Capitulo I - Conceitos, Demonstrações Financeiras e Decisões de Negócio

Contabilidade Financeira I - 2017/2018 28/09/2017
Contabilidade Financeira I
Ano Letivo 2017/18
Cursos:
Auditoria e Fiscalidade
Contabilidade
Gestão e Administração Bancária
Gestão e Administração de Serviços de Saúde
Gestão de Empresas
Docente:
José Farinha
CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 1
Estes apontamentos têm o contributo dos colegas da

Unidade Departamental:
Dr.ª Carla Joaquim

Dr. Daniel Oliveira
José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 1

PROGRAMA
Objetivos/Competências:
1. Objetivo Geral:
Pretende-se que os alunos, no final da Unidade Curricular de Contabilidade

Financeira I, desenvolvam competências que lhe permitam identificar e
compreender as demonstrações financeiras e os princípios gerais que
devem ser aplicados na sua preparação. Na 2.ª parte desta UC, pretende-se
dotar os alunos de conhecimentos científicos e técnicos que lhes permitam
aplicar com rigor as normas: NCRF 1, 2, 5, 8, 12, 18, 23 e 27.
PROGRAMA
2. Objetivos Específicos:
Compreender a importância da contabilidade no âmbito dos sistemas de

informação de gestão como elemento que proporciona informação útil para a
tomada de decisões;
Conhecer a estrutura conceptual do SNC e critérios de valorimetria do SNC;
Conhecer e aplicar o SNC;
Saber a mecânica do processo de registo pelo método das partidas dobradas;
Conhecer o processo de registo contabilístico (do diário à demonstração de

resultados e balanço);
Estudo das contas das classes de Meios Líquidos Financeiros, Inventários e Ativos
Biológicos e Contas a Receber e a Pagar.

PROGRAMA
3. Competências:
Pretende-se que os alunos, no final desta Unidade Curricular, possuam

uma visão geral dos aspetos conceptuais do SNC, saibam resolver
situações contabilísticas concretas em consonância com o estipulado nas
normas de contabilidade (NCRF 1, 2, 5, 8, 12, 18, 23 e 27) e compreendam
a preparação das demonstrações financeiras e a sua utilidade para os
utilizadores.
PROGRAMA:
1. Considerações gerais
A. História da contabilidade:
 Breves considerações sobre a Historia Universal da Contabilidade
 Breve análise da normalização contabilística em Portugal:
 O POC de 1977
 Das Diretivas comunitárias ao POC de 1989
 As Normas Internacionais de Contabilidade (NIC e NIRF)
 O SNC
 Vantagens da normalização contabilística
B. A evolução e o papel da contabilidade como instrumento de gestão

PROGRAMA (continuação):
1. Considerações gerais (continuação)

C. Conceitos fundamentais da contabilidade:
 Património e seus elementos constitutivos:
 Factos patrimoniais
 Equação fundamental de contabilidade
 Inventário e Balanço
 Conta: noção, classificação e sua caracterização
 Métodos de registo contabilístico
 Lançamentos e suas espécies
 O Diário, o Razão e os Balancetes
 Demonstrações Financeiras (DF): Balanço e Demonstração de
Resultados por Natureza
2. Estrutura Conceptual
A. Objetivos das demonstrações financeiras (DF)
B. Pressupostos subjacentes à elaboração das DF
 Regime de acréscimo
 Continuidade
 Características qualitativas da informação financeira
 Principais conceitos
 Compreensibilidade
 Comparabilidade
 Relevância
 Fiabilidade e seus requisitos

2. Estrutura Conceptual (continuação)
C. A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos das DF

D. Os conceitos de capital e de manutenção de capital
E. Estrutura e conteúdo das Demonstrações Financeiras (NCRF 1)
F. Apresentação e classificação de elementos (itens) nas Demonstrações
Financeiras
G. O Balanço e Demonstração dos Resultados: seus elementos
H. O Anexo
3. Estudo das Contas
A. Meios financeiros líquidos
 Normas: NCRF 2, 23 e 27
 Principais conceitos
 Estudo das contas: Caixa, Depósitos à Ordem e Outros
Depósitos, Instrumentos financeiros
 Divulgações
B. Inventários
 Normas: NCRF 18 e 12
 Sistemas de Inventários (Permanente e Intermitente)
 Reconhecimento e mensuração

3. Estudo das Contas (continuação)
C. O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

D. Contas a Receber e Contas a Pagar
 Normas: NCRF 5, 8 e 12
 Estudo breve das contas: Clientes, Fornecedores,
Financiamentos Obtidos, Estado e Outros Entes Públicos,
Acionistas/Sócios Outras Contas a Receber e a Pagar,
Pessoal.
BIBLIOGRAFIA:
S.N.C.- Sistema Normalização Contabilística
Costa, Carlos Baptista da; Alves, Gabriel Correia; Contabilidade Financeira,

Editora Rei dos Livros, 9.ª Edição.
Borges, António e outros; Elementos de Contabilidade Geral; Áreas Editor,

26.ª Edição.
Santos, José Gonçalves dos; Contabilidade Financeira – Manual de Casos

Práticos; Ed. Qui. Júris.

BIBLIOGRAFIA (continuação):
Borges, António; Ferrão, Martins; Manual de Casos Práticos; Áreas Editora;

10.ª Edição.
Borges, António; e outros; SNC Sistema de Normalização Contabilística –

Casos Práticos, Áreas Editora.
Nabais, Carlos; Nabais, Francisco; Prática Contabilística de acordo com

Sistema de Normalização Contabilística; Lidel.
WEBGRAFIA
http://www.cnc.min-financas.pt/
Comissão Normalização Contabilística
http://www.dgci.min-financas.pt/
DGCI - Direcção-Geral das Contribuições e Impostos
http://www.otoc.pt/
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
http://www.oroc.pt/
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas
http://www.apotec.pt/
Associação Portuguesa dos Técnicos de Contas
http://www.iasc.org.uk/
Comité das NIC’s (IFRS) - Normas Internacionais de Contabilidade

METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO
Duas modalidades de avaliação:
1. Avaliação contínua: Só para os alunos que assegurem uma assiduidade

mínima de 65%.
• Dois testes intercalares individuais (20% + 20%)
• Teste final individual (60%)
• Nota mínima: 8 valores
• Obterão aprovação os alunos com classificação final igual ou superior a
9,5 valores (média ponderada). Os restantes alunos serão admitidos a
Exame
2. Avaliação não contínua - Exame e Exames de Recurso.

• Prova escrita (100%). Defesa de nota: para classificação final superior a 16
valores. A não presença implica a atribuição da classificação de 16 valores
2017/2018
Capítulo 1
Conceitos, Demonstrações Financeiras e Decisões de

Negócio

___________________________________________________________________________
Capítulo I - Objetivos de aprendizagem
Compreender a importância da contabilidade no âmbito dos sistemas de

informação de gestão como elemento que proporciona informação útil
para a tomada de decisões;
Compreender a relação entre a contabilidade e o negócio;
Identificar o papel das normas contabilísticas na determinação do
conteúdo das demonstrações financeiras;
Conhecer e aplicar o SNC;
Distinguir o papel dos gestores e dos auditores no processo de
comunicação de informação contabilística.
Reconhecer a informação apresentada em cada uma das demonstrações
financeiras;
Capítulo I - Conceitos
_________________________________________________________________________
ENQUADRAMENTO
 incerteza
 turbulência
Ameaças  imprevisibilidade
 necessidade de
Novo modelo actualização permanente
desenvolvimento
económico-social  no trabalho
 na educação
Oportunidades  na saúde
 no bem estar
 na cultura

_____________________________________________________________________
1. História da Contabilidade:
1.1. Breves Considerações Sobre a História Universal da Contabilidade – Tópicos
1.2. Análise da Normalização Contabilística em Portugal
2. A Evolução e o Papel da Contabilidade Como Instrumento de Gestão:

2.1. A informação como instrumento de gestão
2.2. Sistemas contabilísticos de informação
_____________________________________________________________________
História da Contabilidade – Tópicos
1. A origem da palavra Contabilidade;
2. A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização;
3. Foi tida como a arte da escrituração mercantil;
4. Utilizava técnicas específicas, que se foram aperfeiçoando e

especializando, sendo algumas delas aplicadas até hoje;
5. Não obstante a origem milenar da contabilidade, esta foi evoluindo de

forma rudimentar e não sistematizada;

6. O desenvolvimento económico impunha o estabelecimento de técnicas para

controlar e preservar os seus bens, dando inicio à história da contabilidade, que
segundo historiadores e estudiosos, se divide em quatro períodos (ver Elementos
de Contabilidade, 25.ª Edição, pag(s) 28 e 29):
 CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com a civilização do

homem e vai até 1202 da Era Cristã;
 CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até
1494;
 CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840;
 CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e

continua até os dias de hoje.
_____________________________________________________________________
 CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com a civilização

do homem e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da
autoria de Leonardo Pisano.
 CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã

até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade
por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que
à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números
positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os
ramos do conhecimento humano.

_____________________________________________________________________
 CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494

até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle
Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa,
premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da
Contabilidade.
 CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em

1840 e continua até os dias de hoje.
_____________________________________________________________________
Informação/Contabilidade como instrumento de gestão
Noção de organização (empresa):
 Conjunto coerente;
 Recursos
 MATERIAIS
 HUMANOS
 Missão e finalidades
 Outros aspectos relevantes

_____________________________________________________________________
Ciclo da vida:
Nascimento
Caso geral Desenvolvimento Sem horizonte temporal definido
Morte
Casos
particulares Nascimento
(Consórcios, Realização do
Com horizonte temporal definido
ACE* Projeto
e outros) Fecho
_____________________________________________________________________
Necessidades de informação:
 Constituição
Operacional exercício da atividade
 Desenvolvimento Investimento obtenção dos meios técnicos
Financiamento obtenção dos meios de
 Fecho financiamento

______________________________________________________________________________
Conjunto integrado de operações ou atividades conduzidas

Negócio com a finalidade de proporcionar um retorno aos
investidores
Financiamento: obtenção de
dinheiro
Investimento: compra dos

recursos
Natureza:
Comercial
Industrial
Serviços Operacionais: gestão dos
recursos para gerar lucros
______________________________________________________________________
Conceito de entidade e suas características
Noção de entidade (jurídica e económica):
Entidade económica
 Atividade
 Meios
 Fins
Pressupostos
 Unidade monetária
 Continuidade (ciclo de vida)

______________________________________________________________________

Empresários em Nome Individual
COMERCIANTES EM NOME INDIVIDUAL: Empresas de reduzida dimensão;

empresas familiares; o proprietário é muitas vezes o único trabalhador, auxiliado
pela família; responsabilidade ilimitada.
ESTABELECIMENTOS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA-E.I.R.L.:

Empresas de reduzida dimensão; responsabilidade limitada; não há limite
mínimo de capital.
Empresas Coletivas
SOCIEDADES EM NOME COLETIVO: Empresas de pequena dimensão; número

reduzido de sócios; responsabilidade ilimitada; não há limite mínimo de capital;
firma constituída por nome de sócios, seguido de C.ª.
______________________________________________________________________
SOCIEDADES POR QUOTAS: Empresas de reduzida e média dimensão; responsabilidade

limitada; número de sócios: 1 ou mais; capital dividido em quotas; firma contém a sigla
“Ld.ª”; no caso de 1 sócio contem também a expressão “Unipessoal”
SOCIEDADES ANÓNIMAS: Empresas de média e grande dimensão; capital dividido em

ações; proprietários do capital = acionistas; responsabilidade limitada; firma contém as
iniciais “S.A.”
SOCIEDADES EM COMANDITA: Sócios comanditados – têm responsabilidade ilimitada,

trabalham na empresa; sócios comanditários – possuem o capital e têm
responsabilidade limitada; firma – possui a sigla “Em comandita”.
COOPERATIVAS: Cooperativas de produção; cooperativas de comercialização;

cooperativas de consumo; cooperativas de cultura e recreativas.

______________________________________________________________________
Sistema de informação contabilística
Utilizadores da informação contabilística:
 Investidores/Acionistas
 Financiadores/Trabalhadores
 Fornecedores/Clientes
 Público/ Administração pública
______________________________________________________________________
Investidores Credores
Informação sobre
Gestores o negócio
Atividades
operacionais
Compra de matérias e
Fornecedores Venda de produtos
Clientes
serviços
Fabricação de produtos
Recursos
Fabricação de produtos
humanos

______________________________________________________________________
O Estado como utilizador da informação financeira diferentes perspectivas (na vertente

fiscal):
 Conhecer a situação tributária dos sujeitos passivos;

 Controlar a matéria tributável / lucro tributável
 Prevenir / evitar a fraude e a evasão fiscal;
 Outras finalidades:
 Elaborar estatísticas (Instituto Nacional de Estatística)
 Concorrência (Autoridade da Concorrência)
 Mercado de Valores Mobiliários (CMVM);
 Sector Energético (ERSE);
_________________________________________________________________________________________
Cinco palavras chaves e a sua articulação
1. Negócio
Gestão e dinâmica do
negócio
2. Atividades
5. Decisões
3. Transações Relevação
contabilística
(sistema
contabilístico)
4. Resultado
Lucro Prejuízo
(Resultado > 0) (Resultado < 0)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Sistema contabilístico: sistema de recolha,

processamento e relato de informação financeira sobre a
empresa.
Gestores
Investidores
Credores
___________________________________________________________________________
Sistema
Contabilístico
Relatórios de Relatórios de
contabilidade contabilidade de
financeira gestão
Utilizadores externos Utilizadores internos

Investidores e credores Administradores
Clientes e fornecedores Diretores …
Recursos humanos…

______________________________________________________________________
Conceito de informação:
Fato - algo que acontece no mundo real e que pode ser observado;
Dado - facto obtido mediante investigação empírica ou verificação;
Conhecimento - facto ou dado recolhido de qualquer modo,

armazenado e sistematizado para futura referência e utilização;
Informação - respeita a dados ou conhecimentos avaliados para um fim

específico.
______________________________________________________________________
Mapas de
Documentos classificados
movimentos
Introdução de dados
Processamento
Quadros de
Comunicação
informação

______________________________________________________________________
Requisitos da informação geral:
 Oportunidade - estar disponível no momento em que é necessária;
 Economicidade - estar subordinada ao princípio ou lógica do custo-benefício;
 Credibilidade - permite aos seus utilizadores retirar conclusões idóneas.
______________________________________________________________________
Evolução da informação contabilística:
Rudimentar: nos primórdios;
Organizada segundo o método contabilístico: século passado;
Normalizada: final do século passado;
Normalizada e harmonizada: tendências no início do século XXI.

______________________________________________________________________
Objetivos da informação financeira:
Proporcionar informação acerca da posição financeira, do desempenho e das

alterações na posição financeira de uma entidade que seja útil a um vasto leque
de utentes na tomada de decisões económicas
Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 1 - SNC
______________________________________________________________________
Características da informação financeira:
a) Compreensibilidade
c) Relevância
d) Fiabilidade
b) Comparabilidade

______________________________________________________________________
Estruturação da informação contabilística:
 Soluções manuais;
 Soluções eletromecânicas;
 Tecnologias que permitem o tratamento sistémico da informação

contabilística:
• a velocidades vertiginosas;
• de dimensão incomensurável;
• sem limites de distâncias terrestres.
______________________________________________________________________
Diferentes tipos de informação contabilística :
 Obrigatória / facultativa
 Histórica / previsional
 Externa / interna
 Geral ou financeira e analítica ou de gestão
 Outros

______________________________________________________________________
Divisões da contabilidade (conceito tradicional):
 Contabilidade externa/interna
 Contabilidade geral/analítica
 Contabilidade financeira/de gestão
 Contabilidade histórica/previsional
______________________________________________________________________
• Contabilidade externa/interna
ZONA EXTERNA Investidores
Investidores
Fornecedores ZONA INTERNA Clientes
(produção de bens ou
prestação de serviços)
Estado
Zona Externa – diz respeito ao contacto com o meio ambiente, nas relações com os
clientes, fornecedores, estado, investidores,…
Zona Interna - atividades desenvolvidas dentro da empresa, onde se desenvolve a

atividade da empresa, com o intuito de produzir bens ou serviços

______________________________________________________________________
Com base nesta distinção, teremos:

-Contabilidade externa, geral ou financeira: regista as operações externas da empresa,
i.e., aquelas que respeitam à empresa no seu todo: apura o lucro global da empresa e
elabora um conjunto de mapas de prestação de contas (nomeadamente o Balanço).
Os seus principais utilizadores são entidades externas.
-Contabilidade interna: regista as operações realizadas no seio da empresa (internas).

Visa o apuramento de resultados, e de informações detalhadas nomeadamente por
produto, projeto, cliente, …
Os principais utilizadores são os gestores da empresa (organização).
______________________________________________________________________
Conceitos e objetivos da contabilidade:
Técnica? Produtora de meios de prova?
Ciência?
CONTABILIDADE
Fonte de informação? Previsão do futuro?
Conhecimento do passado e presente?

______________________________________________________________________
Contabilidade - missão e objetivos:
Subsistema de informação financeira que a partir das

operações/acontecimentos realizadas/ocorridos nas entidades a que se
aplica, os regista em suportes próprios por forma a dar a conhecer aos
múltiplos utilizadores, a respectiva situação económica, financeira e
monetária.
"A contabilidade é uma actividade de serviços. A sua função é

proporcionar informação financeira sobre as entidades económicas com
o fim de permitir a tomada de decisões face a diferentes alternativas"
(Accounting Principle Board nº4 -1970)
Património e seus elementos constitutivos
Noção:
Conjunto de bens, direitos e obrigações expressos em valor, utilizados pela
unidade económica, no exercício da sua atividade;
Elementos constitutivos:
Ativo – conjunto dos valores que se possui ou que se tem a receber
Passivo – conjunto de valores a pagar

______________________________________________________________________
Composição e valor do património:
Composição - Engloba um conjunto heterogéneo de elementos de diferente

natureza.
Valor:
 Património complexivo ou global - Conjunto dos elementos (tangíveis e
intangíveis) factivos e passivos.
Património líquido - Diferença entre os elementos patrimoniais ativos e passivos
O Valor do Património: Ativo - Passivo
______________________________________________________________________
O Valor do Património: Ativo - Passivo
Exemplo: Sendo o Ativo um conjunto de valores positivos e o Passivo um conjunto de
valores negativos, o Valor do Património corresponde à soma algébrica das duas classes
de elementos.
Ativo
Dinheiro e cheques 500,00
Edifício 7.000,00
Viatura 3.000,00
Dívidas a receber (clientes) 2.000,00
12.500,00
Passivo
Dividas a pagar (fornecedores) 750,00
Empréstimo Bancário 1.750,00
2.500,00
Ativo 12.500,00
Passivo -2.500,00
Situação Líquida 10.000,00

______________________________________________________________________
Grupos e classes de elementos:
Com o objetivo de facilitar a execução do trabalho contabilístico, a divulgação

das demonstrações financeiras e a leitura pelos utilizadores da informação
contabilística, os elementos patrimoniais são reunidos em grupos e classes.
Ativo, passivo e capital próprio:
Estes são os grupos de 1ª. linha. Todos os outros correspondem a

desdobramentos em sub-grupos, designados por itens.
______________________________________________________________________
Factos patrimoniais
O Património não é estático e assim temos factos patrimoniais

permutativos e modificativos
Factos Patrimoniais:
São operações/acontecimentos que têm incidência patrimonial:
Permutativos – implicam alteração da composição do património, sem
alteração do valor (do património liquido);
Modificativos – implicam não só alteração na composição, como também

no valor (do património liquido).

______________________________________________________________________
O inventário
Noção:
 Relação/Lista dos diferentes elementos patrimoniais, com indicação do seu
valor.
 Inventariar, consiste em analisar os elementos de um dado património,
descrevê-los e atribuir-lhes um valor.
Fases:
 Identificação;
 Descrição e classificação;
 Valorização.
Âmbito:
 Gerais
 Parciais
Disposição:
 Simples ou corrido
 Classificado
___________________________________________________________________________
Relatórios de contabilidade
financeira
Normas nacionais?
SNC
As regras…
Normas internacionais?
IFRS

Capítulo I – Demonstrações Financeiras

______________________________________________________________________
Quadros de informação contabilística:
 Balanço
 Demonstração das alterações nos capitais próprios
 Demonstração dos resultados
 Demonstração dos fluxos de caixa
 Anexo

______________________________________________________________________
A elaboração das demonstrações financeiras tem em vista diferentes

utilizadores, sendo seu objetivo:
 Evidenciar o desempenho dos responsáveis da empresa;
 Proporcionar informação sobre a posição financeira da empresa,

a sua situação económica e respetivas evoluções;
 Auxiliar a tomada de decisão


___________________________________________________________________________
SNC
Balanço
Demonstrações dos
resultados
Demonstração das alterações no

capital próprio
Demonstração dos fluxos de caixa
Anexo

___________________________________________________________________________
IFRS
Demonstração da
posição financeira
Demonstração do
rendimento integral
Demonstração das
alterações no capital próprio
Demonstração dos
fluxos de caixa
Notas


___________________________________________________________________________
• Apresenta a posição financeira de uma entidade (activos, passivos

Balanço
e capitais próprios) num determinado momento.
Demonstrações dos • Apresenta o resultado líquido de uma entidade (rendimentos

resultados menos gastos) gerado durante um determinado período.

___________________________________________________________________________
Demonstrações das • Apresenta as alterações ocorridas no capital próprio de uma

alterações no CP entidade (rendimento integral e operações com detentores de
capital próprio) num determinado momento.
Demonstrações dos • Apresenta os fluxos de uma entidade (entradas de caixa e saídas

fluxos de caixa de caixa) gerado durante um determinado período.


___________________________________________________________________________
• Apresenta informação complementar e informação adicional à

apresentada no Balanço, Demonstração dos Resultados,
Anexo Demonstração das alterações no capital próprio e Demonstração dos
fluxos de caixa mas que seja relevante para uma melhor compreensão
de cada uma delas.

___________________________________________________________________________
Demonstração financeira Perspetiva Foco Elementos Tempo
Ativo Passivo Capital

Balanço Financeira Posição financeira Um momento
próprio
Desempenho Rendimentos Gastos

Demonstração dos resultados Económica Um período
Resultados Resultados
Desempenho Rendimento integral

Demonstração das alterações
Económica Operações com Operações com Um período
no capital próprio
acionistas detentores de capital
Alterações na posição
Demonstração dos fluxos de Recebimentos
Monetária financeira Geração de Um período
caixa Pagamentos
caixa
Informação
Anexo As três perspetivas Detalhe Explicitação complementar e Um período
adicional


___________________________________________________________________________
Entidade: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Balanço em 31 de dezembro de N Euros
31/12/N 31/12/N-1
ATIVO
Balanço
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
Inventários
Clientes
Caixa e depósitos bancários
…………………………….
Ativos
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Passivos
Capital próprio
Capital realizado
Resultado transitados
…………………………….
Capitais próprios Resultado líquido do período
Passivo
Financiamentos obtidos
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
…………………………….

___________________________________________________________________________
Ativos:
Recursos controlados pela entidade com vista a obter benefícios económicos no futuro


___________________________________________________________________________
Passivos:
Obrigações da entidade

___________________________________________________________________________
Capitais próprios:
Financiamento proporcionado pelos detentores da entidade + resultados acumulados gerados
pela entidade.


___________________________________________________________________________
Equação fundamental da contabilidade
Ativos = Passivos + Capitais Próprios
Recursos Fontes de financiamento

económicos dos recursos económicos

___________________________________________________________________________


___________________________________________________________________________
DR do período findo em 31 de dezembro de N Euros
N N-1
Vendas e serviços prestados

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas
Demonstração dos resultados Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
Imparidade de inventários
Imparidade de dividas a receber
……………………...…
Rendimentos Outros rendimentos e ganhos
Outros gastos e perdas
Gastos
Gastos de depreciação e de amortização
……………………...…
Resultados Resultado operacional
Juros e rendimentos similares obtidos

Juros e rendimentos similares suportados
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento

Resultado líquido do período

___________________________________________________________________________
Rendimentos:
Créditos das vendas de bens ou da prestação de serviços + outros rendimentos


___________________________________________________________________________
Gastos:
Utilização de recursos pela entidade para gerar os seus rendimentos

___________________________________________________________________________
Resultados:
Rendimentos - gastos


___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
DACP do período findo em 31 de dezembro de N Euros
Posição no início do período (1)
Demonstração das alterações no

Alterações no período (2.1)
capital próprio
Alterações de políticas contabilísticas
Diferenças de conversões de demonstrações financeiras
Excedentes de revalorização
……………………...…
Rendimento integral
Resultado líquido do período (2.2)
Operações com detentores do

Rendimento integral do período (2=2.1 + 2.2)
capital próprio
Operações com detentores de capital próprio (3)

Realização de capital
Distribuições de dividendos
……………………...…
Posição no fim do período (1+2+3)


___________________________________________________________________________
DFC do período findo em 31 de dezembro de N Euros
N N-1
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)

Recebimentos de clientes
Demonstração dos fluxos de caixa Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Outros recebimentos/pagamentos
Entradas de caixa
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
Pagamentos respeitantes a:
Saídas de caixa Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
……………….
Recebimentos respeitantes a:
……………….
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)

Atividades Recebimentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
……………….
Operacionais Pagamentos respeitantes a:
Investimentos Financiamentos obtidos
Financiamento ……………….
Variação de caixa (1+2+3)

Caixa no início do período
Caixa no final do período

___________________________________________________________________________
Fluxos de caixa das atividades operacionais:
Fluxos de caixa diretamente relacionados com as principais atividades produtoras de rédito da

entidade.
Pagamento a fornecedores Recebimento de clientes


___________________________________________________________________________
Fluxos de caixa das atividades de investimento:
Fluxos de caixa diretamente relacionados com a aquisição e alienação de ativos de longo prazo
da entidade.
Recebimento respeitante a Pagamento respeitante a

ativos fixos tangíveis ativos fixos tangíveis

___________________________________________________________________________
Fluxos de caixa das atividades de financiamento:
Fluxos de caixa diretamente relacionados com as atividades de financiamento da entidade.
Recebimento respeitante a um Pagamento respeitante a um

financiamento obtido financiamento obtido


___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
Anexo do período findo em 31 de dezembro de N
Identificação da entidade
Referencial contabilístico
Principais políticas contabilísticas

Anexo
Fluxos de caixa
Informação complementar
…………..
Informação adicional Ativos intangíveis
Inventários
…………..
Rédito
…………..
Outras informações


___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
Balanço Balanço Balanço
DR DR
DACP DACP
DFC DFC
Ano 1 Ano 2


___________________________________________________________________________
Demonstração dos resultados DACP
Rendimentos 6.000.000 Posição no início do período 1.200.000

Gastos (5.300.000) Alterações no período 800.000
Resultado líquido do Resultado líquido do período 700.000
700.000
período Resultado integral do período 1.500.000
Operações com detentores do capital próprio (400.000)
Posição no fim do período 2.300.000
DFC Balanço
Fluxos de caixa: Outros ativos 13.000.000

Das atividades operacionais 2.000.000 Caixa 1.300.000
14.300.000
Das atividades de investimento (600.000)
Capital realizado 500.000
Das atividades de financiamento (1.000.000)
Operações variações no capital próprio 1.100.000
Variação de caixa: 400.000
Resultado líquido do período 700.000
Caixa no início do período 900.000 2.300.000
Caixa no fim do período 1.300.000 Passivos 12.000.000
14.300.000
Capítulo I – Normas Contabilísticas

___________________________________________________________________________
Demonstrações financeiras
Normas nacionais?
SNC
As regras…
Normas internacionais?
IFRS


___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
Normas Normas
contabilísticas contabilísticas
Alemanha USA
Resultado líquido Resultado líquido

602 DM milhões (1.839) DM milhões


___________________________________________________________________________
International Accounting Standards Board (IASB)
Organismo privado de âmbito internacional criado em 1973 (Londres)
Objetivo: desenvolver normal de relato financeiro de elevada qualidade,

baseadas em princípios claramente definidos, que sejam aceites a nível
mundial.
Normas: foram emitidas 41 International Accounting Standards (IAS) e 15

International Financial Reporting Standards (IFRS)

___________________________________________________________________________
International Financial Reporting Standards
IFRS porquê?
 Maior transparência da informação financeira
 Maior relevância das demonstrações financeiras
 Maior comparabilidade das demonstrações financeiras
 Menor custo do capital e melhoria no acesso a fontes de financiamento

externo


___________________________________________________________________________
IFRS onde?
Japão
India
?????
Brasil
EUA
México
2010
Canadá
África do
Austrália
Sul
2005
União Turquia
Europeia

___________________________________________________________________________
IFRS na União Europeia
Em 2005: as IFRS são de aplicação obrigatória pelas empresas cotadas

em qualquer bolsa da União Europeia


___________________________________________________________________________
IFRS em Portugal
Em 2005: as IFRS são de aplicação obrigatória pelas empresas

portuguesas cotadas em bolsa
IAS - IFRS
Em 2005: as IFRS são de aplicação opcional por algumas empresas
portuguesas não cotadas em bolsa
Em 2010: O Sistema de Normalização Contabilístico (SNC) é de aplicação

obrigatória pelas restantes empresas portuguesas
CNC

___________________________________________________________________________
Vantagens com a aplicação das IFRS
Empresas: Facilidade no acesso a fontes de financiamento
Utilizadores: Decisões económicas mais fundamentadas
Profissionais: Maior mobilidade e reconhecimento da profissão

Capítulo I – Papel dos Gestores e dos Auditores

___________________________________________________________________________
Podemos confiar na informação apresentada nas DF?
• Sistemas de controlo da informação;
• Auditores independentes externos à empresa;
• Órgão interno que revê os dois mecanismos anteriores.

___________________________________________________________________________
Informação e gestão:
Desafios aos gestores:
 Entender a informação como fonte de conhecimento dos negócios, metodologias,

processos de gestão, e relação entre recursos e produção;
 Desenvolvimento de sistemas de gestão para um melhor

desempenho;
 Aumento da qualificação e competência dos seus recursos humanos;
 Criação de uma atitude pró-ativa para a inovação com todos os

“stakeholders” (pessoal, clientes, fornecedores...).


___________________________________________________________________________
Auditores independentes
Asseguram que as demonstrações financeiras

apresentam de forma verdadeira e apropriada, em
todos os aspectos materialmente relevantes, a
posição financeira, o resultado das suas operações,
as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa
da entidade.
Examinam as demonstrações financeiras

preparadas pelos gestores.

Capitulo I - Conceitos, Demonstrações Financeiras e Decisões de Negócio

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Contabilidade Financeira I - 2017/2018 28/09/2017

Ano Letivo 2017/18

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 1

Estes apontamentos têm o contributo dos colegas da

Dr.ª Carla Joaquim

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 2

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 1

Pretende-se que os alunos, no final da Unidade Curricular de Contabilidade

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 3

Compreender a importância da contabilidade no âmbito dos sistemas de

Conhecer a estrutura conceptual do SNC e critérios de valorimetria do SNC;

Conhecer e aplicar o SNC;

Saber a mecânica do processo de registo pelo método das partidas dobradas;

Conhecer o processo de registo contabilístico (do diário à demonstração de

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 4

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 2

Pretende-se que os alunos, no final desta Unidade Curricular, possuam

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 5

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 6

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 3

1. Considerações gerais (continuação)

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 7

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 8

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 4

2. Estrutura Conceptual (continuação)

C. A definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos das DF

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 9

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 10

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 5

3. Estudo das Contas (continuação)

C. O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA)

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 11

S.N.C.- Sistema Normalização Contabilística

Costa, Carlos Baptista da; Alves, Gabriel Correia; Contabilidade Financeira,

Borges, António e outros; Elementos de Contabilidade Geral; Áreas Editor,

Santos, José Gonçalves dos; Contabilidade Financeira – Manual de Casos

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 12

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 6

Borges, António; Ferrão, Martins; Manual de Casos Práticos; Áreas Editora;

Borges, António; e outros; SNC Sistema de Normalização Contabilística –

Nabais, Carlos; Nabais, Francisco; Prática Contabilística de acordo com

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 13

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 14

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 7

Duas modalidades de avaliação:

1. Avaliação contínua: Só para os alunos que assegurem uma assiduidade

2. Avaliação não contínua - Exame e Exames de Recurso.

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 15

Conceitos, Demonstrações Financeiras e Decisões de

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 16

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 8

Compreender a importância da contabilidade no âmbito dos sistemas de

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 17

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 18

José Farinha - AF, C, GAB, GASS e GE 9

2. A Evolução e o Papel da Contabilidade Como Instrumento de Gestão:

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 19

História da Contabilidade – Tópicos

1. A origem da palavra Contabilidade;

2. A Contabilidade existe desde os primórdios da civilização;

3. Foi tida como a arte da escrituração mercantil;

4. Utilizava técnicas específicas, que se foram aperfeiçoando e

5. Não obstante a origem milenar da contabilidade, esta foi evoluindo de

CONTABILIDADE FINANCEIRA I – 2017/2018 20