Calendário Litúrgico Nov Dez

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1 TODOS OS SANTOS

Mateus 5,48: “Sede santos como vosso pai celeste é Santo”.


Celebramos neste dia, todos os irmãos que nos precedem e são nossos
exemplos de fé e vivência!
Todos os santos de Deus, intercedei por nós!

2 COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS


Dia de oração e memória àqueles que fizeram a sua Páscoa para a casa
do Pai. Rezemos pelos fiéis defuntos, com carinho especial pelos que estão no
purgatório, para que sejam purificados e logo estejam frenta a Visão Beatífica
de Deus!
“Que as almas dos Legionários, e de todos os fiéis defuntos, pela misericórdia
de Deus, descansem em paz!”

3 São Carlos Borromeu, bispo


Depois de ordenado sacerdote, São Carlos empenhou-se na reorganização da
Igreja Católica através dos seus serviços pelo Concílio de Trento. Ele, por
várias vezes, chamou a atenção do tio, o papa Pio IV, para a necessidade de
renovação, consolidação e estruturação da vida religiosa na Igreja e a
formação qualificada do clero.
Logo que o Concílio foi realizado, São Carlos Borromeu desejou ser o primeiro
a colocar em prática as ordens apresentadas pela reunião dos bispos, mesmo
que estivesse, por vezes, sendo mal visto pelos seus irmãos. Iniciou seus
cuidados pela criação da estrutura dos seminários, sendo um dos primeiros a
pensar a formação dos futuros sacerdotes desta forma.
Além disso, tinha em mente que a caridade abre os corações das pessoas à fé
e a religião.
São Carlos Borromeu viveu 46 anos. Suas últimas palavras foram: “Eis Senhor,
eu venho, vou já”.
Foi beatificado em 1602, pelo papa Clemente VIII e, depois, canonizado em
1610, por Paulo V, que fixou a festa do santo para o dia 4 de novembro.

9 DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE LATRÃO


Sob o Pontificado de Bento XIII, em 1724, houve a criação da Festa que hoje
celebramos. Na Igreja Latina, essa data é sinal de amor e unidade ao Papa. O
dia é dedicado para rezar pelo Papa e fazer memória de sua importância
religiosa particular e mundial. Basílica do Santíssimo Salvador e dos Santos
João Batista e João Evangelista de Latrão
O Papa Silvestre I dedicou-a ao Santíssimo Salvador (318 ou 324). Só no
século VI foram acrescentados os títulos dos santos São João Batista e João
Evangelista. Ali, foi construída uma Capela dedicada a São João Batista, que
servia de batistério. No século IX, o Papa Sérgio III confirmou a dedicação a
João Batista. Por fim, no século XII, Papa Lúcio II também a dedicou a São
João Evangelista. Daí a denominação da Basílica Papal do Santíssimo
Salvador e dos Santos João Batista e Evangelista de Latrão. A Basílica é
considerada pelos cristãos como a principal, “a mãe e cabeça de todas as
igrejas da cidade e do mundo”.
10 São Leão Magno, Papa e doutor da Igreja
Seu Pontificado, que durou vinte e um anos, colecionou várias primazias: foi o
primeiro Bispo de Roma a ser chamado Leão. O primeiro sucessor de Pedro a
ser chamado “Magno”. O primeiro Papa, que por sua pregação, foi também um
dos dois únicos Papas – o outro foi Gregório Magno – a receber, em 1754, por
desejo do Papa Bento XIV, o título de “Doutor da Igreja”.
Páscoa
A morte de Leão Magno ocorreu em 10 de novembro de 461. Segundo alguns
historiadores, ele foi também o primeiro Papa a ser sepultado na Basílica
Vaticana. Suas relíquias, ainda hoje, são conservadas na Capela de Nossa
Senhora do Pilar, na Basílica de São Pedro.

12 São Josafá, bispo e mártir


A Rússia foi evangelizada pelos cristãos bizantinos pouco antes do grande
cisma de 1054, e seguiu a Igreja grega na separação de Roma, aceitando-lhe a
dependência até 1589, quando se tornou autônoma com a elevação do
metropolita de Moscou à dignidade de patriarca.
Neste mesmo período a Rutênia havia passado do domínio russo ao polonês.
Os sacerdotes ortodoxos, entrando em comunhão com Roma, puderam manter
os autênticos ritos e as tradições da Igreja eslava. Neste clima ecumênico, que
fazia pressagiar a composição do cisma do Oriente, nascia em 1580, de nobre
família ortodoxa separada, João Kuncewycz, o futuro apóstolo da unidade dos
cristãos do Oriente.
Foi o primeiro noviço do primeiro mosteiro basiliano unido, o da Santíssima
Trindade de Vilna. Tinha vinte anos. Mudou o nome, recebendo o de Josafá (o
nome bíblico do vale de Cédron, onde, segundo o profeta Joel, se reunirão as
almas para o juízo final). Consagrado sacerdote, em seguida eleito
arquimandrita e auxiliar do arcebispo Pólozk, empreendeu enorme atividade de
apostolado para a reforma da vida monástica e para a unidade dos cristãos, a
ponto de merecer o apelido de “raptor de almas”.
Eleito bispo, sucedeu ao arcebispo Pólozk. Foi barbaramente assassinado por
um grupo de facínoras a 12 de novembro de 1623 em Vitebst, na Rússia
Branca, porque o seu zelo e a sua benemérita ação pela união com a Igreja de
Roma havia-lhe atraído o ódio dos ortodoxos separados. Foi canonizado por
Pio IX em 1867. A memória obrigatória, decretada no novo calendário litúrgico,
tem significado claramente ecumênico.

15 Santo Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja

Alberto nasceu na Alemanha, por volta de 1200, no seio de uma família de


condes, Bollstadt. Ao crescer, foi enviado para estudar em Pádua, na Itália.
Conheceu os Padres Dominicanos, a Ordem dos Pregadores, e percebeu que
era aquela a sua estrada: recebeu o hábito religioso das mãos do Beato
Jordano da Saxônia, sucessor imediato de São Domingos
Assim, foi enviado, primeiro, a Colônia e, depois, a Paris, onde, por alguns
anos, ocupou a cátedra de Teologia e também conheceu seu aluno mais
talentoso: Tomás de Aquino, que o levou consigo quando a Ordem o enviou,
novamente, a Colônia, para dar início ao estudo teológico.
Em Colônia, junto com Tomás, conseguiu fazer grandes coisas, tanto que
recebeu o apelido de "Magno", isto é, Grande.
Foi Provincial dos Dominicanos na Alemanha, em 1256 foi a Roma para
defender os direitos da Santa Sé e dos religiosos Mendicantes no Consistório
de Anagni.
Em 1260, o Papa nomeou Alberto novo Bispo de Regensburg.
Três anos antes de falecer, santo Alberto Magno começou a apresentar perda
de memória. Prevendo, talvez, perder o domínio de si, mandou construir seu
próprio túmulo. Desde então, passou a rezar o ofício dos mortos diariamente.
Faleceu serenamente em 15 de novembro de 1280. Pio XI o canonizou em
1931 e o proclamou Doutor da Igreja. Dez anos depois, Pio XII o declarou
Padroeiro dos estudiosos de Ciências naturais.

16 Santa Gertrudes, virgem


Nascida na Alemanha em 6 de janeiro de 1256, devota do Sagrado Coração de
Jesus, muitos séculos antes que Jesus aparecesse a Santa Margarida Maria
Alacoque, Santa Gertrudes já teve experiências místicas com o Seu Sagrado
Coração.
A religiosa de comunhão frequente e vívida devoção a São José teria chegado,
em duas visões, a reclinar a cabeça sobre o peito de Jesus, ouvindo as batidas
do Seu Coração. Em outra visão, Santa Gertrudes perguntou a São João
Evangelista, que também reclinara a cabeça junto ao Coração de Cristo
durante a Última Ceia, por que ele não tinha escrito nada sobre o Coração de
Jesus. O Apóstolo respondeu que a revelação do Sagrado Coração de Jesus
estava reservada para tempos posteriores, quando a frieza do mundo viesse a
precisar de modo especial de um reavivamento no amor.
Santa Gertrudes foi intitulada “a Grande” pelo Papa Bento XVI, em catequese
de 6 de outubro de 2010.
Em uma das suas visões, Santa Gertrudes recebeu de Jesus uma oração
breve, mas muito especial: toda vez que ela a rezasse, Ele poderia libertar
mil almas do purgatório.

Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus,


em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por
todas as santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares,
pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos.
Amém.

Santa Margarida da Escócia

Santa Margarida nasceu na Hungria, no ano de 1046, de uma família nobre.


Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra. Seu tio-avô era o Rei da Inglaterra
Santo Eduardo, o Confessor, morto em 1066.
Conflitos obrigaram a mudança da família para a Escócia, e em 1070,
Margarida casou-se com o rei Malcom III, tornando-se rainha da Escócia, com
o qual buscavam a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica.
Como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu
aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na
administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens
reais das necessidades dos pobres).
Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais
de cem pobres, a ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram
vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo.
Graças a Margarida, os cultos religiosos foram uniformizados e conformados
com os da Igreja de Roma. Determinou que o jejum quaresmal fosse
respeitado, e que a Páscoa fosse celebrada; recomendou a frequente busca
pela confissão e a abstenção dos trabalhos aos domingos. Incentivou a
construção de igrejas, capelas e escolas, difundindo a educação religiosa. Com
seu intermédio, monges beneditinos fundaram mosteiros na Escócia.
Com a saúde debilitada, Margarida adoeceu e faleceu no dia 16 de novembro
de 1093 no Castelo de Edimburgo. Foi sepultada na igreja da Santíssima
Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi
levado mais tarde.
Em 1250, foi canonizada pelo Papa Inocêncio IV devido a seu exemplo de vida
e fidelidade à Igreja e caridade para com os necessitados.

17 Santa Isabel da Hungría, religiosa

18 Dedicação das Basílicas dos Santos Pedro e Paulo,


apóstolos
Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: a de São
Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros, em Roma. A dedicação
da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja
entre o ano 314 a 335; e a Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa
Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São
Pedro de Roma, a maior do mundo, descansam os restos mortais do primeiro
Vigário de Cristo, São Pedro Apóstolo.
Nesta celebração são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados
“as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da
Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios.
Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os
apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o
catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades.

20 NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO


No ano 325, ocorreu o primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Nicéia, Ásia
Menor. Na ocasião, foi definida a divindade de Cristo contra as heresias de
Ario: "Cristo é Deus, Luz da luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro". Após
1600 anos, em 1925, Pio XI proclamou o modo melhor para superar as
injustiças: o reconhecimento da realeza de Cristo. De fato, escreveu: “Visto que
as festas têm maior eficácia do que qualquer documento do magistério
eclesiástico, por captar a atenção de todos, não só uma vez, mas o ano inteiro,
atingem não só o espírito, mas também os corações” (Encíclica Quas primas,
11 de dezembro 1925).
A data original da festa de Cristo Rei era o último domingo de outubro, ou seja,
no domingo que precedia a festa de Todos os Santos, mas, com a nova
Reforma de 1969, foi transferida para o último domingo do Ano Litúrgico. Desta
forma, fica claro que Jesus Cristo, o Rei, é a meta da nossa peregrinação
terrena. Os textos bíblicos mudam em todos os três anos, para que possamos
conhecer, plenamente, a figura de Jesus.
Entoemos mais uma vez este belo canto, louvando e proclamando o Reinado
de Nosso Senhor Jesus Cristo:

1- Rei Divino, que a terra desceste vindo a nós de um trono de glória,


Alcançaste fulgente vitória sobre a culpa origem da dor!

Refrão: Reina, reina nas almas, no mundo, rei dos reis Jesus Cristo
Senhor! (2x)

2- Rei bondoso! Tu nosso resgate Obtiveste do vil cativeiro


escolhendo por trono um madeiro e por lei o Sacrário de amor,

3- Rei piedoso! De sangue é teu manto, É de espinhos o augusto diadema,


mas nos deste uma Vida Suprema, e a ti mesmo em suave penhor!

4- Rei amável! Teu verbo sagrado É a luz que a vida ilumina;


o teu reino não cai, não termina, Brilha sempre de excelso fulgor!

5- Rei supremo! Perecem os povos; a teu reino de amor sempiterno!


Quer roubá-los o hórrido inferno, Tu os salva, Divino Senhor!

21 Apresentação de Nossa Senhora


As Sagradas Escrituras nada dizem a respeito da Apresentação da Santíssima
Virgem Maria no templo de Jerusalém. No entanto, esse acontecimento é
atestado pela Sagrada Tradição e reconhecido pela Igreja Católica, que o
celebra com uma festa mariana singular. Ao celebrar essa memória,
meditemos sobre a piedosíssima atitude desta celeste Menina, que se
consagrou totalmente a Deus, desde a sua mais tenra idade.
Na sua Imaculada Conceição, nascida isenta de qualquer sombra de pecado,
Nossa Senhora está plenamente disponível à vontade de Deus, livre para
entregar-se a Ele com o impulso de um amor que não conhece demoras,
obstáculos nem vicissitudes da natureza ferida pelo pecado. Em sua pureza
imaculada, resplandecente de graça, a Virgem Maria é capaz de aderir a todo o
bem que Deus lhe propõe e a tudo que é do Seu agrado. Sendo assim, a
Santíssima Menina doa-se completamente, de modo insuperável, a não ser
pelo Filho de Deus feito homem, que ela geraria em seu ventre imaculado.

22 Santa Cecília, virgem e mártir


A tradição narra que Cecília, nobre jovem romana, foi martirizada por volta do
ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I.
Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de
Trastevere, é anterior ao edito de Constantino (313) e a festa em sua memória
foi celebrada no ano 545.

25 Santa Catarina de Alexandria, virgem e mártir

27 DOMINGO I DO ADVENTO
Ficai atentos e preparados!
Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá".
30 SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO
Irmão de São Pedro, mártir.

Dezembro
4 São Francisco Xavier, presbítero
Francisco Xavier nasceu em 7 de abril de 1506 no castelo de Xavier, em
Navarra, Espanha.
De família nobre, com dezoito anos, foi para Paris dedicar-se aos estudos
universitários. Lá conheceu Inácio de Loyola e foi cofundador da Companhia de
Jesus em 1539.
Como padre foi designado a ir em missão para o Oriente. Foi o primeiro jesuíta
que partiu de Lisboa para as missões nas Índias em 7 de abril de 1541. Fez um
frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades.
A viagem de Lisboa a Goa (Estado indiano) durou 13 meses. Seu apostolado
deu-se com todas as classes sociais da ìndia. No ensinamento com as
crianças, adotou um novo método, ensinando o Catecismo com o auxílio de um
sininho, que tocava pelas ruas, a fim de reunir as crianças na igreja. Traduziu
os princípios da Doutrina Católica em versos e, para facilitar o aprendizado,
cantava-os.
Chegou no Japão em 1549, embora soubesse da pena de morte para quem
administrasse o sacramento do Batismo, submeteu-se a aprender a língua e os
seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado.
Ambicionando a China chegou em 1552 a ilha de Shangchuan,
Faleceu no dia 3 de dezembro de 1552 com 46 anos. Dois anos após sua
morte, seu corpo íntegro foi trasladado para a igreja de Bom Jesus de Goa,
Índia, onde é venerado.
Foi beatificado em 1619, por Paulo V, e canonizado em 1622, por Gregório XV.
É o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino
Jesus,

5 DOMINGO II DO ADVENTO
Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia:
"Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo".
João foi anunciado pelo profeta Isaías, que disse:
"Esta é a voz daquele que grita no deserto:
preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!"

6 São Nicolau, bispo

7 Santo Ambrósio, bispo e doutor da Igreja

8 IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA


Onomástico de nosso Senatus! Padroeira de Santa maria RS.
A festa litúrgica que celebramos hoje, exalta uma das grandes maravilhas da
história de nossa salvação: a Imaculada Conceição de Maria. Durante toda a
sua vida terrena, Maria foi livre da mancha do pecado. Essa verdade,
reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. “Entrando, o anjo disse-lhe:
‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo’” (Lucas 1,28). Muitos padres e
doutores da Igreja Oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus,
usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura do que
os anjos.
A Igreja Ocidental, que sempre amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa
dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Não por
repulsa a Nossa Senhora, mas para conservar a doutrina da redenção operada
por Cristo em favor de todos.
Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia
dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de
escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns
Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente
conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima
Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a
Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe
os frutos da redenção de Cristo.
Rapidamente, a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua
mãe Sant’Ana, foi introduzida no calendário romano. José de Anchieta foi o
apóstolo que propagou essa doutrina no Brasil. Desde o início de sua
colonização dedicou a esse ministério igrejas.
A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo
que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem
pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta medalha, anunciada em
todo o mundo, possibilitou a devoção a Maria Imaculada, induzindo os bispos a
solicitarem ao papa a definição do dogma, que já era vivenciado entre os
cristãos.
Sendo assim, no dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus
do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como
dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a
definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para
todos nós: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

9 São João Diego

Juan Diego nasceu em 1474 em Cuauhtitlan no México. Antes de ser batizado,


tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, pertencia à mais baixa casta do Império
Asteca.
Atraído pela doutrina franciscana que chegou ao México em 1524, Juan
converteu-se e foi batizado junto com sua esposa. O missionário responsável
por sua evangelização foi Frei Toríbio de Benavente.
No dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, durante uma de
suas idas à igreja, em Tepeyac, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora
de Guadalupe. O local hoje é chamado de “Capela do Cerrinho”.
Após o milagre de Guadalupe, Juan foi morar numa sala ao lado da capela que
acolheu a sagrada imagem. Dedicou o restante de sua vida propagando as
aparições de Guadalupe aos seus conterrâneos nativos, que se converteram.
Juan Diego faleceu no dia 3 de junho de 1548, aos 74 anos.
Foi beatificado em 6 de maio de 1990, e Canonizado em 31 de julho de 2002
no México por São João Paulo II.
10 Nossa Senhora de Loreto – Patrona dos Aviadores.

11 DOMINGO III DO ADVENTO


“Também vós, ficai firmes e fortalecei vossos corações,
porque a vinda do Senhor está próxima.”

12 NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


Nossa Senhora disse a São juan Diego:“Escute, meu filho, não há nada o que
temer, não fique preocupado nem assustado; Não estou eu aqui, a seu lado?
Eu sou a sua Mãe dadivosa.

O Papa Pio X a proclamou como "Padroeira de toda a América Latina";


Pio XI a proclamou Padroeira de todas as "Américas";
Pio XII a chamou de "Imperatriz das Américas";
E João XXIII "a Missionária Celeste do Novo Mundo" e "a Mãe das Américas".

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu na colina de


Tepeyac, perto da capital a um índio convertido chamado Juan Diego
(canonizado pelo Papa São João Paulo II em 2002).
Nossa Senhora pediu que Juan Diego fosse até o bispo e lhe pedisse que,
naquele lugar, fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.
O bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que,
somente na terceira aparição, foi concedido.
O prelado viu o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada
prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a
imagem da Santíssima Virgem para a capela e, ali, em meio às lágrimas, pediu
perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.
O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem.
O tecido, feito de cacto, não dura mais do que 20 anos e esse já existe há mais
de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente
desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e, até hoje, os peritos
em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.
No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico
sobre toda a pintura. E nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou
manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia, descobriu-se
que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em
nossos olhos, da mesma forma, a figura de Juan Diego, do referido bispo e do
intérprete se refletiu e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora.
Cientistas americanos chegaram à conclusão de que essas três figuras
estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pinturas, mas imagens
gravadas nos olhos de uma pessoa viva.
Declarou o Papa Bento XIV, em 1754: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem
que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem
crescer espinheiros… Uma Imagem estampada numa tela tão rala que através
dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com
nenhuma outra nação”.
Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de
Guadalupe foi declarada “Padroeira de toda a América”, pelo Papa Pio XII no
dia 12 de outubro de 1945.
No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o
Papa
Um cândido canto ilustra a aparição da Santíssima Virgem em solo Mexicano:

https://www.youtube.com/watch?v=NPW1EdZoIzg

14 São João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja


João de Yepes nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542.
No ano 1563, com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na
Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Em 1567, foi ordenado sacerdote.
Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem
para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a
reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D’Ávila (Teresa de Jesus), a qual
havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. Grande
admirador de Santa Teresa, compartilharam ideias e propostas para inaugurar
a primeira casa de Carmelitas Descalços, que ocorreu em 28 de dezembro de
1568 em Duruelo, na província de Ávila. João, empenhado na reforma,
conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências.
Renovando sua profissão religiosa de acordo com a Regra primitiva, assumiu
um novo nome: João denominou-se “da Cruz”. Em 1572, a pedido de Santa
Teresa, tornou-se confessor e vigário do mosteiro da Encarnação em Ávila.
Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu
fugir. Pregador, místico, escritor e poeta, faleceu após uma penosíssima
enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi beatificado por Clemente X
em 1675; e em 1726, canonizado por Bento XIII. No ano de 1926, o Papa Pio
XI o declarou Doutor da Igreja.

Os dias de 17 a 23 de dezembro formam, dentro do tempo do Advento, o


período de preparação para o Natal do Senhor. Segundo uma antiga
tradição da Igreja, que remonta aos séculos VII e VIII, nestes dias, os
cristãos são convidados a recitar as Antífonas Maiores, conhecidas como
Antífonas do Ó.
FONTE:
https://franciscanos.org.br/vidacrista/especiais/oracao-de-antifonas-do-
o/#gsc.tab=0

17 Ó Sabedoria
ANTÍFONA:
“Ó Sabedoria que saístes da boca do Altíssimo, / e atingis até os confins de
todo o universo / e com força e suavidade governais o mundo inteiro: / oh vinde
ensinar-nos o caminho da prudência!”
MEDITAÇÃO:
Cristo é força e sabedoria de Deus (1Cor 1,24). O profeta Isaías quando
descreve os dons que o Espírito do Senhor concede ao Menino, ao Emanuel
(Deus conosco), coloca em primeiro lugar o espírito de inteligência e sabedoria
(Is 11,2). Quem é sábio age com prudência (1Rs 3,9.12). Na espera amorosa
do nascimento, pedimos a Deus Pai que possamos descobrir, nos
ensinamentos de seu Filho, a prudência como o dom de sua sabedoria infinita,
a guiar-nos em nossas ações.

18 DOMINGO IV DO ADVENTO
Jesus nascerá de Maria, prometida em casamento a José, filho de Davi.
Ó Adonai
ANTÍFONA:
“Ó Adonai (Senhor), guia da casa de Israel, / que aparecestes a Moisés na
sarça ardente / e lhe destes vossa lei sobre o Sinai: / vinde salvar-nos com o
braço poderoso!”

MEDITAÇÃO:
Adonai, isto é, Senhor, é o nome santo de Deus, o libertador (Ex 6,6; Dt 16,5-
9). O salmo 130 proclama a esperança de quem confia na vinda do Senhor (5-
8). Para os cristãos esta espera é uma realidade. O Senhor veio e ofereceu sua
vida para o resgate de todos. Jesus, o Emanuel, o Deus conosco nos
acompanha em todas as situações de nossa vida.

19 Ó Raiz de Jessé
ANTÍFONA:
Ó Raiz de Jessé, ó estandarte, / levantado em sinal para as nações! / Ante vós
se calarão os reis da terra, / e as nações implorarão misericórdia: / Vinde
salvar-nos! Libertai-nos sem demora!”

MEDITAÇÃO:
Segundo a promessa, o Messias pertenceria à dinastia de Davi, cujo tronco é
Jessé (2Sam 7,5ss), o qual brotará (Is 11,1). O Menino Jesus, para cumprir a
profecia, nasceu “em Belém da Judeia”, a cidade de Davi (Mt 2,5-6; Mq 5,1).
Ele vem ao nosso encontro para nos salvar, libertando-nos sem demora.

20 Ó Chave de Davi
ANTÍFONA:
“Ó Chave de Davi, Cetro da casa de Israel, / que abris e ninguém fecha, que
fechais e ninguém abre: / vinde logo e libertai o homem prisioneiro, / que nas
trevas e na sombra da morte, está sentado!”
MEDITAÇÃO:
A chave é símbolo do poder com autoridade (Is 22, 22). O Messias, Jesus de
Nazaré, recebeu do Pai todo o poder no céu e na terra (Mt 28,18; Ap 1,18); em
suas mãos estão “as chaves do Reino” (Mt 16,19). Ele tem em suas mãos a
“Chave de Davi” (Ap 3,7) e anuncia, ainda hoje, a liberdade aos cativos (Lc
4,18).

21 Ó Sol Nascente
ANTÍFONA:
“Ó Sol nascente justiceiro, resplendor da Luz eterna: / Oh, vinde e iluminai os
que jazem entre as trevas / e na sombra do pecado e da morte, estão
sentados!”
MEDITAÇÃO:
A profecia anunciou que Deus mesmo seria a Luz do seu povo (Is 60,19-20). E
nós, hoje, vivendo em meio às trevas do mundo, da confusão de valores e
ideais de nossa época, pedimos que o esplendor da luz, que irradia o Presépio,
penetre na obscuridade do mundo, para que todos os homens e mulheres se
beneficiem desse resplendor divino, que é Jesus Cristo. Sim, “o povo que
andava nas trevas viu uma grande luz!” (Is 9,1).

22 Ó Rei das Nações


ANTÍFONA:
“Ó Rei das nações. Desejado dos povos; / ó Pedra angular, que os opostos
unis: / Ó, vinde e salvai esse homem tão frágil, / que um dia criastes do barro
da terra!”
MEDITAÇÃO:
Os salmistas cantam frequentemente a realeza do Senhor (Salmos 24; 47; 96;
97; 98; 99); os profetas anunciam que o Menino será o “Príncipe da paz”, e
estenderá seu poder assegurando a paz, porque seu reinado se consolidará no
direito e na justiça (Is 9,1-6). Ele é o Rei que assumiu nossa fragilidade
humana, elevando-a, fazendo-nos, pelo mistério de sua Encarnação, Morte e
ressurreição, participantes de sua natureza divina! Assim, o Rei é, ao mesmo
tempo, o bom Pastor!

23 Ó Emanuel
ANTÍFONA:
“Ó Emanuel: Deus conosco, nosso Rei Legislador, / Esperança das nações e
dos povos Salvador; / Vinde, enfim, para salvar-nos, ó Senhor e nosso Deus!”
MEDITAÇÃO:
“Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo
profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o
nome de Emanuel, o que traduzido significa: “Deus está conosco” (Mt 1,22-23;
Is 7,14). O Menino, o Jesus de Nazaré, é a definitiva presença de Deus, que
responde realmente ao nome de Deus-conosco. Ele é nossa Esperança e
nossa Salvação!
Para concluir essa meditação, preparando-nos para o Natal do Senhor, retomo
as palavras animadoras de Sua Santidade, o Papa Francisco: “Convido todo o
cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o
seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de
se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo
para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já queda
alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído. Quem arrisca, o Senhor não o
desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus,
descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada” (Evangelii
Gaudium, 5).

24 Cristãos, vinde todos, com alegres cantos


Oh! Vinde, oh! Vinde até Belém

25 NATAL DO SENHOR
A Palavra se fez carne e habitou entre nós.
Glória a Deus nos Céus, e paz na terra aos homens de boa vontade!
26 SANTO ESTÊVÃO, PRIMEIRO MÁRTIR

27 SÃO JOÃO, APÓSTOLO E EVANGELISTA


CUSTÓDIO DE NOSSA SENHORA, O ÚNICO DOS APÓSTOLOS A NÃO SOFRER O
MARTÍRIO.

28 SANTOS INOCENTES, MÁRTIRES


crianças mortas pelo pérfido herodes, em decorrência do nascimento de cristo.

30 SAGRADA FAMILIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ


Sagrada família de Nazaré, nossa família Vossa é!

31 São Silvestre I, Papa


Véspera da Solenidade da Mãe de Deus.
21 anos de falecimento do Padre Francisco Mascarenhas, Fundador da Legião
de Maria em Santa Maria.

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