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1.

O Surgimento da Linguística:

a) A evolução da linguística pode ser dividida em três fases principais:


i. Linguística Descritiva: Esta fase inicial concentrou-se na documentação e
descrição das línguas, muitas vezes em contextos coloniais. Os linguistas
estavam interessados em catalogar as diferenças entre as línguas do mundo.
ii. Linguística Comparativa: Durante essa fase, os linguistas começaram a
comparar as línguas umas com as outras para identificar padrões e relações
genéticas entre elas. Isso levou ao desenvolvimento da hipótese de que muitas
línguas compartilham um ancestral comum.
iii. Linguística Teórica: A linguística moderna entrou nessa fase com o
desenvolvimento de teorias abstractas sobre a estrutura e o funcionamento das
línguas, como a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semântica e a pragmática.

Essas fases representam marcos importantes no desenvolvimento da linguística como


disciplina acadêmica.

b) Alguns dos nomes mais proeminentes no desenvolvimento da linguística são:


I. Ferdinand de Saussure: Considerado o pai da linguística moderna, Saussure
foi fundamental na transição da linguística descritiva para a linguística teórica.
Sua obra “Curso de Linguística Geral” é um marco na disciplina.
II. Noam Chomsky: Reconhecido por suas contribuições à teoria da gramática
gerativa, Chomsky revolucionou a forma como a linguagem é estudada,
introduzindo conceitos como a “gramática universal” e a “competência
linguística”.
III. Edward Sapir: Conhecido por seus estudos sobre a relação entre língua e
cultura, Sapir foi uma figura central na escola de antropologia linguística e suas
ideias influenciaram significativamente o campo.
IV. Leonard Bloomfield: Figura proeminente na formalização da linguística como
disciplina científica, Bloomfield é conhecido por seu trabalho em fonologia e
morfologia, e sua abordagem estruturalista teve um impacto duradouro na
linguística.

Esses são apenas alguns dos muitos linguistas que contribuíram significativamente para
a afirmação e sucesso da disciplina ao longo do tempo.
c) O estudo linguístico na Grécia Antiga não era considerado científico da mesma
forma que é hoje em dia, principalmente devido à natureza filosófica e
especulativa das abordagens gregas.
Os gregos antigos estavam interessados na origem e na estrutura da linguagem,
mas suas explorações eram frequentemente enraizadas em mitos, lendas e
especulações filosóficas, em vez de observações empíricas e análises
sistemáticas.
Além disso, muitas das ideias linguísticas dos gregos antigos eram influenciadas
por considerações metafísicas e filosóficas mais amplas, não se baseando em
métodos científicos rigorosos ou na colecta sistemática de dados linguísticos.
Foi somente com o advento da linguística moderna, especialmente a partir do
século XIX, que a disciplina começou a adotar uma abordagem mais científica,
com a aplicação de métodos empíricos, teorias testáveis e análises sistemáticas
das estruturas linguísticas.

Essa transição para uma abordagem mais científica é um dos aspectos que distinguem o
estudo da linguagem na Grécia Antiga do campo da linguística contemporânea.

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