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Casos Periodização

Caso 14
R:
Tendo em conta a situação, podemos concluir que a Sociedade Mercúrio, Lda terá
feito uma transferência, para a empresa Juno, dos riscos e vantagens significativos
da propriedade dos bens em maio de 2021, sendo que a compradora iria adaptar o
espaço com as obras necessárias para desenvolver a atividade, onde a quantia do
rédito é fiavelmente mensurada, bem como os gastos inerentes à transação.
Assim, apesar da escritura ter sido realizada em junho de 2022 não impede que o
rédito desta operação deixe de ser reconhecido em 2021 (de acordo com as
normas contabilísticas e com as normas fiscais – artigo 18º nº1/nº3 al.a) do
CIRC).

Caso 15
R:
Neste Caso, conseguimos compreender de que se trata de obras efetuadas por
conta própria e vendidas de forma fracionada, tal como específica o artigo 18º nº6
do CIRC. Deste modo, o reconhecimento do rédito e dos gastos incorridos é feito à
medida que as moradias forem concluídas e entregues aos adquirentes. Ou seja,
sendo que o rédito das duas moradias entregues em 2021 deve ser reconhecido
nesse mesmo período, assim como, os gastos com a construção. No entanto, é
ainda de mencionar que a empresa Mercúrio, Lda, embora não conheça
exatamente os gastos totais que irá suportar na conclusão da construção do
jardim e das restantes zonas verdes, deverá fazer uma estimativa dos gastos de
forma a conseguir os imputar, na proporção devida, em 2022, pois trata-se de
gastos inerentes à construção.
Caso 16
R:
De acordo com o artigo 18º nº2 do CIRC, existe uma limitação à aceitação de
rendimentos ou gastos consideradas de anos anteriores. Quanto aos gastos de
períodos anteriores que estejam a influenciar o resultado do exercício corrente, só
são aceites fiscalmente se, na data de encerramento das contas daquele a que
deviam ser imputados eram imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos.
Não se verificando estas condições tais gastos terão de ser acrescidos no quadro
07 da modelo 22. Salienta-se que, de acordo com as regras da NCRF 4 - Políticas
contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros, parágrafos 36 a
44, só podem influenciar o resultado do exercício, as correções de rendimentos e
gastos de exercícios anteriores que não sejam materialmente relevantes, pois de
acordo com o tratamento preceituado nesta norma, tais correções são excluídas
dos resultados do período em que o erro é descoberto. Assim, podemos concluir
que não sendo considerados gastos imprevisíveis ou manifestamente
desconhecidos o contabilista da Sociedade Tétis não pode considerá-los na
determinação do lucro tributável de 2022 e ainda que a contrapartida do crédito
na conta de fornecedores fosse a conta 6881 - Correções relativas a períodos
anteriores, caso em que teria de acrescer o valor da correção no quadro 07 do
modelo 22).

Caso 17
R:
Conseguimos perceber que apesar do registo contabilístico como rendimentos de
2021, pela percentagem dos lucros obtidos pela participada, tais rendimentos não
concorrem para a formação do lucro tributável da Pandora, SA, em 2021, porque
resultam da aplicação do método de equivalência patrimonial (artigo 18º nº8 do
CIRC). No quadro 07 da declaração modelo 22 de 2021, na linha 758, devem
deduzir-se os 19.250€. Só concorrem para a formação do lucro tributável os lucros
distribuídos à Pandora, SA, o que sucede em 2022, período em que tais
rendimentos lhe foram colocados à disposição. No quadro 07 da declaração
modelo 22 de 2022, na linha 712, devem ser acrescidos 15.400€. Isto sem prejuízo
de poder ser aplicado o disposto no art.º 51º do CIRC, que iremos abordar mais à
frente.

Caso 18
R:
Podemos concluir que apenas as variações de justo valor correspondentes aos
vitelos juvenis para venda (ativos biológicos consumíveis), às ações da empresa
cotada em Bolsa e das unidades de participação em fundo tesouraria é que
relevam na determinação do lucro tributável da sociedade Miranda, em 2021. No
caso das ações verificam-se as três condições previstas no artigo 18º nº1 al.b) do
CIRC, para que concorram para a formação do lucro tributável: são instrumentos
de capital próprio; têm um preço formado em mercado regulamentado e a
percentagem detida pela sociedade Miranda não é igual ou superior a 5% do
capital social da participada. As unidades de participação são instrumentos
financeiros sendo que sociedade faz a sua mensuração pelo justo valor através de
resultados, em conformidade com o normativo contabilístico aplicável. As
variações do justo valor dos demais ativos (ativos biológicos de produção e
propriedades de investimento) não relevam na determinação do lucro tributável
da sociedade Miranda. Deste modo há que proceder às seguintes correções no
quadro 07 da modelo 22 de 2021:

- Propriedades de investimento – deduz 14.700€ no campo 759

- Vacas leiteiras – acresce 4.750€ no campo 713

Caso 19
R:
Apesar do montante das indemnizações ter de ser reconhecido como gasto
contabilístico em 2021, período em que se deram as desvinculações dos
trabalhadores, tais gastos só são aceites fiscalmente no período de tributação em
que as indemnizações foram pagas ou colocadas à disposição. O que só ocorre
em 2022. Em suma, no quadro 07 da modelo 22 do período de 2021 acresce-se
72.000€ e no quadro 07 do modelo 22 de 2022 deduz-se os 72.000€.

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