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ANTÓNIO BAIÃO
antoniosaraivabaiao@gmail.com
Em 1974, publica Anarquia, Estado e Utopia, que ganha o National Book Award. Com esta
obra, é responsável por legitimar academicamente o libertarismo.
- Libertarismo económico;
- Libertarismo ético.
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70,
2009.
Ordem espontânea
Definir liberdade como não-interferência leva a que Hayek argumente que uma ordem
social onde exista interferência do Estado nas relações sociais é um
«caminho para a servidão»
Hayek agrupa qualquer ordem social onde exista interferência estatal sob o guarda-chuva
do socialismo, mesmo democracias liberais onde apenas existem alguns mecanismos de
redistribuição da riqueza.
Negativos
(estabelecem restrições laterais ao que os outros indivíduos e o Estado podem fazer)
Absolutos
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70,
(não podem, em momento algum, ser violados)
2009.
Influência de Locke:
- Cada indivíduo tem direitos individuais de propriedade sobre a sua pessoa, o seu
corpo, a sua vida, a sua liberdade e as suas posses;
- Estes direitos são invioláveis: ninguém pode invadir a esfera jurídica de cada
indivíduo sem autorização.
≠
Rawls:
concepção deontológica moderada
(indivíduos podem ser utilizados para alcançar um outro fim, como a maximização da
posição dos mais desfavorecidos, através da aplicação do princípio da diferença)
Utilitaristas:
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70, concepção consequencialista
2009. (indivíduos podem ser meios para alcançar um nível superior de bem-estar médio)
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70, A redistribuição de serviços de segurança que protegem os indivíduos do
2009, p. 57.
incumprimento de contratos, de fraude ou de roubo, é a única forma de
redistribuição moralmente legítima, na perspectiva de Nozick
Nozick cria uma «restrição lockeana», que determina que «ninguém fique
numa posição pior do que aquela originada pela apropriação»
Aula #10 二 SLIDE 22/37 二 antoniosaraivabaiao@gmail.com
“ 13. SEGUNDO PRINCÍPIO:
O segundo tópico diz respeito à PRINCÍPIO DE JUSTIÇA NA TRANSFERÊNCIA
transferência de haveres de uma
pessoa para outra. Por que processos
pode uma pessoa transferir haveres Qualquer transferência de bens (contratos de compra e venda, doações, heranças) é legítima
para outra? Como pode uma pessoa se respeitar os direitos individuais, i.e., se for o resultado de um acto voluntário entre as
adquirir um haver a outra pessoa que diferentes partes.
detém esse haver? Neste tópico
cabem as descrições gerais da troca
voluntária, da doação e (por outro
Transferências involuntárias, como roubo ou fraude, são, por esta razão, ilegítimas.
lado) da fraude, bem como a
referência a detalhes convencionais
particulares estabelecidos numa dada
sociedade. À verdade complicada Concepção histórica de justiça: se uma aquisição ou transferência ocorridas
acerca deste assunto (...) chamaremos no passado respeitarem os dois princípios da teoria da titularidade, então são
o «princípio de justiça na
justas.
transferência».
Princípios históricos
Concepção utilitarista
≠
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70,
2009, p. 196
Princípios teleológicos ou
de resultados-finais
Rawls:
Segundo Nozick, também o princípio da diferença projecta um fim último para
a distribuição de recursos na sociedade: maximizar a posição dos mais
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70,
2009, pp. 196-197.
desfavorecidos à partida.
Na realidade política que conhecemos, sabemos que o Estado iria confiscar parte deste
rendimento a Chamberlain, sob a forma de impostos.
Segundo Nozick, este imposto sobre o rendimento seria uma forma de forçar
Chamberlain a trabalhar em prol de um sistema redistributivo.
Tradução de Vitor Guerreiro, Lisboa, Edições 70,
2009.
Segundo Nozick, Rawls cai na mesma armadilha que atribuía aos utilitaristas: o
de não contemplarem nas suas teorias a diferença entre indivíduos:
Para Nozick, Rawls trata os indivíduos mais talentosos como meios para
alcançar um fim distributivo que ajude os mais desfavorecidos.