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DESEJOS DIGITAIS - RICHARD MISKOLCI (2007)

1. O desejo como uma forma de reconhecimento


2. “a modulação do nível do contato e envolvimento com o outro permitido
pelas mídias cria um cenário emocional árido de subjetividades frágeis e
incapazes de lidar com demandas relacionais.” p.9
3. AGÊNCIA: “designa a forma como sujeitos negociam seus desejos com
as normas e convenções morais em voga, portanto como algo situacional
e dinâmico que pode preceder a ação e envolve, inclusive, a construção
social do desejo.” p.19
4. “[...] o desejo não vem de dentro de um sujeito dado, tampouco é imposto
por algum aparato externo a ele. O desejo é um eixo articulador entre o
sujeito e a sociedade sendo moldado na interação social.” p. 19
5. ILLOUZ: “ A sexualidade é um assunto para o sociólogo parque é
socialmente regulado e porque sua regulação social pe escondida da visão
de fato, tornada invisível.” p.20
6. DESEJO: EIXO DE NEGOCIAÇÃO ENTRE INDIVÍDUO E
COLETIVIDADE. p.25-26.
7. “Reconhecer que somos vistos socialmente como sujeitos do desejo não
equivale a atribuir a historicidade do desejo, mas a o inserir analiticamente
nas disputas político- interpretativas sobre o papel da sexualidade na
ordem social.” p,26-27
8. RECONHECIMENTO DA AGÊNCIA HISTÓRICA DOS SUJEITOS,
p.27
9. BUTLER: “o desejo não tem objeto fixo, e que, portanto, seu
direcionamento é circunstancial e se dá dentro de condições históricas e
culturais que o direcionam a partir de interesse coletivos.” p.29
10. “Este livro busca compreender como as novas tecnologias modificam o
flerte, as interações e até mesmo o roteiro das relações entre homens.” p.30
11. DO DESEJO PARA A COLETIVIDADE p.31
12. “Assim como compreendemos outras revoluções como longos processos
históricos marcados por períodos contraditórios e conquistas inacabadas,
o mesmo se passa com relação a sexualidade: trata-se de uma revolução
inconclusa e incompleta que impactou mais a vidas das mulheres e dos
homossexuais.” p.31
13. Afinal, por que o desejo homossexual continua a seu sinônimo de
segredo?” p.38
14. “Carros eram o meio para homens terem acesso sexual a mulheres.” p. 48
15. “Até a primeira metade do século XX, a maioria dos homens era educado
e socializado para se casar e se tornar o que se chama de “pai de família”
(EHRENRETCH, 1984) . A expectativa social era de que os homens
fossem provedores e, por isso mesmo, cabeça do casal.” p.49
16. “Viver suas vidas afetivas em segredo não é escolha pessoal, antes
imposição coletiva. Sem condições de segurança, reconhecimento social e
político, é compreensível o temor sobre as consequência de ser
publicamente reconhecido e classificado como homosseual.” p.62-63
17. “[...] a agência do sujeito desejante homossexual na ordem restritiva e
hostil da hegemonia heterossexual só e ganha o inserindo em uma
economia moral em que - inevitavelmente - será relação aos
heterosseuais.” p.63-64
18. Gabriel, um dos rapazes entrevistados: “faz uso das mídias buscando
conciliar as expectativas familiares e sociais com sua afetividade.” p.65
19. No contexto brasileiro: “em que a interferência comunitária, familiar e até
de amigos sempre influenciou ( e muitas vezes limitou) as escolhas
amorosas.” p.70
20. “As tecnologias comunicacionais do presente nos transformaram como
seres desejantes, estenderam a nós novos horizontes aspiracionais
marcados por expectativas e ideias muitos diferentes dos que moldavam
as vidas sexuais e amorosas construídas predominante face a face.”p.71
21. “Laços fortes não são apenas positivos, pois podem aprisionar e limitar as
relações sociais disponíveis a alguém de forma injusta e desigual.” p. 72
22. SOCIOLOGIA DO DESEJO - O RECONHECIMENTO SOCIAL POR
MEIO DE UM PARCEIRO p.74
23. “Considero mais acurado compreender que a priorização histórica de
relações sem compromisso por parte de homossexuais hoje é também
indissociável da instabilidade profissional e a consequente maior incerteza
sobre o futuro.” p.88
24. Eva Illouz - tecnologia - indivíduo selecionador um encontro estruturado
dentro da estrutura de mercado. p.89
25. “Valorização da busca, mas que o encontro em si.” p.89
26. Sentimento de agência desejante p.89
27. Busca e uso das tecnologias: “um exercício subjetivo” p.95
28. Rede de socialização individualizada p.95
29. “Na sociedade brasileira, muito mais desigual do que a norte-americana,
mesmo em São Paulo, metrópole relativamente rica, há menos pessoas
com perfis desejáveis ou próximos dos idealizados pela maioria dos
usuários.” p. 97
30. O uso das “mídias digitais tentando negociar seus desejos com a
expectativa social de que mantenham suas relações homossexuais em
relativo segredo ou discrição.” p.97
31. “A mesma expressão pode significar coisas muito diferentes de acordo
com o local e a cultura em que se insere.” p.100
32. “Evitemos julgá-los e voltemos nossa atenção para o enquadramento
social em que cada um vive e para como suas visões sobre o que deve ser
visível ou ocultado responde a esse enquadramento.” p.102
33. “A conectividade substituiu parcialmente a cultura dos bares a qual
também perdeu importância devido à ascensão de ideias higienistas que
desestimulam o consumo de álcool e prescrevem atividades físicas.” p.
103
34. DESEJO: uma relação negociada socialmente, culturalmente e
historicamente.
35. “[...] um regime de visibilidade é também um regime de conhecimento,
pois o que é visível e reconhecido tende a estabelecer as fronteiras do
pensável.” p.107
36. CIRCUITOS DE SOCIALIZAÇÃO, CONSUMO E ESTILOS DE VIDA
p.109
37. “A classificação é o processo pelo qual indivíduos tornam-se sujeitos e
atores sociais apropriando-se ou sendo levados a se reconhecerem em
determinadas identidades; o que por sua vez, lhes abre determinadas
cursos de ação.” p.118-119
38. “O uso das mídias digitais foi a principal e - para maioria - a única
alternativa ao lacias off-line de socialização homossexual.” p.122
39. PARADOXO DO DESEJO: “o fato de vivenciarem em segredo suas
relações com outros homens fosse encarado como sinal de “caráter”,
comprometimento com a família, o trabalho e o respeito à companheira
mulher, apagando a interpretação possível de que estavam enganando aos
outros.” p.134
40. A web como “o principal local de sociabilidade em que podiam expressar
seus desejos e conhecer pessoas em situação similar, e, sobretudo, porque
nela imaginavam ter total controle sobre as relações.” p. 135
41. “Apesar de sofrerem e sentirem-se solitários, detinham agência e sabiam
fazer uso de sua “condição difícil” para barganhar as condições nos
relacionamentos secretos que criavam. Mas permanecia a sensação, o
desconforto e a queixa constante - para mim ao menos - de que vivam uma
profunda solidão.” p.140
42. “[...] a sociabilidade homossexual tende a migrar para o espaço relacional
on-line.” p.159
43. “O uso de mídias digitais em busca de parceiros amorosos insere o usuário
em um mercado regido por valores e ideias comercialmente moldados,
mas não apenas uma lógica comercial intrínseca a eles que rege esses
contatos e buscas. “ p. 159
44. “[...] é possível definir as mídias digitais - em meu campo investigativo -
como meios que permitem criar redes relacionais seletivos dentro de uma
espécie de mercado amoroso e sexual.” p.160
45. “[...] busca de parceiros se insere em uma nova economia do desejo,
moldado pela gentrificação do espaço urbano, transformações
econômicas, o advento das novas mídias digitais e novas práticas
epidemiológicas.” p.162
46. “Os desejos digitais que dão título a este livro não mero produto das novas
tecnologias comunicacionais em rede muitas vezes apenas foram
disseminados por elas.” p.12
47. “Desejos digitais hoje são possíveis por meio das técnicas e valores
apropriados para a negociação de sua visibilidade, na qual o corpo e a
performatividade que seguem regulações de gênero convencionais os que
conferem a alguém o almejado reconhecimento como sujeito desejante, e,
sobretudo desejável.” p.182
48. REFLEXIVIDADE E CONTINGÊNCIA p.196

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