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Cópia de Documento Sem Título
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A partir daí se tem a primeira virada para o segundo ato, assim como começa
a se revelar quem de fato é a protagonista da história: Julia. A garota, em busca de
satisfazer o companheiro, não dosa a força das pancadas e acerta Gabriel em
cheio. O mesmo desmaia, mas Julia pensa que tudo faz parte do teatro sexual que
estavam fazendo. Até então, o clima intimista da câmera é o mesmo. Ela se
empolga, atingindo extremos para torturar o garoto sexualmente. Nesse momento, o
jogo de câmera é rápido, mostrando vários objetos aleatórios adquiridos, deixando a
mercê do espectador o que a menina pode estar fazendo para tentar “entreter
sexualmente” seu parceiro com ele. Até que retorna o ritmo padrão. Julia, ao
quebrar uma lâmpada e finalmente parar com os jogos sexuais, tenta falar com
Gabriel e percebe que o mesmo não responde. Com a lâmpada quebrada, a
iluminação do quarto passa a ser um misto entre a luz fria do banheiro e da lua, com
a luz quente das velas, que vem de baixo, o que dá um ar misterioso e levemente
sombrio para a cena.
O conflito se desenrola com Julia chamando seu grande amigo, Felipe, para
o local, afim de conseguir ajuda para Gabriel. No entanto, Felipe é, notavelmente,
por suas posturas, vestes e jeito cantado de falar, extremamente prepotente e,
apesar do jeito doce, tem como único objetivo fazer sexo com Julia. Ele a impede
de chamar ajuda e a convence a resolver tudo por meio de pesquisas no google.
Para esse momento, a referência de direção é o seriado adolescente “Riverdale”.
Em um momento de maior calmaria, enquanto esperam Gabriel acordar, o momento
cresce para o romance, novamente. Dessa vez, entre Felipe e Julia. O amigo
começa a investir em uma conversa agridoce com a menina, enquanto Gabriel
permanece mórbido ao fundo. Ao tentar beijar Julia, a câmera tem pouca
profundidade de campo, criando um clima quase milagroso com o garoto em
chamas ao fundo. Este é o fim do segundo ato.
O terceiro ato se inicia com os dois amigos realizando que Gabriel está em
chamas, no chão. O clima agora é bem mais caótico. Felipe mostra seu lado
“heroico/medroso”, ao se prontificar para salvar o garoto mas não fazer nada. A historia se
desenrola com o fogo sendo apagado. A câmera, nesse momento, tenta captar um
momento caótico, de forma estática. Contra plonges dos rostos preocupados, planos
estáticos com os personagens entrando e saindo em meio as ações corridas e planos muito
próximos, quase invasivos. Dessa forma, será captado a ação de forma incompleta, dando
margem à imaginação do espectador, o instigando a querer mais e o incomodando por não
o fazer. Felipe propõe, mais uma vez, que Julia fique com ele. E mais uma vez, sendo
rejeitado. Ela ama Gabriel. Esse é o plano final. Uma estética completamente mórbida, no
entanto, extremamente romântica e carinhosa, um casal apaixonado na banheira.