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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA E SEGURANÇA DO
TRABALHO

DIÉSSICA TAIRINE DOS REIS

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA NR18 EM OBRA DE PEQUENO PORTE:


Verificação da NR18 em canteiro de obra e propostas para adequações das
inconformidades.

Porto Alegre
2018
DIÉSSICA TAIRINE DOS REIS

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA NR18 EM OBRA DE PEQUENO PORTE:


Verificação da NR18 em canteiro de obra e propostas de adequação das
inconformidades.

Artigo apresentado como requisito parcial


para obtenção do título de Especialista em
Segurança do Trabalho, pelo Curso de
Especialização em Engenharia e
Segurança do Trablho da Universidade do
Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS

Orientador: Prof. Esp. Dr. Paulo André Souto Mayor Reis

Porto Alegre
2018
AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA NR18 EM OBRA DE PEQUENO
PORTE

Diéssica Tairine dos Reis*


Paulo Andre Souto Mayor Reis ****

Resumo: Elemento obrigatório. O resumo deve ser um texto único e com


espaçamento simples entre linhas. Além disso, deve conter entre 100 a 250
palavras.

Palavras-chave: Incluir de 3 a 5 palavras, separadas entre si, por ponto final.

1 INTRODUÇÃO

A construção civil apresenta um papel importante para o


desenvolvimento da economia brasileira, tornando-se um elemento chave para
a geração de empregos e o consumo de insumos, equipamentos e serviços
(LOIOLA; RAMOS; SANTOS, 2017). Além da geração de empregos diretos, a
construção civil proporciona a geração de empregos indiretos, os quais não
aparecem nas estatísticas oficiais, trazendo divergências nos números
expostos pelo Ministério do Trabalho, quando se trata de trabalhadores que
atuam e dependem na construção civil, (JUNIOR; CHAMON; CAMARINI,
2017).
Para KHENI; DAINTY; GIBB, (2008), citados por JUNIOR; CHAMON;
CAMARINI (2017), a construção civil é um setor perigoso, onde apresenta
inúmeros riscos aos trabalhadores expostos, tanto nos países desenvolvidos,
quanto nos países em desenvolvimento.
Para COSTELLA; JUNGES; PILZ (2014), a diversidade das obras, a
falta de técnicos especializados dentro das empresas, o caráter temporário das
instalações, a alta rotatividade da mão de obra e o emprego de equipes
terceirizadas dificultam a criação e a manutenção da segurança dos canteiros.
Sobretudo, algumas pesquisas ressaltam que a maioria dos acidentes do setor
da construção civil ocorrem em empresas de pequeno porte, devido à ausência

*
* Breve currículo que qualifique o autor na área de conhecimento do artigo, incluindo-se o
endereço de e-mail.
** **
Verifique com seu orientador se o mesmo deve ser inserido como coautor, breve currículo
que qualifique o autor na área de conhecimento do artigo, incluindo-se o endereço de e-mail.
de treinamento dos trabalhadores envolvidos, bem como a negligência no setor
de SST, PASTORINO (2004, apud, COSTELLA; JUNGES; PILZ, 2014).
Os elevados números de acidentes, trazem em questão o real
cumprimento das normas de segurança, por exemplo a NR-18, específica da
indústria da construção, BRASIL (2013, apud COSTELLA; JUNGES; PILZ,
2014). Para BENITE (2004), com o surgimento das NRs, as construtoras
podem atuar de maneira efetiva na contribuição de redução de acidentes e
produtividade, entretanto, por adotarem sistemas tradicionais de gestão na
SST, isso não acontece.
De acordo com o MTE (2015), o canteiro de obras pode ser entendido
através na Norma Regulamentadora (NR-18), como “Área de trabalho fixa e
temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execuções de uma
obra”. Para Souza (2000), citado por LOIOLA; RAMOS; BARROS; SANTOS
(2017), a organização do canteiro de obras torna-se peça fundamental para a
melhoria da produtividade e diminuição dos riscos a acidentes.
Segundo PICCHI (1993), citado por BENITE (2004), para atendermos as
necessidades de um bom produto final, deve-se levar em consideração que o
mesmo tenha sido elaborado em um bom ambiente de trabalho e que
possibilite o crescimento dos seres humanos envolvidos. Sem um ambiente
físico e saudável, que ofereçam garantia de emprego e outros essenciais
fatores, não se pode falar em qualidade de vida no trabalho, podendo estar
diretamente relacionados a qualidade do produto final, segundo FERNANDES
(1988), citado por HONORIO (2002).
De acordo com o Ministério da Previdência Social, BRASIL (1999, apud,
MELO, SANTOS, SERRA)
“acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso,
médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício
de
suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional
que cause morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da
capacidade para o trabalho”.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2. Gestão da NR-18 em canteiros de obra


Para ZERPELON; DANTAS; LERME (2008), a construção civil é uma
área conhecida pela fácil absorção da mão de obra não qualificada e também
por possuir uma notável dificuldade na área de gestão. De acordo com
MEDEIROS; RODRIGUES (XX), os acidentes de trabalhos tem sido
associados a gestores negligentes que permitem um ambiente de trabalho
inseguro e aos funcionários displicentes, que se propõem a determinadas
situações de risco.
O setor da construção é conhecido por ser desorganizado, e por possuir
dificuldades em utilizar novas abordagens de gestão: construtivas, gerenciais e
de segurança, dificultando a modernização e melhoria da produtividade
(ZERPELON; DANTAS; LERME, 2008). E para ROCHA (1999), em busca de
maiores lucros e diminuição dos custos, a maior vítima é a segurança, já que
aparentemente não detêm influencia na produtividade da empresa.
As condições em um canteiro já se configura como uma situação de risco,
que acabam se agravado no momento da execução dos serviços, tendo em
vista que poucas empresas formalizam procedimentos de execução,
MEDEIROS; RODRIGUES (xx). E, apesar de 22 anos da publicação da NR18,
para ZERPELON; DANTAS; LERME (2008) percebe-se que ela ainda não é
aplicada em sua totalidade, principalmente em obras de pequeno porte, com
pouca fiscalização do trabalho e dos sindicatos.
ROCHA (1999), destaca a necessidade do desenvolvimento um programa
de segurança, onde diversos fatores sejam observados em um canteiro de
obras, e não de forma isolada como a antiga filosofia.

2.1 Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura


Para MANGAS; GÓMEZ; THEDIM-COSTA (2008) A constante convivência
com situações de risco, urdida na ausência ou na fragilidade de práticas
preventivas, tem sido um pesado ônus para os operários da construção civil.
3 DELIMITAÇÕES

4 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Definição do ambiente


Este estudo de caso seguiu essencialmente uma abordagem qualitativa,
onde buscou-se identificar as percepções relativas da área da segurança do
trabalho tanto pela parte da gestão de obras, quanto pelos operários da
construção.
Procurou-se entender o funcionamento de um canteiro de obras de uma
construtora de pequeno porte e verificar a organização da mesma no âmbito da
segurança do trabalho. Sabe-se que a NR-18 abrange diversos assuntos
relacionados a indústria da construção, deste modo, optou-se por adotar um
direcionamento especifico, sendo o item 18.13 da referida Norma, a qual
aborda a Proteção Contra Queda em Altura.
A obra objeto deste estudo está localizada na cidade de Novo
Hamburgo/RS, possui área construída de 8.000,00m², distribuídos em quartoze
pavimentos. Atualmente há poucos serviços de estrutura em concreto armado
e vedação em alvenaria, encontrando-se com mais de 85% concluída.
No início, o canteiro da obra, contava com cerca de 40 colaboradores,
sendo pedreiros, serventes, ferreiros, carpinteiros, eletricistas e instalador
hidráulico. Recentemente, diversos serviços já estão finalizados, então houve
uma redução do efetivo para cerca de 15 funcionários diários.
3.1 Metodologia adotada
Afim de atingir os objetivos, foi realizado no período de 01/06/2018 a
15/06/2018, um relatório fotográfico com o intuito de capturar o cotidiano de um
canteiro de uma obra de pequeno porte e a sua realidade. O relatório
fotográfico revelará a ausência do cumprimento da NR-18, bem como descaso
com o risco de acidentes no ambiente de trabalho.
Ao termino do período de coleta de amostras, realizou-se a seleção das
fotografias mais significativas e rotineiras do canteiro de obras. Subsequente,
quatorze fotografias foram apresentadas a dez operários (6 profissionais e 4
serventes), dois membros da gerência da empresa, o engenheiro e um mestre
da obra, todos de forma privada.
A metodologia abordada para este estudo é de simples entendimento,
tendo em vista que a abordagem realizada para o gestor é de igual
configuração para o servente de obra, por exemplo. Cabe ressaltar, que as
respostas obtidas são de cunho e interpretação pessoal;
Após a análise das imagens, os colaboradores deveriam responder a
quem direcionavam a responsabilidade dos itens informes encontrados e
apontados em cada imagem, e assim, designar o dolo.
Com o intuito de enriquecer a explanação deste trabalho, incluiu-se as
imagens na mesma sequência da pesquisa realizada com os colaboradores,
conforme poderá ser observado através da figura (xx) a figura(xx)
Figura 1 - Brinquedoteca

Fonte: Doerner (2012, p. 20).


4 ANALISE DOS DADOS E CONSIDERAÇÕES

4.1 Apresentação da pesquisa


Após a fase final de entrevistas, os dados coletados foram incluídos em
uma planilha, como pode-se verificar na figura(xx)

COLABORADOR
PROFISSIONAIS SERVENTES
REGISTRO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Imagem 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 3 2 2 1 2 2 1 2 2 1 2
Imagem 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 6 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 7 2 2 2 1 1 1 2 2 1 1
Imagem 8 2 2 2 2 1 1 1 2 1 1
Imagem 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Imagem 10 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1
Imagem 11 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1
Imagem 12 1 2 1 2 2 1 1 1 1 1
Imagem 13 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
Imagem 14 2 2 2 1 2 2 1 2 2 1

LEGENDA
1 RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
2 RESPONSABILIDADE DO FUNCIONÁRIO

Os resultados obtidos foram repassados para uma gráfico de simples


compreensão. Observa-se que mais de 70% das imagens mostradas sugerem
que as inconformidades encontradas pelo canteiro de obras são de
responsabilidade da empresa em que os operários prestam o serviço.
Na tabela (xx) a seguir, estão transcritos os resultados dos gestores,
engenheiro e mestre da obra, quanto ao questionamento efetuado.
GESTOR
1 2 ENG MESTRE
Imagem 1 2 2 2 2
Imagem 2 2 2 2 2
Imagem 3 2 2 2 2
Imagem 4 2 2 2 2
Imagem 5 1 1 1 1
Imagem 6 1 1 1 1
Imagem 7 2 2 1 1
Imagem 8 2 2 2 2
Imagem 9 2 2 2 2
Imagem 10 2 2 2 2
Imagem 11 1 1 1 1
Imagem 12 1 1 2 2
Imagem 13 2 2 2 2
Imagem 14 1 2 2 2
Imagem 15 2 2 1 1

LEGENDA
1 RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
2 RESPONSABILIDADE DO FUNCIONÁRIO
4.2 Análise dos resultados
Com todos os colaboradores entrevistados e resultados obtidos,
observa-se a divergência de entendimentos entre os grupos estudados.
Praticamente a mesma porcentagem obtida, todavia, com os percepções
inversas.
Este estudo traz à tona um problema na área de SST em obras de
pequeno porte: a ausência de equipes focadas na saúde e bem estar do
trabalhador. Devido a poucos colaboradores diariamente no canteiro, a
NR(XX), não obriga a presenca de técnico de segurança no ambiente de
trabalho, o que reflete em graves inconformidades em um canteiro de obras.
Todos os funcionários entrevistados prestam serviço a uma empreiteira
com mais de 20 anos na área da indústria da construção, sendo funcionários
antigos e com vasta experiência neste ramo. Prestaram serviços para grandes
incorporadoras da construção, tanto na área residencial quanto industrial.
Deste modo, estão habituados a grandes canteiros, com equipes exclusivas na
área se SST, DDS semanais, conversas, reuniões e treinamentos,
diferentemente da atualidade.
Os responsáveis da obra realizaram um investimento inicial na área de
SST, com todos os itens de acordo com as respectivas NRs. Entretanto, não
mantem equipe fixa para fiscalização e manutenção do canteiro. O engenheiro
responsável pela obra também não permanece diariamente no canteiro,
recaindo as responsabilidades para o mestre da obra, que por vezes não
possui os conhecimentos necessários para agir nesse cenário.
Por exemplo, nas imagens (xx) (xx) que retratam a ausência de guarda-
corpos nas aberturas, teve-se projetos e instalação em todas as áreas com
ricos de queda, contudo, conforme os operários chegaram no local para iniciar
o revestimento interno (reboco ou calfinagem), retiram as proteções e não
recolocavam após o termino do serviço.
Nas atividades, referente as imagens (xx) e (xx) com o balancim, o
mesmo profissional se expos ao risco por diversas vezes, sendo nessa
situação, responsabilidade do engenheiro da obra proceder a advertência ou
punição mais severa. Já na percepção do profissional, justifica que a empresa
que montou o balancim não deixou o espaçamento necessário para a
realização do arremate de reboco.
Nas situações nas imagens (xx), (xx) e (xx), a empresa forn

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