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Neste comentário irei abordar minha opinião e entendimento sobre o episódio anexado no

BlackBoard: Estudos Medievais 16 – As ordens Militares.

Sobre este episódio, quero dizer que ao longo de todo o podcast tive muitas surpresas de como toda
as ordens militares funcionavam, e que em todo meu estudo nunca me foi mostrado tão
detalhadamente a complexidade deste assunto. De primeira consegui observar a funcionalidade
para os cristãos, sobre as ordens cujo seu objetivo era de auxiliar os peregrinos, que para seu
contexto histórico era de muita importância ter pessoas que pudessem proteger, auxiliar e
acompanhar durante as cruzadas.

Ao mesmo tempo pode-se observar uma valorização deste “trabalho” para todo público que lá
visitava, e por este motivo recebiam muito apoio, para que assim pudessem manter a guerra contra
mulçumanos. Este crescimento foi substancial para se apossar de alguns terrenos em Jerusalém,
esta informação se torna mais importante à frente, quando é abordada uma tolerância mais fraca
por parte dos mulçumanos, talvez pelo crescimento disparado de templos, igrejas e hospitais.

É possível que isto trouxe uma certa insegurança sobre sua própria terra e é impressionante como
pude ter esse sentimento ao ouvir todo o crescimento da igreja em meio as cruzadas,
silenciosamente e com desculpas fracas, foram tomando lugares que não eram deles. Me surpreendi
com a ocupação que cada frei e monge tinham. Alguns seguiam suas próprias regras, mas havia
aqueles que eram de ordens militares, esses agiam sempre em defesa da igreja e que por acaso
respondiam diretamente ao papa. Ai que está o ponto principal, suas ações se diferem com a
pregação da igreja, sobre violência, já que alguns protegiam seus templos e outros guerreavam nas
cruzadas.

É ainda mais bizarro pensar que sempre quando a igreja se referia a infiéis, estavam na maioria das
vezes citando mulçumanos e que todas as ações do povo que já se encontrava em Jerusalém foram
sempre de defesa, sempre em prol de quem realmente nasceu neste solo. Este processo de
sacralização da guerra, trouxe na verdade uma desumanidade e desrespeito com uma terra que tem
com ela o peso de sagrada. A comercialização indireta durante toda a guerra, explora como todo
este conflito não se tratava apenas sobre fé, ele é principalmente um interesse do clero em dominar
todas as áreas que conseguissem.

Quase finalizando o episódio os professores explicam como perto de declarar o fim das cruzadas, a
Ordem dos templários sendo uma das principais ordens durante todo o embate, perde sua força e se
torna um peso para toda Europa, sua existência ao ver da igreja era pecaminosa e não se mostrava
mais valiosa para se levar a frente e foi neste ponto que como em filmes o “plot twist” aconteceu.
Esses mesmos cavaleiros agora não tinham mais uso e estavam condenados à morte ou até mesmo
a miséria.

Assim se mostra verdadeira face da igreja, e que além de impiedosa é principalmente ingrata.
Gostaria de destacar uma fala do Professor Fabiano Fernandes onde o mesmo diz que “Calar, não
dar voz e suprimir, também é uma forma de violência simbólica” e diz muito sobre todas as ações do
clero e da monarquia europeia durante e depois das cruzadas, são elas banalizar o inimigo, criar no
imaginário de quem os seguem o medo do desconhecido.

E assim é fácil compreender a atualidade. A cicatriz continua e é evidente a necessidade de se


posicionar, de questionar e de se revoltar. Pois o passado é sem dúvida nenhuma o reflexo do
presente, só temos que nos atentar á não repetir os mesmos erros.

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