Saúde Coletiva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA


INTRODUÇÃO À SAÚDE COLETIVA

SAÚDE COLETIVA:
Conhecimento interdisciplinar,

estratégias de promoção de saúde e suas

interfaces com o SUS


Alana Gomes
Alice Parentes
Carla Michelle Rodrigues
Eliane Carvalho
Heloísa Baima
Patrícia Tocantins
Rafael Mondego
01 INTRODUÇÃO

02 INTERDISCIPLINARIDADE

03 PROMOÇÃO DE SAÚDE

04 INTERFACES SAÚDE COLETIVA E SUS

05 ESTUDOS DE RELATOS DE EXPERÊNCIAS

06 CONSIDERAÇÕES FINAIS

07 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
A Saúde Coletiva é um campo de conhecimento
interdisciplinar, tendo como base

Epidemiologia
Planejamento/administração de saúde
Ciências Sociais em saúde

O núcleo epistemológico, teórico e prático é


composto por mais alguns saberes

Ciências Humanas
Medicina

(LUZ, 2015; OSMO ; SCHRAIBER, 2015)


INTRODUÇÃO
Tal hibridismo epistemológico faz da Saúde
Coletiva um campo complexo
A análise dos objetos de pesquisa precisa ser
embasa em paradigmas múltiplos e que permita a
presença de diferentes saberes

Multidisciplinaridade

Interdisciplinaridade

Transidisciplinaridade

(LUZ, 2015; SCHERER, PIRES, JEAN, 2013


MODELOS DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO
PARADIGMAS CIENTÍFICOS
Multidisciplinaridade Interdisciplinaridade Transidisciplinaridade

(LUZ, 2015)
INTERDISCIPLINARIDADE
O esforço para o diálogo interdisciplinar em torno de
problemas estudados pela Saúde Coletiva é um exercício
fundamental que emerge frente

A crítica consistente às dimensões mecanicistas e


biologistas, problematizando o modelo biomédico
A reflexão da natureza multidimensional do ser humano
Demanda práticas dialogadas que articulem formas
abrangentes e totalizadoras do sujeito

(IANNI, 2022; SCHERER, PIRES, JEAN, 2013)


INTERDISCIPLINARIDADE
Esse diálogo entre as disciplinas tem sido mais postulado
que efetivamente realizado, devido

À tendência a uma hierarquização de conhecimentos que


coloca das ciências sociais como secundária
Ao fato de cada profissão se estruturar com paradigmas e
experiências específicos que compõem modos
fragmentares de atuar
À dificuldade de romper fronteiras e implementar formas
alternativas de relação que sejam capazes de proporcionar
múltiplos olhares aos objetos de estudo

(IANNI, 2022; MANOSSI ET AL., 2005; SCHERER, PIRES, JEAN, 2013 )


INTERDISCIPLINARIDADE
Frente a tais desafios, a interdisciplinaridade é uma importante
ferramenta de transformação dos processos de trabalho em
saúde que facilite a construção de um modelo assistencial
congruente com o SUS
Destaca-se que a interdisciplinaridade compõe o caminho para

Universalidade
Equidade
Integralidade
Promoção da saúde

(MANOSSI ET AL., 2005; SCHERER, PIRES, JEAN, 2013 )


PROMOÇÃO DE SAÚDE
O conceito de “Promoção à Saúde”, é assumido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
desde de 1986, como um processo de capacitação da comunidade para melhorar suas
condições de vida e saúde.

Seu significado contém uma combinação de ações:

De reorientação das
Do Estado nas suas Da comunidade, com Dos indivíduos com o
intervenções para
políticas públicas de o reforço das ações desenvolvimento das
ações conjuntas
saúde. comunitárias. habilidades.
intersetoriais.

(SANTOS et al., 2006)


PROMOÇÃO DE SAÚDE
No Brasil, desde meados da década de 1980, vários acontecimentos contribuíram para que a
promoção da saúde fosse incorporada como uma nova filosofia na prática das políticas de
saúde.

Esse espaço passou a ser um fórum de Esse movimento delineou a promoção da


luta pela descentralização do sistema de saúde como política que deve ser
saúde e pela implantação de políticas apresentada em todos os níveis de
sociais que defendem e cuidam da vida complexidade na gestão e na atenção do
das pessoas. sistema de saúde.

8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), cujo Movimento da Reforma


tema foi “Democracia é Saúde” Sanitária Brasileira

(DIAS et al., 2018).


PROMOÇÃO DE SAÚDE
Nesse sentido, a Promoção em Saúde consiste na produção da saúde como:

Garantia dos
Direito social Equidade demais direitos Cidadania
humanos

Com o SUS e a implementação de políticas sociais em defesa da vida, a promoção da saúde é


retomada no sentido de construir ações que possibilitem responder às necessidades sociais
em saúde “para além dos muros das unidades de saúde, incidindo sobre as condições de
vida e favorecendo a ampliação de escolhas saudáveis por parte dos sujeitos e
coletividades no território onde vivem e trabalham".

(ROUQUAROY, 2006)
INTERFACES SAÚDE COLETIVA E SUS
Saúde coletiva & Reforma sanitária (déc. 1970):
luta pela democratização da saúde;

(OSMO; SCHRAIBER, 2015).


INTERFACES SAÚDE COLETIVA E SUS
Reforma Sanitária - pautada na DEMOCRATIZAÇÃO:

Da saúde (direito à saúde inerente à cidadania & compreensão dos


determinantes em saúde);
Do Estado (descentralização do processo decisório e controle social);
Da sociedade (espaços de organização econômica e cultura).

AMPLO PROJETO DE
REFORMA SOCIAL

(PAIM, 2008)
INTERFACES SAÚDE COLETIVA E SUS
VIII Conferência Nacional de Saúde (1986):
Eixo de discussão: "saúde como direito inerente à cidadania, aos direitos sociais
e ao Estado";
Proposições incorporadas ao arcabouço legal do Brasil.
(PAIM, 2008).

Saúde coletiva: apontou para a necessidade de um sistema de


saúde que atendesse as necessidades das coletividades -->
caminho para IMPLEMENTAÇÃO do SUS

(MERHY et al. 2022)


INTERFACES SAÚDE COLETIVA E SUS

Constituição Federal - art. 196 (1988)

A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção
e recuperação.

(BRASIL, 1988).
ESTUDOS DE RELATOS DE EXPERÊNCIAS
Relatos de Experiência do Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho - Lasat
(1997)
Perspectiva Interdisciplinar : políticas públicas e movimentos sociais.
Vivência 1: Evento Sanitário, 1996 - Morte de pacientes submetidos a
hemodiálise em Caruaru - PE.
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde - Cievs
Interface com a vigilância e Renaveh (hospitalar).
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As tensões geradas no campo da saúde coletiva favorecem o diálogo e a


articulação de diversos saberes que buscam compreender as questões
humanas, de saúde e da natureza, possibilitando a prática em detrimento
das mudanças necessárias para a promoção da saúde e o fortalecimento
do SUS.

Sugestão:
A interdisciiplinaridade e os desafios
da formação em Saúde Coletiva
Laboratório Audiovisual do ISC-UFBA
Profa. Clarice Mota (ISC/UFBA)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
DIAS MS DE A, OLIVEIRA IP DE, SILVA LMS DA, VASCONCELOS MIO, MACHADO M DE FAS, FORTE FDS, ET AL.. POLÍTICA NACIONAL
DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: UM ESTUDO DE AVALIABILIDADE EM UMA REGIÃO DE SAÚDE NO BRASIL. CIÊNC SAÚDE COLETIVA
[INTERNET]. 2018JAN;23(1):103–14. AVAILABLE FROM: HTTPS://DOI.ORG/10.1590/1413-81232018231.24682015
IANNI, A. M. Z. A interdisciplinaridade como prática teórica. Saúde Debate, v. 46, n. Esp. 6, p. 29-33, 2022.
LUZ, M. Complexidade do Campo da Saúde Coletiva: multidisciplinaridade, interdisciplinaridade, e transdisciplinaridade de
saberes e práticas – análise sócio-histórica de uma trajetória paradigmática. Saúde Soc., v.18, n.2, p.304-311, 2009.
MERHY, E; BERTUSSI, D; SANTOS, M; ROSA, N; JUNIOR, H; SEIXES, C. Pandemia, Sistema Único de Saúde (SUS) e Saúde Coletiva:
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e210491https://doi.org/10.1590/interface.210491
MENOSSI, M. J.; OLIVEIRA, M. M.; COIMBRA, V. C. C.; PALHA, P. F.; ALMEIDA, M. C. P. Interdisciplinaridade: um instrumento para a
construção de um modelo assistencial fundamentado na promoção da saúde. Rev. Enf. UERJ, v. 13, p. 252-256, 2005.
REFERÊNCIAS
OSMO A; SCHRAIBER L. B. O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates em sua constituição. Saude Soc., Jun,
vol.24, suppl.1, p.205-218, 2015.
PAIM, J. Reforma sanitária brasileira: contribuição para a compreensão e crítica. Salvador: Edufba; Rio de Janeiro: Fiocruz,
2008.
SANTOS, L. DE M. DOS . et al.. Grupos de promoção à saúde no desenvolvimento da autonomia, condições de vida e saúde.
Revista de Saúde Pública, v. 40, n. 2, p. 346–352, abr. 2006.
GONÇALVES, G. M. S.; SANTOS, M. O. S.; GURGEL, A.M.; COSTA, A. M.; GONÇALVES, J. E.; GURGEL, I. G. D.; AUGUSTO, L. G. S.
Experiências pedagógicas para a construção da interdisciplinaridade em saúde coletiva. SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO,
V. 46, N. 135, P. 1238-1248, Out-Dez 2022.
ROUQYAYROL, M. Z. Contribuição da Epidemiologia. In: Campos GWS, Minayo MCS, Akerman M, Drumond Jr, Carvalho YM,
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SCHERER, M. D. A.; PIRES, D. E. P., RÉMY, J. A construção da interdisciplinaridade no trabalho da Equipe de Saúde da Família.
Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, n. 11, p. 3203-3212, 2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
INTRODUÇÃO À SAÚDE COLETIVA

SAÚDE COLETIVA:
Conhecimento interdisciplinar, estratégias de
promoção de saúde e suas interfaces com o SUS

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