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FILOSOFIA E SOCIEDADE 2 - Status e Papel
FILOSOFIA E SOCIEDADE 2 - Status e Papel
INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda as teias de posições ou status existentes nos grupos e nas sociedades,
bem como, os processos pelos quais a sociedade distribui os seus membros por estas
posições, conferindo-lhes atribuições e/ou papéis comportamentais que deverão
conformar-se com o(s) respectivo(s) status. Portanto, havemos de abordar:
1. A compreensão dos mecanismos através dos quais os indivíduos recebem uma posição
ou status, tanto no interior dos grupos de que participam, quanto no seio da sociedade.
2. O entendimento de que diferentes sociedades ou estruturas sociais têm diversas formas
de atribuição de status.
3. A distinção entre as características específicas dos status.
4. A diferença entre a posição ocupada (status) e o papel esperado (direitos e deveres).
5. A correlação entre as expectativas dos componentes da sociedade e o desempenho das
funções tendo em atenção os papéis.
6. O reconhecimento de que cada papel social possui diversos níveis de comportamento
sujeitos a sanções.
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SOCIABILIDADE HUMANA
Sociabilidade é uma expressão empregada na produção académica em diferentes sentidos. Em geral, está
relacionada às análises sobre a ética e a moral, sobre os modos de viver e de ser em sociedade, em
comunidades ou em pequenos grupos sociais.
A íntima relação entre o Homem e a Sociedade, ou seja, a sua integração nas várias estruturas sociais é
explicada em duas vertentes filosóficas: virtude/naturalismo teológico e contratualismo/Contrato Social.
Estas correntes pretendem discutir as teorias, bem como criticar os modelos propostos para encaminhar
ideias – firmando um consistente caminho – e apresentar uma base sólida e ideológica que permita a
compreensão da existência humana.
Na idade antiga do século XVIII a.C (Pré-Socrático), o interesse investigativo da filosofia concentrou-se no
mundo físico/material (Physis), pois, pretendia-se compreender a essência da existência do mundo e da
matéria. A preocupação da filosofia era com o TER/EXISTIR. Nesta época as comunidades isoladas
reduziram a dispersão, com o incremento do comércio decorrente da invenção da moeda. O centro da
cidade passou a ser a POLIS, porque esse espaço tornou-se na praça pública onde aconteciam as
discussões.
Já no período considerado Clássico da Idade Antiga, a ética adquiriu grande valor, os filósofos voltaram-
se para o SER e para os PROBLEMAS SOCIAIS E MORAIS. Nessa nova forma de organização social e
política, a democracia, o logos, ou seja, a razão, a palavra e o discurso tornaram-se mais importantes do
que a condição social e económica
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Os princípios éticos são temporários, pois são reflexo das dinâmicas culturais e do
quotidiano.
A Moral torna as normas e princípios morais numa realidade tangível. Ela tem um
carácter social, ou seja, envolve relações entre sujeitos, no sentido de possibilitar um
equilíbrio entre os anseios individuais e os interesses da sociedade.
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Para Marshall, o status social pessoal é "a posição social real determinada pelas
atitudes e comportamentos daqueles entre os quais o indivíduo vive e se movimenta", e
o status social posicional é "a posição social atribuída pelos valores convencionais
correntes na sociedade, ao grupo ou categoria do qual o indivíduo é o representante".
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TIPOS DE PAPÉIS
Há a considerar o ajustamento do indivíduo aos papéis que deve desempenhar, o que
se dá de dois modos: ATRIBUÍDO e ASSUMIDO/ALCANÇADO.
• ATRIBUÍDO – Quando são conferidos externamente ao indivíduo; a atribuição deste
tipo de papel social, efectua-se de maneira Automaticamente, como certos papéis
familiares que não dependem da decisão do indivíduo – filho, irmão, primo, tio, avo;
TIPOS DE PAPÉIS
colectividade, está sujeita a normas, que compõem o papel social. Os testes
sociométricos, realizados em grupos pequenos, demonstraram a divisão por funções:
um assume a liderança, outro exerce influência marcante, apesar de oculta; há quem
traga informações e quem forneça ideias novas; outros podem exercer funções de
críticos. Condutas particulares vão corresponder a cada uma das funções, respondendo
as expectativas dos outros; portanto, além das normas comuns que se aplicam a todos
os membros do grupo, existem as específicas, servindo de guia aos diferentes
membros, de acordo com as funções que desempenham.
Segundo Rocher, "são esses modelos específicos de comportamento de uma posição,
numa colectividade, que constituem o papel social. O papel social vem assim
caracterizar modelos que, transcendendo as diferenças e as adaptações individuais,
servem para orientar a acção dos sujeitos que ocupam uma dada posição. Verificamos,
dessa maneira, que não se deve confundir papel social com função social. O papel
social não é a função que certa pessoa desempenha, nem a sua contribuição para o
funcionamento de um grupo ou colectividade; é, mais precisamente, o conjunto de
maneiras de agir que caracteriza o comportamento dos indivíduos no exercício de
determinada função em determinada colectividade.
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Volenti Nihil Difficili -“A quem quer, nada é difícil”