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A permacultura como forma de inclusão socioeconômica solidária sustentável

Apresentador: Gabriel Leonardo Fronza


Coordenador: Valmor Schiochet
Demais autores: Alessandro Guedes e Erwin Hugo Ressel Filho.

O projeto “A Permacultura como forma de inclusão socioeconômica solidária


sustentável” surgiu da articulação das práticas de Economia Solidária da Incubadora
Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Regional de Blumenau
(ITCP/FURB), com as práticas socioambientais do Instituto de Permacultura do Vale
do Itajaí (IPEVI). Desde 2019, o projeto tem como objetivo aliar práticas e valores do
associativismo econômico com as práticas e valores da permacultura para promover a
melhoria das condições socioeconômicas de pessoas moradoras do conjunto
habitacional Minha Casa Minha Vida na região do bairro Passo Manso, na cidade de
Blumenau em Santa Catarina. Os objetivos específicos do projeto são: promover
ações socioeducativas de formação em Permacultura e Economia Solidária, promover
formas associativas de inserção no mundo do trabalho e reaplicar tecnologias sociais,
em especial da permacultura às famílias em condição de vulnerabilidade social. No
projeto, são desenvolvidas ações de acompanhamento da implantação de
compostagem termofílica (tecnologia social – revolução dos baldinhos), de utilização
do composto orgânico pela comunidade, do assessoramento para adoção de práticas
agroecológicas para a produção de hortaliças e plantas medicinais em quintais
produtivos agroecológicos, do assessoramento técnico ao IPEVI enquanto Centro de
Referência em Permacultura, e de desenvolvimento de processos de sensibilização,
mobilização e capacitação comunitária junto à comunidade envolvida no projeto. Para
a realização das ações, são desenvolvidas reuniões com a equipe do núcleo e com o
IPEVI para discutir sobre as atividades propostas, além das visitas de campo,
conversa com os moradores do condomínio para identificar as necessidades e
dificuldades e a comunicação com os condomínios através de grupos no aplicativo
WhatsApp. Em relação ao acompanhamento e assessoramento a comunidade
envolvida, no ano de 2021, foram realizadas 8 visitas de assessoria no conjunto
habitacional. Através dessas ações, foram desenvolvidas atividades como a pintura
dos quintais agroecológicos, produção e implementação de placas com material
informativo sobre a compostagem, doação de mudas para o plantio e de palhas para a
realização do processo de compostagem. Em virtude da pandemia, foi necessário a
diminuição da frequência de visitas, além das ações de formações socioeducativas
que também foram prejudicadas para garantir a saúde dos participantes. Neste
sentido, foi realizada a colheita de plantas medicinais em excesso nos quintais
produtivos agroecológicos da comunidade, onde foram levadas para estufas do
Laboratório de Farmacognosia da FURB para serem desidratadas e depois retornadas
para os moradores dos condomínios em saquinhos com informações sobre indicação
e modo de preparo para consumo. Através dessas ações, construiu-se novos olhares
da comunidade para a implementação de práticas de destinação e uso dos resíduos
orgânicos e maior consciência econômico-social-ambiental através da compostagem e
do conhecimento sobre hortaliças e plantas medicinais.

O projeto "A Permacultura como forma de inclusão socioeconômica solidária sustentável"


surgiu da articulação das práticas de Economia Solidária da ITCP/FURB com as práticas
socioambientais do Instituto de Permacultura do Vale do Itajaí (IPEVI). O projeto objetiva aliar
práticas e valores do associativismo econômico as práticas e valores da permacultura para
promover a melhoria das condições socioeconômicas de pessoas moradoras da região de
referência bairro Passo Manso. O território foi definido pelo município de Blumenau no âmbito
do Programa Progredir coordenado pelo Ministério da Cidadania. O projeto dará continuidade
as ações iniciadas no ano de 2019 por meio do processo 443277/2018-4 CNPq. Os objetivos
específicos do projeto são: a) promover ações socioeducativas de formação em Permacultura e
Economia Solidária; b) promover formas associativas de inserção no mundo do trabalho e, c)
reaplicar tecnologias sociais, em especial da permacultura às famílias em condição de
vulnerabilidade social. Para a consecução dos objetivos serão desenvolvidas as seguintes ações
estruturantes: a)acompanhamento da implantação de compostagem termofílica (tecnologia
social conhecida como "revolução dos baldinhos") e da utilização do composto orgânico pela
comunidade, b) assessoramento para adoção de práticas agroecológicas para a produção de
hortaliças e plantas medicinais em quintais produtivos agroecológicos, c) assessoramento
técnico ao IPEVI enquanto Centro de Referência em Permacultura (CRP) e, d) desenvolvimento
e processos de sensibilização, mobilização e capacitação comunitária junto a comunidade
envolvida no projeto. Desta forma, o projeto está em consonância com os seguintes Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS): 1 - acabar com a pobreza em todas
as suas formas, em todos os lugares; 2 - acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e
melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável; 3 - assegurar uma vida saudável e
promover o bem-estar para todos, em todas as idades; 11 - tornar as cidades e os
assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; e o 12 - assegurar
padrões de produção e de consumo sustentáveis. A proposta tem como estratégia a inclusão
socioeconômica fundamentada na permacultura como tecnologia social e na economia
solidária como proposta de organização socioeconômica da produção, comercialização e
consumo das famílias beneficiadas. O desenvolvimento do projeto ocorre em consonância com
as diretrizes político-metodológicas da formação em Permacultura e economia solidária, com
destaque para o reconhecimento das experiências e saberes dos sujeitos envolvidos nos atos
formativos, os princípios da Permacultura, da economia solidária e da educação popular,
gestão participativa; intersetorialidade e complementaridade das ações. O impacto sócio
comunitário esperado é a construção de novos olhares dos sujeitos quanto a alternativas de
subsistência e geração de renda diante das dificuldades enfrentadas cotidianamente, bem
como a implementação de novas práticas de destinação e uso dos resíduos sólidos orgânicos e
de segurança alimentar e nutricional e maior consciência econômico-social-ambiental. Por fim,
pretende-se que com o empoderamento das pessoas o projeto incentive a viabilização de
políticas públicas no município de Blumenau no campo da proteção social da economia
solidária, da compostagem de materiais e da alimentação saudável.

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