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Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Má Gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova – Beira 2023

oisaV éDvJ divaD

Beira

2023
Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Má Gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova – Beira 2023

oisaV éDvJ divaD

Trabalho científico a ser apresentado na UnISCED,


Faculdade de Economia e Gestão, Curso de Licenciatura
em Gestão Ambiental, Cidade da Beira para obtenção de
classificação disciplina de Sistema de Gestão Ambiental.

Tutores: Prof. Doutor Isidro Manuel

Msc. Lélia Ussene

Beira

2023
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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4

Objectivos ........................................................................................................................................ 4

Procedimentos Metodológicos ........................................................................................................ 4

1. Resíduos Sólidos ......................................................................................................................... 5

1.1. Contextualização Espacial da zona da Praia Nova ................................................................... 5

1.1.1. A Problemática dos Resíduos Sólidos e sua Gestão .............................................................. 6

1.2. Impactos causados pela má gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova ..................... 7

Conclusão ........................................................................................................................................ 9

Referência Bibliográfica ................................................................................................................ 10


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Introdução

O presente trabalho de pesquisa da disciplina de Sistema de Gestão Ambiental tem como tema
Má Gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova – Beira 2023. Como sabemos, os
resíduos sólidos podem ser classificados em lixo comum ou domiciliar, público e especiais. O
resíduo comum é formado por lixos provenientes das residências, dos prédios públicos, do
comércio e das escolas. Seu principal componente é a matéria orgânica. Faz parte também desse
lixo uma grande variedade de materiais recicláveis, entre eles, o papel, o papelão, os plásticos, as
latinhas, etc. Os resíduos gerados no lixo público são o resultado dos trabalhos da limpeza urbana
de ruas e praças, entre eles, as folhas e galhos e o lixo recolhido dos córregos, rios, lagos, etc.

Objectivos

Geral:

 Analisar a Má Gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova – Beira 2023.

Específicos:

 Apresentar conceito de Resíduos Sólidos e a Contextualização Espacial da zona da Praia


Nova;
 Descrever quais sãos as práticas usadas paras a gestão de Resíduos Sólidos na Praia Nova;
 Entender os Impactos causados pela má gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia
Nova – Beira 2023.

Procedimentos Metodológicos

Para elaboração desse trabalho usar-se-á o método de Pesquisa Bibliográfica e o Método


Descritivo Observacional, este último consiste na observação in locus. De acordo com Marconi &
Lakatos (1991) o método de Pesquisa Bibliográfico é desenvolvido essencialmente por material
já elaborado, como Livros e Artigos científicos.
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1. Resíduos Sólidos

Segundo Ferreira (1986), Resíduos sólidos, popularmente chamado lixo, é todo material
resultante das actividades humanas, que as vezes podem ser aproveitados tanto para reciclagem
como para seu reuso.

De acordo com Garda (1996), Resíduos sólidos são todos os materiais que resultam das
actividades humanas e que muitas vezes podem ser aproveitados tanto para reciclagem como para
sua reutilização.

Portanto, a denominação “resíduo sólido” é usada para nominar o “lixo” sólido e semi-sólido,
proveniente das residências, das indústrias, dos hospitais, do comércio, de serviços de limpeza
urbana ou da agricultura.

1.1. Contextualização Espacial da zona da Praia Nova

Há vários anos antes e depois da independência nacional a zona da Praia Nova, na cidade da
Beira, em Sofala, foi utilizada como entreposto comercial dos pescadores artesanais e, mais tarde,
também aproveitada como ponto de partida e terminal dos transportes marítimos de passageiros e
carga ligando a capital provincial e as regiões insulares dos distritos de Búzi e Machanga através
de embarcações de pequenas dimensões, localmente conhecidas por „chatas‟.

De acordo com Matuo (2004), com o advento da independência nacional e muito particularmente
a partir da década de 90 as poucas embarcações de transporte de passageiros que operavam a
partir do Cais Manarte, no Porto da Beira, deixaram paulatinamente de ligar a cidade da Beira a
algumas zonas, como Vila do Búzi, Nova Sofala, Machanga, Divinhe, Nova Mahonga, Chiloane,
Nova Mambone (Inhambane), entre outras, por alegada falta de rentabilidade devido à
concorrência desleal de „chatas‟ que passaram a operar de e para aqueles locais.

Efectivamente, a partir dessa altura a Praia Nova foi ganhando um movimento desusado de
passageiros e carga e sobretudo de „chatas‟ para esse fim, algumas das quais transportavam
pessoas e bens sem o devido licenciamento, dado que estavam concebidas para a pesca artesanal.
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A Praia Nova, como dissemos, sempre funcionou como um entreposto comercial de pesca,
principalmente para pescadores artesanais. Ora, de há 10 anos a esta parte a edilidade atribuiu
talhões a alguns requerentes para a construção de habitações, maioritariamente de construção
precária. Fora isso, também foram surgindo, amiúde, casas melhoradas, armazéns, barracas e
quiosques de venda de diversos produtos, incluindo bebidas, casas de pasto com dormitórios,
entre outros aspectos cujo surgimento tem a anuência do Conselho Municipal local.

Ora, de um simples local ancoradouro a Praia Nova virou de um momento para o outro um bairro
residencial onde a actividade comercial é feita com muita dinâmica e durante 24 horas por dia.
Assim, a zona foi praticamente dividida, ou seja, uma área particularmente comercial e a outra, a
designada por Zona “B”, que serve essencialmente para a habitação, passando deste modo a zona
a ser para a habitação, pesca e comércio (Matuo, 2004).

1.1.1. A Problemática dos Resíduos Sólidos e sua Gestão

A má gestão de resíduos sólidos na Zona da Praia Nova tem causado grande dificuldade ao
Município da Beira (entidade responsável pela recolha e tratamento). Isso porque eles são
gerados em grande quantidade e são compostos pelos mais variados materiais. O descarte de
resíduos em áreas ambientalmente inadequadas provoca consequências socioambientais, que
afectam a qualidade do meio ambiente e a saúde da população.

Figura 01. Fonte: o Autor (2023).


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Comumente, o resíduo orgânico é misturado na origem, seja nas residências, seja nos
estabelecimentos comerciais, junto a resíduos recicláveis e rejeitos dentro de sacos plásticos
colocados nas ruas a ser colectado pelos catadores de lixo.

Nesse caso, a fracção orgânica se decompõe anaerobicamente (por estar fechado e não ter acesso
ao oxigénio atmosférico), gerando mau cheiro, além de atrair organismos indesejados como ratos,
baratas, pombos, insectos e cães de rua. Todos esses animais, em contacto com o material
orgânico, servem de vectores para microorganismos, que podem ser patogénicos.

1.2. Impactos causados pela má gestão de Resíduos Sólidos na zona da Praia Nova

Segundo Ferrari (2008), a má gestão dos resíduos sólidos (ou seja, a destinação, transporte,
descarte e o armazenamento incorrecto dos resíduos) causam sérios impactos ambientais e danos
à saúde humana.

É importante saber que os resíduos estando bem protegidos e geridos, contribuirão para a
preservação do meio ambiente, evitando assim os impactos socioambientais e à saúde pública.

Segundo Garda (1996), os resíduos sólidos sendo mal geridos causam poluição visual, poluição
do solo, do ar e do lençol freático. Além disso, prejudica a saúde da população.

Na zona da Praia Nova, os impactos da má gestão dos resíduos sólidos tem causado poluição
atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e poluição visual, e, além disso, tem causado
doenças para população, ocasionando o dano a saúde das pessoas. Outro impacto significativo é o
risco de sofrer penalidades pela gestão inadequada.

Assim, de acordo com as observações e conversas feitas com moradores daquela zona, percebe-
se que são impactos causados pela má gestão de Resíduos Sólidos naquela parcela da cidade a:

 Poluição hídrica: caracterizada pela introdução de resíduos que alteram as propriedades


físico-químicas de um determinado corpo de água.
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 Poluição visual: os resíduos descartados em locais inadequados, como lixeira a céu


aberto, vias públicas, matagais ou em encostas formam um cenário desagradável. Esses
resíduos são responsáveis pela degradação das paisagens.

 Contaminação do solo: consiste em qualquer mudança na natureza ou na composição da


terra decorrente do seu contacto com produtos químicos e resíduos. Esse tipo de
contaminação é perigoso porque pode tornar a solo inútil e infértil, além de gerar riscos à
saúde dos humanos, dos animais e das plantas. A contaminação se dá principalmente pelo
acúmulo de resíduos em áreas irregulares de descarte.

 Alagamentos e inundações em períodos de chuva: a Zona da Praia Nova é propensa a


inundações e enxurradas das chuvas. Uma vez obstruídas por acúmulo do resíduo
descartado nas ruas, elas impedem a passagem da água que retorna e provoca alagamentos
e inundações.

 Proliferação de endemias: o acúmulo de resíduo descartado de forma irregular tem


gerado a proliferação de pragas e vectores de endemias e coloca em risco a saúde pública.
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Conclusão

Terminado o presente trabalho conclui-se que, Resíduos sólidos são todos os materiais que
resultam das actividades humanas e que muitas vezes podem ser aproveitados tanto para
reciclagem como para sua reutilização. Portanto, a denominação “resíduo sólido” é usada para
nominar o “lixo” sólido e semi-sólido, proveniente das residências, das indústrias, dos hospitais,
do comércio, de serviços de limpeza urbana ou da agricultura.

Conclui-se ainda que a Praia Nova virou de um momento para o outro um bairro residencial onde
a actividade comercial é feita com muita dinâmica e durante 24 horas por dia. Assim, a zona foi
praticamente dividida, ou seja, uma área particularmente comercial e a outra, a designada por
Zona “B”, que serve essencialmente para a habitação, passando deste modo a zona a ser para a
habitação, pesca e comércio. A má gestão de resíduos sólidos na Zona da Praia Nova tem
causado grande dificuldade ao Município da Beira (entidade responsável pela recolha e
tratamento). Isso porque eles são gerados em grande quantidade e são compostos pelos mais
variados materiais. O descarte de resíduos em áreas ambientalmente inadequadas provoca
consequências socioambientais, que afectam a qualidade do meio ambiente e a saúde da
população.

Comumente, o resíduo orgânico é misturado na origem, seja nas residências, seja nos
estabelecimentos comerciais, junto a resíduos recicláveis e rejeitos dentro de sacos plásticos
colocados nas ruas a ser colectado pelos catadores de lixo. Nesse caso, a fracção orgânica se
decompõe anaerobicamente (por estar fechado e não ter acesso ao oxigénio atmosférico), gerando
mau cheiro, além de atrair organismos indesejados como ratos, baratas, pombos, insectos e cães
de rua. Todos esses animais, em contacto com o material orgânico, servem de vectores para
microorganismos, que podem ser patogénicos. Na zona da Praia Nova, os impactos da má gestão
dos resíduos sólidos tem causado poluição atmosférica, poluição hídrica, poluição do solo e
poluição visual, e, além disso, tem causado doenças para população, ocasionando o dano a saúde
das pessoas. Outro impacto significativo é o risco de sofrer penalidades pela gestão inadequada.
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Referência Bibliográfica

Ferrari, Antenor. (2008). Agrotóxico: A Praga a Dominação. Porto Alegre: Mercado Aberto.

Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2ª Ed. Nova Fronteira. Rio
de Janeiro.

Garda, E. C. et al. (1996). Atlas do Meio Ambiente. 2ª Ed. Embrapa. Brasília.

Marconi & Lakatos, Maria de Andrade, Eva Maria. (1991). Metodologia Científica. 2ª Ed.
Ática. São Paulo.

Matuo, Timóteo. (2004). Ecos da Cidade da Beira. Jaboticabal: FUNEP. Maputo.

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