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Obrigada

por participar dessa


iniciativa educacional em
prol da melhoria da
qualidade e segurança
assistencial
Curso de Formação de
Avaliadores Internos da Rede
EBSERH com base no
Manual de Diretrizes e Requisitos do
Programa e Selo EBSERH de Qualidade 1ª
edição
Instrutora: MSc. Enf. Liliana Rodrigues do Amaral
Doutoranda em Administração - COPPEAD/UFRJ
Pesquisadora do CESS – Centro de Estudos em Saúde da UFRJ
Membro da Comissão Regional da Qualidade – COREN RJ
Membro do Grupo Técnico de Boas ´Práticas do COFEN
Especialista em Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente – Universidade Nova de Lisboa
MBA em Segurança do Ambiente em Instituições de Saúde – UNIRIO
Especialista em Administração Hospitalar – IMS/UERJ
Avaliadora e educadora em Acreditação Internacional pela Joint Commission International
Coordenadora de Novos Negócios Educacionais do CBA
Docente da COPPEAD, do Instituto de Ensino Israelita Albert Einstein e da PUC Rio de Janeiro
Contrato de convivência
Entrar no Teams em até 5 minutos antes do início da aula
Manter a câmera aberta
Manter o áudio fechado
Quando quiser fazer alguma pergunta, sinalizar abrindo o áudio e
levantando a mão
Havendo muitas perguntas ao mesmo tempo serão feitas
inscrições pelo chat
Participar das atividades individuais e em grupo
ROTEIRO
• Qualidade em serviços de saúde

• Segurança do paciente

• O processo de avaliação

• Processos

• Perfil do avaliador

• As entrevistas

• Exercícios
Linha do Tempo

460 AC 1818 - 1865 1820 – 1910 1869 – 1940 1919-2000

Semmelweis Codman

Donabedian
Hipócrates Nightingale
Linha do Tempo

Anos 70 Anos 80 Anos 90 Anos


2000

Cochrane
Rand
Corporation

Wennberg
Qualidade do cuidado em saúde
Todas as definições de Qualidade contém pelo
menos dois componentes:
I.- A prestação de cuidados com
alta qualidade técnica
II.- Todos os pacientes desejam ser
tratados de forma respeitosa e
atenciosa e serem participantes
das decisões sobre seu tratamento
Institute of Medicine

Qualidade do cuidado é o
grau em que os serviços de
saúde voltados para
indivíduos e populações
aumentam a probabilidade
de resultados desejados e são
consistentes com o
conhecimento profissional
corrente
Atenção: Livro básico! Um bom resumo:
http://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Relat%C3%B3rio%20Final%20Qualisus%201
6%20DEZ_2013.pdf
Atenção: Salvar o portal PROQUALIS nos favoritos
Aspectos centrais a serem observados na
qualidade do cuidado

“Cuidados ruins” – as melhores alternativas


indicadas deixam de ser utilizadas por ignorância,
negligência, imperícia ou imprudência
“Cuidados de menos” – cuidados necessários e
adequados deixam de ser prestados por diversas
razões ou por não estarem disponíveis
“Cuidados demais” – cuidados em excesso desviar
recursos que poderiam ter usos mais produtivos e
expõem pacientes a riscos e danos desnecessários

Exemplos?
Marque a resposta correta

A)Qualidade em saúde e segurança do paciente


são sinônimos
B)Segurança do paciente é uma dimensão da
Qualidade
C)Eficiência quer dizer um tratamento que deu
resultado
D)Um cuidado equitativo é diferente de um
cuidado universal
E) Duas respostas estão corretas
Dimensões da Qualidade

Donabedian (1990) IOM (2001)


Efetividade Efetividade
Eficiência Eficiência
Equidade Equidade
Eficácia Oportunidade
Acessibilidade
Cuidado centrado no paciente
Otimização
Segurança do paciente
Legitimidade
Dimensões Definição
Segurança do Evitar lesões e danos nos pacientes decorrentes do cuidado que tem como
Paciente objetivo ajudá-los
Cuidado baseado no conhecimento científico para todos que dele possam

Efetividade se beneficiar, evitando seu uso por aqueles que provavelmente não se
beneficiarão (evita subutilização e sobreutilização, respectivamente)

Cuidado respeitoso e responsivo às preferências, necessidades e valores


Cuidado
individuais dos pacientes, e que assegura que os valores do paciente
centrado no
orientem todas as decisões clínicas. Respeito às necessidades de informação
paciente
de cada paciente

Redução do tempo de espera e de atrasos potencialmente danosos tanto


Oportunidade
para quem recebe como para quem presta o cuidado

Cuidado sem desperdício, incluindo o desperdício associado ao uso de


Eficiência
equipamentos, suprimentos, ideias e energia
Qualidade do cuidado que não varia em decorrência de características
Equidade pessoais, como gênero, etnia, localização geográfica e condição
socioeconômica
Exercício

Cite exemplos para cada dimensão


Filmes

Aprendendo com erros


https://www.youtube.com/watch?v=WhGPfn2MDzY

Teste de Observação
https://www.youtube.com/watch?v=LvusDjrYTf4&nohtml5=F
alse
Porque a segurança do paciente se
tornou um tema tão discutido?
1. O cuidado mudou
2. Começou-se a medir
Esse relatório abriu os olhos do
mundo

Atenção: Livro básico!


Incidência e Negligência
(estudos com foco médico legal)

Estudos Incidência Negligência

California 1977 4.6 -

Nova York 1984 3.7 25%

Utah – Colorado 1992 2.9 32%

Atenção: De Vries EN, Ramrattan MA, Smorenburg SM, Gouma DJ, Boermeester MA. The incidence
and nature of in-hospital adverse events: a systematic review. Qual Saf Health Care 2008; 17:216-23.
Incidência e evitabilidade
(estudo com foco em melhoria de qualidade)

Estudos Incidência Evitabilidade


Austrália 1992 16,6 51%
Nova Zelândia 1998 12,9 37%
Inglaterra 1999-2000 10.8 48%
Canadá 2000 7.5 37%
Dinamarca 2001 14.5 40%
França 2002 9.0 27%
Estimativa da incidência de EA
(Brasil)

SIH-SUS em média Com EAs


12 milhões de evitáveis
internações 601.920 pacientes

Mendes W, Martins M, Rozenfeld S, Travassos C. The assessment of adverse events in Brazilian hospitals. Int J Qual Health Care 2009;
21(4): 279-284. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19549674
Prop de EA Dias a + de
Tipo de dano
evitável internação
Infecção associada ao cuidado 24,62 % 226
Complicações cirúrgicas e/ou anestésicas 20,00 79
Dano por atraso ou falha no diagnóstico e/ou
tratamento 18,46 59

Úlcera por pressão 18,46 9


Complicações por punção venosa 7,69 0
Dano por queda 6,15 0
Dano por medicamento 4,62 0
Total 100 (65) 373
Mendes W, Pavão ALB, Martins M, Moura MLO, Travassos C. Características de eventos adversos evitáveis em hospitais do Rio de Janeiro. Revista da Associação
Médica Brasileira, Volume 59, Issue 5, Pag. 421-428. 2013
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302013000500006&script=sci_abstract&tlng=pt
O Conselho Australiano para Segurança e Qualidade em Saúde,
em 2001 incentivou pesquisadores e profissionais de saúde a informar os
termos e definições utilizadas em segurança do paciente. O objetivo era
conceber uma linguagem com significados comuns para facilitar a discussão
e a pesquisa. Foram listados 149 termos com 296 definições diversas;
registradas 16 definições para erro, 14 para evento adverso e 5 para evento
adverso relacionado a medicamentos,
Essa profusão de definições tem várias origens. Entre elas a compreensão dos
profissionais de saúde, em geral, e dos médicos, em particular, sobre o que é
erro no cuidado à saúde

Runciman W, Hibbert P, Thomson R, Schaaf TVD, Sherman H,Lewalle P. Towards an international classification for patientsafety: key concepts and terms.
Int J Qual Health Care.2009;21:18–26
Percepção do erro
A definição de erro para o prof. de saúde é influenciada
pelas consequências desse no paciente.

Um resultado de um exame anormal apresentado como


normal, todos relataram que houve um erro ou engano

A queda de um tubo com sangue, apenas parte


(47%) considerou que houve um erro

Há falta de consenso sobre o que constitui erro

Relato cirúrgico normal com a ferida suturada no diafragma

Troca de medicação sem que tenha sido administrada


A OMS criou, em 2004, a Aliança
Mundial para a Segurança do
Paciente

Uma das primeiras iniciativas


da Aliança foi desenvolvimento
de uma classificação para
segurança do paciente.

ICPS é um conjunto de
conceitos ligados por relações
semânticas para organizar a
informação

Atenção Texto básico: William Ruciman, Classificação Internacional de Segurança do Paciente (International
Classification for Patient Safety – ICPS) (WHO 2009).
Estrutura conceitual
da Classificação
Internacional sobre
Segurança do
Paciente
Incidente
www.who.int/patientsafety/taxonomy/en/

Evento ou circunstância que poderia ter


resultado, ou resultou, em dano desnecessário
ao paciente. Podem ser oriundos de atos
intencionais ou não-intencionais

Erros são, por definição, não-intencionais

Violação: divergência deliberada de um


procedimento, um padrão ou uma regra
Circunstância Notificável
Incidente com potencial dano ou lesão (um desfibrilador numa sala de
emergência que não está funcionando)

Near Miss
Incidente não atinge o paciente (uma bolsa de sangue foi conectada
no paciente errado e este incidente foi detectado antes de ser
infundido)
Incidente sem dano
Incidente atinge o paciente, mas não causa
dano (uma bolsa de sangue foi conectada no
paciente errado e nada acontece com o paciente)
Incidente com dano (Eventos adversos)
Incidente atinge o paciente e resulta em lesão ou
dano (uma bolsa de sangue foi conectada no
paciente errado, foi infundida e o paciente morreu
com uma reação hemolítica)
Qual o tipo de incidente?

1.Médico fez uma prescrição para uma criança internada. A


farmacêutica detectou a possibilidade de interação medicamentosa
e conversou com médico que alterou a prescrição

2. Enfermeira da CCIH identificou a falta de sabão em todo


andar

3. Paciente de 32 anos teve queda do leito e nada sofreu

4. Paciente de 50 anos em uso de sonda teve infecção


urinária no 10.o dia de internação
ERRO ou VIOLAÇÃO?

1. Paciente de 40 anos em uso de sonda teve infecção urinária


no 10.o dia de internação. Profissional responsável foi
capacitado no protocolo de higienização das mãos, mas não
fez o procedimento correto nesse paciente. VISA fiscalizou o
serviço e o considerou com boa estrutura. ERRO ou VIOLAÇÃO?
2. Paciente de 26 anos fez hematoma após aplicação de
medicamento por injeção endovenosa. ERRO ou VIOLAÇÃO?
MAIS EXEMPLOS

Evento sentinela – Joint Commission


Um evento sentinela é um eve nto grave que leva o pac ie nte a
óbito ou dano permanente

Resiliência
Grau com que um sistema continuamente impede, detecta, atenua o
dano ou reduz os
perigos ou incidentes
O que mais fez a OMS?

1. Recomendou soluções práticas. (ajuda importante da JCI). Algumas ficaram


conhecidas como metas internacionais

2. Recomendou o aumento da pesquisa


Organização Mundial da Saúde, Avaliação e tratamento de danos aos pacientes: Um guia metodológico para hospitais carentes
de dados. 2012. Curso online: Introdução à investigação sobre segurança do paciente/doente.
http://www.who.int/patientsafety/research/online_course_portuguese/en/index.html

3. Criou um guia metodológico para ética na pesquisa em segurança do paciente


WHO Library Cataloguing-in-Publication Data:Ethical issues in patient safety research: interpreting existing guidance.
2013

4. Criou um guia para introduzir segurança do paciente nos currículos


WHO. World Health Organization. Patient safety curriculum guide: multiprofessional edition [Internet]. Geneva: WHO;
2011 http://whqlibdoc.who.int/publications/2011/9789241501958_eng.pdf

5. Estimulou que as organizações conhecessem a sua cultura de segurança do


paciente
RELEVÂNCIA DOS AVALIADORES
INTERNOS
O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO E SUAS ETAPAS

Avaliação de
acreditação
AVALIAÇÃO(ÕES)
SIMULADA(S)
(Mock surveys)
APRENDER A
METODOLOGIA/PADRÕES
(Projeto educacional)
O PROCESSO DE ACREDITAÇÃO E SUAS ETAPAS

SISTEMAS + CULTURA

Liderança
engajada Gestão
de riscos
Melhoria
Avaliação de
acreditação contínua Monitoramento
AVALIAÇÃO(ÕES)
SIMULADA(S)

APRENDER A
METODOLOGIA/PADRÕES Aprendizagem
coletiva

Manutenção intra-ciclo
COMO MANTER?

✓Motivação e propósito
✓Apoio e compromisso da liderança e alta direção
✓Educação contínua para todos os profissionais
✓Acompanhamento sistemático dos processos
✓Avaliadores internos da qualidade, treinados para
utilizar a metodologia do rastreador (tracer)
✓Avaliação externa anual, educativa
✓Sustentação do programa de qualidade e
segurança
✓CULTURA DE QUALIDADE E SEGURANÇA
CULTURA DE SEGURANÇA

Conjunto de valores, atitudes,


competências e comportamentos que
determinam o comprometimento com
a gestão da saúde e da segurança,
substituindo a culpa e a punição pela
oportunidade de aprender com as
falhas e melhorar a atenção à saúde

Anvisa, RDC n°. 36/2013


O PAPEL DO AVALIADOR
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE

▪Atividade sistemática, independente e documentada,


realizada para examinar os processos organizacionais com a
finalidade de levantar evidências e avaliar a extensão de sua
conformidade com requisitos (critérios / padrões) internos
e/ou externos, visando a melhoria contínua do
desempenho, no atendimento ao conteúdo destes
requisitos
O AVALIADOR INTERNO DA QUALIDADE

É um profissional treinado e capacitado para atuar como um


educador, usando uma metodologia definida

Ele ajuda no monitoramento dos processos e seus resultados,


disseminando a metodologia da qualidade e levantando
possíveis pontos de fragilidade na instituição

Colabora para fortalecer a cultura de qualidade e segurança na


instituição, junto aos seus pares
O PERFIL DO AVALIADOR
INTERNO
▪ Profissional de confiança na
instituição
▪ Ético, postura profissional, sigilo,
responsabilidade com as
informações coletadas
O PERFIL DO ▪ Empático, perceptivo
AVALIADOR ▪ Bom equilíbrio emocional
INTERNO DA ▪ Observador neutro e imparcial (evite
auditar o próprio setor onde
QUALIDADE trabalha)
▪ Comunica-se adequadamente, sabe
ouvir
▪ Flexível
▪ Seguro
▪ Educador
COMPETÊNCIAS
COMPETÊNCIAS DO AVALIADOR INTERNO DA
QUALIDADE

• Padrões do Manual e sua metodologia


Conhecimento • Leis e regulamentos
(saber) • Políticas & procedimentos organizacionais
• Conhecimento científico
• Comunicação
Habilidade • Observação
(saber fazer) • Relacionamento humano
• Capacidade analítica e de correlação

Atitude
• Comportamento, postura
(saber ser e saber • Valores pessoais
conviver)
CONTEXTO DA GESTÃO DA
QUALIDADE
CONTEXTO DA GESTÃO DA QUALIDADE EM
SERVIÇOS DE SAÚDE

Estrutura

Processos
Fonte: Avedis Donabedian Resultados
ESTRUTURA

Filosofia, políticas, procedimentos, protocolos


Organograma
Recursos
Físicos
Materiais
Humanos
Financeiros
Tecnológicos
PROCESSOS

Forma como são realizadas as ações na instituição

 Um processo é um conjunto de atividades inter-


relacionadas que transforma insumos (entradas) em
produtos ou serviços (saídas)
RESULTADOS

Efeitos detectados pelos indicadores de qualidade e


desempenho

Mensuração do impacto junto aos stakeholders (partes


interessadas)
PROCESSOS

O que é um processo?
Em geral podemos dizer que um processo é composto por

Entrada Saída

Processo

... e que um processo pode ser um conjunto de subprocessos

Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída

Sub-Processo Sub-Processo Sub-Processo

Processo
PROCESSOS

O que é um processo?

É uma sequência de ações (atividades, tarefas, passos) que visam a


realização de um trabalho que agregue valor a um produto ou
serviço
PROCESSOS - GRANULARIDADE

PROCESSO Pagamento a Fornecedores

ATIVIDADE Emitir Nota Fiscal

Acessar sistema Faturamento


TAREFA

PASSO Digitar nome da empresa


PROCESSO

O que é um processo?

PROCESSO BÁSICO “EXAME DE COLESTEROL NO SANGUE”


PROCESSO

A AGREGAÇÃO DE VALOR A UM SERVIÇO

SERVIÇO ANTES... DEPOIS...


Atendimento Médico Algum problema de Saúde
saúde restabelecida
Ruas sujas Ruas limpas
Limpeza Pública

Ideia ou Ideia transformada


Projetos de
necessidade em solução técnica
Engenharia
Processamento Dados brutos Informações
de Dados processadas
Aparência pouco Elegância e beleza
Cabelereiro
elegante
PROCESSOS EM SAÚDE

Para um mesmo processo, em diferentes pacientes, pode-se


necessitar de medicamentos com diferentes dosagens, assim
como a mesma doença admite diferentes tratamentos, invasivos,
não- invasivos ou simplesmente a observação
PROCESSOS EM SAÚDE

A mesma patologia pode exigir um número maior e


diferentes exames complementares para ser
esclarecida
PROCESSOS EM SAÚDE

A coordenação de uma equipe multiprofissional em saúde pode ser


dificultada pelas diferentes categorias profissionais que a
compõem, bem como pela diversidade de formação que cada
faculdade imprime, desenvolvendo processos de maneiras e
custos diferentes, embora corretos
PROCESSOS EM SAÚDE

Os conhecimentos das diversas categorias profissionais são muito


estanques, assim, enfermeiros estão habilitados para aplicar
medicamentos e farmacêuticos conhecem mais profundamente
a farmacologia
PROCESSOS EM SAÚDE

Recrutamento, seleção e manutenção de profissionais para


trabalhar na área não são tarefas fáceis dadas as especificidades,
inclusive, trabalho em turnos, condições estressantes,
responsabilidade, envolvimento emocional, entre outras
PROCESSOS EM SAÚDE

Educação, treinamento e habilidades são peças fundamentais, não


só pelas considerações acima, mas também pela
responsabilidade, complexidade, quantidade e diversidade de
processos já citados. É uma forma de assegurar qualidade, alta
produtividade e baixo custo
PROCESSOS EM SAÚDE

O simples contato da recepcionista ou telefonista com o público já


é um processo que pode facilitar ou dificultar o relacionamento
do público com os profissionais da instituição
PROCESSOS EM SAÚDE

Na área de saúde quem ordena as despesas não é quem autoriza a


compra, mas sim os médicos, que, na maioria das vezes,
desconhecem o custo dos processos, inviabilizando o
atendimento a uma maior parcela da população
PROCESSOS EM SAÚDE

Os médicos ainda são responsáveis pelo contrato entre o paciente


e hospital, que é o prontuário nem sempre legível e completo
PROCESSOS EM SAÚDE

A área física interfere nos processos. Como exemplo, podemos


citar aquelas em que os fluxos de insumos, lixo, materiais
biológicos não são adequados, levando à infecção hospitalar e
suas consequências (morbidade, mortalidade, custos)
Conceitos de Processo
Conceito de processo

Conjunto de ações, interrelacionadas ou interativas,


dispostas de forma a proporcionar um fluxo contínuo
de informações, de material e de trabalho que utilizam
recursos (humanos, tecnológicos, equipamentos) e
consomem insumos a fim agregar valor a um produto
ou serviço e de gerar satisfação no seu receptor
(cliente, espaço de convivência e sociedade)

83
Os processos interagem entre si

❑ Processos finalísticos

❑ Processos de apoio ou suporte

❑ Processo de gestão

❑ Processos-chave

❑ Sub-processos

84
Definições

Macroprocessos = Processos Essenciais


Conjunto de atividades ou etapas multifuncionais, que gera um
impacto profundo no atendimento dos objetivos estratégicos
do negócio

Subprocessos Chave
Fazem parte de um Macroprocesso
Tipos de Processo

Processos Finalísticos

• São aqueles que impactam diretamente o cliente externo. Se


houver falha num processo desse tipo o cliente perceberá
imediatamente

Ex.: Em uma instituição de saúde: atendimento ambulatorial;


dispensação de medicamentos; coleta de exame laboratorial
Tipos de Processo

Processos de Apoio

• São aqueles que sustentam os processos finalísticos e


impactam indiretamente o cliente externo. Se houver falha
num processo desse tipo o cliente não perceberá
imediatamente

Ex.: serviços de apoio de informática; educação e instrução do


pessoal; distribuição de material pelo almoxarifado
Tipos de Processo

Processos de Gestão

• São necessários para coordenar as atividades de apoio e os


processos finalísticos ou primários

• Ex.: planejamento; orçamentação; análise de desempenho


Tipos de Processo

Processos-Chave

• São os processos finalísticos, de apoio ou de gestão que


têm impacto direto no cumprimento da missão da
organização, isto é, são fundamentais para a execução de
sua estratégia e suas atividades de rotina

• Se houver falha num processo desse tipo o sucesso da


organização estará comprometido
Modelo do Processo

Requisitos Requisitos

Fornecedores Insumos Processamento Saídas Clientes

Atendimento Atendimento
Processo, seus atores e seus componentes

GESTOR

FORNECEDOR EXECUTOR CLIENTE

ENTRADA SAÍDA

REQUISITOS REQUISITOS
Processo, seus atores e seus componentes

Fornecedor – fornece os insumos


Ex.: material de consumo, roupa, sangue, etc
Entrada – insumos - materiais necessários para o processo de trabalho
Ex.: seringas, canetas, formulários, medicamentos, resultados de exames, etc

Processo – ações ou atividades de processamento / transformação


Ex.: realização da consulta, do procedimento, organização do prontuário
Saída – produtos/serviços realizados
Ex.: pacientes assistidos, prontuários, material educativo, consultas, internações,
procedimentos, etc
Cliente – recebe o produto ou serviço
Ex.: pacientes internados, familiares, comunidades, médicos
Recursos – não são consumidos no processo
Ex.: recursos humanos, equipamentos, informações, normas

92
EXERCÍCIO 1
Quais são os principais processos de um hospital?

Faça uma breve descrição de cada um


Programa EBSERH de Gestão da
Qualidade
Programa EBSERH de Gestão da Qualidade e o Selo
EBSERH de Qualidade - SEQuali

Instituído pela Portaria-SEI nº 23, de 05 de novembro de


2018, publicada no Boletim de Serviço EBSERH nº 488, de
06 novembro de 2018
Objetivo: promover a gestão da qualidade, a excelência
na gestão, na educação, na pesquisa e na extensão em
saúde no âmbito dos hospitais universitários federais
(HUF) que compõem a rede EBSERH
Consiste em um sistema próprio de avaliação periódica que tem
como objetivo promover a cultura de melhoria contínua dos
serviços prestados à população brasileira pelos hospitais da rede
Ebserh nas áreas assistencial, no ensino, na pesquisa, na inovação
e na extensão em saúde
O Selo Ebserh de Qualidade, por sua vez, visa reconhecer
formalmente os hospitais que atingirem padrões estabelecidos no
sistema de avaliação
A avaliação periódica do nível de qualidade dos serviços prestados,
baseia-se em diretrizes e requisitos pré-definidos neste manual da
qualidade e na legislação vigente, por meio do qual será concedido
o Selo Ebserh de Qualidade
Trata-se de um programa de melhoria contínua, não tendo cunho
fiscalizatório
O intuito é estimular os hospitais universitários a investirem em
processos de melhoria contínua para alcançar os padrões de
excelência nos serviços prestados, buscando promover o cuidado
seguro e efetivo para o paciente, eficiência na gestão e contribuir
para a formação de excelência dos estudantes dessas instituições
Possibilita realizar um diagnóstico da situação do hospital
em relação aos procedimentos de boas práticas ideais,
permitindo traçar estratégias para melhorar a qualidade
da gestão, assistência, ensino, pesquisa, extensão,
inovação; e garantir a segurança do paciente
Este método não avalia apenas um serviço ou
departamento isolados, mas sim o hospital de modo
amplo, considerando a interligação de estruturas e
processos do hospital em que o funcionamento de um
departamento pode interferir nos resultados do conjunto

A avaliação quanto à conformidade das práticas do


hospital ao preconizado neste Manual deverá ser
realizada periodicamente por empregado ou servidor do
hospital, designado para tal fim
O processo de avaliação dos hospitais universitários e a
concessão do Selo Ebserh de Qualidade será realizado por
equipe de avaliação externa, formada por profissionais da
Rede Ebserh de outras unidades hospitalares

Nas visitas será avaliado o nível de maturidade do


hospital em relação à gestão da qualidade, sendo dividido
em quatro níveis:
Anualmente deverá ser realizada avaliação interna da
instituição, pela equipe de avaliadores certificados para o
Selo Ebserh
A renovação do Selo se dará por novo processo de
certificação com visitas presenciais dos avaliadores
credenciados junto ao Serviço de Gestão da Qualidade, na
Sede da Empresa, processo a ser orientado em publicação
específica, o guia de avaliação do Selo Ebserh de
Qualidade
-O hospital deve realizar atividades de ensino, podendo
integrar a rede Ebserh ou não
- O Superintendente e as demais lideranças devem
apoiar a realização do Programa, proporcionando
informações adequadas da realização dos serviços
- O hospital deve monitorar todos os indicadores
preconizados pelo Programa Ebserh de Gestão à Vista
(Portaria-SEI n°4, de 24 de abril de 2018)
O Programa será coordenado pelo Serviço de
Gestão da Qualidade da Sede e sua execução nos
HUF será gerenciado pelo Setor de Gestão da
Qualidade e Vigilância em Saúde (antigo Setor de
Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente),
que será normatizado por portaria e nota técnica
específicas
Comprometimento da Alta
Liderança

A cultura da gestão da qualidade depende fortemente do


apoio da alta governança. Portanto, estes estratégicos
atores devem:
✓Sensibilizar a organização sobre a importância de
atender os requisitos regulamentares
✓Estabelecer e aprovar a política e os objetivos para a
qualidade
✓Garantir a disponibilidade de recursos para manter o
sistema de gestão da qualidade
RE
Os itens que recebem a identificação à esquerda, são os
requisitos considerados essenciais, aqueles que devem
ser observados integralmente para que o hospital
receba o Selo Bronze
As evidências relacionadas neste Manual são de caráter
exemplificativo e não restritivo, visando auxiliar os
hospitais na adequação dos seus processos aos
requisitos, bem como estimular o registro sistemático das
atividades realizadas em cada processo
Estrutura do Manual EBSERH
Processos
finalísticos
Ensino, Pesquisa, Extensão e
1 Inovação em Saúde
Estrutura do Assistência aos usuários
Manual 2.1Identificação do Paciente
2. Internação
3.Alta, encaminhamento e
acompanhamento
4. Acompanhamento ambulatorial
5. Obstetrícia e Neonatologia
6. Emergência
Processos 7. Centro Cirúrgico
Finalísticos 8. Anestesiologia
2 9. Tratamento intensivo
10. Hemoterapia
11. Reabilitação
12. Medicina Nuclear e Radioterapia
13. Terapia Antineoplásica
14. Terapia nutricional
15. Assistência nefrológica e dialítica
16. Assistência farmacêutica
Gestão Hospitalar
3
Gestão de pessoas
Especificidade do Corpo Clínico
Processos 4 Segurança e Saúde do Trabalhador
Gerenciais
Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente
5
Vigilância em Saúde
6
Processos
7
Humanização
8
Referência e contrarreferência
9
Processos
Gerenciais
Comunicação
10

Prevenção e Controle de Infecções


11
Laboratório Clínico
12

Diagnóstico por Imagem


Processos de 13
Apoio
Métodos Gráficos
14
Processamento de Roupas
15
Anatomia Patológica
16
Assistência Social
17
Estatística
18

Arquivo Médico
Processos de 19
Apoio
Faturamento
20
Processamento de Materiais e Esterilização
21
Higiene
22
Sistema de Abastecimento de Água
23
Gerenciamento de Resíduos
24
Processos de
Apoio
Infraestrutura
25

Segurança e Manutenção Geral


26
Processos Requisitos Requisitos
essenciais

Finalísticos 108 42

Gerenciais 247 165

Apoio 250 145


Método Rastreador
Metodologia de Rastreador (tracer methodology) – Um
processo que a JCI utiliza durante a avaliação no local (on-
site) para analisar os processos e sistemas de uma
organização, acompanhando pacientes individuais através
do processo de cuidado da organização, na sequência
vivenciada pelos pacientes, e também traçará vários dos
principais sistemas e processos clínicos e gerenciais

Este rastreamento permite que os avaliadores


identifiquem problemas de conformidade de padrões
evidentes em uma ou mais etapas dos processos de
cuidado e gerenciamento do paciente ou nas interfaces
entre os processos
Durante um Rastreador Individual, o o objetivo do
avaliador é:

▪ Acompanhar o curso de cuidados, tratamentos e serviços prestados


ao paciente dentro e pelo hospital, utilizando prontuários atuais,
sempre que possível

▪ Avaliar as interrelações entre disciplinas e departamentos,


programas, serviços ou unidades, e as funções importantes no
cuidado e serviços que estão sendo prestados

▪ Avaliar o desempenho dos processos relevantes, com foco especial na


integração e coordenação de processos distintos, mas relacionados

▪ Identificar potenciais preocupações nos processos relevantes


Considerações sobre o método
Considerações sobre o método
O método para identificar
“quebras” no(s) sistema(s)
é desenvolvido através do
Rastreador
Um novo jeito de
olhar......

Pode-se observar ou identificar mais


achados em 8 horas de tracer do
que em 20 horas de visitas
agendadas!!
(Percepção de avaliadores e instituições clientes)
VISÃO TRADICIONAL x VISÃO PROCESSUAL

R A S T R E A D O R
Considerações
sobre o método
Considerações
sobre o método

Rastreadores - ferramenta de avaliação externa


e de autoavaliação
▪ Prontidão para uso;
▪ Atividade focada no processo;
▪ Remove barreiras entre departamentos;
▪ O paciente é o foco; e
▪ Identifica como os sistemas atendem aos usuários
Considerações
sobre o método

Os rastreadores permitem avaliar os processos, os


procedimentos e serviços de uma organização através:

➢ do curso e caminho do tratamento/atendimento que


um paciente individual recebeu; ou

➢ da sequencia de um processo ou sistema na


organização, do começo ao fim, em todas as suas
etapas
Escolhendo os
processos/procedimentos/
serviços “prioritários”
Abordagens sobre
o método
Abordagens sobre
o método
Abordagens sobre
o método
Abordagens sobre
o método
Variações do
Rastreador

▪ Rastreador Individual de Paciente


✓ Foco onde o paciente pode ter maior risco e maior volume de atendimento ou
é um problema de ponta para a organização.

▪ Rastreador baseada em temas ou em sistema


✓ Questões que são abrangentes na organização, como o uso de medicamentos,
controle de infecção, indicadores e gerenciamento de informação.

▪ Rastreador Focal
✓ Trata de questões específicas identificadas através dos rastreadores iniciais,
como p.ex: gerenciamento da dor, consentimento informado, contenção.
Recomendações Gerais
na seleção dos
Rastreadores”
1. Foco na abordagem holística e no objetivo
do processo sendo avaliado

Tenha todos os padrões com você! Mantenha-os mentalizados,


tanto quanto possível

Seja sistemático e desenvolva seu plano sobre as áreas e os


padrões que você precisa cobrir em um rastreador específico

A história ou curso do cuidado ao paciente o levará a outra


pergunta ou outra área de interesse

A abordagem, como entrevistas, deve ser direcionada, feita, com


o agente principal e final do processo ou atividade, considerando
níveis técnicos e administrativos, de nível superior, médio ou
operacional
2. Quando você visita algum
departamento, há um potencial para
avaliar quaisquer padrões

• Vincule os achados aos padrões


• Observação sobre a “entrega” dos cuidados
• Observação sobre os processos relacionados a
medicação

• Observação sobre o planejamento dos cuidados


• Entrevista com paciente ou familiar
• Revisão dos prontuários de pacientes
3. Lembre-se que comunicação
efetiva é essencial
• Tenha boa capacidade de comunicação - escuta ativa
• Cuide do tempo e tema focado
• Seja flexível
• Aprofunde-se no processo
• Faça perguntas com “habilidade”
• Abstenha-se de suas convicções pessoais...não seja
prescritivo! By the book!

• Esteja certo de não ter conflitos de interesse


• Perguntas inapropriadas...atenção...
Não fazer
Indicadores de Desempenho
OBJETIVOS

Estimular profissionais a:
• atuar com uma visão estratégica
• tomar decisões tanto de forma
individual, como de forma coletiva
e compartilhada
• instrumentalizar sua gestão
“Não se gerencia o que não se mede, não se
mede o que não se define, não se define o
que não se entende, não há sucesso no que
não se gerencia”
W.E. Deming

126
127
Por que medir o desempenho?

Para deixar de utilizar o conhecimento tácito,


implícito, o feeling

Para tomar decisões com base em fatos, evidências,


informações sistematizadas – indicadores

128
Medir o desempenho
através de indicadores
Objetivos

Apoiar as decisões com base em


informações quantificáveis

Avaliar se a organização está cumprindo


sua missão

Analisar e apoiar ações de melhoria


Medir o desempenho
através de indicadores
Objetivos
Cont.

Avaliar e gerenciar a qualidade

Analisar a estrutura e a efetividade de


processos em relação às metas

Avaliar resultados em relação aos


padrões
Medir o desempenho
através de indicadores
Objetivos

Cont.

Identificar problemas e suas causas

Verificar mudanças ou tendências

Fazer comparações com outras


instituições ou em série histórica
QUANDO MEDIR?
Indicadores são

• Medidas diretas ou indiretas

• Instrumentos de monitoramento

• Índices para apontar processos, serviços ou profissionais


que podem estar apresentando problemas e que
necessitam de outros procedimentos para uma avaliação
mais detalhada

133
Gestão institucional Missão
I I
Gestão do Processo

F C
o l
r I I i
I I
n I e
e I n
c t
e I I I e
d
o
r I = Indicador
134
Indicadores de Estrutura
• A avaliação de estrutura é a que menos informação oferece
sobre a qualidade da atenção à saúde, mas pode ser
importante, se complementar avaliações dos processos e
dos resultados, sendo em alguns casos,
a única disponível

• Nem sempre o fato de uma instituição ter uma estrutura


formidável garante qualidade e segurança ao paciente e
aos profissionais

135
Indicadores de Estrutura

Exemplos:
Disponibilidade de equipamentos e suprimentos para
cirurgias sob regime de anestesia geral
Recursos humanos de enfermagem disponíveis em unidade
de recuperação anestésica
Disponibilidade de equipamento de proteção para
profissionais, como sabão, luvas e máscaras

136
Indicadores de Processo
A avaliação de processo sedimenta-se na ideia de que
a probabilidade de ocorrência de resultados favoráveis
cresce quando tecnologias em saúde são aplicadas
corretamente, à luz do conhecimento existente

(procedimentos médicos e cirúrgicos, sistemas


organizacionais e de suporte à provisão de cuidados de
saúde, etc.)

137
Indicadores de Processo

Podem envolver áreas de avaliação de pacientes, educação


de pacientes, administração de medicamentos, manutenção
de equipamentos ou supervisão de pessoal

• Exemplos:
• Tempo de espera para o tratamento
• Erros de medicação
• Assinatura do consentimento informado
• Tempo para o gerador entrar na falta de energia

138
Indicadores de Resultado

• Demonstram a efetividade dos processos


• São aqueles referentes à mortalidade, à morbidade, à
incapacidade e ao desconforto
• São aqueles referentes à satisfação das necessidades dos
clientes/pacientes

• Exemplos:
• Taxa de mortalidade
• Anos de sobrevida com qualidade relacionados ao uso de uma tecnologia médica
• Satisfação do paciente quanto à dieta oferecida
• Atendimento de pedido (almoxarifado)
139
Indicadores – Fatores Críticos

Medir/monitorar um processo não vai torná-lo


melhor automaticamente

Não existem indicadores infalíveis – por isso é


importante respeitar os seus atributos

140
Atributos dos Indicadores

Facilidade/Disponibilidade

Rastreabilidade

Representatividade (importante e abrangente)

Validade/Pertinência (capacidade de medir o que se quer

medir)

Objetividade/Clareza/Simplicidade (facilidade de ser

compreendido)

141
Atributos dos Indicadores

Exatidão (possibilidade mínima de erro)

Relevância (referido a importante problema)

Confiabilidade (dados fidedignos)

Estabilidade (permanência no tempo)

Baixo custo de obtenção

142
Operacionalização
Indicadores – Fatores Críticos

Sistema de Informação eficaz e efetivo

Envolvimento da gerência na atividade de


monitoramento

Participação da equipe diretamente envolvida


Estratégia para construção de indicadores

Identificar e sensibilizar os atores de interesse


Estabelecer processos a serem mapeados e analisados
Mapear os processos
Identificar estrutura, processo ou resultado a ser monitorado
Identificar os pontos críticos que devem ser monitorados em
cada processo

145
Estratégia para construção de indicadores

• Levantar e priorizar os problemas – atuais ou potenciais


(Brainstorming, 5W e 2H, Matriz GUT, NGT)
• Identificar e priorizar soluções
• Definir o indicador coerente com o propósito do monitoramento
• Elaboração do indicador de acordo com os atributos
• Elaborar Ficha Técnica
• Estabelecer as metas
• Compartilhar os resultados com a equipe envolvida no processo

146
METAS PARA O ADEQUADO
GERENCIAMENTO DO INDICADOR
Meta
Um indicador sem meta é apenas um gráfico de
acompanhamento
Só passará a ser um indicador depois de estabelecida a sua
meta

• A meta fornecerá informação


sobre o sucesso ou o fracasso
do processo na avaliação de
um indicador
148
Metas

São os valores arbitrados pré-fixados para os


indicadores, a serem alcançados num determinado
período de tempo

As metas devem ser factíveis, porém desafiadoras

149
Metas

Três componentes:
Objetivo – o que se deseja alcançar; traduz a
melhoria em relação à situação atual
Valor – a medida pretendida
Prazo – pode ser escalonado (Exemplo: Determinado evento -
reduzir o número de ocorrências em 50%, em 6 meses)

150
Exemplos:

Indicadores Objetivos Meta


Tempo Médio de Permanência
Diminuir o nº de dias
Nº de pacientes-dia x 100 3,5 a 4 dias
de internação
Total de saídas

Taxa de Ocupação
Aumentar o % de
Nº pacientes-dia x 100 80 a 85%
ocupação dos leitos
Nº leitos-dia

Taxa de Infecção Hospitalar 6% ?


Nº infecções hospitalares x 100 Diminuir o % de IH 3% ?
Total de saídas (desafio)
Exemplos:

Indicadores Objetivos Meta

Índice de rotatividade (%)


Diminuir índice de
Máximo 2,0%
Nº de colaboradores demitidos x 100 rotatividade
Nº de colaboradores total

Índice de absenteísmo (%)


Diminuir índice de
Máximo 1,5 %
Horas perdidas (por falta) x 100 absenteísmo
Horas trabalhadas
Para estabelecer a Meta

• Evidência Científica
• Série Histórica
• Benchmarking
• Conhecimento tácito do negócio
• Desafio
• Necessidade

153
Produção do Indicador

Define o processo de coleta de dados e agregação de cada


elemento necessário

Identifica as fontes de informação para cada dado a ser


utilizado

Cria um glossário para uniformizar o uso dos termos

154
CARACTERÍSTICAS DO INDICADOR
Características dos Indicadores

◼ Valores absolutos
Contagem da ocorrência de um evento

 Eventos de baixa frequência e alto impacto


 Eventos sérios, indesejáveis, evitáveis (Evento Sentinela)

Ex.: erro na prescrição ou administração de medicamento, eventos


adversos em geral
◼ Valores absolutos (cont.)

Podem não dar ideia real da magnitude ou gravidade


do problema

Ex.: Número de quedas


(a questão é de quantos foram atendidos 1000 ou 100; de quantos
leitos tem na emergência 80 ou 25)
Relação matemática e lógica entre 2 valores
absolutos - maior parte dos indicadores
Fórmula geral
Numerador x 10 (ou múltiplo) .
Denominador x 10 (ou múltiplo)
Numerador = dado absoluto coletado
Denominador = meta operacional ou população sob risco
Ex.: Coeficiente de morbidade

Nº casos novos de doença tal ____320 casos_____ = 0,00004 casos


Nº habitantes 8.000.000 habitantes habitante

____4 casos_____
100.000 habitantes
Coeficiente ou taxa

► relação entre o número de eventos que de fato aconteceram


(eventos reais) e o número de eventos que poderiam acontecer
(potenciais)

Obs.: o numerador contém aqueles que estão expostos ao risco


ou evento do denominador
► multiplicado por uma base referencial (múltiplo de 10), definido
no tempo e espaço
▪Ocorrência é esperada e aceitável até um limite determinado
O aumento da taxa pode indicar eventos desejáveis (taxa de
imunização) ou indesejáveis (taxa de internação por asma)
Ex.:  Taxa de suspensão de cirurgia nº cirurgias suspensas .
nº cirurgias programadas

Coeficiente de mortalidade por


 _óbitos por CA próstata_
CA de próstata = 0,00010 população de homens
ou seja: 10/100.000 (foram excluídas as mulheres)

▪Taxa de mortalidade hospitalar = número de óbitos/número de saídas por


mês
▪Taxa de cesárea = número de cesáreas/número de partos por mês
▪Taxa de exames normais = número de exames normais/número de
exames realizados no período
Índice
► relação entre a frequência de eventos (número absoluto) e
a frequência dos eventos que contêm, também, aqueles
eventos registrados no numerador. Ou seja, o numerador está
contido no denominador
(Os índices costumam ser expressos em percentuais)

Ex.: Índice de mortalidade proporcional ‘por causa’

Total de óbitos por ‘Doença Cardiovascular’


Total de óbitos da população

Índice de suspensão de cirurgia ‘por causa’

Cirurgias suspensas por ‘falta de sangue’


Total de cirurgias suspensas
▪ Razão ou Relação
► quociente de dois números
Ex.:
▪ Número de enfermeiras por número de leitos

28/10/2021
Construção de Indicadores (5W e 2H)

Nome e tipo de Indicador (O QUE)


Objetivo / Propósito (POR QUE)
Responsável (QUEM)
Método e Fórmula (COMO)
Fonte de Informação (ONDE)
Frequência (QUANTAS VEZES)
Custo da apuração do indicador (QUANTO CUSTA)

163
Ficha Técnica

Documento que apresenta os principais


elementos de análise do indicador, incluindo
o significado, e também especifica a
importância do indicador para a melhoria do
desempenho
Ficha Técnica

Nome e Sigla: identificação do indicador


Área/Abrangência: processo que está sendo monitorado
Significado: meta, objetivo, tipo de medida, critérios de exclusão e
inclusão
Cálculo: definição do numerador e denominador e da população de
referência
Produção: definição do processo de coleta de dados e identificação
das fonte de informação
Periodicidade da análise: frequência de medição por período
Responsável: pela coleta e agregação dos dados e pela elaboração
do indicador

(The Joint Commission)


ESTRUTURA, PLANEJAMENTO E
ORGANIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO
A ORGANIZAÇÃO E A ESTRUTURA

➢ Recomenda-se a vinculação direta da estrutura de


Avaliação Interna da Qualidade a uma instância da direção
executiva (demonstra a importância do processo de avaliação)

➢ Deve ter um regimento interno estabelecido

➢ Deve ter um Coordenador/Gestor nomeado

➢ Deve ter um cronograma anual de atividades

➢ Deve ser composto por equipe capacitada e formalmente


identificada como de avaliadores internos
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO INTERNA DA
QUALIDADE

▪ Conduta ética: confiança, integridade, confidencialidade e


discrição

▪ Apresentação justa: obrigação de reportar com veracidade


e exatidão os fatos da avaliação

▪ Devido cuidado profissional: diligência e julgamento na


auditoria
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO INTERNA DA
QUALIDADE

➢ Auditoria Técnica/Normativa: verificar o cumprimento


estrito de normas e regulamentos técnicos ou normativos (SIM e
NÃO)

➢ Avaliação da Qualidade: verificar o cumprimento e/ou


atendimento à padrões de qualidade estabelecidos (NÍVEL DE
CONFORMIDADE)
PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO INTERNA DA
QUALIDADE

➢ Independência: base da imparcialidade da avaliação e


objetividade das conclusões

➢ Abordagem baseada em evidências: método racional para


conclusões confiáveis e reproduzíveis em um processo
sistemático de avaliação
DESIGNAÇÃO DO AVALIADOR LÍDER

➢ A designação do líder de uma avaliação específica é feita


pelo responsável por gerenciar os programas de avaliações

➢ É preciso haver clareza com relação à autoridade do líder da


equipe de avaliação

➢ O líder é o responsável pelo resultado da avaliação


realizada pela equipe

Caso a avaliação seja realizada por um único avaliação, este incorpora todas
as responsabilidades
RESPONSABILIDADES DO AVALIADOR LÍDER

➢ Responsável pelo planejamento e condução da avaliação: coordena


as atividades e instrui a equipe, estabelecendo o ritmo da avaliação

➢ Ajuda a escolher a equipe de avaliação

➢ Representa a equipe avaliadora perante a organização ou setor


avaliados: coordena a comunicação dentro da equipe e com o órgão
avaliado, liderando as reuniões de abertura e encerramento

➢ Responde pela entrega e adequação do relatório de avaliação


ATRIBUIÇÕES DO AVALIADOR LÍDER

➢ Definir requisitos e critérios da avaliação e qualificação da equipe

➢ Agir dentro dos requisitos e diretrizes aplicáveis na avaliação

➢ Planejar a avaliação, preparar documentos de trabalho e informar a


equipe

➢ Relatar qualquer obstáculo encontrado durante o desempenho da


avaliação

➢ Apresentar os resultados da avaliação de modo claro, conclusivo e


sem atrasos
SELEÇÃO DA EQUIPE DE AVALIAÇÃO

É muito importante que a equipe de avaliadores


promova uma reunião prévia para o auto conhecimento
e para o preparo da avaliação, constituindo um senso
comum de trabalho
TÉCNICAS
CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
QUALITATIVA

➢ Foco multidisciplinar (equipe de avaliadores e profissionais)


➢ Orientação por padrões (objetiva)
➢ Abrangência e foco em processos
➢ Interação e educação (avaliador/educador)
➢ Orientação para o desempenho
➢ Ênfase qualitativa
➢ Oportunidade de cruzamento exaustivo de diferentes fontes de
informação (triangulação, verificação de consistência)
BUSCA DE EVIDÊNCIAS, FATOS

Análise de documentos: (políticas, procedimentos, prontuários, planos,


programas, etc,)

Observação direta em campo: (acompanhar profissionais realizando


atividades, solicitar aos profissionais para abrir arquivos, portas,
gavetas, demonstrar uso de equipamentos, prontuários, etc.)

Ouvir e fazer perguntas – entrevistar


(pacientes/familiares/acompanhantes, profissionais, etc.)
O PROCESSO DE BUSCA DE EVIDÊNCIAS
OBJETIVAS

Entrevistas

Observação Leitura de
direta em documentos
campo e prontuário

Triangulação de evidências, busca de consistência nos achados


POSTURA DO AVALIADOR

▪ A primeira impressão é a que fica: evite postura arrogante


ou insegura
▪ Crie uma imagem de confiança e construtiva. Seja um(a)
educador(a)
▪ “Quebre o gelo” colocando as pessoas à vontade
▪ Procure reduzir ou eliminar eventual sentimento de medo
da avaliação
POSTURA DO AVALIADOR

▪ Ofereça-se para esclarecer dúvidas e enfatize o caráter


educativo da visita
▪ Conduza a avaliação com objetividade e clareza. É você
que imprime a cadência. Controle o tempo
▪ Não fique “pedindo desculpas” durante a visita
POSTURA DO AVALIADOR

▪ Avaliações devem ser feitas no local da execução do


trabalho (in loco)

▪ Não tomar como base apenas opiniões ou informações


verbais (garantir a veracidade antes da conclusão – “show
me”)

▪ Evidências anotadas devem ser informadas ao avaliado,


para que o mesmo tenha clareza sobre o que foi
verificado
▪ Chegue a um consenso com o entrevistado, aproveite a181
oportunidade para educar
POSTURA DO AVALIADOR

▪ Cuidado para não induzir as respostas do entrevistado


▪ Primeiro colha o dado e depois eduque, não misture as
etapas

▪ Registrar os achados e as não conformidades a medida


que forem sendo observadas, assegurando exatidão e
detalhamento que facilite ações corretivas e possíveis
ações preventivas

182
TÉCNICAS DE ENTREVISTA

▪ As primeiras perguntas devem ser gerais e sobre aspectos que o


entrevistado conheça, de modo que ele fique à vontade e relaxe

▪ Preferir uso das perguntas abertas (5W2H) e depois o “mostre-me”

▪ Faça uma pergunta por vez. Se outro membro da equipe de


avaliadores desejar fazer uma pergunta, deverá sinalizar ao líder
A TÉCNICA DOS 5W E 2H

Ferramenta utilizada para ordenamento do raciocínio na ocasião do


levantamento de informações relativas a um fato, uma situação ou um processo
de trabalho. Seu objetivo é tornar a análise mais consistente

O nome da ferramenta é formada pelas letras iniciais dos termos em língua


inglesa que orientam os vários questionamentos:

What? (o que?) When? (quando?)


Why ? (por quê?) How? (como?)
Who? (quem?) How much? (quanto?)
Where? (onde?)
▪ No registro da não-conformidade, evite o uso de termos imprecisos
(alguns, muitos, poucos, maioria, etc.) que provoquem dúvidas de
interpretação

▪ Evite comentários pejorativos e comparações com outras


organizações

▪ Não interrompa atividades que estejam sendo executadas no local


visitado

▪ A avaliação busca evidências de conformidade. A não conformidade


não é o principal objetivo. Ressalte também os pontos positivos 185
A HABILIDADE DE FAZER PERGUNTAS

Exemplos:

– Como ocorre... (estimule o entrevistado a descrever o processo)

– Quais são... (por exemplo, os critérios...)

– De onde (origem)

– Para onde (destino)

– Quando (cronologia)

– Quem (agente responsável)

– Por que (justificativa/objetivo)


ENTREVISTA

▪ Saiba lidar com o silêncio ou pequena pausa, permitindo que o


entrevistado possa pensar antes de responder a uma pergunta
feita
▪ Controle sua ansiedade

▪ Preste atenção às respostas sem tomar nota compulsivamente,


porém sempre fazer anotações

▪ Ao final, agradecer pela participação e colaboração


ENTREVISTA

▪ Eduque se necessário e oportuno

▪ Dê feedbacks verdadeiros e construtivos

▪ Não comente os achados com pessoas que não


participaram da aavaliação e não entenderão o
contexto, cuidado com a Ética profissional
ENTREVISTA

Cuidado com a sua linguagem verbal, para verbal e não


verbal

Não tire conclusões, pensamentos, fatos ou ideias além


daquelas informadas durante a avaliação (cuidado com
a interferência de seus próprios pensamentos)

Não julgue ou avalie sem antes conhecer perfeitamente


189
os fatos
ENTREVISTA

Mantenha o foco, use técnicas para realinhar o assunto em


questão, se necessário (diga: “eu entendo”, “ok”,
“obrigada, entendi”)

Ajude o entrevistado na compreensão da pergunta. Use o


contexto do assunto antes de fazer a pergunta, se
necessário (“deixe-me perguntar de outra forma....”)

Use a técnica do “what if” (e se....)


ENTREVISTA COM O PACIENTE E / OU FAMILIAR

Na entrevista com o paciente, peça para o Enfermeiro


responsável entrar previamente no quarto, explicar o
objetivo e confirmar a participação do paciente e/ou
familiar. Limite o número de participantes no quarto
COMUNICAÇÃO EFICAZ

1. NUNCA julgue ou avalie sem antes conhecer


perfeitamente os fatos (julgamento/avaliação)

2. NUNCA tire conclusões, pensamentos, fatos ou idéias


além daquelas informadas durante a avaliação
(interferência não crítica)

3. NUNCA atribua seus próprios pensamentos ou ideias ao


seu interlocutor (interferência nas idéias)
COMUNICAÇÃO EFICAZ

4. Não se permita distrair os pensamentos nem perder a atenção


ao que está sendo dito ou mostrado (falta de atenção)

5. Seja sempre aberto e receptivo aos outros (atitude)

6. Não interprete palavras ou frases de modo diferente daquele


que o interlocutor proferiu (semântica)
7. Lembre-se que há sempre algo a aprender; não se considere
tão bom que não possa aprender algo com os outros (falta de
humildade)
Exercício
Entrevistas/rastreadores
Diretrizes para o relatório
A linguagem do relatório deve ser concisa, objetiva e de fácil
compreensão
A ESCRITA DEVE SER SEMPRE CONFERIDA QUANTO À
COMPREENSÃO E GRAMÁTICA
Evite redundâncias na elaboração dos textos, propiciando que a
leitura facilite de imediato a identificação do problema/não
conformidade no achado descrito
Ex: Na análise de prontuários fechados, 2 em 5 prontuários
apresentavam....
Diretrizes para o relatório
A formulação do texto deve preferencialmente atender a
seguinte ordem:
a. a fonte da informação: local, documento/prontuário ou
atividade (reunião/entrevista)
b. o(a)(s) profissional(is) que deu a informação (de forma
genérica sem comprometer o profissional)
c. o achado
Diretrizes para o relatório

Ex: Na Unidade Intensiva de Adultos, em entrevista com as


lideranças, foi informado que o consentimento informado
é preenchido quando é realizada transfusão sanguínea.
Entretanto, no prontuário de uma paciente que recebeu
transfusão no mesmo dia, não foi identificado o
consentimento específico
Diretrizes para o relatório

No caso da avaliação TRACER/RASTREADOR não há a necessidade de


mencionar: ...em visita tracer; ...em tracer de seguimento; ... em
tracer de sistema de controle de infecções ou gerenciamento da dor

Inicie diretamente pelo local ou atividade: No CTI; Na pediatria em


visita de controle de infecções...ou na companhia de representante
da CCIH; Em reunião de protocolos...
Diretrizes para o relatório

Os textos devem preferencialmente ser escritos se utilizando


SOMENTE os seguintes termos:
1 .... foi identificado....
2 .... foi observado....
3 .... foi apresentado...
4 .... foi informado ....
5 .... apresentava; ....apresentavam
6 .... informou; ... informaram
Diretrizes para o relatório
Evitar:
- ... identificamos; ... observamos; ... nos apresentou; .... nos
informou; ... nos demonstrou; ... nos disse; ... nos explicou; ...nos
falou; ... nos manifestou
- ...constatado, ...disponibilizado; ....demonstrado; .... dito; ...falado;
.... elucidado; .... explicado; ... manifestado; ...foi relatado; ...foi
verificado
- ... continha; ... continham
Diretrizes para o relatório

Na construção dos textos EVITAR utilizar os termos: ...NÃO HÁ e NÃO


EXISTE
O avaliador jamais pode fazer essa afirmação sem identificar ou
referir a evidência. Nesses casos o achado deve indicar que:
- ... não foi identificado
- ... não foi apresentado
- ... não foi observado
Diretrizes para o relatório

EVITAR: Porém, Todavia, Contudo, No entanto


Para facilitar a leitura e a compreensão do texto, evite frases longas

Para construção dos textos é melhor utilizar o termo


PROFISSIONAL(IS) em lugar de: funcionários, colaboradores,
servidores, etc
Diretrizes para o relatório

Para construção dos textos melhor usar sempre, quando


referido quantidade, ser utilizada a representação
NUMERAL
Ex: ... em 2 de 5 prontuários analisados foi identificado; ...
de 3 pacientes entrevistados; ...1 ficha funcional em 4
analisadas
Diretrizes para o relatório
Para construção dos textos é melhor sempre, quando referente a
prontuários, ser utilizado o termo REGISTRO ou REGISTRADO em
lugar de: anotação; anotado, escrito, descrito, transpassado
Ex: ... a avaliação inicial de enfermagem não estava registrada no
prontuário; ... não foi identificado o registro da educação no
prontuário analisado; ... a nutrição não faz o registro de sua evolução
no prontuário
E ainda utilizar SEMPRE o termo APRESENTAVA(M) em lugar de CONTINHA(M).
Ex: ...2 em 5 prontuários apresentavam o registro do consentimento informado
Diretrizes para o relatório

Na construção dos textos SOMENTE utilize siglas ou abreviaturas


formalmente utilizadas pela instituição avaliada. Não invente ou
utilize siglas a critério pessoal. Exs: CTI AD; UI PED; CDI; PS;

Na construção dos textos utilize os termos e siglas do próprio


manual, ou de documentos oficiais da instituição. NÃO INVENTE!!
Diretrizes para o relatório

Lembre-se sempre que o aspecto mais importante na construção do


relatório e na credibilidade da informação é a sua CONSISTÊNCIA!!
Uma única fonte ou evidência para determinados padrões, na
grande maioria das vezes, não é suficiente para sustentar o achado
Diretrizes para o relatório

Obedecer o prazo de entrega é super importante


Diretrizes para o relatório

Obedecer o prazo de entrega é super importante


PDSA
CONCEITO
• O ciclo PDSA (também designado de
PDCA, sendo neste caso C de Check ao
P invés de S de Study), é uma
ferramenta de Gestão de Qualidade
para a melhoria contínua de
processos de gestão
A D
• Este ciclo é constituído por quatro
etapas e quando é repetido diversas
vezes traz vantagens competitivas ao
S negócio, fazendo com que a qualidade
e a excelência sejam pontos
estratégicos dentro da organização
Plan-Do-Study-Act

O PDCA "Plan, Do, Check, Act" tornou-se popular pelo Dr. W. Edwards Deming,
que se referia a ele como o "ciclo de Shewhart"

Mais tarde, Deming modificou o PDCA para "Plan, Do, Study, Act" (PDSA), pelo fato
de considerar que "verificar/checar", enfatizava fiscalização sobre análise das
melhorias

“Aprendemos a viver em um mundo de erros e produtos


defeituosos como se fossem necessários à vida.
É hora de adotar uma nova filosofia na América”
W. Edwards Deming
1900-1993
Plan-Do-Study-Act

O ciclo PDSA pode ser utilizado para as seguintes formas de


gestão:

1.Manutenção da Qualidade: que visa dar previsibilidade aos


resultados da empresa
2.Melhoria da Qualidade: que visa melhoria contínua dos
processos existentes
3.Planejamento da Qualidade ou Inovação: que visa promover
mudanças radicais nos produtos e processos existentes
Plan-Do-Study-Act
Modelo de Melhoria Contínua – Questões
Fundamentais
1 - O que pretendemos atingir?
• Estabelecer metas mensuráveis e programadas por um
determinado tempo

2-Como saberemos que uma mudança é uma melhoria?


• Usar indicadores que determinem se uma mudança
específica levou a uma melhoria

3-Que mudanças podemos fazer para que possa resultar


em melhoria ?
• Selecionar as mudanças que têm maior probabilidade de
produzir melhorias

Fonte: http://www.ihi.org/resources/pages/tools/plandostudyactworksheet.aspx
Plan-Do-Study-Act – Em que consiste?

O PDSA é um ciclo que envolve 4 etapas:

• Agir • Planejar

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

• Estudar • Executar
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

•Estudar •Executar

1. PLAN (Planejar)

Este é o primeiro passo do ciclo de melhoria continua. É responsável


pelo desenho do processo ao qual se quer ter o conceito aplicado.
Esta fase está dividida em duas etapas:
Etapa 1 - Estabelecer os objetivos
Etapa 2 - Estabelecer o método que será utilizado para alcançar os
objetivos
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

•Estudar •Executar

1. PLAN (Planejar)
Etapa 1 - Estabelecer os objetivos

Consiste em definir o que se quer, com a finalidade de planejar o


que será feito. Este planejamento envolve a definição de
objetivos, estratégias e ações os quais devem ser claramente
quantificáveis

Etapa 2 - Estabelecer o método


Consiste em definir quais os métodos que serão
utilizados para se atingir os objetivos traçados
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

•Estudar •Executar
1. PLAN (Planejar)

O processo de planejamento é estruturado da seguinte


forma:

- Identificar um problema/oportunidade de melhoria


- Coletar e analisar dados
- Analisar as causas
- Preparar soluções
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do
•Executar
2. DO (Executar) •Estudar

Esta fase é a execução da fase anterior de planejamento


e está dividida em duas etapas:

Etapa 1 – Treinamento dos envolvidos


Etapa 2 - Execução do planejado
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

2. DO (Executar) •Estudar •Executar

Etapa 1 – Treinamento dos envolvidos

Consiste em capacitar a organização para que a


implementação do que foi planejado possa ocorrer. Envolve
a aprendizagem individual e organizacional

Etapa 2 – Execução do planeado

Consiste em implementar o que foi planejado


Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

•Estudar •Executar

3. STUDY (Estudar)

Nesta fase temos a análise e verificação dos dados obtidos e colhidos na


execução de acordo com o que foi estabelecido no plano

Tem como finalidade verificar se os resultados estão a ser atingidos conforme


planejado

Esta fase envolve a coleta de dados e é onde serão detetados as possíveis


falhas e erros que não estavam previstos no desenho do processo
Plan-Do-Study-Act – Fases
•Agir •Planear

4.Act 1.Plan

3.Study 2.Do

•Estudar •Executar

4. ACT (Agir)

Esta é a última fase do ciclo e após a conclusão desta fase, o PDSA


inicia um novo ciclo

Esta fase consiste em agir e serão aprimoradas as correções


necessárias e também serão definidos os planos de ação para a
melhoria da qualidade
Plan-Do-Study-Act – Fases

• Agir (Act) • Planejar (Plan)


• Modificar o processo • Recolher fatos e
de acordo com as identificar soluções
alterações • Plano de implementação
introduzidas. da solução
• Divulgar e refletir
sobre a nova melhoria

Act Plan

Study Do
• Estudar (Study) • Executar(Do)
• Se o desempenho do • Implementar a
processo alterado solução
está conforme o
planejado
Plan-Do-Study-Act

CICLO DE MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE

O ciclo PDSA estabelece o princípio da interação na


resolução de problemas, possibilitando a
decomposição de um problema complexo em
problemas mais simples, selecionar os mais
prioritários para resolução, utilizando o ciclo de
melhoria tantas vezes quantas as necessárias para
atingir os objetivos
Vamos trabalhar?
▪ Refine a mudança, com base no que ▪ Declare seu objetivo
foi aprendido no teste ▪ Faça previsões sobre o que
▪ Determine quais modificações devem vai acontecer
ser feitas ▪ Desenvolva um plano para a mudança
▪ ADAPTE (faça modificações e execute - Como planeja realizar o ciclo
outro teste), ADOTE (teste a mudança (5W2H)
em uma escala maior) ou ABANDONE ▪ Identifique quais dados você
(não faça outro teste nesta ideia de precisa coletar
mudança).
▪ Prepare um plano para o próximo
teste
ACT PLAN
▪ Experimente o teste em
▪ Separe um tempo para analisar os
dados e estudar os resultados
STUDY DO pequena escala
▪ Faça o teste
▪ Compare os resultados com as ▪ Documente problemas e
previsões observações inesperadas
▪ Resuma e reflita sobre o que foi ▪ Recolha e comece a análise dos
aprendido dados
“Levantar novas questões, novas
possibilidades, olhar os velhos
problemas de um novo ângulo
exige imaginação criativa e
caracteriza o verdadeiro avanço
na ciência.”
Albert Einstein - cientista

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