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Gestão Ambiental

INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO

A dependência do homem em relação ao seu meio-ambiente é inegável. É do meio que


ele recebe o ar que respira, e de onde ele extrai seu alimento, sua bebida, e sua
proteção contra as ações do clima (chuva, frio, etc.).

É também desse meio que ele extrai materiais para suas ferramentas e construções
(recursos naturais), a energia para mover suas máquinas e ferramentas (recursos
energéticos), e onde ele descarta seus dejetos e resíduos. Cuidar do meio-ambiente
significa, portanto, preservar a própria espécie humana.

O homem é um ser social, cuja sobrevivência depende de uma organização social


iniciada no ambiente familiar. O conjunto de famílias assentadas numa determinada
localidade forma uma comunidade, e a ampliação disso resulta no que conhecemos
como sociedade.

As famílias, comunidades e sociedades dependem do meio-ambiente de forma coletiva,


e é daí que vem a idéia do ambiente enquanto um bem comum, coletivo.

O meio-ambiente, por sua vez, se mantém equilibrado através de uma sensível teia de
relações complexas entre solo, clima, paisagem, animais, vegetais, fungos, protistas,
bactérias e vírus, que até hoje não foram totalmente compreendidas pela ciência: a
biodiversidade.

2. ASPECTOS NA CLASSIFICAÇÃO DE MA

Pode-se destacar quatro aspectos contidos na classificação de meio ambiente:

2.1 Meio ambiente natural (ou físico) - É constituído pelo solo, pela água, pelo ar
atmosférico, pela flora e pela fauna. Quando é lançado em qualquer corrente de água
um produto tóxico, que provoca a morte dos seres vivos daquele habitat, temos um
exemplo de agressão ao meio ambiente físico.

2.2 Meio ambiente cultural (construído pelo homem, enquanto expressão de sua
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cultura) - É constituído pelo patrimônio histórico, artístico, científico, arqueológico,
paisagístico, turístico.

2.3 Meio ambiente artificial - É constituído pelo espaço urbano construído (conjunto de
edificações e equipamentos públicos colocados à disposição da coletividade),
observando-se que neste conceito não se exclui o meio ambiente rural, uma vez que se
refere a todos os espaços habitáveis, no tocante ao pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e garantia do bem-estar de seus habitantes.

Quando o seu vizinho do andar superior não se preocupa em sanar um defeito contido
na edificação, que provoca o vazamento de água, de forma perene, em seu imóvel, ou,
quando alguém depreda sistematicamente todos os orelhões do bairro, temos aí
exemplos de agressões ao meio ambiente artificial de uma determinada pessoa, no
primeiro exemplo, e de pessoas indeterminadas, no segundo exemplo.

2.4 Meio ambiente do trabalho - É constituído pelo ambiente onde o ser humano
desenvolve sua atividade produtiva, objetivando sua sobrevivência enquanto homem-
indivíduo. Envolve neste aspecto a saúde e a segurança do trabalhador.

Ao longo do tempo, a ciência foi desvendando que muitas ações praticadas pelo ser
humano geravam danos ao meio-ambiente, cuja gravidade tem variado desde
pequenas alterações até catástrofes irreversíveis, como a desertificação e o
aquecimento global.

No Brasil, o artigo 225 da Constituição Federal estabelece o “meio ambiente


ecologicamente equilibrado”como direito dos cidadãos deste país, definindo-o como
“bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida”. Atribui ainda, ao “Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”.

No entanto, o processo de uso e gestão dos recursos ambientais é, em sua essência,


conturbado, dado os interesses em jogo e os conflitos que podem existir entre atores
sociais que atuam sobre o mesmo meio ambiente, físico/ natural ou construído. Os que
objetivam a posse e o controle do recurso natural brigam entre si e com os grupos que
defendem o ambiente como patrimônio da humanidade.

A tensão entre a necessidade de assegurar às populações o direito ao meio ambiente


saudável e equilibrado, como bem público, e a definição de como, por quem e para que
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devem ser usados os recursos naturais na sociedade, tem sido uma constante ao longo
da história de nosso modelo civilizatório.

Com a rápida degradação e até mesmo extinção de muitos destes recursos naturais e
energéticos, cada vez mais a humanidade tende a deflagrar conflitos pelos que
restaram. O escasseamento do petróleo e da água doce potável são, por exemplo,
questões geradoras de grandes disputas entre as comunidades e as nações.

Somado a isso tem-se ainda o problema da destinação final dos resíduos gerados pela
atividade humana, seja no estado sólido, líquido ou gasoso. O problema do lixo nas
cidades, dos contaminantes tóxicos das indústrias e da agricultura, da poluição das
águas, das emissões atmosféricas por veículos automotores e pelas chaminés das
indústrias, são apenas alguns exemplos do grande desafio que a sociedade precisará
superar para garantir uma melhor qualidade de vida no futuro.

É nesse contexto que se insere a “Gestão Ambiental”, uma função basicamente


administrativa, voltada a Gerir os conflitos e as soluções que envolvem os problemas
ambientais tanto no espaço público quanto no privado.

3. DESENVOLVIMENTO INTEGRADO

O desenvolvimento sustentável é satisfazer as necessidades básicas da humanidade


de forma responsável para evitar colocar em risco o bem-estar das gerações futuras.

Geralmente, a ideia de desenvolvimento está associada a avanços tecnológicos, à


produção em massa de mercadorias e à construção de infraestrutura, como edifícios e
estradas.

3.1 Principais características do desenvolvimento sustentável

I - Desenvolvimento sem danos ambientais

O desenvolvimento sustentável é baseado na crença de que é possível alcançar o


desenvolvimento econômico e social, sem prejudicar o meio ambiente.

Nenhum desses três pilares é mais importante que os outros. É por isso que é essencial
trabalhar em conjunto para alcançar o verdadeiro desenvolvimento sustentável.

II - Sustentabilidade econômica

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Isso significa que os esforços empresariais e governamentais devem produzir
rentabilidade econômica. Caso contrário, mesmo que sejam social e ambientalmente
apropriadas, não poderão ser sustentáveis ao longo do tempo.

Existem empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável, que trabalham


para desenvolver tecnologias que lhes permitam obter benefícios econômicos com menor
impacto no meio ambiente.

III - Sustentabilidade social

Refere-se à preocupação com a qualidade de vida das pessoas. Ou seja, reduzindo os


efeitos sociais negativos que o desenvolvimento de negócios pode ter e aumentando os
efeitos considerados positivos.

Refere-se às condições salariais dos funcionários e à geração de emprego, mas também


ao impacto que uma empresa pode ter dentro dos costumes de uma comunidade.

IV - Sustentabilidade ambiental

Refere-se à conservação da biodiversidade e dos ecossistemas e baseia-se em três


condições básicas:

a) Use recursos renováveis com moderação para que possam ocorrer novamente

Por exemplo, se as árvores são cortadas de uma floresta em alta velocidade, é provável
que a destrua antes que novas árvores cresçam. É por isso que é necessário levar em
consideração quanto tempo levará para crescer novamente para planejar o log de forma
responsável.

b) Use poluentes com moderação, para que o ambiente possa absorvê-los ou neutralizá-
los

Por exemplo, é possível que o uso repetido de pesticidas nas culturas acabe afetando o
ecossistema. Portanto, é necessário minimizar seu uso ou usar pesticidas naturais que
tenham menos consequências ambientais.

c) Use recursos não renováveis com moderação, para que eles não se esgotem antes
que se possa substituí-los

Por exemplo, petróleo e carvão são recursos não renováveis que correm o risco de serem
esgotados. Portanto, é necessário moderar seu uso para que suas fontes não sejam
encerradas antes de encontrar outros recursos que cumpram todas as suas funções.

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3. CONCEITO

Gestão significa o Ato de Gerir, Gerenciar; é sinônimo de Ação Humana de Administrar,


de Controlar ou de Utilizar alguma coisa para obter o máximo de Benefício Social, o que
se pode traduzir por Qualidade de Vida.

A “Gestão ambiental é o campo de estudo da administração do exercício de atividades


econômicas e sociais de forma a utilizar de maneira racional os recursos naturais,
incluindo fontes de energia, renováveis ou não. Fazem parte também do arcabouço de
conhecimentos associados à gestão ambiental técnicas para a recuperação de áreas
degradadas, técnicas de reflorestamento, métodos para a exploração sustentável de
recursos naturais, e o estudo de riscos e impactos ambientais para a avaliação de
novos empreendimentos ou ampliação de atividades produtivas. A prática da gestão
ambiental introduz a variável ambiental no planejamento empresarial, e quando bem
aplicada, permite a redução de custos diretos – pela diminuição do desperdício de
matérias-primas e de recursos cada vez mais escassos e mais dispendiosos, como
água e energia – e de custos indiretos – representados por sanções e indenizações
relacionadas a danos ao meio ambiente ou à saúde de funcionários e da população de
comunidades que tenham proximidade geográfica com as unidades de produção da
empresa.

Um exemplo prático de políticas para a inserção da gestão ambiental em empresas tem


sido a criação de leis que obrigam a prática da responsabilidade pós-consumo”.

Pode-se então concluir que a Gestão Ambiental é consequência natural da evolução do


pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo
mais sábio, onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja
possível, deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada.

Há algumas diferenças entre os princípios de gestão ambiental pública e privada, mas


ambos são formulados por necessidade de resolver problemas ambientais que afetam a
sociedade, seja por interesse econômico, social, ou cultural.

De maneira resumida, é possível afirmar que a função da Gestão Ambiental é garantir a


execução da Política Ambiental, tanto na esfera pública, quanto na esfera privada,
através do emprego de técnicas e ferramentas específicas, como a legislação

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