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Felipe Costa Gomes

Engenheiro Civil – CREA-MG 219.022/D


E-mail: felipecostagomes@hotmail.com – Contato: 38 9.9171-5865

LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO

ASSUNTO: Inspeção e Avaliação da obra Residencial.

CLIENTE: FABIANE CAMILA DA SILVA


CPF: 069.087.076-01

ENDEREÇO DO LOCAL DE VISTORIA: RUA 26, S/N -


RESIDENCIAL PORTAL SUL – JANAÚBA - MG

OBJETIVO: Inspeção e Avaliação, para averiguar a qualidade dos


serviços e o cumprimento de normas técnicas e diretrizes na
elaboração dos projetos civis e identificação de possiveis patologias na
edificação Residencial.

RESPONSAVEL TÉCNICO: FELIPE COSTA GOMES


ENGENHEIRO CIVIL – CREA 219.022 / D – MG

DATA DA ELABORAÇÃO DO LAUDO: 14 / 02 / 2024

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Felipe Costa Gomes
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E-mail: felipecostagomes@hotmail.com – Contato: 38 9.9171-5865

01. INTRODUÇÃO

O presente laudo técnico de Inspeção foi realizado a pedido da proprietaria do imóvel


residencial a Sra FABIANE CAMILA DA SILVA, é PROMISSÁRIA COMPRADORA do lote 828 e
lote 830 da quadra 01, do Residencial Porta Sul da Cidade de Janaúba – MG, o qual atende as
determinações da Norma NBR 13.752 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em vigor
desde 31/01/1997, exigida em todas as manifestações escritas de trabalhos periciais de engenharia na
construção civil, assim como a ABNT NBR 5674: 1999 Manutenção de edificações – Procedimento.
Os trabalhos periciais de Engenharia devem ser orientados e obedecer às diretrizes preconizadas pelas
Normas Brasileiras aprovadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), aplicáveis à
natureza e espécie do objeto da perícia. A realização dos trabalhos consistiu nas seguintes etapas,
conforme item 5.1 da NBR 13.752:
a) vistoria e/ou exame do objeto da perícia;
b) diagnóstico dos itens objeto da perícia;
c) coleta de informações;
d) escolha e justificativa dos métodos e critérios periciais;
e) análise das ocorrências e elementos periciais;
f) soluções e propostas, quando possível e/ou necessário;
g) parecer técnico;
h) considerações finais e conclusões.
Os itens acima, devidamente adequados à realidade e necessidade do objeto da perícia, estão
implícitos ou explicitamente contidos neste LAUDO TECNICO DE INSPEÇÃO.
Este trabalho caracteriza-se pela inspeção de uma casa residencial, localizado na bairro
Residencial Portal Sul em Janaúba - MG, onde serão identificadas anomalias construtivas, falhas e
as patologias geradas pelas mesmas.
Conforme descrito o presente Laudo de Inspeção possui o foco para identificação das anomalias
construtivas e análise documental, de acordo com os projetos apresentados e se baseado na NBR 13531,
Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas, é uma das normas mais importantes para o
setor da construção civil.

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02. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

02.01 Ficha Técnica do Local

Logradouro: Imóvel Residencial, situado na Rua 26, s/n, no Bairro Residencial Porta Sul em
Janaúba - MG.

Figura 1. LOCALIZAÇÃO DO IMOVÉL - Fonte: https://www.google.com/maps/place/Residencial+Portal+Sul/@-15.8502734,-


43.2973256,414m/data=!3m1!1e3!4m6!3m5!1s0x753cfb61e5774d9:0x5a05648faacdb7e3!8m2!3d-15.8495465!4d-
43.2975604!16s%2Fg%2F11c5xvv5kq?entry=ttu

02.02 Realização do Laudo

Autor: FELIPE COSTA GOMES


Título profissional: Engenheiro Civil
CREA: 219.022/D – MG
ART: MG20242747497

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02.03 Data da Vistoria

As visitas técnicas foram realizada no dia: 09 de fevereiro de 2024, no período da


m a n h ã , acompanhado pela proprietária do imóvel, encarregado da obra e alguns pedreiros.

02.04 Objeto de Inspeção

A Vistoria realizada no imóvel residencial em fase de construção, e tem o objetivo de analisar


a qualidade dos serviços e o cumprimento de normas técnicas na elaboração dos projetos civis e as
patologias encontrada, bem como na sua execução. Foram avaliados os serviços da construção do
imóvel, tomando como base os projetos arquitetônico, projetos estruturais, projetos hidrossanitários
entre outros projetos de detalhes executado por outros profissionais da área.

03 . METODOLOGIA

03.01 Critério Utilizado

A inspeção predial da edificação foi realizada tomando por base as considerações das Normas
NBR 13752: 1996 (Direções gerais sobre perícia em Engenharia na construção civil), NBR 5674:1999
(Manutenção de edificações – Procedimento), NBR 6118:2014 (Projeto de estruturas de concreto —
Procedimento) e NBR 15575-1:2013 (Edificações habitacionais — Desempenho Parte 1: Requisitos
gerais). Utilizou-se de fotos e vídeos de execução, observações e medições in loco levantadas em
vistoria visual e não destrutiva nas dependências do imóvel e avaliação da qualidade da edificação.

Entende-se por qualidade da edificação àquela obra que atende seus objetivos para os quais foi
concebida. A infra-estrutura é peça fundamental no desenvolvimento de qualquer atividade de
qualidade. Deve, portanto, a obra, atender efetivamente a essas necessidades de uso, isolamento térmico
e acústico, fluxo de usuários e daqueles que mantém a ordem e a higiene do ambiente, à segurança, a
durabilidade do edifício e a capacidade econômica no que diz respeito aos gastos básicos para seu
funcionamento.

Esse relatório destina-se ao esclarecimento através da definição visual das patologias e


apontamento locais a serem considerados e corrigidos garantindo a integridade da edificação. Atentados
a estes pré-requisitos básicos, segue o levantamento detalhado das patologias.
Nota: Foram utilizados monitoramento visual de forma não destrutiva para a realização desta
inspeção.
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03.02 Levantamento e Análise de Documentação

Documentações Técnicas
01 PROJETO ARQUITETÔNICO
02 PROJETO ESTRUTURAL
03 PROJETO HIDROSSÁNITARIO
04 PROJETO EXECUTIVO

03.03 Descrição Geral Do Escopo Vistoriado

A Vistoria Técnica foi realizada no mês de fevereiro em toda as áreas do presente objeto, sendo
que o Laudo de Inspeção, está direcionado a execução da estrutura do imóvel, com a realização de
vistoria visual não destrutiva, obtendo informações e registros fotográficos para fundamentar o
trabalho realizado.
As principais não-conformidades identificadas detectadas por ocasião da vistoria na edificação
em referência foram denominadas de ANOMALIAS e FALHAS.

04 . DETERMINAÇÃO DO GRAU DE RISCO E NÍVEL DA INSPEÇÃO

04.01 Grau de risco

Conforme a Norma de Inspeção Predial do IBAPE (2012)2, “A análise do risco fundamenta-se


na classificação das anomalias e falhas identificadas em diversos locais de uma edificação. O grau de
risco está associado com fatores de manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade,
comprometimento de vida útil e perda de desempenho.
De acordo com a Norma de Inspeção Predial do IBAPE (2012)3, as anomalias e falhas são
classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos
usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio.
 GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos
contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de desempenho
e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo,
comprometimento sensível de vida Útil e desvalorização imobiliária acentuada.

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Referência: Norma De Inspeção Predial Nacional- 2012
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Referência: Norma De Inspeção Predial Nacional- 2012

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 GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele


que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à
operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

 GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele Causado por pequenas


perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade programável e
planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos
irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor
imobiliário. 4

04.01.1. Determinação de Anomalia e falha

Conforme a Norma de Inspeção Predial (2012)

As anomalias e falhas constituem não conformidades que impactam na perda precoce de


desempenho real ou futuro dos elementos e sistemas construtivos, e redução de sua vida útil
projetada. Podem comprometer, portanto: segurança; funcionalidade; operacionalidade;
saúde de usuários; conforto térmico, acústico e luminotécnico; acessibilidade, durabilidade,
vida útil, dentre outros parâmetros de desempenho definidos na ABNT NBR 15575.

As não conformidades podem estar relacionadas a desvios técnicos e de qualidade da


construção e/ou manutenção da edificação. Podem, ainda, não atender aos parâmetros de
conformidade previstos para os sistemas construtivos e equipamentos instalados, tais como:
dados e recomendações dos fabricantes, manuais técnicos em geral, projetos e memoriais
descritivos, normas, etc.

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As Anomalias são vícios de construção que reduz o desempenho previsto, podem ser divididas
e classificadas como:

 ENDÓGENAS: Relacionados à construção (projetos, materiais e execução);

 EXÓGENAS: Relacionados a danos causados por terceiros (obras vizinhas,


choques de veículos etc.);
 NATURAIS: Relacionados a fatores ligados à natureza (terremotos, inundações
etc.);
 FUNCIONAIS: Decorrentes da degradação devido ao uso e operação.5

Já as falhas são erros ou imprevisto que acarretou em danos ou defeito na construção, por isso
ela pode ser classificada em:

 DE PLANEJAMENTO: Decorrentes de falhas de procedimentos e especificações


inadequados do plano de manutenção, sem aderência a questões técnicas, de uso, de
operação, de exposição ambiental e, principalmente, de confiabilidade e
disponibilidade das instalações, consoante a estratégia de Manutenção. Além dos
aspectos de concepção do plano, há falhas relacionadas às periodicidades de
execução.

 DE EXECUÇÃO: Associada à manutenção proveniente de falhas causadas pela


execução inadequada de procedimentos e atividades do plano de manutenção,
incluindo o uso inadequado dos materiais.

 OPERACIONAIS RELATIVAS: aos procedimentos inadequados de registros,


controles, rondas e demais atividades pertinentes

 GERENCIAIS DECORRENTES: da falta de controle de qualidade dos serviços de


manutenção, bem como da falta de acompanhamento de custos da mesma.6

4Referência: Norma De Inspeção Predial Nacional- 2012


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Referência: Norma De Inspeção Predial Nacional- 2012
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Referência: Norma De Inspeção Predial Nacional- 2012

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05 . SISTEMAS CONSTRUTIVOS INSPECIONADOS

A análise foi realizada tomando por base as considerações da Norma NBR 13.752 (Direções
gerais sobre perícia em Engenharia na construção civil). Utilizou-se de observações e medições in loco,
levantadas em vistoria visual e não destrutiva nas dependências do imóvel, onde tomou-se como base
os parâmetros da Norma de Desempenho NBR 15.575:2013 – Edificações Habitacionais –
Desempenho para avaliação da construção da edificação residencial.

Conforme a Norma de Inspeção Predial do IBAPE, os sistemas são relatados genericamente,


seguindo a descrição e localização das anomalias e falhas detectadas, com a classificação do grau de
risco atribuído a cada sistema: Grau Crítico (C), Grau Regular (R) ou Grau Mínimo (M). A origem da
manifestação patológica em endógena, exógenas, naturais e funcionais

5.1 Execução de pilares de concreto armado

Na vistoria foi identificada que existes alguns pilares que não foram adensados corretamente,
ocasionando (bolhas de ar ou espaço sem preenchimento) deixando exposto as ferragens contido neles,
onde posteriormente pode ocasionar futuros problemas estruturais.

Figura 2- PILAR 28, de acordo com o Projeto Estrutural de forma. Fonte: Acervo do Autor

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Figura 3- PILAR 3, de acordo com o Projeto Estrutural de forma. Fonte: Acervo do Autor

Figura 4- Planta de Forma do projeto estruturas apresentado na obra – (identificação dos


pilares com adensamento incorreto. Fonte: Acervo do Autor
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Classificação do problema:

 Anomalia: Endógena
 Manifestação: Vazios entre os espaços na estrutura de concreto armado e exposição da
ferragem dos pilares, possiveis infiltrações e corrosão da ferragem da estrutura.
 Causa: Execução de obra sem o devido adesamento do concreto lançado na hora do enchimento
das formas.
 Sugestão de Intervenção: Na maioria das vezes é possível solucionar o problema com o uso
de adesivos à base de epóxi para solidificar um novo concreto ou graute depois da remoção de
todo o concreto segregado e da limpeza da área.
 Grau de Risco: REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que
provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação
direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

5.2 Execução de vigas (cintas) de concreto armado

Na vistoria foi identificada que existes alguns algumas vigas que foram executadas sem
obedecer a seção exata do projeto. ocasionando peso excessivo na estrutura e desperdicio de material.
Observou-se também o excesso de tubulação passada em alguns trechos de vigas, podendo trazer
problemas patologicos futuros. De acordo com a norma de concreto 6118-2013, “Em qualquer caso,
a distância mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser no mínimo igual a 5cm e duas
vezes o cobrimento previsto para essa face. A seção remanescente nessa região, tendo sido descontada
a área ocupada pelo furo, deve ser capaz de resistir aos esforços previstos no cálculo, além de permitir
uma boa concretagem. Devem ser respeitadas, simultaneamente, para dispensa da verificação, as
seguintes condições: a) abertura em zona de tração e a uma distância da face do apoio de no mínimo
2h, onde h é a altura da viga; b) dimensão da abertura de no máximo 12cm e h/3; c) distância entre
faces de aberturas, num nesno tramo, e no mínimo 2h; d) cobrimentos suficientes e não seccionamento
das armaduras.”
Furos que atravessam as vigas em direção da altura. As aberturas em vigas, contidas no seu
plano principal, com furos para passagem de tubulação vertical nas edificações, não devem ser superior
a 1/3 da largura dessas vigas nas regiões desses furos. Deve ser verificada a redução da capacidade
portante ao cisalhamento e à flexão na região da abertura. A distância mínima de um fura à face mais
próxima da viga deve ser no mínimo igual a 5cm e duas vezes o cobrimento previsto nessa face. A
seção remanescente nessa região, tendo sido descontada a área ocupada pelo furo, deve ser capaz de

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resistir aos esforços previstos no cálculo, além de permitir uma boa concretagem.

Figura 5- Trecho da viga 22 – projetada com 14x40 e 14x45 e executada com 19x40 – Fonte: Acervo do Autor

Figura 6- Trecho da viga 13 – projetada com 19x30 (furo feito próximo ao apoio do pilar e proximo a face da viga)
– Fonte: Acervo do Autor

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Figura 7- Planta de Forma pavimento superior (2 pav) do projeto estruturas apresentado na obra
(identificação da viga com seção executada diferente da projetada). Fonte: Acervo do Autor

Figura 8- Planta de Forma pavimento térreo (1 pav) do projeto estruturas apresentado na obra
(identificação da viga com furo para passagem de tubulação fora das normas). Fonte: Acervo do Autor

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Classificação do problema:

 Anomalia: Endógena
 Manifestação: Vazios entre os espaços dos elementos de concreto armado, exposição da
ferragem das vigas, possiveis infiltrações e corrosão da ferragem da estrutura.
 Causa: Execução de obra sem o devida aplicação da norma 6118:2013. Passagem de tubulação.
 Sugestão de Intervenção: No caso de ser necessário um conjunto de furos, os furos devem ser
alinhados e a distância entre suas faces deve ser de no mínimo 5cm ou o diâmetro do furo e
cada intervalo deve conter pelo menos um estribo. No caso de elementos estruturais submetido
à torção, esses limites devem ser ajustados de forma a permitir um funcionamento adequado.
Deverá se observesado o local e fazer o preenchimento do vazio com o uso de adesivos à base
de epóxi para solidificar um novo concreto ou graute depois da remoção de todo o concreto
segregado e da limpeza da área.
 Grau de Risco: REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que
provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação
direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

5.3 Execução de lajes treliçadas e suas tubulações elétricas

Na vistoria foi identificada que existes lajes com o cobrimento indevido e má posicionamento
de tubulação elétrica (canduítes), ficando exposto parte da tubulação no piso. Podendo causar futuras
patologias nas instalações de revestimentos de pisos. Observou-se que não foram executados ou
projetados caixas de passagem para laje, onde os canduítes fazem a ligação direta um com outro.

A caixa de passagem elétrica é essencial para abrigar pontos de entrada e saída de condutores
da tubulação, bem como suas emendas e junções, facilitando o acesso aos cabos na instalação e nas
inspeções. As regras sobre a sua aplicação e instalação em sistemas elétricos de baixa tensão estão
definidas na NBR 5410. Entre os pontos definidos pela norma estão a distância exigida entre duas
caixas de passagem e os pontos da instalação em que o uso da caixa de passagem é obrigatório.

A caixa de passagem é utilizada para facilitar a passagem de cabos em instalações elétricas.


Além dessa finalidade, a NBR 5410 também determina outras três situações nas quais o uso da caixa
de passagem é obrigatório: 1 – em todos os pontos da tubulação onde houver entrada ou saída de
condutores, exceto nos pontos de transição de uma linha aberta para uma linha em eletrodutos, que
devem ser rematados com buchas; 2 – em todos os pontos de emenda ou derivação de condutores; 3 –
sempre que for necessário segmentar a tubulação.
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Figura 9- Exposição de canduítes nas lajes de pisos em várias partes, tanto no 1º pavimento como no 2º pavimento.
Fonte: Acervo do Autor

Figura 10- Laje tubulada sem a colocação de caixa de passagem nas lajes, tanto no 1º pavimento como no 2º pavimento.
Fonte: Acervo do Autor

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Classificação do problema:

 Anomalia: Endógena
 Manifestação: Cobrimento insuficiente, exposição da canduites, possiveis patologia de
descolamento de revestimento de piso. possiveis infiltrações e corrosão da tubulação.
 Causa: Execução de obra sem o devida aplicação da NBR 5410. Execução obrigatoria de caixas
de passagens na laje
 Sugestão de Intervenção: Contratar um profissional especializado na área de elétrica, para
definir os possionamento de caixas de passagens nas lajes de piso. E posteriormente a colocação
das caixas de passagens nas lajes, deverá ser feita a colocação de uma malha de aço em toda o
piso e realizar uma nova camada de concreto até o cobrimento dos canduítes a amostra.
 Grau de Risco: REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que
provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação
direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

5.4 Surgimento e Monitoramento de Fissuras e Trincas

Na vistoria observaram-se trincas verticais no encontro da parede com o pilar. Trincas deste
tipo são causadas, geralmente pela falta de amarração da parede com algum elemento estrutural (pilar,
viga ou laje) ou outra parede que nasce naquele ponto.

Observaram-se também inúmeras trincas e fissuras a 45º nas paredes, Acima das portas e
janelas, as causas do surgimento destas trincas e fissuras são causadas, geralmente pela falta de
amarração da contra-verga em algum outro elemento estrutural, estando apoiados apenas em cima das
alvenarias de tijolos cerâmicos.

Observaram-se também inúmeras trincas e fissuras a 45º nas paredes sem aberturas de vão,
essas deverão ser cuidadosamente analisadas para averiguar se estas não comprometem a integridade
do imóvel.

A Norma Brasileira NBR 6118 estabelece que as aberturas mencionadas a seguir são
satisfatórias para cumprirem os critérios de segurança e durabilidade nas estruturas, quando de 0,2 mm
a 0,4 mm consideram-se fissuras insignificantes, pois não atingem consideravelmente à corrosão de
armaduras. As trincas são patologias que apresentam aberturas de 0,5 mm a 1,5 mm, e que provocam
a separação das partes, podendo ser indício de um problema mais grave. O termo rachadura não é usual
no meio técnico, mas tornou-se assim conhecido como sendo as trincas de dimensões superiores a 1,5
mm.
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Figura 11- Fissuras Verticais no canto da parede da suíte master no 2º pavimento. Fonte: Acervo do Autor

Figura 12- Trincas a 45º nas paredes da suíte mais, no 2º pavimento. Fonte: Acervo do Autor
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Classificação do problema:

 Anomalia: Endógena
 Manifestação: Trincas e Fissuras, perda de material e execução de serviço para correção.
 Causa: Execução de obra sem o devida aplicação da NBR 6118-2013; escoramento dos
elementos estruturais como por exempo vigas, sem os devidos procedimentos (escoras),
Apoiadas nos Tijolos Cerâmico.
 Sugestão de Intervenção: Monitoramento das fissuras e trincas, atrés do metódo de lâmina de
vidro e anotações no período minimo de 90 dias.
 Grau de Risco: REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que
provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação
direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis.

06 . PARECER TÉCNICO

A vistoria foi realizada de forma não destrutiva, onde foi possível verificar que o andamento da
obra e a execução dos elementos estruturais e suas patologias, onde foi indetificados suas anomalias
devido ao não cumprimento das normas técnicas vigentes e projetos apresentados.
As intervenções deverão ser avaliados e executados com o acompanhamento de profissionais
capacitados e credenciados. (Engenheiro Civil ou Arquiteto), para que atenda as normas de
desempenho e realizei as devidas intervenções apontadas.
Observou-se que a execução dos projetos estruturais, hidrossánitorios e arquetetônicos, estão
sendo seguidos conforme projetados, com ressalva na execução da viga 22, onde o executor optou de
mudar a seção da viga para 19x40.
Os outros projetos complementares, como projeto elétrico e sondagem do solo, não foram
disponibizados pela próprietaria, para uma maior conferência e verificação completa da estrutura em
geral. Onde se houver duvidas sobre os dimensionamento estruturais, deverá a mesma contratar uma
perícia específica para análise estrutural de projetos.
Foram observados alguns vícios na execução da estrutura, exemplo, a utilização das paredes de
vedação para escoaremento da estrutura de concreto armado, ocasionamento a ruptura e deformação
de varios tijolos cerâmicos, onde o mesmo não foram projetados para suportar tal carga. Ocasionando
assim fissuras e trincas em todo o imóvel. Verificou-se também que alguns pilares se encontra-se com
vazios de espaços e com a ferragens em amostra, devido ao mal adensamento do concreto na hora da
concretagem das formas, não foram utilizados caixas de passagens elétricas nas lajes de pisos dos
pavimentos. Foram realizados passagens de tubulação hidrossánitarias fora das normas.
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Foi orientado a propriétario e o encarregado da obra que estava no local, o monitoramento e
evolução da fissuras e trincas de toda a edificação, no período de 90 (noventa dias), pois a estrutura foi
récem executada e está sofrendo com o processo de cura.
Devido ao tempo instável da região nesse período de Verão, é comum a dilatação da estrutura,
onde será importante o monitorando e evolução das patologias.

07 . CONCLUSÃO

Concluimos que, o imóvel possui vários pontos de intervenções para correção de patologias e
várias anomalias na sua execução, onde deverá ser realizado suas correções antes da realização da etapa
de acabamentos, todavia, a estrutura não apresenta intervenção geral ou paralização dos serviços, não
contendo risco de ruptura ou colapso.
Foi orientado a Proprietária a Sra FABIANE CAMILA DA SILVA e ao encarregado da obra,
o monitoramento e evolução das fissuras e trincas, sempre acompanhada e supervisonado por um
profissional especializado.
Primeiramente deverá ser realizado o monitoramento das trincas para acompanhar a evolução
destas e identificar se tratam de trincas ativas ou passivas.
Existem vários métodos simples para este acompanhamento, como a colocação de gesso no
interior das trincas ou pedaços de vidro (chamados de placas testemunhas) fixados com cola epóxi nas
bordas na direção inversa das trincas, adequadamente e devidamente marcadas com dados indicativos
dos problemas existentes.

Figura 13- Exempo de método de monitoramento de Trincas a 45º com lâmina de vidro colada com cola epóxi. Fonte: Acervo do Autor

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Se a trinca for do tipo ativa, ou seja, as causas não podem ser eliminadas, os procedimentos são
os seguintes:
 Medir, através de monitoramento, a amplitude da movimentação da trinca;
 Definir se é necessário tratar a trinca ativa como junta móvel;
 Selecionar um selante plástico e o comprimento que a junta móvel a sercriada deve ter
para absorver a movimentação da trinca ativa;
 Com um cinzel alargar a trinca ativa para o comprimento calculado da juntamóvel;
 Limpar e secar a trinca alargada com jateamentos de água e ar;
 Encher cuidadosamente a abertura com o selante plástico.

Nas trincas passivas, onde não existe mais movimentação, os procedimentos convencionais
obedecem às seguintes etapas:
 Com um cinzel alargar a trinca;
 Limpar a trinca de todos os contaminantes tais como óleos, graxas equalquer tipo de
partícula, preferencialmente com jato de água;
 Secar a trinca com jato de ar;
 Encher cuidadosamente a abertura com argamassa com traço semelhante aoutilizado no
reboco existente.

Para os casos de fissuras podem ser tomadas as mesmas medidas apresentadas acima.
Para a correção de paredes com rachaduras faz-se necessário ainda aplicar tela de poliéster ou
de aço ou proceder com o grampeamento com barras de ferro para proporcionar maior ligação na
estrutura da parede.
Caso confirmada a existência de trincas estruturais, que possam comprometer a integridade do
prédio, recomenda-se um parecer de um perito com especialização nesta área para avaliar a gravidade e
extensão deste processo degenerativo da estrutura.
As trincas horizontais entre paredes e lajes ou paredes e vigas, podem ser minimizadas a partir
da execução de um bom encunhamento com argamassa industrializada contendo aditivo expansor.
Para sanar o problema com trincas verticais entre paredes deve-se inserir, a cada duas ou três
fiadas, pequenas barras de aço nas juntas, dentro da camada de argamassa, ligando as duas paredes.
Também para as ligações entre paredes e pilares, costuma-se usar pequenas barras de aço inseridas no
pilar e na junta da alvenaria (chamadas também de "ferros-cabelo").

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Felipe Costa Gomes
Engenheiro Civil – CREA-MG 219.022/D
E-mail: felipecostagomes@hotmail.com – Contato: 38 9.9171-5865
Nos casos de armaduras expostas, geralmente a justificativa para tal problema está na falta de
cobrimento adequado de concreto. Este cobrimento é responsável pela proteção física da armadura
contra agentes agressivos. Entretanto existem diversos fatores que influenciam no processo de corrosão,
como por exemplo, o meio ambiente em que a estrutura se encontra, a umidade relativa do ar, a
fissuração do concreto.
Portanto, avendo evolução nas anomalias ou duvida nas execuções dos procedimentos de
verificação da estrutura, recomenda-se a contratação de um especialista em Patologia dos Materiais,
para identificar as causas e avaliar a gravidade e extensão dos problemas para intervenções imediatas.

08 . REFERENCIA NORMATIVA

Normas utilizadas como referência:


● ABNT NBR 13752:1996 – Perícias de engenharia na construção civil;
● ABNT NBR 6118:2013 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento;
● ABNT NBR 15575:2013 – Desempenho de edificações;
● ABNT NBR 11682:2009 – Estabilidade de encostas;
● Norma de Inspeção Predial Nacional- 2012
● Norma de Inspeção Predial IBAPE/SP – 2011
● NBR 15.575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho para avaliação da construção da Portaria da
entrada do Condomínio.
● Código Civil 1.331 a 1.358

09 . ENCERAMENTO DO DOCUMENTO

E tendo concluído o presente laudo técnico de inspeção predial impresso em 20 laudas, todas
rubricadas e a última assinada pelo responsável técnico.

Janaúba – MG, 14 de fevereiro de 2024.

FELIPE COSTA GOMES


CREA: 219.022/D - MG

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