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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO

MODALIDADE EAD – POLO TATUAPÉ


PODOLOGIA

LÚBIA LIZ DE OLIVEIRA SILVA

MICROBIOLOGIA BÁSICA
Atividade Prática de Laboratório

SÃO PAULO
2022
LÚBIA LIZ DE OLIVEIRA SILVA

MICROBIOLOGIA BÁSICA
Atividade Prática de Laboratório

Trabalho apresentado no curso de Podologia


do Centro Universitário Anhanguera de São Paulo,
referente a aula de atividade prática de laboratório
da disciplina de Microbiologia Básica.

SÃO PAULO
2022
RESUMO

Segundo esse portifólio, a microbiologia estuda os seres que só são vistos


através do microscópio. Temos microrganismos em todo lugar e em diversas
classificações.
Inicialmente o experimento trouxe a importância da higienização e assepsia
correta das mãos, bem como preparo do álcool 70%.
Em seguida foi apresentado o experimento de Coloração Gram, com a técnica
do esfregaço.
Baseado nas primeiras técnicas aplicadas, a sequência foi o experimento de
Fungos Filamentosos e Leveduriformes, onde foi feita a identificação dos respectivos
fungos.
O Antibiograma foi o último experimento, com novos materiais e novas técnicas, entre
elas a inoculação.
Finalizamos as análises, observando a importância dos microrganismos, bem como,
o estudo deles, que estão presentes na nossa rotina diária. E como devemos respeitar
processos e técnicas na área da saúde.
SUMÁRIO

Introdução......................................................................................................... 05
Lavagem das Mãos........................................................................................... 06
Preparo do álcool 70%...................................................................................... 07
Preparo do Esfregaço........................................................................................ 08
Coloração Gram................................................................................................. 09
Microscopia Fungos Filamentosos (bolores) e Fungos Leveduriformes............ 10
Antibiograma...................................................................................................... 12
Conclusão.......................................................................................................... 13
Referências........................................................................................................ 14
INTRODUÇÃO

Microbiologia é o estudo de seres muito pequenos, microrganismos, que não


são vistos a olho nu, mas sim, através de microscópio.
Os principais tipos de microrganismos são: vírus, bactérias, protozoários, algas
e fungos. Eles são encontrados em três dos 05 reinos: Reino Monera (bactérias e
cianobactérias), Reino Protista (algas microscópicas e protozoários) e Reino Fungi
(leveduras e bolores). Podem ser encontrados em qualquer lugar, na água, no solo,
na pele e no trato digestivo de animais. Uma flora intestinal saudável é formada por
bilhões de microrganismos.
Nesta atividade prática, foi abordado sobre a higienização correta das mãos,
como mantermos boa assepsia, preparo de álcool 70%, quais EPI’s são usados e a
forma correta dos processos de estudo com diferentes técnicas: Coloração de Gram,
Esfregaço de fungos filamentosos e leveduriformes e Antibiograma.
LAVAGEM DAS MÃOS E PREPARO DO ÁLCOOL 70%

Lavagem das Mãos

Lavar as mãos pode ser um hábito básico, mas precisamos salientar a


importância de executar essa ação da forma correta, pois vírus e bactérias estão por
toda parte, especialmente nas mãos, sem uma boa higienização podemos transmitir
várias doenças, que poderiam ser evitadas por um ato tão simples.
Principalmente profissionais da área de saúde, precisam dessa rotina de
higiene, por interagir e tocar diariamente muitas pessoas, acabam tendo muita
exposição, podendo dessa forma serem condutores de doenças.
A higienização das mãos é de tal importância, que a OMS a usa como bandeira
na prevenção da infecção hospitalar. Segundo a OMS, a lavagem das mãos com água
e sabão de forma correta, dura entre 40 a 60 segundos aproximadamente.
Preparo do álcool 70%

Mesmo com a recomendação do uso de água e sabão para higienização das


mãos, caso não seja possível, pode ser feita com o álcool 70%, que se popularizou
na forma de gel, durante a pandemia de coronavírus em 2020.
No experimento, aprendemos como preparar 500ml de álcool 70% e também
como calcular as proporções através da fórmula:

C1 x V1 = C2 x V2

Onde,

C1: Concentração da solução 1


V1: Volume da solução 1
C2: Concentração de solução 2
V2: Volume da solução 2

Para o experimento se usou: pisseta água destilada 500ml, pisseta 500ml,


proveta 500ml, funil, álcool 96%, bastão de vidro, caneta permanente.

Foi seguido as seguintes etapas:

1- Primeiro lavar as mãos com sabão em água corrente.


2- Colocar os EPI’s (jaleco, máscara, óculos de proteção e luvas).
3- Colocar 364,6ml de álcool 96% na proveta.
4- Em seguida, com a água destilada completar até 500ml.
5- Usar o bastão de vidro pra misturar bem.
6- Transferir o conteúdo para a pisseta com ajuda do funil.
7- Tampar e identificar com a caneta permanente.
PREPARO DE ESFREGAÇO E COLORAÇÃO GRAM

Preparo de Esfregaço

Para analisar amostras e determinar seus resultados, é necessário respeitar


etapas e processos, para que essas amostras não se percam durante o
procedimento.
O método do esfregaço é importante porque só através dele as bactérias
serão fixadas na lâmina de análise.
Caso elas não sejam fixadas por meio do esfregaço, quando for adicionado
corante violeta, lugol, álcool, fucsina e a retirada dos excessos, não terá mais
nenhuma amostra na lâmina.

Para o experimento se usou: bico de Bunsen, lâmina de microscopia, alça de


platina bacteriológica, soro fisiológico 0,9%, pinça, placa de ágar sangue de
carneiro.

As etapas do procedimento são as seguintes:

1- Higienização das mãos.


2- Colocar os EPI’s (jaleco, máscara, óculos e luvas).
3- Acender o bico de Bunsen, regular a chama.
4- Esterilizar a alça.
5- Colocar 01 gota de soro fisiológico na lâmina.
6- Com a alça, pegar um pouco de amostra na placa.
7- Aplicar a amostra na lâmina.
8- Com o auxílio da pinça, passe a lâmina de 3 a 4 vezes na chama do bico de
Bunsen.

Dessa forma estará fixado o esfregaço na lâmina.


Coloração Gram

A coloração de Gram diferencia as bactérias pelas propriedades químicas e


físicas de suas paredes celulares. Elas podem ser identificadas como Gram-
positivas e Gram-negativas. As bactérias Gram-positivas, tem uma camada mais
grossa de peptideoglicano na parede celular que mantem a coloração primária
(violeta).As bactérias Gram-negativas tem uma camada mais fina de peptideoglicano
que permite que a coloração violeta seja removida com a adição do álcool.

Para o experimento se usou: lâmina de microscopia, microscópio óptico, óleo


de imersão, kit de coloração Gram.

As etapas feitas após o preparo do esfregaço, são as seguintes:

1- Colocar a lâmina recém passada no bico de Bunsen no suporte.


2- Aplicar um pouco de violeta genciana e aguardar 01 minuto.
3- A lâmina fica roxa, colocar em água corrente, somente para tirar o excesso.
4- Aplicar o lugol e aguardar 01 minuto.
5- A lâmina fica um marrom bem escuro, colocar em água corrente para tirar o
excesso.
6- Aplicar álcool-acetona e aguardar 20 segundos.
7- A lâmina fica transparente, colocar em água corrente para tirar o excesso.
8- Aplicar a fucsina e aguardar 20 segundos.
9- Fica vermelho, colocar em água corrente para tirar o excesso.
10- Levar para o microscópio.
11- Pingar 01 gota de óleo, e ajustar a lente para objetiva 100x.
12- Observar a amostra.

No experimento, a amostra ficou roxa, o que quer dizer que é Gram-positiva,


caso tivesse ficado avermelhada seria Gram-negativa:
MICROSCOPIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS(BOLORES)
E FUNGOS LEVEDURIFORMES

Os fungos são classificados em três tipos, filamentosos, leveduriformes e


dimórficos. Os fungos dimórficos podem ser filamentosos ou leveduriformes
dependendo da temperatura aplicada a ele. Os fungos tem um papel importante na
natureza, exercem papel de decompositores, mas muitos fungos são parasitas,
causando doenças, como micoses. Os fungos estão presentes até na medicina, com
a utilização deles para na fabricação de certos medicamentos, pois podem produzir
compostos que matam algumas bactérias, a penicilina é um deles.

Para o experimento se usou: bico de Bunsen, microscópio, placa de Petri,


cultura com fungo filamentoso, cultura com fungo leveduriforme, lâminas de
microscopia, lamínulas, Alça em “L”, solução KOH, solução lactofenol, óleo de
imersão.

As etapas do experimento são as seguintes:

1- Higienizar as mãos.
2- Colocar os EPI’s (jaleco, máscara, luvas)
3- Ligar o bico de Bunsen.
4- Esterilizar a alça.
5- Colocar uma gota da solução escolhida, aqui foi KOH.
6- Com a alça colher amostra cultura, aqui foi fungo filamentoso.
7- Colocar a lamínula na lâmina.
8- Levar para microscópio ajustado para objetiva 40x.
Foi observado filamentos tubulares finos, de cor clara acinzentada:

Foi realizado mais 02 experimentos com os mesmos procedimentos, apenas


trocando a solução por Lactofenol e mantendo fungo filamentoso e outra com a
solução KOH e fungo leveduriforme.

No experimento com Lactofenol e fungo filamentoso foi observado filamentos curtos e


separados, tom esverdeado com pontos em azul:

No experimento com KOH e fungo leveduriforme foi observado estruturas


circulares, tom amarelado:
ANTIBIOGRAMA

Os antibiogramas tem função de identificar as amostras microbiológicas


coletadas em laboratório e hospitais, a sensibilidade ou resistência do microrganismo
responsável pela infecção, selecionando assim o antibiótico mais adequado ao
tratamento. Esses testes são indicados quando da possibilidade de o agente
infeccioso pertencer a uma espécie com capacidade de resistência aos antibióticos
comumente utilizados na terapêutica. Além disso, os testes de sensibilidade são
importantes em estudos epidemiológicos de resistência e na avaliação de novos
antibióticos.

Para o experimento se usou: bico de Bunsen, multidisco Gram-positivo,


multidisco Gram-negativo, placa meio Mueller Hinton, ágar MacConkey, ágar Manitol,
suporte tubo de ensaio, escala McFarland 0,5, tubo ensaio com solução salina, pinça
metálica, alça bacteriológica, estufa bacteriológica, swab, caneta permanente.

As etapas do experimento são as seguintes:

1- Higienizar as mãos.
2- Colocar os EPI’s (jaleco, máscara, luvas e óculos).
3- Identificar as placas meio Mueller Hinton com caneta permanente (1,2).
4- Acender bico de Bunsen.
5- Flambar alça bacteriológica.
6- Levar placa ágar Manitol próximo ao bico de Bunsen.
7- Destampar e coletar com a alça, tampar e levar de volta bancada.
8- Mover tubo de ensaio com solução salina para bico de Bunsen.
9- Retirar a tampa e inocular a bactéria.
10- Após finalizar a inoculação, flambar novamente a alça e tampar o tubo.
11- Mover para o suporte e comparar a turvação com escala McFarland 0,5.
12- Repetir o processo com a placa de ágar MacConkey.

Foi observado turvação de cor e quantidade semelhantes nos dois tubos.


13- Levar swab para bico de Bunsen, pegar a placa de Petri 1, semear a amostra
e descartar o swab.

Foi observado surgimento de vários riscos na placa.

14- Mergulhar outro swab no tubo ensaio 2, próximo ao bico de Bunsen.


15- Semear a placa de Petri 2 e descartar swab.

Foi observado surgimento de riscos e pontos circulares na placa.

16- Aguardar a secagem por 10 minutos.


17- Flambar a pinça e com ela mover a placa 1 para bico Bunsen.
18- Abrir e adicionar multidisco de antibiótico.
19- Fazer o mesmo com placa 2.
20- Colocar as amostras na estufa e aguardar 24 horas, retirar e analisar.

Placa 1 Placa 2
CONCLUSÃO

Baseado nos experimentos iniciais foi enfatizado a importância da higienização


correta das mãos na prevenção de doenças e infecções, principalmente em ambiente
hospitalar, também o preparo do álcool 70%, na impossibilidade da lavagem com água
e sabão.
No experimento Coloração de Gram, foi observado o processo correto do
esfregaço para fixar amostras, a sequência de soluções usadas na lâmina para
observação e identificação.
Os processos de observação e identificação também foram apresentados no
experimento de Microscopia de Fungos filamentosos e Leveduriformes, assim como
a importância de seguir as técnicas corretas.
No experimento do Antibiograma, foi apresentado a análise com antibióticos
nas amostras, durante o processo também foi usado a técnica de inoculação, tal como
semear a amostra.
Concluindo os experimentos, se ressalta a importância dos processos, da
aplicação das técnicas corretas e como a microbiologia é essencial para a área da
saúde, seja na assepsia de pessoas e materiais usados, seja na análise de patologias,
seja no nosso cotidiano, pois os microrganismos estão em toda parte.
REFERÊNCIAS

Colaborar – AVA
colaboraread.com.br

Algetec - Laboratórios Virtuais


algetec.com.br

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