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Língua Portuguesa

O que o texto revela

2o bimestre – Aula 1
Ensino Médio
● Poema; ● Reconhecer a construção da
subjetividade no gênero textual
● Contexto histórico-social e
poema, no século XIX e início
visões de mundo nos textos.
do século XX, a partir da
análise semiótica.
De surpresa 2 MINUTOS

Este inferno de amar – como eu amo!


Almeida Garrett

Para você, o que é o amor?

Se você tivesse que dar uma definição de amor para alguém que não
faz a menor ideia do que ele seja, o que você diria?
Leitura em fase 8 MINUTOS

“Este inferno de amar”


Almeida Garrett

Este inferno de amar – como eu amo!


Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é vida – e que a vida destrói.
Como é que se veio atear,
Quando – ai se há-de ela apagar?

Continua...
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez… foi um sonho.
Em que a paz tão serena a dormi!
Oh! Que doce era aquele olhar…
Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso


Eu passei… Dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;
Continua...
Mas nessa hora a viver comecei…
Mostre-me 12 MINUTOS

1. Qual é o significado das expressões “Este inferno de amar” e


“Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?” no poema?
a. O poeta questiona sobre a origem do amor e reflete sobre como ele
se manifesta na alma, causando tormento.
b. O poeta descreve a intensidade do amor como um fogo que consome
a vida, questionando quem é responsável por acendê-lo em sua alma.
c. O poeta expressa sua frustração com o amor, comparando-o a um
inferno e questionando quem o colocou em sua alma.
d. O poeta reflete sobre a dualidade do amor, descrevendo-o como uma
chama que tanto alimenta quanto destrói a vida.
Correção
1. Qual é o significado das expressões “Este inferno de amar” e
“Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?” no poema?
a. O poeta questiona sobre a origem do amor e reflete sobre como ele
se manifesta na alma, causando tormento.
b. O poeta descreve a intensidade do amor como um fogo que
consome a vida, questionando quem é responsável por acendê-lo em
sua alma.
c. O poeta expressa sua frustração com o amor, comparando-o a um
inferno e questionando quem o colocou em sua alma.
d. O poeta reflete sobre a dualidade do amor, descrevendo-o como uma
chama que tanto alimenta quanto destrói a vida.
Virem e conversem

2. Vamos refletir sobre as questões:


a. Qual é a metáfora usada pelo autor para descrever o amor? Como
essa metáfora contribui para a compreensão do tema central do
poema?
b. Como o autor contrasta sua vida atual com uma vida passada?
Quais são as principais diferenças destacadas no texto?
Correção
2. Vamos refletir sobre as questões:
a. Qual é a metáfora usada pelo autor para descrever o amor? Como
essa metáfora contribui para a compreensão do tema central do
poema?
A metáfora usada pelo autor para descrever o amor é a “chama
que alenta e consome”. Essa metáfora contribui para a
compreensão do tema central do poema, que é a dualidade
entre vitalidade e destruição provocada pela natureza complexa
e intensa do amor.
Correção
2. Vamos refletir sobre as questões:
b. Como o autor contrasta sua vida atual com uma vida passada?
Quais são as principais diferenças destacadas no texto?
O autor contrasta sua vida atual com uma vida passada,
descrevendo a serenidade e a paz de um sonho anterior em
discrepância com a intensidade e o tumulto do amor presente.
6 MINUTOS

As visões do amor
Uma mesma temática pode ser apresentada com visões diferentes e
ser condicionada ao estilo e à época da produção literária.

Vimos as concepções de amor no século XIX, com o poema


romântico de Almeida Garrett. Agora, vamos ler um fragmento da
obra de Olavo Bilac, poeta parnasiano do século XIX, para identificar
a concepção de amor presente nos versos do poeta e estabelecer
uma relação com a obra estudada anteriormente.
Leitura independente
“Tercetos”
Olavo Bilac
I
Noite ainda, quando ela me pedia
Entre dois beijos que me fosse embora,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:
“Espera ao menos que desponte a aurora!
Tua alcova é cheirosa como um ninho...
E olha que escuridão dá lá por fora!
Como queres que eu vá, triste e sozinho,
Cansado a treva e o frio do meu peito
Continua...
Ao frio e à treva que há pelo caminho?!
Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!
Não me arrojes à chuva e à tempestade!
Não me exiles do vale do teu leito!

Morrerei de aflição e de saudade...


Espera! até que o dia resplandeça,
Aquece-me com tua mocidade!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça


Repousar, como há pouco repousava...
Espera um pouco! deixa que amanheça!”

− E ela abria-me os braços. E eu ficava.


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3. Sobre o poema, é correto afirmar:


a. O poema descreve uma cena amorosa, em um procedimento típico
do Parnasianismo: a mulher é real, sem a idealização romântica.
b. O poema segue a temática romântica, porém, a objetividade e
o sentimento do belo são fortes presenças no texto.
c. Em versos simples e coloquiais, o poeta expressa seus
sentimentos em relação à figura feminina, sempre idealizada.
d. O poema é sensual e celebra o prazer do amor físico, revelando
o lirismo amoroso do poeta.
e. O poema apresenta uma cena parnasiana em que os amantes
não conseguem concretizar o ato amoroso.
Correção
3. Sobre o poema, é correto afirmar:
a. O poema descreve uma cena amorosa, num procedimento típico
do Parnasianismo: a mulher é real, sem a idealização romântica.
b. O poema segue a temática romântica, porém, a objetividade e
o sentimento do belo são fortes presenças no texto.
c. Em versos simples e coloquiais, o poeta expressa seus
sentimentos em relação à figura feminina, sempre idealizada.
d. O poema é sensual e celebra o prazer do amor físico, revelando
o lirismo amoroso do poeta.
e. O poema apresenta uma cena parnasiana em que os amantes
não conseguem concretizar o ato amoroso.
Todo mundo escreve

Reflita sobre a questão:

4. Qual é a principal diferença entre os poemas “Tercetos”, de Olavo


Bilac, e “Esse inferno de amar”, de Almeida Garrett, em relação à
abordagem temática?
Correção
4. Qual é a principal diferença entre os poemas “Tercetos”, de Olavo Bilac, e
“Esse inferno de amar”, de Almeida Garrett, em relação à abordagem
temática?
A principal diferença entre os poemas “Tercetos”, de Olavo Bilac, e “Esse
inferno de amar”, de Almeida Garrett, em relação à abordagem temática, é
que, enquanto “Tercetos” apresenta uma visão mais romântica e
contemplativa do amor, destacando a intensidade dos sentimentos e a
resistência à separação, “Esse inferno de amar” aborda o amor de uma
maneira mais tumultuosa e dramática, explorando os conflitos e as
angústias associados ao sentimento amoroso. Enquanto o poema de Bilac
expressa a esperança e o desejo de permanecer junto ao ser amado, o de
Garrett reflete a dor e o sofrimento causados pela paixão.

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