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FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA E TRAUMATOLÓGICA

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Sumário
A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA ORTOPEDIA .............................. 4

ESQUELETO HUMANO .................................................................................... 4

CRÂNIO HUMANO ............................................................................................ 5

POSIÇÃO ANATÔMICA .................................................................................... 8

AVALIAÇÃO POSTURAL ................................................................................. 9

TESTES FUNCIONAIS ..................................................................................... 12

GONIOMETRIA BÁSICA................................................................................. 14

FISIOTERAPIA ESPORTIVA ........................................................................... 21

TRAUMATISMOS DA COLUNA CERVICAL ............................................... 25

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS ........................................................................ 26

INFLAMAÇÃO .................................................................................................. 27

DOENÇA DE GRISEL ...................................................................................... 28

CERVICOBRAQUIALGIA ............................................................................... 28

CERVICALGIA ................................................................................................. 30

COLUNA VERTEBRAL ................................................................................... 31

DOENÇAS DEGENERATIVAS DA COLUNA VERTEBRAL ...................... 32

ESPONDILOLISTESE ....................................................................................... 34

COMPRESSÃO DA MEDULA ESPINHAL ..................................................... 35

DOENÇAS DEGENERATIVAS DO DISCO INTERVERTEBRAL ............... 36

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR ......................................................................... 37

COLUNA TOROCOLOMBAR ......................................................................... 39

HERNIA DE DISCO .......................................................................................... 40

LOMBOCIATALGIA ........................................................................................ 41

DOENÇA DE SCHEUERMANN ...................................................................... 43

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OSTEOPOROSE ................................................................................................ 45

PUBEÍTE ............................................................................................................ 46

OSTEOARTROSE DO QUADRIL.................................................................... 48

FRATURAS DO QUADRIL .............................................................................. 50

FRATURAS TROCANTERIANAS .................................................................. 51

ATROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL .......................................................... 52

PATOLOGIAS NAS ARTICULAÇÕES E TENDÕES .................................... 56

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 66

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A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA ORTOPEDIA

A fisioterapia ortopédica e traumatológica atua na prevenção e tratamento de doenças


nos ossos, músculos, ligamentos e articulações, além de traumas ortopédicos, utilizando
principalmente recursos elétricos, mecânicos e térmicos, além de cinesioterápicos.

ESQUELETO HUMANO

O esqueleto (FIGURA 1) é formado pelo conjunto de todos os ossos do corpo. Suas


funções são suportar o corpo, proteger os órgãos e servir de alavanca para os movimentos,
tornando-se possível a locomoção. (MARQUE, 2009; NAGLER, 1976).
Do encontro de dois ossos diferentes formam-se as chamadas articulações. As
articulações são unidas por ligamentos, que proporcionam estabilidade, permitindo tipos
específicos de movimentos para cada uma delas. Os músculos, com sua capacidade de contrair
e relaxar, produzem os movimentos do nosso corpo. (NAGLER, 1976).

ESQUELETO HUMANO

Crânio

O crânio humano (FIGURA 2) protege o encéfalo e os órgãos a ele associados para os

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sentidos da visão, audição, gosto e olfato. É dividido em duas partes, a craniana e a facial. Na
parte craniana encontra-se o cérebro, que juntamente com a medula espinhal formam o Sistema
Nervoso Central (SNC). Os ossos que constituem a parte craniana são: parietal, temporal e
occipital. A segunda parte do crânio é chamada de parte facial, sendo composta pelos ossos:
maxilar, mandibular, nasal e palatino. (NAGLER, 1976; GARDNER; OSBURN, 1971).

CRÂNIO HUMANO

Coluna Vertebral

A coluna vertebral humana tem a função de manter o eixo longitudinal do corpo,


suportar e movimentar a cabeça e oferecer uma base estrutural para articulação e ação dos
membros. É composta por 33 vértebras, sendo que cada uma delas possui um canal vertebral,
por onde passa a medula espinhal. Entre uma vértebra e outra existem os chamados discos
intervertebrais, que amortecem os choques realizados contra a nossa coluna. (MARQUES,
2009; NAGLER, 1976).

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O pescoço é composto por sete vértebras cervicais, as duas primeiras são diferentes
quanto à sua forma. A primeira é chamada de atlas, sobre a qual o crânio descansa, a segunda
chama-se axis. Os movimentos da cabeça ocorrem principalmente ao redor dessa vértebra.
(NAGLER, 1976).
Na região do peito existem 12 vértebras torácicas e, na região lombar, 5 vértebras
lombares, logo abaixo encontra-se o sacro, formado de 5 vértebras coccígeas ou também
chamado de cauda óssea. (NAGLER, 1976; GARDNER; OSBURN, 1971). Os ossos da caixa
torácica são o esterno e doze pares de costelas, elas encontram-se presas posteriormente a doze
vértebras torácicas e anteriormente, ao esterno por meio de cartilagem, já as duas últimas são
livres em suas extremidades anteriores, por esse motivo recebem o nome de costelas flutuantes.
A função do tórax é proporcionar aos pulmões uma caixa rígida, que também aumenta e diminui
seu volume para manter uma diferença de pressão entre a caixa torácica e a atmosfera externa.
(NAGLER, 1976).

Cintura Escapular e Membros Superiores (MMSS)

Quanto à cintura escapular e os MMSS, podemos citar os principais ossos: clavícula,


escápula, úmero, rádio, ulna, punho e dedos. (NAGLER, 1976). A clavícula é um osso em forma
de S, localiza-se na parte anterior do peito, sendo que sua parte proximal une-se com o esterno
e a distal com a escápula. Ela tem a função de estabilizar a cintura escapular. (NAGLER, 1976).
A escápula é um osso triangular e chato situado na parte posterior e superior do corpo,
prendendo-se à caixa torácica principalmente por músculos. Esse osso serve de base para a
inserção de músculos do tórax e do braço. (NAGLER, 1976). O úmero é popularmente
conhecido como “osso do braço”, sua extremidade proximal apresenta uma cabeça arredondada
e duas protuberâncias, nomeadas de tubérculos maior e menor. A parte distal desse osso alarga-
se para formar os chamados côndilos, mediano e lateral. (NAGLER, 1976).
O rádio é um osso longo, localizado na parte lateral do antebraço, ou do polegar. A ulna
também é um osso longo e fica na parte medial do antebraço, ou seja, do lado em que se localiza
o dedo mínimo. Lembremos sempre que a localização de lateral e medial é baseada na posição
anatômica normal, ou seja, em pé, com as palmas das mãos viradas para frente. (NAGLER,
1976).

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O punho é composto por oito ossos pequenos, conhecidos como ossos do carpo. Os
cinco ossos metacárpicos apresentam forma de cilindro e fazem a ligação do punho com os
dedos, são numerados de um a cinco, do polegar ao mínimo. Os dedos são formados pelas
chamadas falanges, sendo somente duas no polegar e três nos outros dedos. Um só osso do dedo
é chamado de falange, sendo classificado pela sua posição em: proximal, medial e distal.
(NAGLER, 1976).

Cintura Pélvica e Membros Inferiores (MMII)

Os principais ossos que formam a cintura pélvica e os membros inferiores (MMII) são:
ílio, ísquio, púbis, fêmur, tíbia, fíbula, tarso, metatarsos e falanges. (NAGLER, 1976). Os ossos
ílio, ísquio e púbis formam a parte lateral da cintura pélvica, esses três em conjunto formam
também o acetábulo. Na extremidade inferior do ísquio encontra-se uma proeminência óssea
que tem a função de suportar nosso corpo quando estamos sentados, ela recebe o nome de
tuberosidade isquiática. (NAGLER, 1976).
A articulação do quadril é formada com a junção da extremidade proximal do fêmur
(maior e mais longo osso do organismo) e o acetábulo. Já a extremidade distal do fêmur forma
os côndilos medial e lateral, que se articulam com a plataforma tibial, formada pela extremidade
proximal da tíbia. Esses ossos juntamente com a patela formam o joelho. (NAGLER, 1976;
GARDNER; OSBURN, 1971).
Na superfície proximal e anterior da tíbia encontra-se um tubérculo, conhecido como
tuberosidade tibial. Nele ocorre a ligação da extremidade distal do tendão muscular do
quadríceps. Já a extremidade distal da tíbia forma o maléolo medial, que é uma parte da
articulação do tornozelo, a formação do encaixe para a articulação do tornozelo está completa
quando há também a junção da extremidade distal da fíbula. A fíbula apresenta-se na face lateral
da perna e permanece em contato com a tíbia em todas as suas extremidades, ou seja, tanto na
proximal quanto na distal. (NAGLER, 1976).
O tarso (popularmente conhecido como tornozelo) é formado por sete ossos, nomeados
de ossos do tarso. O calcâneo é o maior desse grupo, seguido pelo talo, que também é o osso
mais proximal, articulando-se diretamente em conjunto com a tíbia e fíbula. Metatarsos é o
nome dado a um conjunto de cinco ossos que ligam os ossos tarsais aos dedos dos pés. Eles

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assemelham-se aos ossos metacarpais da mão e sua principal função é dar suporte ósseo aos
dedos dos pés. As falanges dos dedos dos pés são mais
curtas quando comparadas aos dedos das mãos, porém igualmente apresentam o dedo
maior contendo somente duas falanges e o restante contendo três falanges. (NAGLER, 1976).

POSIÇÃO ANATÔMICA

Damos o nome de posição anatômica, (FIGURA 3) à posição em que o corpo fica ereto,
com os MMII unidos, pontas dos pés e palmas das mãos voltadas para frente e MMSS
estendidos ao lado do corpo. (NAGLER, 1976; COSTA, 2005).

POSIÇÃO ANATÔMICA

FONTE: COSTA, 2005.

Movimentos do Corpo Humano

Quanto aos nossos movimentos do corpo humano, quando ocorre um afastamento de


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qualquer extremidade em relação à linha média, damos o nome de abdução. Se acontecer o


contrário, ou seja, uma aproximação de extremidades em relação à linha média dá o nome de
adução. Quando uma extremidade gira pelo seu eixo longitudinal, chamamos esse movimento
de rotação. Se um ângulo de qualquer articulação reduz, damos o nome de flexão, o oposto, ou
seja, quando o ângulo aumenta, titulamos de extensão. (NAGLER, 1976).
A parte da estrutura do corpo mais próxima deste é denominada extremidade proximal,
a mais afastada, extremidade distal. O lado frontal do corpo (lado da face e abdômen) é
designado lado anterior, já o lado de trás do corpo (costas e glúteos) lado posterior. (NAGLER,
1976).

AVALIAÇÃO POSTURAL

A postura pode ser definida como a posição do corpo parado ou o arranjo em harmonia
das partes corpóreas em movimento. Uma boa postura é o resultado da capacidade dos
ligamentos, músculos e cápsulas articulares em manter o corpo ereto, em uma mesma posição
por um longo período. (SANTOS, 2009). A avaliação postural, principalmente na infância, é
importante para a identificação e correção da postura inadequada, evitando maiores transtornos
futuros.

Fatores que Afetam a Postura Correta

São múltiplos os fatores que podem influenciar a postura de um indivíduo, como


hereditariedade, ambiente, condições físicas habitacionais, fatores emocionais,
socioeconômicos, obesidade, sedentarismo, utilização inadequada de calçados e alterações
consequentes do crescimento e desenvolvimento humanos. No caso de crianças podemos
também citar o uso incorreto de mochilas escolares e a postura inadequada durante as aulas,
hábitos esses que, se não corrigidos, serão levados para a adolescência e vida adulta. (SANTOS,
2009; LIPOSCKI; ROSA NETO; SAVALL, 2013; DETSCH, 2007).

Protocolo de Avaliação Postural

Para uma boa avaliação postural é extremamente necessária a utilização de instrumentos


validados para estabelecer uma linguagem comum entre os profissionais de diferentes áreas.

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Deste modo, segue abaixo o (IAP) Índice de Avaliação Postural (FIGURA 4), que no ano de
2007 foi devidamente validado no país por Liposcki (2013).

ÍNDICE DE AVALIAÇÃO POSTURAL

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FONTE: LIPOSCK, 2013.

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TESTES FUNCIONAIS

Os testes funcionais em fisioterapia são de extrema importância para a compreensão das


condições cinesiológicas funcionais do paciente que será avaliado. (VERONESI JUNIOR,
2011). Segundo Marques (2009), seguem abaixo alguns exemplos de testes funcionais para a
articulação do joelho.

Teste de Lachmann

Para a realização desse teste o paciente deve estar posicionado em decúbito dorsal
(barriga para cima), com o joelho flexionado entre 15º e 30º. Com uma das mãos o terapeuta
segura o fêmur do paciente e com a outra puxa a tíbia para frente, os músculos devem estar
completamente relaxados (FIGURA 5). Se houver um deslocamento perceptível da tíbia em
relação ao fêmur, é sinal de que o ligamento colateral anterior (LCA) está lesado.

TESTE DE LACHMANN

<http://darlanalencartherapymovi.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html>.

Sinal de Payr

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Para a realização desse teste o paciente deve estar sentado com as pernas cruzadas (em
forma de borboleta, ou índio), (FIGURA 6). O terapeuta exerce uma pressão sobre o joelho
afetado. Se o paciente sentir dores na interlinha articular medial, é sinal que há danos no corno
posterior do menisco.

SINAL DE PAYR

<http://www.milton.com.br/esporte/saiba_mais/ort_4.htm>.

Sinal de Zohlen

O paciente deve estar em decúbito dorsal, com a perna estendida. O terapeuta pressiona
a patela com os polegares a partir das direções proximal, medial e lateral e pede ao paciente que
estenda ainda mais a perna, tencionando o músculo quadríceps. Em caso de lesão patelar, o
quadríceps puxa a patela em direção cranial, pressionando-a contra o côndilo femoral.

Teste de Apreensão segundo Fairbank


Durante esse teste o paciente permanece em decúbito dorsal, com o joelho estendido e
a coxa relaxada. O terapeuta pressiona a patela com os dois polegares em direção lateral. Nesse
momento, pede-se ao paciente que flexione o joelho (FIGURA 7). Se ocorrerem dores fortes,
há uma luxação patelar.

TESTE DE APREENSÃO SEGUNDO FAIRBANK

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<http://static.portaleducacao.com.br/arquivos/imagens_artigos/25012013123157joelho
.jpg>.

GONIOMETRIA BÁSICA

A Goniometria é um método que nos permite medir os ângulos articulares do nosso


corpo, através de um aparelho simples denominado goniômetro (FIGURA 8). É comumente
utilizado pelos fisioterapeutas para determinar a presença de disfunção, estabelecer um
diagnóstico, traçar objetivos do tratamento e avaliar a recuperação funcional durante e ao
término do tratamento. (MARQUES, 2009).

GONIÔMETRO

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<http://roselysaldanha.wordpress.com/2011/04/22/manual-de-goniometria- membro-
superior/>.

Segundo Marques (2009), os planos e eixos utilizados na goniometria são:

• Plano Sagital: onde ocorrem os movimentos deflexão e extensão

PLANO SAGITAL

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FONTE: COSTA, 2005.

• Plano Frontal: onde ocorrem os movimentos de adução e abdução (FIGURA 10);

PLANO FRONTAL

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FONTE: COSTA, 2005.

• Plano Transverso: onde ocorrem os movimentos de rotação (FIGURA 11).


PLANO TRANSVERSO

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FONTE: COSTA, 2005.


Segundo Marques (2003), seguem abaixo as amplitudes articulares normais na
Goniometria.

Ângulos Articulares dos Membros Superiores (MMSS)

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Articulação do ombro

• Movimento de flexão: 0 – 180o;


• Movimento de extensão: 0 – 45o;
• Movimento de abdução: 0 – 180o;
• Movimento de adução: 0 – 40o;
• Movimento de Rotação Medial: 0 - 90o
• Movimento de Rotação Lateral: 0 - 90o

Articulação do cotovelo

• Movimento de Flexão: 0 – 145º


• Movimento de Extensão: 145 – 0º

Articulação radioulnar

• Movimento de pronação: 0 – 90º


• Movimento de Supinação: 0 – 90º

Articulação do punho

• Movimento de Flexão: 0 – 90 º
• Movimento de Extensão: 0 – 70º
• Movimento de Adução: 0 – 45º
• Movimento de Abdução: 0 – 20º
Articulação carpometacarpal do polegar

• Movimento de Flexão: 0 – 15º


• Movimento de Abdução: 0 – 70º
• Movimento de Extensão: 0 – 70º

Articulação metacarpofalângica
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• Movimento de Flexão: 0 – 90º


• Movimento de extensão: 0 – 30º
• Movimento de Abdução: 0 – 20º
• Movimento de Adução: 0 – 20º

Articulação interfalângica

• Movimento de Flexão: 0 – 110º


• Movimento de Extensão: 0 – 10º

Ângulos Articulares do Membros Inferiores (MMII)

Articulação do quadril

• Movimento de Flexão: 0 – 125º


• Movimento de Extensão: 0 – 10º
• Movimento de Adução: 0 – 15º
• Movimento de Abdução: 0 – 45º
• Movimento de Rotação Medial: 0 – 45º
• Movimento de Rotação Lateral: 0 – 45º

Articulação do joelho

• Movimento de Flexão: 0 – 140º

Articulação do tornozelo

• Movimento de Flexão dorsal: 0 – 20º


• Movimento de Flexão Plantar: 0 – 45º
• Movimento de Abdução: 0 – 20º
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• Movimento de Adução: 0 – 40º

Articulação metatarsofalângica

• Movimento de Flexão – Primeiro dedo: 0 – 45º


• Movimento de Flexão – Segundo ao quinto dedo: 0 – 40º
• Movimento de Extensão – Primeiro dedo: 0 – 90º
• Movimento de Extensão – Segundo ao quinto dedo: 0 – 45º

Articulação interfalângica

• Movimento de Flexão (interfalângicas) – Primeiro dedo: 0 -90º


• (Interfalângicas Proximais) – Segundo ao quinto dedo: 0 – 35º
• (Interfalângicas Distais) – Segundo ao quinto dedo: 0 – 60º

Angulos Articulares da Coluna Vertebral

Coluna vertebral cervical

• Movimento de Flexão: 0 – 65º


• Movimento de Extensão: 0 – 50º
• Movimento de Flexão Lateral: 0 – 40º
• Movimento de Rotação: 0 – 55º

Coluna vertebral lombar

• Movimento de Flexão: 0 – 95º


• Movimento de Extensão: 0 – 35º
• Movimento de Flexão Lateral: 0 – 40º
• Movimento de Rotação: 0 – 35º

FISIOTERAPIA ESPORTIVA
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LESÕES TÍPICAS DA MODALIDADE

Lesões que podem ocorrer na modalidade esportiva (FIGURA 12) são geralmente por
sobrecarga e traumáticas, ou seja, acidentais. (MARQUES, 2009). Existem fatores externos e
internos que determinam as lesões esportivas.
• Fatores externos: a forma de se adaptar, o equipamento inadequado, clima frio,
iluminação deficiente, entre outros. (MARQUES, 2009).
• Fatores internos: altura do atleta, biotipo, níveis de deficiência (auditiva ou visual)
nos casos de esportes adaptados. (MARQUES, 2009).

LESÕES ESPORTIVAS

<http://www.filhotedepombo.com/2009/12/as-14-piores-lesoes-no-futebol-de-
todos.html>.

Processo Inflamatório e suas Fases

O processo inflamatório é uma resposta do organismo diante de uma agressão. Após


uma lesão, há alguns sinais que nosso organismo apresenta para mostrar que há algo errado
acontecendo, ou seja, que ele foi agredido. (DUTTON, 2010). Segundo Marques (2009), estes
sinais são chamados de sinais flogísticos. São eles:

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• calor: como consequência de uma alteração circulatória;


dor: como consequência do edema e da inflamação;
• rubor: como consequência da presença de sangue rico em oxigênio;
• tumor: devido ao acúmulo de células inflamatórias de defesa.

O processo inflamatório apresenta três fases: aguda, subaguda e crônica. As mesmas


serão descritas separadamente a seguir.

Fase aguda

Inicia-se logo após a ocorrência da lesão (FIGURA 13). Apresenta os seguintes sinais
clínicos: edema, rubor, calor, dor, espasmo muscular e perda da função. (MARQUES, 2009;
DUTTON 2010).

FASE AGUDA DA LESÃO

<http://www.drbayma.com/pernas-inchadas-ou-edema-de-membros- inferiores/>.

Fase subaguda

Inicia-se após alguns dias em que houve a lesão, os sinais clínicos de inflamação
diminuem e inicia-se o reparo do local lesado. Sua duração gira em torno de 10 a 17 dias. Os
sintomas clínicos são: diminuição dos sinais flogísticos, melhora da amplitude de movimento
(ADM), sendo que pode ocorrer dor ao final do movimento. (MARQUES 2009, DUTTON,

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2010).

Fase crônica

Nesta fase não existem mais sinais de inflamação, porém a função do movimento ainda
não foi recuperada completamente. Há o desenvolvimento de tecido cicatricial, iniciando-se no
14º ao 21º dia após a lesão. Não há sinais de inflamação, sendo a dor referida somente quando
há uma sobrecarga na estrutura lesada, podendo-se também apresentar diminuição de força
muscular e talvez alguma perda da função. Essa fase pode durar até um ano, em que formará
tecido cicatricial e desenvolverá tecido novo. (MARQUES, 2009; DUTTON, 2010).

AVALIAÇÕES

Para a avaliação de uma lesão ser apropriada, é necessária uma história anterior à lesão
detalhada pelo paciente, explicando exatamente como ocorreu o trauma, se já houve intervenção
de algum outro profissional, como foi, quem o encaminhou para a fisioterapia e se ele realiza
juntamente algum outro tipo de tratamento, como por exemplo, o medicamentoso (FIGURA
14). Para isso o fisioterapeuta deve ter um conhecimento aprofundado de anatomia,
cinesiologia, biomecânica, além de uma observação e um exame físico completo. (MARQUES,
2009).

AVALIAÇÃO FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA

<http://www.einstein.br/blog/paginas/post.aspx?post=931>.
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TRAUMATISMOS DA COLUNA CERVICAL

Nas fraturas da coluna cervical (FIGURA 15) é necessário extremo cuidado, pois o
deslocamento de fragmentos nessa área geralmente são mais graves. Após o trauma, a
manipulação do paciente deve ser realizada com muita cautela para evitar uma lesão maior na
medula espinhal. Em um paciente consciente uma manipulação após o traumatismo geralmente
não acomete riscos, pois quando consciente ocorre um espasmo muscular que protege o local
da lesão. Infelizmente esse espasmo não ocorre em pacientes inconscientes, por isso deve haver
um cuidado maior na hora da manipulação pós-trauma, pois há um histórico grande de pacientes
neurologicamente intactos que se tornaram paraplégicos pelas manipulações descuidadas
durante os primeiros socorros.
Os traumatismos cervicais podem ser causados por flexão, extensão, compressão
vertical e rotação. (DANDY, 2000).

COLUNA CERVICAL

<http://marcotuliosette.site.med.br/index.asp?PageName=Doen-E7as-20da- 20Coluna-
20Cervical>.

Traumatismos por Flexão

São os mais comuns e mais graves. As lesões que mais ocorrem são fraturas por

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esmagamento da coluna vertebral, ruptura do ligamento supraespinhoso (o que torna a coluna


instável), luxações das facetas posteriores e luxação com fraturas do corpo vertebral. (DANDY,
2000).

Traumatismos por Extensão

Os traumas por extensão são muito comuns na coluna cervical superior, em geral, são
menos graves do que os traumatismos por flexão. Os mais comuns são: fratura do processo
odontoide, fratura do enforcado, acotovelamento do ligamento longitudinal posterior, que em
alguns casos pode causar a síndrome da artéria espinhal anterior e a fratura do corpo vertebral
com prolapso de disco. (DANDY, 2000).

Fraturas por Compressão Vertical

Existem duas fraturas que podem ser causadas por compressão vertical, a fratura do
atlas, que é causada por algo que caia sobre a cabeça do indivíduo, e a fratura por explosão,
onde a compressão vertical pode romper os corpos vertebrais e causar dor. (DANDY, 2000).

Traumatismos por Rotação

A maior parte dos traumatismos por rotação é causada por uma combinação de forças.
A rotação com flexão acompanha-se por luxação da faceta articular e a rotação com extensão
lesa os elementos posteriores. Os traumatismos por extensão-flexão combinados mais
conhecidos como “chicote” são comuns nos acidentes de tráfego com colisão traseira, nos quais
a cabeça da vitima é atirada para trás e o pescoço hiperestendido. (DANDY, 2000).
As lesões na coluna cervical também podem ser esportivas, geralmente têm origem no
tecido mole, sendo que fraturas são incomuns. As fraturas ou deslocamentos da coluna cervical
no esporte são observados nas regras do futebol, e ocorrem na hiperflexão, hiperextensão e
compressão axial. Quanto à atuação da fisioterapia, existem poucos estudos sobre isso, porém
alguns estudos mostram a eficácia com a terapia eletromagnética. (KOLT; SNYDER-
MACKLER, 2008).

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS

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A inflamação é uma reação do organismo a uma infecção ou algum dano que ocorreu
no tecido (FIGURA 16). Sendo assim, as doenças inflamatórias podem ser do tipo agudas ou
crônicas. A inflamação crônica tem uma duração prolongada (semanas a meses), durante esse
tempo, destruições teciduais e tentativas de reparação ocorrem ao mesmo tempo. Na inflamação
crônica podemos citar algumas doenças como: artrite reumatoide, aterosclerose, tuberculose e
pulmonares. (WIKIPEDIA, 2013; MELDAU, 2013).
De acordo com Meldau (2013), a origem da inflamação crônica ocorre da seguinte
forma:

•Infecções persistentes;
•Exposição prolongada a agentes tóxicos exógenos ou endógenos;
•Autoimunidade: em alguns casos há a ocorrência de reações imunes contra os próprios
tecidos do indivíduo, o que leva a doenças autoimunes. Essas doenças podem resultar em
diversas doenças inflamatórias crônicas.

Segundo Meldau (2013), a inflamação aguda manifesta-se por alterações vasculares,


como: edema e infiltração especialmente de neutrófilos. Já na inflamação crônica podemos
encontrar as seguintes características:
• Infiltração de células mononucleares (macrófagos, linfócitos e plasmócitos), reflexo
de uma reação persistente à lesão.
• Destruição tecidual induzida pelas células inflamatórias.
• Tentativas de cicatrização por substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo,
fibrose.

INFLAMAÇÃO

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<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAo8UAI/que-inflamacao>.

DOENÇA DE GRISEL

A principal característica da doença de Grisel é uma luxação não traumática do atlas,


sendo comum em crianças, surge após infecções próximas ao pescoço, como rinites e
amidalites, manifestando-se como um torcicolo doloroso. (BARROS FILHO; BASILE
JÚNIOR, 1997). Nessa afecção, o paciente apresenta a cabeça inclinada para um dos lados e
rodada para o lado oposto. Durante a palpação pode- se verificar que o músculo que deveria
estar contraído está relaxado, estando contraído o do lado oposto, o que é chamado de torcicolo
paradoxal. A palpação e movimentação do pescoço são dolorosas, com limitação do
movimento. (BARROS FILHO; BASILE JÚNIOR, 1997).

O diagnóstico não é difícil, porém como o indivíduo nunca é avaliado por um


especialista, o diagnóstico em sua maioria é realizado tardiamente. (BARROS FILHO; BASILE
JÚNIOR, 1997; MARQUES, 2009).

CERVICOBRAQUIALGIA

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A cervicobraquialgia não possui uma causa aparente, mas raramente inicia- se de


maneira súbita, geralmente relaciona-se com movimentos bruscos do pescoço, longa
permanência em posição forçada, esforço ou trauma. Geralmente, melhora com o repouso e
exacerba com a movimentação. Os fenômenos sensitivos mais comuns residem principalmente
na irradiação da cervical para o membro superior e tórax, referindo parestesias nos mesmos
locais. Os fenômenos motores residem em paresias, sendo raros casos de paralisias e alterações
de reflexo. As regiões cutâneas e musculares comprometidas dependem da raiz atingida.
(BARROS FILHO; BASILE JÚNIOR, 1997).

Comprometimento da Raiz C5

• Dor e parestesia: pescoço, ápice do ombro e face anterolateral do braço;


• Alteração de sensibilidade na área deltoideana;
• Alteração de motricidade: deltoide e bíceps;
• Alteração de reflexos: deltoide, estilorradial.

Comprometimento da Raiz C6

• Dor e parestesia: pescoço, ombro, borda medial da omoplata, face lateral do braço,
dorso do antebraço;
• Alteração da sensibilidade: 1º e 2º dedos;
• Alteração de motricidade: bíceps;
• Alteração de reflexos: bicipital, estilorradial.

Comprometimento da Raiz C7

• Dor e parestesia: pescoço, peitoral, face lateral do braço, dorso do antebraço, 2º e


3º dedos;
• Alteração de sensibilidade: 2º e 3º dedos;
• Alteração de motricidade: tríceps;
• Alteração de reflexos: tricipital.

Comprometimento da Raiz C8
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• Dor e parestesia: pescoço, borda medial do braço e antebraço, dois últimos dedos;
• Alteração de sensibilidade: 4º e 5º dedos;
• Alteração de motricidade: intrínseca da mão.

Para o diagnóstico da existência ou não da compressão, a primeira opção é a ressonância


magnética, quando esta não é possível, recorre-se para a tomografia computadorizada e a
mielografia. (BARROS FILHO; BASILE JÚNIOR, 1997)

CERVICALGIA

É uma síndrome que causa dor e rigidez na coluna cervical, sendo comum no sexo
feminino (FIGURA 17). Esta afecção relaciona-se principalmente com a má postura e
movimentos repetitivos. A cervicalgia, quando crônica, é observada em pacientes que não
mostram um bom condicionamento físico, apresentam rigidez, espasmo muscular e postura
inadequada. Esses indivíduos psicologicamente podem apresentar problemas familiares,
depressão, disfunção sexual e geralmente encontram-se fora do mercado de trabalho.
(MARQUES, 2009).
Com relação aos sintomas, os mais comuns observados nessa patologia são: atitude
de defesa e rigidez dos movimentos, alteração da mobilidade do pescoço e
dor durante a palpação, também abrangendo a região do ombro e, em casos mais graves ou
prolongados, há irradiação para todo o membro superior.
A dor pode ser leve e local, com apenas uma sensação de cansaço, até uma dor mais
forte e limitante. Além disso, o MMSS pode apresentar alterações de sensibilidade e força
muscular. Em alguns casos ocorrem também alterações nos reflexos encontrados em algumas
inserções musculares no punho, cotovelo e ombro. (TRANSPIRAR SAÚDE, 2013).

CERVICALGIA

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<http://sparvolisaude.wordpress.com/2012/10/27/cervicalgia/>.

Alguns sintomas menos comuns são: dificuldade na escrita ou na marcha, alterações na


fala, dor de cabeça, zumbidos, náuseas, visão turva, febre, sudorese noturna, cansaço, perda de
peso, entre outros. (TRANSPIRAR SAÚDE, 2013). Segundo Transpirar Saúde (2013), os
principais objetivos da fisioterapia na reabilitação na cervicalgia são:

- diminuir a dor e inflamação;


- restaurar a mobilidade e flexibilidade;
- fortalecer a musculatura.

COLUNA VERTEBRAL

Fraturas da Coluna Vertebral

As fraturas e luxações da coluna vertebral tornaram-se comuns após a chegada de


transportes automobilísticos de alta velocidade. Embora 80% das lesões traumáticas da coluna
vertebral não sejam acompanhadas de graves complicações, em um primeiro momento todas
devem ser tratadas como graves. Deste modo, a mobilização e transporte das pessoas que
tenham sofrido o trauma são de extrema importância. (SALTER, 1985).
Na criança, a coluna vertebral é muito mais flexível do que em adultos, portanto, o risco
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de fraturas e luxações é significantemente menor, exceto em casos de acidentes


automobilísticos e quedas de consideráveis alturas. Quando uma lesão traumática na coluna
vertebral é clinicamente suspeitada por dor local provocada, espasmo muscular e deformidade,
o exame radiológico tem que ser completo, sendo que em alguns casos é necessária a realização
de tomografias. (SALTER, 1985).

DOENÇAS DEGENERATIVAS DA COLUNA VERTEBRAL

Normalmente são causadas por desgaste dos discos e das vértebras, das articulações e
também de seus ligamentos estabilizadores, o que pode levar a alterações da coluna vertebral.
(MARQUES, 2009).

Osteoartrose ou Espondiloartrose

É a mais comum das doenças reumatológicas, tem caráter degenerativo e progressivo,


acometendo as articulações, deteriorando a cartilagem que reveste as extremidades ósseas,
causando dor, inflamação e incapacidade. Sua incidência é maior no sexo feminino,
principalmente no período da menopausa, e em pessoas com mais de 65 anos de idade.
(MARQUES, 2009; KLEPER, 2013).
A osteoartrose pode ser classificada em primária (idiopática) e secundária, estando
relacionada com processos traumáticos. Também pode apresentar uma classificação de acordo
com seu local de desenvolvimento, sendo periférica quando acomete as articulações dos
membros e central quando acomete a coluna vertebral. (MARQUES, 2009).

Segundo kleper (2013), as principais articulações acometidas são:

• joelhos;
• coluna lombar e cervical;
• dedos e mãos;
• quadril.

Os fatores de risco para osteoartrose são: (KLEPER, 2013)

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• obesidade - ocasionando sobrecarga de peso, o que também dificulta


muito o tratamento;
• traumas repetitivos e
• hereditariedade, sendo que um histórico familiar com muitos casos de
osteoartrite acaba sendo um alto fator de risco para o aparecimento de osteoartrose.
A dor é o sintoma mais importante da osteoartrose. A sua intensidade varia muito,
dependendo da articulação acometida, podendo estar relacionada ao exercício físico ou ocorrer
em repouso. A maioria dos pacientes refere à sensação de rigidez articular, tendo a impressão
de que a articulação está “presa”. Em alguns casos, durante a realização de movimentos, podem
ser percebidas crepitações (estalos), devido ao atrito das superfícies articulares que estão
irregulares. Nos casos mais avançados podem ocorrer deformidades e perda de função, o que
limita o paciente a desenvolver suas atividades de vida diárias. (KLEPER, 2013). O diagnóstico
é feito principalmente por achados clínicos e radiológicos.
Os achados radiológicos normalmente apresentam a presença de osteófitos e diminuição
do espaço articular. Exames laboratoriais geralmente são normais na osteoartrose.
(MARQUES, 2009; KLEPER, 2013). Segundo Kleper (2013), quanto ao tratamento não
medicamentoso, o objetivo principal é melhorar e preservar a função da articulação e
consequentemente melhorar a qualidade de vida do paciente. Os tratamentos para esta afecção
envolvem desde orientações educacionais até ao uso de medicação, fisioterapia e, em alguns
casos, cirurgia. O tratamento não medicamentoso inclui:

• uso de calçados apropriados e palmilhas para manter o alinhamento


corporal;
• perda de peso;
• manter boa força muscular;
• atividade física diária (sempre sendo compatível com a idade e
condicionamento físico individual, com exercícios de baixo impacto, sempre respeitando o
acometimento articular);
• fisioterapia.

Para o tratamento fisioterapêutico é indicado cinesioterapia, hidroterapia e termoterapia,


acompanhado de terapia medicamentosa prescrita pelo médico e tratamento cirúrgico em casos
graves, com deformidades impactantes. (MARQUES, 2009).

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ESPONDILOLISTESE

É o deslizamento de uma vértebra em relação à vértebra de baixo, podendo ocorrer nos


sentidos anterior, posterior ou lateral (FIGURA 18). Segundo Marques (2009), esta afecção
pode ser dividida em cinco grupos:

• displásica: quando a lesão ocorre por uma fratura de fadiga.


• degenerativa: por um processo degenerativo do disco ou articulação;
• traumática: por uma fratura aguda e;
• patológica: por uma enfermidade óssea, como, por exemplo, um tumor
ósseo.

ESPONDILOLISTESE

<http://www.drgilberto.com/dor_nas_costas.html>.
No esporte, a espondilolistese é geralmente uma fratura por estresse, devido a uma
sobrecarga mecânica na parte interarticular. Embora possa ser unilateral ou bilateral, no esporte
são mais comuns casos unilaterais, ocorrendo do lado oposto ao mais ativo. Os atletas

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apresentam uma incidência de espondilolistese mais alta do que 5% vista na população geral.
(KOLT; SNYDER-MACKLER, 2008).
O tratamento fisioterapêutico no quadro agudo consiste no alívio da dor, utilizando
aparelhos de eletroterapia, (ex. interferencial e o TENS), correção postural, inclinação pélvica
e retreinamento do transverso do abdome. (KOLT; SNYDER-MACKLER, 2008).

COMPRESSÃO DA MEDULA ESPINHAL

A medula espinhal está protegida pela coluna vertebral, mas alguns distúrbios podem
gerar compressão da mesma, o que altera sua função normal. As patologias que comprometem
a medula espinhal podem ser classificadas em: congênitas, traumáticas, degenerativas,
tumorais, infecciosas, doenças neurológicas e sistêmicas e doenças vasculares (FIGURA 19).
(MARQUES, 2009; GREVE; CASALIS; BARROS FILHO, 2001).
A compressão normalmente pode ocorrer por uma vértebra fraturada, ruptura dos discos
cartilaginosos e por um tumor na medula ou na coluna vertebral. Uma compressão súbita pode
ocorrer por uma lesão ou sangramento causado por uma infecção, tumor ou vaso sanguíneo
anormal. (MARQUES, 2009).
Quando a compressão é muito grande, os sinais nervosos são bloqueados, se a
compressão for descoberta e tratada rapidamente, pode evitar a destruição dos nervos e a função
neurológica pode ser completamente restabelecida. A área lesada irá determinar quais funções
sensitivas e motoras serão afetadas. (MARQUES, 2009).
O tratamento irá depender completamente da causa. Frequentemente são necessárias
intervenções cirúrgicas pra eliminar a causa da compressão, exceto em alguns casos onde a
compressão é causada por tumores, em que um tratamento com radioterapia pode ser eficaz.
Compressões por infecção são tratadas com antibióticos. (MARQUES, 2009).

COMPRESSÃO DA MEDULA ESPINHAL POR UM TUMOR

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<http://www.manualmerck.net/?id=95&cn=887>.

DOENÇAS DEGENERATIVAS DO DISCO INTERVERTEBRAL

As doenças degenerativas do disco intervertebral (FIGURA 20) ocorrem como um


processo natural de envelhecimento, mas também podem ser causadas por traumas ou
carregamento repetido de peso. Alguns fatores que podem acelerar a degeneração discal são o
tabagismo, a obesidade e fatores genéticos, (VERTEBRAL, 2013).
Os sintomas são: dor na parte inferior das costas (lombar), podendo ser irradiar-se para
as nádegas e parte proximal das coxas. A dor pode piorar com atividades ou quando o indivíduo
permanece longos períodos de pé ou sentado. Pela manhã, normalmente a dor está
acompanhada de rigidez. (VERTEBRAL, 2013).
O uso de medicamentos e outras formas de tratamento conservador, como a fisioterapia,
geralmente são necessários. A cirurgia é indicada somente em casos extremos, quando as
pessoas não melhoram após um longo período de tratamento conservador e apresentam uma
diminuição muito grande da qualidade de vida. (VERTEBRAL, 2013).

DISCO INTERVERTEBRAL

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<http://fisioterapiaegerontologia.blogspot.com.br/2011/07/patologias-da- coluna-
vertebral-hernia.html>.

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR

Alongamentos

Alongamento é um termo geral utilizado para descrever qualquer manobra


fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos tecidos moles e melhorar a amplitude
de movimento (ADM). Trata-se de uma atividade simples, que proporciona relaxamento e bem-
estar (FIGURA 21). Com ele podem-se evitar muitos problemas, inclusive doenças
ocupacionais, ou seja, aquelas relacionadas com o trabalho. Além disso, tem a vantagem de
poder ser realizado em quase todos os lugares, a qualquer hora e sem a necessidade de nenhum
tipo de equipamento. (FIGUEIREDO; MONT’ALVÃO, 1999; KISNER; COLBY, 2005).
O alongamento pode ser indicado em situações que exigem grande esforço físico, em
uma pré-atividade com o objetivo de preparar o organismo para o esforço e também em uma
pós-atividade, com o fim de melhorar a oxigenação dos músculos, diminuindo o acúmulo de
ácido lático, que causa fadiga muscular, e o risco de instalações de lesões. (FIGUEIREDO;
MONT’ALVÃO, 1999).
Apenas com um exame sistemático e avaliação do paciente o fisioterapeuta pode
determinar quais estruturas estão restringindo o movimento e, no caso de serem indicados

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procedimentos de alongamento, quando e quais tipos usar. Logo no início do processo de


reabilitação do alongamento passivo, as técnicas que envolvem a intervenção direta do
profissional são mais adequadas.
Com o tempo e melhora do paciente, pode-se inserir o emprego de exercícios praticado
independentemente pelo paciente, após cuidadosa instrução e supervisão direta do
fisioterapeuta. Em alguns casos, indica-se o uso de dispositivos de alongamento mecânico, em
articular, quando as fisioterapias manuais foram ineficazes. Independente do tipo de
alongamento escolhido, para que o ganho de mobilidade se torne permanente, é necessário
aplicar um grau apropriado de força e resistência à fadiga e empregar regularmente em
atividades funcionais. (KISNER; COLBY, 2005).

ALONGAMENTOS

FONTE: Disponível em: <http://www.sogab.com.br/user2/oalongamento.htm>.

Fortalecimentos

O fortalecimento muscular é uma atividade que tem o intuito de desenvolver força,


resistência e tonificação dos músculos. (FIGURA 22). Em indivíduos que não possuem
nenhuma patologia, o fortalecimento muscular tem objetivo de complementar outras atividades
físicas e pode ser realizado por intermédio do levantamento de pesos livres ou com o auxílio de
máquinas específicas para cada grupo muscular. (CARDIOFIT, 2013).

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Na fisioterapia, o fortalecimento muscular é aplicado em indivíduos com condições


patológicos, seu principal objetivo é a recuperação de alguma condição física que foi perdida,
como, por exemplo, em casos de pacientes pós AVE com perda de força muscular ou em casos
onde o indivíduo, após um trauma, teve parte do seu corpo imobilizado por gesso ou tipoia, por
um longo período, o que também consequentemente pode causar perda de força muscular por
desuso. Além disso, exercícios de força são considerados de grande importância no tratamento
e prevenção de doenças como a osteoporose. (CARDIOFIT, 2013).
FORTALECIMENTO MUSCULAR

<http://www.blogers.com.br/dicas-para-o-fortalecimento-muscular/>.

COLUNA TOROCOLOMBAR

TRAUMATISMO DA COLUNA TOROCOLOMBAR

Fraturas da coluna torácica e lombar correspondem a 90% das fraturas da coluna


vertebral. O local mais comum onde esse tipo ocorre é entre T11 e L2, pois a região é muito
flexível e apresenta maior movimentação. (MARQUES, 2009).

COLUNA TOROCOLOMBAR

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<http://drjarinaldiacupuntura.blogspot.com.br/2011/10/lesoes-da-coluna- vertebral-e-
acupuntura.html>.
HERNIA DE DISCO

É uma afecção rara em crianças e adolescentes, ocorre em qualquer local da coluna


vertebral, sendo mais comum na região lombar. Na hérnia de disco acontece a ruptura do anel
fibroso, juntamente com o deslocamento da massa central do disco intervertebral (FIGURA
24). Esta afecção pode surgir por consequência de pequenos traumas ao longo do tempo ou
como resultado de um trauma severo na coluna. (MARQUES, 2009; BARROS FILHO;
BASILE JUNIOR, 1997).
A hérnia é comum e pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo que sua incidência
apresenta-se maior em pessoas com idade entre 30 e 50 anos, com prevalência de 4,8% em
homens e 2,5% em mulheres. (MARQUES, 2009). Os principais objetivos no tratamento contra
a hérnia de disco são: alívio da dor, aumento da capacidade funcional e o retardamento da
progressão da doença. (MARQUES, 2009).

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HÉRNIA DE DISCO

<http://www.jornalpontoinicial.com.br/?p=2701>.
LOMBOCIATALGIA

Ocorre quando há um estreitamento do canal vertebral, mais precisamente na região


lombar. Seu diagnóstico é difícil devido à sintomatologia semelhante à hérnia de disco,
síndrome do piriforme e artrose discal. (MELDAU, 2013). A principal característica desta
afecção é a irradiação da dor para as nádegas e face posterior da coxa, em alguns casos podendo
alcançar o pé (FIGURA 25). O paciente acaba apresentando impossibilidade de realizar suas
atividades rotineiras. (MELDAU, 2013).
A dor pode ser do tipo aguda, surgindo durante a realização de um movimento, ao
levantar peso, ou crônica, aparecendo gradualmente. Outra característica importante é a rigidez
matinal, que melhora com a movimentação. (MELDAU, 2013).

LOMBOCIATALGIA

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<http://biosferaacupuntura.blogspot.com.br/>.
Segundo Meldau (2013), algumas manifestações clínicas são:

Parestesia da região ou dos MMII e pé.


Aumento da dor à palpação;
Hipertrofia e hipertonia.

O diagnóstico é feito por meio do exame físico, quadro clínico e radiografia, que
evidencia:

• Escoliose;
• Diferença de comprimento entre os membros;
• Alterações sacroilíacas;
• Hiperlordose lombar;
• Espondilólise;
• Estreitamento do espaço entre as vértebras L5 e S1;
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• Sacro horizontalizado.

O tratamento primeiramente é conservador, englobando repouso e uso de


medicamentos, a opção por uma cirurgia ocorre somente quando os resultados do tratamento
conservador não são satisfatórios. O principal objetivo da fisioterapia é o controle da dor para
que seja possível a recuperação funcional. (MELDAU, 2013).

DOENÇA DE SCHEUERMANN

É uma doença comum, também conhecida popularmente como “cifose estrutural do


adolescente”, cujas características são dor leve e persistente nas costas, uma corcunda (cifose)
causada por alterações vertebrais, não sendo possível sua correção ativa ou passivamente e
ombros arredondados (FIGURA 26). Esta afecção normalmente manifesta-se pela primeira vez
na adolescência, principalmente em idade escolar (o que mostra a importância do
acompanhamento de um fisioterapeuta nas escolas), sendo sua incidência maior no sexo
masculino. (MARQUES, 2009; BARROS FILHO; BASILE JUNIOR, 1997).

CIFOSE DE SCHEUERMANN

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: <http://www.drviniciusbenites.com.br/procedimentos/visualizar/4>.

Esta afecção é diagnosticada principalmente pelo exame radiológico, que mostra uma
cifose maior que 45o, sua etiologia é desconhecida. Os pacientes tem idade entre 12 e 17 anos,
sendo a queixa principal má postura, cansaço e às vezes dor ao nível da cifose. Existe também
um aumento da lordose lombar e uma retração dos músculos isquiotibiais e peitorais maiores.
Em cerca de 30% dos casos há uma leve escoliose associada. O tratamento conservador é o
mais frequente, que deve ser realizado somente durante a fase de crescimento do paciente, pois
é impossível a correção da deformidade por esse meio após o término do seu crescimento.
O tratamento baseia-se no uso de um colete chamado Milwaukee, usado 24 horas por
dia, podendo ser retirado por 1 hora para higiene e descanso do paciente. Os tratamentos
cirúrgicos são exceções, indicado somente em casos de muita dor intratável, pois tem alta
morbidade e poucos benefícios. Além disso, esta doença, mesmo quando não tratada possui
uma evolução benigna. (BARROS FILHO; BASILE JUNIOR, 1997).

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OSTEOPOROSE

Osteoporose significa ”ossos porosos”, essa doença resulta em uma acentuada


diminuição na quantidade total de osso no esqueleto, sendo que a reabsorção óssea é o fator de
desequilíbrio mais importante (FIGURA 27). Os fatores etiológicos na produção de osteoporose
incluem distúrbios hormonais, desuso e sensibilidade, sendo que em alguns pacientes dois ou
mais fatores podem estar combinados.
Normalmente esse processo inicia-se na faixa de 33 a 40 anos, ele é lento, e sua
incidência é maior em mulheres, principalmente após a menopausa, devido à diminuição da
produção de estrógeno. A perda óssea é um processo indolor, até que a fratura ocorra. Após a
menopausa a maioria das mulheres corre o risco de desenvolver osteoporose, sendo que
algumas características do estilo de vida de cada uma pode aumentá-lo, como a falta de
exercícios, álcool e fumo. (MARQUES, 2009; SALTER, 1985).
Os métodos radiológicos normais só conseguem detectar a osteoporose depois que já
ocorreu de 20% a 30% de perda óssea, por esse motivo é indicado um exame mais específico,
denominado densitometria, que é capaz de detectar perda óssea de até 1%. (MARQUES, 2009).
OSTEOPOROSE

<http://www.seres.org.pt/categoria/conteudo/id/35>.

45
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica quais as pessoas que podem ser
indicadas para realizar a densitometria, são elas: toda mulher com deficiência de estrógeno,
pacientes com anormalidades vertebrais ao raio-X, que fazem terapia utilizando
glicocorticoides em longo prazo, que estão em tratamento para a osteoporose e precisam
monitorar as alterações de massa óssea, entre outros. (MARQUES, 2009).
Segundo Reinaldo (2009), para o tratamento desta afecção o mais importante é o
diagnóstico precoce, porém algumas medidas preventivas podem ser realizadas, como por
exemplo:
▪ alimentação equilibrada e rica em cálcio;
▪ prática de exercícios físicos;
▪ banhos de sol nos horários benéficos à pele;
▪ não fumar e ingerir álcool ou café;
▪ ter um acompanhamento médico com certa periodicidade.

PUBEÍTE

A pubeíte ou pubalgia é uma afecção dolorosa que ocorre na sínfise púbica ou na origem
da musculatura adutora e pode piorar progressivamente com esforço físico (FIGURA 28). A
pubalgia é uma afecção muito comum no meio esportivo (principalmente jogadores de futebol
e corredores), sendo muito rara a sua ocorrência em pessoas que não praticam esportes. (BRIDI
QUIROPRAXIA, 2013).
Sua principal característica é o desgaste da sínfise púbica (articulação localizada na
parte anterior da bacia), decorrente de um desequilíbrio muscular da bacia e todo membro
inferior. (MARQUES, 2009).
Manifesta-se inicialmente por dor na região afetada. Nessa fase ela pode ser confundida
com outras doenças, como a hérnia inguinal e lesão muscular do adutor (virilha). São
necessários exames complementares para esclarecimento e diagnóstico, como raio-X,
ressonância magnética ou tomografia. (MARQUES, 2009).

PUBEÍTE

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http://maratonismo.blogs.sapo.pt/1423.html

No caso da pubeíte crônica, as causas são o encurtamento dos músculos posteriores da


coxa, a sobrecarga à musculatura adutora da coxa e a fraqueza dos abdominais. (BRIDI
QUIROPRAXIA, 2013). Segundo Bridi Quiropraxia (2013), a sintomatologia pode apresentar-
se em quatro estágios evolutivos:

I. A dor aparece após um jogo;


II. A dor aparece durante um jogo;
III. A dor aparece no início da atividade física;
IV. A dor desencadeia-se em repouso e aos mínimos movimentos.

O tratamento inicial se dá com o afastamento do indivíduo ou atleta do esporte por um


período de aproximadamente 2 a 4 semanas, com a utilização de anti-inflamatórios não

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hormonais prescritos por um médico e a fisioterapia como coadjuvante na melhora da dor.


(MARQUES, 2013).

OSTEOARTROSE DO QUADRIL

A osteoartrose é uma doença que atinge a cartilagem articular, porém a progressão pode
envolver também a cápsula, membrana sinovial e osso, esta afecção não é sistêmica, ou seja,
somente as articulações são afetadas. (DOWNIE, 1981). Nas radiografias observa-se:
diminuição do espaço articular, esclerose do osso subcondral, cistos ósseos, formação
osteofitária nas margens articulares, irregularidades nas superfícies articulares, anquilose óssea,
entre outros. (DOWNIE, 1981).

OSTEOARTROSE

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http://www.drosmarsaude.com/desgaste-na-cartilagem-do-quadril-pode- provocar-
osteoartrose
Segundo Downie (1981), os principais sintomas são:

dor;
incapacidade;
deformidade articular e perda da função.

Essa afecção é bastante comum e afeta a maioria das articulações que suportam muito
peso, bilateralmente, sendo que a incidência é similar nos dois sexos, apesar das lesões serem
diferentes. (DOWNIE, 1981). A osteoartrose especificamente de quadril é uma doença muito
comum na população adulta de meia-idade e idosa (sobretudo acima dos 65 anos).
Nela ocorre o desgaste da articulação do quadril, mais especificamente da cavidade
articular. A osteoartrose de quadril em sua maioria não apresenta uma causa específica,
podendo ser consequência de outras doenças como defeitos congênitos do quadril, artrite
reumatoide, pós-traumatismos, etc. (MARQUES, 2009). Os primeiros sintomas dessa afecção
são desconforto na região inguinal, nádega, coxa e algumas vezes joelho, aumentando com
atividade física e melhorando com repouso. Com o passar do tempo a dor se intensifica e ocorre
a rigidez, não apresentando melhora mesmo com repouso. (MARQUES, 2009; DOWNIE,
1981).
De acordo com Downie (1981), as incapacidades do paciente com esta afecção podem
incluir:

• colocação de sapatos e meias;


• cortar as unhas dos dedos dos pés;
• levantar ou sentar na cama, cadeira ou vão sanitário;
• subir escadas, entrar ou sair do banho.

Segundo Marques (2009), o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Nos casos
onde não é necessária a realização de cirurgia, deve-se seguir um rigoroso protocolo:

• evitar esportes de impacto;

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• subir escadas e carregar peso;


• fazer um programa de fisioterapia, praticar atividades físicas moderadas, sem
muito impacto, como natação ou hidroterapia e
• utilizar, quando necessário e com prescrição médica, anti-inflamatórios não
esteroides.

FRATURAS DO QUADRIL

As fraturas na região do quadril ocorrem com mais frequência em idosos do sexo


feminino, principalmente em indivíduos que também apresentem osteoporose e algumas vezes
em casos de acidentes graves. Em sua maioria, o tratamento é cirúrgico, sendo o principal
objetivo da cirurgia, fazer com que o paciente volte a retomar a marcha o mais breve possível,
principalmente pelos riscos cardiorrespiratórios.
As fraturas do quadril podem ser divididas em intracapsulares (mediais) e
extracapsulares (laterais), sendo que as fraturas mediais são muito pobres em vascularização, o
que pode levar a uma necrose da cabeça femoral (FIGURA 30). (MARQUES, 2009).

FRATURA DO COLO DO FÊMUR

http://enfermeiropsf.blogspot.com.br/2010/02/fratura-do-colo-do- femur.html

As fraturas de quadril foram classificadas quanto à sua localização. As mediais foram


caracterizadas por Garden como tipo I, II, III e IV, e as laterais por Tronzo em 4 tipos, 2 estáveis
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e 2 instáveis. (MARQUES, 2009). O tratamento clínico nas fraturas de quadril é sempre


cirúrgico nos casos em que são instáveis ou que exista risco de necrose da cabeça do fêmur.
Nas fraturas de Garden que tem tendência à necrose, indica-se a artroplastia de quadril, que
pode ser total ou parcial. (MARQUES, 2009).

FRATURAS TROCANTERIANAS

Fraturas Intertrocantéricas

A área entre o trocanter maior e o trocanter menor constitui a região intertrocantérica.


Os trocanteres maior e menor são pontos de inserção dos músculos glúteo médio, glúteo
máximo, ileopsoas e rotadores externos. Estas fraturas são extracapsulares. Nos adultos essas
fraturas ocorrem devido a trauma de alto impacto. Nos idosos, a maioria delas ocorre devido a
uma simples queda. (BUENO, 2013).
O quadro clínico do paciente pode variar, sendo de dor intensa – com impossibilidade
de deambulação – e dor moderada, na qual o paciente é capaz de deambular, dependendo se a
fratura apresenta-se com ou sem desvio. As fraturas intertrocantéricas devem, em sua maioria,
ser tratadas por meio de cirurgia, com urgência de no máximo 48 horas.
Os tratamentos conservadores são restritos. Podem ser indicados para pacientes idosos
que apresentam um estado de saúde com alto risco de mortalidade devido à anestesia ou à
cirurgia propriamente dita, em casos também em que o paciente não deambule mais e a fratura
não cause nenhum desconforto. (BUENO, 2013).

Fraturas Subtrocantéricas

A região subtrocantérica compreende o trocânter menor até a junção dos terços médios
e proximal da diáfise femoral, também se trata de fraturas extracapsulares. Podem ser causadas
por trauma de baixo impacto, em pessoas idosas que apresentem diagnóstico de osteoporose e
em adultos com doenças ósseas. Traumas de alto impacto ocorrem somente em casos de
acidentes automobilísticos, quedas de grandes alturas, lesões por arma de fogo, etc. Quanto aos
sinais e sintomas, a principal deformidade observada é o desvio em varo causado pelos adutores.
Outra característica é que o membro fraturado apresenta-se mais curto, com rotações a
angulações anormais. (BUENO, 2013). Para esse tipo de fratura o tratamento cirúrgico é sempre

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a melhor opção. É realizado o tratamento conservador somente quando o paciente é muito idoso
e/ou apresenta um alto risco de mortalidade devido à anestesia e cirurgia. (BUENO, 2013).

ATROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL

Nesta cirurgia ocorre a substituição da cabeça do fêmur e da cartilagem acetabular. Pode


ser dividida em cimentada e não cimentada, onde cada indicação dependerá da idade, tipo de
artrose, característica do osso, qualidade de vida do paciente, entre outros. (MARQUES, 2013).

Atroplastia total de Quadril Cimentada

É a substituição da cabeça do fêmur e cartilagem acetabular por próteses que fixam o


osso por intermédio de um cimento ósseo denominado polimetilmetacrilato (FIGURA 31). É
indicada para pacientes que apresentam qualidade de vida óssea ruim, independente da idade
cronológica. (MARQUES, 2009).

ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL CIMENTADA

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<http://fisioterapiaortopedia.blogspot.com.br/2010/07/artroplastia-total-do- quadril-
atq.html>.

Atroplastia Total de Quadril Não Cimentada

Nesse tipo de cirurgia não se utiliza cimento ósseo para a fixação dos componentes.
Após o encaixe da prótese haverá crescimento ósseo ao redor do implante, onde ocorrerá a
amarração. Também são chamados de implantes de fixação biológica e são indicados para
pacientes que apresentam boa qualidade óssea. (MARQUES, 2009).

Objetivos Fisioterapêuticos

Os principais objetivos fisioterapêuticos são: reduzir o quadro álgico e edema, manter o


tônus muscular e a integridade articular, melhorar a circulação local e promover uma
reeducação funcional do membro. (MARQUES, 2009).

Tratamento Fisioterapêutico

Segundo Marques (2009), o tratamento fisioterapêutico é dividido em algumas fases que


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serão listadas detalhadamente a seguir:

Pós-operatório imediato

• Paciente posicionado no leito em decúbito dorsal (FIGURA 32);


• MMII elevados a 10 cm e abduzidos em torno de 15o pelo apoio abdutor ou
travesseiro, colocado desde o centro cirúrgico, o que evita a adução e rotação interna;
• Exercícios ativos de dorsiflexão e plantiflexão de tornozelo para auxílio do retorno
venoso;
• Exercícios respiratórios para evitar complicações pulmonares.
DECÚBITO DORSAL

<http://cienciasmorfologicas.webnode.pt/introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20anato
mia/posi%C3%A7
%C3%A3o%20anatomica/>.

Primeiro pós-operatório

Mesmo posicionamento do P.O imediato;


Evitar movimentos de rotação do quadril, trabalhando somente com exercícios
isométricos
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Cabeceira a 45o, iniciam-se exercícios isométricos para fortalecimento de


quadríceps;
Exercícios ativos de dorsiflexão e plantiflexão, com exercícios ativorresistidos,
trabalhando também tríceps sural.

Segundo pós-operatório

• Manter os exercícios do primeiro P.O;


• Paciente em decúbito lateral, com região poplítea apoiada, podem-se iniciar
exercícios isométricos para isquiotibiais.

Terceiro pós-peratório

• Manter exercícios anteriores;


• Transferir o paciente para uma cadeira reclinável a 45o;
• Na cadeira, realizar exercícios de flexoextensão de joelho, fortalecimento de
quadríceps e amplitude de joelhos, preparando o paciente para a deambulação.

Quarto pós-operatório

• Manter exercícios anteriores;


• Colocar o paciente em decúbito ventral para a realização de exercícios
ativoassistido da musculatura extensora do quadril;
• Colocar o paciente em posição ortostática com ajuda de um andador, sem
realização de descarga de peso do lado operado.

Quinto pós-operatório

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• Manter conduta anterior;


• Paciente na posição ortostática, realizar exercícios de flexão, extensão, adução,
abdução e circundação com o membro operado, lembrando que o limite de flexoextensão é de
45o;
• Exercícios de transferência de peso de um membro para o outro, sempre com ajuda
do fisioterapeuta, lembrando que a carga de peso no membro operado deve ser mínima.

Orientações após alta hospitalar

• Realizar em casa os exercícios aprendidos;


• Não cruzar as pernas;
• Não sentar em sofás ou cadeiras baixas;
• Quando sentado não flexionar o tronco;
• Ao dormir colocar um travesseiro entre as pernas para manter a abdução, durante
aproximadamente 8 a 12 semanas.

MANTER A ABDUÇÃO QUANDO DEITADO

http://blog.colchoesgazin.com.br/melhor-dormir-de-lado/>.
PATOLOGIAS NAS ARTICULAÇÕES E TENDÕES
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Bursite

Bursas são sacos revestidos de tecidos sinoviais que contêm líquido sinovial e
apresentam-se nos locais onde ocorre a fricção entre tendões e ossos (FIGURA 34). Como
resultado da repetida e excessiva fricção, a bursa pode desenvolver inflamação (bursite por
fricção), como o joanete. Alterações degenerativas e a calcificação de um tendão subjacente
podem irritar a bursa que está no local e produzir uma bursite química, um exemplo é a bursite
subacromial. Infecções da bursa por organismos piogênicos ou granilomatosos resultam em
uma bursite séptica ou infecciosa, que embora seja inicialmente aguda, pode se tornar crônica.
(SALTER, 1985).
BURSA

<http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=
750>.
Tendinite

Os tendões são fibras resistentes agrupadas que estão entre os músculos e o osso. Em

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alguns casos esses tendões podem sofrer algum tipo de inflamação, causando a tendinite
(FIGURA 35), que pode ter causas mecânicas e químicas. (LOUREDO, 2013).

TENDINITE DE COTOVELO

<http://news.slnutrition.com/2010/09/a-musculacao-e-a-tendinite/

As causas mecânicas são provocadas por sobrecarga e esforços prolongados e


repetitivos. As causas químicas ocorrem por alimentação incorreta e por toxinas presentes no
organismo, podendo ocorrer também em casos onde os músculos e tendões não estão sendo
suficientemente drenados, ocasionando a desidratação. (LOUREDO, 2013).
Os primeiros sintomas da tendinite são as dores, além da incapacidade de realizar
movimentos simples do cotidiano, como caminhar ou subir escadas. Além disso, para
diagnosticar a tendinite é necessária a realização de exames complementares, como a
radiografia ou a ultrassonografia. (LOUREDO, 2013). O tratamento depende da gravidade e
característica de cada caso. Há casos em que são prescritos apenas anti-inflamatórios; em
outros, ocorre a imobilização do membro com tala ou gesso. Em casos mais graves há a
aplicação local de corticoides. Repouso e fisioterapia também são recomendados. Nos casos
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em que a tendinite tem sua origem química é indicada uma dieta alimentar especial.
(LOUREDO, 2013).
Segundo Louredo (2013), a prevenção da tendinite pode ser realizada por intermédio
de:

• alimentação saudável;
• condicionamento muscular;
• aquecimento antes de qualquer atividade física;
• evitar movimentos repetitivos. Se for necessário, sempre realizar
alongamentos antes, durante e depois do trabalho;
• sempre procurar um médico e seguir a risca as orientações prescritas.

Síndrome do Túnel do Carpo

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é uma afecção que acomete o nervo mediano por
compressão (FIGURA 36). (CAMPOS, 2003). Ela se expressa por dor e parestesias
(formigamento) na palma da mão e dedos, mas o paciente pode relatar sintomas dolorosos mais
proximais, incluindo o ombro. No início os sinais são noturnos, porém posteriormente aparecem
com uma duração mais prolongada e desaparecem com movimentos da mão. Com a progressão
da doença pode ocorrer fraqueza e atrofia dos músculos da eminência tênar, além disso, a
sensibilidade também pode ser alterada. (BARBOSA, 2006; OLIVEIRA, 2000).

NERVO MEDIANO

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<http://giimariano.blogspot.com.br/2011/04/sindrome-do-tunel-do-carpo- stc.html>.

A STC é a neuropatia por compressão mais comum e mais estudada do membro


superior. (NAKAMOTO, 2011; TURRINI, 2005; KOUYOUMDJIAN, 1999).
Na população, 70% dos pacientes apresentam idade entre 40 e 70 anos, sendo que sua
incidência é maior no sexo feminino, entre 45 a 54 anos. Esta síndrome também é causa comum
e importante de afastamentos do ambiente de trabalho. (CAMPOS, 2003; OLIVEIRA, 2000;
TURRINI, 2005).
O diagnóstico da STC é feito principalmente por exame clínico, somente quando há
alguma dúvida ou suspeita são realizados exames complementares. A análise clínica é composta
principalmente por dois testes, Sinal de Tinel, que é pesquisado com a precursão do punho,
sendo positivo com dor ou formigamento no polegar, indicador ou entre os dedos médios. E o
sinal de Phalen, pesquisado por meio da flexão do punho a 90O, se os sintomas ocorrerem após
60 segundos, é considerado positivo. (TURRINI, 2005).
Quanto aos exames complementares para o auxílio no diagnóstico, a ultrassonografia e
a ressonância magnética (RM) são os mais indicados devido à possibilidade de visualização
direta da compressão do nervo mediano e outras estruturas de partes moles do túnel do carpo,
evitando assim falsos-positivos ou falsos-negativos que podem, sem duvida, ocorrer durante o

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diagnóstico clínico. (OLIVEIRA, 2000, TURRINI, 2005).


O tratamento da STC clássica, ou seja, sem associação com qualquer doença sistêmica,
deve ser iniciada se a sintomatologia passa a interferir nas atividades de vida diária do paciente.
Inicialmente é realizado um tratamento conservador, com modificações de atividades, remoção
de constrições, utilização de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais, devidamente
prescritos pelo médico, em alguns casos é indicada a injeção local de corticosteroides, sendo
que o tratamento cirúrgico é reservado somente para casos mais graves ou com a ineficácia do
tratamento conservador. (KOUYOUMDJIAN, 1999).

Fasceíte

É uma inflamação que ocorre na estrutura que sustenta a sola dos pés (FIGURA 37). O
sintoma mais característico dessa afecção é dor ao redor da base do calcâneo e no arco,
normalmente pela manhã ao sair da cama. (SANTOS, 2013).
FASCEÍTE PLANTAR

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<http://umrecomecar.blogspot.com.br/2010/08/fascite-plantar.html>.

Segundo Santos (2013), o tratamento consiste basicamente em:

• Palmilha ortopédica;
• Eventuais modificações do treinamento;
• Anti-inflamatórios (prescritos pelo médico);
• Fisioterapia: alongamento, ultrassom, crioterapia;
• Repouso.

Após um período de 3 a 6 meses, se esse tratamento não apresentar resultados


satisfatórios, devem-se considerar injeções de cortisona.
Ruptura de Tendões

O tendão é um cordão fibroso, constituído de tecido conjuntivo. Sua principal função é


manter o equilíbrio estático e dinâmico do corpo. Temos vários tendões espalhados pelo nosso
corpo e por inúmeras causas eles podem se romper, seja por esporte, ou em algum acidente.
Segue abaixo uma breve descrição de ruptura do tendão de Aquiles. (OLIVEIRA, 2013).
O tendão de Aquiles encontra- se no calcanhar, sua ruptura afeta a parte de trás da perna
e ocorre principalmente em indivíduos que praticam esportes de impacto (FIGURA 38). A lesão
pode ser desde um simples estiramento, até uma lesão parcial ou total, sendo que todas são
debilitantes. (SIMÕES, 2013).

RUPTURA TOTAL DO TENDÃO DE AQUILES

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<http://www.ruinelson.net/2012/09/10/minha-historia-de-ruptura-do-tendao- de-
aquiles/>.

De acordo com Simões (2013), os sinais e sintomas para a ruptura do tendão de Aquiles
são:
• Dor e inchaço perto do seu calcanhar, acompanhados ou não de hematoma;
• Incapacidade de dobrar o pé para baixo ou “empurrar” a perna no impulso da
marcha;
• Incapacidade de manter-se na ponta dos pés.
• Quando ocorre a lesão, em alguns casos pode-se ouvir um som de estalo,
conhecido como sinal da pedrada;

Causas

A lesão pode ocorrer pelo menor fluxo de sangue no local, que prejudica a cicatrização,
além disso, muitas vezes as lesões podem ser causadas por um aumento repentino na quantidade
de estresse do tendão, algumas doenças, medicamentos ou a própria degeneração. (SIMÕES,
2013).

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Exemplos:

• - Aumento da intensidade no esporte (treino ou competição);


• - Pisar em um buraco, ou torção com ou sem contato físico;
• - Fraqueza muscular ou degeneração tendinosa.

Segundo Simões (2013), os fatores de risco são:

• a idade média para a ruptura do tendão de Aquiles é de 30 a 40 anos;


• há uma maior probabilidade de ocorrer em homens;
• ocorre com maior frequência em indivíduos que praticam esportes que
envolvem corrida, saltos, arranques e paradas repentinas;
• infiltrações com corticoide para a redução de dor e inflamação podem
enfraquecer os tendões e têm sido associadas com a ruptura do tendão de Aquiles quando
realizadas mais de duas ou três vezes por ano.
• certos antibióticos como fluoroquinolonas, a ciprofloxacina ou
levofloxacina, aumentam o risco de ruptura.

Tratamentos

O tratamento depende da idade do pacientes, nível de atividade e da gravidade da lesão.


Em geral, pessoas mais jovens e ativas optam pela cirurgia para reparar uma ruptura completa,
enquanto pessoas mais velhas são mais propensas a optar por tratamento não cirúrgico.
(SIMÕES, 2013).

Reabilitação

Após o tratamento, sendo ele cirúrgico ou não, o paciente deve passar por um programa
de reabilitação com exercícios de fisioterapia para fortalecer os músculos das pernas e tendão
de Aquiles. A maioria das pessoas volta ao seu nível anterior de atividade em média de quatro
a seis meses. (SIMÕES, 2013).

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De acordo com Simões (2013), alguns cuidados devem ser tomados quanto à prevenção
de problemas no tendão de Aquiles:

• alongar e fortalecer os músculos da panturrilha;


• não saltar durante uma corrida sem estar devidamente aquecido;
• fortalecimento e exercícios ajudam o músculo e tendão a absorverem mais
força e evitar lesões;
• evitar correr em superfícies duras, irregulares ou escorregadias;
• utilização de tênis com boa absorção de impacto;
• aumentar a intensidade do treino lentamente, pois lesões do tendão de
aquiles geralmente ocorrem também em casos onde houve aumento abrupto de treinos.

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