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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

FACULDADE DE FILOSOFIA
CURSO DE FILOSOFIA

Professor: Rodrigo Freitas Costa Canal


TÓPICOS DE FILOSOFIA DA LINGUAGEM
Ementa:
Trata-se de um curso em que se introduz alguns dos temas da discussão contemporânea na
Filosofia da linguagem. Começa-se por abordar a discussão sobre 1) o problema da referência,
em seguida sobre 2) o problema do significado. Para cada uma desses dois problemas, nosso
modo de proceder focará nas principais teorias e argumentos avançados e com uma breve
apresentação de algumas objeções importantes a essas teorias e argumentos estudados sobre
referencia e significado.
PROGRAMA:
Desta forma, curso é divido linearmente, ao longo do semestre, como se segue:
PARTE 1: O PROBLEMA DA REFERENCIA
1. INTRODUÇÃO GERAL:
• Fontes de interesse do filósofo pela linguagem: a metafísica, a lógica, a epistemologia
(Alston, 1972);
• A ideia de uma reforma da linguagem (Alston, 1972);
• Filosofia e análise (Alston, 1972);
• Problemas de filosofia da linguagem (Alston, 1972);
• Significado e referência (Lycan, 2008);
• Sentido e compreensão (Lycan, 2008);
• A teoria referencial e algumas objeções a esta teoria (Lycan, 2008).
2. DESCRIÇÕES DEFINIDAS:
• A discussão sobre termos singulares (Lycan, 2008);
• A teoria das descrições de Russell e algumas objecções à teoria de Russell (Lycan, 2008);
3. NOMES PRÓPRIOS:
• A teoria descritivista de Frege e seus quebra-cabeças (Lycan, 2008);
• A teoria dos agregados de John Searle (Lycan, 2008);
• Objeções à teoria de Frege e Searle (Lycan, 2008).
• Nomes próprios: referência direta e a teoria histórico-causal (Lycan, 2008);
• Mundos possíveis (Lycan, 2008);
• Rigidez e nomes próprios (Lycan, 2008);
• Referência direta (Lycan, 2008);
• A teoria histórico-causal (Lycan, 2008);
• Objeções para a teoria histórico-causal (Lycan, 2008);
PARTE 2: O PROBLEMA DO SIGNIFICADO
4. Teorias tradicionais do significado:
• As teorias ideacionais (Lycan, 2008);
• A teoria proposicional (Lycan, 2008);
• E algumas objeções importantes contra a teoria ideacional e proposicional.
5. Teorias do uso:
• A discussão sobre a noção de uso num sentido aproximadamente wittgensteiniano (Lycan,
2008);
• E algumas objeções acerca dessa teoria wittgensteiniana do uso (Lycan, 2008);
6. A teoria dos atos de fala:
• Ilocução, locução e perlocução (Lycan, 2008);
• Infelicidades e regras constitutivas (Lycan, 2008);
• Teorias ilocucionárias do significado (Lycan, 2008).
Procedimentos didáticos:
As aulas terão como procedimentos padrões a) aulas expositivas, b) leituras de textos e c)
perguntas, sendo que estas serão dirigidas aos alunos para estimular seu envolvimento no
tratamento dos problemas, teorias e argumentos filosóficos estudados na disciplina bem como
uma forma de facilitar e tornar natural o esclarecimento de pontos que não forem suficientemente
compreendidos em sala de aula.
Avaliação
Serão realizadas duas formas de avaliação, sendo as duas feitas em dupla: 1) uma avaliação
consistirá na apresentação de um ensaio entre 1500 e 3000 palavras (entre 5 e 10 páginas no
máximo), sobre um tema previamente combinado com o professor; 2) e a outra avaliação
consistirá numa avaliação oral, que é a apresentação do estudante do ensaio previamente
escolhido: tanto a apresentação quanto o ensaio escrito a ser entregue no final do semestre deve
elucidar os seguintes elementos básicos do ensaio, que são a) o objetivo do ensaio, b) o
problema, c) a tese, d) o argumento estudado e e por fim e) as objeções. Este ensaio testa a
capacidade de apropriação dos estudantes sobre os conceitos, problemas, teorias, argumentos e
objeções estudados durante a disciplina bem como sua capacidade para redigir um ensaio
filosófico articulado, claro e com argumentação explícita. A nota final é a média ponderada das
duas avaliações transformadas em conceito.
LITERATURA OBRIGATÓRIA
ALSTON, Willian P. Filosofia da Linguagem. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
LYCAN, William G. Philosophy of Language: A Contemporary Introduction. Londres/Nova
Iorque: Routledge, 2008.
BIBLIOGRAFIA INTRODUTÓRIA
Em português
ALSTON, Willian P. Filosofia da Linguagem. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
HACKING, Ian. Por que a linguagem interessa à filosofia. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
MARCONDES, Danilo. Filosofia analítica. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2004.
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Linguagem: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro:
ZAHAR, 2014.
MEDINA, José. Linguagem: conceitos-chave em filosofia. Porto Alegre: Artmed, 2007.
MIGUENS, Sofia. Filosofia da linguagem: uma introdução. Porto: Fac. Letras Universidade
do Porto/Ser-silito/Ltda, 2007.
Em Inglês
DEVITT, M.; HANLEY, R., orgs. The Blackwell Guide to the Philosophy of Language.
Oxford: Blackwell, 2006.
HORNSBY, Jennifer; LONGWORTH, Guy (orgs.). Reading Philosophy of Language:
Selected Texts With Interactive Commentary. Oxford: Blackwell, 2006.
LEPORE, E.; SMITH, B. C. orgs. The Oxford Handbook of Philosophy of Language. Oxford:
Oxford University Press, 2006.
LUDLOW, P. org. Readings in the Philosophy of Language. Cambridge, MA: MIT Press,
1997.
MARTINICH, A. C., org. The Philosophy of Language. Oxford: Oxford University Press,
2008.
NYE, A., org. Philosophy of Language: The Big Questions. Oxford: Blackwell, 1998.
TAYLOR, K. Truth and Meaning: Introduction to the Philosophy of Language. Oxford:
Blackwell, 1998.

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