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Parte A

1.
Quando o sujeito poético inicia o poema com a expressão "Amor é", a sua intenção é definir
ou efectuar uma caracterização do amor. A opção por começar com a expressão "Amor é"
sugere que o poeta está a tentar capturar a essência do amor e transmitir as suas diversas
contradições aos leitores. O poeta procura definir o amor não apenas como um sentimento de
felicidade, mas como algo que envolve dor, descontentamento, solidão e lealdade, entre
outras emoções e experiências.

2.
O uso da anáfora, em cada uma das onze definições apresentadas pelo sujeito poético no
soneto, serve para enfatizar a multiplicidade e a complexidade das facetas do amor. Cada
repetição da frase reforça a ideia de que o amor não pode ser identificado ou definido por uma
única característica, mas sim por uma série de atributos diversos e contraditórios. Esta
repetição também cria um ritmo e uma cadência no poema, que destaca a importância de
cada definição apresentada e incentiva o leitor a refletir sobre as diferentes dimensões do
amor.

3.
A metáfora "Amor é um fogo", presente no início do soneto, estabelece um tom poderoso e
evocativo para o resto do poema, sugerindo que o amor é uma força poderosa e irresistível
que pode trazer quer alegria, quer dor aos que se entregam a ele.

4.
O oxímoro que considero mais interessante é: "é ter com quem nos mata, lealdade". Entendo
que este oxímoro une dois conceitos que são opostos: "matar" e "lealdade". O termo "matar"
evoca uma ideia de destruição, perda ou até mesmo morte física, enquanto "lealdade" sugere
fidelidade, compromisso e apoio. Ao juntar estes dois conceitos num único verso, o autor cria
uma tensão dramática e uma sensação de conflito interno, demonstrando ainda como o
sentimento de lealdade pode, por vezes, causar dor ou sofrimento, como se estivéssemos a
entregar a nossa vida àqueles a quem somos leais.

5.
A) Sofrimento invisível, porém arrasador: "Amor é um fogo que arde sem se ver";
B) Fixação no ato de amar: "é querer estar preso por vontade";
C) Insatisfação constante: "é um cuidar que se ganha em se perder”.

6.
No primeiro terceto do soneto, o sujeito poético descreve duas atitudes daquele que ama. Por
um lado, de forma voluntária o amante aceita estar aprisionado pela vontade da pessoa
amada: “é querer estar preso por vontade” Demonstra também disposição para ser dominado
pelo objecto do seu amor, reconhecendo-o como aquele que triunfa na sua vida, "é servir a
quem vence, o vencedor".

7.
A expressão que inicia a segunda e a última parte do poema é "Mas como causar pode seu
favor nos corações humanos amizade". Esta expressão pode ser classificada principalmente
como uma oração subordinada condicional, introduzida pela conjunção "como".

8.
A interrogação retórica que encerra o poema, "Mas como causar pode seu favor nos corações
humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo amor?", expressa uma profunda reflexão
sobre a natureza contraditória do amor e a sua capacidade de inspirar outros sentimentos,
como a amizade

9.
O último terceto dos sonetos é especial, apelidado de chave de ouro.

Parte B

10.
O Amor é um sentimento que une pessoas e as suas almas, que, não sendo visível, reflete-se
nas ações perante o outro, não aceita barreiras. Podemos dizer que o amor salva vidas, guia
corações, mesmo em momentos mais sombrios.

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