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28/04/2024, 07:50 Evolução histórica da Segurança e Saúde Ocupacional

Evolução histórica da Segurança e Saúde


Ocupacional
Prof.ª Raquel Juliana de Oliveira Soares

Descrição

Construção histórica da Segurança do Trabalhador no ambiente de


trabalho e Estruturação da Promoção da Saúde Ocupacional.

Propósito

Compreender a construção de normas internacionais e nacionais


relacionadas a ambientes de trabalho seguros e à promoção da saúde
ocupacional, e a importância desses aspectos na contínua evolução dos
países no que se refere à prevenção de doenças e de acidentes de
trabalho.

Objetivos

Módulo 1

Construção histórica da Segurança


e Saúde Ocupacional Internacional

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Descrever a construção histórica da Segurança e Saúde Ocupacional


Internacional.

Módulo 2

Evolução histórica da Segurança e


Saúde Ocupacional no Brasil
Reconhecer a evolução histórica da Segurança e Saúde Ocupacional
no Brasil.

meeting_room
Introdução
Muitos trabalhadores passam a maior parte do tempo no seu
local de trabalho e, dessa forma, nada mais justo que esse seja
um ambiente agradável e seguro. Hoje temos alguns direitos que
foram conquistados ao longo da história, proporcionando ao
trabalhador um ambiente de trabalho com mais conforto e
qualidade.

Abordar esse assunto é importante porque nos mostra como a


segurança e a saúde dos trabalhadores vem sendo conduzida ao
longo do tempo. É imprescindível que o ambiente de trabalho seja
seguro e ofereça meios para a promoção da saúde dos
trabalhadores.

Mas antes de começarmos, vamos fazer um exercício rápido e


fácil: imagine uma indústria têxtil, pense em todos os setores,
imagine a matéria-prima chegando, as máquinas funcionando, o
tamanho do ambiente, pense também nos trabalhadores. Como é
esse ambiente? Grande ou pequeno? Fechado? Tem circulação
de ar? Tem local para alimentação? É um ambiente sujo? As
máquinas são silenciosas ou barulhentas? E os trabalhadores?
Como estão vestidos? Camiseta? Bermuda? Chinelos?

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1 - Construção histórica da Segurança e Saúde


Ocupacional Internacional
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever a construção histórica
da Segurança e Saúde Ocupacional Internacional.

Pré-Revolução Industrial

Segurança e saúde do trabalhador na


idade antiga e média
Quando a preocupação com a saúde dos trabalhadores e segurança nos
ambientes de trabalho começou? Não sabemos ao certo, mas o que
alguns registros nos mostram é que já na época dos grandes filósofos
existia uma preocupação ou pelo menos uma associação entre algumas
doenças com o trabalho que as pessoas exerciam, vide os exemplos
abaixo:

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Hipócrates (460-370 a.C.)

Ele foi pioneiro na descoberta da origem de muitas doenças,


entre elas, identificou as que são relacionadas ao trabalho. Em
seu livro Ares, Águas e Lugares publicou sobre envenenamento
por chumbo e os trabalhadores expostos às minas de estanho.

Aristóteles (384-322 a.C.)

Em seus registros, mostra que cuidou do atendimento e da


prevenção de doenças dos trabalhadores de mineração.

Platão (428-347 a.C.)

Descobriu algumas doenças do esqueleto humano, comuns a


determinados trabalhadores no exercício de suas atividades.

Plínio (23-79 d.C.)

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Publicou a obra Naturalis Historiae, onde aborda a aparência e


deficiências dos trabalhadores expostos ao chumbo, mercúrio
e poeiras. Além de identificar as doenças, também
recomendava o uso de máscaras feitas de bexiga de animais
para a proteção desses trabalhadores. Seria esse o embrião do
que conhecemos hoje como equipamento de proteção
individual?

Avicena (980-1037 d.C.)

Ele foi um médico árabe que relacionou cólicas, apresentadas


por trabalhadores expostos a tintas à base de chumbo. Muito
tempo depois, à intoxicação causada por exposição ao
chumbo, deu-se o nome de saturnismo.

Poucos registros foram encontrados, até que entre os séculos XV e XVI


observamos significativas contribuições para a saúde e segurança dos
trabalhadores. Nas obras de Ulrich Ellenbog (1435-1499), responsável
pelo mais antigo tratado médico ocupacional, são recomendadas
medidas de higiene no trabalho após a descrição de envenenamento por
mercúrio e chumbo. Considerado o pai da Geologia como ciência,
Georgius Agricola (1494-1555) elabora a descrição de doenças e
acidentes de trabalho em trabalhadores de mineração e refino de
metais, sugerindo a inclusão do uso de ventilação para estas atividades.

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Paracelso (1493-1541), considerado o pai da Toxicologia, estudou as


infecções que acometiam os mineiros do Tirol e fez as primeiras
descrições sobre doenças respiratórias relacionadas à atividade de
mineração. Na concepção de Paracelso a dose das substâncias é o que
diferencia o veneno dos remédios.

Segurança e saúde do trabalhador na


idade moderna
Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini (1633-1714) publicou a
famosa obra intitulada De Morbis Artificium Diatriba, em português,
Doenças dos Artífices. Nesta obra, Ramazzini apresentou um estudo
detalhado sobre aproximadamente 50 doenças relacionadas ao
trabalho, tornando-se mundialmente uma referência na área da saúde do
trabalhador e considerado pai da Medicina do Trabalho.

Saiba mais
A pergunta "Com o que você trabalha?" foi introduzida na entrevista
médica por Ramazzini ao perceber que muitos trabalhadores estavam
adoecendo por causa do trabalho, assim, tal questionamento facilitava a
identificação da causa da doença.

Naquela época, não existiam direitos dos trabalhadores. Atualmente, é


importante que o médico consiga associar a doença ao ambiente de
trabalho (se o trabalhador estiver adoecendo por causa do trabalho),
pois, desse modo, alguns direitos são garantidos, como veremos em
outro momento.

Para Ramazzini, o trabalho podia ser exercido sem a ocorrência de


doenças desde que fossem tomadas medidas corretas de prevenção.

Apesar de suas evidências, não há registros de qualquer política pública


que tenha sido proposta na época para reduzir os riscos a que os
trabalhadores estavam expostos.

As vítimas dos acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho eram


quase exclusivamente escravas e pessoas com nível socioeconômico
baixo. Porém, a situação estava prestes a mudar.

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Bernardino Ramazzini (1633-1714)

Primeira e Segunda
Revolução Industrial

Primeira Revolução Industrial


Com a Revolução Industrial (1760-1830), na Europa, outros problemas
começaram a surgir. Segundo Moraes (2009), a Revolução Industrial foi
um processo de transformação que iniciou na Inglaterra devido às
condições favoráveis, como: muita matéria-prima e amplo mercado
consumidor nas colônias.

Embora a industrialização tenha transformado profundamente a


sociedade na segunda metade do século XVIII, o aparecimento de novas
doenças relacionadas ao trabalho e muitos relatos de acidentes
passaram a fazer parte do dia a dia das famílias (não somente os pais e
mães, como também os adolescentes e mesmo crianças) que
trabalhavam nas fábricas.

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Com o surgimento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o


artesão perdeu espaço e domínio dos meios de produção. As máquinas
os substituíram e, para o sustento da família, muitos foram contratados
para trabalharem nas fábricas. As mulheres e crianças também,
recebendo salários menores.

Sobre os locais de trabalho, há registros das péssimas condições para


as atividades laborais e inclusive péssimas condições de higiene.
Lembra da pergunta lá no início do módulo? Como você imagina uma
indústria têxtil? Na época da Revolução Industrial, as fábricas eram
sujas e a iluminação precária. Não se tinha o conhecimento de que
esses ambientes sujos ajudavam na propagação de várias doenças,
também conhecidas como pestes.

Reflexão
Vamos pensar na seguinte situação: você foi contratado para trabalhar
em uma indústria como operador de uma máquina que funciona com os
comandos em um painel, porém não te passam as instruções. Você terá
que aprender como manusear a máquina sozinho. Para alguns, talvez
seja fácil pelo conhecimento de aparelhos eletrônicos, mas para outros
será um desafio. Como manusear uma máquina que nunca vi na minha
vida? E se eu fizer alguma coisa errada? Hoje, é mais fácil de
resolvermos essas situações, mas na época da Revolução Industrial era
árduo.

A falta de conhecimento sobre a manipulação das máquinas e ausência


de dispositivos de segurança geravam acidentes graves e, como
consequência, muitos trabalhadores eram mutilados ou morriam, afinal,
a maior parte deles eram artesãos e não tinham habilidade em lidar com
as máquinas.

Dentro das fábricas, por falta de ventilação, local apropriado para


descanso, alimentação e higiene muitas doenças infectocontagiosas
eram transmitidas, além de doenças causadas pela exposição a agentes
químicos e intoxicações.

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A ausência de medidas de segurança causavam mortes, inclusive das


crianças.

Jovens trabalhando na sala de fiação do Cornell Mill em Fall River, Massachusetts, em 1912.

Estamos falando de uma época que não havia qualquer tipo de


regulamentação relacionada ao trabalho, tudo era novidade e, assim, o
empregador criava e fixava diretrizes, além de modificá-las conforme
sua vontade. Não existia limite de tempo para jornada de trabalho,
muitos trabalhadores iniciavam sua jornada de madrugada e só
terminavam no início da noite, ou dependendo da situação continuavam
a noite toda em ambientes inapropriados e pouco iluminados. Os ruídos
emitidos pelas máquinas eram ensurdecedores, dificultando a
comunicação e contribuindo para o aumento do número de acidentes e
das perdas auditivas.

Essa situação ficou insustentável. O número de


crianças mutiladas, mulheres e homens
morrendo por causa desses ambientes fez com
que a população se mobilizasse e cobrasse uma
posição do Estado.

O Parlamento Britânico, então, criou uma comissão de inquérito, que


posteriormente conseguiu aprovação, em 1802, da primeira lei de
proteção aos trabalhadores: Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes. Esta
lei estabelecia uma jornada de 12 horas de trabalho diário, proibia
trabalho noturno, obrigava a ventilação nas dependências das fábricas
para remover gases, poeiras e outras impurezas que poderiam causar
danos à saúde e obrigava a lavagem das paredes duas vezes por ano.

Em 1831, foi publicada na Inglaterra a obra Os efeitos das artes, ofícios e


profissões na saúde e longevidade de autoria de Charles Turner Thackrah
(1795-1833). Pioneiro no campo da Medicina Ocupacional, contribuiu
para o desenvolvimento de legislações voltadas aos trabalhadores. Em

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1830, surgiu o primeiro serviço médico industrial do mundo, com a


nomeação do médico Robert Baker como o inspetor do serviço.

Comentário
Houve uma pequena mudança nas condições de trabalho, em 1833, com
a criação da Lei das Fábricas, a qual proibia o trabalho noturno para
menores de 18 anos, fixava a idade mínima para o trabalho (13 anos) e
exigia exames médicos das crianças trabalhadoras. Em 1869, na
Alemanha, e em 1877, na Suíça, foram instituídas leis que
responsabilizavam os empregadores por lesões ocupacionais.

Segunda Revolução Industrial


Com o passar dos anos, novas ideias e necessidades da sociedade
foram surgindo e, desse modo, chegamos a Segunda Revolução
Industrial, que teve seu início em meados do século XIX, terminando ao
final da Segunda Guerra Mundial. As fases da Revolução Industrial
simbolizam a evolução e transformação dos processos produtivos e,
com isso, o aparecimento de novas doenças ocupacionais. Por outro
lado, representam o avanço da segurança dos ambientes de trabalho e a
conscientização dos trabalhadores sobre os seus direitos.

A Segunda Revolução Industrial ainda está fortemente relacionada à


indústria, com o aprimoramento de técnicas, surgimento de novas
máquinas e introdução de novos meios de produção, além de novas
matérias-primas, como o aço, a eletricidade e o petróleo. Aqui a
industrialização expandiu-se para outros países, além dos europeus,
como Estados Unidos e Japão.

Essa nova fase modificou as relações entre pessoas, a forma de viver e


de trabalhar. Sobre o trabalho, para a organização industrial, herdeira da
Primeira Revolução Industrial, foram adotados novos processos de
trabalho. E o aperfeiçoamento desejado nas indústrias veio com Taylor e
Ford:

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Henry Ford
Em 1910, Henry Ford utilizou os Princípios de Produção em Massa
em suas linhas de montagem. Com isso, ele foi capaz de diminuir
o tempo de duração dos processos, a quantidade de matéria-
prima estocada e aumentar a capacidade de produção, através da
capacitação dos trabalhadores.

Frederick W. Taylor
Em 1907, nos Estados Unidos, Frederick W. Taylor publicou a obra
Princípios de Administração Científica, na qual apresentou
técnicas, mecanismos, estudo de tempos de movimentos,
padronização de instrumentos e ferramentas, padronização de
movimentos, conveniência de áreas de planejamento, sistema de
pagamento de acordo com o desempenho e cálculo de custos.

O período entre a Segunda Guerra e o final do século XX caracterizou-se


pelo predomínio de um modelo econômico voltado para as
necessidades internas dos países, com alto grau de controle estatal e
uma legislação trabalhista prescritiva, ou seja, que realmente deveria ser
observada e cumprida, e de princípio protecionista. Nas empresas,
estabeleceu-se o modelo fordista de produção em massa, marcado pela
organização do trabalho hierarquizada e força de trabalho de baixa

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qualificação, por empregos estáveis e salários fixos (CHAGAS; SALIM;


SERVO, 2012).

OIT e ACGIH

Criação da Organização
Internacional do Trabalho
Em 1919, com a criação da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), houve mudanças significativas no ritmo de trabalho e o enfoque
das normas e práticas de proteção à saúde dos trabalhadores.

A OIT é uma grande referência internacional fundada para promover


justiça social. Tem estrutura tripartite formada por representantes de
governos, de empregadores e de trabalhadores que participam em
situação de igualdade das diversas instâncias da Organização.

A missão da OIT é promover oportunidades de trabalho decente em


condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. Os quatro
objetivos estratégicos da Agenda de Trabalho Decente da OIT são:

description
Definir e promover normas e princípios e direitos fundamentais no
trabalho.

work
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Criar mais oportunidades de emprego e renda decentes para mulheres e


homens.

volunteer_activism
Melhorar a cobertura e a eficácia da proteção social para todos.

connect_without_contact
Fortalecer o tripartismo e o diálogo social.

Para a OIT o trabalho decente é condição fundamental para a superação


da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da
governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. A
entidade realiza o seu trabalho através de três organismos principais
compostos por representantes de governos, empregadores e
trabalhadores.

A OIT é responsável pela formulação das famosas Convenções e


Recomendações, que são normas internacionais do trabalho.
Atualmente, temos um total de 189 Convenções Internacionais de
Trabalho e 205 Recomendações sobre diversos temas. As Convenções
e Recomendações mais conhecidas são:

access_time Limitação da jornada de trabalho a 8 horas diárias e


48 horas semanais.

pregnant_woman Proteção à maternidade.

factory Definição da idade mínima de 14 anos para o


trabalho na indústria.

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brightness_2 Proibição do trabalho noturno para menores de 18


anos.

child_care Proibição das piores formas de trabalho infantil e


ação imediata para sua eliminação.

Vejamos a seguir outras recomendações.

Saiba mais
Recomendações:

R090 – Igualdade de Remuneração de homens e mulheres


trabalhadores por trabalho de igual valor.

R097 – Recomendação sobre a proteção da saúde dos


trabalhadores.

R112 – Recomendação de Serviços de Medicina do Trabalho.

R116 – Recomendação sobre redução de horas de trabalho.

O Brasil é um dos membros fundadores da OIT e participa da


Conferência Internacional do Trabalho desde a sua primeira reunião.
Você sabia que vários projetos e programas criados no Brasil em defesa
dos trabalhadores foram criados de acordo com as Recomendações da
OIT? Exemplos: Combate ao trabalho infantil; combate ao trabalho em
condições análogas às de escravo; combate à informalidade; Plano
Nacional de emprego e trabalho decente, entre outros.

Além da OIT, há a Conferência Americana de Higienistas Industriais


Governamentais, que apesar de não ter a mesma magnitude da OIT, é
muito importante no processo histórico e evolutivo da saúde e
segurança no trabalho, como veremos a seguir.

American Conference of
Governmental Industrial Hygienists

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(ACGIH)
A Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais
(ACGIH) foi criada em 1938 como Conferência Nacional Independente
de Higienistas Industriais Governamentais (NCGIH). Até 1946 os
membros da NCGIH eram representantes de 24 estados, 3 cidades, 1
universidade e do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos da
América.

Em 1946, a organização passou a ser chamada de Conferência


Americana de Higienistas Industriais Governamentais e ofereceu
associação plena a todas as agências e instituições de higiene
industrial, bem como a profissionais higienistas de outros países.

A ACGIH se expandiu sem perder de vista um dos seus objetivos:


incentivar o intercâmbio de experiências entre profissionais higienistas e
divulgar informações que possam ser úteis ao cumprimento de suas
funções. As publicações são referências mundiais na análise de riscos
físicos, químicos e biológicos.

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Alusão aos trabalhadores expostos à substâncias químicas com os equipamentos de segurança


necessários.

A mais conhecida contribuição da ACGIH para as empresas foi o


estabelecimento de valores limites para exposição a algumas
substâncias químicas, em 1941. Ao expor trabalhadores a substâncias
químicas acima do limite de tolerância permitido sem equipamentos de
segurança, as empresas obrigatoriamente precisam oferecer meios para
que estes estejam seguros e não adoeçam. Periodicamente, a lista com
novas substâncias e novos valores limites é atualizada. O limite de
tolerância é o estabelecimento de uma quantidade de substância a que
o trabalhador pode ficar exposto por determinado período de tempo,
sem equipamento de segurança.

Ao longo dos anos, a ACGIH desenvolveu trabalhos e manuais sobre


saúde ambiental, segurança e saúde dos trabalhadores, toxicologia,
substâncias cancerígenas, controle de resíduos no local de trabalho,
ergonomia, entre outros. Desde a sua criação, o principal objetivo da
ACGIH tem sido proteger os trabalhadores através do desenvolvimento
de diretrizes de exposição ocupacional baseadas em estudos
científicos. Essas diretrizes tornaram-se reconhecidas e utilizadas em
todo o mundo.

Comentário
Considerada uma referência na área da Higiene Industrial, a Conferência
Americana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH) se
expandiu sem perder de vista o seu objetivo original: incentivar o
intercâmbio de experiências entre trabalhadores de higiene industrial ou

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do trabalho e divulgar informações que possam ser úteis ao


cumprimento de suas funções.

A primeira reunião com representantes de alguns países se deu em


1938, e de lá para cá muitas mudanças aconteceram. Atualmente, os
grupos de trabalho se concentram no estudo e desenvolvimento de
ações relacionados a vários tópicos, entre eles: Segurança e saúde
agrícola, instrumentos de amostragem de ar, bioaerossóis, índice de
exposição biológica, ventilação industrial, limite de tolerância para
substâncias químicas, limites de intensidade para agentes físicos,
exposição à poeira de algodão, controle de substâncias cancerígenas no
local de trabalho.

Terceira e Quarta Revoluções


Industriais

Terceira Revolução Industrial


A Terceira Revolução Industrial teve início após a Segunda Guerra
Mundial. Com o avanço da ciência e da tecnologia, essa fase da
Revolução Industrial passa a ser conhecida como Revolução Técnico-
Científica.

Aqui, temos o avanço das pesquisas e a criação e transformação de


novas formas de trabalho, como robótica, informática,
telecomunicações, eletrônica e, no campo da ciência, a revolucionária
Engenharia Genética. A maior parte do sistema produtivo sofreu
mudanças, e alguns problemas começaram a surgir, como desemprego
e exigência de mão de obra ultraespecializada.

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Maquinário robotizado.

No campo da saúde do trabalhador, doenças como Lesões por Esforços


Repetitivos (LER), que até então não eram levadas em consideração,
começam a fazer diversas vítimas, e apesar de novas tecnologias, os
acidentes de trabalho continuam.

Por outro lado, há avanços nas discussões sobre o processo saúde-


doença-trabalho e a participação nas discussões dos trabalhadores por
meio dos seus representantes. Nessa fase, há um reforço sobre a
conscientização dos empregados acerca de sua responsabilidade com
a sua própria segurança e saúde, ou seja, não basta ter os
equipamentos de proteção, é preciso fazer uso deles.

Lesões por Esforços Repetitivos (LER)


A lesão por esforço repetitivo afeta músculos, nervos, ligamentos e
tendões. Esse tipo de lesão pode ser causado por técnica inadequada ou
uso excessivo.

Quarta Revolução Industrial


Também conhecida como Indústria 4.0, a Quarta Revolução Industrial
foi assim conceituada por Klaus Schwab, fundador do Fórum
Econômico Mundial. De acordo com Schwab, a industrialização atingiu
uma fase que transformará a forma como vivemos, trabalhamos e nos
relacionamos.

A indústria 4.0 tende a ser automatizada a partir de sistemas que


combinam máquinas com processos digitais. As novas tecnologias
mudarão drasticamente a natureza do trabalho em todos os setores e
ocupações. O próprio Schwab questiona o que fazer para promover
resultados mais positivos e ajudar aqueles que ficarem presos na
transição.

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Sabemos que ao longo da história muitos empregos foram substituídos


por outros e que o ser humano tem uma capacidade incrível de criar
novas formas de trabalhar, talvez nesse momento seja necessário mais
estímulos à criatividade. Por outro lado, esta nova fase nos trouxe
outras preocupações no campo social e do meio ambiente, uma vez que
a população está envelhecendo e a cada dia temos mais poluição.

Klaus Schwab.

As Políticas Públicas precisam caminhar lado a lado com a evolução


tecnológica para que seja evitado o distanciamento de alguns grupos ao
acesso ao novo mercado de trabalho.

Segundo Schwab a Quarta Revolução Industrial ainda está em estágio


inicial e ela exigirá a completa reformulação das estruturas econômicas
e organizacionais.

No campo da saúde e segurança do trabalho, além dos acidentes e das


doenças clássicas relacionadas a esse ambiente, hoje o mundo do
trabalho enfrenta outros inimigos: o suicídio relacionado ao trabalho,
depressão e ansiedade.

Comentário
De acordo com a OIT, a terceira maior causa de afastamento do trabalho
no mundo são os transtornos mentais. No Brasil, esses transtornos
também ocupam a terceira maior causa de afastamento segundo o
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Um dos problemas
enfrentados pelos países no combate a essas doenças é a ausência de
preparo, uma vez que as doenças mentais nunca estiveram tão
evidentes no ambiente de trabalho. E se existiam, eram ignoradas, pois
as pessoas com esse tipo de doença sempre foram estigmatizadas.

A Quarta Revolução Industrial carrega um paradoxo:

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Novas e modernas Uma população não
formas de trabalho. preparada para esse
novo momento.

Neste caso, alguns fatores de risco contribuem para o aumento dos


casos de depressão, ansiedade e tentativas de suicídio relacionados ao
trabalho. Veremos a seguir alguns fatores que contribuem para a
exaustão física e emocional dos trabalhadores:

Estados emocionais como insegurança e temor de ficar


desempregado fazem com que os trabalhadores se submetam
a condições insalubres, assim como horas extras sem
remuneração.

Trabalhos aos finais de semana para completar renda viraram


regra, retirando desse trabalhador momentos de lazer tão
importantes para sua produtividade.

Desconhecimento de novas tecnologias gera ansiedade, bem


como informações sobre a substituição do ser humano por
robôs podem gerar medo.

Exaustões física e emocional também precisam ser levadas em


consideração, uma vez que o assalariado estressado fica mais
vulnerável ao erro. O próprio desemprego é considerado um
fator de risco para o adoecimento do trabalhador.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os transtornos


mentais podem causar às pessoas doentes um grande sofrimento e
disfunção, afetando a vida pessoal e profissional. O futuro do trabalho
apresenta uma série de oportunidades e desafios que exigem soluções

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comuns alcançadas por meio do diálogo social, isto é, a participação de


todos nas decisões no que diz respeito aos novos modos de produção.

video_library
As quatro Revoluções
Industriais
Confira mais detalhes de cada uma das grandes revoluções que
transformaram a indústria.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

“A Organização Internacional do Trabalho (OIT) informou nesta


sexta-feira, 28 de abril, Dia Mundial da Saúde e Segurança no
Trabalho, que cerca de 2,3 milhões de pessoas morrem e 300
milhões ficam feridas todos os anos no mundo em acidentes de
trabalho.”

O texto revela uma das faces do processo de industrialização em


todo o mundo. Sobre o processo de trabalho ao longo do tempo,
podemos considerar como corretas as opções:

I. Os acidentes de trabalho na época da Primeira Revolução


Industrial aconteciam porque os trabalhadores não sabiam
manusear máquinas, não tinham equipamentos de proteção e não
tinham regulamentação de carga horária de trabalho.

II. As mobilizações sociais e de trabalhadores não foram


importantes para a criação de leis que garantissem ambientes de
trabalho seguros.

III. É importante a conscientização do trabalhador como um

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promotor da própria segurança, por isso ele não precisa utilizar os


equipamentos de proteção que são fornecidos a ele pelo
empregador.

A I, II, III

B Apenas a alternativa I

C Apenas as alternativas II, III

D Apenas a alternativa III

E Apenas as alternativas I, III

Parabéns! A alternativa B está correta.

A Primeira Revolução Industrial representou um marco na economia


de alguns países da Europa, por outro lado, muitos problemas
também surgiram, como doenças e acidentes do trabalho. Isso
aconteceu devido ao despreparo dos trabalhadores para atuarem
em um ambiente desconhecido, além da falta de equipamento de
proteção individual e coletiva aliados a uma carga de trabalho
exaustiva. Com o passar do tempo, o trabalhador vai ganhando voz
e mudanças vão acontecendo, como o fornecimento de
equipamentos de proteção pelos empregadores, ambientes de
trabalho seguros, dentre outros. No entanto, esses dispositivos não
são suficientes, pois junto a eles existe a necessidade da
conscientização dos trabalhadores sobre a uso correto e o respeito
às normas de segurança dos ambientes de trabalho.

Questão 2

Ao longo dos anos, a Revolução Industrial tem apresentado


diversas fases relacionadas às mudanças nos processos
produtivos e nos direitos dos trabalhadores. Assinale a alternativa
que apresenta a fase, as características dessa fase e uma ação que
favorece os trabalhadores:

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Quarta Revolução Industrial, caracterizada pelo


surgimento de máquinas elétricas e a utilização do
petróleo como matéria-prima em algumas
A
indústrias. Foi um período em que os trabalhadores
foram favorecidos pela Recomendação da OIT sobre
a limitação da jornada de trabalho em 6 horas.

Primeira Revolução Industrial, caracterizada pela


inserção da informática, eletrônica e robótica,
trazendo uma transformação nos meios de
B produção. Nessa fase, aparecem como destaque as
Lesões por Esforços Repetitivos e uma participação
maior dos trabalhadores nas decisões sobre
ambientes de trabalho seguros.

Segunda Revolução Industrial, caracterizada pela


indústria, porém agora com outras matérias-primas,
como o aço e o petróleo. A inserção da eletricidade
C
nessa fase traz mudanças no processo de trabalho.
Aqui há um avanço relacionado ao ambiente de
trabalho seguro.

Terceira Revolução Industrial, caracterizada pelo


avanço das máquinas, que tendem a ser
automatizadas a partir de processos digitais. Nessa
D
fase, há um aumento da depressão relacionada ao
trabalho e também o envelhecimento da população,
além de ambientes mais poluídos.

Segunda Revolução Industrial, caracterizada pela


inserção da informática, eletrônica e robótica,
trazendo uma transformação nos meios de
E produção. Nessa fase, aparecem como destaque as
Lesões por Esforços Repetitivos e uma participação
maior dos trabalhadores nas decisões sobre
ambientes de trabalho seguros.

Parabéns! A alternativa C está correta.

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A Segunda Revolução Industrial representou uma reestruturação do


processo de trabalho na indústria, as matérias-primas usadas na
Primeira Revolução Industrial aos poucos foram sendo substituídas,
inclusive a forma de funcionamento dos maquinários. É uma fase
na qual ainda há adoecimento e acidentes de trabalho, mas agora
com outras características.

2 - Evolução histórica da Segurança e Saúde


Ocupacional no Brasil
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a evolução histórica
da Segurança e Saúde Ocupacional no Brasil.

Evolução histórica no Brasil


No Brasil, utilizou-se a mão de obra escrava na mineração e agricultura
até o século XIX, não havendo muitos registros sobre saúde e segurança
relacionados ao trabalho desta época.

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O surgimento da industrialização no país aconteceu no final do século


XIX, basicamente no Rio de Janeiro e São Paulo, com grande
semelhança ao processo de industrialização na Inglaterra.

Assim como na Europa, o Brasil presenciou, no momento da sua


industrialização, as más condições de trabalho, jornada longa sem a
remuneração adequada, a contratação da mão de obra feminina e
infantil e a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.

Os ambientes eram mal iluminados, sem ventilação e não dispunham de


instalações sanitárias.

Uma das justificativas para tal fato foi o de que as indústrias aqui
montadas haviam sido transferidas da Europa, e no Brasil não havia
tradição de trabalho livre, logo era mais difícil cobrar melhores
condições de trabalho aos empregadores. Nem o trabalhador nem o
empregador conheciam outra prática no trato com a força de trabalho
que não fosse a chibata.

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Segundo Dean (1971), nesse período havia péssimas condições de


trabalho. Um dos principais problemas se devia ao fato de que muitas
das estruturas que abrigavam as máquina não haviam sido
originalmente destinadas a essa finalidade. Ainda segundo o autor, as
condições de trabalho eram agravadas pela ausência de instalações
sanitárias, má iluminação e ventilação.

Em 1912, constitui-se a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT)


durante o 4º Congresso Operário Brasileiro. A CBT tinha como finalidade
promover um programa de reivindicações operárias, tais como:

access_time Jornada de trabalho de oito horas.

calendar_today Semanas de trabalho com seis dias.

house Construção de casas para operários.

warning Indenização para acidentes de trabalho.

escalator_warning Limitação da jornada de trabalho para mulheres e


crianças.

elderly Pagamento de seguro para casos de doenças e


velhice

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monetization_on Estabelecimento de salário mínimo.

Em 1918, Venceslau Braz Gomes, presidente do Brasil, cria através do


Decreto nº 3.550 o Departamento Nacional do Trabalho, com o objetivo
de regulamentar a organização do Trabalho. Em 1919, com o Decreto
Legislativo nº 3.724, foi instituída a reparação em casos de doença
contraída pelo exercício do trabalho. O Decreto é conhecido como a
primeira lei sobre acidentes de trabalho.

A Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.688, 24/01/1923), com a criação da


Caixa de Aposentadoria e Pensões para os empregados de empresas
ferroviárias, consolidou a base do sistema previdenciário brasileiro.
Também em 1923, foi criada a Inspetoria de Higiene Industrial e
Profissional, junto ao Departamento Nacional de Saúde, no Ministério
do Interior e Justiça.

Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. E em


1934, introduz-se a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, no
Departamento Nacional do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Indústria
e Comércio. Ainda em 1934 foi decretada a segunda Lei de Acidentes
do Trabalho (Decreto nº 24.637, 10/07/1934). Em 1938, a Inspetoria foi
transformada em Serviços de Higiene do Trabalho e Divisão de Higiene e
Segurança do Trabalho, em 1942.

Foi fundada, em 1941, no Rio de Janeiro, a Associação Brasileira para


Prevenção de Acidentes (ABPA) e, em 1943, é aprovada a Consolidação
das Leis do Trabalho-CLT (Decreto-Lei nº 5.452, 01/05/1943),
elaborada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, o qual
elaborou também o primeiro projeto de consolidação das Leis da
Previdência Social.

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Você sabe o que é CLT? expand_more

A Consolidação das Leis Trabalhistas é a unificação de toda


legislação trabalhista que existia no Brasil até o momento da sua
aprovação. Em 1944, o Decreto-Lei nº 7.036, 10/11/1944
promoveu a reformulação da Lei de Acidentes de Trabalho.
Empresas com mais de 100 funcionários deveriam constituir
uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
baseada na Recomendação 112 da OIT. A legislação brasileira foi
expressa no Capítulo V da CLT.

Em 1953, instituiu-se a Semana de Prevenção de Acidentes de


Trabalho/SPTA (Decreto-Lei nº 34715, 27/11/1953), a ser realizada na
4ª semana de novembro de cada ano, e em 1960, a Portaria 319, de
30/12/60, regulamenta o uso dos equipamentos de proteção individual
(EPI).

Curiosidade
Você sabia que parte dos acidentes de trabalho ocorrem devido ao uso
incorreto ou ao não uso dos equipamentos de proteção individual (EPI)?
Quais os EPIs que você conhece? Não se esqueça de que a empresa é
obrigada a fornecer os equipamentos de proteção individual corretos
para cada funcionário.

Na década de 1960, devido ao aumento dos registros de adoecimento e


acidentes relacionados ao trabalho, o governo brasileiro convidou
técnicos da OIT para uma avaliação das condições de segurança e
higiene do trabalho em algumas indústrias brasileiras. Ao final da
atividade, os técnicos apontaram a necessidade da construção de um
centro de investigação sobre segurança, higiene e Medicina do Trabalho
com o intuito de criarem estratégias para a proteção física dos
trabalhadores.

Após a criação de um grupo de trabalho com representantes de várias


instituições nacionais e acompanhada pela OIT, em 1966 era criada a
Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do
Trabalho (Fundacentro), posteriormente conhecida como Fundação
Jorge Duprat Figueiredo.

Veremos a seguir algumas portarias e lei criadas a partir de 1970:

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Portarias 3.236 e 3.237 expand_more

Na década de 1970, o Ministério do Trabalho através das


Portarias 3.236 e 3.237 tornou obrigatória a existência de um
serviço de saúde nas empresas com mais de cem empregados.

Lei nº 6.321, de 14/04/1976 expand_more

Em 1976, foi instituído pela Lei nº 6.321, 14/04/1976, e


regulamentado pelo Decreto nº 5, 14/01/1991, o Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT), cujo objetivo é incentivar as
empresas a oferecerem alimentação nutritiva aos trabalhadores.
A adesão ao PAT pelas empresas é voluntária, porém aquelas
que participam do programa recebem alguns incentivos fiscais,
como desconto no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica.

Portaria 3.214 expand_more

Em 1978 o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria 3.214, que


criou as Normas Regulamentadoras (NRs). As NRs são um
conjunto de requisitos e procedimentos relativos à segurança e
saúde dos trabalhadores e são modificadas periodicamente de
acordo com a necessidade de atualização.

Portaria 34 expand_more

Em 1987, pela Portaria 34, tornou-se obrigatório no Brasil, para


todas as empresas em regime de CLT, ter Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMT), obedecendo o grau de risco da atividade
desenvolvida e o número de trabalhadores. Porém, as empresas
começaram a atender a legislação um pouco mais tarde com a
maior fiscalização.

Mas o que é grau de risco da atividade? Saiba que risco nas


empresas é uma escala de 1 a 4, em que 1 são atividades que
oferecem pouco risco e 4 é o grau máximo, definida pela Norma

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Regulamentadora 4, para avaliar a intensidade e os riscos aos


quais os trabalhadores estão expostos.

Durante a década de 1980, surgiram outros centros de estudo sobre


saúde e segurança do trabalhador. Com a Constituição Federal de 1988,
ampliaram-se atribuições e responsabilidades dos estados e municípios
na área da Saúde e Segurança do empregado, de maneira que os
Centros de Referência de Saúde do Trabalhador Estaduais e as
Vigilâncias Sanitárias passaram a ter competências para atuar no
Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a inserção no processo de globalização, o Brasil adotou, no


contexto do Programa Nacional de Qualidade e Produtividade, as
normas ISO série 9000, que introduziram uma visão sistêmica de
gerenciamento da Qualidade e que se expandiram em várias áreas nas
empresas, incluindo, muitas vezes, a da Saúde e Segurança.

Por extensão à área da Qualidade e por serem compatíveis entre si,


outras normas começaram a ser adotadas, como a série ISO 14000,
para gerenciamento do ambiente, e a norma britânica BS 8800, para
sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho.

Na década de 1990, destacamos a Lei nº 8.218,


de 24/07/1991, sobre Planos de Benefícios da
Previdência Social, sofrendo posteriormente
alterações. Esta lei também estabelece o
conceito legal de Acidente de Trabalho e de
Trajeto e a obrigação da empresa em
comunicar os acidentes de trabalho às
autoridades competentes.

Em 2002, por meio da Portaria nº 365, de 12/09/2002, o Ministério do


Trabalho e Emprego instituiu a Comissão Nacional de Erradicação do

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Trabalho Infantil, com o objetivo prioritário de viabilizar a elaboração do


Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao
Adolescente Trabalhador.

O primeiro Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo foi


publicado em 2003. Já em 17 de abril de 2008, o segundo Plano
Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo é aprovado, introduzindo
modificações que decorrem de uma reflexão permanente sobre as
distintas frentes de luta contra a violação dos Direitos Humanos.

O Ministério do Trabalho e Emprego lançou, em 22 de maio de 2014, o


Plano Nacional de Combate à Informalidade dos Trabalhadores
Empregados, tendo como um dos objetivos instigar a formalização do
trabalho assalariado aos trabalhadores informais da iniciativa privada no
Brasil e, como consequência, obtendo a proteção social do trabalhador e
a promoção da justiça fiscal entre os empregadores.

Mais recentemente, tivemos a criação da Escola Nacional da Inspeção


do Trabalho (ENIT), vinculada à Subsecretaria de Inspeção do Trabalho,
órgão do Ministério da Economia. É destinada a coletar, registrar,
produzir e disseminar conhecimento dirigido às atividades da Inspeção
do Trabalho.

A ENIT também promove o desenvolvimento de pessoas para o


aperfeiçoamento desta inspeção e busca garantir a efetividade das

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normas trabalhistas, sendo referência na geração e disseminação de


conhecimento na matéria trabalhista.

video_library
Política nacional de
segurança do trabalho
Vamos discutir agora uma das principais políticas públicas para o
trabalhador: a política nacional de segurança do trabalho.

Fundação Jorge Duprat


Figueiredo (Fundacentro)
Considerada uma das maiores referências em formação e pesquisas
sobre Segurança e Saúde no Trabalho da América Latina, a Fundação
Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho foi
criada em 1966.

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Jorge Duprat Figueiredo: Um empresário envolvido com as questões de SST.

Sobre seu papel educativo, entre 1973 e 1986, a Fundacentro atuou na


formação dos primeiros profissionais da área da Saúde e Segurança,
como médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem do trabalho,
engenheiros e técnicos de segurança.

Após 1986, essa atribuição passou a ser executada pelo Ministério da


Educação, porém, mesmo assim, a instituição continuou o seu
compromisso com a formação de profissionais, capacitando-os por
meio de cursos, eventos e publicações.

Fundacentro
Em 1978, após a morte do primeiro presidente da instituição, Jorge Duprat
Figueiredo, o então ministro do trabalho, Arnaldo da Costa Prieto, sugeriu a
mudança do nome da instituição, passando, assim, a se chamar Fundação
Jorge Duprat Figueiredo.

Segundo Reimberg (2016) a principal finalidade da Fundacentro é


produzir e difundir os conhecimentos necessários para contribuir para a
promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras,
visando ao desenvolvimento sustentável, como crescimento econômico,
equidade social e proteção do meio ambiente laboral.

Comentário
Ela desempenha um importante papel através da participação dos
profissionais nas discussões e atualizações dos textos das Normas

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Regulamentadoras (Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978), desde as


primeiras revisões. Atualmente, a Fundacentro está presente em todo o
país, operando de acordo com o tripartismo. A instituição tem como
representados no Conselho Curador: o governo, os trabalhadores e
empresários, por meio de suas organizações de classe. Ela foi
designada como centro colaborador da Organização Mundial da Saúde
(OMS), além de ser colaboradora da Organização Internacional do
Trabalho (OIT).

Plano Nacional de Segurança


e Saúde no Trabalho
(PLANSAT)
O Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT) articula
ações em busca da aplicação prática da Política Nacional de Segurança
e Saúde no Trabalho instituída pelo Decreto nº 7.602, de 07 de novembro
de 2011. O PLANSAT foi construído a partir da cooperação entre órgãos
governamentais, representantes dos trabalhadores e dos empregadores.

A Convenção nº 155 da Organização


Internacional do Trabalho – OIT, que
dispõe sobre Segurança e Saúde
dos Trabalhadores e o Meio
Ambiente de Trabalho, de 22 de
junho de 1981, aprovada pelo
Congresso Nacional em 18 de maio
de 1992 e incorporada ao
ordenamento jurídico brasileiro
através do Decreto n.º 1.254, de 29
de setembro de 1994, estabelece o
dever de cada Estado-Membro de,
em consulta com as organizações
mais representativas de
empregadores e trabalhadores,
formular, implementar e rever

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periodicamente uma política


nacional de segurança e saúde no
trabalho, com o objetivo de prevenir
acidentes e doenças relacionados
ao trabalho por meio da redução
dos riscos à saúde existentes nos
ambientes de trabalho.

(BRASIL, 2012, p.9)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou em 2007 o Plano de


Ação Mundial sobre a Saúde dos Trabalhadores. No Plano, a OMS
aponta a necessidade dos países-membros formularem uma política de
saúde do trabalhador, considerando o disposto nas convenções da OIT e
que estabeleça mecanismos de coordenação intersetorial das
atividades da área.

No Brasil, em 2008, os Ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e


da Previdência Social destacaram a necessidade da construção de uma
Política na área, enfocando-a de forma coerente e contemplando a
articulação entre as ações dos diversos órgãos, além de observarem a
necessidade do enfoque tripartite, de acordo com os princípios e
diretrizes da OIT. Dessa forma, instituíram a Comissão Tripartite de
Saúde e Segurança no Trabalho (CTSST), tendo como competências
(BRASIL, 2012 p. 10):

Artigo I expand_more

Revisar e ampliar a proposta da Política Nacional de Segurança e


Saúde no Trabalho – PNSST, elaborada pelo Grupo de Trabalho
instituído pela Portaria Interministerial n.º 1.253, de 13 de
fevereiro de 2004, de forma a atender às Diretrizes da OIT e ao
Plano de Ação Global em Saúde do Trabalhador, aprovado na 60ª
Assembleia Mundial da Saúde ocorrida em 23 de maio de 2007.

Artigo II expand_more

Propor o aperfeiçoamento do sistema nacional de segurança e


saúde no trabalho por meio da definição de papéis e de

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mecanismos de interlocução permanente entre seus


componentes.

Artigo III expand_more

Elaborar um Programa Nacional de Saúde e Segurança no


Trabalho com definição de estratégias e planos de ação para sua
implementação, monitoramento, avaliação e revisão periódica,
no âmbito das competências do Trabalho, da Saúde e da
Previdência Social.

Política nacional de
segurança e saúde no
trabalho
Para que o Estado cumpra seu papel na garantia dos direitos básicos de
cidadania, é necessário que a formulação e implementação das
políticas e ações de governo sejam norteadas por abordagens
transversais e intersetoriais. Nessa perspectiva, as ações de segurança
e saúde do trabalhador exigem uma atuação multiprofissional,
interdisciplinar e intersetorial capaz de contemplar a complexidade das
relações produção-consumo-ambiente e saúde (BRASIL, 2011).

A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho tem por objetivos


a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e
a prevenção de acidentes e de danos à saúde relacionados ao trabalho
ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução dos
riscos no ambiente de trabalho.

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As ações no âmbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de


Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se de acordo com as
seguintes diretrizes (BRASIL, 2011):

arrow_forward_ios Inclusão de todos trabalhadores brasileiros no


sistema nacional de promoção e proteção da
saúde.

arrow_forward_ios Harmonização da legislação e a articulação das


ações de promoção, proteção, prevenção,
assistência, reabilitação e reparação da saúde do
trabalhador.

arrow_forward_ios Adoção de medidas especiais para atividades


laborais de alto risco.

arrow_forward_ios Estruturação de rede integrada de informações em


Saúde do Trabalhador.

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arrow_forward_ios Promoção da implantação de sistemas e


programas de gestão da segurança e saúde nos
locais de trabalho.

arrow_forward_ios Reestruturação da formação em Saúde do


Trabalhador e em Segurança no Trabalho bem
como o estímulo à capacitação e à educação
continuada de trabalhadores.

arrow_forward_ios Promoção de agenda integrada de estudos e


pesquisas em Segurança e Saúde no Trabalho.

Para que os objetivos da PNSST sejam alcançados, deverão ser


implementadas, por meio da articulação continuada, ações de governo
no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e
saúde com a participação voluntária das organizações representativas
de trabalhadores e empregadores (BRASIL, 2011).

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

Semelhante ao que ocorreu na Europa, o processo de


industrialização no Brasil trouxe repercussões positivas para a
economia, porém para os trabalhadores o processo trouxe:

oportunidade de crescimento na carreira com as


A
novas indústrias sendo instaladas no Brasil.

os trabalhadores adoeciam pelas más condições de


B trabalho e sofriam acidentes por não terem

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habilidades para manusear as máquinas.

ganhavam um salário altíssimo, tinham


C equipamento de proteção individual, apesar das
más condições de trabalho.

as mulheres conseguiram o primeiro emprego,


assumindo cargos de chefia e tendo seu salário
D
compatível com a profissão e igual ao salário dos
homens.

as mulheres já estavam inseridas no mercado de


trabalho e assumindo cargos de chefia, mas
E
passaram a ter seus salários compatíveis com a
profissão e igual ao salário dos homens.

Parabéns! A alternativa B está correta.

Da mesma forma que aconteceu no processo de industrialização na


Europa, os trabalhadores brasileiros também sofreram acidentes e
adoeceram devido às más condições de trabalho, caracterizadas
por ambientes sujos, com pouca iluminação e maquinários sem
segurança, além das dificuldades que os trabalhadores
apresentavam para manusear as máquinas.

Questão 2

A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) tem


por objetivos a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de
vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde
relacionados ao trabalho. Para que a Política pudesse ser colocada
em prática, foi necessária a criação do Plano Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT), construído por meio:

da cooperação entre órgãos governamentais,


A representantes dos trabalhadores e dos
empregadores.

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B da cooperação entre órgãos governamentais e


representantes dos trabalhadores, excluindo os
representantes dos empregadores.

da cooperação entre representantes dos


C trabalhadores e dos empregadores, sem a
necessidade de representantes do governo.

da cooperação entre órgãos governamentais e


D
representantes dos empregadores, somente.

da cooperação entre órgãos governamentais, mas


E sem representantes dos trabalhadores nem dos
empregadores.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A criação da PNSST garante aos trabalhadores os direitos básicos


relacionados à segurança e saúde no ambiente de trabalho. A
Política traz objetivos importantes, mas para que sejam colocados
em prática, houve a necessidade da criação de um Plano de
Trabalho com objetivos, metas e prazos a serem atingidos.
Seguindo as recomendações da OIT, para a elaboração do plano foi
criada uma Comissão Tripartite, constituída por representantes do
governo, dos trabalhadores e dos empregadores.

Considerações finais
Abordamos os principais fatos que ocorreram ao longo do
desenvolvimento da segurança do trabalho e da saúde ocupacional.
Observamos que, apesar de certa preocupação com a saúde dos
trabalhadores na época dos grandes filósofos, a conscientização dos
empregadores em outras épocas se deu de forma lenta. Apesar de ainda
precisarmos avançar nos cuidados com o ambiente de trabalho, a

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participação dos trabalhadores na luta por melhores condições de


saúde e segurança foi muito importante para as mudanças.

headset
Podcast
Para encerrar, ouça um resumo dos principais tópicos abordados.

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Mendes e Elizabeth Costa Dias e Transformações no mundo do
trabalho, da Revolução Industrial aos nossos dias, por Elisângela
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Pesquise sobre as convenções ratificadas pelo Brasil da Organização


Internacional do Trabalho, acesse a página da OIT.

Referências
BRASIL. Casa Civil. Decreto nº 7.602, de 7 de novembro de 2011.
Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança de Saúde no Trabalho,
2011.

BRASIL. Casa Civil. Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.


Brasília, 2012.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/00448/index.html?brand=estacio# 43/44
28/04/2024, 07:50 Evolução histórica da Segurança e Saúde Ocupacional

CHAGAS, A. M. R. de; SALIM, C. A.; SERVO, L. M. S.


(organizadores). Saúde e Segurança no Trabalho no Brasil: aspectos
institucionais, sistemas de informação e indicadores. 2. ed. São Paulo:
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