Você está na página 1de 11

Missão:

Missão:
Proporcionar ao ser humano, oportunidades para viver com dignidade, livre
dos transtornos decorrentes do uso e abuso das drogas lícitas e ilícitas,
através da prevenção primária, secundária e terciária.

INSTITUIÇÃO PE. HAROLDO


Dr. João Quirino do Nascimento, 1601 • Jd. Boa Esperança • CEP. 13091-516 •
Caixa Postal 197 • Campinas / SP. Fone/ Fax: (19) 3794.2500 / 3794.2507 •
CNSS n.º 225.054/82 - Certificado de Fins Filantrópicos nº 28996025106/94-23
Órgão de Utilidade Pública Federal n.º 88 103 - 10/02/83 - CNPJ. 50.068.188/0001-88
Filiada à Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas - FEBRACT
Site: www.padreharoldo.org.br • e-mail: adm@apadreharoldo.org.br

Programa de Tratamento e Reinserção Social


para Pessoas com Transtornos decorrentes do
Uso e Abuso de Drogas Lícitas e Ilícitas

MANUAL DE ORIENTAÇÃO
PARA RESIDENTES E FAMILIARES
DOS PROGRAMAS DE
COMUNIDADE TERAPÊUTICA

Oração da Serenidade

“Deus, conceda-nos a serenidade necessária


para aceitarmos as coisas que não podemos modificar,
coragem para modificarmos aquelas que podemos,
e sabedoria para distinguirmos uma das outras.”
I – INTRODUÇÃO

Este manual tem como objetivo ajudá-los(as) a entender melhor a nossa proposta para o
Programa de Tratamento, quanto a Síndrome de Dependência Química e/ou de Álcool, no
enfoque psicossocial (definição da Organização Mundial de Saúde e Resolução RDC-ANVISA
101/2001) e, conseqüentemente, esclarecer qual a maneira saudável em dele participar para que
juntos possamos fazer um bom tratamento.
Vocês passaram pelo processo de Atendimento e Triagem e estão integrando-se ao nosso
Programa.
A participação no nosso Programa de Tratamento depende do desejo pessoal em
vivenciá-lo. Assim, é importante que a participação do(a) residente, familiares e amigos(as) seja
feita com disposição e interesse, conscientes de sua doença, de seus limites e valores, e desejo
sincero de reintegrar-se à família e à sociedade.
Nossa filosofia de ação é embasada na trilogia: Espiritualidade, Laborterapia e Terapias
de Apoio. Nossa proposta de tratamento consiste em um trabalho integrado entre Equipe
Responsável, Residente e Familiares (pessoas significativas).
Temos um Regulamento Interno com uma rotina diária de atividades e horários a serem
cumpridos e um ambiente saudável que oferece condições para mudança do estilo de vida.
A mudança de estilo de vida deverá acontecer tanto com o(a) dependente químico(a) ou
dependente de álcool, como também com seus familiares. Para que haja efetivamente esta
mudança é necessário assumirem a responsabilidade pelas ações tomadas e seguirem nossas
orientações.
O resultado do tratamento depende da seriedade, do compromisso e da prática
responsável de TODOS que dele estão participando.
Enquanto houver o desejo verdadeiro de abster-se de drogas e/ou álcool e MUDAR O
ESTILO DE VIDA, a palavra chave é PRATICAR tudo o que for recomendado pelas pessoas
responsáveis.
A APOT/Instituição Pe. Haroldo, em nome do Padre Haroldo J. Rahm, sua diretoria
e Equipe de Tratamento agradece a confiança em nosso Programa de Tratamento e
saúda a sua presença entre nós. Sejam, pois, Bem Vindos !

II – NOSSA MISSÃO
Proporcionar ao ser humano oportunidades para viver com dignidade, livre dos
transtornos decorrentes do uso e abuso das drogas lícitas e ilícitas.

III – NOSSA VISÃO


Tornar-se um modelo de gestão de organização filantrópica, um centro de
excelência em programas de prevenção aos transtornos decorrentes do uso e abuso das
drogas lícitas e ilícitas, nos níveis primário, secundário e terciário e uma fonte de
pesquisa, formação e capacitação de profissionais para atuação em entidades
filantrópicas.

IV – NOSSOS VALORES
Espiritualidade, manifestada através de comprometimento com a missão, ética,
profissionalismo, responsabilidade, desempenho, trabalho em equipe e dignidade.

V- PROPOSTA DE TRATAMENTO
Serviço de atenção a pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de
substâncias psicoativas (SPA), em regime residencial, segundo modelo psicossocial, que tem por
função a oferta de um ambiente protegido, técnica e eticamente orientados, que fornece suporte e
tratamento aos usuários abusivos e/ou dependentes de substâncias psicoativas. É um lugar cujo
principal instrumento terapêutico é a convivência entre os pares. Oferece uma rede de ajuda no
processo de recuperação das pessoas, resgatando a cidadania, buscando encontrar novas
possibilidades de reabilitação física e psicológica, e de reinserção social.

Manual Triagem / Abr.2010 1


PROGRAMA MASCULINO:
Comunidade Terapêutica Adolescentes – 14 anos até 17anos e 11 meses.
• Regime de internação: período mínimo 06 meses de internação, tendo nos dois últimos
meses, as atividades de Reinserção Social e Profissionalização. Após este período
será reavaliado.
• Alimentar persistentemente desejo pessoal de se recuperar;
• Manter constantemente disciplina e respeito para consigo mesmo e para com o
próximo;

Comunidade Terapêutica Adultos - a partir de 18 anos.


• Regime de internação: período médio de 6 (seis) meses, previsto em duas etapas:
Desintoxicação/Conscientização e Reinserção Social. Após este período será
reavaliado.
• Alimentar persistentemente desejo pessoal de se recuperar;
• Manter constantemente disciplina e respeito para consigo mesmo e para com o
próximo.

PROGRAMA FEMININO
Comunidade Terapêutica Adultas – a partir de 18 anos.
• Regime de internação: Período mínimo de 06 meses de internação, sendo nos dois
últimos meses, as atividades de Reinserção Social e Profissionalização; Após esse
período será reavaliada.
• Alimentar persistentemente desejo pessoal de se recuperar;
• Manter constantemente disciplina e respeito para consigo mesma e para com o
próximo.

OBS.: Quem participar dos cursos profissionalizantes, de informática e eletricista instalador


receberá certificado do SENAI. Ressaltamos que a participação nos cursos dependerá
do comportamento, interesse, avaliação da equipe de profissionalização, cronograma de
cursos e disponibilidade de vagas.

VI- ATIVIDADES TERAPÊUTICAS:


* Espiritualidade;
* Grupos de Apoio: Amor-Exigente (AE), Narcóticos Anônimos (NA), Alcoólicos
Anônimos (AA) – 12 Princípios e 12 Passos;
* Atividades em Grupo;
* Grupos Terapêuticos;
* Grupos de Prevenção da Recaída;
* Laborterapia; Atividades culturais, esportivas e recreativas.

VII – EQUIPE DE TRATAMENTO


A Instituição é composta por Equipe Interdisciplinar formada por profissionais graduados:
Psicólogos, Assistentes Sociais, Educador Físico, Educadores Sociais e Voluntários.

VIII - REGULAMENTO INTERNO


PROGRAMAS DE TRATAMENTO MASCULINO (Adolescentes e Adultos) e FEMININO (Adultas)

Vocês jamais estão sós; somos uma Comunidade e como tal nos ajudamos. Contamos
com a colaboração de vocês que, a partir desse momento, fazem parte da nossa Comunidade
Terapêutica.
Obs.: Será solicitado aos membros da família (pais, cônjuges ou responsáveis) que
escrevam um histórico de vida, seguindo um roteiro entregue pela equipe no dia da
internação. Esse histórico deverá ser nos entregue no dia da primeira visita para as
Psicólogas da Clínica ou Triagem.

Manual Triagem / Abr.2010 2


1. Condições para permanecer na Comunidade Terapêutica

a) Querer recuperar-se é essencial.

b) Aceitar nossa proposta: período mínimo de 06 meses de internação e, após avaliação


da Equipe de Profissionais, poderá ser prorrogado, sendo reavaliado periodicamente.
Obs.: Após cada etapa da avaliação, a Equipe poderá optar pelo encaminhamento ao
Programa Ambulatorial.

c) Os casos de residentes que na Avaliação de Triagem, foi constatado COMORBIDADE,


com acompanhamento médico e uso de medicação psicoativa e liberado para
internação em Comunidade Terapêutica, é importante registrar a OBRIGATORIEDADE
da família levá-lo UMA VEZ AO MÊS ao psiquiatra para REAVALIAÇÃO E AJUSTE DA
MEDICAÇÃO, enquanto estiver internado em nossa Instituição.
Obs.: Nossa responsabilidade é a da guarda segura dos medicamentos e da
administração seguindo as determinações prescritas pelos médicos responsáveis.

d) Participar dos Atendimentos Psicológicos Familiares que ocorrerão uma vez por mês
na Instituição.

e) Participar ativamente da filosofia da Comunidade: “Espiritualidade, Laborterapia e


Terapias de Apoio”, reforçada através da disciplina, grupos de apoio (AE, NA, AA),
das atividades pertinentes aos mesmos (12 Princípios e 12 Passos) e atividades
terapêuticas.

f) Realizar exame toxicológico, em laboratório de confiança da Instituição, em caso de


suspeita pela Equipe Multidisciplinar, de uso de substância durante o tratamento.

É DE RESPONSABILIDADE DE TODOS ( RESIDENTES / FAMILIARES E EQUIPE):

a) Zelar para que não haja a transação de bebidas e/ou drogas dentro da Instituição.
Nota: no dia da internação será feita, uma “revista” no residente e em seus pertences;
assim também toda vez que o mesmo sair da Comunidade Terapêutica e a ela retornar
para ir ao médico, perícia, etc..., de acordo com a avaliação da Equipe.
b) Relacionar-se com respeito, ajuda mútua, estímulo e cooperação.
c) Respeitar a disciplina interna e a individualidade de seus (suas) companheiros(as) e de
outros familiares.
d) Zelar pelo patrimônio da nossa Comunidade.
e) É de responsabilidade dos familiares e/ou responsáveis acompanharem o
desenvolvimento do tratamento, observarem as regras da Instituição, comparecerem às
visitas programadas freqüentemente, bem como freqüentar grupos de Auto Ajuda
(Amor Exigente, ALANON ou NARANON).
f) Conhecer e seguir as regras e normas internas, externas e para visitas internas e
externas.

2. Direitos do (a) Residente


2.1 Tratamento
Os direitos do(a) residente, abaixo relacionados, foram transcritos do Código de Ética da
Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (FEBRACT):
a) Receber, por escrito, a orientação e os objetivos do Programa de Tratamento, e as
regras existentes na Comunidade Terapêutica, declarando de modo explícito sua
concordância com elas. Qualquer modificação nas determinações acima deverá ser
comunicada com a necessária antecedência.
b) Receber um tratamento digno, respeitoso e seguro, independentemente de raça, credo
religioso ou político, nacionalidade, preferência sexual, antecedentes criminais ou
situação financeira.
c) Viver em um ambiente sadio e livre de droga, sexo e violência.
d) Estar protegido(a) em relação a castigos físicos e violências psíquicas ou morais.
e) Ser encaminhado(a) a recursos externos em caso de doença, quando a comunidade
não dispuser de meios para atendê-lo(a).
Manual Triagem / Abr.2010 3
f) Ter conhecimento antecipado dos pagamentos que deverá efetuar e dos
procedimentos relacionados com eles.

2.2 Visita
Receber visita da família e/ou responsável, uma vez por mês, dentro dos limites da
Comunidade. Serão autorizados parentes/amigos(as) diretos, previamente selecionados no dia da
internação. Sugerimos que na escolha dos parentes/amigos(as) sejam consideradas aquelas
pessoas que se interessem verdadeiramente pelo(a) residente e que poderão ajudá-lo(a) no
programa, principalmente, na reintegração à sociedade.
Os pais, residentes na Comunidade Terapêutica, que possuem a guarda dos(as)
filhos(as), terão o direito de receber visitas semanais dos seus filhos(as), em dias e horários
definidos pela Equipe de Tratamento.
No período de reinserção social só será permitida a saída do(a) residente que receber
visita de familiares dentro do mês, tendo em vista a importância da família participar de todo o
processo para receber devidas orientações de como ajudar o residente no momento do contato
social e familiar.
Os responsáveis pelos residentes inseridos na CT-Adolescentes/Jovens, além da visita
mensal (segundo domingo do mês) terão a possibilidade de agendar uma visita durante a semana
onde a proposta será destes responsáveis participarem de maneira efetiva do Programa da CT-
Adolescentes/Jovens, no sentido de motivar o adolescente a aderir ao tratamento e estreitar o
relacionamento adolescente-família. Vale dizer que estas visitas devem ser previamente
agendadas que ocorrerão somente após a avaliação da Equipe de Tratamento para a verificação
desta ser positiva ou não naquele momento.

2.3 Atendimento Médico e/ou Odontológico


a) Nos casos de enfermidade é de responsabilidade da equipe de tratamento comunicar à
família, que deverá providenciar a condução do(a) residente ao médico e/ou dentista e
o retorno à Comunidade.
b) A família compromete-se a conduzir o(a) residente diretamente ao médico e/ou
dentista e trazê-lo à Comunidade, imediatamente, após o atendimento.
c) O desrespeito ao compromisso supra citado, havendo desvio de percurso ou alteração
de objetivo na ida do(a) residente ao médico, como por exemplo: sair a passeio ou
visita a casa de amigos, parentes, ou à própria residência, aproveitar a oportunidade
para realizar compras ou atender desejos dos residentes (dirigir o veículo, namorar,
comer doces, etc.); ou outros, são fatos graves e poderão resultar em imediato
desligamento do(a) residente e sua família de nossa Comunidade Terapêutica.
d) Nos casos médicos e/ou odontológicos em que a saúde do(a) residente exigir
internação para tratamento, ou repouso absoluto por tempo superior a uma semana,
controle de medicamento, dieta e outros, a critério da Comunidade, o residente será
afastado do Programa, temporariamente, mantendo seu direito à vaga para retornar,
assim que for liberado pelo médico. Os dias em que o(a) residente ficar afastado da
Comunidade Terapêutica, não serão computados no período da internação (esta
afirmação procede para qualquer tipo de afastamento) e serão acrescidos, quando o(a)
residente retornar.
e) Qualquer saída para Médico/Dentista só será autorizada em caso de real necessidade.
Casos de urgência ou de pronto atendimento médico serão avaliados a critério da
equipe.
f) Nos casos em que houver emergência de atendimento ou acidente, a Comunidade
assumirá a responsabilidade pelo encaminhamento ao Pronto Socorro, comunicando
em seguida, a família/responsável, para que esta tome as providências necessárias.
g) Cabe à decisão à Equipe, após qualquer saída do(a) residente da Comunidade
Terapêutica, o(a) mesmo(a) passar por revista no retorno.
h) Os familiares que vierem buscar o(a) residente deverão passar pelo setor de disciplina
tanto no momento da saída quanto no retorno. O(A) residente não deve ser deixado(a)
a sós na portaria ou no Setor de Atendimento.

2.4 Retorno

Manual Triagem / Abr.2010 4


Para retornar ao programa o(a) ex-residente deverá solicitar ao Setor de Atendimento, e,
caso seja aceita a solicitação concluída pela avaliação da Equipe, passará novamente pelo
processo de Triagem.

2.5 Objetos Pessoais / Higiene/ Roupas


Será entregue no dia da Avaliação Sócio-Econômica (caso seja acordada a internação),
uma relação das roupas, objetos pessoais (higiene e limpeza) e tudo o que o(a) residente
necessitar para o período de internação. É de responsabilidade da família e/ou responsável
providenciar o que for solicitado. A Instituição Padre Haroldo não se responsabiliza pelos
pertences dos residentes, mas sugere que eles sejam simples e de custo módico.
As roupas deverão ser identificadas com as iniciais do nome do(a) residente (à prova
d’água). Roupas sem identificação serão doadas.
Não é permitida a troca de objetos pessoais, de higiene e roupas entre os(às) residentes;
cada um deve preservar aquilo que é seu.

2.6 Comunicações
a) Cartas: o(a) residente terá o direito de receber e/ou enviar cartas dentro dos limites da
Comunidade, respeitando os horários determinados, sendo que os envelopes recebidos serão
abertos pelo(a) residente na presença da Equipe, para que se possa verificar se não trazem
coisas inadequadas ao tratamento. Esclarecemos que as cartas não serão lidas pela equipe,
porém lembramos aos familiares que o conteúdo das cartas que escreverem pode interferir
diretamente (positivamente ou negativamente) no tratamento do residente.

Endereço para correspondência:


Para:
______________________________________ (nome do(a) residente)
EXEMPLO _________________________ (Programa onde o(a) residente está
internado(a)
Rua Dr. João Quirino do Nascimento, 1601
Campinas - SP
CEP. 13091-516

b) Telefonemas: as comunicações telefônicas serão permitidas somente em casos de


urgência e com autorização da equipe.

TELEFONES PARA CONTATO:


Setor de Atendimento: Fone/Fax (19) 37942500 e 37942504 (2a à 6a feira, das 8:00 às 17:00h).

Casa São José (Adultos – Reinserção) ( 19 ) 3794-2508


Fazenda do Senhor Jesus (Adultos) ( 19 ) 37679008 - 37679131 Todos os dias, das
CT-Adolescentes (Adolescentes) ( 19 ) 3794-2511 8:00 às 17:00 h
Casa Guadalupe (Adultas) ( 19 ) 3794-2521
Obs: Após a internação, qualquer comunicação e/ou solicitação deverá ser feita com a
coordenação do respectivo Programa onde o(a) residente se internou.

2.7 Desistência do Programa


a) Para desligar-se do programa o(a) residente, independentemente do tempo de
internação, deverá comunicar à equipe de tratamento, com 24h de antecedência, e
juntos ponderarão o motivo dessa tomada de atitude, cabendo entretanto, ao(à)
residente a decisão definitiva pela saída ou optar pela continuidade.
b) A família será comunicada, caso o(a) residente opte pela desistência e, deverá
comparecer no Setor de Atendimento, no prazo de 24h para realização do Atendimento
Psicológico Familiar e procedimentos necessários.
c) Caso a família não possa comparecer, o(a) residente será então encaminhado ao
Setor de Atendimento para que retorne à casa.
A Comunidade não se responsabiliza pelo transporte do(a) residente que, por qualquer
motivo, esteja se desligando do programa, sendo responsabilidade deste ou de sua
família e/ou responsável conduzir-se à partir do Setor de Atendimento. No momento de
internação será deixada uma taxa (obrigatória) de transporte no valor da passagem

Manual Triagem / Abr.2010 5


rodoviária, caso a família/responsável não possa vir buscá-lo(a), ser-lhe-á entregue o
valor correspondente a passagem, despesa eventual e documentação.
d) Residentes menores de idade SOMENTE sairão da Comunidade com a presença da
família e/ou responsável ou autorização por escrito, via fax da mesma.
e) Enquanto o(a) residente aguarda seu desligamento do Programa, é
ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO continuar participando de todas as atividades e,
caso prejudique a disciplina, será DESLIGADO. Caso esteja em alguma saída de
médico, visita, dentista, atendimentos psicológicos familiares e outros, deverá retornar
ao Programa de origem para realizar o desligamento.
f) Em casos de fuga/evasão a equipe tem obrigação de comunicar a família/ responsável
e providenciar boletim de ocorrência/ou ofício ao Juiz, para adolescentes ou adulto que
tenha sido internado com encaminhamento judicial.

3. Motivos para Desligamento


a) Usar drogas e/ou álcool em qualquer dependência da Instituição Pe Haroldo.
b) Se o(a) residente, tendo usado álcool e/ou drogas em local externo, adentrar na
Instituição Pe. Haroldo com sinais evidentes do uso feito.
c) Se o(a) residente, tendo usado álcool e/ou drogas em local externo, tiver
comportamento incompatível com as normas sociais ou for objeto de denúncia sobre o
uso, denuncia que será devidamente apurada.
d) Agredir fisicamente, desrespeitando outro(a) residente ou pessoa da equipe de
tratamento.
e) Não cumprir com as Normas Internas e não participar em qualquer atividade proposta,
sem motivo justo, a partir do momento que o(a) residente, em outras oportunidades,
tenha sido alertado e esteja reincidindo na atitude.
f) Praticar atos obscenos ou relações sexuais.
g) Lançar mão de objetos não pertencentes à ele(a) próprio(a).
h) Ter qualquer atitude que venha depor contra a proposta e a integridade pública da
Instituição, em momento de saídas diversas: CEASA, Grupos de Apoio, consulta médica
e/ou odontológica, etc.
i) Incitar atos de rebeldia ou participação voluntária nos mesmos.
j) Portar dinheiro consigo ou em seus pertences.
k) Avaliação conclusiva pela equipe de tratamento de que o(a) residente não possui o
perfil para a continuidade na Comunidade Terapêutica.
l) Apresentar doença pregressa durante o tratamento, que foi omitida na Entrevista de
Triagem.
m) Motivos outros: a equipe de tratamento se reunirá para avaliação.

IX - INFORMAÇÕES GERAIS
A família deverá escolher o grupo de auto–ajuda que mais se identificar. É obrigatório a
participação semanal das famílias em Grupos de Apoio da própria cidade e trazer os
comprovantes de participação, no dia da visita, tanto para os familiares quanto para as pessoas
que desejam visitar o(a) residente. Orientamos que procure o serviço de apoio aos dependentes
químicos (CAPS) de sua cidade.

PROGRAMA DE ESTÁGIO PARA OS FAMILIARES


A família poderá participar do Programa de Estágio, permanecendo dentro da comunidade
pelo período de uma semana, com o objetivo de vivenciar o programa de tratamento juntamente
com o seu ente que está internado. A liberação para tal programa dependerá do número de vagas
disponíveis e terá um custo de diária por pessoa, definido previamente.

ATENDIMENTO PSICOLÓGICO FAMILIAR


Na internação, a equipe de Clínica Psicológica agendará os atendimentos com nossos
psicólogos, entre o(a) residente e a família, para auxiliá-los na dinâmica familiar. É definido um
mínimo de seis atendimentos e serão agendados de acordo com o desenvolvimento de cada
caso. Os atendimentos familiares são parte integrante do tratamento e por essa razão o
residente cuja família não tenha participado dos atendimentos, não será graduado.
No caso de pedido de desligamento ou desligamento por justa causa, o(a) residente
deverá realizar, juntamente com seus familiares/responsáveis, um atendimento psicológico
familiar para que se faça o fechamento das questões trabalhadas e encaminhamento.

Manual Triagem / Abr.2010 6


VISITA – 2º DOMINGO DO MÊS

a) Participação de Familiares
No dia da visita, as pessoas que foram autorizadas pelo(a) residente à visita, deverão
estar às 7:00 h (pontualmente) no Setor de Atendimento, apresentar DOCUMENTO DE
IDENTIFICAÇÃO (com foto) e aguardar na fila para a compra do ticket do almoço e recebimento
do crachá de visitante. Observação: quem não estiver utilizando o crachá, não poderá participar
da visita. Favor devolver o crachá no término da visita.
Sendo necessária qualquer SUBSTITUIÇÃO OU INCLUSÃO de algum parente/amigo(a) na
relação feita na internação, o(a) residente deverá solicitar à Coordenação que avaliará essa
possibilidade e autorizará à Coordenação do Setor de Atendimento. Se a equipe de tratamento
verificar qualquer irregularidade, no dia da visita, quanto aos visitantes presentes terá direito a
o
convidar a pessoa a se retirar e suspenderá a visita no 2 domingo do mês seguinte.
É solicitado, enfaticamente, o respeito a sobriedade no vestir. É proibido o uso de
mini-saias, shorts, roupas decotadas, justas e transparentes. É rigorosamente proibida a
entrada de bebida alcoólica e/ou drogas na Comunidade, assim como a participação de
parentes e/ou responsável que sejam usuários de álcool e/ou droga ou estejam sob efeito.
Visitantes usuários de álcool/drogas só poderão participar da visita se comprovarem
freqüência semanal à grupos de apoio, assim como estarem em abstinência.

b) Horário
Solicitamos a colaboração de todos para que os horários sejam respeitados:
07:00 h - Chegada ao Setor de Atendimento, para compra do almoço, acertos financeiros e
recebimentos do crachá.
08:30 h - Início da reunião da Equipe com todos familiares.
09:30 h - Início da reunião dos familiares com a Equipe do respectivo Programa no complexo
APOT, assim como saída para a Fazenda do Senhor Jesus.
16:30 h - Término da visita em todos os Programas de Tratamento.

c) Condução
Só poderão utilizar-se da condução para a Fazenda do Senhor Jesus os familiares e/ou
responsáveis que não tenham condução própria. É necessário que seja paga uma taxa de
transporte, no valor de R$ 5,00 (cinco reais)/por pessoa (ida para a FSJ e retorno para o Setor de
Atendimento).

d) Alimentação:
PROGRAMAS DE TRATAMENTO
As equipes se responsabilizam em organizar o almoço comunitário para as respectivas
famílias/responsável e residentes no dia da visita. Além da refeição ofereceremos
acompanhamentos diversos, sobremesa e todos os utensílios (pratos, talheres, etc...)
descartáveis. O refrigerante deverá ser comprado à parte, no dia.
Atualmente estamos cobrando por pessoa R$ 8,00 (reais). Crianças à partir de 5 anos
deverão adquirir o ticket de almoço.

e) Local destinado para almoço de visita


As famílias deverão organizar-se seguindo orientação da equipe de tratamento.
Contamos com a colaboração de todos para que não sejam utilizados outros locais
que não forem destinados à refeição.
Ajudem-nos a preservar a nossa Casa e o nosso ambiente, recolhendo garrafas, copos
descartáveis e outros objetos utilizados para o almoço (utilizem as lixeiras). Ajudem-nos,
também, a preservar a nossa área VERDE, não estacionando em cima da grama dos jardins.
Agradecemos a colaboração de todos!

Observação: A equipe solicita que a família não traga nada à parte. Se quiser trazer algum doce
(salgado, bala, etc.) deverá trazer, em número suficiente, para todos os(as) residentes do
Programa do qual o(a) residente faz parte e entregá-los à equipe de tratamento, e do mesmo tipo
para todos, pois, doces sortidos acabam dando problemas na distribuição. Este pedido é feito
porque somos uma Comunidade solidária e todos têm os mesmos direitos e deveres.

Manual Triagem / Abr.2010 7


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
• Não é permitido o uso de telefones celulares, por parte do(a) residente, salvo autorizado
previamente pela Equipe. Solicitamos aos familiares que deixem no carro seus
telefones celulares, caso isto não seja possível, informar a equipe e só utilizar o mesmo
em caso de urgência.
• Os familiares não deverão dar cigarros aos(às) residentes no dia da visita ou em
qualquer outro momento de contato com os(as) mesmos(as).
• Não é permitido sair das dependências da Comunidade Terapêutica sem autorização da
equipe.
• Não é permitido filmar ou tirar fotos na Comunidade para respeitar o anonimato dos(as)
residentes. Fotos com a família e o residente somente com autorização da Equipe.
• Visitas ao campo de futebol na Fazenda do Senhor Jesus, serão permitidas somente
acompanhadas por um membro da equipe.
• Qualquer encomenda (cigarro, objetos de higiene pessoal, roupas, etc.) ao(a) residente
deverão ser entregues à equipe de tratamento.
• Os(as) residentes não poderão manobrar, dirigir ou permanecer dentro dos carros de
seus familiares.
• Solicitamos que no dia da visita os familiares respeitem a norma de fumar apenas nos
lugares autorizados, colocando-se como exemplo do(a) residente.
• Em casos de desligamento, desistência, graduação ou evasão, os pertences pessoais
do(a) residente que forem deixados na APOT, serão doados para o Programa de
Tratamento dos adolescentes em fase de Situação de Rua.

4. SAÍDA PARA VISITA OU OUTRAS SAÍDAS NA FASE DE REINSERÇÃO SOCIAL

A etapa de Reinserção Social consiste no período de transição da internação ao retorno


do convívio social. É extremamente importante esta etapa, pois o(a) residente experienciará
momentos, situações, lugares, que vão necessitar uma resposta de enfrentamento eficaz. Além
disso, o(a) residente passará a tomar decisões e fazer escolhas que indicarão o sentido e a
direção que está tomando, rumo a realização do seu projeto de vida.
A primeira saída para visita familiar na Reinserção Social será permitida a partir de 20
(vinte) dias de casa até o aniversário do mês (dia de internação), onde serão marcadas com, no
mínimo, uma semana de antecedência. Exemplo: desceu para Reinserção Social dia 20/01, sairá
em 10/02.
O(A) residente que estiver na Reinserção Social e não receber visita da
família/responsável no (2ºDomingo do mês) que anteceder a sua saída, perderá o direito de sair
para visitar seus familiares/responsáveis.
Os (as) residentes que chegarem de visita familiar ou outras saídas (médicos, dentistas,
INSS, etc) que requeiram pernoite, não poderão sair nesse dia.
Os(as) residentes que não marcarem suas saídas (visitas, perícias, médico, etc)
antecipadamente, ficarão sem saídas para Grupos de Apoio ou lazer naquela semana.

5. JUSTIÇA
O(A) residente que esteja respondendo processo, e por solicitação judicial deve
comparecer à audiência, será liberado, desde que a equipe de tratamento do Programa seja
avisada com antecedência. Para isso, deverá ser acompanhado(a) pela família e/ou responsável,
que deverá encontrá-lo no Setor de Atendimento e desde que esta saída seja solicitada com
antecedência; devendo retornar à Comunidade tão logo seja liberado(a). Caso seja necessário,
estaremos fornecendo declarações e relatórios a juizes ou advogados, solicitados
antecipadamente, sendo que as despesas de correio são de responsabilidade dos
familiares/responsável.

6. DINHEIRO / CONTRIBUIÇÃO MENSAL


Em hipótese alguma é permitido que o(a) residente tenha qualquer valor monetário em
seu poder, sendo que o depósito pessoal feito em seu nome, para qualquer emergência,
permanecerá em poder do Setor Administrativo. A violação desta regra é motivo para
desligamento automático.
Durante a etapa de ressocialização, os familiares/responsáveis deverão fazer um depósito
na área da “Disciplina” referente às saídas para Grupos de Auto-ajuda e lazer.

Manual Triagem / Abr.2010 8


A contribuição mensal de despesas para a Instituição deverá ser efetuada conforme
orientação recebida no momento da internação.
O valor da contribuição/doação de despesas mensais não será restituído no caso de
desistência ou desligamento do(a) residente.

7. REQUISIÇÃO DE AUXÍLIO DOENÇA ATRAVÉS DO INSS


O(a) candidato(a)que contribui ou está contribuindo como assegurado do INSS poderá
requerer seu Auxílio Doença, através do site: www.previdenciasocial.gov.br ou pelo telefone 135.
Este procedimento é de inteira responsabilidade da família do candidato.
Após agendada a perícia médica, a família do candidato deverá avisar com antecedência,
de no mínimo três dias úteis, o Setor de Tratamento em que ele se encontra: a data e o horário da
perícia.
A responsabilidade de levar o residente até o local onde ocorrerá a perícia, é da família,
que deverá buscá-lo na Instituição e trazê-lo de volta.
Lembramos que a Instituição Pe. Haroldo NÃO fornece laudo médico para afastamento.

8. DOAÇÕES / PRESENTES
Quaisquer doações/presentes deverão ser feitos à Comunidade e não a algum membro da
equipe. Este procedimento deverá ser seguido para evitar prejuízo a ética profissional de nossos
membros. Contamos com a colaboração de todos e em casos de observarem o não respeito às
orientações dadas, solicitamos comunicar à Coordenação para que sejam tomadas as devidas
providências.

9. GRADUAÇÃO
As cerimônias de graduação serão realizadas semestralmente no Centro de Convenções
Inácio de Loyola. Para participar o(a) graduando(a) deverá ter concluído o tratamento.
Residentes que se desligarem antes do término do tratamento ou forem desligados por
justa causa, não poderão graduar-se.
Poderão comparecer os(as) graduandos(as), familiares/responsáveis e convidados(as)
dos(as) mesmos(as).

10. ENCONTRO ANUAL DE GRADUADOS


A equipe da Instituição Pe. Haroldo promove um encontro anual, para comemorar com
todos os(as) graduados(as) que passaram pela nossa Instituição e concluíram o tratamento.
É um momento de confraternização entre graduados(as), familiares/responsáveis e
amigos(as), que estão dando continuidade ao propósito da recuperação com muita satisfação por
ver frutificado um trabalho conjunto; participando também desse encontro: residentes internados,
a equipe de tratamento (funcionários(as) e voluntários(as) da nossa Comunidade Terapêutica.
A abertura do encontro é prevista para um domingo de manhã e encerramento no final da
tarde.
Para participar desse Encontro o(a) graduado(a) deve estar em abstinência, dando
manutenção em tratamento, através da participação em grupos de apoio ( AE, AA e NA ), em
Atendimentos Psicológicos (individual e familiares) e fazer sua inscrição na através do telefone
(19) 3794-2500, Setor de Atendimento.
ESPERAMOS E SERÁ MUITO BOM QUE VOCÊ SEJA MAIS UM(A) IRMÃO(Ã) A PARTICIPAR
DOS NOSSOS ENCONTROS.

O Programa de tratamento na Comunidade sustenta com insistência a importância da


participação em Grupos de Apoio (AE, AA, NA - 12 Princípios e 12 Passos) e Atendimentos
Psicológicos, durante e após a internação como parte do processo de recuperação.
A base da nossa proposta de tratamento: 12 Princípios do AE e 12 Passos do AA / NA,
que você deve conhecer e aplicá-los todos os dias.
Uma sugestão é ir destacando um princípio a cada mês, por exemplo: no mês de
dezembro que é o 12º – 12º Princípio do AE e 12º Passo do AA.

Contamos com o apoio de todos no cumprimento deste regulamento e das normas


de moradia, e, em caso de dúvidas, recorra a Equipe de Tratamento.

Manual Triagem / Abr.2010 9


FILOSOFIA

Estou aqui porque, finalmente, não há mais como me refugiar de mim mesmo ...
Até que não me confronte nos olhos e no coração de outros, estarei fugindo.
Até que sofra o partilhar dos meus segredos, não me libertarei deles.
Temeroso de ser conhecido, não poderei me conhecer, nem aos outros ...
E estarei só!
Onde se não em meu companheiro poderei encontrar esse espelho?
Aqui, juntos, posso finalmente, conhecer-me por inteiro.
Não como o gigante em que sonho ser, nem tampouco como o anão dos meus temores,
mas como alguém parte de um todo, compartilhando os seus propósitos.
Onde se não em meu companheiro poderei encontrar esse espelho?
Neste solo poderei criar raízes e crescer; não mais isolado como na morte, mas vivo para
mim e para os outros.
Richard Beauvai

Manual Triagem / Abr.2010 10

Você também pode gostar