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O SER NO ESTAR E

NO PERMANECER:
UM OLHAR PARA O
PEDESTRE ATRAVÉS
DE REVITALIZAÇÃO
URBANA

Gabrielle Rodrigues de Sousa Oliveira

Orientadora: Profª Drª Rosa Sulaine Farias

Trabalho Final de Graduação


Centro Universitário Moura Lacerda
Curso de Graduação em Arquitetura e
Urbanismo

Ribeirão Preto, 2018


A arte de viver é simplesmente
conviver... simplesmente, disse eu? Mas
como é difícil!”
Mário Quintana

4
Aos meus pais e minha irmã, por terem estado ao
meu lado nessa caminhada cheia de espinhos.
À minha parabatai Mariama, pelo apoio e
companheirismo de cada dia.

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6

RESUMO
OLIVEIRA, G.R.S. Ser, estar, permanecer – Um olhar para o
pedestre através de revitalização urbana. Trabalho Final de
Graduação. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. CUML, 2018.
A revitalização urbana é um instrumento que visa intervir, dentre
outras situações, na melhoria da qualidade do ambiente urbano em
áreas degradadas, como as áreas industriais, periféricas e antigas
ferrovias desativadas. Este trabalho tem o objetivo de apresentar
uma proposta de revitalização urbana na antiga ferrovia da Avenida
Rio Pardo em Ribeirão Preto, São Paulo, cujo intuito é promover a
interação entre membros da comunidade, reestabelecer a relação
do pedestre com o meio urbano e revitalizar a área em estado
crítico de degradação. Para isso, foi necessário fazer um estudo
teórico sobre revitalização urbana e um levantamento histórico da
ferrovia em questão; pesquisas de campo analisando a relação
atual entre pedestre e o meio urbano; análise da legislação de
acessibilidade atual e a realidade física do local, em busca de
problemas e potencialidades; levantamento morfológico e sócio-
econômico da área, levando à criação de um futuro cenário pós-
revitalização; referências projetuais para repertório de projeto; e
por fim, proposta de projeto de revitalização.

Palavras-chave: revitalização urbana; ferrovias; pedestre;


promoção do uso público.

7
8

SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO
4
10 REFERÊNCIAS
9
BIBLIOGRAFIA 76
2
PROJETUAIS 48

DISCUSSÃO SOBRE
5
ESTUDO
OS ESPAÇOS
PRELIMINAR 56
PÚBLICOS E A
CIDADE
SUSTENTÁVEL
6
14 ANTEPROJETO 62

3 7
APRESENTAÇÃO, CONCLUSÃO 70
CONTEXTUALIZAÇÃO
E ANÁLISE DA ÁREA
DE INTERVENÇÃO 18
8
ANEXOS 72
9
10
1

INTRODUÇÃO
A presente monografia discorre sobre p.21).
a revitalização urbana em ferrovias O problema mais recorrente é a falta
desativadas com foco voltado para O conceito de mobilidade urbana está de acessibilidade ao longo da avenida,
a mobilidade urbana do pedestre e o diretamente ligado às diferentes formas de prejudicando a mobilidade de pedestres
impacto que essa ação pode causar no deslocamento das pessoas pela cidade. e ciclistas, tendo em vista que faz parte do
meio urbano, principalmente em regiões Para Vasconcellos (2001, apud GIMENES, percurso para inúmeros pontos de comércio
periféricas, como é o caso do local de 2005), mobilidade é a habilidade humana e serviços da área toda.
interesse para pesquisa e posteriormente de se movimentar de acordo com suas
proposta de projeto. É importante destacar condições físicas e econômicas. Já Morris A acessibilidade é prejudicada
alguns conceitos e definições para melhor (1979, apud ALVES e RAIA JR., 2012) define principalmente pela presença de vegetação
compreensão da discussão. A revitalização a mobilidade como a capacidade das de grande porte ao longo da ferrovia que
urbana pode ser caracterizada como uma pessoas de se deslocarem de um lugar causam estragos na pavimentação das
ação que: a outro em diferentes modalidades de calçadas devido às suas raízes superficiais.
"[...] obriga a intervir transporte.
Há também uma grande carência de
na melhoria da qualidade equipamentos de lazer e áreas verdes,
Em uma sociedade movida à
do ambiente urbano, das automotores, um dos maiores desafios das como dito anteriormente. Ao longo da
condições socioeconómicas cidades é a criação de espaços públicos ferrovia pode-se observar alguns usos nesse
ou no quadro de vida de que atendam às necessidades de todos os sentido, onde a própria população local
tipos de pessoas e propiciem um novo estilo se apropria do espaço e tenta de alguma
um determinado território forma suprir essa carência numa disputa
de vida, mais próximo à natureza e distante
(‘território de revitalização da poluição dos veículos, com recursos com a vegetação rasteira que raramente é
urbana’) [...]. A sua atuação naturais e alternativas de locomoção. retirada pelo serviço público, lixo e animais
que por ali vagueiam.
não é rígida, mas adapta-se
Em paralelo a isso, a modernização dos
às realidades territoriais, nas meios de transporte levou à desativação de Trazendo essa realidade à um
quais intervém pretendendo inúmeras linhas férreas em todo o mundo contraponto, a criação de espaços públicos
coordenar e adaptar e, consequentemente, o abandono e ao longo de linhas férreas é uma forma
degradação das mesmas, deixando pelo de manter viva a memória local, sendo a
os recursos existentes ferrovia um patrimônio histórico; pode trazer
caminho histórias esquecidas e espaços
e potenciais, públicos ociosos. uma aproximação da natureza através da
e privados, apelando à implantação cuidadosa de vegetação
população e às entidades A Zona Norte de Ribeirão Preto já é uma – e em alguns casos, a preservação de
área degradada e com problemas de vegetação preexistente; e também é uma
que as representam para forma de aumentar a movimentação da
infraestrutura por si só. E a linha férrea da
serem coautoras do processo Avenida Rio Parda, que se encontra nessa economia local, pois o espaço se torna um
de revitalização." (MOURA, região possui problemas pontuais a serem polo atrativo.
GUERRA, SEIXAS E FREITAS, discutidos nessa dissertação.
Outra questão relevante é o fato de ser
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uma opção mais econômica de criação de se fazer atividades físicas ao ar livre e de potencializá-las ao longo do projeto;
desses espaços, devido ao fato de ser principalmente estimular o convívio social • Caracterização socioeconômica
uma preexistência. Kwon Wan-taek, autor entre os moradores e visitantes do bairro. dos moradores do entorno da área de
do projeto de um parque linear suspenso intervenção, a fim de se traçar um perfil dos
em uma passarela obsoleta em Seul, na Para atingir esse objetivo, a proposta de usuários em potencial do espaço e suas
Coréia do Sul disse em uma entrevista ao projeto irá constituir na criação de espaços necessidades.
jornal Washington Post (2017): “Os pedestres de lazer e contemplação, promovendo a • Leitura de referências projetuais, a fim
necessitam de áreas verdes, mas é muito interação entre as pessoas; melhoria nas de gerar repertório de projeto e apoio para
caro encontrar locais novos [...] É muito mais calçadas, a fim de que as pessoas se sintam a elaboração do projeto de intervenção
eficiente transformar espaços antigos em impelidas a caminhar por ali; remodelação urbana.
áreas verdes, em vez de demoli-los”. de área verde, proporcionando espaços
de descanso e beneficiando o entorno A fase final da monografia compõe
A proposta é criar um espaço onde o foco imediato com ar fresco; e maior conexão de a proposta de projeto de revitalização
seja a mobilidade do pedestre, que ele tenha entre bairros vizinhos, consequentemente urbana, onde será feito um estudo preliminar
segurança, conforto e prazer ao percorrer aumentando a movimentação de comércio e, posteriormente, a elaboração de um
um caminho que não seja através de e serviços da área. anteprojeto.
ônibus, moto ou principalmente carro. Que
esse local passe a ter predominantemente Por fim, a presente dissertação dispõe
a escala do pedestre. de um quadro teórico de referência que
será apresentado no próximo capítulo.
O espaço deverá englobar todas as Posteriormente, será apresentada uma
categorias de pedestre, desde crianças, série de levantamentos a fim de promover
idosos até cadeirantes e pessoas portadoras subsídios para uma proposta projetual
de necessidades especiais dada a realidade adequada, sendo eles:
do local onde é recorrente presenciar
acidentes devido à falta de acessibilidade. • Levantamento histórico da área de
intervenção, com enfoque sobre a ferrovia
Esta intervenção também busca chamar desativada ali presente, onde serão feitas
atenção para o entorno, aquilo que o local pesquisas em sites, bancos de dados, teses
em questão oferece e os principais percursos e artigos, entrevistas com moradores e
para chegar até ali. Aqui o pedestre registros fotográficos;
assume o papel de flâneur, aguçando as • Levantamento dos aspectos físico-
percepções acerca do lugar e das pessoas ambientais do objeto de intervenção e
a sua volta, de forma que possa escolher seu entorno através da criação de mapas
interagir ou passar despercebido entre uma temáticos, pesquisas em bancos de dados,
esquina e outra e, consequentemente, reportagens e registros fotográficos;
traz a opção de deixar o carro ou o ônibus • Estudo de conexões com bairros vizinhos
de lado e percorrer o caminho a pé sob através de mapas a fim de se observar as
as árvores, além de incentivar o hábito conexões preexistentes, buscando formas
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QUADRO TEÓRICO
DISCUSSÃO SOBRE
OS ESPAÇOS
PÚBLICOS E A
CIDADE
14
2 SUSTENTÁVEL
“[...] define um amplo com a saúde, buscam dos intercâmbios de cultura, arte, política,
etc., mas também se deve excluir o aspecto
conceito de sustentabilidade, individualmente soluções
negativo como a exclusão social.
considerando questões como equipamentos para
como o consumo de energia, exercitar-se em casa ou em Na concepção de Montaner (2011),
emissões de gases, atividade academias transformando a os espaços públicos são a chave para
a melhoria da qualidade de vida e
industrial, fornecimento de atividade física como rotina para o incremento da sociabilidade e
energia e gerenciamento de fora das atividades cotidianas sustentabilidade.
água, esgoto e transporte. e como um grande negócio,
Entretanto, dentre estes itens, esvaziando ainda mais o O autor relembra que, na tradição
de culturas do Mediterrâneo, a natureza
o transporte é foco da análise espaço público. Adotar uma pública espacial do espaço urbano sempre
que abrange a mobilidade política pública que convide foi cultivada desde o princípio, tanto que
através da bicicleta e as pessoas a se exercitarem Goethe, em sua viagem à Itália, no final
do século XVIII, relatou que em Verona e
deslocamentos a pé, já que parece uma ideia óbvia,
Vicenza, os pórticos, as entradas, as galerias,
o tráfego de pedestre e de porém há décadas existe o os pátios, os claustros e as escadas interiores
bicicletas demandam menos costume de projetar o urbano de igrejas viam-se sempre ocupados por
espaço sendo estes uma para o tráfego de carros, pessoas.
solução importante rumo a negligenciando a escala Na era do Renascimento, outro fator que
uma cidade sustentável. [...]” humana” (GEHL, 2013, p. 113). mereceu destaque da cultura mediterrânea
(GEHL, 2013, p. 105). era a possibilidade de as pessoas visitarem
Além de questões econômicas e propriedades privadas, ainda que sem
Há diversos fatores determinantes na políticas, algumas regiões recebem mais ser convidadas, para acessar vistas
formação e crescimento de centros urbanos, investimentos para seu desenvolvimento paisagísticas, obras de arte, jardins e pátios.
dentro eles, fatores técnicos, econômicos e do que outras, que acabam se tornando
culturais em contraste com sua paisagem áreas degradadas, castigadas pelo tempo Vê-se, então, que o espaço
natural. e descaso tanto do poder público quanto compartilhado propicia o convívio social
da iniciativa privada por não enxergarem o e o desenvolvimento do indivíduo, seja na
“[...] sendo verdadeiro potencial dessas regiões, e fazem dimensão cultural, intelectual ou política.
assim, torna-se preocupante com que esse fenômeno da população
a perda do caminhar como abandonar a cidade e esses espaços sejam Nesse passo, Montaner (2011) ensina que
parte da rotina, pois, por conta recorrentes, o espaço público apresenta um caráter
poliédrico, pois ele pode ser entendido de
da falta de estrutura urbana Atualmente, na construção do espaço muitas maneiras e está continuamente em
como suporte ao exercício, público, deve-se extrair o aspecto positivo evolução.
aqueles que se preocupam da antiga Grécia: o convívio social, o local
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Henri Lefebvre (2010) defendeu a ao redor das edificações e que as pessoas têm estes por sua vez reafirmam
produção dos espaços públicos como acesso”. Schlee et al. (2009) citam diversos
o estatuto público desse
lugares aptos a romper a exclusão autores para destacar que:
espaço”.
social, uma vez que a necessidade da “[...] o termo
cidade e da vida urbana só se exprime
livremente nas perspectivas que abram os
espaço livre é impregnado de Então, com esse entendimento, de
horizontes para a vida em uma sociedade múltiplos significados, sendo, Paula (2017, p. 28) conclui que: “os espaços
justa. Assegura o autor que a cidade, geralmente, associados ao livres públicos são todos os espaços livres
historicamente concebida, não existe de edificação, pertencentes ao poder
meio urbano no qual se definem público (não particulares), e que fazem
mais, pois hoje em dia ela não passa de um
objeto de consumo cultural para turismo e pelo perfil de propriedade, parte do cotidiano das cidades, como
esteticismo, concluindo que a cidade está acessibilidade ou uso, como ruas, largos, praças, parques, dentre outros
e usufruto de todos”. Uma das ações do
morta. públicos ou privados, minerais
ato de revitalizar é a criação de espaços
ou vegetados, associados públicos de lazer:
Quando o olhar se volta para essas
regiões, pode ser identificado seus às funções múltiplas de “Os espaços públicos
problemas e potencialidades, pode- preservação, recreação, abertos de lazer trazem
se adotar a revitalização urbana como convívio, circulação”. (MERLIN; inúmeros benefícios para a
medida para alavancar econômica, social
e culturalmente a realidade local.
CHOAY, 1988; RONCAYOLO, melhoria da habitabilidade
2002 apud SCHLEE et al., 2009, do ambiente urbano, entre
O termo Revitalização é muito p. 242 e 243) eles a possibilidade do
abrangente, pois trata de um total de
ações a fim de permitir a um determinado Quanto ao espaço público, o acesso
acontecimento de práticas
espaço uma nova eficiência, um novo universal o torna um local, de acordo com sociais, momentos de
sentido em seu uso, visando uma melhoria Gomes (2002, p. 163 a 164): lazer, encontros ao ar livre
do espaço e seu entorno. (TEIXEIRA et al, “[...] e manifestações de vida
2016).
No qual se processa a mistura urbana e comunitária, [...]”.
O principal foco da Revitalização social. Diferentes segmentos, (OLIVEIRA; MASCARÓ, 2007,
Urbana é a criação de espaços livres com diferentes expectativas p.60).
públicos. É preciso analisar separadamente
e interesses, nutrem-se da co-
dois conceitos antes de se falar de espaços
presença, ultrapassando suas Nessa questão, é importante ressaltar
livres públicos: o conceito de espaço livre
o conceito de áreas de lazer como
e o conceito de espaço público. Segundo diversidades concretas em
uma tipologia de espaços livres nas
Miranda Magnoli (2006, p. 179), os espaços uma prática de civilidade. [...] O considerações de Macedo (1995, p. 16
livres de edificação são “todo espaço
não ocupado por um volume edificado
lugar físico orienta as práticas, a 21):
(espaço-solo, espaço-água, espaço-luz) guia os comportamentos, e
16
“Áreas de Lazer pela população para jogos “sensação de segurança”;
– todo e qualquer espaço e brincadeiras, podem ser
g) em função de eventos e atividades
livre de edificação destinado considerados como áreas de
promovidas no espaço.
prioritariamente ao lazer, seja lazer, pelo menos enquanto
ele ativo, isto é, uma área se mantém tal tipo de uso Essa discussão sobre revitalização
para jogos e brincadeiras ‘alternativo’”. urbana e recuperação de áreas
ou contemplativo, isto degradas deve ter aplicação do
é, áreas dotadas de um Mesmo se tratando de parques em conceito de sustentabilidade, segundo
sua dissertação, De Paula (2017) aponta Rogers (2005, p. 56):
valor cênico/ paisagístico
alguns motivos para o uso dessas áreas “A maior parte das cidades
expressivo em cujo interior que também se encaixam precisamente
o cidadão apenas passeia do mundo desenvolvido
na discussão da revitalização urbana de
a pé, montado ou de carro, áreas degradadas:
sofreu um agudo processo
contemplando o cenário que de diminuição da função
se descortina ante seus olhos. a) por permitir contato com a industrial nos últimos 20 anos,
Todos os parques, praias
natureza; deixando grandes áreas
e praças urbanas estão abandonadas, geralmente
b) por permitir contato com outras localizadas ao longo das
englobados dentro deste pessoas;
conceito, possibilitando por principais vias de transporte.
muitas vezes uma utilização c) pela presença de equipamentos [...] não importa a causa que
mista, tanto para o lazer destinados ao esporte; levou à decadência dessas
ativo, como para o passeio. áreas, se guerra ou perda
d) pela disponibilidade de espaços da função industrial, tais
As praças rotatórias e livres e instalações destinadas ao
equivalentes não podem ser áreas a serem recuperadas
passeio, à contemplação, e ao lazer;
incluídas em tal categoria, representam uma importante
já que não permitem uma e) em função da presença de oportunidade para melhorar
real apropriação e estadia comércio, diversidade de usos e o grau de sustentabilidade
do usuário em seu interior.
favorecimento do entorno na presença das cidades”.
de indivíduos no espaço público;
Paralelamente, terrenos
vazios como várzeas de rios f) em função da segurança ou da
[...], utilizados frequentemente
17
ÁREA DE INTERVENÇÃO
APRESENTAÇÃO,
CONTEXTUALIZAÇÃO
3 E ANÁLISE
18
3.1 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE
INTERVENÇÃO

O perímetro da área de estudo, situado


no Subsetor Norte (N-2), é delimitado pela
Avenida Dom Pedro I, Via Expressa Norte,
Rua São Francisco e Rua Itajubá e o objeto
de intervenção é a Ferrovia Mogiana ao
longo da Avenida Rio Pardo em toda a sua
extensão. A escolha do objeto deu-se pelo
fato de se tratar da Ferrovia Mogiana, um
elemento histórico bem no meio do bairro
Ipiranga que, atualmente, encontra-se em
estado crítico de degradação. A região
é uma das mais densas e movimentadas
da cidade de Ribeirão Preto, composta
por grande número de equipamentos
importantes, além de comércio e serviços
que geram uma forte ligação com os bairros
do entorno que sofrem com a escassez
desses equipamentos, além de haver
também carência significativa de áreas de
lazer e áreas verdes nessa região.

19
20
1. Fábrica da Coca Cola, situada na 4. EMEFEM Prof. Alfeu Luis Gasparini, 7. Faculdade Anhanguera, situada na
Av. Dom Pedro I, nº 2270, é um dos situada na Avenida Dom Pedro I, 196 Avenida Eduardo Andréia Matarazzo,
principais pontos de referência da área. é a escola com mais fama em toda a 891, é a única instituição de ensino
Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018 área de estudo, um ponto de referência superior na área de estudo, sendo
importante nessa localização. Fonte: um ponto de referência importante
Arquivo Pessoal – Março/2018 para a área de intervenção. Fonte:
Arquivo Pessoal – Março/2018

2. Supermercado Savegnago, 5. E.E. Dr. Geraldo Correia de Carvalho, 8. Trecho da ferrovia escondido, rodeado
situado na Rua Acre, nº 1400, é situada na Rua Itaguaçu, 869 é por árvores de médio e grande porte,
o equipamento comercial mais também uma escola de nome forte já quase não se vê os trilhos do trem.
forte da área e grande gerador de nessa área e um ponto de referência Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018
impactos ambientais no entorno. da área de intervenção para quem
Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018 vem de regiões mais ao norte.
Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018

3. CEAGESP, situada também na Rua 6. Trecho da ferrovia quase que


Acre, nº 1180/1286/1300, comporta inteiramente coberto por vegetação
os armazéns da companhia, sendo o rasteira e entulho, além de forte presença
ponto mais alto de toda a área com de árvores de médio e grande porte.
construções no entorno de 45m de altura. Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018
Fonte: Arquivo Pessoal – Março/2018

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3.2 BREVE HISTÓRICO DA ÁREA DE
INTERVENÇÃO

O cultivo cafeeiro na região se deu em


torno de 1811, como a primeira atividade
agrícola intensiva de Ribeirão Preto,
por causa das terras férteis e do clima
apropriado.
Foi implantada por familiares de
fazendeiros que contribuíram com doações
de terras para a formação da cidade em
1856.
As lavouras começaram a ser implantadas
em 1870, motivando a vinda da Companhia
Mogiana de Estradas de Ferro em 1883
para o transporte de imigrantes italianos,
japoneses etc, para a demanda de mão de
obra e escoamento da população agrícola.

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O núcleo foi dividido inicialmente em 200
lotes do qual a administração pertencia
a uma central de imigração privada
para depois, em 1893, ser emancipado e
incorporado ao município. A configuração
deste grande “loteamento” era constituída
de: Sede, Primeira Seção, Segunda Seção
– que originou o bairro Ipiranga, região que
abriga a então área de estudo – Terceira
Seção e Quarta Seção, que possui a
urbanização mais recente de todas, após o
asfaltamento da Rodovia Anhanguera após
a década de 1940.
A consolidação econômica gerada pelo
complexo cafeeiro gerou uma expansão
urbana em 1887 com a criação do Núcleo
Colonial Antônio Prado, que surgiu com a
proposta de servir como “viveiro de mão-
de-obra” para as fazendas cafeeiras da
região.
O núcleo foi implantado na várzea do
Ribeirão Preto e do Córrego Retiro que,
junto com a estrada de ferro Mogiana, Este início de zoneamento levou a Junto com a implantação do núcleo
constituíram importantes condicionantes desigualdade no preço da terra. Os que não colonial e com a chegada da Mogiana,
físicos para o seu desenho final. tinham condições encontravam seus lotes iniciou uma série de obras de infraestrutura,
SEDE nas regiões periféricas perto de indústrias, como a canalização de água em 1897 e luz
PRIMEIRA SEÇÃO
SEGUNDA SEÇÃO
constituindo a zona norte pobre da cidade. elétrica em 1899.
TERCEIRA SEÇÃO
QUARTA SEÇÃO

NUCLEO URBANO
PRINCIPAL (EXISTENTE
EM 1887)

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3.2.1 MAPA DE BENS TOMBADOS
Edifício da Estação Barracão e ferrovia
Mogiana
Situado na esquina da Avenida Dom
Pedro com a Rua Rio Grande do Norte,
é um edifício público com tombamento
definitivo estadual pelo CONDEPHAAT –
Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado
– desde 25 de maio de 1982. Atualmente
pertence ao DNIT – Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes.
Este prédio foi uma das primeiras estações
ferroviárias que surgiram na região de
Ribeirão Preto durante o período cafeeiro.
Próximo a ele, construiu-se na época, um
barracão de madeira onde os imigrantes,
após embarcarem, aguardavam seus
destinos às fazendas de café.
A Ferrovia Mogiana, apesar de não ser
um bem tombado, faz parte da historia de
Ribeirão Preto e do bairro Ipiranga, área de
intervenção em questão.
No recorte da área de estudo, vê-se ela
em toda a sua extensão, desde a fábrica
da Coca Cola até a Estação Barracão.
Os trilhos que se encontram no Ipiranga,
são interrompidos ao chegar na avenida
Dom Pedro, portanto, os remanescentes
formam um espaço ocioso e passível de
ocupações irregulares.

24
“A estação do Barracão, ao se ainda a noroeste dos trilhos
lado direito da rua Capitão o bairro do Ipiranga, antido
Salomão (nro 2). O pontilhado bairro do Barracão de cima,
vermelho mostra o antigo e a sudeste, parte do de
leito da Mogiana dirigindo- Campos Elísios, antigo bairro
se à não mais existente do Barracão de Baixo” (Star
estação de Ribeirão Preto na Guia, 29a edição, 1998).
Vila Tibério. Ali não existem
mais trilhos desde há muito,
fato que gerava a manobra
dos trens, junto ao (nro 2). e
que hoje não mais ocorre
justamente por falta dos trens
para o ramal. A nordeste
da estação (retângulo
vermelho junto ao nro 2), a
bifurcação para o ramal (à
esquerda) e para a estação
de Ribeirão-nova (essa linha
que se juntava à variante Os trilhos ainda se encontram intactos no
Bento Quirino-Entroncamento caminho para a Estação Barracão.
era remanescente do
tronco original, de 1886). Em áreas descampadas ainda é possível
Finalmente, o trecho em avistar os trilhos, mesmo com vegetação
vermelho (no Ipiranga) rasteira alta.
mostra a continuação dos
trilhos, que ainda estão lá Mesmo em locais onde já não se há
hoje (2006), mas que o mapa mais a presença dos trilhos, como em
cruzamentos de ruas, ainda é possível
estranhamente não mostrou,
encontrar mobiliários da época como as
nesta edição de 1998. Note- placas de sinalização
25
3.3 USO DO SOLO
O uso do solo na área de estudo,
como representado no mapa, é
predominantemente residencial com
edificações de classe média-baixa. As
quadras são densas, de tal forma que
sobram pouquíssimos lotes para construção.
Há vários comércios de bairro no recorte,
mas o destaque maior ficou para a Avenida
Dom Pedro I, que concentra o maior número
de comércio e serviços que atendem não
só a população residente deste recorte,
mas também a população de outros bairros
do entorno.
As ruas General Câmara, Américo Batista
e São Francisco também concentram uma
quantidade significativa de comércio, sendo
esses de caráter predominantemente local.
Nota-se também uma quantidade
considerável de uso institucional na área,
distribuídos de forma acessível à todos que
moram por ali e nos bairros adjacentes.

Exemplos de casas na rua Tocantins.


Arquivo pessoal - Março/2018

Magazine Luíza, uma filial na avenida


Dom Pedro I. Arquivo pessoal - Março/2018

Mercado da Malu, comércio


movimentado na rua General Câmara.
Arquivo pessoal - Março/2018
26
3.4 OCUPAÇÃO DO SOLO

3.4.1 MAPA DE GABARITO

Como pode ser observado no mapa, o


gabarito predominante da área de estudo
é térreo, seguido de algumas edificações
de dois pavimentos.
De acordo com a legislação vigente,
Zonas de Urbanização Preferencial, como a
área de estudo em questão, são livres para
ultrapassar o gabarito básico de 10 metros,
como é o caso do edifício residencial de
9 pavimentos em fase final de construção
na Rua Acre e do edifício residencial de
7 pavimentos da rua Itaguaçu, ambos
construídos em lotes pequenos com recuos
mínimos e ladeados por edificações baixas.
A CEAGESP possui um silo vertical com
entorno de 45 metros de altura, mas que
não geram tanto impacto no seu entorno
como os dois edifícios citados anteriormente
devido aos recuos grandes.

Edifício residencial em fase final de


construção na Avenida Rio Pardo. Arquivo
pessoal - Março/2018

Edifício residencial já entregue na rua


Itaguaçu. Arquivo pessoal - Março/2018

Silo vertical da CEAGESP. Arquivo pessoal


- Março/2018
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3.4.2 MAPA DE FIGURA-FUNDO

As quadras ao longo da Ferrovia Mogiana


são extremamente densas. De acordo com
a legislação vigente, a taxa de ocupação
residencial – que ocupa praticamente toda
essa faixa como mostrado no mapa de
uso do solo – é de 75%. Nesse caso, pode-
se perceber que os lotes são ocupados
ao máximo. Em casos de construções
irregulares, mais antigas do que a própria lei
de parcelamento, uso e ocupação do solo,
esse limite é extrapolado.

Casa na Rua General Câmara, com


apenas um recuo mínimo lateral descoberto.
Todo o resto do terreno é ocupado pela
construção. Arquivo pessoal - Março/2018

28
3.5 LEGISLAÇÃO
3.5.1 MACROZONEAMENTO 3.5.2 ZONEAMENTO INDUSTRIAL

De acordo com a legislação vigente, a área de estudo é A área de estudo, de acordo com o zoneamento industrial
caracterizada como ZUP – Zona de Urbanização Preferencial, definido na legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
onde o gabarito pode ultrapassar os 10m básicos, o coeficiente de Ribeirão Preto, é caracterizada como Área de Uso Misto I (AUM-
de aproveitamento máximo é de até 5 vezes a área do terreno, a 1): “destina-se, sem prejuízo à instalação de estabelecimentos de
área permeável é a) 5% (cinco por cento) para lotes com área de menor potencial poluidor, à implantação daqueles cujos processos,
até 400 m²; b) 10% para lotes com área acima de 400 m² até 1000 submetidos à métodos adequados de controle e tratamento de
m²; c) 15% para lotes com área maior que 1000 m² (no entanto, é efluentes, ainda contenham fatores incômodos, em relação às
raro encontrar lotes que respeitem essa parte da legislação). Nessa demais atividades urbanas, classificadas com índice ambiental
área a população possui baixo-médio poder aquisitivo e o preço até 1,5 (um e meio)”. Mapa retirado do site da Secretaria de
da terra é médio devido a grande quantidade de equipamentos Planejamento
e transporte coletivo ali presente e por estar mais próxima do cetro
da cidade. Mapa retirado do site da Secretaria de Planejamento

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3.5.3 ÁREAS ESPECIAIS 3.5.4 ZONA DE USO DISCIPLINADO 3.5.5 CARTA AMBIENTAL

A área de estudo é caracterizada como Zona de Uso Disciplinado (ZUD), De acordo com a carta ambiental, a
Área Especial de Interesse Social I e algumas compreendendo a área da Formação área de estudo está situada, como visto
glebas caracterizadas como Área Especial Serra Geral (basalto). A área de estudo é no mapa e Uso Disciplinado, em uma
de Interesse Social II, sendo uma delas caracterizada como ZUD-1, área interna região de grande afloramento de basalto.
já ocupada pela fábrica da Coca-Cola. ao Anel Viário. Mapa retirado do site da Também é uma localidade de vertentes,
Mapa retirado do site da Secretaria de Secretaria de Planejamento com a topografia em declive para a via
Planejamento norte. Mapa retirado do site da Secretaria
de Planejamento

30
3.6 MAPA DE EQUIPAMENTOS
Como pode-se observar no mapa, há
uma grande gama de equipamentos na
área de estudo, sendo em sua maioria de
caráter educacional.
Todos eles se encontram em bom estado
de conservação, alguns tendo passado por
reforma há alguns anos.
As UBSs atendem a população não
só do recorte de estudo mas também
seu entorno imediato. A UBS Dr. João
Paulo Bin atende a população adulta e
idosos, com atendimento de clínico geral
e áreas específicas como pneumologia
por exemplo. Já a UBS Dr. Edgard Achê é
um Centro de Saúde-Escola e atende a
pediatria e ginecologia. A UBS Adalberto 3CS
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Teixeira Andnrade atende moradores do
seu entorno e de bairros mais ao norte da
área de estudo.
A instituição localizada na Rua André
Rebouças que funciona como creche e
pré-escola é particular, sendo parte da
Associação Espírita Casa Betânia. Cobram
um valor simbólico para as famílias e
também sobrevivem de doações e almoços
beneficentes.
Na beira da Via Expressa Norte, há a
Faculdade Anhanguera, instituição de
ensino superior de caráter particular que
atende público da cidade de Ribeirão Preto
no geral e também de outras cidades da
região.
Todos os demais equipamentos
educacionais são públicos.

31
32
3.7 SISTEMA VIÁRIO
3.7.1 HIERARQUIA VIÁRIA
FUNCIONAL
As vias de fluxo intenso, marcadas em
vermelho, são as que localizam maior
quantidade de comércio e serviços, como
apresentado anteriormente no mapa de
Uso do Solo, e que ligam diretamente à
outros bairros da região, principalmente
através de transporte público.
As vias que também dão acesso à outros
bairros fazendo parte do itinerário de ônibus
mas sem a presença de grandes comércios
nem serviços, possuem um fluxo médio
por conta deles, sendo representadas em
laranja.
As vias em amarelo indicam fluxo baixo,
pois não possuem ligação direta com outros
bairros nem presença de transporte público,
seu fluxo é apenas interno.
As diretrizes víárias condizem apenas com
a realidade das vias em vermelho, sendo
especificadas como vias de distribuição e
coletoras. A Avenida Rio Pardo não possui
fluxo suficiente para ser uma Via Expressa de
2ª Categoria, além de a ligação principal
entre os bairros se dar pela Avenida Dom
Pedro I.

33
3.7.2 HIERARQUIA VIÁRIA FÍSICA
As vias da área de estudo são em sua
maioria de caráter local, em alguns casos
não condizendo com a diretriz viária
proposta no plano diretor de Ribeirão Preto.
No mapa de diretriz, há o projeto de
transformação da rua Tapajós em avenida
com alargamento de via, fazendo uma
junção com a continuidade da Avenida
Rio pardo, no entanto é um projeto
desnecessário, pois esse percurso pode
ser feito facilmente na conversão da rua
Tapajós com a Avenida Dom Pedro.
A Avenida Rio Pardo possui um projeto
de Via Expressa nas diretrizes, apesar de
também não ser necessário, pois a mesma
ligação entre regiões é feita por outras vias.
A Avenida Dom Pedro I, considerada
como uma via de distribuição e coletora,
na realidade é vista como uma via principal
no recorte, pois é a que possui maior largura
e extensão, além de ser a principal ligação
entre o Centro, Zona Norte e Zona Oeste

3.7.3 SISTEMA
CICLOVIÁRIO

Da mesma forma em que


as diretrizes viárias não foram
implantadas, com exceção
da Via Norte, o sistema
cicloviário também não foi.
Há um conflito considerável
entre a presença constante
de ciclistas na área de estudo
e a falta de ciclovias.

34
3.7.4 PERFIL DA AVENIDA RIO
PARDO

35
36
3.7.5 GRÁFICO DE MODAIS
35

Foi feita uma contagem do fluxo de


trânsito de modais na área de estudo em 30
3 períodos diferentes durante meia hora
cada.
No período da manhã, observou-se um 25
número maior de pedestres, se sobrepondo
aos demais modais – pessoas que moram
por ali indo para as escolas e outros postos 20
de trabalho.
Diferente do que se esperava, o fluxo de
carros não é o maior durante o dia, devido
15
ao fato de que a Avenida Rio Pardo não
é a primeira opção de escolha de trajeto
10
dos motoristas como visto nos mapas de
hierarquia viária anteriormente.
Só foi visto um ônibus passando nos três 5
horários, pois a linha tem horário marcado
para passar nos pontos e, de acordo com o
site da RITMO, o intervalo entre um ônibus é 0
outro é de meia hora.
Ônibus Carro Moto Bicicleta Pedestre
Nos três horários de observação foram
vistas poucas bicicletas na avenida, Manhã Tarde Noite

37
3.7.6 MAPA DE CONCENTRAÇÃO
DE CICLISTAS
Em laranja está representada a
concentração de ciclistas residentes na
área de estudo, em momentos de partida
e chegada nas residências. Atualmente
não é grande a concentração nessa área
devida a troca das bicicletas por carros e
motos. Há uns 10 anos atrás era comum ver
pessoas saindo para trabalhar de bicicleta,
levando até equipamentos pesados
na garupa como compressor de ar, em
casos de trabalho na construção civil por
exemplo. Um reflexo exato do grande salto
econômico da população brasileira nesse
período.
Em azul está representada a
concentração de ciclistas que passam
pela área para acessar equipamentos.
Em especial escolas, alocadas próximas a
esses pontos. Há adultos levando crianças
e partindo para o trabalho, como também
há crianças e adolescentes que usam a
bicicleta como meio de transporte para
irem para a escola.

38
3.7.7 MAPA DE CONCENTRAÇÃO
DE PEDESTRES
De acordo com o mapa, pode-se
perceber que a concentração maior
de pedestres ao longo da Avenida Rio
Pardo se dá próximo à equipamentos e
comércio, sendo então uma concentração
momentânea, onde as pessoas estão
apenas de passagem.
Há horários específicos de fluxo de
pedestres nesses pontos. A concentração
de pedestres indo ou voltando da igreja
católica situada na rua Tabatinga acontece
aos sábados das 17:00h às 19:30h e aos
domingos das 7:00h às 10:00h e das 19:00h
às 20:00h, que são os horários em que
acontecem as missas.
Próximo às escolas, há uma concentração
de pedestres no horário de entrada e saída
de alunos, entre 7:00h e 11:30, 13:00h e 17:30h
e 19:00h e 23:00h, de segunda à sexta-feira.
Aos finais de semana esses pontos são mais
vazios.
Há presença de pedestres nas calçadas
de casa também aos finais de semana,
quando trabalhadores estão de folga e as
crianças não têm aula e podem brincar na
rua. Durante a semana é possível encontrar
alguns idosos sentados conversando com
vizinhos.

39
3.7.8 MAPA DE ITINERÁRIO DE Ônibus do tipo Padron de até 13m de
comprimento ou articulados (no caso
ÔNIBUS
de Ribeirão Preto os veículos são apenas
A área de estudo é uma das regiões de longos, sem articulação. Rodam apenas
Ribeirão Preto mais bem servidas de transpor em avenidas ou vias de trânsito rápido,
público, como pode-se observar no mapa, preferencialmente em corredores exclusivos
com pontos estrategicamente espalhados para ônibus. Utilizado pelas linhas estruturais
próximos aos equipamentos e trajetos em U199 e U299 nesse recorte de área.
ruas mais movimentadas dos bairros, com
forte presença de comércio e serviços.
Atenção especial para as linhas estruturais
U199 e U299, que ligam o Novo Shopping ao
Ribeirão Shopping e ao Campus da USP sem
passar pelo centro, economizando tempo
por não haver necessidade de pegar outras
linhas para acessar esses equipamentos.
As linhas V217 e V187 também são
importantes, pois ligam os bairros mais ao
norte da área ao Campus da USP sem
passar pelo centro, economizando tempo
até esse equipamento.
As unhas F/Q373, F/Q337 e I/O148 ligam
essa área à Zona Leste, passando pelo
centro e voltando, economizando tempo
do passageiro que, em outros casos,
precisariam pegar 2 ônibus ou mais.
Ônibus comum de até 12m que passam
por ruas e avenidas diversas da cidade.
Utilizado por:
Linhas Convencionais – T680, R108, R308,
T780, P607, P670, Q507, S408, S508 e S580;
Linhas Perimetrais, que ligam um bairro a
outro sem passarem pelo centro da cidade
– V217 e V187; e
Linhas Diametrais, que ligam um bairro a
outro da cidade, passando pelo centro –
F/Q337, F/Q373 e I/O148.

40
3.7.9 MAPA DE POLOS GERADORES
DE TRÁFEGO
Os principais polos geradores de
tráfego encontrados na área de estudo
são instituições de ensino infantil e ensino
fundamental, pois geram trafego intenso
em horários específicos (entrada e saída de
alunos) todos os dias úteis da semana.
A CEAGESP possui certo fluxo de
caminhões que acontece de manhã bem
cedo, não causando impacto frequente
no tráfego local (fora os momentos que
coincidem com a passagem de ônibus,
onde o fluxo é interrompido para entrada e/
ou saída do caminhão devido a via não ser
larga o suficiente para comportar as duas
atividades ao mesmo tempo).
A Faculdade Anhanguera é um
equipamento que gera um tráfego
significativo na região pelo fato de receber
pessoas de todas as regiões da cidade e
de cidades vizinhas em horários específicos
todos os dias úteis da semana, assim como as
creches e as escolas. Aos finais de semana,
as vias do seu entorno imediato se tornam
FACULDADE
locais vazios e sossegados.
Os supermercados geram maior tráfego
ANHANGUERA
no final da tarde/começo da noite, pois é o ESCOLAS
horário em que as pessoas saem do trabalho CRECHES
e vão fazer compras. Em dias de promoção
SUPERMERCADOS
e dias de pagamento o trânsito aumenta,
pois é a época em que todo mundo resolve CEAGESP
fazer despesa. Aos finais de semana o tráfego
é maior no período da manhã, quando as
pessoas vão fazer as compras do almoço e
abastecer a despensa da semana.

41
3.8 MAPA DE ESTUDO DE CONEXÕES
COM BAIRROS
José Sampaio – Esse trecho é importante
pois a Rua Américo Batista, que o liga aos
outros bairros em questão, se torna uma via
de mão dupla nesse local, dando acesso
à equipamentos como o Clube Magic
Gardens e o Parque Tom Jobim.
Ipiranga – Esse é o bairro com mais linhas
de ônibus, fluxo intenso de pessoas e crianças
brincando nas ruas. Área mais degradada,
com ruas esburacadas e calçadas sem
acessibilidade. Quantidade significativa de
comércio local e equipamentos. A Coca
Cola é um elemento marcante no bairro.
Alto do Ipiranga – Seu principal ponto de
referência é o Supermercado Savegnago
e os armazéns da CEAGESP. É um recorte
com fluxo intenso de todas as modalidades
(ônibus, carros, motos, pedestres e ciclistas)
devida a forte presença de comércio e
serviços da Avenida Dom Pedro I.
Vila Albertina – É o maior bairro da área
de estudo. Possui baixo fluxo de automóveis
e maior fluxo de pedestres e ciclistas. É
comum ver pessoas na calçada de casa
e crianças brincando nas ruas. No entanto,
estas encontram-se esburacadas e as
calçadas sem acessibilidade, mesmo onde
há equipamentos públicos.
Campos Elíseos – Este recorte é relevante
pela presença da Via Expressa Norte, que
dá acesso à outros setores da Zona Norte
e a Rotatória Amin Calil, principal acesso à
Avenida Francisco Junqueira que leva ao
centro e às outras regiões da Cidade, sendo
o motivo de fluxo intenso de automóveis nas
vias principais de toda a área de estudo.
42
1. Trecho da rua Américo Batista em que 4. Comércio local e leito carroçável 8. Nenhuma das calçadas possuem
se torna via de mão dupla na entrada do esburacado na rua Japurá no Ipiranga. rampas de acessibilidade na V. Albertina,
bairro José Sampaio. 5. Campo de futebol Walter Gomes como pode-se ver na foto da rua Guaporé.
2. Clube Magic Gardens situado na Av. situado na rua Caravelas no bairro Ipiranga 9. Cruzamento da rua Américo Batista
Jorn. Antônio Carlos Pinho Sant’ Anna - 6. Grande diversidade de comércio na com a Via Norte, local de trânsito intenso ao
Jardim Alexandre Balbo, que tem acesso avenida Dom Pedro I no Alto do Ipiranga. longo de todo o dia.
pela rua Américo Batista no J. Sampaio. 7. Forte presença de serviços como
3. Parque Tom Jobim, situado no final da bancos e supermercado na avenida Dom
rua Américo Batista, no bairro José Sampaio. Pedro no alto do Ipiranga.
43
3.9 SISTEMATIZAÇÃO DA LEITURA
DA ÁREA E DIRETRIZES
3.9.1 VISÃO SERIAL
OPTICA – SURPRESA – TRAVESSA SENA
MADUREIRA

O percurso da Travessa Sena Madureira


foi escolhido por, logo na entrada,
encontrarmos uma massa verde no
horizonte. Quem não conhece o local, pode
imaginar que se trata de um remanescente
florestal, um parque ou uma praça mas, ao
final do percurso, encontra-se na verdade
um remanescente da Ferrovia Mogiana,
coberto de vegetação por descuido tanto
de órgãos públicos quanto dos moradores.

44
OPTICA – SURPRESA – TRAVESSA SEABRA

Na entrada da Travessa Seabra, a visão


do horizonte é indefinida, percebe-se a
presença de elementos de vegetação, mas
sem qualquer ideia do estado em que se
encontra a ferrovia.
Ao chegar na ferrovia, a travessa que,
inicialmente parecia sem saída, termina
em um caminho de terra e brita, ligando-a
à Avenida Rio Pardo, provavelmente feito
pelos próprios moradores do local.

45
OPTICA – SURPRESA – TRAVESSA ÂNGELO
BRUSSOLO

A Travessa Ângelo Bussolo causa certo


desconforto durante seu percurso pela
quantidade mínima de uso ali presente.
Ao fim desse percurso, parece um outro
lugar sem conexão nenhuma com a área
de estudo, mas ainda se trata da Avenida
Rio Pardo, bem no comecinho, próximo à
Via Norte.

46
3.9.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO 3.9.3 MATRIZ DE CONVERGÊNCIAS E
CONFLITOS
Foi realizado um questionário com
CONVERGÊNCIAS CONFLITOS DIRETRIZES
os moradores ao longo da Avenida Rio
Pardo, a fim de conhecer as características Áreas de interesse Edificações e espaços Revitalizar e promover o uso
socioeconômicas dos mesmos e sua opinião histórico/cultural públicos abandonados e desses espaços
acerca do local onde moram. degradados
Sobre as características socioeconômicas,
chegou-se a conclusão de que a maioria Áreas de convergência de Áreas conflituosas sob o Criação de espaços
da população local é formada por fluxos de circulação aspecto de mobilidade e adequados para pedestres e
crianças até 10 anos e adultos em idade (pedestres, automóveis e acessibilidade ciclistas
economicamente ativa entre 20 e 50 anos. transporte público)
Há uma parcela considerável de idosos Existência de áreas Áreas abandonadas ou Criação de espaços públicos
também. disponív eis subutilizadas devido ao que promov am a
É uma área com rendimento médio de 5 processo de estagnação sociabilidade entre as
salários mínimos e 4 pessoas por família. econômica e/ou pessoas
Sobre área de intervenção, relacionando existência de outras
o levantamento feito anteriormente com localidades em maior uso
as respostas dos moradores, percebe-se Áreas com potencial para Áreas de lazer já existentes Criação de espaços de lazer
uma presença considerável de pessoas na oferecer atividades de lazer em estado de adequados que tirem as
rua em momentos de lazer, principalmente degradação crianças dos leitos
crianças. No entanto, esses mesmos carroçáveis; revitalização de
moradores se sentem infelizes com o local espaços de lazer existentes
onde moram devido a falta de segurança e
Área com infraestrutura Área com deficiência de I mplantação de mobiliário
degradação da ferrovia.
consolidada infraestrutura (ausência de urbano em toda a área
Seguindo essa linha, ao longo do
mobiliário urbano – lixeiras,
questionário percebe-se um interesse
pontos de ônibus,
em uma possível intervenção na ferrovia calçadas, iluminação...)
por parte dos moradores, em vista da
ocupação já feita pelos mesmos no local, Área com potencial para Áreas ocupadas Criação de espaços
principalmente em relação às crianças, que abrigar atividades irregularmente por adequados para feiras e
sentem falta de áreas de lazer adequadas e econômicas quiosques e barracas pequenos quiosques de
dos pais que se preocupam por elas estarem v endas
brincando na rua.

47
48
4

REFERÊNCIAS PROJETUAIS
4.1 THE GOODS LINE PARK
Ano: 2015
Localização: Sydney, Austrália
Cliente: Sydney Harbour Foreshore
Authority
Líder de projeto: ASPECT Studios
Parceria de Design: CHROFI

Este projeto foi escolhido para leitura


pela forte relação com a história da
ferrovia e grande número de equipamentos
do entorno – características também
encontradas na área de estudo em questão.

LOCALIZAÇÃO

49
Um espaço público que conecta mais de
80.000 estudantes de ensino superior, locais
e visitantes às muitas atrações principais de
Darling Harbour de Sydney.
O antigo corredor ferroviário elevado
apresenta uma série de 'plataformas', que
podem ser usadas para uma variedade
de atividades, incluindo entretenimento
público, recreação, festivais e estudos.
Também conecta instituições de artes,
educação e cultura ao longo da Faixa
Cultural de Sydney.
O projeto utiliza os materiais robustos
associados à sua infraestrutura ferroviária -
cascalho, concreto, aço e madeira. Através
de um processo de design de modelagem
digital e pré-fabricação, a The Goods
Line é um lugar que fala sobre um novo 1854 Antes da execução do Depois da execução do
tipo de infraestrutura social onde várias projeto projeto
oportunidades de brincadeiras e troca de
ideias podem ocorrer.
É um local centrado no ser humano que
oferece uma variedade de experiências
sociais do indivíduo ao coletivo e para todas
as demografias. IMPLANTAÇÃO

50
Pavilhão multiuso de estrutura em aço Bancos longos em concreto, levemente Espaço que funciona tanto quanto
e vedações em vidro. As barracas são desencostados do guarda corpo da playground quanto área de exercícios, com
acomodadas nos adjacentes dos edifícios. plataforma, liberando espaço para quem mobiliário de design exclusivo em aço.
quiser aproveitar a vista da rua.
Em frente, um rasgo de preservação da
história local com remanescente dos trilhos
da ferrovia.
O espaço gramado é elevado e
serve para brincadeiras, permanência,
piqueniques etc.

Arquibancada em madeira conectada


com a escadaria, funcionam como um Rasgo com apelo memorial, preservando
anfiteatro para apresentações e projeções. um trechinho dos trilhos da ferrovia que
marca a história do local, com alguns
mobiliários em aço para descanso e lazer.

Elementos a serem apoveitados dessa


Entrada pela antiga ponte elevada da leitura no projeto:
ferrovia com rasgo para absorção de água • Preservação da história da ferrovia
da chuva é áreas de permanência. A ponte por meio dos trilhos;
agora possui paginação de piso iluminada • Promoção da apreciação das artes e
internamente com luz neon azul, refletindo dos encontros pela arquibancada;
no letreiro “THE GOODS LINE” na lateral. • Bancos ao longo do parque seguindo
Mesa comunal em aço, um espaço para o desenho da implantação e
encontros, leitura e alimentação coletivo. integrando os espaços.
51
4.2 SUPERKILEN LOCALIZAÇÃO
Ano: 2011
Localização: Copenhagen, Dinamarca
Cliente: Prefeitura de Copenhague e
Realdania
Líder de projeto: BIG
Colaboradores: Topotek 1
O projeto Superkilen foi escolhido para
leitura pela riqueza e diversidade dos
mobiliários e sua composição no espaço,
unindo diferentes etnias e promovendo a
interação entre elas em um só lugar.
É um parque longo situado no bairro
Norrebro, ao norte da cidade de
Copenhagen.
O lugar está perfeitamente integrado na
infraestrutura urbana com conectividades
bem pensadas.
O parque é dividido em três objetos
codificados por cores e diferentes, que
simbolizam os países de origem daqueles
que vivem na área e que podem ser
encontrados em cada zona.
Nesta área conhecida por sua riqueza de
Fonte: Street View

diversas nacionalidades, o parque se tornou IMPLANTAÇÃO


um ponto de encontro pacífico, onde todos
podem se sentir orgulhosos de sua herança
cultural e participar de atividades em grupo.
Através de uma abordagem inovadora e
única, o espaço público é atrativo tanto
para os habitantes como para os visitantes.

52
A PRAÇA VERMELHA
A Praça Vermelha serve como uma
extensão e expansão das ofertas esportivas e
culturais de Nørrebrohall. Um grande espaço
central e todos os tipos de equipamentos
de ginástica convidam os moradores a se
encontrarem para e através de atividades
físicas e jogos.

Elementos aproveitados desse trecho no


projeto:
• Ciclovia em dois sentidos;
• Mix de cores do piso;
• União entre mobiliário e vegetação

Empena pintada de vermelho, faz uma


A ciclovia em dois sentidos bem marcada Banco redondo ao redor da árvore ilusão de ótica, como se a parede do
e o terreno variável, ajudam a minimizar o funciona como local para descanso e prédio fosse uma continuação do chão
conflito entre ciclistas e outros usuários do contemplação, aproveitando a sombra, e fazendo uma curva. Serve como espaço de
parque. também como obstáculo para skate. contemplação e pista de skate.
53
O MERCADO NEGRO
Possui mesas de xadrez e bancos
convidativos para momentos de
relaxamento e reflexão. Aos fins de
semana, se transforma em um bazar para
comerciantes e vendedores ambulantes.

Elementos aproveitados desse trecho no


projeto:
• Mobiliário para diversas atividades;
• Espaço para comércio local e
vendedores ambulantes

Ao longo da área de piquenique foram Foram instaladas churrasqueiras ao longo Os bancos de bar são do mesmo modelo
instaladas mesas de xadrez, que servem da área de piquenique, como uma forma dos que foram projetados para o SESC
tanto para alimentação quanto para o de fazer com que os argentinos que residem Pompéia em São Paulo e são circundados
jogo, que é muito popular na Bulgária, tendo ali se sentissem em casa, levando em por palmeiras, árvores tipicamente
gerado campeões mundiais masculinos e consideração que a Argentina é o segundo brasileiras, É um pedacinho do Brasil no
femininos. maior consumidor de carne do mundo. Superkilen.

54
O PARQUE VERDE
É uma paisagem com colina, um
playground e pontos de piquenique para
festas e encontros familiares.

Elementos aproveitados desse trecho no


projeto:
• Espaço para piquenique;
• Quadra de esportes enterrada;
• Cobertura para encontros e
permanência.

O pavilhão hexagonal cravado é Mesas redondas para piquenique com


supostamente Russo, mas sua origem exata referências à Armênia.
ainda não está decidida. Talvez seja parte
de uma área de piquenique em uma
posição privilegiada ponto em algum lugar,
talvez seja mais uma amostra dos inúmeros Onde antes era uma colina, foi feito um
abrigos de ônibus que remontam à União corte na topografia para a implantação de
Soviética vezes. uma quadra multiuso afundada.
55
56
5

ESTUDO PRELIMINAR
DIRETRIZES PROJETUAIS
PROMOVER O CULTIVO DO CORPO E ESPÍRITO Criação de espaços para manifestações artísticas em geral

REQUALIFICAÇÃO DE COMÉRCIO LOCAL Criação de espaços para feiras de alimentos e artesanatos;


Implantação de quiosques para alugar

ESTIMULAR A PARTILHA DE MOMENTOS E Criação de espaço para piquenique; Estacionamento para


foodtrucks; Horta comunitária
ALIMENTAÇÃO

PROPORCIONAR UM AMBIENTE DE “RESPIRO E Criação de espaços para encontros e descanso


TRANQUILIDADE”
PROMOVER E ESTIMULAR ATIVIDADES LÚDICAS Implantação de playground lúdico; Resgate de antigas
brincadeiras de rua (amarelinha, pipa, bolinha de gude, etc)

PROMOVER E ESTIMULAR A PRÁTICA DE ESPORTES Criação de espaços para prática de esportes radicais;
Implantação de quadra poliesportiva e campo de futebol;
Ciclovia ao longo de todo o eixo

GERAÇÃO DE EMPREGO Criação de centro de coleta seletiva; Espaços para workshops


sobre conscientização ambiental; Implantação de pomar urbano

PRESERVAR E ESTIMULAR A MEMÓRIA AFETIVA Criação de memorial preservado a história local

RESGATAR ELEMENTOS ESQUECIDOS Trazer os vagões desativados da ferrovia Mogiana com novas
propostas de uso como quiosques de vendas e vagão cultural

VEGETAÇÃO Preservação de vegetação existente; Arborização

57
ZONEAMENTO

sem escala

58
Manifestações artísticas – local escolhido uma pré-existência de massa de vegetação, horta comunitária, estacionamento de
por haver entrada pela avenida Dom Pedro, que irá funcionar como um filtro do barulho foodtrucks
a via mais movimentada de toda a área, da área esportiva para as edificações do MEMORIAL DA FERROVIA
de forma a chamar atenção de um número entorno imediato. Vagões-história, painéis com fotos
grande de pessoas que passam em diversos Área verde 2 – irá funcionar como uma antigas, trecho da ferrovia preservado
modais. barreira de segurança entre os diversos usos
• Dança, teatro, grafite e encontros dos outros espaços e a Via Expressa Norte,
ENCONTROS E DESCANSO
Espreguiçadeiras, jogos de mesa e
diversos. devido a presença de fluxo intenso de
bancos
Encontros e descanso – local escolhido automóveis na mesma.
para servir como um respiro entre as áreas Zona de esportes – local escolhida por ser PRAÇA DA CRIANÇA
que oferecem atividades mais dinâmicas, mais afastado das residências, garantindo Playground lúdico
• Espaços para encontros, descanso, mais liberdade para as atividades que ÁREA VERDE
contemplação e leitura. causam barulho sem incomodar as Arborismo, trilha
Trabalho e alimentação 1 – local edificações no seu entorno.
escolhido por estar situado entre vias bem • Quadra poliesportiva, campo de
movimentadas da área (Rua General futebol, parkour, pista de skate e
Câmara, Rua Piauí e Rua Espírito Santo), slackline. CONCEITO E PARTIDO
com acesso à diversos equipamentos.
• Feira de alimentos, feira de artesanatos,
horta comunitária, espaço gourmet e PROGRAMA DE NECESSIDADES Este projeto tem como base o conceito
de conectar.
área para piquenique.
Apesar de o zoneamento de atividades
Trabalho e alimentação 2 – local
escolhido pela estrutura preexistente com ESPORTES ser bem setorizado, os trilhos foram mantidos
Quadra poliesportiva, campo de ao longo de toda a linha férrea para que
potencial de reaproveitamento.
futebol, obstáculos para parkour, pista a conexão se concretize e o projeto tenha
• Centro de coleta seletiva e pomar
de skate, cordas para slackline, pista de unidade.
urbano.
mountainbike, percurso para ciclismo e O projeto também prevê o reuso de
Memorial da Ferrovia – local escolhido
corrida/caminhada, vestiários, depósito. vagões de trem abandonados de forma
por ser o trecho mais tranquilo do recorte
a potencializar essa conexão entre os
onde os trilhos da ferrovia estão em melhor TRABALHO setores, onde cada vagão terá uma função
estado de conservação. Vagões-quiosque para vendas, barracas
específica de acordo com o setor onde está
• Memorial da Ferrovia Mogiana móveis para vendas, depósito, banheiro
inserido, como um vagão artístico para a
Praça da criança – é o ponto mais público, pomar, coleta seletiva
área de Manifestações Artísticas, um vagão
próximo da maioria dos equipamentos de MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS vestiário próximo à Zona de Esporte ou um
educação e a uma distância aceitável da Vagão para apresentações, agões- vagão museu no Memorial da Ferrovia.
área de alimentação. Conexão também quiosque para vendas, vagão tecnológico, Assim é possível conectar as várias partes
com a área de esportes, além de haver aredões para grafite. de um todo na antiga linha férrea.
menos fluxo de automóveis no entorno
imediato. ALIMENTAÇÃO
Área verde 1 – local escolhido por haver Mesas de piquenique, mesa comunal,
59
PLANO DE MASSAS Nesse trecho, a ciclovia faz uma leve curva, utilizando do
espaço livre entre as árvores que já existem no local.

As árvores frutíferas existentes foram A horta foi transferida para esse trecho, ficando próxima do
mantidas e do outro lado foi implantado o pomar, como uma extensão dele. Onde a faixa para pedestres
pomar urbano, um complementando o outro. se abre, é onde estão alocadas mesas para piqueniques, o mais
próximo possível da horta e do pomar.

O início da ciclovia foi delimitado pela presença das árvores de A área de esportes é cercada por grandes massas de
porte grande no terreno da Coca-Cola ao lado. Ela segue rente vegetação, tanto preexistentes quanto implantadas no projeto,
ao muro, aproveitando a sombra proporcionada por essas árvores de tal forma que funcionem como uma barreira para o barulho
e delimitando a linha para o plantio de outras árvores. causando pela prática de esportes, devido a presença de
escolas, faculdade e residências no entorno. Além de purificar o
ar e torna-lo mais fresco, fazendo com que a prática de esportes
no local seja mais prazerosa.
Nessa travessa foi fechada a entrada para caminhões do
supermercado Savegnago, deixando passagem liberada apenas
para veículos autorizados e aberta uma passagem para o outro
lado da área de intervenção onde há um ponto de ônibus, de Aqui a ciclovia se estende pela área de esportes, com acesso
forma a otimizar o tempo dos moradores que antes precisavam à outras regiões e os comércios e equipamentos da Via Norte.
dar uma volta considerável para pegar a condução. Foram
mantidas também árvores frutíferas de porte médio já existentes.

Os galpões da CEAGESP foram reaproveitados para a


criação do Centro de Coleta Seletiva, assim como a entrada de
caminhões pela rua Acre, que também será usada para entrada
de caminhões do supermercado Savegago. Foram retiradas as
grades e liberado o fluxo livre de pessoas tanto pela rua Acre
quanto pela ferrovia, de forma a integrar os espaços.

Ao longo de toda a área de intervenção, foram plantadas uma Nesse trecho da intervenção, onde o terreno é mais plano,
série de árvores, de tal modo que formasse um paredão verde os trilhos foram mantidos e criado um memorial, com painéis de
como uma barreira de proteção das edificações do outro lado fotos antigas da ferrovia e do bairro, de forma que os moradores
do muro, assegurando-as de barulhos e qualquer outro incômodo mais antigos não se esqueçam de como era e as crianças possam
que possa vir do espaço público projetado. conhecer as origens do lugar onde elas moram.

Foram mantidas as árvores de porte grande preexistentes ao A quadra poliesportiva é toda aberta, sem gradios. Sua proteção
60 reformando apenas o espaço da
longo da área de intervenção, vem dos obstáculos de parkour distribuídos ao seu redor, de forma
calçada onde as raízes superficiais destruíram. A ciclovia e a faixa a integrar os esportes. As cestas de basquetes foram fixadas nas
para pedestres foram alocadas logo após a faixa de árvores com paredes dos vestiários, alocados cada um em uma extremidade,
plantio de outras árvores do outro lado, formando um corredor otimizando o espaço.
com sombra para pedalar e caminhar.

sem escala

60
61
62
6

ANTEPROJETO
ETAPAS DE EXECUÇÃO Etapa 2 – Espaço de
encontros e descanso.
Definido por se tratar
de um dos trechos mais
degradados da área. Sua
execução não atrapalharia
o trânsito se começada
pela ponta esquerda.

O trecho escolhido para detalhamento


foi a Etapa 1, espaço para manifestações
artísticas, por se tratar do trecho mais próximo Etapa 6 – Esportes. Última etapa
de um número maior de diferentes bairros de execução pela proximidade com
e localizado na região mais degradada da a faculdade, também podendo ser
área, além de ter entrada pela avenida executado em período de férias.
Dom Pedro I, local com um intenso fluxo de
pessoas e presença forte de comércio.

Etapa 3 – Trabalho e alimentação.


Definido pelo grande fluxo de modais nas
imediações. Foco principal da sua execução
é atrair consumidores para o local.

Etapa 4 - Praça da criança e Memorial da


Ferrovia. Trecho menos degradado da área
e menor impacto durante sua execução.

Etapa 5 – Espaço de encontros e


descanso. Deixado para uma das últimas
etapas de execução pela proximidade
com a escola, podendo ser executado em
período de férias.

63
IMPLANTAÇÃO Vagão multiuso - espaço livre para Cobertura para proteção da chuva e do
Vagão das artes - específico para vendas, posto médico, posto policial e o sol com rasgos para iluminação natural
apresentações, sejam elas musicais, teatrais, que mais for necessário em dias de grande
discursos etc, onde pode0se instalar caixas movimento como apresentações. Nos
A
de som, instrumentos e cenário. demais dias o espaço é livre para sentar e
relaxar.

Cobertura para proteção da chuva e do


sol com rasgos para iluminação natural.

Caminho do grafitti - percurso com


paredões de grafitti que contam o presente
da cidade e levam ao Vagão do Presente,
onde se encontram painéis digitais com
exposições de artistas locais.
Arquibancada - com o último patamar
largo, funciona tanto como platéia quanto
palco para as apresentações. O epaço é
A livre e dinâmico para receber as pessoas
coforme a necessidade da criatividade
Vagão alimentação - ponto de venda Espelho d’água - com elementos em
de alimentos e bebidas em tempo integral. pedra onde as pessoas podem sentar,
andar, molhar os pés.

CORTE AA

sem escala
64
DETALHAMENTO

guarda-corpo

arquibancada
piso drenante

espelho d’água

espelho d’água
sem escala

bancos em volta
da árvore

sem escala sem escala


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sem escala

sem escala
vagão cobertura com rasgos para iluminação

paredões para
grafitti

sem escala sem escala


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MATERIALIDADE

MADEIRA PLÁSTICA STARPATH PISO DRENANTE PRÉ-MOLDADO


• Aparência similar à da madeira com • Spray especial aplicado à superfície • 97% de permeabilidade
a resistência do plástico; como uma tinta. Ao longo do dia • Antiderrapante
• É imune a pragas como cupins e capta os raios UV e reflete à noite • Atérmico
fungos; como iluminação. • Manutenção apenas com varrição
• Sem manutenção • Antiderrapante do local.
• Facilidade de escoamento da água; • Resistente à água Utilizado em todo a área de intervenção
• Baixa absorção de água e umidade; • Reduz acidentes noturnos
• 100% reciclável e reciclada; • Não utiliza energia elétrica
• Resistente à corrosão natural; • Redução nos custos nas contas de
• Resistente às intempéries energia
Utilizada em todos os mobiliários da área • Fácil aplicação
de intervenção. Utilizado em toda a área de intervenção,
iluminando o local como um todo.

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VEGETAÇÃO

GRAMA-AMENDOIM GRAMA VERDE ESMERALDA CARVALHO


• 10 cm a 20 cm de altura. • Folhas macias e médias • Grande porte
• Floresce na primavera e no verão • Baixo consumo de água • Cresce até 19m e altura
• Sua folhagem forma um • Resistente à pragas e doenças • Raízes profundas que não agridem a
denso colchão verde que dispensa • Exige menos podas pavimentação
podas periódicas. • Resiste à pisoteamento
• É muito utilizada como pastagem • Resiste à fezes e urina de animais
nutritiva. • Desenvolve-se bem em locais
• Sol pleno ou meia-sombra. Tolera ensolarados.
secas. Utilizada no canteiro onde há mobiliário
Utilizada nos canteiros das extremidades em volta das árvores e as pessoas são
direita e esquerda do terreno, onde livres para pisar na grama.
há presença corriqueira de animais de
pasto.
TAGETES
• 20 cm a 30 cm de altura.
• Floresce na primavera e no verão. As
flores parecem pequenos buquês.
• Tem um cheiro característico, que
atua como repelente de formigas.
• Sol pleno. É tolerante ao frio .
Utilizada nos canteiros ao centro do
IPÊ AMARELO
• Grande porte
terreno, trazendo cor e alegria em forma
• Raízes profundas que não agridem a
de flor para perto do vagão artístico.
pavimentação
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PERSPECTIVAS

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70
7

CONCLUSÃO
Este projeto teve como base a interação entre pedestres e o
meio urbano através da revitalização urbana. Então, foi feito um
estudo sobre a relaação atual em uma área de grande potencial
mas extremamente degradada que é o trecho da ferrovia Mogiana
no bairro Ipiranga, um elemento histórico de grande importância
para a cidade de Ribeirão Preto.
Esse estudo constou uma grande diversidade de rotina e
apropriação indevida do espaço, mas de forma potencial.
Portanto, as pessoas dessa área já sabem que o espaço público
é delas, a ideia é potencializar isso. Trazer mais pessoas para o
espaço público e fazer dele um lugar acolhedor, conectando os
equipamentos do entorno com seus usos e dispensando o uso de
automóveis.
Por fim, as mudanças propostas ao longo do trabalho visam
unicamente melhorar a qualidade de vida das pessoas através
de um espaço para exercer a liberdade de ser quem quer ser,
relembrar as belezas do passado e cultivar novas lembranças.

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ANEXOS
QUESTIONÁRIO f) Ensino superior incompleto b) Uma vez por semana
g) Ensino superior completo c) Duas vezes por semana
QUESTIONÁRIO Nº____ d) Aos finais de semana
Sobre a área de intervenção e) Outros:______________________
Sexo: ___________ Idade: _______ 6- Costuma ficar na calçada em algum 13- Em sua opinião, quais os maiores
Caracterização Socioeconômica período do dia? problemas ao longo da Avenida Rio Pardo
SIM ( ) NÃO ( ) e, consequentemente, da ferrovia?
1- Quantas pessoas moram na casa?
7- As crianças costumam brincar na rua a) Falta de acessibilidade
a) 01 a 02 pessoas
ou na ferrovia? b) Má iluminação
b) 03 a 05 pessoas
SIM ( ) NÃO ( ) c) Falta de mobiliário
c) 05 a 08 pessoas
8- Você gosta do lugar onde mora? d) Sujeira
d) 08 a 10 Pessoas
SIM ( ) NÃO ( ) e) Insegurança
e) Acima de 10 pessoas
9- O que você melhoraria nesta área? 14- O que você gosta na Avenida Rio
2- Qual a faixa etária dos moradores?
1 ( ) Áreas de convívio Pardo?
1 ( ) De 0 a 5 anos.
2 ( ) Acesso e circulação a) Vegetação
2 ( ) De 6 a 12 anos
3 ( ) Equipamentos b) Fluxo de trânsito baixo
3 ( ) De 12 a 18 anos
4 ( ) Segurança c) Proximidade com comércio e serviços
4 ( ) De 18 a 25 anos
5 ( ) Paisagismo
5 ( ) De 25 a 40 anos
6 ( ) Mobiliário urbano 15- Que tipos de mudança você gostaria
6 ( ) De 40 a 60 anos
Sobre intervenções na área da Ferrovia que acontecesse ao longo da Avenida Rio
7 ( ) De 60 a 85 anos
Mogiana Pardo e da ferrovia?
8 ( ) Mais de 85 anos
10- Você se sente inseguro (a) por causa 1 ( ) Paisagismo
3- Há quanto tempo mora no bairro?
do estado de degradação da ferrovia? 2 ( ) Equipamentos
a) 1 a 5 anos
SIM ( ) NÃO ( ) 3 ( ) Acesso
b) 6 a 10 anos
4 ( ) Segurança
c) 11 a 20 anos
11- Que medida você acha que deve 5 ( ) Mobiliário urbano
d) Mais de 20 anos
ser tomada sobre a ferrovia na Avenida Rio 16- Assinale quais equipamentos você
4- Qual a renda mensal da casa?
Pardo? gostaria que tivesse ao longo da ferrovia
a) Menos de 1 salário mínimo
a) Deixar do jeito que está 1 ( ) Pista para caminhada e cooper
b) De 1 a 3 salários mínimos
b) Reativar o uso de trens e o uso da 2 ( ) Ciclovia
c) De 3 a 6 salários mínimos
ferrovia 3 ( ) Academia ao ar livre
d) De 6 a 10 salários mínimos
c) Retirar os trilhos e alargar a via 4 ( ) Playground
e) Mais de 10 salários mínimos
d) Retirar os trilhos e criar áreas de lazer? 5 ( ) Locais para alimentação
5- Qual a sua escolaridade?
e) Preservar os trilhos sem seu uso para 17- Em relação à criação de espaços
a) Sem escolaridade
trens, integrando áreas de lazer temáticos na ferrovia, quais temas você
b) Ensino fundamental incompleto
f) Outros: _____________________ acha mais importante trazer para a área?
c) Ensino fundamental completo
12- Com que frequência você vai a) Educação
d) Ensino médio incompleto
caminhar na Avenida Rio Pardo? b) Lazer
e) Ensino médio completo
a) Nunca c) Esporte
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d) Infantil
e) Terceira idade
f) Contemplação
18- Como você percorre a região?
a) Automóvel
b) Bicicleta
c) Transporte público
d) A pé
19- Caso você vá de carro ou bicicleta,
encontra estacionamento ou bicicletários
com facilidade?
( )Sim ( )Não
20- Em relação aos acessos de pedestre
na região, qual tipo de problema você
costuma encontrar?
1 ( ) Falta de rampas
2 ( ) Pisos inadequados
3 ( ) Falta de piso táctil
4 ( ) Calçadas desniveladas
5 ( ) Calçadas esburacadas
6 ( ) Calçadas inexistentes

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BIBLIOGRAFIA
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