu uma grande crise interna que teve como
resultado o desaparecimento desta civilização, deixando para nós heranças culturais como as
que estudamos anteriormente. Vamos estudar como ocorreu a crise do Império Romano.
Com dificuldades para administrar tão vasto império, com tão grandes problemas internos, após a
morte do imperador Constantino, em 337 d.C., o Império Romano foi dividido em Império Romano
do Oriente, capital Bizâncio, atual cidade de Istambul, capital da Turquia, e Império Romano do
Ocidente, capital Roma. Já não havia no Império um único imperador, e sim dois. Assim, cada um
dos impérios passou a ter uma capital, um exército e uma administração própria. O Império
Romano do Ocidente, com toda sua grandiosidade, apresentava graves problemas internos que o
levaram à sua desagregação. As revoltas sociais constantes, tanto das populações das províncias
dominadas como de escravos, exigiam cada vez mais enérgicas atitudes das forças militares e
dos governantes romanos. Por outro lado, o poder se enfraquecia na medida em que os
exércitos se dividiam entre si por questões de poder e riquezas e pela perda da antiga disciplina.
No governo a crise aumentava, devido às lutas pelo poder entre a classe dominante e à
incompetência para administrar o Império por parte de alguns governantes.
A crise do escravismo também foi um dos fatores que contribuiu para o fim do Império Romano.
Além de tudo isso, a expansão e penetração do Cristianismo no Império Romano, principalmente
entre as classes oprimidas, abalou as bases politeístas e o poder romano.
Todos esses problemas ocorridos no interior do Império Romano – econômicos, políticos, sociais,
religiosos – que os governos imperiais não conseguiram resolver contribuíram decisivamente
para o colapso do Império Romano do Ocidente, enfim ocorrido com um fator externo: a invasão
de povos que não possuíam a cultura romana, vindos do norte da Europa e da Ásia para o Império
Romano.
As migrações, em geral, são provocadas por diferentes fatores, naturais e sociais, que levam o
homem a abandonar o local em que vive, sua terra. Para onde vão, levam consigo sua cultura, sua
história, sua religião, sua forma de viver.
No século IV d.C., a Europa sofria uma mudança do seu quadro natural e as regiões mais ao norte
passavam por um processo de resfriamento que levou os povos que lá viviam a migrar para o sul,
em busca de terras com clima mais ameno. Estes povos viviam com culturas diferentes dos
gregos e romanos, que, ao se expandirem, os conheceram. Por considerarem sua forma de vida,
sua cultura superior à dos demais povos, os gregos e, mais tarde, os romanos, chamaram-nos
“bárbaros”, aqueles que não falavam suas línguas e não possuíam a cultura greco-latina. Tratavam
os povos estrangeiros com discriminação e preconceito, na medida em que não possuíam a sua
cultura. A essa postura de um povo que se considera superior a outros, por ele considerado
inferior, por ser diferente, denominamos etnocentrismo e, em geral, pode levar ao racismo.
Na Europa ocidental viviam os gauleses, França atual; os bretões, nas ilhas Britânicas; a leste e
ao norte viviam os eslavos e os germanos. Estes últimos dividiam-se em anglos, saxões, alanos,
hérulos, vândalos, francos, godos (ostrogodos e visigodos), burgúndios e frisões. Você conhece
as histórias de “Asterix, o gaulês”.