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Biotecnologia Medicinal
Laboratórios de Biotecnologia I
Ricardo Ferraz
Índice
Conteúdo
0. Gastronomia Molecular. Unidades de medida – Muffins de Microondas ................................. 2
7. Separação de compostos orgânicos: extração da cafeína do chá, análise qualitativa por TLC e
análise quantitativa por espectrofotometria ....................................................................................... 70
Relatório 10. Ferramentas de design molecular e plataformas de pesquisa avançada ................ 111
11. Ácido benzoico: purificação de substâncias por cristalização e por extração reativa. ...... 122
Relatório 11. Ácido benzoico: purificação de substâncias por cristalização e por extração reativa
..............................................................................................................................................................131
12. Equilíbrio ácido base na homeostasia. Papel dos sistemas respiratório e renal na
manutenção do pH no corpo. ..............................................................................................................136
13. Volumetria de complexação. O EDTA como agente quelante de excelência. ................... 152
Relatório 13. Volumetria de complexação. O EDTA como agente quelante de excelência. .......158
14. Cinética química: determinação da ordem de uma reação e respetivos parâmetros cinéticos
162
Relatório 14. Cinética química: determinação da ordem de uma reação e respetivos parâmetros
cinéticos............................................................................................................................................. 168
PÁGINA 1
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I. Objectivos:
Medidas e unidades
Para que as medidas tenham significado, devem definir-se padrões para comparação, de
modo a que os números referidos para certas quantidades como a distância, o tempo, o volume e a
massa tenham o mesmo significado para qualquer pessoa.
É de notar que duas quantidades físicas supostas com dimensões diferentes, não podem em
nenhuma circunstância ser somadas, subtraídas, igualadas ou comparadas e o seu quociente não é
um simples número.
Assim, as unidades são padrões usados para comparações quantitativas entre mediadas do
mesmo tipo de grandeza.
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Embora a maioria das unidades SI tenham sido aceites pela comunidade científica, algumas
não o foram; algumas unidades não sistemáticas são ainda usadas correntemente para certas
medidas (como é o caso do litro ou o caso da milha).
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Bolo na Caneca
Precisa de:
Procedimento:
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1 - Numa caneca ou tigela (que possa ir ao micro-ondas) misture bem a farinha com o açúcar e
o cacau. Se a farinha não contiver fermento, adicione uma colher de café.
3 - Leva ao micro-ondas cerca de dois minutos (potência máxima). Se verificar que não está
ainda cozido, deixe mais um bocadinho.
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
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I. Objectivos:
Reconhecer a importância da implementação das normas de segurança química e de
biossegurança num laboratório químico-biológico em qualquer contexto educacional, hospitalar
ou comunitário.
Executar com rigor e precisão as diferentes técnicas analíticas de medição de pH, pesagem
de massa e medição de volumes.
Medidas e unidades
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quente, rápido ou pesado) ou expressas de uma forma quantitativa (que usam um número para
descrever um propriedade e transmitem muito mais informação).
Para que as medidas tenham significado, devem definir-se padrões para comparação, de
modo a que os números referidos para certas quantidades como a distância, o tempo, o volume e a
massa tenham o mesmo significado para qualquer pessoa.
É de notar que duas quantidades físicas supostas com dimensões diferentes, não podem em
nenhuma circunstância ser somadas, subtraídas, igualadas ou comparadas e o seu quociente não é
um simples número.
Assim, as unidades são padrões usados para comparações quantitativas entre mediadas do
mesmo tipo de grandeza.
Embora a maioria das unidades SI tenham sido aceites pela comunidade científica, algumas
não o foram; algumas unidades não sistemáticas são ainda usadas correntemente para certas
medidas (como é o caso do litro ou o caso da milha).
Expressão de Resultados
Ao efetuar uma análise quantitativa deve-se ter o máximo “cuidado”, tanto na execução de
ensaios, como na expressão dos resultados, de modo a eliminar o mais possível os erros que
possamos cometer.
Propagação da incerteza
Geralmente podemos medir ou fazer uma estimativa do erro aleatório associado a uma
medição. Sempre que possível, a incerteza é expressa como desvio padrão ou como intervalo de
confiança. Estes parâmetros são baseados numa série de medições em replicado. Para o que é
referido em seguida, presume-se que os erros sistemáticos foram detetados e corrigidos, isto é, só
aplicável aos erros aleatórios.
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
Exercícios
1 – Segurança
1.2 Procure quais os símbolos que o dicromato de potássio e o hidróxido de sódio deveriam ter e
indique os cuidados a ter..
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1.3 – Um aluno não trouxe bata para aula de Laboratórios de Biotecnologia I, o que acontece?
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2 – Medidas e unidades
Cadinhos Cadinhos
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2.2.3 – Diga o que teria que fazer para diluir a solução 1000x num volume de 10mL. Apresente uma
dessas concentrações nas seguintes unidades: mg/L; mg/mL e µg/mL.
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3 – Medidas e erros
3.1 – Qual a diferença entre uma balança analítica e uma balança ordinária.
Dados:
3.3 – Para se dosear o Peróxido de Hidrogénio na água oxigenada, fez-se o seguinte procedimento:
Fez o doseamento do peróxido de hidrogénio na água oxigenada utilizando uma solução de Tiossulfato de sódio
de concentração 0,1002+/0,0004mol/dm . 3
Antes da titulação dilui-se a solução de água oxigenada dez vezes (retirou-se 10,00±0.03mL da solução comercial
e dilui-se num volume de 100,0±0,1mL) depois retirou-se 10mL da solução diluída e titulou-se. Os resultados
estão na tabela em baixo. Determine o valor da concentração de água oxigenada e o respectivo erro.
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Vsol Vol
H2O2diluído/mL (Na2S2O3)/mL
10,00+/-0,03 18,50+/-0,03
10,00+/-0,03 18,42+/-0,03
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I. Objectivos:
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ponto de equivalência da titulação). O ponto final é detetado por uma súbita mudança de uma
propriedade física da solução (cor, pH, etc.).
Um indicador é um composto com uma propriedade física (normalmente a cor) que muda
bruscamente perto do ponto de equivalência devido ao desaparecimento do analito ou
aparecimento do excesso de titulante.
Titulação ácido-base
A reação entre um ácido e uma base é chamada reação de neutralização e é o tipo de reação
utilizada pela titulação ácido base. Um exemplo é a reação entre o ácido clorídrico e o hidróxido de
sódio:
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Esta equação química balanceada diz-nos o nº de moles de ácido necessárias para reagir
completamente com um determinado nº de moles de base.
Genericamente,
C a Va Cb Vb
na nb
No caso de uma titulação ácido forte – base forte o pH (pH = -log [H+]) no ponto equivalência é 7
porque nesse momento o ácido (ou base) foi completamente neutralizada pela base (ou ácido).
Assim, a concentração de H+ existente na solução provêm apenas da dissociação da água. Havendo
um ligeiro excesso de ácido ou de base leva a que o valor de pH seja bastante diferente de 7,
consequentemente próximo do ponto de equivalência assiste-se a uma mudança brusca e abrupta
do pH da solução. Esta circunstância é aproveitada na detecção do ponto final pela utilização de
um indicador que mude de cor com essa mudança brusca do pH.
No caso de uma titulação ácido fraco – base forte ou ácido forte – base fraca no ponto de
equivalência a concentração de H+ existente não é só a correspondente à dissociação da água porque
haverá sempre que considerar o equilíbrio da dissociação do ácido fraco ou da base fraca e portanto
o pH será diferente de 7 e a alteração que se verifica no valor de pH próximo do ponto de
equivalência não será tão brusca nem tão abrupta como na situação anterior. Relativamente ao
indicador que pode ser usado, será também necessário que a zona do pH (zona de viragem do
indicador) coincida com a zona de mudança de pH da titulação próximo do ponto de equivalência.
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Neste caso, o ácido acético liberta o anião carboxilato, que reage com as moléculas de água
do meio, regenerando uma pequena parte do ácido original e libertando aniões hidróxido para o
meio, gerando a alcalinidade no ponto de equivalência.
A solução de HCl é preparada a partir da solução de HCl concentrado (cerca de 12M). Trata-
se de uma solução saturada que tem cerca de 37 em massa de HCl e densidade 1,18g/cm 3. Nestas
condições o HCl concentrado não é um padrão primário e será necessário padronizar a solução
através de uma volumetria de ácido-base utilizando como substância primária o bórax
(tetrahidroxiborato de sódio). O boráx utilizado na titulação tem como fórmula molecular
Na2B4O7.10H2O. Para se conseguir obter o bórax decahidratado é necessário condicionar o boráx
num ambiente com humidade controlada. O boráx em solução aquosa dá origem ao anião
tetrahidroxiborato, [B(HO)4]-, e ao ácido ortobórico, H3BO3:
Atendendo a este valor de constante de acidez pode inferir-se que o ácido ortobórico é um
ácido muito fraco, deste modo a base conjugada será uma base intermédia. O anião
tetrahidroxiborato será, assim, a partícula que irá reagir com a solução ácida a titular. Atendendo
às equações referidas na dissolução do bórax e à reação de titulação pode concluir-se que:
Nesta titulação o indicador utilizado será o vermelho de metilo com azul de metileno. Este
indicador apresenta uma viragem de verde (cor característica quando existe excesso do anião
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tetrahidroxiborato, a solução é básica) para rosa (cor característica quando passa a existir excesso
de H+, a solução é ácida).
Existem vários padrões primários que podem servir para padronizar soluções de NaOH,
como é o caso do hidrogenoftalato de sódio, mas como teremos já padronizado a solução de HCl
vamos utilizá-la para padronizar a solução de NaOH.
Para preparar soluções diluídas de NaOH com concentração aproximada de uma forma
expedita pode recorrer-se a uma solução concentrada de NaOH a 50% em massa (e densidade
1,50), em que o Na2CO3 é insolúvel, usando o líquido sobrenadante. As soluções alcalinas devem
estar protegidas do ar (para não absorverem CO2) e guardadas em frascos de polietileno. Não devem
estar em contacto prolongado com o material de vidro já que o atacam facilmente. Ou então utilizar
o hidróxido de sódio sólido.
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Parte 1:
1. Calcular o volume de HCl concentrado necessário para preparar uma solução de HCl 0,1M num
volume de 100 mL, 250 mL e 500 mL;
2. Transferir, cuidadosamente, com a pipeta graduada, esse volume calculado de HCl concentrado
para o respetivo balão volumétrico, contendo já água destilada (cerca de 1/5 do seu volume).
Homogeneizar a solução e completar o volume com água destilada;
3. Transferir a solução obtida para um frasco limpo, seco e rotulado;
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Parte 2:
12. Calcular a massa de NaOH necessária para preparar uma solução de NaOH 0,1M num volume
de 100 mL, 250 mL e 500 mL;
13. Dissolver essa massa em água destilada, completando o volume do balão volumétrico;
14. Homogeneizar bem a solução e transferi-la para um frasco de plástico limpo, seco e rotulado.
15. Para 2 matrazes de 250 mL, medir, rigorosamente, 20 mL (pipeta volumétrica) da solução de
HCl padronizada anteriormente. Juntar cerca de 100 mL de água e 3 gotas de indicador de
fenolftaleína a cada matraz;
16. Preparar uma bureta de 25 mL com a solução de NaOH≈0,1M preparada;
17. Proceder à titulação até ao aparecimento da primeira cor rósea persistente à agitação (esta
coloração deve ser o mais ténue possível; uma coloração intensa é indicadora de excesso de
NaOH);
18. Repetir o ensaio até à obtenção de volumes concordantes. Utilizar o seguinte critério de
concordância:
Terminados os ensaios, esvaziar a bureta para o frasco de “Restos de NaOH” e lavá-la bem, primeiro
com água da torneira e, de seguida, com água destilada. Não esquecer que a solução de NaOH ataca
o vidro, pelo que a lavagem adequada da bureta tem extrema importância para a manter funcional.
Parte 3:
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19. Medir 10mL de vinagre com a pipeta volumétrica. Transfira para um balão volumétrico de
100mL e complete o volume com água destilada. Homogeneíze a solução;
20. Para 3 matrazes de 250ml retirar 25ml da solução do vinagre com pipeta volumétrica;
21. Junte duas gotas de fenolftaleína (viragem de incolor para rosa claro);
22. Repetir o ensaio até à obtenção de volumes concordantes. Utilizar o seguinte critério de
concordância:
Atenção: A viragem do indicador é mais gradual. Espere que a cor após a viragem do indicador
permaneça por mais de 30 segundos antes de considerar esse volume como o volume do ponto final
da titulação.
Parte 4:
23. Medir 10mL de limpador doméstico com a pipeta volumétrica. Transfira para um balão
volumétrico de 100mL e complete o volume com água destilada. Homogeneíze a solução;
Nota: Evitar muita agitação para minimizar a formação de espuma!
24. Retire alíquotas (amostras) de 10mL da solução do produto de limpeza com a pipeta
volumétrica para 3 matrazes de 250mL;
25. Junte três gotas de indicador alaranjado de metilo (viragem de amarelo para laranja);
26. Titule com a solução de HCl padronizada até à viragem do indicador
27. Repetir o ensaio até à obtenção de volumes concordantes. Utilizar o seguinte critério de
concordância:
massa NH 3
teoramónia x100
massa de det ergente original
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
Resultados:
1
2
3
4
Média
(apresente o desvio padrão da amostra e a incerteza do valor médio com um grau de confiança de
95%)
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Ensaio Volume de
NaOH gasto
___________ ± __________ M
Ensaio Volume de
NaOH gasto
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___________ ± __________ M
___________ ± __________ M
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Exemplo de cálculos:
Discussão de Resultados:
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Conclusão:
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I. Objetivos:
Uma solução-tampão consiste, basicamente, num par ácido fraco – base conjugada, que
resiste a variações de pH quando pequenas quantidades de ácidos ou bases lhes são adicionadas ou
quando ocorre diluição.
Os Químicos utilizam tampões sempre que é necessário manter o pH de uma solução num
valor constante e pré-determinado. Os Bioquímicos, por sua vez, interessam-se particularmente em
tampões, uma vez que os sistemas biológicos e o seu funcionamento são criticamente dependentes
do pH.
HA H+ + A-
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H A
Ka
HA
forma:
𝐾𝑎 [𝐻𝐴]
[𝐻 + ] =
[𝐴− ]
A
log H log K a log
HA
A
pH pK a log
HA
Quando uma solução tampão é preparada a partir de uma base fraca, B, e do seu ácido
conjugado, BH+, a equação de Handerson-Hasselbach toma a forma:
[𝐵]
𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + log ( )
[𝐵𝐻 + ]
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ácida e a razão entre as concentrações da base conjugada e do ácido. Note-se que o pKa é aplicado
às formas ácidas HA e BH+.
A adição de ácido ou base a uma solução tampão composta por um ácido fraco e pela sua
base conjugada interfere com os equilíbrios exemplificados a seguir:
HA +H2O H3O+ + A-
Neste trabalho experimental serão preparadas soluções tampão acetato. Estas soluções
consistem no par conjugado CH3COOH e CH3COOK.
As soluções tampão podem ser simples, mas também podem ser constituídos por misturas
complexas de solutos, como acontece com o soro sanguíneo humano ou a fase líquida do interior
das células, em que se verifica a existência de múltiplos pares de ácido-base, conjugados, fracos.
Nos espaços intracelulares o sistema ácido/base principal é o dos H2PO4-/ HPO42- (com pKa
= 7,2). Aqui os fosfatos orgânicos como o ATP, o ADP, o AMP, o fosfato-6-glicose, etc. também
participam no efeito tampão do pH.
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Compreende-se, a partir daqui, que o CO2 dissolvido e o seu produto hidratado (H2CO3)
funcionem como um conjunto, um compartimento. Por isso, poderemos escrever:
Em termos médios, teremos para o valor de pH 7,40 e de pCO 2 40mmHg. O valor de [HCO3-] pode
então ser calculado, obtendo-se, nessas condições 24mmol/dm3.
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Dos tampões complexos mais usados nos laboratórios vamos dar o exemplo de 4 (TAE,
TBE, PBS e SSC), todos eles com funções diferentes e sabendo que existem mais.
Tampões complexos porquê? Como já foi referido, para além de possuírem o par ácido/base
conjugados fracos, possuem outros elementos. A sigla destes tampões indica os seus constituintes
É constituído por Tris, Ácido acético e EDTA. O Tris é a abreviatura usada para denominar
o Tris(hidroximetil)aminometano ((HOCH2)3CNH2, um composto com um grupo amino (base) e
utilizado especialmente para soluções de ácidos nucleicos. O ácido acético é um composto orgânico
com um grupo carboxilíco (ácido fraco) e é utilizado em muitos tampões. O EDTA é a abreviatura
para o ácido etilenodiamino tetra-acético (Ethylenediamine tetraacetic acid) é um composto
orgânico que funciona como agente quelante 1 forma um complexo um o ião metálico (complexo
metal ligando).
Tampão PBS (pH=7,4) – Solução salina de tampão fosfato (Phosphat Buffered Solution).
Os sais utilizados são principalmente o cloreto de sódio e fosfato de sódio, mas também se usa
1
Agente quelante – designação dada a ligandos como o EDTA
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cloreto de potássio e fosfato de potássio. A concentração destes sais procura ser próxima das
concentrações encontradas para o organismo, daí ser uma solução isotónica. Esta propriedade
(isotónica) em conjunto com a sua não toxicidade para as células dá-lhe diversas aplicações: como
solução de limpeza de células; solução de armazenamento de biomoléculas.
Tampão SSC (pH=7,0) – Solução salina de tampão citrato de sódio (Saline Sódios Citrate
buffer). Esta solução tampão é constituída por cloreto de sódio e citrato de sódio. É especialmente
usado em hibridizações e blotting de ácidos nucleicos
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1. Para cada uma das soluções abaixo, determinar o pH, recorrendo à equação de Handerson-
Hasselbach;
A partir do acido acetico concentrado, preparar uma das soluções tampão acima (a designar pelo
professor), com um volume total de 250 mL;
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16. A partir da solução tampão preparada, preparar duas soluções diluídas, utilizando os
fatores 1:2 e 1:10;
17. Determinar o pH das soluções diluídas, utilizando o potenciómetro, e comparar o valor
obtido com o valor de pH da solução tampão concentrada;
18. Discutir as diferenças observadas e utilize a equação de Handerson-Hasselbach para as
explicar.
19. Preencha a tabela do ponto 3 do relatório.
Laboratório de Biotecnologia 1 37
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Volume de CH3COOH:__________ mL
CH3COO- H+ CH3COOH
Moles iniciais
Moles finais
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Moles iniciais
Moles finais
Volume de água:______________ mL
Volume de água:___________ mL
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5 – Discussão/Conclusão
6 – Questionário
6.1 – Explique como se pode determinar, experimentalmente, o pKa de uma solução tampão.
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6.2 - Se volumes iguais de NaH2PO4 0,05 M e H3PO4 0,05 M forem misturados, qual das seguintes
alternativas melhor descreve a solução resultante? (os valores de pK a do ácido fosfórico são 2,0,
6,8 e 12,0). Justifique a sua opção.
A. pH 2 – solução tampão
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6.3 – Na preparação da solução TAE está entre parênteses 5x, o que significa?
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I. Objectivos:
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exemplo NaOH, podem ser descritas pelos seguintes equilíbrios com as respetivas constantes de
dissociação, K1 e K2.
K1
+
NH3CHRCOOH +
NH3CHRCOO- + H+
A B
K2
NH2CHRCOO- + H+
C
Equação 1
Equação 2
Na Figura 1 encontra-se a curva de titulação completa da Glicina, curva esta que apresenta um
comportamento bifásico (dois patamares). Adicionando meio equivalente de base à forma
totalmente protonada do aminoácido (A) atinge-se um ponto (D) em que [+NH3CHRCOOH] =
[+NH3CHRCOO-] e pH = pK1 (primeiro equilíbrio, Eq. 1). Do mesmo modo, quando se adiciona
meio equivalente de base à forma Zwitteriónica (B) atinge-se o ponto (E), em que [+NH3CHRCOO-
] = [NH2CHRCOO-] e pH = pK2 (segundo equilíbrio, Eq. 2).
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Nas curvas de titulação de aminoácidos com grupos R ionizáveis, tais como a Histidina, a
Lisina ou o Ácido glutâmico, há a considerar um equilíbrio suplementar. A dissociação do grupo R
poderá ocorrer numa gama de pH totalmente distinta dos dois equilíbrios anteriores, fazendo
aparecer um terceiro patamar na curva de titulação, ou ocorrer em regiões sobrepostas à região em
que ocorre a dissociação do grupo α-amino ou do grupo α-carboxílico tornando as curvas de
titulação mais complexas. A titulação de qualquer dos aminoácidos pode ser feita com uma base a
partir da forma totalmente protonada (A) ou com um ácido a partir da forma totalmente
desprotonada (C).
Neste trabalho vamos titular dois aminoácidos que se encontram já na sua forma totalmente
protonada. Na tabela seguinte são apresentados os valores de pKa e pontos isoleléctricos (pI) da
literatura de alguns aminoácidos.
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Nota: O nitrato de potássio é utilizado para manter a força iónica constante durante a titulação.
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Volume de
Concentração do Equivalentes de Volume de ácido
Aminoácido solução de
aminoácido ácido necessário
aminoácido
2 – Determinação do pKa e do pI
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3 – Exercício
pH = 1 pH = 3
pH = 8 pH = 11
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4 – Exemplo de cálculos
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5 – Discussão/Conclusão
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I. Objectivos:
Compreensão da titulação de retorno
No entanto, demasiado ácido no estômago não é benéfico. Na ausência de comida, o HCl desnatura
as proteínas constituintes da parede estomacal, podendo promover, em casos de persistência,
úlceras no estômago e duodeno.
Este excesso de ácido é sentido, normalmente sendo descrito como “sensação de ardor” ou “azia”.
Para aliviar, são usados antiácidos em forma de pastilhas ou géis. Este termo, “antiácido”, é um
termo médico que descreve uma substância neutralizadora de um ácido e, dependendo da marca,
pode conter diferentes ingredientes ativos, quase todos sendo bases hidróxido e/ou carbonatos. A
tabela 1 lista alguns dos antiácidos comercializados e respetivos ingredientes ativos:
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Laboratório de Biotecnologia 1 54
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O HCl do suco gástrico é neutralizado pelos ingredientes ativos segundo as reações seguintes:
A eficácia de um antiácido está na sua capacidade de neutralizar o ácido gástrico, pelo que quanto
mais ácido neutralizar, mais eficaz será o produto. No entanto, os antiácidos não são inofensivos.
A produção de HCl é regulado com base no pH do estômago. Excesso de antiácido implica aumento
excessivo de pH, induzindo sobreprodução de HCl para compensar este aumento.
No presente trabalho ir-se-á determinar a quantidade de HCl neutralizado por diferentes antiácidos
do mercado, por recurso à técnica de titulação de retorno. Ao adicionar excesso de HCl ao antiácido,
toda a quantidade de ingrediente(s) ativo(s) disponível irá neutralizar parte do HCl. Com uma
solução de hidróxido de sódio, NaOH, poder-se-á titular o HCl que não foi neutralizado pelo
antiácido. O volume de HCl neutralizado pelo antiácido será calculado pela diferença entre o
volume inicial de HCl e o volume gasto na titulação de retorno com o NaOH. Desta forma será
possível comparar eficácia entre as diferentes marcas usadas.
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Volume HCl
Marca Antiácido Massa ou volume Volume NaOH gasto
adicionado
Grama de HCl neutralizado por cada grama (ou mL) de antiácido: ________ ± ________ g
Laboratório de Biotecnologia 1 57
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Laboratório de Biotecnologia 1 58
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Medicinal
5 – Discussão/Conclusão
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Laboratório de Biotecnologia 1 59
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I. Objectivos:
Compreender o método iodométrico.
Assim se compreende que a concentração de peróxido de hidrogénio que se usa seja fundamental,
mediante o propósito do seu uso, de modo a retirar o máximo de eficiência com o mínimo de danos.
Laboratório de Biotecnologia 1 60
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A água oxigenada comercial pode ser titulada pelo método iodométrico ou pelo método
permanganimétrico. Sob aspetos práticos, a titulação com KMnO4 é menos indicada, devido às
interferências causadas pelos produtos preservativos e estabilizantes presentes, tais como o ácido
bórico, o ácido salicílico ou o ácido benzóico e o glicerol. Desta forma, o método iodométrico é a
melhor escolha.
Neste procedimento, o peróxido de hidrogénio reage com os iões iodeto, em meio ácido,
segundo a equação:
Determinações iodométricas
Laboratório de Biotecnologia 1 61
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evitada pela adição de um grande excesso de iões iodeto, que reagem com o iodo, para formar iões
triiodeto, segundo a equação:
Em titulações à temperatura ambiente (T ~ 25º C), as perdas de iodo por volatilização são
insignificantes se a solução contiver cerca de 4% (m/v) de iodeto de potássio.
A formação da espécie I3- não altera nem introduz erros mensuráveis no método
iodométrico, porque os potenciais-padrão de elétrodo das semi-reações são muito próximas e,
como consequência, a formação dos iões I3- pouco afeta o par I2/I-.
O peróxido de hidrogénio reage com o iodeto, em solução ácida, de acordo com a equação:
Laboratório de Biotecnologia 1 62
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Com estes dados calcula-se a concentração da solução-padrão, sabendo que cada mole de
K2Cr2O7 (massa molar = 294,19g/mol) produz 3 moles de I2, que reagem com 6 moles de Na2S2O3.
Deste modo, a quantidade de matéria de Na 2S2O3 é igual à quantidade de matéria de K2Cr2O7
multiplicado por 6.
O objetivo deste trabalho será avaliar diferentes amostras de soluções de peróxido de hidrogénio,
de forma a averiguar se será uma solução adequada ao uso comercial.
Laboratório de Biotecnologia 1 63
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Balança analítica
Balões volumétricos de 500 mL Água oxigenada (10 volumes)
Vidros de relógio Solução de iodeto de potássio, KI 20%
Provetas Solução de amido solúvel a 1%
Gobelés Ácido sulfúrico
Pipetas Pasteur Carbonato de sódio
Buretas Tiossulfato de sódio
Matrazes de 250 mL Água destilada
Pipetas volumétricas de 10 mL
Frasco escuro
Agitadores magnéticos
Placas de aquecimento
1. Calcular a massa de Na2S2O3·5H2O necessária para preparar uma solução a 0,1 M, num volume
de 500 mL;
2. Dissolver essa quantidade em 500 mL de água destilada e adicionar 0,050 g de Na2CO3;
3. Deixar repousar a solução pelo menos durante um dia, num frasco escuro e fechado, antes de
padronizar.
4. Pesar cerca de 0,10 g e não mais de 0,12 g de K 2Cr2O7, seco em estufa a 120ºC por 2,5 horas.
Anotar o valor até ± 0,0001 g;
5. Transferir o sal para um matraz e adicionar cerca de 25 mL de água destilada, 2 mL de H 2SO4
concentrado e 5 mL de KI a 20%. A solução deve tornar-se castanho escuro, devido à formação
de I2;
6. Colocar o matraz no escuro entre 10 a 15 minutos;
7. Preencher a bureta com a solução Na2S2O3 e proceder à titulação até que a solução do matraz
passe de cor castanha para cor verde-amarelada;
Laboratório de Biotecnologia 1 64
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conc 1 conc 2
5
x
conc 1 conc 2
1000 2
11. Diluir a água oxigenada comercial 10 vezes: transferir 10,00 mL de água oxigenada comercial a
10 volumes para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada.
Homogeneizar a solução;
12. Retirar uma amostra de 10,00 mL da solução diluída de água oxigenada e transferir para um
matraz. Adicionar cerca de 20 mL de água destilada;
13. Adicionar 2 mL de H2SO4 concentrado, 5 mL de KI a 20% e 3 gotas de uma solução neutra de
molibdato de amónia a 3%. A solução deve tornar-se castanho escuro devido à formação de I2;
14. Proceder à titulação com a solução de Na2S2O3;
15. Quando a solução começar a perder a sua cor (perto do ponto final da titulação), adicionar
cerca de 3 mL de solução de amido a 1% (ou solução de amidoglicolato de sódio). A solução
deve tornar-se azul intenso;
16. Continuar a adição de Na2S2O3 até que a coloração da solução do matraz passe de azul intenso
para incolor;
17. Anotar o volume de solução de Na2S2O3 para o cálculo da concentração;
18. Repetir o ensaio até à obtenção de ensaios concordantes. Utilizar o seguinte critério de
concordância:
Atenção:
Laboratório de Biotecnologia 1 65
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Massa de
Volume de Na2S2O3 ~ 0,1 Molaridade da solução de
Ensaio K2Cr2O7 usado /
M / mL Na2S2O3 / M
g
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3 – Exemplo de cálculos
Laboratório de Biotecnologia 1 68
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4 – Discussão/Conclusão
5 – Questionário
5.1 – Descreva o que entende por oxidação e redução de espécies químicas. Indique para cada reação
qual o para oxidante/redutor.
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Laboratório de Biotecnologia 1 69
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I. Objetivos
II. Introdução
Muitas substâncias orgânicas são obtidas a partir de produtos naturais, sendo necessário extraí-las
e purificá-las. A extração é a técnica mais usada quando se pretende isolar um produto natural das
substâncias em que aparece na natureza.
Laboratório de Biotecnologia 1 70
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À razão entre as concentrações do soluto nos dois solventes em equilíbrio chama-se coeficiente de
distribuição (KD):
C org S org
KD
C água S água
Neste trabalho, vai isolar-se um composto natural existente em produtos naturais como o chá e o
café, o 1,3,7-trimetil-2,6-dioxopurina ou cafeína.
A cafeína existe numa percentagem de 2 a 5% em massa nas folhas do chá. A cafeína é solúvel em
água a ferver, mas muito mais solúvel em clorofórmio, estes serão então os dois solventes a utilizar
na extração.
Juntamente com a cafeína (Fig. 1), extraem-se ácidos tânicos que não nos interessam neste trabalho,
estes compostos formam sais de cálcio insolúveis em água que precipitam e podem ser e removidos
por filtração. Para promover a formação destes sais ir-se-á utilizar carbonato de cálcio.
O
CH3
H3C
N
N
N
O N
CH3
Fig. 1 Cafeína
A terceira parte deste trabalho será a identificação da cafeína extraída por cromatografia em
camada fina (CCF ou TLC – Thin Layer Cromathography). A CCF é frequentemente usada em
química orgânica para monitorizar o progresso de uma reação ou identificar os componentes de
uma mistura. Na CCF, uma pequena gota do composto a identificar é aplicada próximo da
Laboratório de Biotecnologia 1 71
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extremidade de uma placa fina recoberta com uma fase estacionária sólida adsorvente (por
exemplo, gel de sílica). A extremidade da placa é então mergulhada numa câmara contendo uma
pequena quantidade do eluente apropriado (fase móvel), o qual sobe por capilaridade. À medida
que o eluente sobe pela placa (eluição), arrasta consigo os componentes da mistura a diferentes
velocidades, dependendo da tendência de cada componente para ficar “agarrado” à placa (fase
estacionária) ou dissolver no eluente. A velocidade de fluxo de determinado componente, sob
as condições de análise, pode ser traduzida através do parâmetro Rf (rate of flow ou velocidade de
fluxo), que se define como:
Uma vez efetuada a eluição, será necessário revelar o cromatograma obtido, o que se consegue
quer por métodos químicos (aplicação de reagentes que formem derivados corados com os
compostos impregnados na placa), quer por métodos radioativos (irradiação da placa com luz de
comprimento de onda adequado, para que se possam visualizar as manchas devidas aos
compostos). Neste trabalho, a revelação será feita por irradiação com luz ultravioleta. As placas de
CCF usadas têm um indicador fluorescente (pelo que se apresentam como um fundo brilhante
quando irradiadas com luz UV), ao passo que as manchas correspondentes a compostos aparecerão
ou como manhas escuras (absorção total da radiação incidente) ou como manchas muito brilhantes
(absorção da radiação seguida de fluorescência).
Lei de Lambert-Beer
Embora a CCF nos indique a presença ou não de uma substância, não nos permite fazer uma análise
rigorosa. A espectrofotometria é um método instrumental, que nos permite superar essa
dificuldade.
Laboratório de Biotecnologia 1 72
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A=xlxC
Aconh= x l x Cconh
Adesc= x l x Cdes
Quando as absorvâncias das duas soluções tiverem sido determinadas no espectrofotómetro (Fig.
2), a concentração da solução desconhecida pode ser calculada.
Fig. 2 Espectrofotómetro
Laboratório de Biotecnologia 1 73
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Laboratório de Biotecnologia 1 77
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Reta de calibração
Branco
Laboratório de Biotecnologia 1 78
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1.1.
Determinação da quantidade de cafeína na amostra.
Concentração de cafeína na Concentração de cafeína na
Amostra Absorvância
solução diluída (g/mL) amostra (g/mL)
Laboratório de Biotecnologia 1 79
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DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
QUESTÕES
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1. Porque é que o clorofórmio fica sempre na camada inferior quando comparado com a água?
Laboratório de Biotecnologia 1 81
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I. Objectivos:
Conhecer algumas funções químicas e a importância biológica de diversos compostos
inorgânicos e orgânicos.
Compostos inorgânicos
A separação e identificação de catiões são, geralmente, conseguidas usando as diferenças
de solubilidades de diversos sais e a tendência dos iões para formar complexos ou para serem
reduzidos ou oxidados.
Este trabalho coloca um tipo de problema algo diferente. Tendo à disposição N soluções
diferentes e conhecendo a sua composição (mas não os frasco onde estão contidas), a tarefa será
identificar o conteúdo que corresponde a cada frasco sem usar reagentes ou instrumentos. Uma ou
mais soluções desconhecidas servem como reagentes para identificação de outra solução
desconhecida. Esta tarefa pode parecer impossível pois, de início, todas as soluções são
desconhecidas e será mesmo bastante difícil efetuar todas as identificações se, à priori, não for feita
uma preparação cuidada da sequência de passos a seguir.
Para resolver este quebra-cabeças químico será necessário apelar aos conhecimentos sobre
solubilidade de sais e cores dos seus precipitados, odores de substâncias voláteis (tais como NH 3,
H2S, SO2, halogéneos), a possibilidade de formação de iões complexos e a possibilidade de reações
de oxidação redução.
Laboratório de Biotecnologia 1 82
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É essencial fazer uma preparação do que se irá fazer antes da ida para o laboratório e,
principalmente, o que é esperado acontecer pela junção das várias soluções (para volumes
aproximadamente iguais).
Para alguns iões poderemos excluir certos tipos de reações. Por exemplo, Na +, K+ e Ba2+
dificilmente se oxidarão pois têm apenas um estado de oxidação estável, assim como não sofrerão,
também, redução em solução aquosa. Por contraste, os iões I- e S2- podem ser oxidados até por
agentes oxidantes moderadamente fortes como o Fe3+.
Para ajudar a identificação, existe um conjunto de regras para diversos tipos de compostos
que serão descritas de seguida. Para além disso, também serão dadas tabelas com características de
reações para alguns iões, tal como tabelas com constantes de solubilidades.
Todos os cloretos, brometos e iodetos são solúveis, exceto os de Ag+, Pb2+ e Hg2+;
Os sulfatos (SO42-) são solúveis exceto os de Ba2+, Pb2+, Hg2+;
Sais dos metais alcalinos e do ião amónio (NH4+) são solúveis;
Sais dos iões nitratos (NO3-), Clorato (ClO3-), perclorato (ClO4-) e acetato (CH3COO-) são
solúveis;
A maioria dos hidróxidos de metal é insolúvel. As exceções são os hidróxidos dos metais
alcalinos e dos metais alcalino-terrosos mais pesados (Ca, Sr, Ba);
Todos os carbonatos (CO32-) e fosfatos (PO43-) são insolúveis, exceto os dos iões dos metais
alcalinos;
Laboratório de Biotecnologia 1 83
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pp branco
pp castanho
insol. em água pp pp amarelo
Ag+ solúvel em pp branco pp tijolo
quente, solúvel castanho pálido
excesso
em NH3(aq)
pp branco
solúvel em pp branco
pp branco pp amarelo pp
Pb2+ água quente, solúvel em pp branco
gelatinoso canário amarelo
solúvel em excesso
NH3(aq)
pp branco
pp azul claro,
pp azul que fica pp
Cu2+ --- solúvel em ---
claro acastanhad castanho
excesso
o
pp castanho
pp ---Solução
avermelhado
Fe3+ --- acastanhad --- acastanhad ---
insolúvel em
o o de I2
NaOH
pp em
Ca2+ --- --- pp branco soluções --- ---
concentr.
Liberta
NH4+ --- --- --- --- ---
NH3
Laboratório de Biotecnologia 1 84
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Antes da ida para o laboratório, preencha numa tabela uma breve descrição dos resultados
esperados, sabendo que as soluções a usar serão:
Laboratório de Biotecnologia 1 85
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Compostos orgânicos
O grupo aldeído, caracterizado pela presença na sua estrutura, do grupo H-C=O caracteriza
as aldoses, e o grupo cetona, caracterizado pela presença do grupo carbonilo (-C=O), ligado a dois
grupos alquilo e/ou arilo caracteriza as cetoses.
R H R R
O O
Grupo ceto Grupo aldeído
Algumas aldoses ou cetose são funções do segundo grau de oxidação do carbono2 e outras
são também poliálcoois.
A identificação destas substâncias deverá ser feita pelas suas reações químicas. As que
vamos referir não são específicas dos glícidos, porque, podem ser apresentados por proteínas sem
componentes glicéricos, e, como estas reações são dependentes do pH o resultado final observado,
a cor dos produtos, vai depender do pH do meio em que se encontram. No entanto, devem ser
conhecidas, porque são habitualmente utilizadas na identificação histoquímica destas substâncias.
2
Grau de oxidação do carbono – Número de ligações que o carbono faz a átomos eletronegativos
como o oxigénio (Uma ligação dupla conta como duas).
Laboratório de Biotecnologia 1 86
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do carbono3 a que se fixa o hidroxi. Do ponto de vista metabólico são substâncias muito
importantes.
A existência de grupos aldeídos pode revelar-se pela cor vermelha dos seus produtos de
reacção com a fucsina descorada.
3
A classificação de carbono primário, secundário, terciário ou quaternário depende do número de
carbonos que o está a ser classificado está ligado.
Laboratório de Biotecnologia 1 87
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NH2
H2N p-rosanilina
NH2
3HSO3-
SO3H
H2N Ácido leucossulfónico
HN SO2H
N
H SO2H
2RCHO
2RCHO = 2 grupos aldeídos
NH SO2 CHOH R
NH SO2 CHOH R
Os álcoois são oxidados a aldeídos e a carboxilos por oxidantes fortes como o ácido
periódico. Após a oxidação, estes podem ser identificados pela fucsina descolorada, como foi dito
anteriormente. A estes materiais que apresentam a coloração dos referidos produtos finais da
reacção, após tratamento com Ácido Periódico, diz-se que são PAS (de periodic acid – Schiff)
positivos (nota 2).
Laboratório de Biotecnologia 1 88
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A solução de hexanitrato de cério (IV) e amónio (ou nitrato duplo de cério e amónio) em
ácido nítrico diluído é amarela. A reação daquele composto com grupos álcool dá origem a um
complexo de cor vermelha. A reação verifica-se com álcoois primários, secundários e terciários,
contendo até um máximo de 10 carbonos. Também se observa a formação de um complexo
vermelho com glicóis4, poliálcoois, glicídos, hidroxi-aldeídos e hidroxi-cetonas.
A cor vermelha indica a formação inicial de um intermediário da oxidação dos álcoois pelo
cério (IV) em solução. Numa segunda fase, a cor vermelha desaparece, porque se dá a oxidação do
composto alcoólico de coordenação, sendo o cério (IV) reduzido a cério (III), de acordo com as
seguintes reações:
b) [álcool + reagente] .
Complexo de cor vermelha R-CH2-O + (NH4)2Ce(NO3)5 + HNO3
Incolor
. (NH4)2Ce(NO3)6
c) R-CH2-O + R-CHO + (NH4)2Ce(NO3)5 + HNO3
Amarelo Incolor
A oxidação é muito rápida para alguns glícidos (frutose, sacarose, glicose e galactose),
hidroxi-ácidos (ácido láctico), hidroxi-aldeídos e hidroxi-cetonas.
As aminas primárias alifáticas e aromáticas reagem com o ácido nitroso, originando os sais
diazónicos correspondentes. Contudo estes sais são instáveis, especialmente os alifáticos,
originando o azoto gasoso e o respetivo álcool, além de outros produtos. Os sais aromáticos são
estáveis a 0º C, libertando o azoto, após ligeiro aquecimento.
4
Chamam-se glicóis os di-hidroxiálcoois que contêm dois grupos -OH em carbonos adjacentes.
Laboratório de Biotecnologia 1 89
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O composto diazónico aromático formado pode reagir com fenóis em meio alcalino, dando
origem a compostos corados (Esquema 2).
OH
+ NaOH
O-Na+
Cl
N N +
N N
O-Na+
As aminas secundárias reagem com o ácido nitroso, formando nitrosoaminas que são óleos
ou sólidos amarelos:
Laboratório de Biotecnologia 1 90
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tetroses, pentoses, hexoses, etc. Por sua vez, dependendo da natureza da função carbonilo ser um
aldeído ou uma cetona, assim se designarão por aldoses ou por cetoses.
Os monossacarídeos, a partir da tetrose (na série das aldoses) e da pentose (na série das
cetoses) podem, em solução aquosa, sofrer uma ciclização e formar anéis de cinco (furanoses) ou
de seis lados (piranoses). Esta ciclização ocorre por eliminação de uma molécula de água, entre o
OH que ficou ligado ao carbono 1 das aldoses (ou carbono 2 das cetoses) e o OH ligado ao penúltimo
ou ao antepenúltimo da estrutura.
Por oxidação, redução, aminação e combinação, quer com outras oses quer com substâncias
diferentes, as oses dão origem a um grande número de substâncias com interesse biológico.
Poder redutor
Laboratório de Biotecnologia 1 91
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As aldoses têm poder redutor, uma que vez que podem transformar-se, com facilidade, em
ácidos.
As cetoses, em certos meios, têm também poder redutor; dada a possibilidade de a dupla
ligação se deslocar, nas respetivas moléculas, podem sofrer isomerização em aldoses, com passagem
pela forma enedióloca, e por isso participar em reações de acordo com as propriedades das aldoses.
Numa dada solução, consideradas as suas condições atuais, haverá então, uma mistura de
isómeros, incluindo epímeros do carbono 2, e daí, em muitos casos, a obtenção de um mesmo
produto quando partimos de qualquer deles.
O poder redutor pode pesquisar-se pelo licor de Fehling, que se obtém juntando volumes
iguais de uma solução aquosa de sulfato de cobre (II) (azul) e uma solução de hidróxido de sódio e
tartarato duplo de potássio (incolor).
Depois dessa mistura, a cor do conteúdo do tubo modifica-se, e torna-se mais intensa – é
azul violácea. Este facto indica a formação de composto diferente (o di-hidróxido de cobre (II)):
Para ensaiar sucessivamente o efeito das duas variáveis que vão ser introduzidas (o
aquecimento, para a rapidez do ensaio, e a adição da amostra, para a pesquisa do seu efeito) verifica-
se primeiro que o simples aquecimento do licor de Fehling não produz qualquer efeito visível, e só
depois se juntam umas gotas da amostra a ensaiar, voltando a levar à ebulição. Quando a amostra
tem poder redutor, verifica-se o aparecimento da cor amarela do hidróxido de cobre I e logo depois
a vermelha do óxido de cobre I (Esquema 4).
Cu HO O
HO OH H O Cu OH
+ H2O
+
HO O H + Cu O H
Cu R
R
Cu Cu + H 2O
O
Laboratório de Biotecnologia 1 92
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A fixação do hidróxido de cobre (I), que vai persistindo sem sofrer redução, ao tartarato de
sódio e potássio, impede a produção do óxido de cobre (II) que se formaria pelo aquecimento na
ausência daquele sal, e que pela sua cor negra impediria a observação do efeito que nos interessa.
Particularmente para o estudo das pentoses, das hexoses e dos ácidos urónicos, existem
algumas reações que se fundamentam na sua desidratação por certos ácidos em determinadas
condições, e na condensação das substâncias obtidas desse modo, com fenóis, dando lugar ao
aparecimento de produtos que conferem colorações características.
Com o ácido sulfúrico concentrado, a desidratação pode ser total, conduzindo nesse caso à
formação de carvão. Com o ácido clorídrico, em condições apropriadas, as pentoses produzem
furfural, e as ceto-hexoses, assim como as aldo-hexoses, produzem hidroximetilfurfural que, por
ulterior aquecimento, pode transformar-se em ácido levulínico e outros produtos de decomposição,
embora as aldo-hexoses produzam menor quantidade de hidroximetilfurfural do que as ceto-
hexoses (Esquema 5).
Laboratório de Biotecnologia 1 93
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H H
HO C C Orcinol
HO C H H+ H C
O Produtos de condensação
O 3H2O + azul-esverdeados
HO C H H C
H C
CH2OH CHO
Pentose Furfural
CH2OH CH2OH
HO C C Orcinol
HO C H H+ H C
O Produtos de condensação
O 3H2O + azul-esverdeados
H C OH H C
H C
CH2OH CHO
Frutose hidroximetilfurfural
Positividade
Desidratantes Fenóis Designação
Cor Substâncias
OH
Vermelha ou
H2SO4 Todos os glícidos Reação de Molish
violeta
1-naftol
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OH
2-Resorcinol ou meta-
-di-hidroxibenzeno
OH
Orcinol ou 1,3-di-
-hidroxi-5-metilbenzeno
OH
Nafto-resorcinol ou 1,3--
di-hidroxinaftaleno
Laboratório de Biotecnologia 1 95
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Com base nas observações, identificar o máximo de soluções que seja possível. Mal comecem a ser
identificadas algumas das soluções poderemos usar essa informação para a identificação das
restantes. Por exemplo, podemos misturar 3 soluções diferentes ou misturar 1 gota ou 2 gotas de
um reagente com 1mL de outro. Se se planear bem, podemos chegar à conclusão de não ser
necessário experimentar todas as combinações binárias possíveis;
Laboratório de Biotecnologia 1 96
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Laboratório de Biotecnologia 1 97
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c. Solução de Alanina
d. Solução de albumina bovina
e. Solução de clara de ovo
f. Solução de amido
g. Controlo
5. Faça o mesmo para a segunda série.
6. À primeira série junte uma gota de ácido Periódico
7. À segunda série junte uma gota de água.
8. Deixe em repouso durante 5 minutos.
9. Junte uma gota de reagente de Schiff a todos os tubos.
10. Anote os resultados
11. Dissolver cerca de 20mg (uma gota), das seguintes substâncias em cerca de 3mL de HCl a
1mol/dm3:
a. Etanolamina
b. Anilina
c. Trietilamina
Poder redutor
Laboratório de Biotecnologia 1 98
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RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Na tabela abaixo indicada escreva as equações que são esperadas para cada par de soluções
misturadas. Anote qualquer mudança de cor que seja esperada ou de formação de gases com odores
característicos. Anote também se é esperada alguma reação de precipitação ou não, ou se é esperada
alguma de oxidação-redução. Para as reações de precipitação procure e registe o valor da
solubilidade de qualquer composto insolúvel que se forme.
_______
_______
_______
_______
_______
_______
4 – Discussão/Conclusão
Amostra Resultados
5 – Poder Redutor
Amostra Resultados
Amostra Resultados
7 – Discussão/Conclusão
8 – Questionário
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_____________________________________________________________________________________
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8.2 – O método PAS é muito usado em histoquímica, para revelar a presença de que tipo de
compostos?
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8.5 – No teste do poder redutor, porque é que se aqueceu um tubo de ensaio apenas com o Licor de
Fehling?
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8.6 – Nos últimos dois testes (Poder redutor e Reação de Molish), quais as diferenças entre os
diversos açucares utilizados?
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_____________________________
I. Objectivos:
Conhecer plataformas de pesquisa simples e avançada
Neste trabalho iremos usar a plataforma NCBI como plataforma de pesquisa e o ChemDraw
como ferramenta de design molecular para estudar a molécula da cafeína.
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
2. Resumo do artigo
I. Objetivos
A água possui, geralmente, compostos de azoto dissolvidos, que podem ter origem natural ou serem
provenientes da atividade humana.
O azoto com origem natural provém de erupções vulcânicas, da fixação biológica por ação de
microrganismos específicos e da fixação não biológica, que ocorre no momento das descargas
elétricas originadas por tempestades com trovoadas.
A atividade humana pode provocar um grande aumento da quantidade de azoto dos meios
aquáticos, através da precipitação (devido à existência de poluentes atmosféricos), de poeiras, de
escorrimentos de águas ao longo de solos agrícolas ou urbanos, e das águas residuais domésticas e
industriais.
O principal motivo para a presença de compostos de azoto nas águas poluídas é a poluição orgânica.
No entanto, atualmente, outro grande motivo prende-se com a poluição atmosférica, proveniente
da emissão de gases (NOx) dos veículos motorizados.
NH 3 N 2 N 2O NO N 2O3 NO 2 N 2O5
As formas com maior destaque na composição da água são os nitratos (NO3-), os nitritos (NO2-), o
azoto amoniacal (NH4+) e o azoto orgânico. Estas diferentes formas constituem o azoto total de
uma água, variando apenas as proporções de cada uma das formas, dependendo da proveniência
da água.
A predominância de nitratos nos efluentes indica que este foi estabilizado, relativamente à carência
de oxigénio.
Os nitritos são instáveis e facilmente oxidados a nitratos. Apesar de estarem presentes em baixas
concentrações, os nitritos podem ser muito importantes em estudos de poluição de águas ou
efluentes, uma vez que são extremamente tóxicos para a maioria dos peixes e outras espécies
aquáticas.
Os nitratos são a forma mais oxidada do azoto encontrada nas águas e são mais estáveis que os
nitritos, aparecendo, normalmente, em quantidades mais elevadas. Em águas superficiais, os
nitratos ocorrem em pequenas quantidades, atingindo valores mais elevados para águas
subterrâneas. Nas águas residuais, é normal encontrarem-se pequenas quantidades de nitratos,
exceto se estas tiverem origem em efluentes com tratamento biológico. As águas de abastecimento
que apresentem grandes quantidades de nitratos podem causar meta-hemoglobinémia nas
crianças.
A nível analítico, os nitratos podem ser determinados pelo método do elétrodo ou por métodos
espetrofotométricos, entre os quais o método espetrofotométrico no UV, redução prévia com zinco,
redução prévia com cádmio, ácido fenoldissulfónico, etc.
Espetrofotometria
Os comprimentos de onda que uma certa substância absorve são característicos da sua estrutura.
Assim, cada substância tem um espetro de absorção característico, podendo a identificação de
substâncias ser feita a partir da espetrofotometria.
Uma vez conhecido o espetro de absorção de uma dada substância, pode também conhecer-se a
quantidade em que essa substância se apresenta em solução. Esta determinação é realizada através
da medida da intensidade de luz que atravessa a amostra.
Lambert estudou a transmissão de luz por sólidos homogéneos. Beer estendeu o trabalho de
Lambert ao estudo de soluções. Podem-se apresentar as conclusões dos dois investigadores na
forma de uma lei, que se designa Lei de Lambert-Beer.
Através dessa lei podem relacionar-se intensidades de radiação incidente e emergente com as
concentrações das substâncias presentes em solução. Para o efeito, consideram-se desprezáveis os
efeitos de reflexão, refração e espalhamento da radiação. A radiação incidente deve ser
monocromática, ou seja, conter apenas um comprimento de onda.
I I 0 10 lc
T I /I0
T 10 lc
A log10 T
10 lc
A log10 T log10 1 log10
T
Logo:
A lc
De um modo geral, para uma solução de uma determinada substância, num determinado solvente,
analisada a um dado comprimento de onda, pode traçar-se uma curva de absorvância, A, em função
da concentração, c. A partir dessa curva será possível determinar a concentração de qualquer
amostra dessa solução.
1. Preparar 1000 mL de solução de nitrato de potássio, dissolvendo 0,1629 g deste composto puro
em água destilada;
2. Pipetar 10,00 mL da solução preparada para um balão volumétrico de 100,0 mL e aferir. Esta
solução contém 1,0x10-5 g de ião nitrato por mL de solução;
3. Pipetar 0,5 mL; 1,0 mL; 2,5 mL e 5,0 mL da solução preparada em 2 para cada um dos balões de
50,0 mL e aferir;
4. Exprimir a composição das soluções preparadas (soluções-padrão de nitratos) em mgNO3-/dm3;
5. Ler, a 220 nm, a absorvância das soluções preparadas no ponto 3;
6. Fazer a leitura da amostra. Caso o valor de absorvância obtido se encontre fora do intervalo das
soluções padrão, diluir a amostra;
);
8. Determinar a concentração em nitratos da amostra por leitura no gráfico traçado.
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
1. Identificação da amostra:
3. Análise espectrofotométrica
Padrão Absorvância
Amostra
Cálculos
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
I. Objetivos
Conhecer técnicas de separação de substâncias;
Conhecer as propriedades dos compostos e utilizá-las para a sua purificação;
Compreender quais as características que um solvente para cristalização deve ter.
II. Introdução
Muitos compostos orgânicos apresentam impurezas, sendo muitas vezes necessário proceder à sua
purificação. A cristalização é a operação mais frequentemente utilizada para purificar compostos
sólidos. Apesar de frequente é, por vezes, difícil de executar, consistindo essencialmente na
dissolução do sólido a purificar num solvente apropriado, à temperatura de ebulição, seguida de
filtração da solução a quente para a remoção de partículas insolúveis e de posterior promoção da
cristalização do composto puro por arrefecimento da solução filtrada.
Para que a purificação por cristalização seja bem-sucedida, é essencial a escolha de um solvente
adequado. Esta escolha deverá satisfazer as seguintes condições:
Na primeira parte deste trabalho ir-se-á fazer a escolha do melhor solvente para purificar um
composto, atendendo às condições descritas anteriormente e na segunda parte iremos purificar
esse composto com o solvente escolhido.
Neste trabalho ir-se-á fazer a purificação de uma amostra de ácido benzoico que se presume
contaminada por outra substância. A purificação será efetuada recorrendo a uma extração reativa
Dissolve-se então a amostra a purificar em éter e adiciona-se à solução obtida uma solução aquosa
de hidrogenocarbonato de sódio. O ácido benzoico reagirá com o hidrogenocarbonato (reação de
ácido-base) formando benzoato de sódio, composto muito solúvel em água, e libertando dióxido
de carbono. O éster, muito pouco solúvel em água, tenderá a permanecer na camada do éter. A
reação descrita é representável pela seguinte equação química:
C6H5COOH (s) + NaHCO3 (aq) C6H5COONa (aq) + CO2 (g) + H2O (l)
Se a extração for suficientemente eficaz cada composto ficará na sua camada, e se estas estiverem
separadas, os compostos estarão separados também. Na prática, no entanto, verifica-se a
necessidade de repetir o processo várias vezes para que se obtenha uma purificação eficiente.
Em seguida, será necessário recuperar o ácido benzoico da camada aquosa. Para tal, acidifica-se a
solução com um ácido forte, o que levará à precipitação do ácido benzoico purificado, reação
representada pela seguinte equação química:
Anexos
Fig. 1 Montagem para as filtrações. Em cima, preparação do filtro de pregas e esquema de filtração
por gravidade. Em baixo, esquema da filtração a pressão reduzida.
NOTA: Não se esqueça de trazer para a aula um esquema das operações que vai realizar durante a
execução do trabalho prático.
N,N-dimetilformamida
HC CH3 153 Não Sim
N
CH3
Pontos de ebulição à pressão de 1 atm
* Estes solventes formam misturas explosivas com o ar
Matraz
Procedimento experimental
Atendendo às regras descritas, escolha o melhor solvente para cristalizar a substância a purificar.
Aconselha-se a consulta da tabela nº 1 e o registo de resultados num quadro como o que se segue:
Dissolução
Solvente Cristalização
A frio A quente
Água N S S
Etanol S - -
Metanol N S N
1. Pesar num vidro de relógio cerca de 0,5 g do composto a purificar. Anote o peso da amostra.
2. Transferir o composto para um matraz de 100 mL e adicionar uma pequena quantidade de água
(30 mL, medida com uma proveta).
3. Preparar um filtro de pregas e colocá-lo, juntamente com o funil de vidro, na estufa.
4. Aquecer a mistura na placa de aquecimento, se a substância não se dissolver por completo, será
necessário adicionar mais água (novamente tomar nota do volume adicionado) e voltar
aquecer.
5. Após a dissolução completa do composto, retirar o matraz da placa de aquecimento.
6. Seguidamente filtrar a solução para outro matraz, utilizando o funil e o filtro de pregas
preparado anteriormente.
7. Após a filtração, deixar a solução em repouso, se a quantidade de solvente utilizada não foi
exagerada, deverão surgir os primeiros cristais. Colocar o matraz num banho de gelo e deixar
passar o tempo necessário para a completa cristalização do produto (~15 min).
8. Filtrar sob pressão reduzida os cristais obtidos, utilizando o funil de Büchner e um kitasato
ligado a um sistema de vácuo.
9. Lavar os cristais obtidos com pequenas quantidades de água destilada fria (2x), molhando
uniformemente os cristais. Deixar secar os cristais por sucção.
10. Colocar o filtro a secar por completo na estufa. Este deve ser pesado para que se possa
determinar o rendimento da purificação.
Kitasato
Matraz
Papel de filtro
Proveta
Vidro de relógio
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
I. RESULTADOS
1ª parte: Purificação do ácido benzoico por cristalização
1.1 Apresente os compostos utilizados e as respetivas fórmulas químicas:
Rendimento da purificação
DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
QUESTIONÁRIO
1. Explique a finalidade da filtração a quente e a razão pela qual é aconselhado o uso de um funil
de haste curta nesta operação.
2. Explique a finalidade da filtração sob pressão reduzida e compare-a com a filtração a quente
em termos do tipo de impurezas que se elimina numa e noutra operação.
3. A massa de ácido benzoico que vai pesar no fim do trabalho estará aproximada por excesso ou
por defeito? Justifique.
5. Se uma solução aquosa for tratada com cada um dos solventes presentes na tabela 1, indique
qual fase (superior ou inferior) será a orgânica.
Tabela 1: Solventes.
Água 1,000
Clorofórmio 1,480
Acetona 0,788
Hexano 0,659
Benzeno 0,876
6. Pode usar-se etanol para extrair uma substância que se encontra dissolvida em água? Justifique
sua resposta.
I. Objetivos:
Identificar o intervalo normal de pH no sangue humano;
Explicar as causas da acidose e alcalose respiratória e como o sistema renal compensa estes
desequilíbrios;
tem a mesma capacidade que o sistema renal de transportar H +. Estes sistemas atuam no pH
corporal controlando a saída de ácido, bases e dióxido de carbono do organismo. Por exemplo,
quando há excesso de ácido no organismo, o sistema renal compensa excretando mais H+ pela urina.
Do mesmo modo que, aquando de excesso de dióxido de carbono no sangue, o sistema respiratório
pode eliminar este excesso por aumento de atividade respiratória. Os níveis de dióxido de carbono
têm efeito direto no pH porque a sua presença no sangue gera formação de H+, segundo a equação:
Acidose e alcalose
Alcalose respiratória é o estado atribuído a uma deficiência nos níveis de dióxido de carbono.
Fatores que promovem esta condição incluem ambientes de ar rarefeito, típico de altitude elevada,
e hiperventilação, aquando de ansiedade e/ou febre. A hiperventilação elimina demasiado dióxido
de carbono do sangue, promovendo um aumento do pH do mesmo.
temperatura corporal e a ingestão de alimentos, bem como causas mais graves como doença de
Crohn.
Este trabalho será dividido em 3 grupos de atividades. No primeiro grupo de atividades ir-
se-á centrar nas acidoses e alcaloses respiratórias. No segundo grupo ir-se-á averiguar como o
sistema renal compensa as acidoses e alcaloses respiratórias e no terceiro grupo ir-se-á estudar as
acidoses e alcaloses metabólicas.
Atividades 1 a 4:
Por defeito está automaticamente selecionada a primeira atividade, “respiratory acidosis and
alkalosis”. Aparecerá a tela representada na figura 1.
lado direito destes estão 3 indicadores de dados relacionados com a pressão parcial de dióxido
de carbono.
Cada experiência deste primeiro grupo de atividades inicia-se clicando no botão “start”
Atividade 1
1. Clique em start para iniciar a experiência. Por defeito o padrão de respiração normal
encontra-se selecionado. Repare que o osciloscópio apresenta medição ao longo de 60
segundos enquanto o potenciómetro lê o pH do sangue que circula os pulmões. Aponte o
valor de pH aos 20, 40 e 60 segundos. Findos os 60 segundos, clique em record data para
avaliar as medições efetuadas pelos dois aparelhos (osciloscópio e potenciómetro). Clique
em “clear tracings” se desejar limpar o gráfico do osciloscópio para as experiencias
seguintes.
Atividade 2a
2. Clique em start. Deixe o osciloscópio fazer a leitura durante 10 segundos e depois clique
em hiperventilação. Repare nas alterações de leitura do potenciómetro e dos valores de
pressão para o dióxido de carbono. Anote os valores de pH para os 20, 40 e 60 segundos.
Findos os 60 segundos, clique em record data para avaliar as medições efetuadas pelos dois
aparelhos (osciloscópio e potenciómetro). Clique em “clear tracings” se desejar limpar o
gráfico do osciloscópio para as experiencias seguintes.
Atividade 2b
3. Clique em start. Deixe o osciloscópio fazer a leitura durante 10 segundos e depois clique
em hiperventilação. Deixe passar mais 10 segundos e clique em respiração normal. Repare
nas alterações de leitura do potenciómetro e dos valores de pressão para o dióxido de
carbono. Findos os 60 segundos, clique em record data para avaliar as medições efetuadas
pelos dois aparelhos (osciloscópio e potenciómetro). Clique em “clear tracings” se desejar
limpar o gráfico do osciloscópio para as experiencias seguintes.
Atividade 3
4. Clique em start. Deixe o osciloscópio fazer a leitura durante 10 segundos e depois clique
em respirar o ar expirado (rebreathing). Repare nas alterações de leitura do potenciómetro
e dos valores de pressão para o dióxido de carbono. Anote os valores de pH para os 20, 40
e 60 segundos. Findos os 60 segundos, clique em record data para avaliar as medições
efetuadas pelos dois aparelhos (osciloscópio e potenciómetro).
Figura 2: tela associada às experiencias sobre compensação do sistema renal em situação de alcalose e acidose
respiratórias.
Do lado esquerdo encontra-se um cilindro que representa o sangue que chega aos rins. Por defeito
a pressão encontra-se nos 40 mm Hg, que representa o valor de pressão para a primeira atividade
deste grupo. Do lado direito encontra-se um simulador de um nefrónio. Ao clicar em start, inicia-
se o processo de fornecimento de sangue ao nefrónio. À medida que o sangue atravessa o glomérulo
do nefrónio, verifica-se a filtração do plasma sanguíneo (água e solutos), sendo o resto recolhido
para o segundo cilindro.
Atividade 4
de H+ e HCO3- na urina obtida da filtração do sangue. Clique em refill para repor o sangue
e passar à atividade seguinte.
Atividade 5
6. Repita o passo 5 fixando agora a pressão parcial de CO2 em 35, 30 e depois 20 e verifique o
pH sanguíneo. Clique em start e deixe a experiência chegar ao fim. Depois clique em
“record data” ou anote a avaliação dos valores de H+ e HCO3- na urina obtida da filtração
do sangue. Clique em refill para repor o sangue e passar à atividade seguinte.
Atividade 6
7. Repita o passo 5 fixando agora a pressão parcial de CO2 em 50, 60 e depois 75 e verifique o
pH sanguíneo. Clique em start e deixe a experiência chegar ao fim. Depois clique em
“record data” ou anote a avaliação dos valores de H+ e HCO3- na urina obtida da filtração
do sangue. Clique em refill para repor o sangue e passar à atividade seguinte.
Atividade 7
8. Assegure-se que o metabolismo basal se encontra a 50Kcal/h, que será o valor arbitrário
considerado como normal;
9. Clique em start para começar a experiência. Repare o fluxo de sangue em movimento.
Aparecerá, no lado direito, um osciloscópio que medirá a atividade respiratória. Abaixo
deste apresentam-se alguns parâmetros metabólicos: BPM (breaths per minute), pH
sanguíneo, pressão parcial de dióxido de carbono e concentrações de H + e HCO3-. Clique
em “record data” ou anote os valores obtidos para cada parâmetro e depois “clear tracings”
para limpar o gráfico do osciloscópio.
Atividade 8
Atividade 9
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
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2. Qual a indicação relativa à concentração de HCO3- presente na urina a cada um dos níveis
de pressão de CO2 /pH?
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2. Qual a indicação relativa à concentração de HCO3- presente na urina a cada um dos níveis
de pressão de CO2 /pH?
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I. Objetivos:
Normalmente, consideram-se águas macias aquelas que apresentam uma dureza (expressa em mg
de carbonato de cálcio por litro) inferior a 75 mgCaCO3/L e águas duras aquelas que apresentam
durezas superiores àquele valor.
A dureza total de uma amostra de água é definida como a concentração total de catiões bivalentes,
principalmente cálcio e magnésio. Esta dureza total pode ser dividida em dois tipos: dureza
temporária, ou dureza de carbonatos, causada pela presença de sais carbonato e bicarbonato; e
dureza permanente, ou dureza de não-carbonatos, causada pela presença de outros tipos de sais,
como os sulfatos e os fosfatos. A dureza temporária pode ser quase totalmente eliminada por
fervura.
Para muitos fins, é indiferente se uma água é dura ou macia. Por exemplo, para apagar fogos, regar
jardins, lavar ruas ou manter um barco a flutuar, a água teria que ser muito dura antes de causar
qualquer tipo de problema.
A água dura é considerada ideal para levedar determinados tipos de cerveja e o típico bourbon
whiskey do Kentucky deve, em partem, o seu sabor à elevada concentração de cálcio na água
existente no subsolo da região. Alguns produtos químicos presentes na composição de águas duras,
como os silicatos e o carbonato de cálcio, são bons inibidores de corrosão e podem prevenir danos
nas canalizações ou contaminações por produtos de corrosão potencialmente tóxicos.
No entanto, para operações que impliquem o uso de sabões, a água macia é a mais indicada.
Operações simples, como tomar banho, lavar a louça e a roupa, fazer a barba, etc, tornam-se mais
complicadas com uma água dura. As águas duras exigem quantidades consideráveis de sabão para
se conseguir produzir espuma, tanto que, no passado, a dureza da água era considerada uma
medida da sua capacidade de precipitar sabão.
Um grande inconveniente das águas duras é a deposição de iões carbonato e bicarbonato nas
canalizações e aparelhos, o que pode levar a graves problemas, quer a nível industrial, quer a nível
doméstico. Assim, foi necessário desenvolver métodos para controlar a dureza da água. O método
mais utilizado, a nível industrial, é o da adição de cal, que é o método mais económico. Outra forma
de controlar a dureza da água é através do uso de resinas permutadoras de iões, que prendem os
carbonatos e bicarbonatos, impedindo que estes se depositem.
A nível doméstico, é vulgar o uso de Calgon, que é composto, essencialmente, por EDTA (ácido
etilenodiaminatetracético, C10H16O8N2), que é o agente quelante mais utilizado na atualidade. O
EDTA é também utilizado como antídoto para o envenenamento por metais, como anticoagulante
e como ingrediente numa larga variedade de reagentes da indústria.
Para a determinação da dureza total de uma amostra de água, utiliza-se o método volumétrico,
usando, como titulante, uma solução de um sal sódico de EDTA, o EDTA-Na (Na2C10H12O8N2·2H2O),
previamente padronizada, e, como indicador, o negro de ericromo-T, que apresenta cor azul
intenso.
Um indicador é um composto com uma propriedade física (normalmente a cor) que muda
bruscamente perto do ponto de equivalência, devido ao desaparecimento do analito ou ao
aparecimento de excesso de titulante. Os indicadores são escolhidos de modo que a viragem de cor
se dê o mais próximo possível do ponto de equivalência. Assim compreende-se que o ponto em que
a titulação é interrompida corresponda ao ponto final da titulação. Quanto mais afastado este
estiver do ponto de equivalência, maior será o erro associado ao método volumétrico.
Os iões cálcio e magnésio formam um complexo com cor vermelho-vinho, com o indicador negro
de ericromo-T, a pH=10. Com a adição de uma solução de EDTA-Na, o cálcio e o magnésio formam,
com este, um complexo muito estável, desligando-se, portanto, do indicador. Quando for
adicionada uma quantidade suficiente de EDTA para complexar todo o cálcio e magnésio, a solução
passará da cor vermelho-vinho para a cor azul, sendo este aspeto que determina o fim da titulação.
O EDTA é um composto orgânico que forma complexos muito estáveis com catiões
metálicos. Age como um ligando hexadentado, ou seja, pode formar seis ligações ao átomo central
(metal).
Entre variadíssimas aplicações, como aquela que vai ser desenvolvida neste trabalho, o EDTA é
usado em terapias de quelatação. Este aminoácido é introduzido no organismo lentamente, por via
intravenosa. Este procedimento medicamente assistido é usado no tratamento e prevenção de
doenças cardiovasculares. Quando devidamente administrado, o EDTA melhora a função
metabólica e aumenta o fluxo sanguíneo. Os estudos existentes até à data descrevem a utilização
de alguns sais de EDTA, mas podem ainda ser estudadas outras composições e derivados na
aplicação terápica e outras. Este composto é também usado no tratamento de envenenamentos por
metais pesados (mercúrio e chumbo), dada a sua capacidade de formar complexos estáveis com
estes metais. Em combinação com o crómio, o EDTA é também usado na monitorização da função
renal.
A nível de laboratório bioquímico e de biologia molecular, o EDTA é usado para desactivar enzimas
metalo-dependentes que podem danificar o DNA; é também usado como anticoagulante em
laboratórios de análises clínicas, sendo adicionado às amostras de sangue recolhidas.
1. Diluir 25,00 mL da solução padrão de CaCO3 0,01 M até um volume de 50,0 mL;
2. Adicionar 1 mL de NH4OH para obter um pH=10. Confirmar o pH com papel indicador
universal;
3. Adicionar 0,05 g de indicador negro de ericromo-T. A solução deve ficar cor vermelho-
vinho;
4. Preparar uma bureta de 25 mL com a solução de EDTA-Na a titular;
5. Titular a solução com EDTA-Na 0,01 M até ao aparecimento de uma coloração azul.
Adicionar as últimas gotas em intervalos mais espaçados. Anotar o volume gasto na
titulação;
6. Considerando que as soluções de CaCO3 e EDTA-Na reagem segundo a estequiometria 1:1,
calcule a concentração da solução a titular;
7. Repetir até obtenção de volumes concordantes.
3. Adicionar 0,1 g de indicador negro de ericromo-T. A solução deve ficar cor vermelho-vinho;
5. Titular a solução com EDTA-Na 0,01 M, lentamente e com agitação, até ao aparecimento
de uma coloração azul. Adicionar as últimas gotas em intervalos mais espaçados. Anotar o
volume gasto na titulação;
7. Repetir o procedimento para a água destilada disponível no laboratório, que vai funcionar
como branco, para corrigir uma possível contaminação por Ca2+ e Mg2+.
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
Média
Água de abastecimento:
Va V b EDTA Na
mgCaCO / L
3
VA
VA – Volume da amostra, em mL
CaCO 3
Dureza total da amostra: __________ mg /L
3 – Exemplo de cálculos
4 – Discussão/Conclusão
5 – Questionário
5.1 – Explique como se formam os complexos metálicos e os tipos de ligações existentes neste tipo
de compostos.
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I. Objetivos:
Determinar a lei de velocidade para uma reação química;
Ao nível biológico, são inúmeras as reações bioquímicas cuja cinética depende de moléculas
específicas, como enzimas, para manter a homeostasia corporal.
Velocidade = k[A]p[B]q
Neste trabalho iremos determinar a lei de velocidade da reação do persulfato, K2S2O8, com
o iodeto de potássio. A reação é:
Velocidade = k[S2O82]p[I-]q
ln(velocidade) = p.ln[S2O82] + C
A constante de velocidade (k) será determinada por substituição dos valores de p e q na lei
de velocidade, calculando k para cada ensaio e fazendo a média dos resultados.
A velocidade da reação será o tempo necessário para produzir uma certa quantidade iodo.
Como ajuda para determinar qual o momento em que estão produzidos 0,1mmoles de iodo faz-se
reagir o iodo produzido com o tiossulfato de sódio, Na2S2O3. Esta reação é:
A reação de Na2S2O3 com o I2 é muito mais rápida (várias ordens de magnitude) do que a
reação em estudo por isso a sua presença não tem influência significativa nos resultados. São
adicionados exatamente 0,1 mmoles de Na2S2O3 à mistura reacional para cada ensaio. O iodo em
excesso começará acumular e reagirá com o indicador de amido apenas quando todo o tiossulfato
tenha reagido. Como 0,1 mmol de Na2S2O3 consomem 0,05 mmoles de I2, o indicador de amido
muda para azul quando 0,1mmoles de iodo tenham sido produzidos pela reação em estudo. A
velocidade da reação pode ser calculada dividindo 0,05 mmoles de iodo pelo tempo em segundos
que demora a aparecer a cor azul.
A tabela abaixo sumaria a preparação das soluções dos ensaios para a determinação da lei
de velocidade da reação química. Todos os volumes estão mL.
Solução A Solução B
Ensaio
Água KI 0,3M Amido Na2S2O3 0,02M K2S2O8 0,1M
1 74 5 1 5 15
2 69 10 1 5 15
3 64 15 1 5 15
4 54 15 1 5 25
5 44 15 1 5 35
1 - Prepare a solução A num matraz. Agitar bem a solução e registar a sua temperatura.
2 - A reação inicia-se quando metade da solução B é misturada com A, assim é a partir desse
momento que se deve cronometrar. Colocar o matraz em cima de uma folha branca de
papel para que a mudança de cor seja mais facilmente detetada.
Cálculos
1 - Determine a concentração inicial, após a mistura, dos iões persulfato e iodeto para todos
os ensaios;
2 - Determine a velocidade de reação para cada ensaio em moles de iodo por segundo;
3 - Usando os ensaios 1, 2, 3 faça um gráfico para representar ln(velocidade) vs. ln([I -]).
Determine q a partir deste gráfico;
RELATÓRIO
1. 4.
2. 5.
3. Data da aula:
RESULTADOS
l
Ensaio
Na2S2O3
Água KI 0,3M Amido K2S2O8 0,1M Tempo de reação
0,02M
(s)
Do gráfico calcule:
Do gráfico calcule:
Lei da velocidade:
Valor médio de k:
3 – Exemplo de cálculos
4 – Discussão/Conclusão
5 – Questionário
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Bibliografia