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ANO 6 - No 5 - PUBLICAÇÃO ANUAL - 2021

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

REVISTA
ECOESCOLABH
ANO 6 - No 5 - PUBLICAÇÃO ANUAL - 2021

BELO HORIZONTE
2021
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PREFEITURA DE BELO HORIZONTE


Secretaria Municipal de Educação

Secretária Municipal de Educação:


Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben

Secretário Municipal Adjunto:


Marcos Evangelista Alves

Subsecretária de Planejamento, Gestão e Finanças:


Natália Raquel Ribeiro Araújo

Coordenação:
Adriana Moura
Mariza Geralda Mendes Carvalho

Revisão do texto:
Alice Loyola

Arte:
www.uidownload.com/free-vectors/leaves-ecological-flyer-285507

Revista ECOESCOLA BH / Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Secretaria Mu-


nicipal de Educação. v.1, n.1, (2016-). Belo Horizonte: Secretaria Municipal de
Educação, 2016-.

Periodicidade: Anual

INSS: (em registro)

1.Educação – periódicos. 2. Educação socioambiental. I. Prefeitura Municipal


de Belo
Horizonte. II Belo Horizonte (MG), Secretaria Municipal de Educação.

Catalogação na fonte: Biblioteca do Professor – Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte

Programa ECOESCOLA BH
Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte
Rua Carangola, 288 - Bairro Santo Antônio - Belo Horizonte - MG
CEP 30.330-240
E-mail: ecoescolabh@edu.pbh.gov.br

”É permitida a reprodução parcial ou total desta publicação, desde que citada a


fonte e que não seja para venda ou qualquer outro fim comercial.”
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ÍNDICE
Ficha técnica............................................................................... 04

Programa ECOESCOLA BH............................................................. 06

Parceiros..................................................................................... 09

Selo Boas Práticas de Sustentabilidade Ambiental............................. 10

Escolas certificadas em 2021......................................................... 11

Emei Jardim Lebon / VN................................................................ 12

Emei Jardim Vitória II / NE............................................................. 14

Emei Santa Cruz / NE................................................................... 16

Emei São Bernardo / N................................................................. 18

Emei Sarandi / P ......................................................................... 20

Emei Vila Leonina / O................................................................... 22

Escola Municipal Acadêmico Vivaldi Moreira / N................................ 24

Escola Municipal Anisio Teixeira / NE............................................... 26

Escola Municipal Dom Bosco / NO................................................... 28

Escola Municipal Gracy Vianna Lage / VN......................................... 30

Escola Municipal Herbert José de Souza / N...................................... 32

Escola Municipal Maria da Assunção de Marco / NE............................ 34

Escola Municipal Polo de Educação Integrada / B............................... 36

Escola Municipal Professor Domiciano Vieira /L.................................. 38

Escola Municipal Professor Mello Cançado / B.................................... 40

Escola Municipal Professora Alice Nacif / P......................................... 42

Escola Municipal Theomar de Castro Espíndola / CS........................... 44

Parceira: Plant-For-The-Planet Brasil ............................................. 46

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ECOESCOLABH
Parabéns ao Programa Ecoescola BH, que completou 5 anos, em abril de 2021!
Durante esses anos, o Ecoescola BH, Programa de Educação Ambiental da
Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, buscou incentivar e fomen-
tar o desenvolvimento de ações de educação ambiental e de sustentabilidade nas
escolas municipais, por meio da promoção de formações com temáticas diver-
sas, da publicação das ações desenvolvidas nas instituições na Revista Ecoescola
BH, da certificação das instituições que desenvolvem projetos socioambientais, via
entrega do Selo BH Sustentável, da divulgação dos projetos desenvolvidos e do
incentivo de troca de experiências, fazendo uso do sistema de geoprocessamento,
o EcoGeo BH, e da valorização da parceria e da intersetorialidade como práticas
fundamentais, para a execução destas ações.

A pandemia COVID 19, no ano de 2020, trouxe mudanças significativas na vida


das pessoas. Em nossa cidade, as escolas e diversos setores públicos e privados
foram fechados, em março de 2020, levando a todos a uma mudança de hábitos e
a necessidade de se reinventar e lidar com o “novo”. O distanciamento social, a uti-
lização de diversas tecnologias, os encontros virtuais e a busca por soluções para
promover novas aprendizagens se fez presente nas diferentes esferas, e, também,
no Programa Ecoescola e nas escolas.

Buscando adaptar-se a esse novo momento, sem perder de vista a importância


da capacitação e do planejamento para o desenvolvimento de ações que promo-
vam a melhoria do meio ambiente nos espaços educativos, em outubro de 2020,
foi lançado, na plataforma EaD da PBH, o EcoEscola BH EaD, conjunto de cursos
virtuais sobre educação ambiental direcionado para os educadores das Escolas Mu-
nicipais de Belo Horizonte. Foram criados os seguintes cursos: Programa EcoEscola

BH; Ações de sustentabilidade; Projeto socioambiental escolar; Uso consciente da

água; Eficiência energética; Coleta seletiva; Plantio de árvores; Compostagem;


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Percursos ambientais; Consumo consciente; Horta; ECOGEO BH; Covid-19 e meio

ambiente; Oficinas de educação ambiental; Bacias Hidrográficas e Crise climática

para educadores. Em abril de 2021, o curso Conexões com a Natureza passou a

compor este cardápio de opções dos cursos virtuais.

Em função da pandemia e da necessidade do isolamento social, as formações

presenciais previstas para 2020 foram canceladas. Em 2021, os encontros forma-

tivos mensais foram virtuais, no formato de webinários, oferecidos via plataforma

Google Meet, em dois turnos, buscando viabilizar a participação de maior número de

educadores. As temáticas tratadas foram Conexões com a Natureza, PREGEE (Plano

de Redução dos Gases do Efeito Estufa) e Selo BH Sustentável, Controle Biológico

de pragas e Biofábrica de joaninhas, Plantas medicinais, Educação Ambiental Hu-

manitária em Bem-Estar Animal, Diversidade da fauna dos parques municipais

de Belo Horizonte, Drenagem Urbana, Plantas alimentícias: PANC ou tradicionais,

Projeto Lixo Zero na Escola Estadual Aldo Câmara da Silva / SC e Agroecologia nas

escolas e Segurança Alimentar.

O fortalecimento das ações socioambientais propostas pelo programa ocorre por

meio das parcerias, que muito contribuem para a promoção de novas possibili-

dades, reflexões e práticas educacionais inovadoras. Em parceria com o Conselho

Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu (COMUPRA) e o Movimento “Deixem o

Onça Beber Água Limpa” foi realizado o Curso Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça,

em 2021, que contou com 5 encontros virtuais síncronos, que, posteriormente,

será disponibilizado na plataforma EaD da PBH.


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A certificação das escolas que desenvolvem boas práticas ambientais com o Selo BH
Sustentável é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em parceria
com a Secretaria Municipal de Educação e a Subsecretaria Municipal de Proteção e
Defesa Civil, que acontece desde 2016. No ano de 2020, em função do fechamento
das escolas e dificuldade em atender aos critérios propostos, não houve a entrega
do selo. Para o ano de 2021, os critérios foram reavaliados e definidas as seguintes
condições para a obtenção do selo: o envio de um projeto de sustentabilidade am-
biental, a participação de representantes da escola em, no mínimo, 70% das for-
mações virtuais e a realização de ações previstas no PREGGE (Plano de Redução de
Gases do Efeito Estufa) com os estudantes e/ou comunidade.

Importante ressaltar que, mesmo no ensino remoto e com o distanciamento social,


as instituições se reinventaram e buscaram alternativas de participação na vida dos
estudantes, contribuindo para uma maior conscientização ambiental e cuidado com
a natureza. Esta afirmativa é verificada por meio dos artigos enviados pelas insti-
tuições e apresentados nesta revista que demonstram a importância e os resulta-
dos satisfatórios que o desenvolvimento de ações socioambientais traz para a vida
das pessoas. Temas como horta, compostagem, alimentação saudável, aquaponia,
conscientização ambiental, energia fotovoltaica e o coral gregoriano compõem essa
edição.

Paulo Freire, em “Pedagogia da Indignação”, diz que não tem como a educação
acontecer sem levar em conta o entorno da instituição escolar, sem que o aluno
perceba que está inserido em um local, um bairro. A escola deve ser um espaço que
contribua para a formação cidadã planetária dos estudantes e que eles compreen-
dam que as suas ações impactam no global e que mudanças positivas em relação
ao cuidado com ambiente podem contribuir para a continuidade da vida no planeta.

Que sigamos fortes e unidos na busca de soluções que permitam ao homem viver
de forma harmoniosa e respeitosa com a natureza.

Mariza Geralda Mendes Carvalho


Coordenadora do Programa Ecoescola BH
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PARCEIROS
- Colônia do Brincar

- Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL)

- Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu (COMUPRA)

- Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal

- Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB)

- ICLEI

- Konrad Adenauer (KAS)

- Movimento “Deixem o Onça Beber Água Limpa”

- Movimento Mineiro pelos Direitos Animais

- ONG ECOAVIS

- Plant-for-the-planet

- PUC Minas - Proex TEIAS - Trabalhos Ecológicos de Integração Social

- Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte (SMMA)

- Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA)

- Subsecretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria Municipal de Obras

- Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (SUSAN)

- Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP)

- Superintendência de Limpeza Urbana (SLU)


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SELO BOAS PRÁTICAS DE
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

O Selo - Boas Práticas de Sustentabilidade Ambiental - é iniciativa da Secretaria


Municipal de Meio Ambiente e, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação
e a Subsecretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, visa incentivar a realização
de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais, além de
valorizar os profissionais que desenvolvem atividades exemplares, criativas e ino-
vadoras na escola.

O Selo é concedido às escolas e aos demais estabelecimentos de ensino da Pre-


feitura de Belo Horizonte que atendem simultaneamente aos seguintes critérios:

- participar do Programa ECOESCOLA BH, cumprindo frequência mínima de 70%


nas atividades e webinários previstos no cronograma;

- criar e executar projeto de sustentabilidade com os estudantes e/ou comunidade;

- realizar ações do PREGEE - Plano de Redução de Emissões de Gases do Efeito


Estufa com os estudantes e/ou comunidade.
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ESCOLAS CERTIFICADAS COM O SELO EM 2021


1 - Creche Comunitária Eunice Lanza - NO
2 - EMEI Professora Marília Tanure Pereira - L
3 - EMEI Serra Verde - VN
4 - Escola Municipal Anísio Teixeira - NE
5 - Escola Municipal Augusta Medeiros - NO
6 - Escola Municipal Aurélio Buarque de Holanda - B
7 - Escola Municipal Deputado Milton Salles - O
8 - Escola Municipal Dom Orione - P
9 - Escola Municipal Francisco Bressane de Azevedo - NE
10 - Escola Municipal Gracy Vianna Lage - VN
11 - Escola Municipal Hélio Pellegrino - N
12 - Escola Municipal Herbert José de Souza - N
13 - Escola Municipal Hilda Rabello Matta - N
14 - Escola Municipal Hugo Pinheiro Soares - NE
15 - Escola Municipal Ignácio de Andrade Melo - P
16 - Escola Municipal Magalhães Drumond - O
17 - Escola Municipal Maria da Assunção de Marco - NE
18 - Escola Municipal Milton Campos - VN
19 - Escola Municipal Murilo Rubião - NE
20 - Escola Municipal Padre Guilherme Peters - CS
21 - Escola Municipal Polo de Educação Integrada - B
22 - Escola Municipal Professor Domiciano Vieira - L
23 - Escola Municipal Professor Mello Cançado - B
24 - Escola Municipal Professor Paulo Freire - NE
25 - Escola Municipal Professor Pedro Guerra - VN
26 - Escola Municipal Professora Alice Nacif - P
27 - Escola Municipal Rui da Costa Val - N
28 - Escola Municipal Secretário Humberto Almeida - N
29 - Escola Municipal Theomar de Castro Espíndola - CS
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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL JARDIM LEBLON
Direção: Gleice Oliveira Silva Dias
Adriana Lanes Martins

Educadora Socioambiental: Cristiane Melo Silva

PROJETO: PLANTANDO VALORES, PARA COLHER ATITUDES!

Oferecer espaços para o cultivo de hortas, pomar e jardins dentro da EMEI aproxima as
crianças da natureza, gerando uma importante relação de alegria e comprometimento.
Essa proximidade e afetividade com a natureza, é o primeiro passo para a construção
efetiva e permanente de hábitos saudáveis e sustentáveis. Ao colocarem a mão na terra
e ao plantarem frutas e hortaliças na escola, as crianças se familiarizam com os alimen-
tos, e podem contribuir para uma alimentação saudável. É fundamental para as crianças
que estão iniciando a formação dos seus hábitos, conhecer o que está sendo consu-
mido, quais são os nutrientes necessários para o crescimento, de onde vêm e como
conservá-los. Dessa forma, poderão ser multiplicadoras de bons hábitos alimentares e
de conservação do meio ambiente. A vivência deste projeto abarca múltiplas experiên-
cias, que ampliam o conhecimento das crianças enquanto sujeitos de possibilidades,
levando em conta suas emoções, história e identidade social. A EMEI Jardim Leblon tem
refletido e buscado cumprir o importante papel de desenvolver o comprometimento das
crianças com o cuidado do ambiente escolar, o cuidado com o espaço externo e interno
da sala e da escola, bem como o cuidado com as relações humanas que traduzem
respeito e carinho consigo mesmo, com o outro e com o mundo. O objetivo do projeto
é despertar o interesse das crianças para o cuidado da terra, o cultivo de horta e jar-
dins e para o processo de germinação; conscientizar da importância de saborear um
alimento saudável e nutritivo; criar, na escola, um espaço, que, mesmo sendo reduzido,
se torne produtivo e atraente, pelo qual todos se sintam responsáveis; estimu-
lar os alunos a construírem seu próprio conhecimento no contexto interdisciplinar;
contextualizar os conteúdos aos problemas da vida urbana; construir a noção de que
o equilíbrio do ambiente é fundamental para a sustentação da vida em nosso planeta.
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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL JARDIM VITÓRIA II
Direção: Janaína da Silva Valadares

Educadora Socioambiental: Elisângela Damasceno de Oliveira

Líder ambiental: Leandra Rodrigues Rocha

PROJETO: PLANTAR PARA COLHER

A educação ambiental é um dos tópicos mais importantes a ser trabalhado com as crian-

ças, visando ampliar as relações com a natureza e os impactos de suas ações no sentido

ecológico.

O projeto “Plantar para colher” se destaca na produção e consumo pelos alunos de

alimentos naturais, bem como nas atividades ligadas à relação do homem com o meio

ambiente, desenvolvendo nas crianças hábitos sustentáveis.

Este projeto nasce da perspectiva da criança, na sua percepção do meio em que vive e

na sua singela manutenção em uma experiência coletiva. A EMEI Jardim Vitória II conta

com ampla área externa que torna isso possível. A construção, manutenção e plantio

da horta vem para agregar significados voltados para a aprendizagem ambiental. As

crianças servem de multiplicadores, porque levam o que aprendem na escola para casa

e, deste modo, a vivência da horta vai além do espaço da escola.

Sendo assim, “Plantar para Colher” possibilita a discussão de temas como alimentação e

ecologia, que, aliados ao trato com a terra e plantas, proporcionam situações de aprendi-

zagens reais e diversificadas. O resultado deste trabalho são crianças mais conscientes

que levam para a vida ensinamentos ecológicos, ampliando a necessidade de uma mu-

dança de postura que é preciso implantar na sociedade com relação à natureza.


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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL SANTA CRUZ
Direção: Walquiria Almeida de Jesus
Daniela Luciana de Oliveira

Coordenação: Viviane Martins de Paula Melgaço

PROJETO: ESPAÇO VERDE PARA BRINCAR, HORTA PARA PLANTAR

Durante a pandemia do coronavírus, a equipe pedagógica da EMEI Santa Cruz de-


senvolveu diferentes ações para manter o vínculo com os estudantes e suas famílias.
Nesse contexto, todas as iniciativas da escola foram desenvolvidas em conjunto com a
direção, a coordenação e os professores: “Afinal, é preciso toda uma aldeia para educar
uma criança”. Em 2020, a escola participou, remotamente, do projeto “Sonhar, Plane-
jar, Alcançar - Fortalecimento Financeiro para Famílias” que é uma iniciativa da Vila
Sésamo e da Fundação MetLife, que busca contribuir para que as crianças e os adultos
sejam capazes de visualizar o futuro, identificar seus sonhos, definir suas metas.

Por meio de atividades audiovisuais, animações, oficinas, cards e outros materiais lúdi-
cos, a iniciativa visa conscientizar crianças e familiares sobre práticas de educação
financeira. A “Árvore dos Sonhos” foi o material que ajudou as crianças a visualizarem
o futuro, identificarem sonhos individuais e coletivos, materiais e não materiais. Elas
poderiam desenhar nas folhas o que desejavam ter, ser ou fazer para elas mesmas,
para suas famílias, para a escola ou para a comunidade. A escola, entretanto, só pode-
ria escolher um sonho para desenvolver e, assim, ter direito à verba do projeto da Vila
Sésamo. E, por meio de votação, com a participação das famílias, o “Espaço Verde para
Brincar, Horta para Plantar” foi a iniciativa eleita. Neste espaço, temos couve, alface,
cebolinha, hortelã, funcho, manjericão e tomate. Com este trabalho colaborativo, ações
que promovem o respeito, a autonomia e a sensibilidade estão sendo construídas. As
atividades desenvolvidas demonstram que a educação ambiental, presente no nosso
dia a dia, é uma inserção orgânica no nosso espaço comum, porque se compromete
com processos educativos e com a interação permanente entre o que se aprende e o
que se pratica. E como a gente aprende aqui na EMEI? Experimentando! Colocando a
mão na terra!
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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO BERNARDO
Direção: Geisa Campos Abreu
Alessandra de Carvalho Pereira

Educadora Socioambiental: Geisa Campos Abreu

PROJETO: AS DELÍCIAS E POSSIBILIDADES DO TRABALHO


COM HORTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O trabalho com horta na Educação Infantil cria situações de aprendizagens reais e di-
versificadas. A proximidade com a natureza é o primeiro passo para a construção de
hábitos saudáveis e para a consciência ambiental.

Com o retorno das atividades presenciais, a horta da EMEI SÃO BERNARDO foi revi-
talizada em parceria com o Programa ECOESCOLA BH, com esterco e mudas, tendo a
participação ativa das crianças.

As crianças foram convidadas a escolher as mudinhas que queriam plantar na horta da


escola e as acomodaram com muito cuidado em um buraquinho na terra. A interação
com as famílias enriqueceu nossa proposta, as crianças levaram mudinhas para plantar
em casa e trocamos fotos e vídeos nos grupos de WhatsApp da escola.

Os canteiros ganharam placas com os nomes das verduras e as crianças observaram


vários bichinhos que foram visitar as verduras. As atividades na horta da escola en-
volveram linguagens e temas variados, alcançando outras aprendizagens.

Nossas plantinhas cresceram rápido! Depois de receberem muitos cuidados, chegou a


hora da colheita! Colocar a mão na terra, retirar com cuidado os pés de alface e levá-
los para as cozinheiras foi motivo de grande satisfação para as crianças e um incentivo
para comer as verduras no almoço da EMEI São Bernardo!

O trabalho com horta na Educação Infantil envolve um trabalho interdisciplinar, dinâmi-


co e participativo, possibilitando experiências significativas que provocam uma mistura
de sensações para as crianças, proporcionando a oportunidade de cuidar das
plantinhas, contemplar a beleza das cores dos canteiros, sentir os cheiros dos alimen-
tos fresquinhos e a textura da terra e, por fim, experimentar o sabor das hortaliças.

No pátio da escola, as crianças têm a oportunidade de vivenciar princípios da sustenta-


bilidade de forma lúdica e significativa, com experiências que irão guardar na memória
e levar para toda a vida!
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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL SARANDI
Direção: Mariana Marques Santos

Educadoras Socioambientais: Ana Paula Silva de Oliveira


Mariana Marques Santos

PROJETO: NHAC! COMER PORQUE GOSTO

A alimentação saudável é um fator de extrema relevância no cotidiano das pessoas,


principalmente nos tempos atuais em que nos deparamos com uma quantidade imensa
de atividades, que exigem um corpo bem alimentado para ter disposição e energia.

Para que a consciência da necessidade de uma alimentação adequada para uma vida
saudável e equilibrada seja construída, é necessário que a reflexão seja iniciada, quan-
do ainda somos crianças. Segundo Amaral (2008) citado por Cunha (2014, p.10),
“A formação de hábitos alimentares saudáveis é um processo que se inicia desde o
nascimento, com as práticas alimentares introduzidas nos primeiros anos de vida pelos
pais [...]”. Com a entrada da criança no processo educativo formal, a escola também
passa a ser responsável por estimular hábitos alimentares saudáveis, despertando nas
crianças, a busca pela qualidade de vida.

Em 2019, como coordenadora do turno da manhã da EMEI Sarandi, me dediquei ao


projeto “Nhac! Comer porque gosto!”, criando estratégias com as crianças, professoras
e diretora, conduzindo encontros, duas vezes por semana, durante todo o ano letivo,
para chegarmos ao ideal da alimentação saudável.

A cada encontro, a motivação para uma boa alimentação aumentou, garantindo o


interesse das crianças em todos os momentos vivenciados. O projeto é considerado
uma boa prática, uma vez que a ideia da Educação Infantil é permitir que as crianças
vivenciem práticas inovadoras que instigam o imaginário infantil, trazendo-as para a
realidade de maneira reflexiva. Esta prática possibilitou que isso acontecesse.
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ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL VILA LEONINA
Direção: Leandro Gomes de Jesus
Canuta dos Reis Oliveira

Educadora Socioambiental: Ivanilda Gomes Fernandes

PROJETO: O MUNDINHO E EU - MEIO AMBIENTE E


SUSTENTABILIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Em 2019, com práticas que tinham como objetivo desenvolver nas crianças ações sus-
tentáveis e conscientes quanto ao uso e a exploração dos recursos naturais, iniciamos
o projeto “O Mundinho e eu”. Experimentando situações de integração com o ambiente
e a relação com os elementos da natureza, as crianças tendem a desenvolver um sen-
timento de aproximação e familiaridade com eles. As atividades ao ar livre, o contato
com elementos como a água, a terra, o vento, são vivências que proporcionam grande
prazer para as crianças, porque lhes possibilitam desfrutar de experiências com
elementos que são constitutivos de sua essência, uma vez que são seres da natureza.

Neste ano, foram desenvolvidas ações pedagógicas como plantio, cuidados e manuten-
ção da horta escolar, também foi trabalhado de forma lúdica os conceitos de lixo, reci-
clagem, coleta seletiva, preservação e utilização dos recursos naturais. Uma nova ação
que está sendo implantada é a compostagem que utiliza todo lixo orgânico que é pro-
duzido diariamente na nossa instituição e, em seguida, é proposto um trabalho com as
crianças de investigação científica, com o intuito de promover a observação sobre este
material que seria descartado nos lixões e sua utilização como adubo natural.

O plantio e manutenção da horta ou do jardim são possibilidades riquíssimas em que


as crianças experimentam o contato com a terra, com a água e as plantas, ao mesmo
tempo em que podem observar e acompanhar o desenvolvimento da vida, sentindo-se
responsável por ela.

Este projeto tem como objetivo trabalhar com as crianças de 4 e 5 anos a temáti-
ca meio ambiente e sustentabilidade visando levá-las a serem agentes mediadoras e
transformadoras da sua realidade ambiental.
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ESCOLA MUNICIPAL ACADÊMICO VIVALDI MOREIRA
Direção: Ana Paula Ferreira Martins
Adriana Fernandes Lameirinhas

Educadora Socioambiental: Dulce Constantina de Souza Santos

PROJETO: EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

A educação é condição para uma relação humana e humanizada com o meio ambiente.
Acreditando nisso, a EM Acadêmico Vivaldi Moreira (Bairro Jaqueline, Regional Norte)
procura inserir, no cotidiano de suas ações, a Educação Ambiental. Nesse tempo de
pandemia, a equipe da EJA, propôs, nas atividades remotas do mês de setembro, a
temática do Meio Ambiente. Apresentamos, a seguir, alguns relatos de estudantes da
EJA sobre o aprendizado.

Anice Aparecida de Carvalho, da turma de Certificação, disse: “O que mais me inco-


moda em relação ao Meio Ambiente, são as queimadas, o desmatamento, a poluição
de nascentes, os maus tratos com a natureza. Gostaria que mudasse tudo: ao invés
de arrancar uma árvore, plantar; preservar a natureza, cuidar do meio ambiente como
se fosse nossa casa. Até plantei umas mudas de árvore em casa, pra ajudar nesse cui-
dado”.

Maria Aparecida Vieira, da turma de Alfabetização, aprendeu que não devemos jogar
lixo nos rios para não contaminar as nossas águas. “Procuro fazer minha parte
recolhendo o lixo que vejo fora da lixeira, e coloco no lugar devido, para evitar que o
vento e a enxurrada levem para o córrego que passa aqui na comunidade. Quando vejo
alguém jogando, falo pra não fazer isso. Às vezes me xingam, mas nem ligo.” E afirma,
de modo incisivo: “Não jogo lixo na rua!”

Flávia Roberta Moreira, da turma de Certificação, aprendeu que podemos fazer a


diferença, para os filhos e netos: “Se não iniciarmos agora, eles não terão o que temos
hoje, principalmente, a água. Na Terra, tudo depende da água. Temos a obrigação e a
necessidade de ensinar e cuidar da natureza. Cada um deve fazer a sua parte: plan-
tar mais árvores, não poluir rios, fazer mais reciclagem, diminuir a poluição do ar. São
pequenos gestos que podemos fazer para ensinar às futuras gerações!
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ESCOLA MUNICIPAL ANISIO TEIXEIRA
Direção: Viviene Soares de Oliveira
Rosa de Cássia Dias Gonçalves

Educadora Socioambiental: Gisele de Lima Dias

Líder ambiental: Andréa Benedita dos Santos

PROJETO: REVITALIZAÇÃO DA HORTA EMAT

Com o fechamento das escolas, o trabalho da nossa horta foi interrompido por um ano

e três meses. No retorno presencial, pudemos retomar as atividades da horta e, com os

estudantes, trazer a vida de volta aos canteiros da escola.

A partir de junho de 2021, iniciamos o trabalho de revitalização da nossa horta com

o plantio de sementes pelos alunos. Eles cuidaram das sementeiras até as mudinhas

crescerem e serem transplantadas por eles. Todo o trabalho foi realizado pelos es-

tudantes do 1° ao 4° ano, com a orientação da monitora do Programa Escola Integrada,

Andréa Benedita dos Santos.

Em agosto, tivemos o prazer de colher nossa primeira produção, que já foi direto para

a nossa cantina!

É com muita alegria e satisfação que retomamos as atividades da nossa horta, con-

tribuindo ainda mais para a aprendizagem das nossas crianças e estimulando hábitos

alimentares mais saudáveis.


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ESCOLA MUNICIPAL DOM BOSCO
Direção: Mariluce Guimarães Valadares
Eustáquio Oliveira Lopes Junior

Educadora Socioambiental: Célia Regina Santana Junqueira

Líder ambiental: Margareth Cristina Nogueira

PROJETO: ARTE E CIÊNCIA COM SUAS DIVERSIDADES,


GERANDO A EXISTÊNCIA SUSTENTÁVEL

Os anos 2020/2021 são considerados anos de transformações pessoais, sociais e de


evolução científica mas, por outro lado, nos mostra o atraso da civilização humana. O
isolamento social abriu portas para o conhecimento e nos fez pensar no mundo em que
vivemos e o que faremos por ele, já que somos instrumentos de destruição de grande
parte da nossa sustentabilidade, por meio de práticas e uso de materiais inadequados.

O trabalho desenvolvido na nossa escola foi baseado em um roteiro de estudo e uma


atividade da disciplina Arte para o ensino remoto, elaborado em abril de 2021, voltado
para o contexto da pandemia e para ações ambientais. Por ele, conhecemos as inter-
venções urbanas de artistas transformadores com suas ideias com materiais reci-
cláveis. Pudemos, também, trocar conhecimento e obter sugestões de profissionais de
áreas distintas e significativas, que valorizam a natureza e acreditam nela como fonte
de recursos para a sobrevivência. Graças à tecnologia, tivemos acesso a conteúdos
tanto pagos como gratuitos, podendo, assim, ampliar nossa formação, ajudando nas
novas ideias e na elaboração de ações de todo o processo que envolveu o educando e
a comunidade escolar.

Este trabalho traz a “esperança” em uma semente de pimentão, que nasce da reutili-
zação de materiais de uso doméstico transformado, simbolizando a manutenção de uma
sociedade mais consciente.
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ESCOLA MUNICIPAL GRACY VIANNA LAGE
Direção: Thais Gomes da Silva Matos
Ângela Gomes de Oliveira

Educadora Socioambiental: Graziele Aparecida Pereira de Souza

Líder ambiental: José Fernando Marcelino Silva

PROJETO: MEIO AMBIENTE FRUI NATURA - APROVEITA A NATUREZA

A oficina de Meio Ambiente oferecida pelo Programa Escola Integrada – PEI, na Escola
Municipal Gracy Vianna Lage, e organizada pelo monitor José Fernando começou com o
objetivo de educar os estudantes sobre o meio ambiente, e, principalmente, conscien-
tizar sobre a importância de conhecer, para saber cuidar e viver de forma sustentável.
Inicialmente, eram ações simples: reorganizar a horta, fazer alguns plantios em outros
espaços da escola e trazer mais verde para os locais acimentados. Entretanto, a cada
ação feita, foi-se percebendo uma construção de conceitos e mudança de atitudes dos
próprios estudantes que começaram a trazer mudas, sugerir plantas e espaços para
elas.
Também, com o plantio de diversas espécies de plantas, flores, ervas, em pneus, latas,
potes, o ambiente foi se tornando cada vez mais verde e acolhedor. Após encaminhar a
horta, o monitor apresentou um projeto novo: um sistema de aquaponia que funciona
a partir de uma dinâmica que se autoalimenta: os detritos orgânicos dos peixes do
tanque servem de alimento para as plantas que ficam na cama de cultivo.
Com a pandemia, houve o afastamento das atividades das oficinas e, com isso, a horta
e outros espaços da escola ficaram abandonados, ocasionando o crescimento de mato
e sufocando as plantas cultivadas. Depois de um interrompimento de 2 dias da energia
elétrica da escola, a aquaponia sofreu alguns danos com a perda de muitos peixes: dos
200 peixes iniciais, sobreviveram cerca de 40.
Contudo, desde a retomada parcial das atividades presenciais, a aquaponia começou a
ser revitalizada, aos poucos, pelo monitor Fernando. E, agora, após alguns meses, está
com o funcionamento encaminhado e está em um cantinho novo, dentro da horta que
também está sendo revitalizada.
Criamos um espaço para cultivo de ervas medicinais, plantamos mudas de amora, de
cana, abóbora e, também, mudas de mandioca, que, aliás, vieram de um pé plantado
há cerca de 2 anos e que rendeu 9,6 quilos.
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ESCOLA MUNICIPAL HERBERT JOSÉ DE SOUZA
Direção: Vanessa Júnia Ribeiro de Moraes
Cláudia Silva Santos Araújo

Educadores Socioambientais: Lilian Maria Gonçalves


Saint Clair Marques da Silva

PROJETO: ESCOLA E COMUNIDADE SE APROPRIAM DE


ESPAÇOS NO BAIRRO NOVO AARÃO REIS

Dezenas de famílias que viviam em situação de risco, devido a inundações do Ribeirão


Onça, no bairro Novo Aarão Reis, região norte de Belo Horizonte, precisaram ser
realocadas. Suas casas foram demolidas e, no espaço, a prefeitura instalou uma tela
de proteção. A comunidade, com apoio da E. M. Herbert José de Souza, do movimento
“Deixem o Onça Beber Água Limpa” e da Companhia Urbanizadora e de Habitação de
Belo Horizonte (Urbel) vem se apropriando das áreas remanescentes, que fazem parte
do Parque Ciliar Comunitário do Ribeirão Onça. Ali, serão implantados vários equipa-
mentos como uma horta comunitária e um campinho de futebol.

A escola trabalhou o tema do parque com seus estudantes, esclarecendo sua importân-
cia para a vida da comunidade. Depois, professores, funcionários e estudantes
realizaram uma oficina de confecção de placas alusivas ao meio ambiente local. Por
fim, todos participaram da instalação das placas e presenciaram seu trabalho ganhando
vida, em um espaço público e coletivo.

Os alunos também ajudaram a construir bancos decorados e a instalar lixeira produzida


com material que seria descartado. O próximo passo são as aulas que a escola está
planejando e que serão ministradas, naquele espaço do bairro. Os alunos aprenderão
a cuidar dessa conquista coletiva e colocarão a mão na massa em oficinas de educação
ambiental.

Paralelamente, a Escola Municipal Herbert José de Souza também comemora a insta-


lação da usina fotovoltaica em suas instalações. A energia elétrica gerada pelos 112
painéis instalados cobre toda a necessidade da escola e os excedentes irão abater os
custos de outra escola da região.

A usina fotovoltaica da Herbert (parceria entre PBH, ICLEI, ONU-Habitat e UFMG) per-
mite que a escola contribua para que sejam atingidos os “Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da ONU”.
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ESCOLA MUNICIPAL MARIA DA ASSUNÇÃO DE MARCO
Direção: Maria Imaculada Santos e Oliveira
Jacqueline Aparecida Silva Fernandes Inácio

Educadores Socioambientais: Fábio Fialho Meneghesso


Juliana Mayrink Raslan de Melo
Líder ambiental: Márcia Cristiane Lacerda

PROJETO: HORTA SUSPENSA - SUSTENTABILIDADE E


CONSCIÊNCIA AMBIENTAL NA ESCOLA
A Escola Municipal Maria da Assunção de Marco, por meio do Programa Escola Integra-
da, desenvolve o projeto Horta Suspensa. Esse projeto visa mostrar que podemos fazer
uma horta suspensa, com materiais recicláveis, e trabalhar os conceitos de ecologia e
sustentabilidade, além do conhecimento sobre o cultivo de alimentos e a importância
da alimentação orgânica.
O projeto Horta Suspensa na EMMAM tem como objetivo principal promover a reflexão
sobre as condições ambientais da comunidade e sua importância, bem como contribuir
para a formação da consciência ambiental, buscando uma mudança de atitude baseada
no respeito e na preservação das diversas formas de vida, nos espaços existentes no
cotidiano dos participantes do projeto.
Além desse objetivo, o projeto propõe:
- cultivar hortaliças em espaços reduzidos, mostrando como essa prática simples pode
ser feita em ambientes urbanos, para a melhoria da alimentação familiar;
- apresentar a técnica de plantio vertical com materiais sustentáveis no espaço escolar
e, ao mesmo tempo, proporcionar ao aluno o desenvolvimento de forma integrada: a
consciência e a responsabilidade ambiental;
- criar na escola um espaço verde produtivo, de forma que os alunos se sintam respon-
sáveis e que sirva de estímulo para construírem seus conhecimentos interdisciplinares;
- produzir atividades em sala de aula contextualizadas com a vivência do projeto;
- estimular o interesse dos alunos nas outras disciplinas, a partir dos temas desenvolvi-
dos com a horta;
- melhorar o desenvolvimento social e as habilidades específicas de cada aluno, pro-
movendo o cultivo de hortaliças e despertando o interesse pelos seus processos;
- plantar, cultivar, colher e degustar os alimentos plantados na horta da escola;
- ampliar a integração do corpo docente, por meio das práticas colaborativas de ativi-
dades.
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ESCOLA MUNICIPAL POLO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA
Direção: Luiz Henrique Borges de Oliveira
Shirlei Lopes da Silva
Líder ambiental: Anderson de Jesus Rodrigues

PROJETO: RESSIGNIFICANDO AS AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS


DIANTE DA PANDEMIA

Com a pandemia COVID-19, vivemos uma situação devastadora em todo o cenário na-
cional. A situação alarmante da presença do vírus fez com que o isolamento social fosse
instaurado e as escolas fechassem as suas portas para o público, mudando os percursos
educacionais de todas as instituições de ensino. Logo, era necessário a reformulação
das ações que eram promovidas pelas escolas. Mas como promover essas ações em um
contexto sem o contato com as pessoas?
Desde que a suspensão das aulas nas escolas do município de Belo Horizonte foi deter-
minada, buscamos alternativas para o atendimento aos estudantes. A escola EMPOEINT
trabalha com projetos integradores com a participação efetiva de todos os educadores
que compõem o corpo escolar docente e, após várias reuniões analisando a situação
pandêmica e as possibilidades de ações educacionais, poucas semanas após o fecha-
mento das escolas, o grupo de educadores optou por dar continuidade aos atendimen-
tos aos estudantes remotamente, para que eles não perdessem o vínculo escolar. Para
tal feito, antes da obrigatoriedade do atendimento aos estudantes, as atividades da
Educação Ambiental foram adaptadas para o formato remoto, alternando entre aulas
síncronas e assíncronas, no mesmo formato da oficina “Vivências Educativas” que te-
mos na escola. As atividades eram produzidas por professores e monitores, visando a
autonomia dos estudantes na execução das atividades em seus lares, abordando diver-
sos assuntos como uso consciente da água, a agroecologia, os cuidados com o meio
ambiente, as PANC’s, a alimentação saudável, o herbário, dentre outros assuntos que
permeiam a Educação Ambiental.
As atividades são disponibilizadas nos grupos de Whatsapp da escola em formato PDF,
com os vídeos produzidos pelos educadores, para orientar os estudantes na execução
das atividades. Todas as atividades também ficam disponíveis nas redes sociais da
escola, nas páginas do Instagram e Facebook, para os estudantes que têm a possibili-
dade de acessar os materiais remotamente e, para os estudantes que não têm acesso
à internet ou falta de recursos tecnológicos, os materiais impressos ficam disponíveis
na portaria da escola, na tentativa de não deixar nenhum estudante sem acesso ao
conteúdo produzido.
Com o retorno do atendimento presencial nas escolas, os temas envolvendo a educação
ambiental são constantemente inseridos em nossos roteiros, buscando alcançar os es-
tudantes, assegurando que a conscientização socioambiental continue possibilitando
novos conhecimentos e novas ações com o nosso planeta, partindo dos nossos lares,
das nossas mãos.
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ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR DOMICIANO VIEIRA
Direção: Shirley Cristina Vieira Lana
Sarita Totola Mohem

Educadora Socioambiental: Enice Maria de Araújo

Líder ambiental: Lauro Braz da Silva Junior

PROJETO: A RETOMADA

Após um longo tempo longe das atividades presenciais na escola, voltamos com força

total, reformamos a horta e ganhamos mais espaço para fazer o manuseio das hor-

taliças e canteiros maiores. A atividade começou com a educação infantil, uma retomada

muito importante para o desenvolvimento dos nossos alunos, mostrando a importância

do cuidado com o meio ambiente, permitindo o contato com a natureza, mexer na terra,

na água, sentir o cheiro de terra molhada e a importância de uma alimentação sau-

dável. Na hora do almoço, os alunos sentiram o prazer de comer as hortaliças cultivadas

por eles e ficaram surpresos. No dia a dia da atividade, os alunos perceberam que as

hortaliças precisam de ser visitadas diariamente, para evitar o aparecimento de pragas

que podem atrapalhar o seu desenvolvimento. Perceberam, também, que tem insetos

que ajudam as hortaliças no combate às pragas, como as joaninhas.

A atividade está sendo muito proveitosa, porque os alunos ficam curiosos para ver o

desenvolvimento das hortaliças e para saber se vão poder comê-las no almoço. A nossa

horta, hoje, tem alface, couve, cebolinha e salsinha. Também temos uma roseira no

canteiro central da horta.

“Cuidar, guardar, preservar o meio ambiente: responsabilidade de todos nós”


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ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR MELLO CANÇADO
Direção: Rita de Cássia Pereira Rodrigues
Ronaldo Rodrigues Dos Santos

Educadora Socioambiental: Verônica Dangeles Nogueira

Líder ambiental: Ismailton Ferreira Martins

PROJETO: SUSTENTABILIDADE EM CENA

O isolamento social para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, iniciado em março


de 2020, fez com que vários setores da sociedade se adaptassem à nova realidade im-
posta pela crise sanitária. A educação foi um dos setores mais afetados. Em contrapar-
tida, também foi de onde vieram várias respostas criativas para a crise.

A Escola Municipal Professor Mello Cançado, que sempre foi referência em sustenta-
bilidade, também precisou adaptar-se para continuar mantendo a sua essência de
conscientização ambiental. Durante o período em que a escola esteve fechada, a ponte
entre os estudantes e a Educação Ambiental se manteve pelos meios digitais.

Por meio da revista digital “Integrada Mais”, os estudantes receberam conteúdos


referentes às datas mais importantes do calendário socioambiental, como por exemplo,
o dia da água, o dia do Meio Ambiente, o dia da Mata Atlântica. Os conteúdos variavam,
desde dicas culturais a dicas de cuidados com a natureza.

Em 2021, com a volta gradativa dos estudantes para as escolas, fez-se necessário a
realização de atividades que, além de fazer o resgate histórico do compromisso socio-
ambiental da escola, também trouxessem à tona o debate sobre importantes questões
contemporâneas, como a importância da ciência em nosso dia-a-dia. O projeto “Mello
ConsCiência”, por exemplo, consiste em ensinar aos estudantes métodos de pesquisa,
como catalogação da flora local, para compreender melhor a relevância de cada
elemento na natureza e, consequentemente, a importância de preservar.
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ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ALICE NACIF
Direção: Gisele Almeida Vieira
Mário Sérgio Pollastri de Castro e Almeida

Educadoras Socioambientais: Maria Helena Ferreira Leite


Sabrina Oliveira Carvalho

PROJETO: CURIOSOS POR NATUREZA

Descobrir o mundo ao redor e recobrir o mundo descoberto com cores. A Equipe de


Educação Infantil da Escola Municipal Professora Alice Nacif valeu-se da curiosidade
natural das crianças para desenvolver o Projeto “Curiosos por Natureza”. O projeto usa
os espaços verdes da escola como palco, para transformação dos estudantes em sujei-
tos críticos e ativos na conservação do meio ambiente escolar. Por meio de atividades
lúdicas como passeios pela horta, rapel nas árvores e barrancos, degustação de frutas
das árvores, criação do minhocário, plantação de árvores, o projeto permite que os
estudantes sejam atores de transformação positiva. Brincar com os elementos da na-
tureza, presentes nos espaços abertos, é um princípio essencial para que as crianças
se desenvolvam com alegria e liberdade, se socializando, construindo simbolicamente o
mundo do qual fazem parte, exercitando a curiosidade natural e vivendo a infância como
uma permanente descoberta. As crianças são apresentadas aos espaços, incentivadas
a construir com eles uma rede de significados e aprender a exercitar o olhar, criando
pinturas de observação, a observar as texturas, os sabores. Uma vez que se apropriam
dos espaços, suas contradições surgem, por meio do olhar curioso: por que está seco?
Não tem minhoca? Tem mato? Isso espeta, quando a gente passa? Tudo é pensado para
que a criança ganhe autonomia, sem perder a especificidade da infância: a curiosidade
e a vontade de descobrir. Além do olhar atento, as crianças pensam formas de tornar o
espaço mais acolhedor, replantando o que está degradado, criando espaços de aventura
com plantas novas; recriando, com os restos da merenda, adubo para toda a escola.
Dos bichinhos de jardim, do universo verde, dos pequenos temperos às grandes ár-
vores, dos vegetais às frutas, do minhocário à areia dos parquinhos, a curiosidade das
crianças para explorar a natureza e suas infinitas possibilidades ganha a potência da
transformação.
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ESCOLA MUNICIPAL THEOMAR DE CASTRO ESPÍNDOLA
Direção: Maria Inês Bicalho Monteiro Batista
Euzimara Pinheiro Gois
Educadores Socioambientais: Paulo Maurício de Aguiar Botelho
Vitória Paula Alves Rodrigues

PROJETO: OFICINA CORAL DE CANTO GREGORIANO DA EMTCE


A Oficina Coral de Canto Gregoriano da Escola Municipal Theomar de Castro Espíndola
é uma atividade pedagógica realizada dentro do Projeto Escola Integrada. O repertório
inclui folclore mineiro e brasileiro, MPB, Bossa Nova, partituras estrangeiras clássicas e
peças ligadas à temática ambiental.

A Oficina Coral de Canto Gregoriano (CG) para crianças e jovens foi criada em 1995 e já
foi feita em várias escolas da rede municipal de Belo Horizonte. Ao explicar as razões
básicas de se cantar CG, pode-se argumentar que é o repertório musical documen-
tado mais antigo do Ocidente, desde a Idade Média, e que constitui a base primordial
das peças que formam o acervo da Música Colonial Mineira e Brasileira, depositado nas
sacristias das igrejas das cidades históricas, desde o século XVII. Ao acrescentar as
canções folclóricas, estamos enriquecendo a educação infantil e juvenil com as peças
subestimadas do passado musical das comunidades locais. A MPB e a Bossa Nova con-
tribuem com exemplos ligados ao meio ambiente, notadamente a água. As apresen-
tações são esporádicas, em eventos escolares, incluindo a mostra científica (MICE) e
apresentação especial no Mosteiro de Nossa Senhora das Graças, da Ordem Beneditina,
para divulgação do CG. O aprendizado de Música Antiga, MPB, música com temas am-
bientais, etc. expressa, também, os diferentes públicos do Coro.

Os ensaios graduais oferecem a possibilidade de correção de rumo dos diferentes gru-


pos. A escuta e repetição dos colegas fortalece o aprendizado, estimulando o amor
próprio. As apresentações constantes, espaçadas e esporádicas incluem um aprendi-
zado de palco. O ensaio não deve ultrapassar uma hora, sob risco de desatenção natural
das crianças. A eficiência de aprendizagem está ligada à importância da observação de
cada etapa. O canto coral é exemplo de atividade homeopática e terapêutica, para es-
timular a união do grupo. Exemplos de jovens cantores talentosos, que ainda não estão
conscientes de seu potencial, podem ocorrer e isso nos motiva a sugerir o encaminha-
mento para uma escola especial, como por exemplo, a Fundação de Educação Artística
(FEA), onde eles podem pleitear bolsas de estudo. A ajuda e acompanhamento dos pais
e mães não deve ser negligenciada.

É importante acrescentar o valor terapêutico da atividade coral, seu caráter agregador


por natureza e os baixíssimos, irrisórios custos do canto ‘’a capella’’ (sem instrumen-
tos). O custo emocional e psicológico do confinamento, devido à pandemia, foi mitigado
pela possibilidade esperançosa de continuidade futura da Oficina Coral.
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INSTITUIÇÃO PARCEIRA: PLANT-FOR-THE-PLANET BRASIL
Coordenadora de Articulações e Parcerias: Flávia Silva Martinelli

PROJETO: PLANT-FOR-THE-PLANET BRASIL E A MISSÃO DE


EDUCAR CRIANÇAS SOBRE A CRISE CLIMÁTICA

A Plant-for-the-Planet nasceu pelas mãos de uma criança de 9 anos, na Alemanha,

inspirada pela plantadora de árvores e ativista política Wangari Maathai, queniana, que

plantou milhões de árvores. A organização cresceu para mais de 70 países, incluindo

o Brasil, onde está presente, desde 2014. O objetivo da Plant-for-the-Planet Brasil é

formar crianças para se tornarem Embaixadoras da Justiça Climática por meio de sua

metodologia, que é oficialmente reconhecida pelo “Programa das Nações Unidas - Dé-

cada da Educação para o Desenvolvimento Sustentável”. Uma Academia da Plant-for-

the-Planet é um workshop de um dia em que crianças e jovens Embaixadores da Justiça

Climática preparam e motivam outras crianças a entrarem em ação, a plantar árvores

nativas e, assim, entenderem, desde já, que uma das soluções para a crise climática

pode ser protagonizada por elas. Crianças e jovens entre 8 e 14 anos discutem assuntos

como a crise climática, o crescimento das cidades, a importância ambiental, econômica

e social das árvores e a distribuição justa de recursos, além de botar a mão na massa

para realizar plantios de árvores nativas. Tudo isso é feito de forma dinâmica e lúdica.

As escolas interessadas em receber o workshop podem fazer inscrição por meio do for-

mulário: https://forms.gle/rL8ACPEQ3mcikB3Y7.
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