Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2 – EMENTA
O debate racionalistas/positivistas X reflexivistas/pós-positivistas nas Relações Internacionais. Abordagens reflexivistas/pós
positivistas. Construtivismo(s). Pós-colonialismo. Feminismo(s). Teoria Crítica. Pós-estruturalismo. Novas abordagens
racionalistas/positivistas. Realismos Ofensivo e Neoclássico. Intergovernamentalismo liberal.
3 – OBJETIVOS
A disciplina apresenta à reflexão dos alunos e à discussão em sala os principais desenvolvimentos da Teoria das Relações
Internacionais desde as últimas décadas do século passado até o seu momento atual, enfatizando o estudo das novas
abordagens teóricas, a discussão epistemológica das décadas recentes e as questões de identidade, discurso, raça e gênero nas
Relações Internacionais.
OBJETIVO GERAL: Conhecer os principais debates e perspectivas teóricas das relações internacionais na contemporaneidade
e refletir sobre as suas implicações epistemológicas, ontológicas, práticas e éticas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Os objetivos específicos são familiarizar os estudantes com alguma literatura sobre os debates
teóricos das últimas décadas, discutindo-os à luz das transformações históricas que os contextualiza; desenvolver a capacidade
analítica dos estudantes, a partir da discussão crítica e da aplicação prática dos principais conceitos, abordagens e autores de
TRI; e incentivar a busca de novos conhecimentos teóricos, em paralelo à realização do curso ou em momento posterior.
4 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 3: Construtivismo
- A construção social da política de poder
- Identidade e intersubjetividade
Unidade 4: Pós-estruturalismo/pós-modernismo
- O problema do sujeito
- Saber-poder e análise do discurso
- O moderno internacional
Unidade 6: Pós-colonialismo
- Pós-colonialismo, racismo e imperialismo nas RI
- Existem teorias não ocidentais de Relações Internacionais?
- O pensamento de Frantz Fanon e Edward W. Said
5 – METODOLOGIA
A disciplina será ministrada por meio de aulas expositivas, debates e atividades em sala (em grupos), indicação de vídeos,
documentários e Podcasts, bem como quaisquer outras práticas didático-pedagógicas que favoreçam o processo ensino-
aprendizagem. A leitura dos textos obrigatórios é fundamental ao andamento do curso. A participação dos alunos em sala é
recomendada e desejável.
ATENÇÃO: Todas as atividades em sala e as leituras obrigatórias estão previstas no Plano de aulas (abaixo), disponível na
sala de aula virtual, onde também será disponibilizada a bibliografia e um link de acesso aos textos do curso.
6 – AVALIAÇÃO
A avaliação será feita por meio de:
(i) Três Atividades em Sala (avaliação por grupo): as quais consistirão em questões sobre as leituras obrigatórias, e visam à
fixação da aprendizagem teórica e aprofundamento da discussão dos textos vistos em sala de aula. Tais atividades formam uma
média simples e constituem a 1° nota parcial.
(ii) Seminário discente (avaliação individual): o qual consistirá em apresentações orais de capítulos das obras "Writing
Security", de David Campbell; "Bananas, Beaches and Bases", de Cynthia Enloe; "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon;
e "Orientalismo", de Edward W. Said. Tais seminários constituem a 2° nota parcial.
As atividades em sala serão corrigidas de acordo com os seguintes critérios: demonstração de domínio dos textos estudados;
desenvolvimento lógico das ideias; e organização do texto. Os seminários discentes serão apresentados por grupos e avaliados
individualmente conforme os seguintes critérios: domínio do texto apresentado; articulação, clareza e espontaneidade da fala; e
respeito ao tempo de apresentação.
8 - BIBLIOGRAFIA
JATOBÁ, Daniel (2013). Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Ed. Saraiva.
NOGUEIRA, João; MESSARI, Nizar (2005). Teoria das Relações Internacionais: correntes e debates. Rio de Janeiro: Elsevier.
6.2
ASHLEY, Richard K. (1988). Untying the Sovereign State: a double reading of the anarchy problematique. Millenium: Journal
of International Studies, Vol. 17, No. 2, pp. 227-262.
ACHARYA, Amitav; BUZAN, Barry (2010). “Why Is There No Non-Western International Relations Theory? An
Introduction”. In: ACHARYA, Amitav; BUZAN, Barry (eds.). Non-Western International Relations Theory. London:
Routledge.
COX, Robert (1986). “Social forces, states, and world orders: beyond international relations theory”. In: Keohane, Robert
(ed.). Neorealism and its critics. New York: Columbia University Press.
COX, Robert W. (2007). “Gramsci, Hegemonia e Relações Internacionais: Um ensaio sobre o método”. In: GILL, Stephen
(org). Gramsci, materialismo histórico e relações internacionais. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
DER DERIAN, James (1990). The (s)pace of international relations: simulation, surveillance, and speed. International Studies
Quarterly, Vol. 34, No. 3, Special Issue: Speaking the language of the exile: dissidence in international studies, pp. 295-310.
FOUCAULT, Michel (1999). A ordem do discurso. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de
1970. Tradução Laura Fraga de Almeida Sampaio. 5ª edição. São Paulo: Edições Loyola.
GONZALEZ, Lélia (1988). “A categoria político-cultural da amefricanidade”. Revista Tempo Brasileiro, n. 92/93 (jan./jun.),
p. 69-82.
HOOKS, Bel (2015[2000]. “Mulheres Negras: moldando a teoria feminista”. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 16, p.
193-210.
LAPID, Yosef. The Third Debate: On the Prospects of International Theory in a Post-Positivist Era. International Studies
Quarterly, Vol. 33, No. 3 (Sept., 1989), pp. 235-254.
LINKLATER, Andrew (1998). The transformation of political community: ethical foundations of the post-Westphalian era.
Cambridge: Polity Press.
LINKLATER, Andrew (1999). The evolving spheres of international justice. International Affairs (Royal Institute of
International Affairs 1944-), Vol. 75, No. 3, pp. 473-482.
MGONJA, Boniface E.S.; MAKOMBE, Iddi A.M. (2009). Debating International Relations and its relevance to the Third
World. African Journal of Political Science and International Relations, Vol. 3(1), pp. 27-37.
MILLIKEN, Jennifer. (1999). The Study of Discourse in International Relations: A Critique of Research and Methods.
European Journal of International Relations, Vol. 5 (2): 225-254.
MITZEN, Jennifer. (2006) Ontological Security in World Politics: State Identity and the Security Dilemma. European Journal
of International Relations, Vol. 12(3): 341–370.
MONTE, Izadora Xavier do (2013). O debate e os debates: abordagens feministas para as relações internacionais. Revista
Estudos Feministas, Florianópolis, 21 (1): 424, pp. 59-80.
MUÑOZ, Luciano da Rosa. (2015). O sujeito nas Relações Internacionais: um problema epistemológico. Universitas Relações
Internacionais, Brasília, v. 13, n. 1, pp. 1-13.
RUGGIE, John G. (1998). “What Makes the World Hang Together? Neo-Utilitarianism and the Social Constructivist
Challenge”. In: Constructing the World Polity – Essays on international institutionalization. New York/London: Routledge.
SETH, Sanjay (2011). Postcolonial Theory and the Critique of International Relations. Millennium: Journal of International
Studies, 40: 167-183.
SMITH, Steve (1996). Positivism and beyond. In: Smith, Steve; Booth, Ken; Zalewski, Marysia (eds.). International Theory:
positivism and beyond. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 11-44.
STEELE, Brent J. (2005). Ontological security and the power of self-identity: British neutrality and the American Civil War.
Review of International Studies, Vol. 31, No. 3, pp. 519-540.
TICKNER, J. Ann. (1988). Hans Morgenthau’s principles of political realism. A feminist reformulation. Millennium: Journal
of International Studies, 17 (3): 429-440.
TICKNER, Arlene B. (2013). Core, periphery, and (neo)imperialist International Relations. European Journal of International
Relations, 19(3): 627– 646.
WALKER, R.B.J. (1991). State Sovereignty and the Articulation of Political Space/Time. Millennium: Journal of International
Studies, 20: 445-461.
WALKER, R.B.J. (2006). The double outside of the modern international. Ephemera 6(1): 56-69. WENDT, Alexander (1992).
Anarchy is what states make of it: the social construction of power politics. International Organization, Vol. 46, No. 2, pp. 391-
425.