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CURSO DE DIREITO

Autorizado conforme Portaria MEC/SERES de nº 587, de 27 de agosto de 2018

RESUMO DE PONTOS PARA A AP1


DISCIPLINA DE PSICOLOGIA JURÍDICA

Conceito e objeto de estudo da Psicologia Jurídica:


A Psicologia Jurídica é uma sub área da Psicologia encarregada de estudar e
compreender o comportamento humano que tem lugar nos contextos jurídico-forenses.
Seu conhecimento, de modo algum, está “subordinado” ao Direito, como uma disciplina
de menor expressividade. Pelo contrário: trata-se de um auxílio à Ciência Jurídica,
especialmente no que se refere ao fornecimento de informações técnicas para um
melhor entendimento das demandas.

Objetivos da Psicologia Jurídica:


Em primeiro lugar, olhar para as pessoas nos contextos jurídicos e entende-las de forma
ampliada, uma vez que o comportamento humano é, por natureza, complexo. Ou seja,
não pode ser explicado apenas por um único fator isolado. Em segundo lugar, pretende
auxiliar os profissionais do Direito na avaliação e entendimento de informações do
âmbito psicológico, fornecendo subsídios às decisões jurídicas.

O que são as funções mentais superiores e qual a importância delas?


São elementos básicos que permitem uma compreensão geral acerca das ações
humanas. Comuns a todas as pessoas, elas auxiliam na explicação de determinadas
formas de pensar e agir. Assim, são importantes porque mostram as características mais
fundamentais de todo ser humano, contribuindo para melhor evidenciar os
comportamentos.

Qual o conceito de sensopercepção e quais os fatores que interferem nela?


Trata-se da junção de duas funções mentais: sensação e percepção, referindo-se ao
processo comum que essas funções permitem. A sensação é a capacidade de captarmos
estímulos externos e internos, tanto do ambiente físico como do ambiente organísmico
(nosso corpo), respectivamente. Já a percepção é a capacidade de interpretarmos esses
mesmos estímulos. Alguns fatores interferem na sensopercepção, como por exemplo: a
emoção, a capacidade sensitiva de cada pessoa, as experiências anteriores e as crenças
e valores pessoais.
CURSO DE DIREITO
Autorizado conforme Portaria MEC/SERES de nº 587, de 27 de agosto de 2018

Qual a diferença principal entre a avaliação psicológica clínica e a forense (perícia)?


Na avaliação clínica, o objetivo principal é a manutenção da saúde e a evolução
terapêutica do sujeito, o qual busca espontaneamente o serviço. Já na avaliação forense,
o objetivo é principalmente fornecer informações técnicas às autoridades judiciárias.
Para tanto, nesta última, deve-se haver uma pergunta ponto de partida, que deve ser
respondida pela avaliação psicológica.

De acordo com Gomide e Júnior (2016), quais são as 7 diferenças entre a avaliação
psicológica clínica e a avaliação psicológica forense?
1) Quanto ao objetivo (explicado acima); 2) quanto à perspectiva do cliente: na clínica,
o foco é puramente a saúde do cliente. Na forense, o foco é responder a uma solicitação
do judiciário. 3) Quanto à voluntariedade: na clínica, o cliente procura espontaneamente
o serviço; na forense, o mesmo é como que “obrigado” a submeter-se à avaliação, uma
vez que esta foi solicitada por terceiros. 4) Quanto à autonomia: na clínica, o cliente é
autônomo para envolver-se em seu processo terapêutico; na forense, isso já não
acontece. 5) Quanto à validade: na clínica, a possibilidade do cliente “mentir” é menor,
uma vez que o mesmo busca objetivos comuns na avaliação; na forense, essa
possibilidade é relativamente aumentada, considerando que geralmente o cliente
encontra-se submetido à posições desfavoráveis. 6) Quanto à dinâmica do processo: na
clínica, a ideia central é também a manutenção de vínculos entre psicólogo e cliente; na
forense, o psicólogo não pode nutrir uma postura de vínculo e ajuda. 7) Quanto ao ritmo
e ambiente: na clínica, o ritmo de avaliação é mais livre e segue as particularidades de
cada sujeito; na forense, esse ritmo está relacionado às necessidades do judiciário.

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