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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Quiroga, tendo trabalhado como juiz de paz, jornalista e professor, teve seu
maior reconhecimento atuando como escritor de contos, que refletia não apenas suas
lutas internas, mas sua busca por significado no mundo sombrio a qual habitava,
procurando explorar a psique humana, confrontando o leitor com aspectos irreais e
complexos da condição humana.
Devido às suas paixões e emoções intensas, escrever, para Quiroga, era seu jeito
de dar sentido ao caos do mundo e de expressar as complexidades de sua própria
existência.
Horror é o nome mais usual dado aos textos ficcionais que, de algum modo,
estão relacionados ao medo físico ou psicológico, mas, este pode ser
abordado como fenômeno social, psicológico, político, dentre outros, pois
não tem uma definição fixa.
Por meio do seu viés fantástico, as abordagens educacionais dos contos
fantásticos de Horácio Quiroga podem acontecer de várias formas e de maneiras
abrangentes, dependendo dos objetivos pedagógicos e do público-alvo a qual se destina.
Os contos de Quiroga propõem uma oportunidade de análise literária,
explorando elementos do enredo, das personagens, dos cenários, do estilo de escrita e
dos temas apresentados.
Por meio dos temas abordados por Quiroga, que incluem violência, morte,
loucura, natureza, psique humana, os discentes e docentes podem explorar esses temas
de maneira crítica, relacionando-os com suas próprias experiências e com questões
contemporâneas, tais como: saúde mental, conservação ambiental e violência.
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Antes de iniciar as atividades, a Professora falou que a aula seria uma aula de
interpretação, porém eles teriam que interpretar a música “Dias Melhores”, da banda
Jota Quest. A música foi projetada, por meio de um projetor, para os alunos, que
puderam apreciá-la três vezes. Quando a música tocou pela última vez, a professora
então ficou na frente da turma e, com o auxílio do seu celular particular, começou a
declamar a música.
Após a declamação, ela indagou aos alunos o que eles haviam entendido, o que a
letra da música queria dizer. Com algumas participações, a professora então perguntou
qual era o melhor momento para a gente viver as nossas vidas, relatou os distúrbios que
podem ser ativados ao pensarmos demais no futuro ou ao lamentar demais o passado.
Houve alguns debates e exposição de opiniões sobre esse tema na turma. Alguns
frisaram o perigo de se focar no agora e esquecer que o depois sempre vem, outros
lembraram da importância de pensarmos sobre o passado e do cuidado que a gente tem
que ter ao não refazer atitudes negativas.
Depois dessa primeira aula, a Professora falou à estagiária que esses momentos
de discussões são de suma importância para conhecer a turma, mensurar qual o grau de
entendimento e compreensão que os alunos já apresentam, servindo também como uma
ferramenta avaliativa, já que observamos as habilidades de argumentação, de
interpretação, reelaboração, criação de hipótese e muitos alunos elencaram suas próprias
vivências como forma de embasar a opinião que expunham.
Em todos os momentos do debate, a Professora se dirigiu aos alunos de forma
respeitosa, acolhendo seus pontos de vista, questionando e estimulando a participação
de cada um, não obrigando quem não se mostrava interessado a participar, mas
oferecendo o momento para tal fim.
As turmas que se tornaram objeto de pesquisa deste trabalho foram os 1ᵒˢ e 2ᵒˢ
anos do ensino médio. A média por turma é de 35 alunos por sala e o espaço onde eles
estudam é adequado à quantidade de estudantes, já que esse número obedece a uma
metragem estabelecida pela S.E.D. Nas salas observadas há computador para uso do
professor, caixas de som. Em ambas as turmas há alunos com necessidades especiais e
sua inclusão obedece às legislações estaduais e federais vigentes, havendo como suporte
segundo professor nas turmas.
Na turma 1º01, a regência foi similar à desenvolvida nas turmas do 1º02 e 1º03,
com a diferença do conto apreciado. Na turma 1º01, o conto trabalhado foi “A Galinha
Degolada”, onde realizamos a leitura individual, após discussão e reflexão em grupo a
partir de perguntas disparadoras elaboradas pela professora-pesquisadora.
REFERÊNCIAS
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ANEXO I
Registro de Frequência