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NEGÓCIOS & SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

A hora e a vez da
biometria facial
Lições da China para um
Brasil mais inovador

1 EXECUTIVE REPORT
E-BOOK ÚNICO >> ÍNDICE

03
CENÁRIO
Inovação tecnológica. Prevenção à fraude. Geração de negócios.
O que o Brasil pode aprender com a China?

10
DESAFIO
Missão China: hiperconectividade e cooperação são chaves para equilibrar
Inovação e Segurança

20
SOLUÇÃO
A hora e a vez da Biometria Facial nas transações de compra

EXECUTIVE REPORT - EXPEDIENTE

DIREÇÃO E EDIÇÃO EXECUTIVA DIREÇÃO DE MARKETING


Graça Sermoud Sérgio Sermoud
gsermoud@conteudoeditorial.com.br ssermoud@conteudoeditorial.com.br

EDITORA REDAÇÃO DESIGN


Leia Machado Matheus Bracco Rafael Lisboa
lmachado@conteudoeditorial.com.br mbracco@conteudoeditorial.com.br rlisboa@conteudoeditorial.com.br

EXECUTIVE REPORT 2
Inovação tecnológica.
Prevenção à fraude.
Geração de negócios.
O que o Brasil pode
aprender com a China?
Potência asiática investiu em alfabetização acelerada da
população e desenvolvimento de cooperações empresariais
para criar eficiência nos ambientes de hiper conectividade.
É possível replicar esse modelo no Brasil? Se depender de
algumas empresas, sim, inclusive gerar um ecossistema forte
de negócios, com foco na experiência do cliente e segurança
nos processos de identificação durante as jornadas de compra

3 EXECUTIVE REPORT
E-BOOK ÚNICO >> CENÁRIO

EXECUTIVE REPORT 4
Nas últimas décadas, a economia chinesa pro-
moveu um intenso processo de digitalização de seus
negócios, com a participação de diversas companhias
nacionais e do poder público. Esse processo criou um
amplo ecossistema de cooperação corporativa base-
ado no consumo conjunto de dados. Através dessa
dinâmica, a China foi capaz de iniciar uma nova expe-
riência com a Economia Compartilhada.

A dinâmica incentiva as empresas a deixarem de


focar em apenas um business para atuar em frentes
diversas. Sendo assim, torna-se possível oferecer não
apenas o produto, mas também serviços direcionados
às necessidades do cliente. O relacionamento entre as
organizações se fortaleceu e mesmo as bases de dados
dos clientes passaram a ser compartilhadas, visando
entregar produtos e serviços mais personalizados.

“É visível que a China atual está em um estado muito


diferente de qualquer outro país em termos de digitaliza-
ção e hiper conectividade. A população foi amplamente
alfabetizada nos meios tecnológicos, permitindo a ado-
ção natural de todos os tipos de recursos”, explica Rafael
Burity, Head de Design e UX da Unico. O executivo partici-
pou de um projeto inovador da empresa ao reunir alguns
clientes e parceiros para visitar a China, em outubro de
2023. O objetivo foi absorver conhecimento, experiência,
além de entender como as inovações do país asiático
podem ser incorporadas aos negócios brasileiros.

Para o governo chinês, era essencial dar acesso


aos recursos tecnológicos de primeira categoria, orien-
tando o próprio cotidiano da população por meio dos
smartphones. Essa visão cultural chegou rapidamente
aos meios de pagamento, quase sempre protegidos e
autenticados por técnicas de biometria. Segundo Burity,
eles também estão mais familiarizados com o reconhe-
cimento a partir de seu perfil biométrico de cliente.

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E-BOOK ÚNICO >> CENÁRIO

“No país, as complexidades envolvendo fraudes


são bem parecidas com as nossas, especialmente em
relação à exposição de dados sensíveis. Isso se deve à
dinâmica de Economia Compartilhada que eles viven-
ciam diariamente. No entanto, a forma do chinês lidar
com a privacidade foi diferente, apostando em auten-
ticação por meio da biometria. Essa se tornou a nova
senha deles”, complementa o Head de UX.

EXECUTIVE REPORT 6
Comparação com Brasil
Apesar de ser uma experiência promissora e
bem-sucedida, ainda restam dúvidas se o projeto
chinês de digitalização, em especial envolvendo meios
de pagamento, seria viável em outros mercados, como
o do Brasil. Divergências envolvendo planos econômi-
cos de longo prazo, além das poucas relações de coo-
peração entre as empresas atuantes no país tendem
a dificultar essa evolução. Rafael Burity lembra que as
experiências de autenticação e comprovação de iden-
tidade sempre enfrentaram fricções naturais entre os
consumidores brasileiros, pois elas dependem de com-
portamentos fora do padrão cultural desses usuários.
Mesmo os meios de autenticação tradicionais, como
senhas e tokens, são abraçados com dificuldade pelo
consumidor brasileiro por exigirem comprometimento
diário com a proteção dos acessos.

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E-BOOK ÚNICO >> CENÁRIO

“Nossa fricção se baseia muito na falta de matu-


ridade em toda a população, aliada ainda à ausência de
padronização dos diversos dispositivos no mercado e à
rapidez das atualizações. Por outro lado, após a pande-
mia, muitos brasileiros se depararam com um movimento
forçado de digitalização, atraindo novos usuários no
mundo digital. Esse processo não apenas reduziu o atrito
como também abriu caminho para outros processos de
identificação, como a biometria”, pontua o executivo.

A previsão é que, com o tempo, o mercado nacional


se torne mais adaptado a esses recursos, especialmente
com gerações mais novas de consumidores, íntimos das
tecnologias baseadas em interação física e com a cul-
tura de fotografias em “selfies”. Junto dessa evolução,
especialmente entre os smartphones, a fricção seguirá
decaindo. Nesse sentido, as corporações cujos serviços
se baseiam na experiência do consumidor já começam
a investir na transformação digital.

EXECUTIVE REPORT 8
De acordo com Burity, o mercado deve esperar
mudanças significativas na relação dos brasileiros com
seus próprios dados. Na visão dele, as discussões legais
sobre proteção de dados tornaram o país mais atento
à gestão de informações e, nesse aspecto, o usuário
final cumprirá um papel significativo já a partir de 2024.
“Diversos clientes nossos possuem essa percepção e
trabalham na autenticação e controle das pessoas inse-
ridas em seus serviços, em favor da segurança e dos
negócios. Entretanto, muitos ainda estão em dúvida
sobre as melhores abordagens na proteção de dados e
nos meios de identificação dos clientes nos meios digi-
tais . É essencial compreender como o ecossistema será
transacionado de forma a pegar carona na revolução nos
meios de pagamento”, alerta ele.

Com vistas a oferecer essa expertise aos seus clien-


tes, a Unico, em parceria com a Startse, participou do
projeto “Missão China”, embarcando parceiros e colabo-
radores da companhia para conhecer de perto as expe-
riências chinesas de Economia Compartilhada, digitali-
zação e biometria nos meios de pagamento. A expedi-
ção de nove dias contou com visitas a alguns dos mais
importantes ecossistemas do país, bem como palestras
e discussões a respeito do uso da tecnologia na pro-
teção das transações comerciais. O objetivo final era
entender os motivos desses avanços e quais seriam os
melhores métodos de aplicação no cenário nacional.

9 EXECUTIVE REPORT
E-BOOK ÚNICO >> DESAFIO

Missão China: hiperconectividade e


cooperação são chaves para equilibrar
Inovação e Segurança
Durante a expedição com clientes ao país, a Unico incentivou
extensas discussões a respeito das oportunidades criadas
pela inovação e o quanto aquele mesmo cenário, de fato, é
viável no mercado brasileiro. Os participantes acompanha-
ram diversos casos de uso para suas próprias verticais e
compreenderam a necessidade de evoluir a cooperação por
meio dos dados

EXECUTIVE REPORT 10
Com os olhares do mundo voltados aos avanços
econômicos e disruptivos da China, o país asiático
provou que rapidamente é possível constituir um berço
tecnológico a partir de suas Zonas Econômicas Espe-
ciais (ZEEs). Dessa forma, muitas organizações, como a
Unico, viram esta nação como o destino de alta conec-
tividade e desenvolvimento digital dos meios de paga-
mento, baseados em controles eficientes de Segu-
rança, prevenção às fraudes e identificação de pessoas.
O Head de Design da Unico, Rafael Burity, ressaltou o
objetivo da China de ser um hub tecnológico para o
mundo, estabelecendo novas tendências em temas de
consumo. Certamente esse era o melhor destino para
a empresa reunir os clientes com o objetivo de com-
partilhar conjuntamente o aprendizado recebido das
empresas e startups visitadas.

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E-BOOK ÚNICO >> DESAFIO

“Queríamos os nossos parceiros vivenciando


aquela realidade e entendendo os melhores usos das
tecnologias, de modo a disseminar esse conhecimento
no nosso mercado interno. Especialmente envolvendo
identidade digital, redução da fricção com os usuários e
ampliação dos serviços de autenticadores, a China, como
cenário mais maduro, foi capaz de nos ensinar melho-
res práticas de aplicação”, afirma Burity. Esse aprendi-
zado terá um papel essencial na evolução do consumo
no Brasil, pois, na visão do executivo, existem grandes
desafios no mercado brasileiro, como ampliar a cultura
digital dos cidadãos e definir novos padrões de controle
e gestão de dados. Por parte da Unico, esse também era
o objetivo da missão, entender como poderá ajudar os
clientes a ofertarem melhores experiências de compra,
com transparência, privacidade, inovação e uso forte de
biometria como meio de autenticação.

Fernanda Beato, Diretora de Vendas da Unico,


explica que a China, como destino escolhido no projeto
imersivo, foi a opção viável por ser exemplo prático do
combate às fraudes em uma sociedade completamente
digitalizada. Isso permitiu abrir caminhos na percep-
ção de sucesso das próprias soluções e vislumbrar
uma jornada do mercado nacional movida pelas tran-
sações digitais. “Considerando os países mais usuá-
rios de pagamentos digitais, a China está na liderança.
Cerca de 51% do Volume Bruto de Mercadorias (GMV
em inglês) é transacionado a partir de recursos online
intimamente agregados à cultura do país. Hoje, nos
grandes centros são pouquíssimos estabelecimentos
que ainda aceitam dinheiro em espécie e os cartões
de crédito foram deixados de lado”, cita Fernanda.

EXECUTIVE REPORT 12
Essa realidade, como era o objetivo da Unico, ofere-
ceu uma ótica diferenciada aos clientes que participa-
ram do projeto. Os diversos aspectos culturais levou-os
a novos olhares sobre os melhores avanços para o Bra-
sil. Segundo a executiva, os participantes assistiram de
forma prática os impactos de planejamentos de longo
prazo, unidos a pesquisas e um processo amplo e veloz
de testagem.

Romper com o esquema


de fraudes
Durante a viagem, os convidados da Unico tiveram a
possibilidade de discutir o enfrentamento dos desafios
mais críticos. Entre eles, os mais citados foram preservar
o controle de fraudes e os processos de inovação sem
se desprender das necessidades do negócio. A Head
de Prevenção a Fraudes na OLX, Camila Braga, aponta
duas dores prioritárias atualmente: educar o usuário e,
ao mesmo tempo, reagir à constante reinvenção dos
métodos de golpes. Ela ressalta que essas demandas
são visíveis por todo o mercado de e-commerce, tanto
no Brasil como no resto do mundo.

“Na OLX entendemos que, em relação às fraudes,


não existe concorrência. Portanto, é responsabilidade
de todo o setor saber se posicionar contra esse risco. O
pós-pandemia revelou uma intensa migração de consu-
midores para o mundo digital e os fraudadores acompa-
nharam esse processo profissionalizando sua engenha-
ria social. Assim, essas duas dores correlatas precisam
evoluir juntas”, afirma Camila.

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E-BOOK ÚNICO >> DESAFIO

Já Estela Brandão, CDO (Chief Data Officer) da Smi-


les e CLO (Chief Loyalty Officer) da GOL Linhas Aéreas,
comenta que o setor de viagens ainda tem um caminho
a trilhar na tecnologia para alcançar o mesmo padrão
de outros setores na economia. Muito desse cenário se
explica pelo período desafiador causado pela pandemia
da COVID-19. Para ela, essa situação incentiva as cor-
porações a atuarem equilibrando inovação e ações de
desenvolvimento.

“Nosso desafio é resolver o dilema ‘pendência con-


tra tendência’: apesar de ser essencial manter a atenção
no presente, é necessário ampliar nossa visão de futuro.
E isso é feito a partir de times de tecnologia preparados,
uma cultura de inovação transmitida por toda a empresa
e aplicação ágil das novas possibilidades de recurso,
abrigando dinâmicas disruptivas sem perder oportuni-
dades de melhorar”, destaca Estela.

EXECUTIVE REPORT 14
Mais inovação e menos fricção
A Diretora da Unico, Fernanda Beato, reforça que o
cenário de SuperApps agregadores de diversas funcio-
nalidades segue a passos largos na potência asiática.
Segundo ela, são duas as plataformas dominantes local-
mente: Alipay e WeChat – congregando os serviços de
transação dos usuários a partir de aplicações menores,
hospedadas nos smartphones. “A nossa grande provo-
cação era essa: o quanto podemos nos beneficiar de
ecossistemas geradores de inovação, desburocratização
e agilidade nos processos de pagamento, sem se des-
prender da Segurança dos usuários. As próprias práticas
de consumo nos mostram a importância dessa jornada,
visando garantir disrupções efetivas no mercado e na
sociedade como um todo”, comenta.

Sendo uma organização cujo setor exige amplo con-


trole de fraudes, a fintech NEON se beneficiou bastante
com as descobertas da expedição na China. Um passo
importante da estratégia de confiabilidade dos clientes,
como explica o Head De Prevenção à Fraude, Ander-
son Cassolato, é aplicar tecnologias de identificação e
autenticação das transações nos métodos biométricos.
“No futuro, o desafio será conectar diversas vertentes
para relacionar melhores e mais seguras experiências
dos usuários. Isso foi alcançado com os SuperApps
na China e começa a caminhar aqui no Brasil com o
Open Finance e o GOV.br, por exemplo. Essas mudan-
ças devem incentivar a revisão dos controles de fraudes,
orientando novas vias de negócio”, detalha Cassolato.

A expedição da Unico cumpriu papel essencial


na mudança de percepção desse cenário, na visão de
Camila Braga. De acordo com a executiva da OLX, o nível
de alfabetização tecnológica da população local, aliada
à extensa colaboração entre as companhias e o poder

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E-BOOK ÚNICO >> DESAFIO

público viabilizaram a construção de um ecossistema de


social commerce seguro e eficiente na entrega de valor
ao usuário. Para ela, outro ponto de atenção foi a che-
gada de novas gerações de pessoas, dispostas a consu-
mirem mais. Elas foram bem-preparadas para compre-
ender a criticidade de seus dados e a necessidade de
preservar camadas de proteção no momento de efetivar
a compra. Logo, novas experiências dos usuários foram
implementadas na jornada de transação.

“Já tinha conhecimento do mercado inovador na


China, mas nunca tivemos a oportunidade de estudar
essa realidade. A experiência foi um excelente rompi-
mento da nossa bolha brasileira e me permitiu enxer-
gar uma realidade muito mais conectada e vibrante.
Vimos ali uma sociedade que reconstruiu suas bases
em 40 anos de trabalho e pode oferecer muitas lições
ao nosso próprio país. A parceria de longa data com a
Unico foi valiosa nesses insights”, acrescenta.

Contexto favorável ao inevitável


Após a viagem, o objetivo dos parceiros é descobrir
maneiras de adaptar essa realidade asiática ao cená-
rio brasileiro. Hoje, Fernanda Beato vê o modelo de
pagamentos digitais avançando a partir dos três anos
de pandemia, em que os consumidores necessitavam
de novas formas, mais ágeis e seguras, de transacio-
nar valores. Essa demanda criou um contexto favorável
à inovação. Todavia, segundo a Diretora de Vendas da
Unico, existem algumas barreiras a serem enfrentadas,
especialmente quando se considera a realidade chinesa.
Por contar com um mercado mais aberto, os níveis de
maturidade das organizações brasileiras são demasia-
damente heterogêneos, dificultando discussões a res-
peito de tecnologias similares. Além disso, o país não
abriga ecossistemas amplos de aplicações mobile.

EXECUTIVE REPORT 16
“Mesmo assim, ainda contamos com uma massa
grande de heavy users do mobile e o mercado começa
a abrir os olhos para o que o futuro das transações
digitais pode oferecer, criando pontos críticos das
inovações nos próximos anos. Eu vejo caminhos con-
sistentes de amadurecimento das indústrias e nesse
processo, nós, como usuários, nos beneficiamos com
o consumo seguro”, afirma Fernanda. O Head, Rafael
Burity, também celebra a percepção dos desafios solu-
cionados no cenário estrangeiro a partir dos grandes
bancos de dados públicos do governo chinês e utili-
zados pelas organizações locais. Nesse ponto, o exe-
cutivo da Unico elogia o portfólio de clientes que esti-
veram presentes na Missão China, com potencial para
formar ecossistemas inovadores e uso mais inteligente
dos dados.

“Visitamos várias empresas de tecnologia de bio-


metria e, no cenário brasileiro, acredito que a forma de
validar clientes é por meio dessa tecnologia. De fato,

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E-BOOK ÚNICO >> DESAFIO

quando falamos de controle de acesso, a China é muito


avançada, mas no Brasil isso também é possível, é uma
realidade bem próxima, especialmente quando conta-
mos com parceiros com a Único, que tem essa expertise
em controle de dados”, completa Estela Brandão, da Gol.

“A Unico, devido ao seu contato frequente com


dados sensíveis de usuários, vê esse contexto como
uma grande oportunidade e uma missão de garantir
Segurança em qualquer transação. Acreditamos que
um mercado pujante e bastante conectado como o
da China seria o melhor dos palcos para consolidar a
colaboração entre companhias e verticais no Brasil”,
reforça Rafael Burity.

De olho em 2024
Para o próximo ano, são esperados grandes avanços
nos controles de autenticação via biometrias, algo que
estava ainda intimamente ligado aos bancos digitais e
que, agora, deve se expandir a outros setores da eco-
nomia. “É o momento de se atentar às oportunidades,
avançando com negócios bons e seguros, direcionados
por planejamentos públicos e privados. Toda a cadeia
econômica do Brasil será beneficiada com essa jor-
nada”, afirma o executivo da NEON, Anderson Cassolato.

A expertise gerada pela Missão China viabilizou


diálogos ainda mais eficientes com o corpo diretivo,
ampliando a visão disruptiva também no setor de via-
gens. Ali ficou perceptível para Estela Brandão o poten-
cial das inovações já aplicadas no cenário oriental.

EXECUTIVE REPORT 18
Em relação à checagem de identidades, a capaci-
dade dos aeroportos da China em autenticar a presença
do usuário no acesso aos aviões através da biometria
permite eliminar problemas com cartões de embarque,
sem renunciar à Segurança do usuário. A visão é que
essa realidade também chegue ao setor brasileiro, com
companhias aéreas e aeroportos se unindo em torno
dessa função.

“Acredito que estamos falando de uma realidade


esperada, pois vemos hoje tanto iniciativa pública
como privada engajados nas evoluções. Isso tudo
deve ser gerenciado por autenticações biométricas
em plataformas amplas de cooperação. Apenas fal-
tará a base de dados adequada para as identifica-
ções e empresas como a Unico trazem essa solução”,
complementa Estela Brandão, da GOL.

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E-BOOK ÚNICO >> SOLUÇÃO

A hora e a vez da biometria facial


nas compras com cartão
A tecnologia pode resolver um desafio histórico enfrentado
pela tríade consumidor, varejo e instituições financeiras?
Com o Unico IDPay, a Unico entende que sim. A companhia se
aliou a parceiros estratégicos para oferecer uma ferramenta
de validação segura de transações e com fricção reduzida,
pautada em biometria facial

EXECUTIVE REPORT 20
O ecossistema brasileiro de meios de pagamento
lida cotidianamente com desafios nos processos de
autenticação de transações. O gargalo está em aprovar
mais compras com total segurança, mas sem comprome-
ter a experiência do cliente - e sem comprometer a efici-
ência operacional das empresas e sistemas envolvidos na
compra. Afinal, quando uma transação é bloqueada, gera
consequências negativas não só para o consumidor, mas
para todos os envolvidos nesse relacionamento, como
para o comércio online e para as instituições financeiras.

Uma pesquisa da Unico, realizada pelo painel da


Offerwise entre novembro e dezembro de 2022, aponta
que o cartão de crédito é o meio de pagamento respon-
sável por 70% das vendas online no Brasil. Entretanto,
de acordo com uma análise feita pela Unico com base
em dados da Associação Brasileira de Cartões (Abecs),
cerca de R$ 120 bilhões deixam de ser convertidos em
vendas anualmente, devido a problemas na comprovação
do pagamento por esses meios.

“Assim, os problemas decorrentes desse desafio


são sentidos por consumidores, incapazes de efetivar
suas compras agilmente ou onerados por burocracias em
contestações; por e-commerces, que perdem bilhões de
reais por não conseguirem aprovar transações ou devido
a chargebacks por fraude; e para as instituições financei-
ras, cuja confiança diminui diante dos embaraços enfren-
tados na transação”, explica Paula Lopes, Gerente de
Marketing de Produto da Unico.

De acordo com a especialista, diante do cenário de


consolidação de chargebacks por fraude envolvendo ope-
rações digitais com cartões de crédito no Brasil, as estei-
ras de validação de compras e transações passaram a ser
cada vez mais rígidas, levando ao dilema enfrentado hoje:
como garantir a proteção das transações sem friccionar a
relação com o cliente?

21 EXECUTIVE REPORT
E-BOOK ÚNICO >> SOLUÇÃO

Nesse sentido, a Unico, que há mais de dez anos


estuda e atua junto aos clientes com objetivo de seguir
os melhores caminhos para proteger os consumidores e
as empresas das fraudes no Brasil, incluindo as de paga-
mentos digitais, fortaleceu a estratégia para trazer ainda
mais segurança nas transações financeiras. A companhia
formou parcerias com grandes instituições financeiras
como C6 Bank, Neon e XP a fim de lançar uma nova solu-
ção de validação transacional por biometria mais próxima
do banco emissor, batizada de Unico IDPay.

A ferramenta usa a segurança da biometria facial


na autenticação da identidade do comprador e, posterior-
mente, faz a confirmação de que o CPF ligado à face é
realmente o titular do cartão. Para isso, a Unico utiliza sua
base autenticada de faces e a conexão direta e automática
com o emissor do cartão.

Toda a experiência vivida na “Missão China” pela


própria Unico e pelos clientes que participaram dessa
semana de inovação corroborou com essa estratégia, de
que o Brasil tem mercado para implementar a facilidade
da biometria facial nas transações de compra.

Antes mesmo de lançar o Unico IDPay no mercado,


o que aconteceu em maio de 2023, através dos tes-
tes iniciais em versão beta com empresas parceiras, a
companhia já havia constatado a capacidade de ofe-
recer uma solução zero chargeback por fraude para o
e-commerce, chegando a ampliar em 30% o GMV das
operações em que foi utilizada a solução. A relação
entre os consumidores e os bancos também foi favore-
cida pela redução do estresse de contestações e pela
maior confiança gerada entre as partes.

EXECUTIVE REPORT 22
“Desde o terceiro trimestre de 2021, intensificamos
as conversas com os maiores varejistas digitais para
entender como evoluir nossas soluções. Identificamos
nesse processo a dor de recuperar vendas perdidas pela
falta de segurança no processo de pagamento com cartão
de crédito. Conseguimos desenvolver, em conjunto com
as emissoras, uma solução completa, robusta e inédita no
mundo”, conta Diego Martins, CEO da Unico.

Paula ainda reforçou outros impactos positivos do


Unico IDPay: “Ele apoia o combate à auto fraude ao
documentar todo o processo de autenticação da tran-
sação. Além disso, o Unico IDPay ainda permite que um
titular de cartão terceiro aprove uma compra feita por
alguém autorizado, viabilizando uma operação bastante
comum no e-commerce atualmente, mas bloqueada
com frequência pelos padrões de autenticação”.

Unico IDPay e meios


de pagamento
O Unico IDPay tende a ter um papel fundamental nas
novas dinâmicas de consumo a partir de 2024. Isso se
deve à capacidade de já apresentar resultados tão positi-
vos sobre um problema congênito nos pagamentos com
cartão não presencial no Brasil. E isso em um período
curto de vida do produto.

Segundo Paula, a possibilidade de o Unico IDPay


responder a um desafio antigo do setor gerava - e ainda
gera - curiosidade entre os e-commerces consultados,
mas a partir de testes e da cooperação entre empresas,
tem sido possível mostrar sua capacidade de impacto na
sociedade e no ecossistema de transações digitais.

23 EXECUTIVE REPORT
E-BOOK ÚNICO >> SOLUÇÃO

“Queremos seguir integrando empresas financeiras,


varejistas e do e-commerce em geral dispostas a gerar
impacto nos pagamentos online. Os resultados do Unico
IDPay até agora nos fazem compreender que fizemos,
realmente, uma solução única para o mercado e para os
consumidores”, disse ela.

“Essa será nossa grande aposta, pois exercerá um


papel fundamental no varejo brasileiro em 2024. No
futuro, a preservação das boas relações com o usuário
final, oferecendo bons serviços com segurança, privaci-
dade e pouca fricção levará ao sucesso. Nosso objetivo
é garantir esse destino aos clientes e parceiros”, conclui
Rafael Burity, Head de Design e UX da Unico.

Cenário de compras no Brasil:

Pagamentos por cartão de crédito representaram 70% das vendas online


entre novembro e dezembro de 2022;

Anualmente, cerca de R$ 120 bilhões de reais deixam de ser convertidos


em compras devido a problemas na comprovação do pagamento;

Cerca de 40% dos consumidores já tiveram pedidos nega-


dos ou demora no retorno por conta de políticas antifraude atu-
ais. Desse contingente, mais de 35% desistiram de comprar na loja.

Em levantamento com clientes, Unico apurou que cerca de 25% das com-
pras são feitas com cartão de crédito de terceiros.

Fontes: Associação Brasileira de Cartões e Unico/Offerwise

EXECUTIVE REPORT 24
Problemas que o Unico
IDPay busca resolver:

Identificação simples e segura do usuário e da titularidade do cartão,


viabilizando maior aprovação das transações;

Redução do chargeback por fraude, preservando os ganhos do varejo


e a satisfação do cliente;

Diminuição da fricção com o usuário idôneo, garantindo uma com-


pra simples e fluída;

Preservação da confiança nos bancos e do bom relacionamento com


seus clientes;

Combate à autofraude, por meio de documentação da análise


biométrica (conjunto probatório);

Aprovação de compra por terceiro via confirmação de sua autentici-


dade e da titularidade do cartão;

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