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EBD - Lição 1 - [Adultos] - O Avivamento Espiritual – 01-01-2023

OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO
e na cor AZUL algumas orientações extras.
Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula
em vídeo e complemente com esse comentário.

TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e
se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados,
e sararei a sua terra.” (2 Cr 7.14)

VERDADE PRÁTICA
Humilhar-se diante de Deus, buscar a face do Senhor em oração e converter-se de seus maus
caminhos são atitudes que precedem o avivamento espiritual.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Crônicas 7.12-15; Ageu 2.5-9

OBJETIVOS DA LIÇÃO:
I) CONCEITUAR avivamento;
II) ELENCAR as condições para um avivamento espiritual;
III) JUSTIFICAR a necessidade de um Avivamento Espiritual.

PALAVRA-CHAVE - Avivamento

PLANO DE AULA
Essa aula inaugural aqui no canal será diferente. Geralmente apresentamos o tema do trimestre,
“AVIVA A TUA OBRA”, e descrevemos as lições que iremos estudar. Isso já foi feito aqui no canal
no vídeo sobre o PANORAMA das lições bíblicas adultos do 1º Trimestre de 2023.
Então, como professores teremos a missão durante TODO ESSE TRIMESTRE de conscientizar
nossos alunos sobre a necessidade de um verdadeiro avivamento espiritual. É verdade que o
sinal dos últimos dias é a apostasia, que é o abandono da fé de forma consciente e premeditada.

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Observamos que nosso país está atravessando uma grande crise em todos os aspectos, inclusive
no aspecto espiritual, mas, nem por isso devemos ficar com nossos braços cruzados. Precisamos
mais do que nunca de um avivamento espiritual verdadeiro. As lições têm por objetivo
apresentar exemplos de avivamentos na história bíblica.
Nessa primeira lição para reforçar que Deus está disposto em nossos dias a trazer um
avivamento, logo na introdução, como um comentário extra da lição, falaremos sobre o
avivamento de 1904-1905, no País de Gales.
Então professores, nossa missão mais do que nunca é de grande responsabilidade nesse
trimestre. Devemos orar e estudar mais ainda sobre cada lição, extraindo o máximo para as
nossas vidas e depois para ensinar nossos alunos. O lema de cada professor sempre será:
Ed 7:10 na (ARC) diz: Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do SENHOR
(aprender), e para a cumprir (praticar), e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus
direitos.
Lembrem-se que o avivamento geralmente começa por uma, duas, ou um pequeno grupo de
pessoas e vai se alastrando. Que nós professores da EBD possamos ser instrumentos de Deus
para isso acontecer a partir de nós, alcançar nossas classes e toda a nossa igreja.
Vamos aceitar esse desafio?

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos o avivamento espiritual. Veremos o quanto ele é indispensável
para o crescimento, o desenvolvimento e o cumprimento da missão integral da Igreja no mundo.
Esse fenômeno espiritual é a condição primária para que o Corpo de Cristo proclame o
Evangelho de Jesus a cada criatura. Assim, constataremos que o avivamento espiritual, mais do
que movimentos ocasionais, é uma necessidade permanente para a Igreja enfrentar os desafios
atuais.
O AVIVAMENTO NO PAÍS DE GALES
Antes de entrarmos nas definições da revista, vamos analisar o avivamento no país de Gales.
De acordo com alguns estudiosos, o avivamento no País de Gales, um minúsculo principado do
Reino Unido (Inglaterra), menor do que o estado brasileiro de Sergipe, que ocorreu de 1904 a
1905, foi um dos maiores avivamentos na história, dado o curto tempo de duração e o impacto
que causou, não só nas regiões circunvizinhas, mas através do mundo inteiro.
Esse País no início do século XX, tinha uma população de pouco mais de um milhão de pessoas.
A maioria trabalhava nas minas de carvão ou em metalúrgicas.
Havia grandes pregadores que viajavam, anunciando o evangelho. A mensagem havia-se
perdido no meio da preocupação com sua forma de transmissão.

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Faltava um elemento importante – a paixão pela mensagem. Aos poucos, algumas pessoas
começaram a notar isso.
Uma dessas pessoas era um homem chamado Dean Howell (pronúncia – Dim Raa-rol). Em
1903, ele escreveu um artigo conclamando o povo galês a buscar Deus por algo novo. “A maior
necessidade da nação galesa hoje”, ele escreveu, “é avivamento espiritual; não apenas
transformação social, mas avivamento espiritual, algo que alcance as profundezas do coração.”
Quando se fala do avivamento de Gales, o nome mais conhecido hoje é o de Evan Roberts. Mas,
quando foi chamado por Deus, ele era desconhecido, um trabalhador comum, sem cursos ou
títulos. Sua família era metodista e, desde cedo, levava as coisas espirituais a sério. Converteu-
se com treze anos de idade.
Ao contrário da maioria dos cristãos em Gales, que eram indiferentes e acomodados, Evan
estava sempre insatisfeito com o nível de vida espiritual que tinha, sempre buscando
ansiosamente por algo maior.
Quando Deus começa um avivamento, ele não trabalha primeiro com a igreja como um todo.
Ele escolhe uma ou duas pessoas com paixão, com encargo, que geralmente estão “fora do
arraial”, num certo sentido. Estão fora dos programas normais da igreja. Estão carregando um
fardo que os outros não conseguem compreender.
Certa feita em uma reunião de oração Evan Roberts ouviu alguém fazer uma oração pedindo a
Deus o seguinte: “Senhor, dobra-nos”. Essas palavras atingiram Evan como se fosse uma flecha
em seu íntimo. Ele sentiu uma profunda agonia como uma dor de parto e testificou mais tarde
que o Senhor lhe sussurrou nos ouvidos: “É disso que você precisa”.
Esta palavra em galês, (dobrar), tem um sentido muito mais profundo do que nossa palavra em
português. Significa derreter, moldar, dar forma (como barro nas mãos do oleiro) – além de
dobrar ou quebrantar.
Isso quer dizer que somente uma pessoa que se humilha, reconhecendo sua total dependência
de Deus para o transformar, moldar, e dar a forma que o Senhor deseja, pode experimentar um
avivamento.
Em novembro de 1904, depois de meses (e anos) de preparação, o fogo do avivamento caiu em
Loughor (pronuncia – Lá – ror), a cidade de Evan Roberts, no País de Gales. Ao mesmo tempo,
o Espírito estava agindo em outras cidades próximas.
O que você acharia de uma reunião de oração que não tivesse hora para terminar, que talvez
nem tivesse alguém à frente para coordenar, sem cultinho para cuidar de seus filhos pequenos,
sem hinário ou retroprojetor, sem roteiro, totalmente imprevisível?
Uma pessoa se levantava para citar uma passagem bíblica, enquanto outras sentiam-se tocadas
pelo Espírito e clamavam por misericórdia, em arrependimento. Depois, como se alguém tivesse
dado um sinal, todos começavam a cantar.
Assim eram, geralmente, as reuniões que brotavam por toda parte no País de Gales durante o
avivamento – com um detalhe importante: Deus estava presente!
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Uma das marcas do avivamento de Gales eram os cânticos espirituais, ao contrário muitas vezes
dessas músicas antropocêntricas (que tem foco nas pessoas e não em Deus) que ouvimos em
nossos cultos nos dias atuais.
Com o avivamento, os cânticos ganharam uma dimensão totalmente nova. Era comum, durante
as reuniões, uma parte da congregação estar cantando um hino em glorioso e reverente estado
de arrebatamento, enquanto outra estava prostrada no chão, clamando a Deus em agonia por
misericórdia.
Cantar era um dos frutos do avivamento. Inúmeras pessoas relatavam como estremeciam, riam
e cantavam por horas depois de serem poderosamente batizadas no Espírito Santo. A música
era um dos principais meios de liberar a presença de Deus nas reuniões e nas vidas individuais.
Nem sempre é possível colocar uma data precisa para o início de um avivamento. Geralmente
o associamos a uma reunião especial ou a uma ocasião em que Deus começou a agir de modo
especial. Contudo, se pesquisarmos, sempre encontraremos uma série de acontecimentos
anteriores, como preparação de pessoas e oração individual ou coletiva, que estavam em
andamento muito antes da explosão maior vir à tona.
Mais difícil ainda é identificar o final de um mover divino. Afinal, um avivamento não é uma
mera campanha ou série de reuniões especiais, como às vezes o termo é usado, e não pode ser
programado, iniciado e encerrado de acordo com planos humanos.
De acordo com a maioria dos historiadores, o avivamento em Gales durou aproximadamente
dezoito meses, de novembro de 1904 a abril de 1906. Porém, deixou resultados por anos.
EFEITOS IMEDIATOS DE UM VERDADEIRO AVIVAMENTO:
Nos primeiros seis meses do avivamento, estima-se que mais de 100.000 pessoas foram
convertidas. Algumas já eram membros de igreja, mas nunca tiveram uma verdadeira
experiência viva com Deus. Outras eram mais facilmente identificadas como “pecadoras”, gente
que antes não queria saber de Deus ou da igreja.
O ambiente nas minas de carvão, onde grande parte dos homens da região trabalhava, mudou
completamente. Os mineiros, que já tinham de se levantar muito cedo para começar o trabalho,
chegavam meia-hora antes para a reunião de oração. Havia alegria e entusiasmo no ar. Os
homens cantavam durante o trabalho e conversavam com colegas sobre arrependimento e
conversão.
Um empregado estava com medo de perder o emprego, porque sua tarefa era cuidar dos cavalos
e, agora, todos os mineiros convertidos estavam cuidando com muito mais responsabilidade,
cada um do seu próprio cavalo. Os homens foram “amansados” pelo Espírito Santo, pois antes
eram violentos, chicoteavam e falavam palavrões com os cavalos.
O grande vício do povo na época era a bebida alcoólica. Os bares foram esvaziados. Muitos
faliram e foram obrigados a fechar as portas. Com a queda na bebida, houve queda marcante
nos índices de criminalidade. A vida nas famílias foi transformada, porque os homens ficavam
em casa e davam mais atenção para esposas e filhos.
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Houve prosperidade, não no sentido de se ter mais dinheiro, e sim como consequência de uma
administração séria dos recursos, pois ao invés de gastar com bebidas, se investia em comida
e coisas necessárias para a vida.
Um médico foi entrevistado por um jornalista durante o avivamento. “O que o senhor está
achando do avivamento? ”
“Estou achando maravilhoso”, respondeu o médico. “As pessoas estão acertando todas as suas
dívidas antigas. Contas que achei que nunca mais receberia estão sendo pagas”.
Pessoas estavam sendo honestas, pessoas estavam perdoando as outras, pessoas estavam se
reconciliando.
Nos tribunais de justiça, às vezes não havia casos para serem julgados. A polícia ficava ociosa
e, em um lugar, passou a formar quartetos para cantar nas igrejas, para ocupar seu tempo.
No Avivamento de Gales, pelo que sabemos, não houve curas ou milagres, mas transformação
total de vidas.
Isso não aumenta sua fome e sede por uma genuína visitação de Deus nos nossos dias?

I – O QUE É AVIVAMENTO ESPIRITUAL

1. Avivamento espiritual.
Em primeiro lugar, avivamento espiritual é uma intervenção de Deus. Só tem início quando o
Espírito Santo encontra espaço no coração de uma pessoa, de um grupo, de uma cidade ou de
uma nação (Ap 3.20). E mais ainda, quando uma igreja local volta-se para Deus, buscando-o de
maneira humilde para que Jesus possa transformar a realidade espiritual. Dessa forma, as
circunstâncias de nossa vida externa também são transformadas pelo poder divino.
Na maioria dos dicionários bíblicos, não há definição para essa palavra. Todavia, certamente a
encontramos em dicionários diversos. “Avivamento é o ato de se avivar, ou seja, de se tornar
mais vivo, mais ativo, mais intenso, despertado e nítido. Este é um termo bastante usado no
âmbito religioso para se referir ao período de renovação espiritual.”
O Avivamento pode ser definido como o retorno aos princípios que caracterizavam a Igreja
Primitiva. É o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática. É o retorno à oração
como a mais bela expressão do sacerdócio universal do cristão. O avivamento, enfim, é o
reaparecimento da Igreja como agência por excelência do Reino de Deus.

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2. A pré-condição para o avivamento.


A Bíblia nos mostra que uma situação de crise espiritual ou moral pode ser pré-condição para
o avivamento. Deus disse ao rei Salomão: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se
ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo”
(2 Cr 7.13). Aqui, a crise está delineada em termos climáticos. Entretanto, ela também pode ser
moral, política e econômica, afetando todas as áreas da vida de um indivíduo, de uma igreja
local ou de uma nação.
Como já dissemos, observamos essa crise moral, política e econômica em nosso país. Muitas
igrejas também estão em crise, pois deixaram a centralidade das Escrituras, aboliram reuniões
de oração e a EBD, não há preocupação com transformação de vidas, com um discipulado sério
e constante e muitos menos anseio pela busca do revestimento espiritual. Isso quer dizer que
Deus pode usar esse cenário para despertar pessoas a buscar um avivamento. Deus tem meios
para trazer seu povo para o centro de sua vontade.

SINÓPSE I
Diante de uma crise, Deus pode trazer um avivamento ao seu povo por meio de uma divina
intervenção.

II – AS CONDIÇÕES PARA O AVIVAMENTO ESPIRITUAL (2 Cr 7.13-17)


O avivamento não acontece “de qualquer maneira” e nem por qualquer movimento avivalista
promovido por pregadores, mensageiros ou representantes de igrejas ou grupos ditos
espirituais. Ninguém, por mais santo que seja, produz um avivamento espiritual. O avivamento
vem de cima, dos céus e é produzido por Deus pelo seu Espírito Santo e tem resultados visíveis
de transformação dentro e fora da igreja.

1. Uma crise.
Diante da crise, podemos observar vários comportamentos humanos: o medo; a revolta; a
blasfêmia contra Deus e o próximo; o desespero; a tentativa de tirar a própria vida. Contudo, a
Palavra de Deus pode mudar todo o rumo de uma crise: “E se o meu povo, que se chama pelo
meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14). Vemos,
neste versículo, alguns aspectos importantes que antecedem o avivamento espiritual.

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2. Humilhação diante de Deus.


No lugar de se revoltar diante das crises espirituais ou materiais, que clamam por soluções
efetivas, a humilhação diante de Deus é a primeira condição para o avivamento espiritual
acontecer: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome se humilhar[...]”.
Reconhecer que Deus é soberano, altíssimo, onipotente, onisciente e onipresente, é algo
fundamental. Todo cristão deveria estudar sobre a pessoa de Deus através de seus atributos,
pois dessa forma entenderia quem Deus é, e quem nós somos. O resultado seria nos dobrar
diante de Deus em humilhação.

3. Orar e Buscar a face do Senhor.


Sem oração, não há avivamento. Sem a disposição dos crentes para buscar a face do Senhor
(Sl 143.1; 84.8), o avivamento tarda e não chega. Nesse sentido, podemos perceber se uma
igreja local busca verdadeiramente um avivamento espiritual de acordo com a frequência dos
crentes aos cultos de oração, na prática das orações devocionais, na perseverança em orar com
propósito por determinados períodos de tempos. Além de orar, o suplicante que busca a face
do Senhor persevera mais para receber de Deus a resposta de sua súplica. A ausência dessa
disposição perseverante é uma das razões pelas quais Deus não envia um avivamento em
muitos lugares.
Está muito difícil haver avivamento em muitas igrejas hoje em dia. A maioria dos crentes,
mesmo os pentecostais, não gosta de orar. Verificamos nos cultos de oração várias pessoas
sentadas, distraídas, conversando ou navegando na internet. Os cultos de festas, de eventos e
comemorações especiais são superlotados, mas a frequência é bastante reduzida nos cultos de
oração — com raras exceções, claro. Sem dúvida alguma, podemos dizer que essa é uma das
razões mais fortes pelas quais Deus não manda um avivamento no seio das igrejas evangélicas.
O primeiro passo é a humilhação, pois de nada adiantará orar, com um coração arrogante.
Infelizmente como já vimos muitos não oram, e outros oram confiando em seus próprios
méritos, e por causa disso Deus não pode se manifestar (Lc 18.9-14).

4. Conversão sincera dos pecados.


“Se o meu povo [...] se converter dos seus maus caminhos”. Não pode haver avivamento sem
confissão de pecados, sem que deixemos os nossos maus caminhos e nos lancemos às
misericórdias de Deus. Eis uma advertência tão séria: “Se eu atender à iniquidade no meu
coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66.18).
Para que haja o avivamento espiritual, é indispensável que as pessoas reconheçam que estão
vivendo de maneira errada e aceitem a submissão à Palavra de Deus: “E te darei os tesouros
das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o Senhor, o Deus
de Israel, que te chama pelo teu nome” (Is 45.3).

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5. Um caminho preparado.
A crise pode ser uma pré-condição para o avivamento espiritual se nos humilharmos diante de
Deus; se buscarmos mais a face do Senhor em oração; se decidirmos firmemente confessar os
nossos pecados e convertermo-nos dos nossos maus caminhos. Então, o “caminho” está livre
para o verdadeiro avivamento espiritual.
... então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra (2Cr 7.14b).

SINÓPSE II
As condições para um avivamento espiritual passam por uma crise, pela humilhação diante de
Deus, oração e busca à face do Senhor e arrependimento dos pecados.

III – A NECESSIDADE DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL (Ag 2.5-9)

1. A situação espiritual de Judá.


Por causa da desobediência de Judá, profetas alertavam a respeito da futura destruição da
nação, mas o povo não ouviu as divinas advertências (Am 2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7).
O nosso Deus é um Deus de oportunidades. Ele sempre alerta sobre o nosso estado espiritual.
No tempo do A.T. Ele fazia isso por meio dos profetas e com sua igreja, Ele faz isso por meio
das Escrituras. Porém, quando não queremos atentar para essa oportunidade, as consequências
são dolorosas.
2Cr 36:15-16 na (ARC) diz: 15 - E o SENHOR, Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra
pelos seus mensageiros, madrugando e enviando-lhes, porque se compadeceu do seu povo e
da sua habitação. 16 - Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas
palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o
seu povo, que mais nenhum remédio houve.

a) A destruição do Templo e morte. Por ignorar a voz do Senhor, o povo foi levado em cativeiro
para a Babilônia e o Templo foi destruído. Além disso, um terço dele morreu de fome e de peste,
ao passo que outro terço morreu pela espada (Ez 5.12; cf. 24.1,2; Jr 38.17-19; 39.1; 52.4).
Estamos bem familiarizados com esse cenário da destruição de Judá, já que estudamos sobre
isso no trimestre passado no livro de Ezequiel.

b) O chamado para reconstruir o Templo. A vida espiritual do povo pós-exílio não era boa, pois
ele não sentia falta do lugar de reunião para adorar ao Senhor. Por meio do profeta Ageu, Deus
cobrou do povo rebelde a reconstrução do Templo que o exército babilônico destruíra (Ag 1.2-
8,9).
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A vida religiosa do povo de Deus estava ligada ao templo, então a falta de preocupação com a
construção do templo apontava para apostasia espiritual do povo na época de Ageu.

c) Deus levanta homens para realizar a obra. O povo pós-exílio se descuidou e não deu valor à
Casa do Senhor. Após a repreensão divina, Deus levantou homens fiéis para reconstruirem o
Templo: Zorobabel (o governador), Josué (o sumo sacerdote) e o resto do povo (Ag 1.12-15). A
Bíblia revela que Deus está com os que trabalham segundo o seu propósito (Ag 2.4).
Ao ouvir a voz do Senhor e do seu profeta, Ageu, o “resto de todo povo” começou a obra da
reconstrução do segundo Templo. Este já era o prenúncio do avivamento espiritual.

d) O desejado das nações e a glória da segunda casa. Conclamando o povo a se levantar para
construir o Segundo Templo, e por intermédio do profeta, Deus descreveu como seria esse
avivamento espiritual: “[...] e virá o desejado de todas as nações, e encherei esta casa de glória
[...]. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e
neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.6-9).
A manifestação dessa glória prometida em Ageu foi vista quando o filho de Deus se fez homem
e habitou no meio de nós. Ali houve o cumprimento: “A glória desta última casa será maior do
que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos
Exércitos”.
Jo 1:14 na (ARC) diz: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

2. Deus usa Ciro para libertar o povo do cativeiro.


Ciro não era filho de Israel, não era servo de Deus. Ele era o rei da Pérsia (550-530 a.C), mas foi
levantado pelo Altíssimo para executar seus planos de libertação do povo israelita que se
achava cativo em Babilônia.

a) Promessas de Deus a Ciro. Foi tão importante o papel de Ciro, que o Senhor o chamou de
“seu ungido”, fazendo-lhe promessas tão grandes, que só foram vistas em relação a homens
verdadeiramente chamados para realizar seus divinos propósitos (Is 45.1-3).
Deus usa quem Ele quer para realizar seus propósitos. Deus não precisa que alguém o sirva
para lhe usar dentro de uma obra, porém, ser usado por Deus em uma ocasião específica não
quer dizer que essa pessoa esteja salva ou que esteja isenta de prestar contas de suas obras a
Deus. Um exemplo disso foi o rei da Babilônia Nabucodonosor. Deus o usou para corrigir seu
povo, mas no tempo certo trouxe juízo sobre ele e seu povo. Outro exemplo foi dos reis
Artaxerxes e Assuero, um permitiu a reconstrução dos muros de Jerusalém por meio de Neemias
e o outro permitiu que os judeus se defendessem de seus inimigos, livrando o povo de Deus de
ser exterminado, por meio de uma intercessão da rainha Ester.

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b) Ciro liberta Israel do cativeiro. Logo no início do seu reinado, o rei Ciro ouviu o chamado de
Deus para executar a grande missão de libertar Israel, cumprindo as profecias que anunciavam
o fim do cativeiro (Jr 25.12; 29.10). No ano primeiro de Ciro, 538 a.C., ele cumpriu o que Deus
colocou em seu coração (Ed 1.2,3).

c) A conclusão do Templo. Com a graça de Deus, por meio do rei Ciro, levas de israelitas
voltaram a Jerusalém e começaram a reconstruir o Templo (Ed 4.1-5). Em 520 a.C., o Templo se
encontrava em ruínas. Com a bênção de Deus, o Segundo Templo, ou seja, “a Segunda Casa”,
foi concluído em 516 a.C. Assim, houve um grande avivamento como consequência da
intervenção de Deus na história de Israel (Ed 6.16-22).

3. A necessidade de um avivamento espiritual.


A inércia de muitas igrejas só pode ser abalada por meio de um verdadeiro avivamento
espiritual. Infelizmente, há uma tendência natural e histórica para o predomínio de uma letargia
espiritual no meio do povo de Deus, que outrora foi poderosamente avivado. Assim,
presenciamos o crescimento da frieza e mornidão espiritual sobre os corações de um povo ou
de uma igreja local. Há lugares em que, décadas atrás, o percentual de cristãos e de igrejas era
elevado. Nos últimos anos, esse percentual vem caindo. Hoje, o fechamento de igrejas é uma
realidade.
Na Europa, Estados Unidos e Canadá há um grande número de templos vazios. Muitas igrejas
na América do Norte estão mortas. Onde não há ensino das Escrituras, o povo perece. Existem
na Europa e na América do Norte templos protestantes que foram transformados em museus,
outros em bares e etc.
Quase não há abertura de novas igrejas cristãs nesses lugares. Sem dúvida alguma, essa
situação só poderá ser revertida caso haja um reavivamento espiritual no seio da grande nação
americana, que já deu tantos missionários para o mundo. Oremos por essa grande nação amiga.
Algumas características na busca de um verdadeiro avivamento espiritual
1. Um intenso desejo de buscar a presença de Deus;
2. Fervor na evangelização;
3. Retorno aos princípios bíblicos que norteiam a igreja cristã;
4. A busca dos dons espirituais, incluindo o de curar e o de operação de maravilhas;
5. A busca do batismo no Espírito Santo, com línguas estranhas;
6. A preocupação com a santidade em face da iminente vinda do Senhor Jesus.

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SINÓPSE III
Como o avivamento era uma necessidade ao povo de Israel nos dias de Ciro, ele é necessário
para Igreja de hoje.

CONCLUSÃO
Quando o povo de Deus se encontrar em situação de frieza espiritual, a vontade divina é a de
sempre reacender a chama que está se apagando. Se for preciso, Ele usará uma crise para isso,
usará circunstâncias diversas para levar o seu povo ao deserto a fim de falar ao seu coração (Os
2.14). A sua exigência, porém, é que o seu povo se humilhe, busque a sua face e se converta de
seus maus caminhos. Então, o avivamento espiritual não tardará.
Depois de tudo que estudamos, eu posso me considerar um cristão avivado ou uma cristã
avivada? Estamos dispostos a reconhecer a necessidade de um avivamento?
Compreendermos tudo isso não aumenta nossa fome e sede por uma genuína visitação de Deus
nos nossos dias?

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