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Gabriele Maria B.

Mello

Relatório de aula Prática - Microbiologia Básica

UNOPAR (Universidade Norte do Paraná)

Relatório apresentado ao Curso de


Tecnologia em Radiologia da Instituição
Unopar.

Micrologia Básica

Profº: Paola Bianca Barbosa Cavalin.

Palhoça-
SC 2023
Atividade proposta 1
Lavagem das mãos.
Introdução
A lavagem das mãos é um procedimento de assepsia indispensável para prevenir o
contágio tanto do profissional quanto do paciente.
Algumas considerações devem ser feitas: Se a mão estiver visivelmente suja, deve-se
lavar com água e sabão, não adianta higienizar apenas com álcool em gel. Todo
procedimento a ser feito, do mais simples ao mais complexo, seja ele sinais vitais,
medidas antropométricas ou passagem de sonda, deve-se lavar as mãos previamente.
E dependendo do procedimento, as mãos deverão ser lavadas até duas vezes, a
exemplo da sonda.
Alguns pontos importantes:
- A primeira coisa a ser feita ao chegar na pia é retirar todos os adornos (relógio,
pulseira, anel)
- Não se deve encostar na pia.
- O ideal seria torneiras de sensor ou de pedal, porém não é isso que se verifica nos
hospitais. O mais comum são as torneiras tradicionais (manuais), por isso deve se
tomar cuidado para não se recontaminar.
- Cuidado também com a lixeira. Se for de pedal, não há risco, este é o ideal. Se for o
manual, evitar tocar. O aconselhável seria deixá-la entreaberta antes de lavar as mãos.
- A lixeira usada para descarte do papel toalha é a comum (preto).
- Não gastar muita água no procedimento higiene.
- Após a lavagem das mãos, deve-se enxugá-las com papel toalha (sempre).
- Não enxugar com toalha comum, pois como ela fica úmida depois que se enxuga as
mãos, é um meio propício para bactérias que podem passar para nossas mãos.
- Abrir a torneira com sutileza. Certificar-se de que está escorrendo pouca água, pois a
torneira permanecerá aberta durante todo o procedimento.
É importante seguir um passo a passo na lavagem das mãos, para se certificar de que
toda a área seja higienizada:
1. Molha-se as mãos e deposita o detergente na palma das mãos;
2. Fricção na palma das mãos (em torno de 10 fricções);
3. E seguida lava-se o dorso de ambas as
mãos;
4. Lava-se os polegares com movimentos
únicos;
5. Unhas (através de um movimento rotatório sobre a palma das mãos);
6. E para finalizar, lava-se os pulsos (também com movimentos únicos);
Enxugando as mãos
• Após a lavagem das mãos, com o papel toalha, fecha-se a torneira e joga o papel
utilizado na lixeira (que está entreaberta)
• Após a lavagem não se deve chacoalhar as mãos, pois ao fazer isso a água do
local mais sujo (próximo aos punhos) escorre para o local mais limpo (Ponta dos dedos
• O passo seguinte é o enxugamento das mãos que deve ser feito de cima
(falanges) para baixo (pulso), que é da área que está mais limpa para a que está mais
suja. A
seguir, pega-se o papel toalha e com movimentos de batidas seca-se primeiramente a
palma das mãos. Agora com o verso do papel (se não estiver muito molhado) seca-se o
dorso. Lembrando que o movimento é de cima para baixo.
Luva estéreo
• Vêm normalmente embaladas.
• O profissional deverá se posicionar em frente ao móvel a uma distância segura da
luva.
para que não haja contaminação. Antes de calçar as luvas, todos os materiais estéreis a
serem usados no procedimento devem ser colocados sob a embalagem de papel que
também está estéreo (campo estéreo).
Passo a passo:
• Após verificar o lado certo de cada luva, fazendo o uso das abas centrais, abre-se
a parte interna da embalagem. O papel não deve voltar a tocar na luva, para evitar que
isto ocorra quando se posicionar o papel na mesa deve-se esticá-lo fazendo uso das
extremidades.
*Deve-se calçar primeiro a mão dominante
• Segura-se a luva com a mão não dominante pela parte externa da dobra. Ao
colocar a mão dominante, deve-se alocar a luva até o punho, mantendo a dobra.
• Para calçar a mão não dominante, com a mão enluvada segura a luva pela parte
interna da dobra. Em seguida desliza-se a mão para dentro da luva procurando alocar
cada dedo no seu espaço correspondente e parar a luva quando a dobra estiver
desfeita Cuidado para não encostar a parte estéril da luva no antebraço.

• Se algum dedo ficou fora de sua posição, deve-se corrigir o posicionamento da

mão não dominante e em seguida o da mão dominante.


• Para descalçar as luvas deve-se começar pela mão dominante. Segurando a parte
externa da luva, de forma a não encostar no antebraço, deve-se puxar totalmente
a luva. Em seguida descalça a segunda mão da mesma forma.
• Descarte das luvas estéreis: A mão desenluvada entra por dentro da luva da mão

não dominante e puxa até encobrir parte da luva que está segurando. Em seguida
deve-se juntar as duas luvas e desprezar no lixo integrante. Este procedimento evita o
contato com a matéria orgânica e dessa forma evita a contaminação.
• Luvas de procedimento
• Uma das técnicas utilizadas para se calçar a luva de procedimento: Lavar as mãos

previamente; em seguida calça-se primeiro a mão dominante colocando primeiro o


polegar, depois gira-se a luva e coloca-se os dedos restantes. Em seguida calça a outra
mão da mesma forma. As luvas de procedimento não são estéreis, por isso não se faz
necessário tomar tanto cuidado com seu calçamento e descarte, como se tem com a
luva estéreo.
Atividade proposta 2:
Coloração de Gram

É chamado de coloração de Gram o método de coloração utilizado para diferenciar


espécies bacterianas em dois grupos, bactérias gram-positivas e gram-negativas.

Entre os fatores que irão diferenciar gram-positivos de gram-negativos, está a coloração

das bactérias, a composição e propriedades químicas e físicas das paredes celulares.


O método consiste no tratamento de uma amostra de uma cultura bacteriana crescida
em meio sólido ou líquido, com um corante primário, o cristal violeta, seguido de

tratamento com um fixador, o lugol. Tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-

negativas absorvem de maneira idêntica o corante primário e o fixador, adquirindo uma

coloração violeta devido à formação de um complexo cristal violeta-iodo, insolúvel, em

seus citoplasmas. Segue-se um tratamento com um solvente orgânico, o etanol-acetona.

O solvente dissolve a porção lipídica das membranas externas das bactérias Gram-

negativas e o complexo cristal violeta-iodo é removido, descorando as células. Por outro

lado, o solvente desidrata as espessas paredes celulares das bactérias Gram-positivas e

provoca a contração dos poros do peptidoglicano, tornando-as impermeáveis ao

complexo; o corante primário é retido e as células permanecem coradas. A etapa da

descoloração é crítica, pois a exposição prolongada ao solvente provoca a remoção do

cristal violeta dos dois tipos de bactérias, podendo produzir resultados falsos. A retenção

ou não do corante primário é, portanto, dependente das propriedades físicas e químicas

das paredes celulares bacterianas tais como espessura, densidade, porosidade e

integridade.

Em seguida, a amostra é tratada com um corante secundário, a fucsina básica. Ao

microscópio, as células Gram-positivas aparecerão coradas em violeta escuro e as Gram-


negativas em vermelho ou rosa-escuro. Células de bactérias Gram-positivas, células
velhas, mortas ou com envelopes danificados por agentes físicos ou químicos, tendem
a perder o cristal violeta e uma mesma amostra bacteriana pode exibir parte ou todas as
células coradas como Gram-negativas. Portanto, o uso de material fresco é importante.
Por outro lado, resultados do tipo "falso Gram-positivo" só são obtidos se o tratamento
com etanol-acetona for omitido.

Procedimento

Confecionar o esfregaço;
Corar com violeta de cristal por 60 segundos;
Lavar com esguicho de água destilada;
Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60
segundos;

Lavar com esguicho de água destilada;


Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20
segundos;
Lavar com esguicho de água destilada;
Corar com safranina por 60 segundos
Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.
Quais são as diferenças entre as bactérias Gram-positivas e Gram negativas?
As bactérias Gram-negativas apresentam uma estrutura mais complexa, com uma
parede celular mais fina, porém envolta por uma membrana lipídica externa e um
espaço periplasmático.
As bactérias Gram-negativas são classificadas pela cor que adquirem depois de
submetidas a um processo químico denominado coloração de Gram. As bactérias
Gram-negativas adquirem coloração vermelha quando se usa esse processo.
As outras bactérias adquirem coloração azul. Elas são chamadas
bactérias Gram-positivas. As bactérias gram-positivas destacam-se pelas várias
camadas de peptidoglicano em sua parede. Já a parede da bactéria gram-negativa é
mais complexa e apresenta uma camada mais estreita de peptidoglicano, mas com uma
membrana externa de lipopolissacarídeo e outras macromoléculas complexas.
Atividade proposta 3:
Microscopia de fungos filamentosos e leveduriformes.

Existem três classificações utilizadas para os tipos de fungos: filamentosos (possuem


suas células em forma de filamentos tubulares denominados de hifas, e o seu conjunto
é chamado de micélio), leveduriformes (apresentam suas células em um formato
arredondado ou ovalado e são chamadas de leveduras) e dimórficos (a depender da
temperatura podem se apresentar como fungo filamentoso ou leveduriforme).
Os fungos filamentosos podem ter hifas septadas ou cenocíticas. A maioria dos
fungos apresenta hifas septadas, ou seja, que são divididas pelos chamados septos. Os
septos são paredes transversais perfuradas por um poro que permite a comunicação
entre as células, garantindo a passagem até mesmo de organelas celulares.
Já os fungos de leveduriformes são eucariontes, possuindo apenas um núcleo. Esse
grupo de colônia, em aspecto físico, se caracteriza por ser pastoso ou cremoso, sendo
formado por organismos unicelulares de funções reprodutivas e vegetativas.
Os fungos fazem parte da vida e rotina da maioria das pessoas. Eles estão presentes
em alimentos, medicamentos e no nosso próprio organismo. Sua presença pode ser
encontrada em qualquer tipo de ambiente e variam em forma e tamanho. Assim,
podemos reconhecer a importância das práticas de laboratório no reconhecimento dos
fungos, especialmente aqueles de importância médica pelo seu potencial prejuízo à
saúde do homem. A visualização de estruturas fúngicas em material clínico é um
importante instrumento diagnóstico, por isso dos exames microscópicos que tem como
finalidade detectar a presença de fungos em material colhido de pacientes com suspeita
de infecção fúngica.
Atividade proposta 4

Antibiograma – Método da Difusão do Disco

O antibiograma é um teste que permite realizar a verificação in vitro da sensibilidade de


uma bactéria aos antimicrobianos. Esta sensibilidade é demostrada pela zona ou halo
de inibição de crescimento que se forma em volta do disco de antibiótico. Discos
especiais de papel de filtro impregnados com concentração padronizada do antibiótico
são colocados sobre uma placa de Ágar Mueller-Hinton, previamente semeado com
uma suspensão padronizada do microrganismo. Após incubação de 24h, o halo de
inibição foi medido e interpretado como mostra a seguir.
Material:
• Cultura em meio sólido: E coli e S. aureus
• Placas de Petri contendo Ágar Muller Hinton
• Discos de antibióticos: Ampicilina (10mcg), Tetraciclina (30mcg) e Gentamicina
(10mcg) e Cloranfenicol (30mcg).
Técnica:
• Foi depositado 0,1 ml da cultura no centro da placa de petri;
• Espalhou-se uniformemente com a alça Drigalski ou “swab”;
• Secou-se a superfície;
• Colocou-se os discos usando a pinça;
• Foi levada para incubação a 37ºC durante 24h;
• Realizou-se a verificação dos resultados.
Procedimento realizado:
Na placa de petri, depositamos 0,1 mL da cultura de S. aureus e espalhamos
uniformemente com a alça de Drigalski ou swab. Após, com o auxílio de uma pinça,
pegamos uma unidade do disco do antibiótico e inserimos na superfície do Agar Mueller
Hinton, previamente inoculado, fazendo pequena compressão para assegurar o contato
entre o disco e o inóculo.
Leitura:
Difusão com discos (Método de Kirby e Bauer): Este método baseia-se na inibição do

crescimento de um microrganismo semeado na superfície de um meio de cultura, onde se

colocou discos de papel de filtro impregnado com um antimicrobiano de concentração

padronizada.

A leitura é feita 18 a 24 horas após a incubação e se baseia na presença ou não de um

halo de inibição ao redor do disco. Os halos são medidos em milímetros com auxílio de

uma régua, paquímetro ou dispositivo semelhante. A presença de halos de inibição do

crescimento em torno dos discos de antibióticos (zona clara) é indicativa de

sensibilidade da bactéria ao antibiótico analisado, enquanto sua ausência é indicativa de

resistência. O simples aparecimento do halo não significa dizer, que o agente é sensível

àquele antibiótico.

Sendo assim, devemos levar em consideração a dificuldade destes exames laboratoriais

serem adequados à identificação de novos mecanismos de resistência bacteriana, um

exemplo, é o uso indiscriminado de antibióticos que pode alterar a resistência das

bactérias que causam doenças e tornar o medicamento ineficaz no seu combate. Além

de dificultar o tratamento, isso também pode afetar outras bactérias que ajudam o nosso

organismo a funcionar corretamente.


eferências:

Materiais – Aula Prática. Disponível em:

Usado o laboratório virtual ALGETEC:

file:///C:/Users/gabri/Downloads/1644233312397%20(2).pdf

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA Microbiologia Básica UNOPAR


https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo5/
interpretacao.htm#:~:text=O%20teste%20de%20disco%2Ddifus%C3%A3o,2%20x
%2010%20UFC%2FmL..

https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf.

https://www.infoescola.com/bioquimica/coloracao-de-gram/.

https://brasilescola.uol.com.br/biologia/fungi.htm

https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo5/
interpretacao.htm#:~:text=O%20teste%20de%20disco%2Ddifus%C3%A3o,2%20x
%2010%20UFC%2FmL.. 7

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