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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO: PSICOLOGIA
CAMPUS - SOROCABA

BEATRIZ NOGUEROL ANTONIO G8978H4


CAMILA FERNANDES DA CRUZ R040410
JULIA GABRIELLI BERA ZAMONER G9422J2
LARA ARIANE DOS SANTOS G91GGJ1
LÍVIA VITÓRIA CLEMENTE DE ALENCAR SILVA R0915G6
TAWANA BARBOSA DE ANDRADE R109291

CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO


O PSICÓLOGO DO ESPORTE

SOROCABA
2024

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BEATRIZ NOGUEROLANTONIO G8978H4
CAMILA FERNANDES DA CRUZ R040410
JULIA GABRIELLI BERA ZAMONER G9422J2
LARA ARIANE DOS SANTOS G91GGJ1
LÍVIA VITÓRIA CLEMENTE DE ALENCAR SILVA R0915G6
TAWANA BARBOSA DE ANDRADE R109291

CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO


O PSICÓLOGO DO ESPORTE

Trabalho apresentado como exigência para obtenção


de nota na disciplina Psicologia Ciência e Profissão e
Atividades Práticas Supervisionadas – APS do 1º
semestre do curso de Psicologia, sob a orientação da
profa. Ma. Leonor Cordeiro Brandão.

SOROCABA
2024
INTRODUÇÃO

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Esse trabalho tem como objetivo estabelecer contato com as várias
modalidades de atuação profissional do psicólogo, por meio de entrevistas. O nosso
grupo entrevistou três profissionais da área esportiva, chamadas de PC1, PC2 e PC3.
As entrevistas foram realizadas de forma online, nos dias 17,18 e 20 de março
de 2024.
Para realização das entrevistas foi utilizado um questionário com os seguintes
tópicos: A: caracterização do campo de atuação; B: população atendida; C: formação
profissional e; D: mercado de trabalho.
Além da descrição das informações obtidas, nosso grupo fará uma reflexão
sobre essas informações, relacionando-as com os textos discutidos, ou referenciais
pesquisados na disciplina.
A psicologia do esporte e do exercício envolve o estudo e aplicação prática dos
comportamentos humanos em contextos esportivos e de atividades físicas.
Inicialmente, seu propósito era compreender a interação entre mente e corpo para
melhorar o desempenho esportivo. O papel do psicólogo do esporte é promover
qualidade de vida, bem-estar e reduzir riscos no contexto do exercício e esporte, indo
além do aspecto competitivo.

O PSICÓLOGO DO ESPORTE

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A) Caracterização do Campo de Atuação:

As PC1 e PC2 possuem uma experiência variada, que abrange tanto o trabalho
em um centro de treinamento, onde atendem um grupo de pessoas ao mesmo tempo,
quanto em clínicas com atendimentos individuais. A PC3 trabalha apenas em uma
clínica particular em Recife. Na prática da psicologia do esporte, é notável a
flexibilidade com que os profissionais dessa área conseguem se adaptar às
necessidades individuais e coletivas de seus pacientes, seja trabalhando um a um
com atletas para aprimorar aspectos como foco, motivação e resiliência, ou atuando
junto a equipes para fortalecer a dinâmica de grupo e a comunicação, o psicólogo do
esporte desempenha um papel fundamental no cenário esportivo.

As três psicólogas destacam a importância de trabalhar em conjunto com


outros profissionais, que envolve a colaboração de psicólogos e profissionais de
diferentes áreas como treinador, preparador físico, fisioterapeuta, nutricionista para
aplicar estratégias educacionais no contexto esportivo.

Tanto a PC1 quanto a PC2 demonstram versatilidade em seus métodos de


trabalho, atuando tanto presencialmente nos centros de treinamento quanto online.
Essa flexibilidade permite que elas alcancem um público mais amplo e ofereçam
suporte aos pacientes em diferentes formatos, adaptando-se às necessidades e
preferências individuais. A PC3 adota uma modalidade de trabalho que se mantém
consistente, atendendo tanto presencialmente quanto online, contudo,
exclusivamente em sua clínica particular. Essa abordagem híbrida, que combina
sessões presenciais em ambientes clínicos com consultas realizadas por meio de
plataformas digitais, assegura que atletas e equipes possam ter acesso a suporte
psicológico de qualidade, independentemente de onde estejam, facilitando assim a
integração do cuidado psicológico em suas rotinas de treinamento e competição.

B) População Atendida:

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A PC1 destaca que atualmente seus pacientes possuem entre 9 e 26 anos de
idade, com condições financeiras boas, sendo sua maioria de classe média, tendo
destaque em atletas do gênero masculino. A PC2 conta que atende pessoas dentro
do CTE (Centro de Treinamento Esportivo) com situações de vulnerabilidade social,
onde a faixa etária varia entre 13 e 25 anos, sendo tanto homens quanto mulheres.
Não sendo muito diferente das outras psicólogas, a PC3 atende pessoas nessa
mesma faixa de idade, igualmente atendendo pessoas de ambos os gêneros e que
não passam dificuldades como os pacientes da PC2.

As três psicólogas relatam que os pacientes chegam até elas por meio de
diversas fontes, incluindo indicações pessoais, redes sociais e encaminhamentos de
treinadores que buscam apoio psicológico no contexto esportivo, entre outros canais
de referência. Todas concordam que psicologia ainda é vista como um tabu pela
sociedade em geral, principalmente devido à persistente estigmatização em torno da
saúde mental. Muitas pessoas encaram questões relacionadas à saúde mental como
insignificantes ou até mesmo como "frescura", o que cria um ambiente de receio e
desconfiança em relação à busca por ajuda profissional. Esse estigma pode ser
especialmente prejudicial, pois impede que indivíduos que estão enfrentando
dificuldades emocionais ou psicológicas busquem o suporte necessário. O medo do
julgamento social e a falta de compreensão sobre a importância do cuidado mental
muitas vezes impedem que as pessoas reconheçam e abordem seus próprios
desafios de saúde mental, prolongando seu sofrimento em silêncio.

Elas destacam que os psicólogos desempenham um papel fundamental em


diversas áreas, e no contexto esportivo não é diferente. Sua contribuição vai além do
aspecto físico, estendendo-se ao desenvolvimento mental e emocional dos atletas.
Ao trabalhar em estreita colaboração com eles, os psicólogos ajudam os atletas a
superarem desafios psicológicos, como ansiedade, autoconfiança e foco. Essa
assistência resulta em melhorias significativas no desempenho, tanto físico quanto
mental, permitindo que os atletas alcancem seu potencial máximo e atinjam seus
objetivos com mais consistência e confiança.

C) Formação Profissional:

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As psicólogas destacaram que o curso de graduação não oferece os requisitos
adequados para a formação de psicólogos na área do esporte. Dentro do currículo, o
esporte é abordado de forma limitada, sendo considerado apenas uma pequena parte
do conteúdo programático. Elas enfatizam que a graduação representa apenas uma
fração do conhecimento necessário para atuar efetivamente nesse campo específico.
Comparando-o a um iceberg, elas afirmam que a graduação é apenas "a pontinha do
iceberg", indicando que há uma vastidão de conhecimentos e habilidades a serem
explorados além do que é ensinado no curso de graduação. A PC1 e PC3 fizeram
especialização em neuropsicologia, a PC2, assim como as outras, cita a importância
de uma formação posterior e de sempre estar fazendo cursos depois da graduação.

D) Mercado de Trabalho:

A PC2 e PC3 possuem pouco tempo de experiencia pois se formaram entre


2020 e 2022, PC2 conta que entrou no mercado por meio de estágio no Centro de
Treinamento Esportivo e que frequentava muitos congressos, assim, ela foi fazendo o
próprio nome e conquistando seu espaço dentro da psicologia do esporte. A PC3
destaca que seu processo de entrada no mercado de trabalho foi muito rápido e que
fez seu nome por meio das redes sociais. Diferentemente da PC1 que se formou em
2013 e conta que o processo de entrada foi muito demorado, alegando que foram 10
anos de trabalho para chegar na posição que está hoje.

As psicólogas expressam a crença de que o mercado de trabalho no ramo do


esporte está destinado a crescer no futuro. Elas fundamentam essa visão na previsão
de um aumento na demanda por serviços psicológicos especializados nesse setor em
expansão. Além disso, argumentam que à medida que o reconhecimento da
importância do suporte psicológico no esporte se dissemina, o campo se tornará mais
conhecido e valorizado. Essa perspectiva otimista reflete a confiança das psicólogas
no potencial de crescimento e desenvolvimento da profissão no contexto esportivo.
As psicólogas compartilham a percepção de que o mercado atualmente está
desvalorizado no contexto esportivo, refletindo-se em remunerações relativamente
baixas para os profissionais da área. Essa observação sugere uma disparidade entre

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a demanda crescente por serviços psicológicos no esporte e o reconhecimento
financeiro atribuído a essas habilidades e serviços. Essa realidade pode representar
um desafio significativo para os psicólogos que buscam se estabelecer e prosperar
nesse campo específico.

ANÁLISE E DISCUSSÃO

A atuação do psicólogo na área do esporte desempenha uma função social


abrangente e significativa, que vai além do simples aprimoramento do desempenho
atlético. Enquanto tradicionalmente a visão do psicólogo do esporte pode ser
associada ao auxílio na gestão do estresse pré-competitivo ou no desenvolvimento
de habilidades mentais para atletas, sua função social é muito mais ampla. Em
primeiro lugar, o psicólogo do esporte desempenha um papel fundamental na
promoção do bem-estar psicológico dos atletas. Ele não apenas auxilia na resolução
de problemas emocionais e mentais que possam surgir durante a prática esportiva,
mas também trabalha para criar um ambiente de apoio emocional e social que
promova a saúde mental dos atletas. Além disso, a atuação do psicólogo do esporte
pode contribuir para o desenvolvimento de valores positivos e éticos dentro do mundo
esportivo. Ao trabalhar com atletas de todas as idades e níveis de habilidade, o
psicólogo do esporte tem a oportunidade de ensinar habilidades de liderança,
trabalho em equipe, resiliência e ética esportiva, que podem ter um impacto positivo
não apenas no desempenho esportivo, mas também na vida pessoal e profissional
dos indivíduos. Outro aspecto importante da função social do psicólogo do esporte é
seu papel na promoção da inclusão e da diversidade no esporte. Ao reconhecer e
abordar as barreiras psicológicas e sociais que podem impedir a participação plena
de certos grupos no esporte, como mulheres, pessoas com deficiência ou minorias
étnicas, o psicólogo do esporte trabalha para tornar o esporte mais acessível e
equitativo para todos. Em suma, a atuação do psicólogo na área do esporte vai além
do campo de jogo, tendo um impacto significativo na vida dos atletas, nas
comunidades esportivas e na sociedade em geral. Ao promover o bem-estar
psicológico, valores positivos e inclusão no esporte, o psicólogo do esporte

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desempenha um papel essencial na construção de uma sociedade mais saudável,
ética e igualitária.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LOBO, Beatriz. Psicologia do Esporte: O Que É E Como Atuar na Área. Disponível em:
https://www.artmed.com.br/artigos/psicologia-do-esporte-o-que-e-e-como-atuar-na-area.
Acesso em 25. Mar. 2024.

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