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A compreensão da morfologia bacteriana e dos métodos de manipulação microbiológica

é essencial tanto para o estudo quanto para a prática da microbiologia, abrangendo tanto
o ambiente industrial quanto o medicinal. A morfologia bacteriana é comumente
empregada para caracterizar colônias e células bacterianas em relação à sua forma,
tamanho, arranjo e características físicas. As células bacterianas podem ser classificadas
quanto à sua morfologia, incluindo formas como coco, bacilo, espirilo, espiroqueta, e
até mesmo aquelas que assumem múltiplas formas, como Mycoplasma Pneumoniae,
que devido à ausência de parede celular, não possui uma forma específica (Madigan et
al., 2016)¹.

O estudo da morfologia e caracterização bacteriana é fundamental para identificar e


compreender suas funções e aplicações nos campos médico e industrial. Esse
conhecimento é aplicável em diversas áreas, desde a identificação de rhizobactérias que
podem servir como alternativas para fertilizantes de arroz (SILVA et al., 2023)², até a
caracterização de bactérias responsáveis por doenças pouco conhecidas pela população
brasileira (Yoshinari et al., 2010)³.

Um dos principais materiais empregados no cultivo de bactérias e fungos são os meios


de cultura, que fornecem a fonte de alimento para esses microrganismos (Vermelho et
al., 2019)4. Esses meios podem ser classificados quanto à sua seletividade,
complexidade e tipo de base utilizada. Em relação à seletividade, os meios de cultura
podem ser seletivos ou não seletivos, sendo que os primeiros favorecem o crescimento
de alguns microrganismos enquanto inibem outros, ao passo que os últimos não
possuem essa característica. Exemplos de meios não seletivos incluem o PCA e o BDA,
que foram utilizados na prática deste relatório. (Madigan et al., 2016)1

A utilização de métodos de manipulação, como técnicas assépticas, é crucial para


manipular microrganismos, como fungos e bactérias, com segurança e assepsia. Tais
técnicas visam evitar a contaminação de equipamentos e materiais por microrganismos
presentes no ambiente laboratorial. Um destaque é dado à utilização da "zona de
segurança" de uma chama ou bico de Bunsen, onde a manipulação de materiais e
microrganismos é realizada minimizando a contaminação por organismos externos.
Outra técnica relevante é a de isolamento para obtenção de uma colonia pura a partir de
de amostras complexas, no qual uma alça aquecida ou extéril é utilizada para separar
uma colônia bacteriana desejada para estudo e esta é semeada em uma placa de Petri
para cultivo. (Vermelho et al., 2019)4

REFERÊNCIAS

1. MADIGAN, M. T. et al. Microbiologia de Brock. Tradução: Alice Freitas


Versiani et al. 14ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2016.
2. SILVA, L. L. et al. Assessment of morphophysiological and genotypic diversity
of endophytic bacteria isolated from rice (Oryza sativa L.) plants. Caatinga,
Mossoró, v. 35, n. 4, p. 775-784, out. – dez., 2023.
3. YOSHINARI, N. H. et al. doença de lyme-símile brasileira ou síndrome baggio-
yoshinari: zoonose exótica e emergente transmitida por carrapatos. Assoc. Med.
Bras., São Paulo,v. 56, n. 3, p. 363-369, ago., 2010.
4. VERMELHO, A. B. et al.Práticas de microbiologia. 2ª ed. Rio de Janeiro:
EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. 2019.

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