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RELATÓRIO – X CONGRESSO NACIONAL DA FEPODI

NOME DO ACADÊMICO: Matheus Melo da Silva RGM: TURMA: 8° A


181.252
PALESTRANTE: Felipe Chiarello De Souza Pinto
TEMA DA PALESTRA: Direito Disruptivo - Tecnologia e Humanidade

PRINCIPAIS PONTOS APRESENTADOS PELO PALESTRANTE

Na abertura do X Congresso Nacional da FEPODI, o palestrante Dr. Felipe Chiarello De Souza Pinto,
advogado, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação e professor titular da Faculdade de Direito e do Programa
de Mestrado e doutorado em Direito Político e Econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie e
Membro da Academia Mackenzista de Letras, trouxe aos universitários, conhecimentos inovadores e atuais
sobre o Direito Disruptivo.

O palestrante falou muito sobre a inteligência artificial, apresentou inúmeros dados, gráficos, relatórios,
pesquisas e estudos em cima do tema e sobre a pergunta: Como será o futuro do Direito? E pontuou: “A
inteligência quem tem são os seres humanos, a parte artificial é composta por algoritmos que a inteligência
humana utiliza”.

O presente trabalho traz como tema de pesquisa a Quarta Revolução Industrial e seus reflexos nas
relações de trabalho à luz do ordenamento jurídico brasileiro. Para tanto, busca abordar as
profundas transformações decorrentes do processo de evolução tecnológica que tem impactado todo
o mundo, nos diferentes setores da sociedade, desde a economia, educação, saúde, lazer, relações
interpessoais e de trabalho. Considerando esse cenário tecnológico disruptivo, a presente pesquisa
tem como ponto de partida o fenômeno da Quarta Revolução Industrial e busca contribuir, de forma
original, com uma resposta ao seguinte problema: qual o modelo de proteção jurídico-social
adequado para acolher o expressivo avanço tecnológico e, ao mesmo tempo, garantir a proteção do
trabalhador e dos empresários que precisam se adaptar a essa nova realidade? Para responder a essa
indagação, a investigação assenta-se no método dedutivo, partindo das seguintes premissas, que
foram confirmadas no curso do trabalho: a) (premissa maior) a Quarta Revolução Industrial é uma
revolução tecnológica disruptiva (expressão utilizada para demonstrar a ruptura com padrões
anteriormente adotados); b) (premissa menor) em função do caráter disruptivo da Quarta Revolução
Industrial, houve o surgimento de novos trabalhadores, com características específicas que fogem à
classificação binária clássica do Direito do Trabalho, bem como, de um novo empreendedor digital,
que necessita adaptar-se à nova realidade, cabendo ao direito conferir a esses atores a segurança
jurídica adequada nas contratações dessas novas modalidades de trabalho; c) (conclusão) o caráter
disruptivo da Quarta Revolução Industrial também está presente na classificação das relações de
trabalho, sendo preciso portanto, repensar o Direito e suas categorias clássicas de relação de
trabalho, já que o padrão binário clássico, limitado ao trabalhador autônomo e subordinado,
apresenta-se insuficiente para a nova realidade. Assim, além de regulamentação jurídica própria,
torna-se necessário implementar arranjos institucionais e políticas públicas, com a colaboração de
entidades públicas e privadas dos mais variados setores da economia, envolvendo sindicatos,
secretarias de governo, Poder Judiciário, órgãos fiscalizadores do trabalho e representantes do
Ministério Público, para que, juntos, possam celebrar parcerias bem elaboradas de interesse comum
de toda a sociedade. Desse modo, este trabalho aponta para a necessidade da adoção de uma
classificação trinária ou tricotômica das relações de trabalho, acrescentando o gênero tertius do
“trabalhador coordenado digital”. Uma vez assegurados direitos mínimos e proteção adequada ao
trabalhador coordenado digital, mediante regulamentação jurídica própria, arranjos institucionais,
políticas públicas e conscientização coletiva, emerge a importância de aproveitar esse momento de

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Quarta Revolução Industrial para retirar dessa tecnologia as melhores oportunidades para todos os
atores envolvidos.

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