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obtenção das estimativas das frações, os correção para essa contaminação não deve
mesmos autores recomendaram a equação gerar grandes alterações nos teores de PDR e
descrita a seguir: PNDR.
Por outro lado, Beckers et al. (1995)
100 %C encontraram efeito da contaminação
RNDc RND microbiana na degradabilidade proteica de
100
alimentos concentrados. Os autores relataram,
que entre os alimentos estudados (farelo de
em que RNDc = resíduo não degradado
trigo, farinha de carne e ossos e farelo de
corrigido (g); RND = resíduo de incubação
soja), a contaminação microbiana representou
aparente (g), e %C = percentual de
menos de 5% dos resíduos, mas que esta
contaminação microbiana em relação à
porcentagem se eleva proporcionalmente com
amostra incubada inicialmente.
passar dos tempos de incubação. Alexandrov
Assim, recomenda-se que em ensaios
(1998) relatou que a adesão microbiana em
in situ, as estimativas de degradação ruminal
resíduos de alimentos concentrados com
da PB, obtidas para volumosos tropicais,
reduzido conteúdo de constituintes da parede
sejam corrigidas para contaminação
celular e reduzido teor de PB é inferior aos
microbiana para que sejam geradas
resíduos com altos níveis de fibra,
estimativas acuradas das frações solúvel ou
demonstrando o papel da FDN na adesão
potencialmente degradável dos alimentos
microbiana e consequente contaminação dos
estudados e das respectivas taxas de
resíduos.
degradação.
Estes fatos ficam evidentes em
Para determinar o impacto da
trabalhos que avaliaram a contaminação
contaminação microbiana em resíduos de
microbiana em resíduos de incubação de
incubação in situ de alimentos concentrados,
alimentos volumosos como Machado et al.
Menezes (2016) conduziu estudo, utilizando
15 (2013), Krawielitzki et al. (2006) e Dixon e
N como indicador microbiano e avaliou 12
Chanchai (2000), sendo que os resíduos se
alimentos concentrados, sendo 6 concentrados
tornam proporcionalmente mais contaminados
proteicos e 6 energéticos. Embora tenha
com proteína microbiana à medida que os
ocorrido contaminação microbiana nos
tempos de incubação avançaram. Entretanto,
resíduos da incubação (Figura 3.1), o autor
esse aumento da contaminação não é linear
não relatou diferença significativa (P>0,05)
pois Krawielitzki et al. (2006), avaliando 20
entre as frações da degradação A, B e kd
diferentes alimentos volumosos e
corrigidas ou não para contaminação
concentrados, observaram que a
microbiana após 72 horas de incubação
contaminação microbiana apresenta
ruminal (Tabela 3.1). Observou-se que
comportamento exponencial em função dos
percentualmente, as maiores contaminações
tempos estudados. Esses autores também
foram obtidas para o milho desintegrado com
concluíram que o nível de contaminação
palha e sabugo e os farelos de girassol e de
microbiana é positivamente correlacionado
trigo, que são alimentos que possuem maiores
com os níveis de FDN do alimento, o que
teores de FDN. Os dados observados por esse
reforça o fato de que alimentos fibrosos
autor evidenciaram que em alimentos
favorecem a adesão microbiana no interior
concentrados a contaminação microbiana
dos sacos de incubação e precisam ser
representa contribuição irrelevante aos
estudados com maior cautela por parte dos
resíduos de incubação, resultando na
pesquisadores.
recomendação aos pesquisadores que a
50 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
Figura 3.1 - Contaminação microbiana em resíduos obtidos após 72 horas de incubação in situ de
concentrados proteicos e energéticos em bovinos. MDPS = milho desintegrado com
palha e sabugo (Adaptada de Menezes, 2016).
Tabela 3.1 - Frações solúvel (a) e potencialmente degradável (b) da proteína bruta e taxa de
degradação da fração b (kd) corrigidas e não-corrigidas para contaminação microbiana
em ingredientes concentrados energéticos e protéicos
1993). 3MDPS – milho desintegrado com palha e sabugo. Adaptada de Menezes (2016).
52 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
Tabela 3.2 - Período de incubação necessário (horas) para estimação da proteína degradável no
rúmen (PDR) de alimentos concentrados, considerando duas taxas de passagem
Taxa de passagem ruminal
0,05 h-1 0,08 h-1
Alimentos4
Intervalo de confiança Intervalo de confiança
TII1 TIM2 EPM3 Inferior Superior TII1 TIM2 EPM3 Inferior Superior
Milho grão 15,2 10,3
1 Sorgo grão 16,3 15,4 0,46 13,4 17,4 10,6 10,4 0,12 9,80 10,9
MDPS5 14,8 10,2
Farelo de trigo 6,20 5,00
2 Farelo de arroz 6,10 6,80 0,60 4,20 9,30 4,90 5,40 0,41 3,60 7,10
Casca de soja 7,90 6,20
Farelo de algodão 9,10 7,00
Farelo de soja 9,20 7,00
3 Feijão 11,4 9,90 0,41 8,80 11,1 8,30 7,50 0,25 6,80 8,20
Farelo de amendoim 9,80 7,40
Farelo de girassol 10,2 7,60
1
TII = Tempo de incubação individual; TIM = Tempo de incubação médio; 3EPM = Erro padrão da média;
2
4
Alimentos agrupados em Cluster; 5Milho desintegrado com palha e sabugo. Adaptada de Menezes (2016).
d) Condições internas nos sacos de incubação muitos anos foi utilizado como padrão para
incubação o tecido de nylon com porosidade
De acordo com López (2005), as variando entre 40 a 60 μm, conforme
condições no interior do saco de incubação recomendado por Nocek (1997). Entretanto,
devem ser similares ao restante do rúmen. esta porosidade vem sendo questionado em
Dessa forma a escolha apropriada do tecido estudos nacionais e internacionais. Hvelplund
para confecção dos sacos deve ser criteriosa. e Weisbjerg (2000) recomendaram a
O material deve ser sintético e absolutamente utilização de sacos de nylon com porosidade
refratário à degradação microbiana. Segundo entre 30 a 50 μm no estudo da degradação in
Nocek (1997), a porosidade apropriada de um situ da PB. Entretanto, estudos comparando
saco constitui ajuste entre limitar o influxo de estimativas da degradação proteica em sacos
conteúdo ruminal, não associado ao alimento de diferentes porosidades não foram
avaliado, permitindo-se, no entanto, o influxo encontrados na literatura consultada. Assim,
de populações microbianas para degradação, até que mais estudos sejam conduzidos para
enquanto, ao mesmo tempo, limita-se a saída avaliar a porosidade ideal dos sacos de nylon
de partículas alimentares não degradadas. Por para melhor obtenção de estimativas da PDR
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 53
detergente neutro, sem a utilização de sulfito PA2 (Proteína verdadeira solúvel) = [PS ×
de sódio; e a PIDA estimada após a extração (PB/100)] – PA1
sequencial, no resíduo obtido após o
tratamento com detergente ácido. A fração A PB1 (Proteína verdadeira insolúvel) = PB – (PA1
é considerada 100% degradada no rúmen e a – PA2 – PB2 – PC)
fração C 100% não degradada.
PB2 (Proteína ligada à fibra) = (PIDN – PIDA) ×
O CNCPS também reconhece que o (PB/100)
desaparecimento da PB no rúmen é uma
função simultânea da kd e kp, e que a kp varia PC (Proteína indigestível) = PIDA × (PB/100)
com o consumo, o alimento e as
características da dieta. Dessa forma, duas em que: PA1 = Fração amoniacal; PA2 =
equações são utilizadas para predizer o kp dos Fração proteica verdadeira solúvel; PB1 =
alimentos não degradados, uma para forragem Fração proteica verdadeira insolúvel; PB2 =
(kp = 0,388 + 22,0 [CMS/PC0,75] + 0,0002 Fração proteica ligada à parede celular ou
[% forragem na MS da dieta]) e outra para ligada à fibra; PC = Fração proteica
concentrado (kp = -0,424 + [1,45 kp para indigestível; PB = Proteína bruta; PS =
forragem]). As taxas de passagem são proteína solúvel em tampão borato-fosfato
ajustadas para alimentos individuais, incluindo azida sódica
utilizando-se um fator de ajuste multiplicativo
para tamanho de partículas, usando a fibra Correlação entre estimativas in vivo, in situ e
insolúvel em detergente neutro fisicamente in vitro
efetiva (FDNfe). Duas equações são usadas
para estimação do fator de ajuste (FA), uma Hvelplund e Weisbjerg (2000)
para forragens (FA = 100/[FDNfe + 70]) e relataram a dificuldade de se validar
outra para alimentos concentrados (FA = protocolos in situ, utilizando métodos in vivo
100/[FDNfe + 90]). da degradabilidade proteica. Segundo os
Os valores de PDR e PNDR podem autores, a maior dificuldade de se conhecer a
ser calculados diretamente pela associação degradabilidade proteica in vivo é estimar a
das frações da PB obtidas, com as suas separação do fluxo de proteína duodenal em
respectivas taxas de passagem e digestão. PNDR, proteína microbiana e proteína
Dessa forma, a PDR (%PB) pode ser endógena. Além disso, a mensuração do perfil
calculada como: A + B1 (kdB1 / [kdB1 + kp]) de degradação de alimentos de forma isolada
+ B2 (kdB2 / [kdB2 + kp]) + B3 (kdB3 / é difícil, sendo na maioria das vezes aplicados
[kdB3 + kp]) e a PNDR = 1 − PDR. Um aos estudos de dietas completas. Hvelplund e
aspecto interessante dessa aproximação Weisbjerg (2000) relataram alguns detalhes
utilizada no CNCPS é que as análises (NNP, importantes que devem ser considerados na
PIDIN, PIDA e proteína verdadeira solúvel) comparação, tais como a taxa de passagem e o
executadas para a estimação das frações da nível de alimentação, que podem influenciar
PB são procedimentos de rotina em diretamente no fluxo de proteína para o
laboratórios, o que facilita a adoção do intestino delgado.
método para a utilização em condições de Vanzant et al. (1996) estudaram
campo (Schwab et al., 2003). estimativas da degradação proteica in vivo e
O sistema CNCPS passou por algumas in situ de três tipos de feno de forragens de
atualizações nos últimos anos, sendo que clima temperado. Utilizando animais
Higgs et al. (2015) apresentaram nova fistulados no rúmen e no duodeno, os autores
nomenclatura para as frações da PB adotadas utilizaram a FDA indigestível (FDAi) como
atualmente pelo CNCPS, embora poucas indicador do fluxo duodenal da matéria
alterações tenham sido realizadas nos orgânica (MO) com a finalidade de estimar o
métodos de análises utilizados pelos autores, total de nitrogênio que escapa da degradação
sendo: ruminal. O fluxo de nitrogênio microbiano foi
estimado através da concentração de purinas
PA1 (Amônia) = Amônia × (PS/100) × (PB/100) na amostra duodenal e do fluxo de nitrogênio
duodenal total. O N endógeno foi estimado
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 57
pelos autores por aproximações matemáticas técnicas utilizadas para mensurar o fluxo
utilizando dados de três autores distintos: duodenal e as quantidades de nitrogênio
Orskov et al. (1986); Hart e Leibholz (1990) e microbiana que atingem esse compartimento.
Lintzenich et al. (1995). Vanzant et al. (1996) Outra limitação é a estimação do nitrogênio
também mensuraram o fluxo duodenal de endógeno, que pode apresentar grande
nitrogênio amoniacal e o nitrogênio total variação, sendo, portanto, dependente do
ingerido. A partir da obtenção desses valores modelo usado para sua estimativa (Tabela
foi calculada a degradabilidade do nitrogênio 3.3).
da dieta da seguinte forma: Gosselink et al. (2004a) compararam
estimativas da degradação in situ, in vitro e in
NNDR = Nduod – NA – Nmic – Ne vivo da PB de 11 volumosos de clima
temperado. Para estimação do N microbiano,
NDR = 1 – NNDR os autores utilizaram tanto o 15N como
também a técnica dos derivados de purina. As
Ao comparar os valores de PDR mensurações in situ foram realizadas no
obtidos in vivo e in situ, Vanzant et al. (1996) rúmen de vacas e ovelhas, utilizando tempos
não observaram diferenças significativas entre de incubação em sacos de nylon de até 72
as estimativas. Os autores atribuíram esse fato horas e ajustadas em modelo exponencial.
à elevada variabilidade dos valores obtidos in
vivo em função das dificuldades inerentes às
1 e ct
(5) DEG (t ) a b
A mensuração do suprimento de
ct
(1 Ke ) proteína de origem microbiana tem sido uma
importante área de estudo dentro da nutrição
( K )(1 e ct ) proteica de ruminantes. O fluxo de proteína
(6) DEG (t ) a b 1 e c
microbiana para o duodeno pode ser
considerado um dos mais importantes e
sensíveis indicadores da otimização do
em que: DEG (t) representa o metabolismo proteico em ruminantes (Tas e
desaparecimento da PB expressa em Susenbeth, 2007). Entretanto, a mensuração
porcentagem; a representa a fração solúvel em direta do fluxo de proteína microbiana no
água no tempo zero; b representa a fração intestino exige animais canulados
insolúvel em água, mas potencialmente cirurgicamente, o que representa alto custo,
degradável no rúmen em determinado tempo; demanda maior cuidado no uso dos animais e
c é um parâmetro relativo a taxa fracional de pode afetar o consumo de MS e
degradação (h-1); t é o tempo de incubação consequentemente o desempenho animal.
(horas); e K é um parâmetro relativo a taxa A estimação do fluxo de proteína
fracional de degradação (h-1) para dado ponto microbiana para o intestino é de fundamental
de inflexão. As taxas de degradação variável importância para se estimar o valor proteico
(kd) destes dois modelos são dadas pelas da dieta e o tipo de contribuição do nitrogênio
seguintes sentenças: total. Dependendo da natureza do nitrogênio
da dieta, o nitrogênio microbiano pode
(7) kd = c/(1 + Ke-ct) contribuir de 50 até 90% do nitrogênio que
alcança o duodeno (Miller et al., 1982). Esta
(8) kd = b × ect quantificação pode ser realizada por
diferentes métodos, que também serão
Em geral, a rusticidade de uma discutidos em sessões posteriores.
equação de degradação se reduz à medida que Assim, um dos importantes fatores
se eleva o número de fases, características que interfere diretamente na obtenção dos
inerentes aos modelos não lineares. Um valores de PDR, é a taxa de passagem adotada
aumento no número de parâmetros utilizados nos cálculos da degradabilidade efetiva da
no modelo também pode reduzir a PB. O NRC (2001) adotou anteriormente três
probabilidade de ajuste matemático, o que diferentes funções para estimação da taxa de
eleva a probabilidade de uso de modelos mais passagem de forragens úmidas, forragens
simples, como é o caso do modelo Ørskov e secas e concentrados. Entretanto, Seo et al.
McDonald (1979), que trabalha com valores (2006) destacaram que os dados compilados
estáticos para taxa de degradação, havendo para geração destas três equações foram
necessidade de menor número de parâmetros obtidos em experimentos que utilizaram as
a serem estimados. Dessa forma, recomenda- terras raras como principais indicadores, o
se o modelo de Ørskov e McDonald (1979), que limita a aplicabilidade das equações aos
por ser simples e funcionar relativamente bem dados experimentais atuais. Assim, Seo et al
para avaliar a degradação proteica dos (2006) propuseram novas equações com base
alimentos. Para qualquer um dos modelos em um banco de dados de 154 trabalhos e 766
utilizados, a partir das frações solúvel (a), observações, dos quais foram gerados
potencialmente degradável (b) e a taxa de modelos matemáticos capazes de predizer a
degradação (kd) mensuradas para PB e a taxa de passagem de diversos alimentos e
partir da taxa de passagem estimada (kp), será dietas com base em indicadores externos.
possível calcular a degradabilidade efetiva, Assim, após ajustes, os autores apresentaram
que corresponderá à PDR: as seguintes equações para estimação das
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 61
relação a outros isótopos, por marcar todos os fração de bactérias associadas à fase sólida é
pools de N microbiano, por não ser superior à das associadas à fase líquida,
encontrado naturalmente na proteína dos podendo representar mais de 90% (Faichney,
alimentos e por não marcar a proteína do 1980) das bactérias isoladas de animais
animal até que os aminoácidos microbianos recebendo dietas volumosas. Assim, os
marcados sejam incorporados aos seus tecidos procedimentos de isolamento bacteriano
(Broderick e Merchen, 1992). O 15N é bem deveriam considerar as bactérias associadas às
distribuído na célula microbiana, logo, no partículas (BAP) para estimação de uma
caso de lise celular durante o isolamento, as relação indicador:N total mais representativa.
perdas de protoplasma, que subestimam a Martín et al. (1994) observaram
quantidade de ácidos nucléicos, são menos diferentes teores de 15N entre BAL (0,164%
prejudiciais na estimação da concentração de do N total) e BAP (0,111% N total),
15
N. possivelmente devido à maior taxa de
Com a infusão de sais de sulfato de crescimento e síntese proteica das BAL.
amônia marcada, (15NH4)2SO4, no rúmen, Embora a contribuição das BAP seja pouco
gradativamente ocorre a síntese de estudada, sua presença na estimação da
aminoácidos microbianos, utilizando como relação indicador:N total microbiano pode ter
precursores a 15NH3 e, com isso, o isótopo grande impacto na estimativa do fluxo de
passa a ser constituinte da proteína proteína microbiana. Carro e Miller (2002)
microbiana. Já os protozoários são marcados encontraram maiores teores de 15N e bases
principalmente após a incorporação do 15N purinas em relação ao N total nas BAL
contido nas bactérias predadas. Broderick e quando comparado às BAP e teores
Merchen (1992) recomendaram a infusão intermediários nos pellets mistos, contendo
contínua, via fístula ruminal, de (15NH4)2SO4 ambas bactérias. Desta forma, métodos
durante 48 horas e estimação do teor de 15N, capazes de isolar bactérias mistas são
segundo o método de Siddons et al. (1985). recomendáveis. A relação 15N:14N e conteúdo
Normalmente, a relação indicador:N de N microbiano, de forma geral, podem ser
microbiano tem sido obtida em bactérias obtidos a partir da média em amostras de
isoladas da fase líquida da digesta ruminal, BAL e BAP, uma vez que em muitos casos
considerando que essa é similar à relação da não são encontradas diferenças entre essas
microbiota ruminal mista, embora diferenças duas formas de isolamento de bactérias
entre bactérias das fases líquida (BAL) e (Machado et al., 2013, Rotta et al., 2014a,
sólida (BAP), bem como entre bactérias e Prates, 2015 e Menezes, 2016; Tabela 3.4)
protozoários sejam amplamente relatadas. A
Tabela 3.4 - Estatística descritiva da relação 15N:14N e N microbiano (% MO) obtida em amostras
de bactérias associadas à partículas (BAP) e bactérias associadas à fase líquida (BAL)
de diferentes estudos
BAP BAL
Autores1 15 14 15 14
N: N N (% MO) N: N N (% MO)
Machado4 3412 7,07 3582 7,20
Rotta5 0,0933 7,80 0,0923 8,20
Menezes6 3042 5,89 3222 5,46
Mariz7 4542 7,17 4632 7,51
Prates8 0,0763 7,274 0,0683 7,354
1
Médias da relação 15N:14N e conteúdo de N bacteriano não diferem pelo teste F (P>0,05), exceto N bacteriano em
Mariz (2016) que foram diferentes entre BAL e BAP (P<0,05). 2Δ por mil. 3valores obtidos em amostras omasais e
considerando enriquecimento de átomos 15N em percentagem 4nitrogênio com base na MO; 4Machado et al. (2013);
5
Rotta et al. (2014a); 6Menezes (2016); 7Mariz (2016); 8Prates (2015).
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 63
No entanto, organismos unicelulares alimentos não são permitidos, isso não causa
possuem alta concentração de ácidos problema com a utilização dessa técnica
nucléicos, especialmente RNA e bases De acordo com Rotta et al. (2014b),
purinas, o que torna interessante a utilização muitos dos trabalhos que avaliaram diferentes
desses como indicadores microbianos indicadores para estimação da proteína
internos. Em torno de 18 % do nitrogênio microbiana ruminal utilizaram amostras
total dos microrganismos ruminais encontra- obtidas no abomaso ou duodeno, e que a
se nos ácidos nucléicos e aproximadamente manutenção de animais fistulados no abomaso
11% do N total está presente nas bases e/ou duodeno é difícil e de alto custo
purínicas (Chen e Ørskov, 2003). Segundo operacional, causando transtorno no manejo
Broderick e Merchen (1992), a utilização de dos animais. Reynal et al. (2005) e
ácidos nucléicos como indicador está bem Ipharraguerre et al. (2007) recomendaram que
estabelecida. O RNA pode ser quantificado o cálculo do fluxo de proteína microbiana
segundo o método proposto por Ling e utilizando 15N como indicador deve ser
Buttery (1978), e as bases purínicas conforme realizado utilizando amostras obtidas a partir
Ushida et al. (1985). do omaso. Porém, ao utilizar 15N e bases
A maior parte dos alimentos apresenta purinas como indicadores, esses autores
baixa concentração de RNA e, segundo encontraram diferença nos valores obtidos
McAllan e Smith (1973), no rúmen ocorre para fluxo de proteína microbiana a partir de
extensiva degradação do RNA exógeno. amostras duodenais. Já Krizsan et al. (2010)
Assim, o fluxo duodenal de RNA é sugeriram que amostras de digesta do retículo
predominantemente de origem microbiana. podem substituir amostras omasais. Mariz
Entretanto, nas farinhas de origem animal, a (2016) estudou possíveis diferenças entre os
concentração de RNA é similar à dos indicadores microbianos 15N e BP para
microrganismos e, dessa forma, não é estimar a síntese e a eficiência microbiana
apropriada a utilização do RNA como ruminal, quando aplicados diferentes níveis
indicador em animais recebendo este tipo de de proteína às dietas de bovinos Nelore e
alimento. Porém, como no Brasil esses cruzados. A autora não encontrou diferença
nas estimativas apresentadas.
AMP
AMP
aminohidrolase 5-nucleotidases
Adenosina
VIAS DE
IMP
CATABOLISMO
5’-nucleotidases Adenosina DE PURINAS EM
deaminase RUMINANTES
Inosina
Adenina Nucleosideo
fosforilase
Guanosina
Adenina
deaminase Hipoxantina Nucleosideo
Guanina fosforilase
X.O.
Guamina
Xantina deaminase
X.O.
Allantoína
Figura 3.2 - Vias de catabolismo de purinas em ruminantes. Adaptada de Chen & Gomes (1992).
a
Derivados Excreção
Ácidos de purinas urinária
nucléicos
da dieta e
d b
Purinas
Purinas
RUMEN absorvidas
endógenas
Ácidos
nucléicos
microbianos c
INTESTINO
degradados
Figura 3.3 - Representação esquemática do princípio do método dos derivados de purina para
estimativa da produção microbiana em ruminantes. Os pontos mais discutíveis do
método são: (a) coleta, amostragem e estimativa da produção urinária, (b) recuperação
urinária de purinas absorvidas, (c) digestão e absorção intestinal de purinas
microbianas e (d) fração endógena de purinas na urina. O ponto (e) representa um
exemplo de aplicação para estimativa da produção microbiana a partir dos derivados
de purina na urina. Adaptada de Chen e Gomes (1992).
66 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
são quase que completamente absorvidas pela período experimental, totalizando 5 dias de
bomba dependente de sódio e potássio jejum absoluto, nos quais foram realizadas
(McAllan, 1980). Em bovinos, a alta atividade coletas totais de urina. Braga et al. (2012)
da enzima xantina oxidase foi observada na encontraram contribuição endógena de 0,332
0.75 0,75
mucosa intestinal e no plasma sanguíneo mmol/PC e 0,384 g N/PC para novilhas
(Chen et al., 1990c), fazendo com que Nelore em crescimento.
hipoxantina e xantina sejam praticamente Alternativamente, a fração endógena
degradadas de forma completa até ácido tem sido estimada como o intercepto da
úrico, diferentemente de ovinos. No fígado, o regressão linear entre excreção urinária de
ácido úrico é oxidado até alantoína pela derivados de purina e bases de purinas
enzima uricase (Tas e Susenbeth, 2007). infundidas pós-rúmen. Alguns estudos têm
Alantoína e ácido úrico não podem ser mostrado que a fração endógena é similar
utilizados pelos tecidos e são excretados entre animais Bos indicus e Bos taurus
principalmente na urina, mas também no leite (Pimpa et al., 2001 ; Prates et al., 2012),
e na saliva (Tas e Susenbeth, 2007). Em enquanto que outros estudos sugerem
bovinos, a alantoína é o principal derivado de diferenças (Chen e Gomes, 1992 ; Osuji et al.,
purina (mais de 80% do total), enquanto que o 1996 ; Bowen et al., 2006). A fração
restante é composto por ácido úrico e endógena em animais Bos indicus foi menos
quantidades desprezíveis de xantina e da metade da observada em animais Bos
hipoxantina (Chen et al., 1990c). Rennó et al. taurus no trabalho de Bowen et al. (2006).
(2000), avaliando o perfil de excreção de Em trabalho realizado no Brasil, Prates et al.
derivados de purina em novilhas de corte, (2012) não observaram diferenças na fração
estimaram que a relação alantoína e ácido endógena de derivados de purina na urina
úrico:purinas totais de, aproximadamente, entre novilhas Nelore e Holandesas.
98%, indica que a concentração de xantina e Trabalhos realizados em condições brasileiras
hipoxantina em relação aos derivados de (Barbosa et al., 2011 e Prates et al., 2012)
purinas seria em torno de 2%, e que esta com animais zebuínos sugerem o uso de um
contribuição seria irrisória no cálculo da valor médio de 0,30 mmol/kg0,75 como valor
produção de proteína microbiana. Dessa da fração endógena de derivados de purinas
forma, o BR-CORTE não recomenda realizar na urina.
análises de xantina e hipoxantina na urina de
bovinos g) Utilização da alantoína urinária como único
estimador da proteína microbiana ruminal
f) Fração endógena de derivados de purina
na urina A alantoína é o derivado de purina
mais abundante, sendo o ácido úrico, xantina
Representado pelo item “d” na Figura e hipoxantina os demais componentes
3.3, a fração endógena de derivados de purina denominados coletivamente como derivados
na urina inclui a porção de derivados de de purina. Em bovinos, devido à alta atividade
purinas oriundos dos ácidos nucléicos da enzima xantina oxidase, que converte
originários da degradação dos tecidos animais xantina e hipoxantina a ácido úrico, as
(Chen e Gomes, 1992). A forma direta de excreções de alantoína e ácido úrico
mensuração da excreção de derivados de constituem cerca de 98% dos derivados
purinas de origem endógena é o uso de urinários de purinas, portanto a contribuição
animais em jejum por longos períodos (Chen da xantina e hipoxantina são irrisórias para
et al., 1990a; Verbic et al., 1990). Braga et al. estimação da excreção total dos derivados de
(2012) submeteram a uma restrição alimentar purina (Rennó et al., 2000). Entretanto,
novilhas Nelore para avaliar a perda endógena quando se considera a proporção de ácido
de derivados de purina, utilizando o seguinte úrico em relação à alantoína, observada em
esquema: alimentação com 1% do PC nos alguns trabalhos de pesquisa nos últimos dez
primeiros oito dias, 0,5% do PC do nono ao anos, nota-se uma relação de 8 a 15% de
décimo primeiro dia e jejum completo do ácido úrico excretado em relação a alantoína
décimo segundo ao décimo sexto dia do na urina (Rennó et al., 2000; Magalhães et al.,
68 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
2005; Pina et al., 2006; Leal et al., 2007; ácido úrico, havendo assim economia de
Oliveira et al., 2007; Teixeira et al., 2007; reagentes para análise e menor tempo
Santos et al., 2010). Sendo assim, torna-se despendido com análises químicas para
interessante para a comunidade científica o estimação da proteína microbiana ruminal.
conhecimento da real relação entre esses
metabólitos, e o ajuste de um modelo h) Técnica auxiliar – Estimativa do volume
matemático capaz de predizer a concentração urinário a partir da creatinina
de ácido úrico excretado na urina.
Sendo assim, utilizando ferramentas A creatinina é formada no músculo
estatísticas como a meta-análise pode-se pela remoção de água da creatina-fosfato,
estimar a proporção entre alantoína e ácido originada do metabolismo do tecido muscular
úrico na urina, tornando possível estimar esse (Harper et al., 2013). A molécula de creatina-
composto secundário a partir da alantoína na fosfato é degradada espontaneamente a taxas
urina. A meta-análise (St-Pierre, 2001) tem relativamente constantes, formando a
sido o procedimento mais adequado para se creatinina. A creatinina é então produto
avaliar os dados provenientes de vários metabólico do qual o corpo já não necessita,
estudos com a finalidade de construção de portanto, não é utilizada para formação de
modelos quantitativos os quais possam novas moléculas, sendo excretada pelos rins.
explicar o efeito de uma ou mais variáveis A produção diária de creatina e
independentes sobre a variável dependente de consequentemente, a excreção de creatinina,
interesse. Como normalmente existem depende da massa muscular e, portanto, é
diferenças entre estudos, e se as mesmas não proporcional ao peso do animal (Koren,
forem consideradas durante a análise dos 2000). Assim, uma vez estimada a excreção
dados, elas podem incorrer em estimações diária de creatinina em relação ao peso do
viesadas para os parâmetros estimados. Dessa animal e considerando essa concentração
forma, durante o procedimento de análise, o constante ao longo do dia, é possível estimar
efeito de experimento e a sua interação com o volume urinário excretado a partir da
as variáveis independentes foi considerado concentração de creatinina em amostra de
como componente aleatório em um modelo urina coletada de um animal de peso
linear misto (St-Pierre, 2001), sendo a solução conhecido (Leal et al., 2007).
para o modelo estimado pelo PROC MIXED Muito se conhece hoje em dia em
SAS (version 9.1, SAS Institute Inc, Cary, relação ao perfil de excreção de creatinina na
NC). urina. A creatinina apresenta uma excreção
A partir de uma meta-análise constante ao longo de 24 horas a partir de
envolvendo 38 experimentos (apêndice 3.1) taxas constantes de degradação do tecido
realizados no DZO-UFV (Tabela 3.6), muscular.
verificou-se que a excreção diária de ácido A excreção de creatinina é pouco
úrico na urina pode ser estimada a partir da afetada pelos teores de PB, carboidratos não-
excreção diária de alantoína na urina fibrosos ou nitrogênio não-proteico da dieta
(P<0,05), sendo: (Susmel et al., 1994; Vagnoni et al., 1997;
Valadares et al., 1999; Oliveira et al., 2001;
AU (mmol/dia) = 0,1104 × ALA; r2 = 0,76 Rennó et al., 2000), assim, não são esperadas
variações decorrentes da dieta.
em que AU é o total de ácido úrico excretado Alguns trabalhos ainda são
na urina e ALA é o total de alantoína responsáveis pelo ajuste de equações capazes
excretada na urina (mmol/dia). Ao se testar os de predizer a excreção de creatinina para
parâmetros não se observou intercepto determinadas categorias animais. Chizzotti et
significativo (P = 0,4398), sendo assim foi al. (2006) propuseram uma equação para
apresentado o modelo linear sem intercepto. estimativa da excreção de creatinina para
Esses resultados (Figura 3.4) sugerem que a novilhas em crescimento, como se segue:
alantoína pode ser utilizada como único
preditor da produção de proteína microbiana Excreção diária creatinina (mg/kg PC) = 32,27 –
em bovinos, sem a necessidade de análise do 0,01093 × PC.
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 69
Figura 3.4 - Relação entre total de ácido úrico e o total de alantoína excretados na urina (mmol/dia)
de bovinos, compilados a partir de 38 estudos.
Tabela 3.6 - Estatística descritiva dos dados utilizados para ajustar modelos de regressão linear para
estimar a relação entre ácido úrico e alantoína excretados na urina de bovinos
Tabela 3.7 - Estatística descritiva dos dados utilizados para ajustar modelos alométricos para estimar a
relação entre peso vivo em jejum de bovinos e excreção diária de creatinina na urina
Figura 3.5 - Relação entre o peso corporal em jejum de bovinos e excreção diária de creatinina na urina,
compilados a partir de 38 estudos.
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 71
Tabela 3.8 - Teste de hipótese para avaliação do ajuste dos modelos propostos para estimar a excreção de
ácido úrico (mmol/dia) em função da alantoína e para estimar excreção diária de creatinina
(mg/dia) em função do peso corporal
P-valor para o teste de hipótese
Modelo avaliado β0 = 0 β1 = 1
1
Y = 0,1104X 0,6700 0,9972
2
Y = 37,88X0,9316 0,5977 0,3357
1
Y = ácido úrico excretado na urina (mmol/dia) e X = alantoína excretada na urina (mmol/dia); 2Y = excreção de
creatinina urinária (mg/dia) e X = peso corporal (kg).
nitrogenados. Os autores relataram que menor for o pH externo, mais energia será
esses microrganismos apresentam requerida para expelir prótons.
exigências por alguns aminoácidos
específicos. d) Predição do fluxo de proteína
microbiana da dieta
c) Efeito do pH
Para conhecer as variáveis que
De acordo com Dewhurst et al. influenciam efetivamente a produção de
(2000), a eficiência microbiana passa proteína microbiana em bovinos de corte em
diretamente pelo atendimento das condições tropicais, procedeu-se uma meta-
exigências de mantença dos microrganismos análise com o objetivo de estudar o efeito
que englobam basicamente os nutrientes das características dos animais e das dietas
necessários para motilidade, turnover sobre essa variável. Neste estudo, foram
celular, produção de moléculas utilizados 69 trabalhos publicados no Brasil
extracelulares, transporte ativo, e no exterior, bem como teses e dissertações
fosforilação, ciclos fúteis e lise celular. concluídas no Departamento de Zootecnia
Segundo os autores, com a elevação no da Universidade Federal de Viçosa
consumo espera-se redução nos custos de (Apêndice 3.2), totalizando 2676 dados, em
mantença dos microrganismos, pois esses que se estudaram diferentes variáveis que
passarão menor tempo no rúmen. Outros poderiam interferir na produção de proteína
fatores, como por exemplo o pH, quando microbiana ruminal. O banco de dados foi
baixo, elevam o desperdício de energia para dividido para utilização em duas fases
manter o pH dentro da célula microbiana. distintas. A primeira fase foi destinada à
Segundo Strobel e Russell (1986), em geração de equações matemáticas, sendo
baixos valores de pH ruminal, a energia nessa etapa utilizados 32 trabalhos (n =
disponível para o crescimento microbiano é 2102), e a segunda fase foi destinada à
desviada para a manutenção do pH interno avaliação da qualidade dos modelos
dos microrganismos, reduzindo, dessa gerados, sendo então utilizados outros 37
forma, a eficiência de utilização da energia trabalhos (n = 191) onde utilizaram-se as
para síntese microbiana. médias dos tratamentos, sendo no total 1285
De maneira geral, em pH abaixo de 6 animais.
ocorre inibição da degradação da celulose. Além disso, o banco de dados foi
Sob condições normais, os microrganismos utilizado separadamente para avaliar quatro
celulolíticos crescem bem em pH 6,7 e opções de atributos energéticos distintos em
desvios substanciais para elevar ou diminuir cada equação, sendo inicialmente associado
esse valor são inibitórios. Uma variação de ao consumo de PB. Primeiramente estudou-
pH em que a atividade se mantém próxima se o efeito do consumo de nutrientes
do normal seria de 0,5 unidades. Valores de digestíveis totais (CNDT), em seguida
pH inferiores a 6,2 inibem a taxa de avaliou-se o efeito do consumo de energia
digestão e aumentam o lag time para a metabolizável (CEM), o consumo de
degradação da parede celular (Van Soest, matéria orgânica digerida total (CMOdt) e
1994). A elevação da latência, eleva por sua por fim, o CNDT corrigido para EE
vez os custos para mantença, reduzindo (CNDTcee). Assim, o banco de dados
assim a eficiência microbiana. completo foi composto das variáveis acima
Strobel e Russell (1986) destacaram que classificadas de acordo com o experimento,
a eficiência microbiana é altamente grupo genético (Zebuínos, cruzados de
influenciada pelo desvio de funções em corte, cruzados de leite e Holandês), classe
baixo pH. O uso de energia com processos sexual (macho não castrado, macho
de manutenção da célula é priorizado, castrado, vaca e novilha) e método analítico
reduzindo assim o crescimento microbiano, (RNA, derivados de purina e 15N), que
sendo ainda a energia dissipada na forma de compuseram todos os efeitos estudados
calor. A manutenção do potencial de (Tabela 3.9). O efeito aleatório relativo aos
membrana é uma função prioritária, quanto
76 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
Tabela 3.9 - Estatística descritiva dos dados utilizados para gerar modelos de regressão múltipla para
estimação da produção da proteína microbiana em bovinos em condições tropicais
Item1 n Média DP2 Max3 Min4
PBmic 2102 775 547 3008 66,8
CPB 2102 1,22 0,87 4,39 0,59
CMS 2102 8,52 5,31 23,8 1,76
CNDT 2102 6,22 3,74 16,8 0,83
CEM 2102 22,3 13,3 60,9 3,00
CMOD 1454 5,70 2,98 15,5 0,62
PB (%) 2102 13,2 2,61 28,9 8,89
PC (Kg) 1563 368 125 737 65,3
1
Proteína microbiana em g/dia; Consumo de proteína bruta em kg/dia; Consumo de matéria seca em kg/dia; Consumo de
nutrientes digestíveis totais em kg/dia; Consumo de energia metabolizável; Consumo de matéria orgânica digestível total em
kg/dia; Valor médio; 2Desvio padrão; 3Máximo; 4Mínimo.
Figura 3.6 - Proteína bruta microbiana predita pela equação: PBmic = - 53,07 + 304,9 × CPB + 90,8
× CNDT – 3,13 × CNDT2, sendo PBmic em g/dia, CNDT e CPB em kg/dia
78 Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados – BR-CORTE
Figura 3.7 - Proteína bruta microbiana predita pela equação: PBmic = - 84,87 + 328,7 × CPB + 28,3 ×
CEM – 0,25 × CEM2, sendo PBmic em g/dia, CEM em Mcal/dia e CPB em kg/dia
Figura 3.8 - Proteína bruta microbiana predita pela equação: PBmic = - 93,62 + 381,7 × CPB + 90,7 ×
CMOdt – 3,13 × CMOdt2, sendo PBmic em g/dia, CMOdt em kg/dia e CPB em kg/dia.
Degradação ruminal da proteína dos alimentos e síntese de proteína microbiana 79
RECOMENDAÇÕES GERAIS
• Estimação da contaminação microbiana de volumosos incubados in situ:
• Correção nas estimativas da PBmic estimadas a partir de ensaios com sistema de indicador
único e duplo:
• Excreção diária de ácido úrico na urina a partir da excreção diária de alantoína na urina
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