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TÓPICOS DE RESPOSTA
(Cenários de resposta)
1.
O sujeito poético é o infante D. Pedro (futuro rei de Portugal) e dirige-se à sua amada, D. Inês de Castro.
1.1 D. Pedro e D. Inês mantêm uma relação amorosa.
2.
Aceitam-se respostas como:
Antítese: existe um contraste entre a manhã e a noite, que podem estar associadas, respetivamente,
ao vazio de sentimentos e ao amor ou à incerteza e à segurança.
Metáfora: a noite e a manhã têm o valor metafórico apontado na explicação da antítese.
3.
Apesar de as personagens serem duas, tornam-se uma porque o amor profundo as une a ponto de se
fundirem numa só: estão em sintonia e em comunhão plenas.
4.
O tempo é um inimigo do amor das duas personagens porque elas passam tempo separadas e porque
quando estão juntas é por períodos que sentem como curtos e insatisfatórios.
O tempo é, por isso, vivido sempre com angústia.
5.
a) A amada é quem dá ao eu a sua razão de existir e quem lhe traz a felicidade e a alegria do amor.
b) O amor entre ambos é intenso e irá até «ao fim do mundo», ou seja, até ao momento em que deixe
de existir depois da morte de um deles.
1.
O tema é a criação poética porque dá conta do processo seguido na escrita de uma composição lírica.
2.
O poema divide-se em quatro partes:
— Na primeira parte (vv. 1 a 6), o poeta tenta escrever um poema mas não é bem sucedido e não
consegue expressar de forma artística o que tem a dizer — isso mesmo é mostrado com as imagens
da ave, da maçã e da flor;
— Na segunda parte (vv. 7 a 12), o poeta esforça-se para encontrar uma forma genial de representar
as suas ideias, mas não é bem-sucedido;
— Na terceira parte (vv. 13 a 18), demonstra-se, novamente através das imagens do pássaro da maçã
e da flor, como o poema foi bem conseguido;
— Na quarta parte (vv. 19 a 25), quando o poeta deixou de lutar contra as palavras e permitiu que o
poema ganhasse forma por si, a composição alcançou finalmente a beleza e a qualidade desejáveis.
3.
3.1 O poeta procura representar um pássaro poeticamente, mas as suas palavras não conseguem
representá-lo de forma artística.
4.
Metáfora.
As palavras procuram aprisionar (expressar artisticamente) a ave, que fugia, no sentido em que as
palavras menos bem conseguidas do poeta não a estavam a representar poeticamente.
5.
O poeta decidiu suspender o ato de escrita – não para desistir, mas para deixar o poema amadurecer.
6.
Depois de o poema ganhar forma e a expressão artística se consolidar na mente do poeta, este redigiu a
composição.
«[Aproximei-me de ti]»
1.
No poema, há referência ao encontro entre o eu poético e uma outra personagem («Aproximei-me
de ti») e o primeiro apaixona-se por essa outra figura.
A separação dá-se já numa segunda parte: «a tua figura luminosa atravessando a praça / até
desaparecer».
2.
Comparação.
A comparação anuncia a ideia de que o encontro e o sentimento forte do eu pela outra personagem
traria, simbolicamente, uma tragédia: a separação.
4.
Inicialmente, a outra personagem também está apaixonada («pegando-me na mão, / puxaste-me para
os teus olhos»).
No fim, fica triste com a partida: «uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas».
5.
No fim, o eu poético fica a viver na memória a recordação da personagem que parte e continua
enamorado por ela.
«Jogo»
1.
O eu lírico prepara o encontro com a sua amada.
O jogo pode ser um jogo de sedução ou um entendimento entre os dois.
2.
A sala é preparada para o entendimento e a sedução serem bem-sucedidos e para o encontro amoroso
ser satisfatório.
3.
As palavras/expressões são «mesa do jogo», «peças», «tabuleiro», «lugares», «quebra-cabeças».
3.1 O jogo é comparado ao amor porque ambos têm regras, trazem prazer e envolvem estratégia
e destreza.
4.
Com a chegada da personagem feminina, os planos do eu saem gorados.
A mulher parece dispensar estratégias e regras e, de rompante, avança espontaneamente sobre o eu
e domina-o amorosamente.
5.
A paixão e o desejo sobrepõem-se ao jogo e celebram-se no ato amoroso.